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X. O-tiiij-A iL{iJti,l*i YITOalA-<br />
&?<strong>^3</strong><br />
TALSA<br />
H^^O • VH<br />
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sim * füimi fjfiitòt<br />
• IB^IOTECA<br />
N5 4<br />
í- £f<strong>^3</strong>)lA
- Jornal Autogestionario -<br />
Registrado sob nS 1.315 no Cartório de<br />
Títulos e Documentos de Santa Maria da<br />
Vitória - Bahia.<br />
Ano VI - NS 48 - Março/19a4<br />
Conselho de Direção: Admardo Serafim de<br />
Oliveira, Cláudio Thomás Bornstein,<br />
Décio Paulo Spaniol, Emiliano José,<br />
Harnoldo Teixeira, Hélio Leite, José JP<br />
Sousa Lisboa, Jehová de Carvalho, Jairo<br />
Rodrigues da Silva, José Luiz Gomes,<br />
Joaquim Lisboa Neto, Martinho Neto Leite<br />
Paulo Cezar Cerqueira Lisboa, Vanderlei<br />
Marques Ferreira.<br />
Diretor Responsável: Joaquim Lisboa Neto<br />
Diretor Administrativo: Hélio Neri Leite<br />
Assinaturas: Nice e Neguinha<br />
Redação: Praça da Bandeira, 72-A<br />
Santa Maria da Vitória-Bahia-Brasil<br />
CEP: 47,640<br />
'EM TODA A LUTA POR UM IDEAL SE TROPEÇA<br />
COM ADVERSÁRIOS E SE CRIAM INIMIZADES;<br />
0 HQMEM FIRME N%0 OS OUVE E NEM SE<br />
DETÊM A CONTA-LOS. SEGUE A SUA ROTA,<br />
IRREDUTÍVEL EM SUA FÉ, IMPERTURBÁVEL EM<br />
SUA AÇÃO, PORQUE QUEM MARCHA EM DIREÇÃO<br />
DE UMA LUZ N^D PODE VER 0 QUE OCORRE NA<br />
SOMBRA".<br />
JOSÉ INGENIEROS<br />
Q COVEIRQ<br />
Havia numa certa cidade do interior<br />
da Bahia, um homem que se dedicava ex-<br />
clusivamente a abrir sepulturas, tendo<br />
esse serviço como única profissão,<br />
quase que diariamente isso acontecia,<br />
e ele alegremente sorria, assoviava e<br />
cantavaf como se nada de anormal tives<br />
se acontecendo, os diag, meses e anos<br />
se passaram, ate que enfim, um dia,<br />
inesrjoradamente, a/morte lhe bateu a<br />
porta, levando sda única filha de epe-<br />
nas 12 anos do/idade, chegando assim,<br />
a MBZ da tristeza invadir o coração do<br />
covairo, qúe abrindo a sepultura da<br />
própria -filha, reinava profundo silên-<br />
cio, copiosas e sentidas lágrimas caí-<br />
am de seus olhos sobre a tumba da ido-<br />
latrada filhai<br />
Antes, porém,essa trabalho era feito<br />
sorrictante, quando abria a sepultura<br />
do SF.U semelhante, sem pensar nem de<br />
longe no dia de amanhã, daí em diante,<br />
nunca mais o coveiro abriu sepulturas<br />
cantando, assoviando e sorrindo,<br />
Sta. Ma, da Vitória (BA), 10 de março<br />
de 1984.<br />
ADENÜR MARIANO<br />
LEIA ■ ASSINE ■ /POIE = DIVULGUE: "0 POSS^Ifi^"! não aceite imitaçSes]<br />
pag. 2 0 POSSEIRO - Março/84<br />
^<br />
CORRENTINA REALIZOU COM DENÚNCIA Ia.<br />
MOSTRA CULTURAL<br />
(continuação da pâg. )<br />
show musical e poético. Posteriormente,<br />
informaram aos organizadores que o sar-<br />
gento Getúlio, usando do seu autorita-<br />
rismo e da sua incompetência, quis aca-<br />
bar com a manifestação, telefonando<br />
para o delegado Mendonça, que contornou<br />
a situação. Mas o povo disse e repetiu<br />
na praça: "A luta continua. 0 povo unidd'<br />
jamais será vencido." E Guarabyra Neto<br />
confirmou no Manifesto Cultural do Rio<br />
das Éguas: "A arte é uma denúncia perma
"v, 1<br />
FoLsincocâô D'OPQSSCIPQ<br />
COVPRDES RracaM TRQlÇOEIRnMENTE OJORmL<br />
"D POSSEIRO"<br />
Depois de tantas tentativas, infrutíferas, diga-se de passagem, de eliminar o nos-<br />
so jornal, os inimigos do povo voltam a atacar, agors com uma nova tática.<br />
Lançaram uma edição falsa de "0 POSShIRO", caracterizada como "EXEMPLAR DO MILI-<br />
TANTE", que está sendo enviada de Salvador, através da agencia dos correios da Av,<br />
Estados Unidos, naquela capital.<br />
A edição forjada faz acusações graves e falsas contra várias entidades e pessoas<br />
que, de uma maneira ou de outra, exercem um trabalho voltado para a dignidade hu-<br />
mana e para a defesa dos direitos dos oprimidos. Os traidores acusam, além do nos-<br />
so jornal, as seguintes entidades: BIBLIOTECA CAMÇESINA, CA3A DA CULTURA "ANTÔNIO<br />
| LISBOA DE MORAIS", ESCRITÚRIO L0G^_ DA CAR (Companhia de Desenvolvimento e Ação<br />
I Regional, ligada à SEPL/^TEC - Secretaria de Planejamento Técnico, órgão governa-<br />
' mental, portanto), IGREJA CATÓLICA, COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - CPT - de Santa Ma<br />
ria da Vitória, COOPERATIVA AGRÍCOLA MISTA 00 RIO CORFENTE - COOARC -, SINDICATO<br />
DOS TRABALHADORES RURAIS DE S/^TA MARIA DA VITÓRIA E CORIBE, ASSOCIAÇÃO COMERCIAL<br />
•E INDUSTRIAL DE S/^NTA MARIA DA VITÚRIA - fClSM, Além das entidades, foram ataca-<br />
dos também alguns advogados, jornalistas, deputados estaduais e federais e até o<br />
Secretário da Educação do Espírito Santo, Admardo Serafim de Oliveira, foi covar-<br />
demente acusado pelos vis caluniadores.<br />
: Por que essas pessoas que falsificaram^ "0 POSSEIRO", que representam nada mais na-<br />
da menos que o lixo da historia, não tem a coragem de nos atacarem abertamente?<br />
Por que usam o norpe do nosso combativo jornal para tentar fazer com que nosso tra-<br />
caç<br />
11 Os imbecis, covardes, traidores, caluniadores e falsários não contam sequer com a<br />
i simpatia do povo santamariense, pois todos que tomaram conhecimento do jornal fal-<br />
sificado são unânimes em afirmar que esse ato não passa de uma sujeira tramada com<br />
o objetivo de fazer retroceder um trabalho que é justo, honesto e que, para deses-<br />
pero dos opressores, conquista cada vez mais a simpatia de todas as camadas da po-<br />
pulação.<br />
Ninguém contesta que "0 POSSEIRO" se tornou um jornal respeitado e prestigiado jun<br />
to aos santamarienses. E isso não se conquista facilmente. Estamos sempre exigindo<br />
de nos mesmas muita seriedade e honestidade na veiculação de notícias e nas opini-<br />
ioes que emitimos. A CASA DA CULTURA "ANTÔNIO LISBOA DE MORAIS" é g única entidade<br />
;|que tem feito o nome de Santa^Maria da Vitoria ficar conhecido ate a nível interna<br />
ijcional através de suas promoções culturais e artísticas. Grande exemplo disto é-a -<br />
, semana de ARTE E CULTURA que realizamos anualmente e que todo o povo prestigia, in<br />
ijclualva a própria Prefeitura Municipal, que colabora financeiramente, SÓ os calunx<br />
i;adores e difamadores insistem em ignorar e destruir nosso trabalho. Mas, nuncal<br />
' ;;,Ju 5Ça conseguirão impedir que uma causa justa como a nossa seja eliminadal Quanto<br />
ia BIBLIOTECA CAMPESINA, que eles acusam ae ser "a maior centro difusor de maconha<br />
Kda região como também um aparelho do Partido Comunista Brasileiro na cidade", íDS<br />
1 idiotas sabem perfeitamente bem que a"maconha" e o "comunismo" que a CAMPESINA<br />
I iistribui são os livros que praticamente todos os estudantes de todos os colégios<br />
; jantamarienses usam para executarem seus trabalhos escolares,<br />
^ara finalizar, levamos ao^conhecimento do povo santamariense que já estamos empe-<br />
i, ihados na tomada de providencias visando a descoberta e punição dos culpados. Para<br />
ficanto, ja registramos queixa-crime na Delegacia de Polícia Local para que as auto-<br />
f.jridades competentes encarem o problema com seriedade, resolvendo-o o quanto antes.<br />
f]<br />
LEIA = ASSINE - DIVULGUE = "0 POSSEIRO" (não aceite falsificações)<br />
0 POSSEIRO = Março/84 pag. 3
s A M<br />
■ ?! ■■■■<br />
3)E ^^ í*—: ,<br />
a.<br />
As ruas ds Santa Mari « C* ■ ^ ti sn as veja<br />
pelo nome. ;s3 :nta'<br />
- qui nem os olhos dn Maria -<br />
Mesmo que no passar d03 temo os<br />
tenham ficado manchas inepagaveis<br />
no chão o sengue tinto, das lágrimas<br />
cristalinas üi Sandra Maria.,<br />
Dobram-ss os sinos r.a Colina de Vitória<br />
Beatas choram o batsm os lábios em rezas<br />
Em pavorosas par&fsmaliaá passa<br />
gritando o carroceiro:■ -<br />
- Mataram Dr . K3RBAÍ Mataram um pedaço<br />
de mimj - - ■ í<br />
MS ruas de Santa Maria tem a mesma luz<br />
afável<br />
que têm os olhos do Sandra Maria.<br />
Se as vejo pelas lembranças, são tão<br />
crianças aquelas ruas, . ■<br />
Tão cheias do saudades o amores, , ,<br />
Dobram-se os sinos na Colina ds Vitqria<br />
e a cidode em peso desfila pela Teixeira<br />
de Frsitasu- . .<br />
Foi lá que tcmbou 3 herói dos posseiros,,<br />
E passa um ciclista assustado gritando<br />
passai lavradores chorando<br />
Beatas de rosários nas mãos, passam<br />
todos gritando, gritando:<br />
- Mataram Dr. EUGÊNIO LYRAj Mataram<br />
um pouco de nós.<br />
Choram mulheres grávida.:, . . posseiros<br />
perseguidos, . . choram meninos,<br />
meninas. . ,<br />
Enquanto os homens pasmo3 fitam o corpo<br />
no chão.<br />
! t<br />
rõn oas<br />
.—i í<br />
a a l Idl<br />
r ^^ r<br />
Chorarei tua lágrima<br />
Suando meu pranto rolar,<br />
Quererei teu sorriso<br />
Quando rrr nha face brilhar.<br />
Suplicarei teu carinho<br />
Quando a carícia rogar.<br />
Sentirei teu beijo<br />
Quando minha boca beijar.<br />
Pedirei teus braços<br />
Quando meu corpo chamar,<br />
Quererei tua incerteza<br />
De quem do nós ama mais,<br />
a mais visível certeza.<br />
Assim, nao ba lOIS<br />
Que um ame como louco<br />
,( Quando o amor implora<br />
de cada um um uouco.<br />
Mas alei<br />
,".■'■<br />
As ruas de .Santa Maria me lembram o<br />
f Que derramam o sangue<br />
Santa Clara,<br />
; Que corre nas veias<br />
porque tudo era tão bom nas suas noites<br />
Dos pálidos pobres<br />
de alegria<br />
E dos polidos nobres, , ,<br />
Lá nunca se ouviu uma ameaça, somente<br />
juras de amor.<br />
Será que a Lei se vende?<br />
As ruas de Santa Maria me lembram Sandra<br />
Maria e o carnaval<br />
,0u não há justiça?<br />
,..■,.<br />
As ruas de Santa Maria estão manchadas /-<br />
de saudades / por onde passo vejo noraes/'f<br />
ouço vozes do passado ferindo o presen- ;| autor: Gilvando Bastos Fraga<br />
te / e o peito dessa gente a vagar pelçjSjj<br />
ruas de .Santa Maria» /Nequelas ruas nos 1<br />
nos amamos tanto,/ tanto, / que nem dou<br />
por conta / de quantas vezes beijei<br />
Sandra Maria, ■ •<br />
(Flamarion A.A3Coste~ DF,setembro/BS)<br />
pág. 4<br />
..i<br />
Ante<br />
- dl a<br />
ã de vir<br />
;üJ ; agora<br />
coração desistir.<br />
d. ss^rn, quero teu amor-<br />
Antas ds o meu regredir.<br />
autoj Hnil NOVAES Neto<br />
E stou grilado', , „<br />
I PQV- causa destes grileiros,<br />
1 Estou chateado;<br />
1 Entre ostes trilhoiros<br />
| DG te rras ai hei as „<br />
0 POSSEIRO = Março/84
i ■<br />
FalAmxiHjao d'Ò POSSEi<br />
Norfí DC: REPúDIO<br />
.■As entidades abaixo-assinadas, que vim<br />
desenvolvendo junto ao povo da nossa<br />
região atividades que visam melhorar<br />
as condições de vida da nossa população,<br />
estão sendo vítimas de uma calúnia.<br />
Recentemente, começou a circular uma<br />
falsa edição do jornal "0 POSSEIRO",<br />
que se identifica como: "NÚMERO ESPECI-<br />
AL - ANO I - EXEMPLAR 00 MILITANTE",<br />
querendo difamar estas entidades, por-<br />
que elas lutam pelos interesses e pela<br />
dignidade do próprio povo.<br />
Os que estão intencionados em manter<br />
essa atual situação de miséria são os<br />
que agora se empenham, de maneira crimi-<br />
nosa, em difamar, caluniar e calar aque-<br />
les que gritam com o povo.<br />
Sabemos que essa não é a primeira vez<br />
que isso ocorre no Brasil. Outros jor-<br />
nais já sofreram agressões semelhantes<br />
como, por exemplo, a falsificação do<br />
jornal "0 SAO PAULO", da Arquidiocese de<br />
São Paulo e o atentado a bomba contra o<br />
jornal "0 ESTADO DE SÃO PAULO", além do<br />
atentado ao "JORN/t DA B/HTA", ocorrido<br />
recentemente,<br />
Para evitar que isso possa continuar<br />
ocorrendo impunemente, estamos denuncian<br />
do mais essa agressão aos direitos demo-<br />
cráticos e à liberdade de imprensa para<br />
toda a população, para que também ela<br />
possa juntar-se a nós na exigência que<br />
os culpados sejam punidos.<br />
Porém, isso não vai nos fazer parar. As<br />
entidades continuarão a trabalhar pelos<br />
objetivos a que se propõem, sem temer<br />
as falsas acusações daqueles que lutam<br />
contra as aspirações do povo por uma so-<br />
ciedade onde a justiça social prevaleça.<br />
Santa Maria da Vitória-Ba., 17-03-84.<br />
JORNAL 0 POSSEIRO<br />
BIBLIOTECA C/W1PESINA<br />
CASA DA CULTURA "/W0NI0 LISBOA DE MORAES<br />
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - CPT - SANTA<br />
MARIA DA VITÓRIA<br />
, ,.:,.> ._ ■<br />
.0 POSSEIRO = Março/84<br />
IGREJA CATÓLICA<br />
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE<br />
SANTA UPPIA DA VITÚREA - AC1SAM<br />
COOPERATIVA AGRÍCOLA MISTA DO RIO<br />
CORRENTE - COOARC<br />
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS<br />
DE SANTA MARIA DA VITORIA E CDRIBE.<br />
EX|MPLAR_DE_JORNAL_DE<br />
SANTA MARIA ERA FALSO<br />
•«^<br />
Varias entidades de Santa Maria da Vi-<br />
tória, a 989 quilômetros de Salvador,<br />
divulgaram nota de repúdio a um núme-<br />
ro apócrifo do jornal "0 Posseiro",<br />
editado no município há mais de três<br />
anos. A pretensão de autodenominadp<br />
"Número Especial - Exemplar do Mili-<br />
tante", segundo as entidades, é difa-<br />
ma-las "porque elas lutam pelos inte-<br />
resses e pela dignidade do povo",<br />
A nota e assinada pelo jornal "0 Pos-<br />
seiro", "Biblioteca Campesina", Casa<br />
da Cultura "Antônio Lisboa de Morais"<br />
Comissão Pastoral da Terra de Santa<br />
Maria da Vitória, Igreja Católica, As<br />
sociaçao Comercial^e Industrial de<br />
Santa Maria da Vitoria, Cooperativa A<br />
grícola do Rio Corrente e Sindicato ~<br />
dos Trabalhadores Rurais de Santa Ma-<br />
ria da Vitória e Coribe,<br />
As entidades asseguram que "os que es-<br />
tão intencionadgs em manter essa atual<br />
situação de miséria são os que agora<br />
se empenham, de maneirq criminosa, em<br />
difamar, caluniar e calar aqueles que<br />
gritam ao ladg do povo", e lembram<br />
que essa não e a primeira vez que issc<br />
ocorre^no Brasil, ao se reportarem a<br />
agressões semelhantes sofridas pelo<br />
jornal "0 São Paulo", da Arquidiocese<br />
de São Paulo, que também foi falsifi-<br />
cado, e "0 Estado de S. Paulo", que<br />
sofreu um atentado a bomba,<br />
(• - •}<br />
0 número apócrifo de "0 Posseiro" qua<br />
lifica toda a atividade comunitária e<br />
cultural existente em Santa Maria da<br />
Vitoria, desenvolvida por aquelas enti<br />
dades,^como "comunista", citando Inclu<br />
sive vários nomes, entre eles os de va<br />
rios religiosos, do município e da ca-<br />
pital. 0 jornal falsificado tenta ca-<br />
racterizar a igreja B aquelas entida-<br />
des como incentivadoras dos conflitos<br />
de terra na região.<br />
-(transcrito do Jornal da Bahia-20/3<br />
pag, 5
POESIA<br />
11,11.'-»...<br />
u<br />
Você me chama de maluco(a) doidao<br />
Pergunto, por que será?<br />
Será que sou o culpado?<br />
Só é eu que não encaro a vida, pra<br />
lutar e viver em liberdade?<br />
Sou eu que corro dos homens, porque<br />
vejo na maioria grande cniueldade.<br />
Só e eu que não tenho dinheiro, emprego<br />
e educação?<br />
Vejo crianças morrendo nos bairros<br />
humildes e sem assistência.<br />
Sou. eu o culpado?<br />
Quem pode ser o culpado?<br />
São os lavradores que com a sua força<br />
fazem a lavoura com cuidado,<br />
o defensor da fome, um homem<br />
mais maltratado?<br />
É o operário que trabalha todo dia,<br />
cada dia mais apertado, aumentando<br />
o número de filhos e o salário cada<br />
vez mais arrochado?<br />
Quem somos nós?<br />
Quem pode ser o culpado?<br />
Será que são aqueles homens que dizem<br />
defender o País com armas, bombas e<br />
fuzis? Serão eles os culpados das<br />
misérias do País?<br />
Serão aqueles bonzinhos em época<br />
de eleições?<br />
Quem sou eu?<br />
Quem somos nós?<br />
Sou eu o País, o estado, a democracia,<br />
a ditadura ou o regime militar?<br />
Se somos jovens temos que lutar, pois<br />
"Lutar • Vencer",<br />
Cada dedo que perderes na luta,<br />
ganharás em defesa milhares de "mãos",<br />
(Santa Maria da Vitória-Bahia}<br />
ODETE RODRIGUES DE SOUSA<br />
aso eros temcü<br />
Para quem vive o seu tempo<br />
~ * i c<br />
Nao ha vaga para o poema ^-s<br />
Porque o poema emerge dos abismos.<br />
m . ■*'"..*."" Ti i iBa*><br />
Me desculpem. Acabou o poema.<br />
Acabou o poema. 0 poema acabou só.<br />
Querem que lhes diga por que o poema<br />
acabou?<br />
Vejam vocês, . .<br />
Em 31 de março de 1964,<br />
Aconteceu um fato sinistro aqui,<br />
Vocês todos se lembram.<br />
Despencou do poder um governo civil.<br />
Eleito pelo povo,<br />
E subiu em seu lugar um grupo de<br />
Generais.<br />
Traidores de minha pátria,<br />
Não vêem vocês que não acabou o poema?<br />
Que o poema não se acaba?<br />
Que o poema a o povo?<br />
Generais infiéis, não vêem vocês<br />
Que o poema se esconde em cavernas<br />
Nos tempos ásperos, difíceis?<br />
E que na primavera sai pelas ruas,<br />
pelos campos com è bandeira da<br />
LIBERDADE?<br />
Não. Não acabou o poema,<br />
0 Poema é feito de sangue. , ,<br />
Se preciso for, 0 Poema não se acaba,<br />
Nem se trai.<br />
Une, Cresce sob as baionetas.<br />
E de repente, quando menos se espera,<br />
Arrebata<br />
Estabelece<br />
Transforma<br />
E permanece, . .<br />
autor: AGENOR_CAMPOS<br />
Salvador, Bahia,<br />
11 ' i « «M"«>l r^g*<br />
iag. 6 0 POSSEIRO = Março/B4<br />
O
W<br />
Qjjjnj&fí]<br />
ORQENTIMP PERUZÓU COM DEHüMOQ<br />
43 MõSTP& CuLTUPPfíL<br />
Dias is e 2 de março foi realizada a Ia,<br />
MOSTRA CULTURAL DO POVO GORRENTINENSE,<br />
dentro tio programe dovfslowimento Cultu-<br />
ral do Rio das Éguas,<br />
No. primeiro dia, foi realizada uma pa-<br />
lestra, com a presença de diversas auto<br />
ridades, e, no segundo, um show musical<br />
dos artistas da terra, B o lançamento<br />
do livro "69 POESIAS DOS LENGÚIS E DA<br />
CARNE"j de Helverton Baiano [filho de<br />
Gorrentina) e Gilson Cavalcanti. 0 Movi-<br />
mento também serviu como um protesto<br />
contra o fechamento do Ranchão nos dias<br />
de carnaval e em favor das eleições di-<br />
iSÍ£S> .dá» para a presidência da repú-<br />
blica, 0 objetivo principal foi o de<br />
criar nos correntinenses a consciência<br />
para todos os seus problemas e as formas<br />
de como resolvê-los com a participação<br />
e a união de todos.<br />
D objetivo do Movimento, conforme o Ma-<br />
nifesto Cultural do Rio das Éguas, ela-<br />
borado pelos correntinenses Guilherme<br />
Alves, Welson Moreira, Marcelo Cláudio<br />
Rocha e Helverton Valnir (Baiano), "é<br />
resgatar as nossas raízes culturais e<br />
incentivar o aparecimento de novos valo-<br />
res que até aqui têm se mantido no anon^L<br />
mato, devido a falta de apoio, oportunida<br />
de e estímulo", Ele alertou também para<br />
o fato que sem esse resgate "cada vez<br />
mais estaremos sujeitos às culturas es-<br />
tranhas que enfraquecem a criação natu-<br />
ral de nosso povo. E tudo isso provoca<br />
a dependência das coisas de fora, a aco-<br />
modação das pessoas da terra e influi<br />
para uma total aceitação do que lhes é<br />
itrposto, Além do mais, resulta em inevi-<br />
táveis subserviência, manipulação e do-<br />
minação de nossa gente."<br />
. MOVIMENTO<br />
No primeiro dia, participaram da mesa<br />
dos de bate dores Pedro Guerra (ex-prefei<br />
to], que apontou para o sentido cívico<br />
do movimento; Padre André, que ressaltou<br />
um pouco da história que viveu em. . ,<br />
0 POSSEIRO = Março/84<br />
Por: HELVERTON-VALNIR<br />
Gorrentina; o secretário do prefeito<br />
Marco Falcão,: Fernando, que além de ter<br />
observado a importância do movimento,<br />
tentou rr pondsr algumas indagações<br />
quanto a atual administração; o presi-<br />
dente do Sindicato dos Trabalhadores Ru<br />
rais de Gorrentina, Wilson Martins Fur<br />
tado, que abordou o tema da exploração<br />
dos trabalhadores pelas empresas reflo-<br />
restadoras que atuam na região do Ge-<br />
rais correntinense; e o ex-prefeito Jor;<br />
quim José da Silva, que também enfcti- j<br />
zcu a realização de tal movimento e res<br />
pondeu algumas perguntas de sua admini^<br />
tração- §enda a mais cogitada a constru<br />
çao do forura em plena Praça da Matriz/'<br />
quando a cidade epresentava, como de-<br />
monstrou depois, capacidade de expansão<br />
para outras áreas.<br />
A fala mais aplaudida, de Wilson Furta-<br />
do, presidente do Sindicato dos Traba-<br />
lhadores Rurais, serviu do ponto de in-<br />
formação para c esclarecimento das cons<br />
tantes denúncias em jornais de todo o<br />
país da escravidão branca a que são sub<br />
metidos OR trabalhadores que são contra<br />
tados pelas reflorestadoras do Gerais,<br />
Wilson levantou também a preocupação<br />
com a possível poluição do Rio Gorrenti<br />
na pelas reflorestadoras, a perseguição<br />
que é feita ao posseiro, pela intensa<br />
influência dos grileiros, "parindo áre-<br />
as enormes, sem que sejam legalizadas",<br />
a falta de escolas para a população ru-<br />
ral, porque os professores não se dis-<br />
põem, a ir para os povoados, em vista do<br />
mísero salário, e ainda a matança do ga<br />
do, provocada pela Rio Pontal Reflores-<br />
tsdora. Também o ISSQN de milhões que a<br />
prefeitura deixa de receber das empre-<br />
sas de reflorestamento.<br />
/pesar de ter sido convidado duas vezes<br />
por carta e duas vezes pessoalmente pe-<br />
los organizadores, o prefeito Marco Fal<br />
cão não compareceu, alegando uma reuni-<br />
ão com um deputado da região. Para os^<br />
organizadores, no entanto, essa reunião<br />
seria muito melhor aproveitada se reali<br />
zada com a participação das mais dé lOÜ<br />
pessoas presentes ao acontecimento, No<br />
dia 2, foi a vez da manifestação cultu-<br />
ral na praça da Matçiz, com um ato pelas<br />
eleições diretaç, ja, o lançamento do<br />
livro "Dos Lençóis e da Carne", e o, , ,<br />
- continua na pagina 2 -<br />
pag.
HlSToRíA REGIOMPIL<br />
Cúmê SuKtBW ê CiMoe m fituJSíStfS M<br />
Vale ressaltar aqui o grande trabalho<br />
prestado pelo bandeirante missionário<br />
Francisco de Mendonça Mar. Procedente<br />
de Portugal, chegou a Bahia nos últi-<br />
mos anos do século XVII. Dedicou-se a<br />
vida religiosa com a função de Prior,-<br />
sendo posteriormente encarregado pelo<br />
Provedor-Mor da Casa Nova, que se edi<br />
ficava próxima ao Palácio dos Governa<br />
dores, dos trabalhos desta. Tendo os<br />
seus trabalhos desagradado ao dito<br />
Provedor, Mendonça-Mar então foi arbi<br />
trariamente preso por ordem do dito<br />
Provedor. Este ato foi considerado um<br />
absurdo não só pelo próprio preso, co<br />
mo também por parte de seus amigos,<br />
especialmente porque ainda não tinham<br />
sido pagos os seus serviços. Feita<br />
uma representação em sua defesa ao<br />
Rei de Portugal, este por despacho de<br />
12 de março de 1695, manda que fosse<br />
ouvido pelo Vice—Rei.<br />
Depois de ter sofrido tais humilha-<br />
ções, Mendonça-Mar, vestindo-se com o<br />
hábito de São Pedro, embrenhou-se pe-<br />
los sertões, tomando a direção do Rio<br />
São Francisco. Nesta ocasião passou a<br />
adotar o nome de Dom Francisco da So-<br />
ledade, Depois de alguns meses de pe-<br />
regrinação chega aos barrancos do São<br />
Francisco e aí descobre uma grande<br />
gruta, à qual deu o nome de "Gruta do<br />
Bom Jesus" e mais tarde "Bom Jesus da<br />
Lapa", passando a fazer dali sua mora<br />
da e casa de oração,<br />
Pas saram-se alguns anos sem que nin-<br />
guém soubesse do seu destino, até que<br />
começaram a surgir notícias suas na<br />
Bahia, oriundas das margens baianas<br />
do Rio São Francisco. Essas notxcias<br />
eram trazidas pelos boiadeiros. Porém<br />
as notícias não identificava perfeita-<br />
mente. Tais notícias era de que nos<br />
sertões do São Francisco havia"uma<br />
gruta milagrosa", onde uma religioso<br />
pag, 8 0 Posseiro - Marçoj8Q._<br />
congregava seus fiéis, tratava dos en-<br />
fermos e asilava todos aqueles que o<br />
procuravam, os quais eram procedentes<br />
dos mais diversos pontos daqueles ser-<br />
tões, E ali chegavam movidos pela fé,<br />
pela esperança de receberem uma graça.<br />
Não havia também falta dos interessei-<br />
ros e curiosos,<br />
A gruta tornou-se muito famosa e por<br />
isso passou a ser chamada de "Gruta do<br />
Bom Jesus da Lapa", Ali era um ponto<br />
de convergência de muitos viajantes e<br />
sertanistas que, partindo de Salvador,<br />
demandavam o Rio São Francisco a procu<br />
ra de suas ricas minas.<br />
Por requerimento de ).7l7, Mendonça-Mar<br />
pedia a "El-Rei nosso Senhor" a conce^<br />
são de passaes, declarando especialmen<br />
te: isto e, a mesma porção de terra<br />
que Vossa Majestade foi servido mandar<br />
dar aos gigários missionários dos ser-<br />
tões, ficando a dita Igreja da Lapa no<br />
meio da mesma terra, correndo esta pe-<br />
la margem do Rio São Francisco para qu^<br />
assim possa o suplicante remediar as<br />
necessidades dos passageiros e romei-<br />
ros e mais pobres enfermos que de con-<br />
tínuo assistem nela e também para que<br />
possa admitir a sua companhia alguns<br />
sacerdotes que se oferecem para ajudar<br />
nas viagens daqueles sertões,"<br />
- Texto extraído do livro "His-<br />
tória do Rio São Francisco" -<br />
Primeiro Volume, Por Rev,D,<br />
Vaílton L, de Carvalho, S.T.D,<br />
LEIA = ASSINE<br />
APOIE = DIVULGUE:<br />
"0 P 0 S S E I R 0"
seravidao Continua<br />
Nos deram o sentimento de /fião existir<br />
senão a imagem de outro, de querer<br />
ser apenas um apêndice do homem, deste<br />
homem que é modelo e juiz, senhor-<br />
ideal, dono e patrão. Temos almas rou-<br />
badas, recusa de nos mesmos para nos<br />
fundirmos num outro ser humano HOMEM,<br />
fusão impossível que, frustrada, gera .<br />
ódio, revolta e fuga. Empregada do<br />
marido, babá dos filhos, sem salário'v<br />
e sem autonomia econômica, ae mulhe-<br />
res buscam traçps..de uma identidade '<br />
..ruas si'gn"òs" ; éxteriores ligados aos<br />
atributos femininos: boa dona-de-casa,<br />
decoradora do lar, boa cozinheira e tc^<br />
A casa se torna assim um lugar de in-<br />
vestimento psico-afetivo cada vez mai<br />
ores, 0 acesso aos bens materiais<br />
funciona como compensação à pobreza<br />
das relações humanas.<br />
Valorizar a casa passa a ser uma ati-<br />
vidade de valorização de si mesma,<br />
através de normas socialmente defini-<br />
das.<br />
Por que.tarefas exclusivamente .femini-<br />
nas? Definidas socialmente por quem,<br />
quando a própria categoria protesta?<br />
Buscamos recuperar uma identidade que<br />
caiu no esquecimento de uma cultura<br />
que nos excluiu por DECRETO de insignificância.<br />
Separadas de poder pelos<br />
estereótipos, não são as mulheres que<br />
. . . que interessa diretadecidem<br />
sobre o. 3-.. .,~. _,- . . .<br />
mente, as suas. vxdas, Nao decidem,sobre<br />
o seu acâsso-a-aaüaaçáa, aâ'salarxà<br />
igual poir 1 trabalhe^ IÇW-í^ (çlas tambciru<br />
\?no 5 roça)^ a possib;Ll;}.dadc de car- ,<br />
reiTas iguaxs;'ao ccrrítrolc .aa^oatolidadó','<br />
aO-^rjíreito de ^dispor do seu próprio<br />
corpo. Em suma, tocíos<br />
esses assuntos que condicionam direta<br />
mente o destino de cada mulher são<br />
decididos pelos homens através .de<br />
DECRETOS, , .<br />
A responsabilidade pela criação dos<br />
filhos continua sendo, fundamentalmen-<br />
te, das mulheres. Aquela que não assu-<br />
me a inteira responsabilidade dos fi-<br />
lhos sai da NORMALIDADE.<br />
Por que não dividir as responsabilida<br />
des com os respectivos companheiros?<br />
As mulheres dão seus melhores anos de<br />
sua juventude não só para criar os fi<br />
lhos como também para ajudar com seu<br />
trabalho doméstico (não remunerado)<br />
o desenvolvimento da carreira de um<br />
homem e que se encontram, na idade<br />
madura, sem trabalho e sexualmente<br />
desvalorizadas pela idade. Essa situa<br />
ção e vivida num tal desamparo que<br />
algumas mulheres preferem arrastar<br />
consigo;Um casamento fracassado, uma<br />
situação que as humilha, preferem o<br />
desgaste quotidiano à-situação de<br />
"desemprego conjugai",<br />
Não há, portanto, que esperar dos<br />
homens a iniciativa de transformação<br />
d,e uma situação social da qual, cons-<br />
ciente ou inconscientemente, eles se<br />
beneficiam,<br />
Mulheres, vamos.ã lutai<br />
ROSÂNGELA VILMA MATOS ;<br />
Dados bibliográficos [Obras de Paulo<br />
Freire)" r<br />
-«-—jn—— cc-<br />
ü GRILEIRO<br />
Em homenagem aqueles que fizeram "0 Po_s<br />
seiro" falsificado, dedicamos a letra<br />
da .música de Raphael de Carvalho:<br />
Oi, grileiro vem ..<br />
Pedra vai .<br />
De cima desse morro ninguém sai (bis)<br />
Construí meu barraco de madeira<br />
Em cima desse morro prá morar<br />
Vem o cão de^um grileiro de rasteira<br />
Querer meu barraco derrubar.<br />
Oi, grileiro vem<br />
Pedra vai<br />
De cima desse morro ninguém sai (bis)<br />
Ao grileiro nós vamos resistir<br />
Todo povo daqui vai descer<br />
E-uma ordem geral vai partir<br />
Que é botar o grileiro prá correr'.<br />
0 POSSEIRO = Março/84 pag, 9
Qs ReMitíúíCfiçõks po ViREfíCOB PbEUNO, òõ PMÈB<br />
O vereador Adelino Fernandes<br />
dos Santos(PMDB) apresentou à Ca<br />
mara de Vereadores desta cidade'<br />
a seguinte solicitação de provi-<br />
dencias urgentes.+<br />
1. Oascalhamento do Ramal Santa"<br />
Iferia da Vitória via Tiririca,íPe<br />
nipapo, Nova Franca, Mocambo^Pon<br />
te Velha, Malhada, até Inhaúmas,<br />
perfazendo um total de 96 kms.<br />
2* Inhadmas - crlAção de um Posto<br />
medico, com visita de uma vez por<br />
semana. Aproximadamente 3.500_ha<br />
bitantes ,<br />
3, Povoado de Caniveta - A. Cons<br />
truçao de poço artesiano; ff. Gru<br />
po escolar. População 1.000 habi<br />
tantes aproximadamente.<br />
4. Oascalhamento do ramal via Cur<br />
raís, Gaíundó até Brejlnho dos<br />
Gerais, perfazendo um total de<br />
30 kms.<br />
A. Construção Grupo Escolar"<br />
II6S Currais de Cima.<br />
5. Oascalhamento do Ramal via Á-<br />
gua Quente, com 30 kms.<br />
€>. Cascalhamento do Ramal via A-<br />
çudina, com 35 kms.<br />
1. Posto Médico com visita de uma<br />
vez por semana.<br />
8. Bairro de Sao Feíix, popula-<br />
ção 5.500 habitantes.<br />
A. Eletrificação das ruas de-<br />
São Félias, extensão 75^.<br />
B. Calçamento das ruas de Sao<br />
Pélix, com extensão de 95^.<br />
C. Calçamento das ruas de Saap<br />
ta Maria da Vitória, com exten -<br />
são de 25^.<br />
pag, 10 0 Posseiro - ÍVlarçQ/^4<br />
B. Tratamento da água de São ,Fe-<br />
lix.<br />
E. Vigilância para as ruas desta<br />
cidade.<br />
P. Verba para a manutenção do Co<br />
légio da CNEC, Centro Educacional<br />
Cenecista de Sao Pélix.<br />
a) Adelino Fernandes dos<br />
Santos.<br />
fiftTE PoPüLfíR.<br />
Vale a pena conhecer a Gale-<br />
ria de Arte da Casa da Cultura '<br />
"ANTÔNIO LISBOA DE MORAIS".<br />
Ali, nossos artistas - escul<br />
tores e artesoes - expõem seus \<br />
trabalhos para que'apreciados pe<br />
los visitantes.<br />
Na Galeria de Arte podem ser<br />
encontradas inúmeras obras de ar<br />
te, dentre as quais: carrancas ,<br />
quadros, tecidos de algodão fa-'<br />
brieados pelos nossos camponeses<br />
etc.<br />
Cabe, agora, ao povo santama<br />
riense- prestigiar os nossos artis<br />
tas populares, comprando e divul-<br />
gando seus trabalhos, contribuin<br />
do, dessa maneira, para que a Ar<br />
te e Cultura Popular de Santa Ma<br />
ria e cidades circunvizinhas crês<br />
çam e se valorizem cada vez mais.<br />
0 endereço da Galeria de Ar-<br />
te da Casa da Cultura "Antônio '<br />
Lisboa de Morais" £» Praça da Ban<br />
deira, 72-A- Santa Maria da Vitó<br />
ria - Bahia.<br />
LEIA NA BIBLIOTECA CAMPESINA:<br />
- Geração Abandonada / L.F, Emediato;<br />
- A Guerra do Fim do Mundo / M.V.LLosa<br />
- Conversando Sobre Sexo / M. Suplicy;<br />
- Feliz Ano Velho / Marcelo Paiva.
-rir<br />
i RssocififíU) COMERCIAL e IHúU$TPI/Ií ét Sflwr/) M.VíTn/?io-ClSflM<br />
i Daqui até o final do 12 semestre, os visitantes que chegarem a- Santa,Maria terão a<br />
opúrtunidaçte çie participarem das festas que tradicionalmente são promovidas com<br />
grande receptividade por parte do publico santamariense.; Nossa cidade : èstá, além<br />
; disso, muito bem servida em termos de meios de comunicação: temos telex, t e lefone<br />
(DDl), televisão, etc. • ■ ' r^<br />
\ Em maio, teremos a Festa do Dia das Mães, sempre bastante animada. E no mês de<br />
junho, nas festas juninas, vale ai pena ver e curtir a Praça do- Jacaré repleta de<br />
I barracas vendendo quentão, batidas, etc, Além disso, há uma semana inteira de for-<br />
rós animadíssimos, com conjuntos, grupos folclóricos e outras atrações.<br />
Durante esse período, as pessoas que chegarem a Santa Maria terão -à,sua.disposição<br />
inúmeros estabelecimentos comerciais, tais como bares, boutiques, etc, os quais :<br />
, relacionamos abaixo; '' ' ■.' ; ■ ,, ■; . ', .,, ',<br />
j Advocacia ,,,. \<br />
!<br />
Escritório Lisboa<br />
, EsGritórib. Santa Maria<br />
Forro e iluminação<br />
Gessol ■ ;.' \<br />
I<br />
Gasolina, diesel e derivados de petróle<br />
:<br />
Artigos para presentes, malas e confecções Auto Posto Lisboa<br />
Casa Coelho<br />
! 0 Paulistão -. '%, -<br />
: A Preferida . , ..__,<br />
I Boutiques<br />
' Kicharm<br />
: Magna Modas<br />
lPingo de Gente (infantil)<br />
-( Brinquedos- e artigos para presentes<br />
1 Surilândia ' ■ '■ ^ ' ■<br />
i ■■--.■;■ -■-....<br />
i Contabilidade<br />
Escritório Leite ' ■'.'' '<br />
Beneficiadora de Cereais ^<br />
Gafe Delza<br />
Construtor<br />
Pedro Antônio de Souza-<br />
Confecções em Geral<br />
Vanderlei Marques Ferreira (ambulante) .<br />
Gerealista em atacado<br />
Oliveira & Bonfim<br />
Pingüim<br />
Discos, fitas e artigos para presentes<br />
Musivsst .. ;■<br />
Wkttsom<br />
Fábrica de baterias<br />
1 Delcar<br />
Farmácia<br />
Líder<br />
'Gráficas '<br />
Guedes ..<br />
Tipografia Mestre ^inza<br />
Hotel .• ''[.,_<br />
Carranca (três : estrelas)<br />
Lanches e bebidas<br />
Drink's Mabalú<br />
Material para construção e madeira<br />
Madecor .. ...<br />
Material para construção, motores e<br />
máquinas agrícolas ;<br />
Casa Globo<br />
Cidade Riso ' v - :: '<br />
Móveis e eletrodomésticos<br />
••Gasa-União - ^ , _,. ■<br />
Produtos veterinários<br />
Casa do Agricultor ,;<br />
••■<br />
Panificadora e lanchonete .<br />
Moderna<br />
Supermercados<br />
Coelho<br />
Fama<br />
Lima Faraj<br />
Pingüim<br />
Pires ' ' ' • • ';<br />
Tecidos, confecções e armarinhos<br />
Casa Fé em Deus<br />
Casa Norma ..,. ,"<br />
0 POSSEIRO « Março/84 pag. 11
■■<br />