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Período Simples - Projeto Medicina

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tomba. E, como uma cobra,<br />

corre mole e desdobra<br />

então,<br />

em hipérboles lentas,<br />

sete cores violentas<br />

no chão.<br />

"O pião fez uma elipse tonta". A Língua conhece o objeto<br />

direto pleonástico:<br />

a) O pião - ele mesmo - fez uma elipse tonta.<br />

b) Uma elipse tonta foi feita pelo pião.<br />

c) Uma elipse tonta fez o pião.<br />

d) Uma elipse tonta fê-la o pião.<br />

e) Fez o pião uma elipse tonta.<br />

77) (Faap-1997) Barcos de Papel<br />

Quando a chuva cessava e um vento fino<br />

franzia a tarde tímida e lavada,<br />

eu saía a brincar pela calçada,<br />

nos meus tempos felizes de menino.<br />

Fazia de papel toda uma armada<br />

e, estendendo meu braço pequenino,<br />

eu soltava os barquinhos, sem destino,<br />

ao longo das sarjetas, na enxurrada...<br />

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,<br />

que não são barcos de ouro os meus ideais:<br />

são feitos de papel, tal como aqueles,<br />

perfeitamente, exatamente iguais...<br />

- que os meus barquinhos, lá se foram eles! foram-se<br />

embora e não voltaram mais!<br />

Guilherme de Almeida<br />

"Fazia de papel toda uma armada / e estendendo meu<br />

braço pequenino, / eu soltava os barquinhos, sem destino,<br />

/ ao longo das sarjetas, na enxurrada..."<br />

A Língua conhece o objeto direto pleonástico:<br />

a) os barquinhos eu os soltava, sem destino.<br />

b) eu, eu mesmo soltava os barquinhos, sem destino.<br />

c) eu soltava e soltava os barquinhos, sem destino.<br />

d) sem destino, eu soltava os barquinhos.<br />

e) soltavam-se os barquinhos, sem destino.<br />

78) (Vunesp-1998) CONVITE A MARÍLIA<br />

Já se afastou de nós o Inverno agreste<br />

Envolto nos seus úmidos vapores;<br />

A fértil Primavera, a mãe das flores<br />

O prado ameno de boninas veste:<br />

26 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

Varrendo os ares o sutil nordeste<br />

Os torna azuis; as aves de mil cores<br />

Adejam entre Zéfiros e Amores,<br />

E toma o fresco Tejo a cor celeste:<br />

Vem, ó Marília, vem lograr comigo<br />

Destes alegres campos a beleza,<br />

Destas copadas árvores o abrigo:<br />

Deixa louvar da corte a vã grandeza:<br />

Quanto me agrada mais estar contigo<br />

Notando as perfeições da Natureza!<br />

BOCAGE. Obras de Bocage. Porto: Lello & Irmão, 1968, p.<br />

142.<br />

O estilo neoclássico, do qual Bocage foi um dos grandes<br />

expoentes em Língua Portuguesa, se caracteriza, entre<br />

outros aspectos, pelo uso de hipérbatos, isto é, de<br />

inversões da ordem normal das palavras na oração ou da<br />

ordem das orações no período. Levando em conta esta<br />

informação, releia o soneto Convite a Marília e, a seguir:<br />

a) Apresente dois versos em que ocorrem hipérbatos e os<br />

reescreva na ordem sintática normal.<br />

b) Identifique a função sintática exercida pelos termos<br />

cujos núcleos são, respectivamente, os substantivos beleza<br />

e abrigo, na terceira estrofe.<br />

79) (Mack-2002) Cuido haver dito, no capítulo XIV, que<br />

Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia.<br />

Viver não é a mesma coisa que morrer; assim o afirmam<br />

todos os joalheiros deste mundo, gente muito vista na<br />

gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não<br />

fossem os vossos dixes* e fiados? Um terço ou um quinto<br />

do universal comércio dos corações. (…) O que eu quero<br />

dizer é que a mais bela testa do mundo não fica menos<br />

bela, se a cingir um diadema de pedras finas; nem menos<br />

bela, nem menos amada. Marcela, por exemplo, que era<br />

bem bonita, Marcela amou-me (…) durante quinze meses e<br />

onze contos de réis; nada menos.<br />

* Dixes: jóias, enfeites<br />

Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas<br />

Assinale a alternativa correta sobre o texto.<br />

a) Em morria de amores pelo Xavier, de amores tem a<br />

função de adjunto adverbial de intensidade.<br />

b) Em assim o afirmam todos os joalheiros , o pronome<br />

oblíquo o retoma o período Não morria, vivia.<br />

c) Em assim o afirmam todos os joalheiros , joalheiros é<br />

complemento do verbo afirmar.<br />

d) O narrador surpreende o leitor ao utilizar o aposto<br />

gente muito vista na gramática para caracterizar<br />

joalheiros.<br />

e) Ao dizer Não morria, vivia, o narrador, através de uma<br />

antítese, confirma que Marcela padecia de amores por<br />

Xavier.

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