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Período Simples - Projeto Medicina

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152) (GV-2003) Leia atentamente o texto e responda à<br />

questão que a ele se refere.<br />

Pode-se abordar o estudo das organizações asseverando a<br />

unicidade de toda estrutura social e evitando qualquer<br />

generalização, até que se tenha à mão prova empírica de<br />

similaridade bem aproximada. Foi esse o ponto de vista<br />

aconselhado à equipe de pesquisa da Universidade de<br />

Michigan pelos líderes de quase todas as organizações<br />

estudadas.- Nossa organização é única; de fato, não<br />

podemos ser comparados a qualquer outro grupo,<br />

declarou um líder ferroviário. Os ferroviários viam seus<br />

problemas organizacionais como diferentes de todas as<br />

demais classes; o mesmo acontecia com os altos<br />

funcionários do governo. Os dirigentes das companhias de<br />

seguros reagiam da mesma forma, o que também era feito<br />

pelos diretores de empresas manufatureiras, grandes e<br />

pequenas.<br />

Entretanto, no momento em que começavam a falar de<br />

seus problemas, as reivindicações que faziam de sua<br />

unicidade tornavam-se invalidadas. Através de uma análise<br />

de seus problemas teria sido difícil estabelecer diferença<br />

entre o diretor de uma estrada de ferro e um alto<br />

funcionário público, entre o vice-presidente de uma<br />

companhia seguradora e seu igual de uma fábrica de<br />

automóveis. Conquanto haja aspectos únicos em qualquer<br />

situação social, também existem padrões comuns e,<br />

quanto mais nos aprofundamos, maiores se tornam as<br />

similaridades genotípicas.<br />

Por outro lado, o teorista social global pode ficar tão<br />

envolvido em certas dimensões abstratas de todas as<br />

situações sociais que ele será incapaz de explicar as<br />

principais origens de variação em qualquer dada situação.<br />

O bom senso indica para esse problema a criação de uma<br />

tipologia. Nesse caso, são atribuídos às organizações certos<br />

tipos a respeito dos quais podem ser feitas generalizações.<br />

Assim, existem organizações voluntárias e involuntárias,<br />

estruturas democráticas e autocráticas, hierarquias<br />

centralizadas e descentralizadas, associações de expressão<br />

e aquelas que agem como instrumentos. As organizações<br />

são classificadas de maneira ainda mais comum, de acordo<br />

com suas finalidades oficialmente declaradas, tais como<br />

educar, obter lucros, promover saúde, religião, bem-estar,<br />

proteger os interesses dos trabalhadores e recreação.<br />

Adaptado de KATZ, Daniel e KAHN, Robert L., p. 134-135.<br />

Psicologia Social das Organizações. São Paulo: Atlas, 1970.<br />

Obs.: Asseverando significa afirmando com certeza,<br />

assegurando.<br />

Observe o seguinte período: “Nesse caso, são atribuídos às<br />

organizações certos tipos a respeito dos quais podem ser<br />

feitas generalizações”. Nele, ocorre voz passiva analítica; a<br />

voz ativa correspondente está indicada em:<br />

a) Nesse caso, são atribuídos (por alguém) certos tipos a<br />

respeito dos quais podem fazer-se certas generalizações.<br />

b) Nesse caso, (alguém) pode atribuir às organizações<br />

certos tipos a respeito dos quais podem ser<br />

48 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

feitas generalizações.<br />

c) De fato, (alguém) não pode nos comparar a qualquer<br />

outro grupo.<br />

d) Nesse caso, (alguém) atribui às organizações certos<br />

tipos a respeito dos quais (alguém) pode fazer<br />

generalizações.<br />

e) Nesse caso, atribuem-se às organizações certos tipos a<br />

respeito dos quais se podem fazer generalizações.<br />

153) (FGV-2004) Leia atentamente o texto e responda à<br />

questão.<br />

1. Cita-se com freqüência o lado empirista anglo-saxão em<br />

face da propensão latina à abstração, ao pensamento<br />

conceitual e aos princípios. Henri Poincarré já tinha<br />

observado que se ensinava a mecânica (dita “racional” em<br />

física) de forma diferente, de acordo com o lado da<br />

Mancha de onde se olhava.<br />

2. Na França, nós a ensinávamos como a matemática,<br />

partindo dos teoremas, dos princípios, da base teórica de<br />

onde se derivava e, a seguir, dedutivamente, as<br />

conseqüências práticas, assim como os diversos exemplos.<br />

Na Inglaterra, ao contrário, partia-se dos fatos<br />

experimentais, de onde se inferia, a seguir, por indução, os<br />

princípios teóricos.<br />

3. Bertrand Russel, por sua vez, observava com humor que,<br />

na literatura sobre a psicologia animal experimental, os<br />

animais estudados pelos americanos agitam-se com frenesi<br />

e entusiasmo e, finalmente, atingem, por acaso, o<br />

resultado visado. Os animais observados pelos alemães<br />

param para pensar e, finalmente, descobrem a solução por<br />

um processo voluntário e consciente (...). Uma anedota de<br />

origem desconhecida ilustra, igualmente, esta oposição.<br />

Pergunta-se a um inglês se ele gosta de espinafre. Ele coça<br />

a cabeça, pensativo, e depois responde: “Provavelmente,<br />

pois eu como com bastante freqüência.” A mesma<br />

pergunta formulada a um italiano, de acordo com a<br />

história, provoca a resposta imediata: “Espinafre? Eu<br />

adoro!”. Depois, este entusiasta, sendo perguntado<br />

quando ele comeu espinafre pela última vez, coça então a<br />

cabeça, reunindo suas lembranças para admitir: “Oh! Deve<br />

fazer bem uns dez anos!”.<br />

4. Cada um pode, facilmente, achar numerosas ilustrações<br />

das diferenças entre as formas de pensamento ou de<br />

raciocínio dos ingleses e dos latinos. Descobrir as raízes é<br />

menos evidente. A comparação das práticas jurídicas<br />

oferece um exemplo interessante destas diferenças.<br />

5. O direito consuetudinário, tal como está consolidado e<br />

perpetuado na common law inglesa, está fundado na<br />

tradição. Em cada litígio, para arbitrar, o júri popular<br />

procura na memória coletiva da comunidade um “caso”<br />

precedente no qual se possa buscar inspiração para julgar<br />

eqüitativamente, por analogia, de acordo com o costume,<br />

o caso em questão. É, pois, a partir de um ou de diversos<br />

casos similares que se infere a conduta a sustentar,<br />

sempre levando em conta as particularidades do caso<br />

específico em julgamento.

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