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Acta da presente reunião: A Assembleia deliberou, por ... - Lagoa

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----<strong>Acta</strong> <strong>da</strong> <strong>presente</strong> <strong>reunião</strong>: A <strong>Assembleia</strong> <strong>deliberou</strong>, <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de, aprová-la no<br />

final em minuta. ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----<strong>Acta</strong> <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia vinte e dois de Fevereiro de dois mil e dez: A<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>deliberou</strong> <strong>por</strong> maioria, com vinte seis votos a favor e uma abstenção do<br />

senhores Francisco José Malveiro Martins, aprová-la. -------------------------------------------<br />

----Pelo Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> foi <strong>da</strong>do conhecimento dos seguintes<br />

assuntos: ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pedido de suspensão de man<strong>da</strong>to <strong>por</strong> 90 dias do senhor Joaquim Carlos Piscarreta<br />

Rego, membro <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal eleito pelo Partido Social Democrata, sendo<br />

substituído pelo Senhor Álvaro António dos Santos Matos; -------------------------------------<br />

----Pedido de substituição à <strong>presente</strong> sessão do senhor Amílcar Manuel dos Santos<br />

Charneco, membro <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal eleito pelo Partido Socialista, pelo<br />

Senhor Joaquim Carlos Vieira Alcaide. ---------------------------------------------------------------<br />

INTERVENÇÃO DO PÚBLICO<br />

PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA<br />

O Senhor Mário Lopes, residente na freguesia de Porches interveio para <strong>da</strong>r<br />

conhecimento de um problema que se arrastava há mais de 4 anos o qual estava<br />

relacionado com uma linha de água situa<strong>da</strong> na zona onde residia <strong>por</strong> onde eram<br />

lançados os esgotos <strong>da</strong> ETAR de Porches os quais não eram tratados o que criava um<br />

grande problema de saúde pública. A referi<strong>da</strong> situação era agrava<strong>da</strong> com as cheias<br />

que inun<strong>da</strong>vam o seu terreno e a área envolvente <strong>da</strong> sua casa com água e esgotos.<br />

Tinha contactado já <strong>por</strong> diversas vezes a Câmara Municipal que não tinha <strong>da</strong>do<br />

solução e se desculpava com a Empresa Águas do Algarve. Ultimamente tinha dirigido<br />

uma carta a várias enti<strong>da</strong>des designa<strong>da</strong>mente ao senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de <strong>Lagoa</strong>, ao Senhor Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Porches, ao<br />

Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal ao Ministério do Ambiente, ao Senhor<br />

Governador Civil de Faro e à Procuradoria-geral <strong>da</strong> República. Das referi<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des<br />

to<strong>da</strong>s lhe haviam respondido menos a Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong>, pelo que gostava<br />

que alguém <strong>da</strong> Câmara Municipal lhe explicasse o motivo de não lhe ter sido <strong>da</strong><strong>da</strong><br />

resposta e o motivo <strong>por</strong>que a situação em causa se vinha arrastando. ----------------------<br />

----No uso <strong>da</strong> palavra disse ain<strong>da</strong> que não sabia se existiam ci<strong>da</strong>dãos de primeira, de<br />

segun<strong>da</strong>, se eram tratados todos <strong>por</strong> igual ou se simplesmente se estavam borrifando<br />

1


para os ci<strong>da</strong>dãos e só pensavam neles e nas eleições. Também não entendia o motivo<br />

<strong>por</strong>que se gastava tanto dinheiro com a aquisição de novas viaturas para a vereação<br />

com tantas viaturas que a Câmara tinha e com tanta contenção de despesas que<br />

existia e não se gastava em obras e nas necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s freguesias especialmente<br />

na de Porches que tantas carências tinha. Criavam-se ain<strong>da</strong> novos postos de trabalho,<br />

nomeavam-se novos secretários de vereadores, novos assessores do Presidente. Não<br />

sabia se a Câmara necessitava tanta gente, mas achava que eram criados postos a<br />

mais para as dificul<strong>da</strong>des que se dizia que a Câmara tinha e em que todo o País se<br />

encontrava. ---------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DA ASSEMBLEIA<br />

----O Senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> no uso <strong>da</strong> palavra apresentou à Mesa um Voto de<br />

Protesto e uma Moção do seguinte teor: -------------------------------------------------------------<br />

----“Votos DE PROTESTO--------------------------------------------------------------------------------<br />

----Os Presidentes <strong>da</strong> Junta de Freguesia são seres humanos que, no seu acto de<br />

voluntarismo, uns mais que outros, se dedicam às suas populações. ------------------------<br />

----Sabemos que uns Presidentes de Junta dedicam-se a tempo inteiro à causa, e <strong>da</strong>í,<br />

auferirem um “Money” razoável em relação à média dos salários <strong>por</strong>tugueses, mas<br />

outros que se dedicam parcialmente, tendo um “money” que não dá para as despesas.<br />

E o “Money” ganho pelos “boys” está ain<strong>da</strong> sujeito a descontos. ------------------------------<br />

----Os Presidentes de Junta de Freguesia, são os que estão mais próximos <strong>da</strong>s<br />

populações na resolução dos seus problemas, <strong>da</strong>s suas dificul<strong>da</strong>des. São eles, os<br />

primeiros a <strong>da</strong>r a cara, são eles os primeiros a ouvir os desabafos <strong>da</strong>s populações. E<br />

são estes que <strong>por</strong> vezes, fazem mais do que alguns que estão no governo. ---------------<br />

----1 – Bloco de Esquer<strong>da</strong> vem veemente apresentar um Voto de Protesto, referente à<br />

expressão “Money for the boys”, que o senhor Ministro <strong>da</strong>s Finanças proferiu na<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>da</strong> República, no debate do Orçamento do Estado para 2010, no dia 11 de<br />

Março de 2010, para com os Presidentes de Junta de Freguesia. Trata-se de um<br />

insulto inaceitável, a ci<strong>da</strong>dãos eleitos no sufrágio autárquico. ----------------------------------<br />

----2 – Bloco de Esquer<strong>da</strong>, convi<strong>da</strong> os elementos que compõem as banca<strong>da</strong>s políticas<br />

aqui representa<strong>da</strong>s, a aderir a este Voto de Protesto. --------------------------------------------<br />

----3 – Que este Voto de Protesto, seja <strong>da</strong>do a conhecer ao senhor Presidente <strong>da</strong><br />

República, ao senhor Primeiro Ministro, senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>da</strong><br />

República, aos Grupos Parlamentares, à população do Concelho de <strong>Lagoa</strong> e aos<br />

Órgãos <strong>da</strong> Comunicação Social”. -----------------------------------------------------------------------<br />

2


----MOÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----“Os valores ambientais devem fazer parte <strong>da</strong> prática do dia-a-dia <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> dos<br />

ci<strong>da</strong>dãos e <strong>da</strong>s instituições públicas e priva<strong>da</strong>s. o consumo <strong>da</strong> nossa socie<strong>da</strong>de deve<br />

ser refreado e o seu desperdício diminuído e reaproveitado dentro <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> do<br />

possível, a fim de promover um ambiente mais saudável e a sustentabili<strong>da</strong>de<br />

ambiental no nosso planeta. Em Portugal, e no nosso município, foram <strong>da</strong>dos passos<br />

significativos na reciclagem ao longo dos últimos anos, <strong>por</strong>ém, mais pode e deve ser<br />

feito, nomea<strong>da</strong>mente alargando a reciclagem a outros tipos de desperdícios, como o<br />

óleo doméstico usado. -------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Recentemente o Decreto-Lei 267/2009, vem manifestar a preocupação<br />

governamental quanto à recolha dos óleos alimentares, criando a obrigação legal de<br />

os municípios tomarem medi<strong>da</strong>s concretas, quantifica<strong>da</strong>s e com claras balizas<br />

tem<strong>por</strong>ais. Para os concelhos com menos de 25 000 habitantes ficou estabelecido que<br />

deveriam ser instalados 8 oleões até final de 2011, e 12 até final de 2015, o que<br />

corresponde ao caso do Concelho de <strong>Lagoa</strong>. -------------------------------------------------------<br />

----Considerando estes aspectos, o Bloco de Esquer<strong>da</strong> propõe: -------------------------------<br />

----1. – A instalação, em todo o concelho de <strong>Lagoa</strong>, de oleões com capaci<strong>da</strong>de entre<br />

150 L e 250 L, num programa faseado, do seguinte modo: -------------------------------------<br />

----1ª fase – instalação de 6 oleões até ao fim de 2010, um <strong>por</strong> ca<strong>da</strong> freguesia, nas<br />

áreas mais densamente habita<strong>da</strong>s com população residente em permanência;-----------<br />

----2ª fase – instalação de mais 2 oleões em <strong>Lagoa</strong> e um em Estombar até ao final de<br />

2011, com o critério de haver 1 oleão <strong>por</strong> 2000 habitantes <strong>por</strong> ca<strong>da</strong> freguesia;------------<br />

----3ª fase – instalação de mais um oleão em Ferragudo e dois em Carvoeiro, nas<br />

zonas mais turísticas, com o intuito de abraçar o crescimento populacional ditado pela<br />

sazonali<strong>da</strong>de turística, até finais de 2012; -----------------------------------------------------------<br />

----4ª fase – superação <strong>da</strong>s metas estabeleci<strong>da</strong>s <strong>por</strong> lei, com o compromisso de se<br />

estabelecer um rácio 1 oleão/1000 habitantes, a atingir em finais de 2017, perfazendo<br />

cerca de 24 pontos de recolha em todo o concelho de <strong>Lagoa</strong>. ---------------------------------<br />

----2. – Que o Município de <strong>Lagoa</strong> promova o esclarecimento e a divulgação de<br />

informação relativa aos procedimentos a ter quando aos óleos domésticos usados,<br />

não só numa lógica de reciclagem, mas também de redução do desperdício,<br />

incentivando a responsabili<strong>da</strong>de ambiental dos ci<strong>da</strong>dãos do nosso concelho.”-------------<br />

----O Senhor Carlos Alvo no uso <strong>da</strong> palavra começou <strong>por</strong> dizer que iria fazer chegar a<br />

Mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> um conjunto de fotografias que tinha tirado no passado fim-de-<br />

semana que reproduziam o aspecto que tinha ficado o espaço em frente do Pavilhão<br />

do Arade, após uma iniciativa que lá tinha tido lugar a uma Sexta-Feira. Tudo o que<br />

3


eram resíduos sólidos para o lixo tinham ficado depositados ao longo de todo o parque<br />

de estacionamento do Centro de Congressos. Infelizmente, e apesar de ter verificado<br />

que pessoas responsáveis sobre o assunto já tinham passado na zona ain<strong>da</strong> não<br />

tinham reparado que a mesma se encontrava suja e necessitava que o lixo fosse<br />

recolhido. ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----No seguimento, referiu-se ao facto de o espaço em que se encontrava sentado ser<br />

exíguo o que não permitia manusear os documentos que tinha consigo para a<br />

<strong>presente</strong> sessão. A situação em causa já tinha sido <strong>por</strong> si denuncia<strong>da</strong> no man<strong>da</strong>to<br />

anterior onde tinha feito um apelo para as condições necessárias de modo a permitir à<br />

<strong>Assembleia</strong> funcionar minimamente. Assim, seria interessante que as obras<br />

prometi<strong>da</strong>s para funcionamento desta casa e para as condições de trabalho condigno<br />

<strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> surgissem ain<strong>da</strong> durante este man<strong>da</strong>to. -----------------------------------------<br />

-----No uso <strong>da</strong> palavra, pronunciou-se sobre a seguinte situação que lhe tinha sido<br />

alerta<strong>da</strong> através <strong>da</strong> comunicação social: -------------------------------------------------------------<br />

“Quanto vai custar a água no futuro aos Lagoenses------------------------------------------<br />

Um estudo recente <strong>da</strong> empresa gestora de água pública no Algarve, concluiu que 30 a<br />

40 <strong>por</strong> cento <strong>da</strong> água forneci<strong>da</strong> é desperdiça<strong>da</strong> e assume que algumas autarquias<br />

nem chegam a facturar 50% <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> sua rede. ---------------------------------------<br />

----As divergências dos Municípios Algarvios com a empresa “Águas do Algarve” em<br />

termos institucionais, apesar de pertencerem aos seus órgãos de gestão, <strong>por</strong> várias<br />

vezes têm merecido honras <strong>da</strong> comunicação Social e mesmo aqui nesta casa, o<br />

Presidente <strong>da</strong> Câmara já o manifestou. ---------------------------------------------------------------<br />

----Sabemos hoje que a água é forneci<strong>da</strong> em alta a um preço igual para todos os<br />

municípios <strong>por</strong> 0,43 € o m3. Sabemos também que ca<strong>da</strong> Câmara Municipal taxa o<br />

consumidor final à sua medi<strong>da</strong>, como exemplo no escalão mais baixo de utilização (0 –<br />

5 m3) em que Albufeira cobra 0,16 € e Tavira cobra 0,60 €.-------------------------------------<br />

----No que respeita ao Concelho de <strong>Lagoa</strong>, o quadro abaixo, é o que pratica o maior<br />

valor na cobrança ao consumidor do escalão mais baixo, ou seja ao ci<strong>da</strong>dão mais<br />

vulnerável em termos de poder económico, com uma margem de 0,02 € acima do<br />

valor de “compra” à Águas do Algarve. Em todo o Algarve é o 3º Concelho mais caro.--<br />

Escalão Município Valor m3<br />

<strong>Lagoa</strong> 0,45€<br />

0 – 5 (m3) Portimão 0,43€<br />

Silves 0,43€<br />

Lagos 0,43€<br />

4


----Já a mesma política não é segui<strong>da</strong> no escalão seguinte onde no nosso Concelho o<br />

ci<strong>da</strong>dão consumidor mais gastador paga menos <strong>por</strong> m3 numa diferença que chega a<br />

atingir os 0,21 € em confronto com os Concelhos limítrofes. ------------------------------------<br />

Escalão Município Valor m3<br />

<strong>Lagoa</strong> 0,60€<br />

6 – 15 (m3) Portimão 0,81€<br />

Silves 0,70€<br />

Lagos 0,71€<br />

----Certamente que o executivo PSD <strong>da</strong> Câmara Municipal terá uma explicação<br />

justificativa para esta política de desigual<strong>da</strong>de social, uma vez que através dos seus<br />

gabinetes de intervenção comunitária terão aferido junto <strong>da</strong> população a boa aceitação<br />

destas medi<strong>da</strong>s. ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Mas o que nos leva a intervir nesta matéria não é propriamente esta questão que<br />

ficará para mais tarde, mas sim o projecto <strong>da</strong> Empresa de Águas do Algarve, que se<br />

propõe agora ficar com a distribuição de água “em baixa” como é conheci<strong>da</strong> ou seja<br />

até à torneira do ci<strong>da</strong>dão, sendo que a tarifa a praticar passaria a ser igual em todos<br />

os Municípios, com excepção de Tavira, Faro e Portimão, <strong>por</strong> terem empresas<br />

municipais próprias, cria<strong>da</strong>s para o efeito. -----------------------------------------------------------<br />

----Esta nova engenharia de distribuição com a adesão dos municípios enquanto<br />

sócios minoritários, <strong>da</strong>va o total <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> água até ao consumidor, recebendo<br />

ca<strong>da</strong> Município uma ren<strong>da</strong> pela cedência <strong>da</strong>s infra-estruturas.---------------------------------<br />

----A descapitalização <strong>da</strong>s Autarquias é razão aponta<strong>da</strong> para adesão a este projecto.<br />

Só que aqui surge a dúvi<strong>da</strong> principal sobre o investimento necessário numa região fora<br />

<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de financiamento comunitário, tendo a “Águas do Algarve” de assumir<br />

to<strong>da</strong> a parte financeira para a sua concretização, o que aponta desde logo para o seu<br />

reflexo no valor a pagar pelo consumidor final. -----------------------------------------------------<br />

----O projecto com algum secretismo está em estudo há menos de um ano e terá de<br />

ver a sua concretização até final de 2010 sem contudo a empresa responsável admitir<br />

um valor expectante para o consumidor mas que alguns adiantam poder chegar aos 2<br />

€ <strong>por</strong> m3. ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A este projecto surge outro como alternativa vindo de Portimão que poderá<br />

englobar os Concelhos limítrofes de Lagos, <strong>Lagoa</strong>, Monchique e Silves que para além<br />

<strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> água contemplaria também a gestão de resíduos. ------------------------<br />

----Perante to<strong>da</strong> esta movimentação e de acordo com as notícias vin<strong>da</strong>s a público<br />

sobre uma <strong>reunião</strong> havi<strong>da</strong> com a Águas do Algarve, em que <strong>Lagoa</strong> aceitaria a entra<strong>da</strong><br />

neste projecto, impõe-se suscitar ao Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> as<br />

5


seguintes questões: ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Quais as vantagens para <strong>Lagoa</strong>/na vertente do Município e principalmente as<br />

vantagens para consumidor, a adesão a qualquer um dos projectos; ------------------------<br />

---- Até que valor a Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> aceitará reverter para a tabela de taxa<br />

de consumo a actualização principalmente no 1º escalão; --------------------------------------<br />

----Caso o projecto evolua no sentido <strong>da</strong> concretização como será integrado o pessoal<br />

<strong>da</strong> Câmara de <strong>Lagoa</strong> afecto ao sector <strong>da</strong>s águas.”-------------------------------------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação interveio para dizer que queria aproveitar este período<br />

<strong>da</strong> Ordem do Dia para fazer uma pequena reflexão a partir de uma notícia sugestiva<br />

que tinha tido acesso através <strong>da</strong> Internet que dizia que as autarquias concentravam<br />

quase 90% <strong>da</strong> corrupção em Portugal. Tratava-se de um estudo promovido <strong>por</strong> um<br />

professor universitário do Instituto Superior <strong>da</strong>s Ciências do Trabalho e <strong>da</strong>s Empresas<br />

e pela Procuradoria-geral <strong>da</strong> Republica que tinha sido apresentado em Lisboa em 9 de<br />

Abril de 2010 que conclui que quase 90% <strong>da</strong> corrupção participa<strong>da</strong> envolvia os órgãos<br />

do poder local, 68,9% dos crimes de corrupção passiva eram cometidos nas Câmaras<br />

Municipais, 15,6% nas empresas municipais e 4,4% nas freguesias. ------------------------<br />

----No aludido estudo não havia qualquer referência a <strong>Lagoa</strong> <strong>por</strong>que o mesmo<br />

baseava-se sobretudo nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa mas, de qualquer<br />

maneira, julgava que neste período antes <strong>da</strong> Ordem do Dia seria im<strong>por</strong>tante que fosse<br />

feita uma reflexão <strong>por</strong>que também éramos autarcas e, se calhar esta notícia ia muito<br />

mais longe do que aquilo que era a corrupção e ia um pouco ao encontro <strong>da</strong>quilo que<br />

eram os fenómenos de fragili<strong>da</strong>de que se têm vindo a verificar na Nossa democracia<br />

ao longo deste anos e que ain<strong>da</strong> ontem tinha sido comemorado com digni<strong>da</strong>de neste<br />

concelho que era os 36 anos do 25 de Abril. O facto é que já tinha dito e algumas<br />

pessoas também o diziam que Portugal precisava ao fim deste 36 anos de uma nova<br />

geração de políticos e de políticas ou seja, se as pessoas se abstraírem do voto e se<br />

relegarem a sua participação de ci<strong>da</strong>dão para um segundo plano era <strong>por</strong>que de facto<br />

não se reviam nos políticos que existiam em Portugal. Sobretudo não era preciso o<br />

referido estudo para se perceber que embora não fosse um exclusivo dos políticos a<br />

corrupção ou o mau profissionalismo no desempenho dos seus actos, o facto era que<br />

sobre os políticos, sobre aqueles que desempenhavam cargos políticos e cargos<br />

públicos pesava de facto uma espa<strong>da</strong> pesa<strong>da</strong>, e nós autarcas, embora numa reali<strong>da</strong>de<br />

muito mais pequena tínhamos certamente a obrigação de <strong>da</strong>r um sinal positivo<br />

principalmente às nossas populações aqui em <strong>Lagoa</strong>, pensarmos na situação,<br />

reflectirmos e pautarmos <strong>por</strong> uma transparência que estivesse sempre <strong>presente</strong> quer<br />

na <strong>Assembleia</strong> Municipal, quer na Câmara Municipal, quer nos demais órgãos<br />

municipais do concelho. -----------------------------------------------------------------------------------<br />

6


----O Senhor Luís Alberto, Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Ferragudo iniciou<br />

a sua intervenção alertando para o facto de a Câmara ain<strong>da</strong> não lhe ter respondido<br />

aos requerimentos que tinha apresentado no dia 28/ 12/2009 e que diziam respeito ao<br />

Plano Municipal de Protecção Civil, ao estado <strong>da</strong>s falésias, bem como em relação ao<br />

CDH. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir referiu-se ao problema <strong>da</strong> segurança, nomea<strong>da</strong>mente na sua freguesia,<br />

para dizer que como era do conhecimento <strong>da</strong> Câmara, <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> e também do<br />

Governador Civil e demais forças de segurança, nos últimos tempos tinham ocorrido<br />

vários furtos e distúrbios junto às praias o que era consequência <strong>da</strong> falta de<br />

patrulhamento relativamente a esses espaços. Por outro lado, com a invasão de<br />

pessoas de outros lugares tinha-se verificado o aumento do número de furtos. Como<br />

era do conhecimento a Junta de Freguesia de Ferragudo defendia à vários anos um<br />

Posto <strong>da</strong> GNR em permanência naquela locali<strong>da</strong>de. Tendo já funcionado na época<br />

estival um Posto contudo ain<strong>da</strong> não havia nenhuma solução definitiva. A situação<br />

perturbava-lhe, uma vez que todos os 16 municípios do Algarve tinham assinado em<br />

Junho de 2009 os contratos locais de segurança e <strong>por</strong>que olhando à comunicação<br />

social do dia 15 de Abril constatava que no concelho de Portimão já tinha sido<br />

apresentado o plano de segurança pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal e<br />

pela senhora Governadora Civil. Muitas <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s dos referidos Planos eram<br />

medi<strong>da</strong>s que eram defendi<strong>da</strong>s não só para Ferragudo mas sobretudo também para o<br />

concelho e, até hoje não se via esse Plano implantado em <strong>Lagoa</strong>. O Município de<br />

<strong>Lagoa</strong> já tinha assinado em 2 de Junho de 2009 os contratos locais de segurança com<br />

a presença do Senhor Ministro <strong>da</strong> Administração Interna. Para além do reforço policial<br />

os referidos contratos permitiam primeiro que tudo um diagnóstico e acima de tudo um<br />

trabalho em rede de to<strong>da</strong>s as Instituições de forma a que a segurança fosse reforça<strong>da</strong><br />

no nosso concelho. -----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir colocou as seguintes questões: ---------------------------------------------------------<br />

----Uma vez que não havia Conselho Municipal de Segurança à cerca de 2 anos,<br />

questionava se estava a ser aguar<strong>da</strong><strong>da</strong> a próxima <strong>reunião</strong> para se iniciar o trabalho<br />

do contrato local de segurança.--------------------------------------------------------------------------<br />

-----Enquanto deputado e enquanto presidente de Junta de Freguesia gostava de<br />

saber desde já em que estado se encontrava esse Plano e o motivo do Conselho<br />

Municipal de Segurança não reunir á cerca de 2 anos e para onde é que<br />

caminhávamos em termos de segurança no concelho. -------------------------------------------<br />

----No seguimento, referiu-se à situação do edifício que desmoronou na rua do regato,<br />

em Ferragudo, a qual já tinha sido abor<strong>da</strong><strong>da</strong> na sessão anterior <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong><br />

Municipal e que estava patente nas fotografias que passou a distribuir. Sobre o<br />

7


assunto referiu ain<strong>da</strong>, que o Senhor Vice-Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal na altura<br />

tinha respondido que a muito breve trecho a situação iria ser resolvi<strong>da</strong> no entanto,<br />

desde o mês de Fevereiro até hoje ain<strong>da</strong> não se tinha verificado qualquer alteração. O<br />

que se passava não era só o acumular dos detritos que se encontravam no local<br />

provocando insegurança, mas, sobretudo, <strong>por</strong> existirem duas zonas de passeio onde<br />

se encontravam acumulados detritos. Portanto, o espaço público era <strong>da</strong><br />

responsabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Câmara que teria de notificar quem de direito depois <strong>da</strong> remoção.<br />

Existiam ain<strong>da</strong> no local duas baias de protecção semi-abandona<strong>da</strong>s com umas<br />

indicações <strong>da</strong> Protecção Civil que até ao momento ninguém tinha verificado se<br />

estavam em condições de segurança. A situação afectava ain<strong>da</strong> o dono do terreno<br />

confinante, <strong>da</strong>do parte <strong>da</strong>s paredes do prédio tinham desmoronado para cima do<br />

mesmo o que tinha motivado a que o seu proprietário apresentasse queixa à Câmara<br />

a qual ain<strong>da</strong> não tinha merecido resposta. -----------------------------------------------------------<br />

----Apesar de tudo, o que incomo<strong>da</strong>va mais era o facto de os detritos continuarem em<br />

cima dos passeios o que motivava a que os peões tivessem constantemente de<br />

transitar na estra<strong>da</strong>. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Em face do exposto, pretendia saber se teriam de esperar mais dois meses até à<br />

próxima <strong>Assembleia</strong> Municipal para que a situação fosse resolvi<strong>da</strong>. -------------------------<br />

----Concluiu a sua intervenção referindo que tinha lido em vários jornais uma nota de<br />

imprensa sobre um projecto designado <strong>por</strong> “lágrimas negras” o qual tinha em vista<br />

sensibilizar as comuni<strong>da</strong>des para os efeitos <strong>da</strong>s marés negras o qual iria ter o seu<br />

encerramento no próximo dia 28 de Abril na Ponta do Altar em Ferragudo. Como não<br />

tinha sido <strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer informação <strong>por</strong> parte <strong>da</strong> Câmara, mais uma vez lamentava o<br />

facto de que se verificassem acontecimentos no concelho sobre os quais os<br />

Presidentes de Junta não tivessem conhecimento. Também enquanto deputados<br />

municipais também não sabiam o que se iria passar em Ferragudo e, inclusive,<br />

segundo a nota de imprensa iriam estar <strong>presente</strong>s no evento membros do Governo,<br />

pelo que seria de bom-tom que a Câmara Municipal, uma vez que colaborava com o<br />

projecto, que informasse os autarcas eleitos do concelho. --------------------------------------<br />

----O Senhor Dr. Pedro Lobato interveio para dizer que o Grupo Municipal do PS,<br />

fazendo uma alusão à comunicação social não podia deixar de aproveitar para<br />

apresentar um voto de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de à Região de Turismo do Algarve, <strong>por</strong>quanto, em<br />

relação à realização de uma prova a nível mundial de golfe o Algarve tinha sido<br />

preterido em relação ao Alentejo <strong>por</strong> razões que não estavam muito claras. Tratava-se<br />

de uma prova que era a maior competição des<strong>por</strong>tiva a nível mundial que mexia com<br />

150 mil visitantes e mais de um milhão de telespectadores. O Algarve era uma região<br />

que tinha 38 campos de golf localizando-se 3 deles no concelho de <strong>Lagoa</strong> e que em 2<br />

8


anos de 2000 a 2006 já tinha <strong>da</strong>do provas e tinha sido distinguido pela Associação de<br />

Operadores de Golf Internacional como dos melhores destinos turísticos de Golf<br />

Mundial. Sendo óbvio que as decisões ficavam para quem as tomavam que no caso<br />

referido eram <strong>da</strong> Comissão Executiva <strong>da</strong> Candi<strong>da</strong>tura Portuguesa, considerava ain<strong>da</strong><br />

que mais im<strong>por</strong>tante que as decisões era clarificar o que esteve na base <strong>da</strong>s mesmas<br />

e isso, em sua opinião era o que tinha faltado, <strong>da</strong>do que pelo que tinhas vindo a apurar<br />

a Região de Turismo do Algarve ain<strong>da</strong> ia reunir com a Federação Portuguesa de Golf<br />

para esclarecer o que tinha estado na base de se preterir uma Região que já tinha<br />

<strong>da</strong>do provas de boas práticas e de boas organizações em detrimento doutra região<br />

que pelos vistos ain<strong>da</strong> não tinha um investimento que rendesse 140 milhões de euros.-<br />

----Concluiu dizendo, que em face do exposto, o Grupo Municipal do Partido Socialista<br />

não podia deixar de vincar a sua soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de para com a Região de Turismo do<br />

Algarve fazendo chegar à Federação Portuguesa de Golf e à Região de Turismo do<br />

Algarve e à Comissão Executiva <strong>da</strong> Candi<strong>da</strong>tura Portuguesa essa posição fazendo<br />

ain<strong>da</strong> um apelo a to<strong>da</strong>s as forças políticas representa<strong>da</strong>s neste órgão para que a<br />

posição toma<strong>da</strong> não fosse do referido grupo municipal mas <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal. -<br />

----O Senhor Vice-Presidente <strong>da</strong> Câmara respondeu às questões coloca<strong>da</strong>s do<br />

seguinte modo: ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Em relação à questão <strong>da</strong> segurança e ao contrato local de segurança afirmou que<br />

efectivamente o aludido contrato tinha sido celebrado na <strong>da</strong>ta menciona<strong>da</strong> pelo senhor<br />

deputado Luís Alberto e que, neste momento, a Câmara Municipal estava a<br />

desenvolver algumas reuniões com a Guar<strong>da</strong> Nacional Republicana que consistia na<br />

identificação dos pontos negros do concelho e dos problemas que mais preocupavam<br />

sobre a referi<strong>da</strong> matéria. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Relativamente aos detritos resultantes do desmoronamento do edifício na rua do<br />

regato, em Ferragudo, informou que o Gabinete Jurídico <strong>da</strong> Câmara encontrava-se<br />

neste momento a tratar <strong>da</strong> posse administrativa do prédio de modo em causa de modo<br />

a que a Câmara pudesse de uma vez <strong>por</strong> to<strong>da</strong>s intervir no local, tendo em com ta a<br />

falta de entendimento com o proprietário. Quanto ao proprietário do terreno confinante,<br />

o mesmo tinha conhecimento <strong>da</strong>s diligências tem vindo a ser toma<strong>da</strong>s. --------------------<br />

----No que respeitava ao programa “lágrimas negras” salientou que também tinha sido<br />

apanhado de surpresa com a notícia assim como a Câmara. De qualquer forma, tinha<br />

conhecimento que se tratava de uma iniciativa <strong>da</strong> Direcção Regional de Educação do<br />

Algarve que consistia na pintura <strong>da</strong> antena GPS que se encontrava na Ponta do Altar<br />

<strong>por</strong> um grupo de grafitis mobilizado pela referi<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de. A acção em causa tinha<br />

acabado <strong>por</strong> não se realizar e oficialmente pensava que a mesma não existisse. --------<br />

----A seguir pelo senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> foi dito, que a <strong>Assembleia</strong> iria<br />

9


enovar junto <strong>da</strong> Câmara as solicitações que se encontravam pendentes e que tinham<br />

sido referi<strong>da</strong>s anteriormente. -----------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir, o Voto de Protesto referente à expressão “Money for the boys” proferi<strong>da</strong><br />

pelo senhor Ministro <strong>da</strong>s Finanças aquando do debate do Orçamento do Estado para<br />

2010 na <strong>Assembleia</strong> <strong>da</strong> República, apresentado pelo Bloco de Esquer<strong>da</strong> foi colocado à<br />

votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado <strong>por</strong> maioria, com 17 votos a favor do PS, <strong>da</strong><br />

CDU do B.E. e de dois deputados do PSD e 10 abstenções do PSD e do senhor<br />

Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal, aprová-lo. ---------------------------------------------------<br />

----No seguimento, a proposta sobre a instalação de oleões, apresenta<strong>da</strong> pelo Bloco<br />

de Esquer<strong>da</strong> foi coloca<strong>da</strong> à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado, <strong>por</strong> maioria, com<br />

17 votos a favor do PS, <strong>da</strong> CDU, do B.E. e do senhor Alberto Santos, deputado do<br />

PSD e 10 abstenções do PSD, aprová-la. -----------------------------------------------------------<br />

----Posteriormente a proposta de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de para com a Região de Turismo do<br />

Algarve sobre o facto de o Algarve ter sido preterido em relação ao Alentejo para a<br />

realização de prova de Golf a nível mundial, apresenta<strong>da</strong> pelo Senhor Pedro Lobato,<br />

deputado Municipal do PS, foi coloca<strong>da</strong> à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado, <strong>por</strong><br />

maioria, com 25 votos a favor do PS e do PSD e 2 abstenções do B.E. e <strong>da</strong> CDU,<br />

aprová-la. -----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Segui<strong>da</strong>mente, foi coloca<strong>da</strong> à votação a alteração <strong>da</strong> Ordem de Trabalhos <strong>da</strong><br />

<strong>presente</strong> sessão, com a inclusão dos seguintes pontos: -----------------------------------------<br />

----5º ponto – Autorização para alteração do Protocolo de Delegação de Competências<br />

na Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> do ano de 2009; -------------------------------------------------<br />

----6º ponto – Autorização para Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia.<br />

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A <strong>Assembleia</strong> <strong>deliberou</strong>, <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de, aprovar a alteração <strong>da</strong> ordem de<br />

trabalhos passando os seus pontos a ficarem ordenados <strong>da</strong> forma como a seguir, no<br />

Período <strong>da</strong> Ordem do Dia, se apresentam: ----------------------------------------------------------<br />

PERÍODO DA ORDEM DO DIA<br />

PRIMEIRO PONTO – APRECIAÇÃO DE UMA INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA<br />

CÂMARA ACERCA DA ACTIVIDADE MUNICIPAL (AL. D) E E), DO ARTºº 53º. DO<br />

DECRETO-LEI Nº 169/99 DE 18 DE SETEMBRO. -----------------------------------------------<br />

----O Senhor Luís Alberto, Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Ferragudo usou<br />

<strong>da</strong> palavra para perguntar se a Câmara Municipal tinha recebido um abaixo-assinado<br />

10


sobre a colocação de árvores no Adro <strong>da</strong> Igreja de Ferragudo, uma vez que essa<br />

activi<strong>da</strong>de não vinha menciona<strong>da</strong> no Relatório e os ci<strong>da</strong>dãos vinham insistindo junto<br />

<strong>da</strong> Junta de Freguesia acerca <strong>da</strong>s árvores retira<strong>da</strong>s <strong>da</strong>quele local. ---------------------------<br />

----Uma outra situação que não vinha menciona<strong>da</strong> na parte des<strong>por</strong>tiva do documento,<br />

referia-se à realização de um torneio internacional de Footvolley na Praia de<br />

Ferragudo que ao contrário dos outros anos nesta altura do ano ain<strong>da</strong> não tinha sido<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer indicação. Tratava-se de um torneio que visava valorizar as<br />

potenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s praias do concelho que, neste caso era a praia de Ferragudo.<br />

Assim, e tendo em conta que o referido torneio tinha trazido grandes nomes mundiais<br />

dessa activi<strong>da</strong>de, bem como tinha demorado 5 anos a implementar perguntava se o<br />

mesmo não se iria realizar ou se tinha sofrido algum atraso. -----------------------------------<br />

----O Senhor Carlos Alvo interveio para referir que, desde Setembro de 2009, a<br />

situação financeira do município tem reflectido desde essa <strong>da</strong>ta entre um milhão e um<br />

milhão e duzentos mil euros em operações de tesouraria que coincidiam mais ou<br />

menos com os valores <strong>da</strong>s disponibili<strong>da</strong>des existentes à <strong>da</strong>ta. Em termos de<br />

empréstimos e investimentos <strong>da</strong> Câmara não existiam variações de grande monta mas<br />

o mesmo já não se passava em relação às enti<strong>da</strong>des credoras, uma vez que em 21 de<br />

Setembro de 2009 a dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Câmara era de cinco milhões e setenta e seis mil euros<br />

e em 10 de Dezembro de 2009 tinha passado para sete milhões e trezentos mil euros.<br />

No entanto, e para sua surpresa na situação financeira de 12/2/2010 as dívi<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Câmara tinham baixado para novecentos e oitenta e quatro mil e setecentos e<br />

quarenta e três euros e oitenta e seis cêntimos mas, nos dois meses seguintes, tinha<br />

passado para nove milhões novecentos e setenta e seis mil cento e oitenta e cinco<br />

euros e quarenta e nove cêntimos. ---------------------------------------------------------------------<br />

----Em face dos valores apresentados, tinha estranhado que na situação financeira de<br />

Fevereiro de 2010 não estivesse incluí<strong>da</strong> a dívi<strong>da</strong> à empresa Águas do Algarve nem<br />

constasse a dívi<strong>da</strong> à firma Construtora S. José que era de um milhão e duzentos mil<br />

euros. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Assim, gostava de obter esclarecimento sobre o motivo de na informação financeira<br />

do passado mês de Fevereiro virem mencionados novecentos e oitenta e quatro mil<br />

setecentos e quarenta e três euros e oitenta e seis cêntimos e no mês de Abril viesse<br />

mencionado o valor de nove milhões novecentos e setenta e seis mil cento e oitenta e<br />

cinco euros e quarenta e nove cêntimos, muito embora a sua preocupação não fosse<br />

bem o referido diferencial mas os nove milhões de euros de dívi<strong>da</strong>s a fornecedores<br />

<strong>por</strong>que no entendimento de que se faria um empréstimo de sete milhões de euros se<br />

calhar não chegaria para pagar as dívi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Câmara Municipal. -----------------------------<br />

----O Senhor Vice-Presidente <strong>da</strong> Câmara respondeu às questões coloca<strong>da</strong>s do<br />

11


seguinte modo: ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Relativamente ao torneio de footvolley na Praia Grande de Ferragudo esclareceu<br />

que tendo em conta a nova reali<strong>da</strong>de algumas coisas tinham de ser prejudica<strong>da</strong>s em<br />

função <strong>da</strong>quelas que se consideravam mais im<strong>por</strong>tantes pelo que se tratavam de<br />

opções que tinham de ser toma<strong>da</strong>s. -------------------------------------------------------------------<br />

----Sobre a questão financeira levanta<strong>da</strong> pelo senhor Carlos Alvo esclareceu que numa<br />

fase de transição orçamental de um ano para o outro era perfeitamente natural<br />

verificarem-se as situações referi<strong>da</strong>s, ou seja, os compromissos que passavam de um<br />

ano para o outro. De qualquer forma, ain<strong>da</strong> bem que tal situação tinha sido constata<strong>da</strong><br />

<strong>por</strong>que mais à frente tudo estava espelhado e teria uma explicação contabilística. ------<br />

----O senhor Carlos Alvo voltou a intervir para esclarecer que o que tinha referido<br />

anteriormente não era que à frente estavam espelhados os valores mas que<br />

anteriormente não se encontravam mencionados pelo que não sabia se a dívi<strong>da</strong><br />

existia, ou seja, se no passado mês de Fevereiro existia dívi<strong>da</strong> e se a mesma não<br />

tinha sido constituí<strong>da</strong> desde o mês de Fevereiro até ao mês de Abril. -----------------------<br />

SEGUNDO PONTO – APRECIAÇÃO DO INVENTÁRIO DE TODOS OS BENS,<br />

DIREITOS E OBRIGAÇÕES PATRIMONIAIS E RESPECTIVA AVALIAÇÃO, NOS<br />

TERMOS DO Nº 2, DO ARTº. 49º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM<br />

AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ----<br />

----Foi <strong>presente</strong> o oficio nº 19 621, de 22 do corrente, <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong>,<br />

bem como a listagem dos bens patrimoniais existentes na Câmara Municipal que o<br />

acompanhava, a qual se dá como reproduzi<strong>da</strong>, passando a fazer parte integrante <strong>da</strong><br />

minuta desta acta. ------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pelo senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> foi dito que sobre este ponto <strong>da</strong> ordem de<br />

trabalhos tinham sido distribuídos aos grupos municipais o dossier com o inventário de<br />

todos os bens de valor superior a cinco mil euros encontrando-se disponíveis para<br />

consulta nesta sala e nas instalações <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal os dossiers com o<br />

inventário dos bens inferiores a cinco mil euros. ---------------------------------------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação usou <strong>da</strong> palavra para dizer que não queria fazer<br />

propriamente uma apreciação ao inventário mas apenas referir que tinha sido feita<br />

história na <strong>Assembleia</strong> Municipal de <strong>Lagoa</strong> <strong>por</strong>que muito embora a apreciação em<br />

causa estivesse prevista na Lei nunca tal tinha chegado à <strong>Assembleia</strong> Municipal, ou<br />

seja, embora fosse obrigatório e a Lei assim o determinasse nunca a <strong>Assembleia</strong> teve<br />

acesso aquilo que era o Inventário dos bens direitos e obrigações patrimoniais e<br />

respectiva avaliação. ---------------------------------------------------------------------------------------<br />

12


----Concluiu dirigindo uma felicitação à Mesa <strong>por</strong> a mesma estar atenta e <strong>por</strong> exigir que<br />

se cumprisse a Lei e que se cumprisse a democracia. -------------------------------------------<br />

TERCEIRO PONTO – APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE<br />

PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL RELATIVOS AO ANO<br />

FINANCEIRO DE 2009. -----------------------------------------------------------------------------------<br />

- APLICAÇÃO DO RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIO de 2009. --------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o oficio nº 16 672, de 6 do corrente, <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong>,<br />

remetendo cópia de parte <strong>da</strong> acta <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia 30 de Março findo, bem<br />

como os documentos de Prestação de Contas relativos ao ano financeiro de 2009, os<br />

quais se dão como reproduzidos, ficando a fazer parte integrante <strong>da</strong> minuta desta<br />

acta.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Dr. Victor Sobral iniciou a sua intervenção dizendo que em relação a<br />

este ponto queria salientar que hoje tinha sido apresentado numa conferência sobre o<br />

poder local organiza<strong>da</strong> pela TSF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas o<br />

anuário financeiro dos municípios relativo ao ano de 2008. Este documento e de<br />

acordo com a informação que tinha sido possível obter neste momento era transmitido<br />

algo que já vinha sendo do conhecimento, ou seja, os municípios continuavam a<br />

gastar mais do que podiam assim, <strong>por</strong> ca<strong>da</strong> três autarquias existia uma que<br />

apresentava resultados económicos negativos constituindo assim o pior resultado<br />

desde 2005. Neste contexto, em relação ao Município de <strong>Lagoa</strong> e, <strong>por</strong> razões várias<br />

seria expectável melhor sorte, isto era melhor saúde financeira do que aquela que hoje<br />

era apresenta<strong>da</strong> nestes documentos. Durante os últimos dois anos o PS, através dos<br />

seus representantes no executivo camarário tinham alertado várias vezes para a<br />

derrapagem dos resultados económicos com o actual modelo de gestão camarária e<br />

tinham apresentado também nessa altura propostas que infelizmente não tinham sido<br />

considera<strong>da</strong>s ou valoriza<strong>da</strong>s como tal. Em termos gerais, o município tinha despesas<br />

superiores às receitas o que era um facto mas tal não devia servir de desculpa.<br />

Tratava-se de uma situação previsível que há muito vinham <strong>da</strong>ndo conhecimento ou<br />

seja, de que este executivo gastava mais do que aquilo que podia. Quando a despesa<br />

ultrapassava em cerca de vinte <strong>por</strong> cento ou trinta <strong>por</strong> cento a capaci<strong>da</strong>de de<br />

pagamento e os níveis de execução <strong>da</strong> receita não tinham melhores dias estávamos<br />

em nosso entender numa situação considera<strong>da</strong> preocupante e, se <strong>por</strong> um lado as<br />

receitas provenientes dos impostos indirectos e as taxas municipais tinham aumentado<br />

com o acréscimo de sete <strong>por</strong> cento, <strong>por</strong> outro lado, as despesas não paravam de<br />

subir. No entanto, o mais grave tal como era possível deduzir nos relatórios<br />

apresentados estavam nos mecanismos de controlo <strong>da</strong>s despesas que têm sido<br />

13


insuficientes para não dizer inexistentes. Talvez <strong>por</strong> isso, se recorresse ao caminho<br />

mais fácil mas ain<strong>da</strong> mais comprometedor isto era, o recurso a empréstimos de médio<br />

e longo prazo o que também era possível de verificar através do gráfico do documento<br />

como tinha ocorrido essa subi<strong>da</strong> no último ano, os quais, juntamente com a falta de<br />

liquidez e o tendencial alargamento do prazo de pagamento a fornecedores e<br />

enti<strong>da</strong>des credoras apenas serviam para irresponsavelmente dilatar no tempo uma<br />

doença que tinha tratamento mas não tem tido os melhores remédios. ---------------------<br />

----Terminou a sua intervenção colocando as seguintes questões: ---------------------------<br />

----Se era possível ser informado sobre o montante <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> a fornecedores; ------------<br />

----Qual era o prazo dos pagamentos a fornecedores atendendo a que grande parte<br />

dos mesmos dizia respeito a empresas sedia<strong>da</strong>s no concelho <strong>da</strong>s quais a Câmara<br />

Municipal era o principal cliente; ------------------------------------------------------------------------<br />

----Quais eram as medi<strong>da</strong>s de controlo para ultrapassar o desaire em que nos<br />

encontrávamos neste momento. ------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Carlos Tapadinhas referiu-se aos documentos para dizer que sobre as<br />

despesas que eram aquilo que neste momento tinham de ser ênfase de qualquer<br />

orçamento sem no fundo deixar para traz aquilo que era essencial, ou seja cortar nas<br />

despesas mas com muita atenção àquilo que era essencial e àquilo que era acessório.<br />

Sobre as tecnologias de informação e comunicação (TIC) que era a área com a qual<br />

estava relacionado na sua vi<strong>da</strong> profissional salientou que em relação ao esforço<br />

financeiro que esta e outras Câmaras Municipais têm feito era ponto assente de to<strong>da</strong> a<br />

comuni<strong>da</strong>de de que os computadores tinham aparecido, os sistemas informáticos<br />

tinham aparecido e eles eram extremamente úteis para trabalhar, agora não<br />

deveríamos era pegar numa evolução tecnológica que nos últimos anos tem sido a<br />

base do grande esforço financeiro <strong>da</strong>s Instituições e prolongar no tempo esse mesmo<br />

esforço.---------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir formulou a seguinte opinião: -------------------------------------------------------------<br />

----Sem in<strong>da</strong>gar a im<strong>por</strong>tância do investimento <strong>da</strong>s novas tecnologias de apoio ao<br />

trabalho e comunicação humana com ênfase nas organizações públicas e priva<strong>da</strong>s<br />

mesmo tendo em consideração o óbvio esforço financeiro envolvido neste processo<br />

surgiam agora questões no que respeitava aos mapas apresentados nas grandes<br />

opções do Plano para 2010 e no que respeitava às tecnologias de informação e<br />

comunicação. Notava-se que os gastos com equipamento informático deveriam<br />

revelar-se num esforço financeiro tendencialmente decrescente o que não parecia<br />

aceder face ao volume <strong>da</strong> dotação apresentado. Reforçando o ponto anterior<br />

sublinhavam factores de natureza duradouro e ambiental associados a este tipo de<br />

investimentos. Pressupunha-se, <strong>por</strong> isso, que após um esforço financeiro forte a partir<br />

14


de determinados anos como foi o caso de 2008/2009 se entrasse depois nos anos<br />

seguintes num regime de moderação de gastos nos investimentos em imobilizado de<br />

tecnologia de informação e comunicação. Sugeria-se um maior grau de rentabilização<br />

de Hardware inter-departamentos pois, o período destas máquinas era longo e até se<br />

tornarem obsoletas possuíam utili<strong>da</strong>des. Assim, neste domínio, e já na vertente <strong>da</strong><br />

comunicação digital como era o caso do projecto Algarve Digital, os projectos dos<br />

Planos de Ordenamento do Território online eram plurianuais e estavam dotados neste<br />

domínio vinte e um mil setecentos e quatro euros, pelo que pensava que seria<br />

pertinente existir um estudo que acompanha-se as mais-valias desses investimentos<br />

que eram difíceis de quantificar quanto ao rácio custo proveito. Pessoalmente já tinha<br />

visitado esses espaços virtuais e tinha sérias dúvi<strong>da</strong>s quanto à relação custo proveito<br />

dos mesmos levando em consideração que eles estavam a ser desenvolvidos à<br />

bastante tempo com custos semelhantes aos de este ano. -------------------------------------<br />

----Relativamente ao relatório fiscal único proveniente <strong>da</strong>s auditorias externas<br />

apontavam que o sistema informático de controlo analítico era omisso nos seus custos<br />

o que prejudicava a transparência e a leitura. -------------------------------------------------------<br />

----Face à situação actual de contenção financeira parecia exagerado o valor global <strong>da</strong><br />

dotação para 2010 com as tecnologias de informação e comunicação tendo em conta<br />

que tal valor para 2010 era semelhante ao de 2009, havendo uma diferença de cinco<br />

<strong>por</strong> cento. Levando em consideração o facto dos investimentos de informática serem<br />

para um período de cinco, seis anos, não via muita explicação para a persistência de<br />

um volume financeiro tão elevado. ---------------------------------------------------------------------<br />

----Por último, questionou em relação ao levantamento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s<br />

tecnologias de informação e comunicação <strong>da</strong> Câmara Municipal o seguinte: --------------<br />

----Como era feita a perspectiva de investimento com o rácio custo proveito; -------------<br />

----Qual era a vantagem de possuírem um determinado tipo de equipamento em<br />

detrimento de outro; ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Qual a vantagem de aparecer no Website determina<strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de tendo o município<br />

uma despesa online muito eleva<strong>da</strong> para o tamanho do concelho. -----------------------------<br />

----O Senhor Carlos Alvo referiu-se à expressão conti<strong>da</strong> no relatório <strong>da</strong> auditoria “não<br />

foi ain<strong>da</strong> obti<strong>da</strong> resposta <strong>da</strong> auditoria do advogado <strong>da</strong> Câmara ao pedido de<br />

informações solicita<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> revisão de contas com vista à confirmação de<br />

eventuais litígios contingências ou reclamações contra a Câmara de <strong>Lagoa</strong>”, para dizer<br />

que a situação em causa levantava uma questão <strong>da</strong>do que, era do conhecimento de<br />

todos que efectivamente existiam litígios <strong>da</strong> Câmara com algumas enti<strong>da</strong>des priva<strong>da</strong>s.<br />

----Assim, em face <strong>da</strong> situação aponta<strong>da</strong> pedia esclarecimento se eventualmente não<br />

tinha havido tempo para que fosse <strong>da</strong><strong>da</strong> a referi<strong>da</strong> informação aos auditores ou se,<br />

15


efectivamente, tinha-se pretendido não divulgar aos auditores as questões de litigio<br />

existentes entre a Câmara Municipal e algumas enti<strong>da</strong>des priva<strong>da</strong>s. ------------------------<br />

----O Senhor Vice-Presidente pronunciou-se sobre a intervenção do senhor Dr. Victor<br />

Sobral nomea<strong>da</strong>mente sobre a referência feita de a Câmara gastar mais do que devia,<br />

para esclarecer que ninguém previa que se verificasse o decréscimo <strong>da</strong>s receitas tal<br />

como estava reflectido nos documentos. De qualquer forma, como tinha sido referido o<br />

caminho mais fácil para resolver a situação seria a contracção de empréstimo. Era<br />

evidente que a Câmara era uma pessoa de bem que gostava de ter as suas contas em<br />

dia tendo demonstrado a sua preocupação em relação aos fornecedores, sendo que,<br />

de facto, o empréstimo para saneamento financeiro seria aquilo que podia permitir<br />

continuar a gozar desse estatuto. Em relação às medi<strong>da</strong>s de controlo pensava que<br />

seriam difíceis de implementar o que quer que fosse. --------------------------------------------<br />

----Relativamente às questões coloca<strong>da</strong>s pelo senhor Carlos Tapadinhas salientou que<br />

as tecnologias de informação e comunicação era uma matéria que se estava a tentar<br />

uniformizar junto <strong>da</strong> AMAL e que tem sido desenvolvidos alguns projectos a nível<br />

regional quer no levantamento constante <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des quer, inclusivamente,<br />

nalgumas questões de optimização <strong>da</strong>s funções e de aquisição de material, pelo que<br />

pensava que se estava a caminhar para uma optimização de todo o processo. -----------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara pronunciou-se sobre a questão levanta<strong>da</strong> pelo<br />

Senhor Carlos Alvo para esclarecer que, relativamente aos advogados contratados<br />

pela Câmara para patrocinar os processos, não havia nenhuma decisão judicial no<br />

momento actual que incriminasse a Câmara em nenhuma instância. A única acção<br />

que existia e que era do conhecimento <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> era a do senhor Marques<br />

Ferreira sobre a qual não tinha havido decisão judicial do Tribunal. --------------------------<br />

----Sobre as tecnologias de comunicação abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelo senhor Carlos Tapadinhas<br />

esclareceu que havia obrigatorie<strong>da</strong>de legal de se entrar no conjunto de plataformas e<br />

que havia necessi<strong>da</strong>de desse Hardware para poder compatibilizar, nomea<strong>da</strong>mente na<br />

disponibilização pública dos Planos de Ordenamento do Território, sendo isso que a<br />

Câmara estava a fazer nomea<strong>da</strong>mente com a Algarve Digital e com a Globalgarve.<br />

Por outro lado, sucedia que existiam alguns equipamentos nalguns departamentos em<br />

que tinha havido renovação gradual, sendo que a Câmara estava a atender ao facto<br />

dos equipamentos de informática terem uma durabili<strong>da</strong>de de cinco ou seis anos.<br />

Existiam também encargos resultantes de obrigatorie<strong>da</strong>de relacionados com a<br />

exigência de um determinado Hardware que a Câmara tinha de colocar sobretudo na<br />

área do urbanismo. Havia ain<strong>da</strong> um conjunto de licenças relativas ao software que a<br />

Câmara era obriga<strong>da</strong> a ter cujo peso dos encargos com as mesmas era enorme. -------<br />

----O Senhor Luís Encarnação interveio para dizer que quando o auditor referia como<br />

16


eserva que ain<strong>da</strong> não tinha sido obti<strong>da</strong> resposta do advogado <strong>da</strong> Câmara ao pedido<br />

de Informação solicitado no âmbito <strong>da</strong> revisão de contas, com vista à conformação de<br />

eventuais litígios, contingências ou reclamações contra a Câmara de <strong>Lagoa</strong> parecia-<br />

lhe que aquilo que o auditor queria aferir era que ain<strong>da</strong> que não houvesse a<br />

condenação queria perceber a previsibili<strong>da</strong>de de acontecer essa condenação ou não<br />

para constituir uma previsão do exercício, previsão essa que, obviamente, viesse a em<br />

pactuar naquilo que eram os resultados a apresentar pela Câmara. Da mesma forma,<br />

tinha de discor<strong>da</strong>r <strong>da</strong>quilo que tinha sido dito pelo Senhor Vice-Presidente de que não<br />

era espectável que houvesse uma desci<strong>da</strong> <strong>da</strong> receita nos impostos directos do<br />

município. Lembrava que esta crise mundial inicia<strong>da</strong> nos Estados Unidos no mercado<br />

imobiliário rapi<strong>da</strong>mente se tinha espalhado pela Europa e <strong>por</strong> todo o mundo e vinha a<br />

afectar precisamente o sector <strong>da</strong> construção civil e <strong>da</strong> habitação. Assim, mesmo que<br />

de inicio não fosse expectável de certeza que no primeiro trimestre ou até mesmo a<br />

meio do ano de 2009, seria expectável que fosse ter impacto directo sobre os<br />

impostos <strong>por</strong>que, muito embora com o IMI não houvesse qualquer influência <strong>por</strong>que o<br />

mesmo tenderia sempre a aumentar a sua receita, já em relação ao IMT tinha sofrido<br />

um duro revés mas era de todo expectável que isso fosse acontecer e estava<br />

convencido de que os técnicos <strong>da</strong> Câmara de certeza que tinham para o referido facto.<br />

Provavelmente o que tinha acontecido era que estávamos na altura em ano eleitoral e<br />

se calhar não convinha perceber que era necessário fazer contenção e reduzir os<br />

gastos. Essa era a razão que o Grupo Municipal do PS entendia para que houvesse<br />

esse descalabro nas contas apresenta<strong>da</strong>s pelo município, <strong>por</strong>que se tivessem de ser<br />

aprecia<strong>da</strong>s as contas de uma empresa teríamos que a mesma apresentava um<br />

resultado negativo de quase oito milhões de euros. -----------------------------------------------<br />

----Novamente no uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Carlos Alvo disse que não queria ser mal<br />

interpretado tendo em conta que a referência que fizera ao relatório não correspondia<br />

à quilo que o senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara tinha esclarecido. Na leitura que tinha feito<br />

do relatório não era feita referência a advogados contratados, mas na falta de<br />

informação <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo advogado <strong>da</strong> Câmara Municipal. Também sabia que não existia<br />

nenhuma condenação mas de facto no documento não tinha tirado nenhuma ilação<br />

que tivesse só que denunciar as condenações. A referência feita era sobre eventuais<br />

litígios contingências reclamações contra a Câmara Municipal. Queria <strong>por</strong> isso<br />

acreditar que era capaz de haver processos, reclamações e eventuais litígios e que o<br />

advogado <strong>da</strong> Câmara se não os houvesse informaria os auditores que não havia e,<br />

desse modo, os auditores não colocariam essa reserva. ----------------------------------------<br />

----O Senhor Victor Sobral voltou a intervir para dizer que as opções do Grupo<br />

Municipal do PS eram diferentes <strong>da</strong>s <strong>da</strong> Câmara o que tinha referido anteriormente era<br />

17


que a Câmara gastava mais do que podia e esse era um aspecto que tinha que ser<br />

tido em consideração, aliás, essa era uma reflexão que, deveria ser ti<strong>da</strong> em conta <strong>por</strong><br />

todos e pela própria socie<strong>da</strong>de. -------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara pronunciou-se sobre as considerações feitas aos<br />

documentos de prestação de contas para prestar esclarecimentos acerca do<br />

funcionamento <strong>da</strong> economia e sobre os reflexos que a conjuntura económica tinha a<br />

nível internacional, nacional e regional e <strong>da</strong> influencia que tinha ao nível dos<br />

municípios em particular os do Algarve. No decurso <strong>da</strong> sua explicação salientou a<br />

diminuição <strong>da</strong>s receitas do IMT e ain<strong>da</strong> a penalização dos municípios nas<br />

transferências do Orçamento de Estado desde que a Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais tinha<br />

sido aprova<strong>da</strong>. Salientou ain<strong>da</strong> que, neste momento, havia uma diminuição muito<br />

significativa dos proveitos e tinha de haver emagrecimento <strong>da</strong> máquina e<br />

emagrecimento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des a que se respondia. Era isso que o Governo <strong>da</strong><br />

República tinha de fazer e era o que as autarquias também tinham que fazer. Esta era<br />

uma situação que o País vivia para inclusivamente cumprir com o PEC. -------------------<br />

A seguir, referiu-se à questão levanta<strong>da</strong> sobre a reserva aponta<strong>da</strong> no Relatório e<br />

Parecer do Fiscal Único para dizer que a situação se re<strong>por</strong>tava a advogados que<br />

tinham processos e que nenhum dos processos existentes na Câmara implicavam<br />

neste momento que houvesse lugar a indemnização. A resposta sobre a situação já<br />

devia ter sido <strong>da</strong><strong>da</strong> tendo já sido alertado o advogado em causa que deveria ter<br />

respondido para evitar a reserva <strong>por</strong> parte <strong>da</strong> auditoria. Por outro lado, tendo havido<br />

lapso <strong>da</strong> sua parte, o mesmo já tinha sido responsabilizado <strong>por</strong> isso. ------------------------<br />

----O Senhor Dr. Victor Sobral re<strong>por</strong>tou-se à explicação <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo senhor Presidente<br />

<strong>da</strong> Câmara para agradecer as lições e o seu saber sobre economia para justificar os<br />

resultados económicos. A seguir, referiu-se à fabula <strong>da</strong> formiga e <strong>da</strong> cigarra para<br />

salientar que a Câmara de <strong>Lagoa</strong> e as outras Câmaras do Algarve tinham sido,<br />

durante muitos anos cigarras e que se tivessem sido formigas talvez hoje<br />

estivéssemos noutra situação. --------------------------------------------------------------------------<br />

----Não havendo mais nenhum membro inscrito para usar <strong>da</strong> palavra, os documentos<br />

de prestação de contas foram colocados à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado,<br />

<strong>por</strong> maioria, aprová-los, com 11 votos a favor do PSD e 16 abstenções do PS, do B.E.<br />

e <strong>da</strong> CDU. -----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir, a proposta de Aplicação do Resultado Líquido do Exercício de 2009 foi<br />

coloca<strong>da</strong> à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado, <strong>por</strong> maioria, com 11 votos a favor<br />

do PSD e 16 abstenções do PS, do B.E. e <strong>da</strong> CDU, aprová-la. --------------------------------<br />

----Pelo Grupo Municipal do Partido Socialista foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração<br />

de voto: --------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

18


----“Nos documentos de prestação de contas relativos ao ano financeiro de 2009,<br />

apresentados a esta <strong>Assembleia</strong> Municipal, ressalta desde logo o facto de incluir um<br />

resultado líquido negativo de 7 108 687 €. -----------------------------------------------------------<br />

----Sendo certo que se verificou no exercício uma considerável redução <strong>da</strong>s receitas<br />

com impostos directos, não pode no entanto, ser considera<strong>da</strong> justificação ou<br />

atenuante para o resultado líquido negativo apresentado, na medi<strong>da</strong> em que aquela<br />

não resultou de qualquer facto inesperado ou imprevisto, antes pelo contrário, todos os<br />

indicadores macroeconómicos e a análise <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de concelhia, identificavam<br />

claramente o cenário vivido em 2009. -----------------------------------------------------------------<br />

----Assim, um acto de boa gestão, aconselharia prudência e máximo rigor quanto às<br />

despesas, facto que comprova<strong>da</strong>mente não se verificou, muito <strong>por</strong> força, estamos em<br />

crer, do pendor eleitoralista que marcou o último exercício. -------------------------------------<br />

----De igual modo, continua a constatar-se, ano após ano, manifestas dificul<strong>da</strong>des do<br />

executivo PSD, na captação de Fundos Comunitários, consubstanciado no fraco<br />

número de obras promovi<strong>da</strong>s e no elevado desvio entre o previsto e o realizado, o que<br />

em tempos de dificul<strong>da</strong>des orçamentais como o que vivemos, constituir-se-á<br />

seguramente como uma im<strong>por</strong>tante alternativa. ----------------------------------------------------<br />

----Por outro lado, e em face do documento de Certificação Legal <strong>da</strong>s Contas e o<br />

Relatório e Parecer Fiscal Único, os documentos apresentados encontram-se em<br />

conformi<strong>da</strong>de com os princípios contabilísticos aceites e previstos no POCAL. -----------<br />

----Face ao exposto, os membros do Grupo Municipal do Partido Socialista nesta<br />

<strong>Assembleia</strong>, VOTAM EM ABSTENÇÃO os Documentos de Prestação de Contas<br />

relativo ao ano financeiro de 2009, bem como a proposta de aplicação do Resultado<br />

Liquido do Exercício de 2009.”---------------------------------------------------------------------------<br />

QUARTO PONTO - DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO E GRANDES<br />

OPÇÕES DO PLANO PARA O ANO DE 2010. ----------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o ofício nº 19 036, de 13 de Abril do corrente ano, <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal, remetendo cópia de parte <strong>da</strong> acta <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia 12 do mesmo<br />

mês, bem como os documentos em epígrafe, os quais se dão aqui como reproduzidos,<br />

ficando a fazer parte integrante <strong>da</strong> minuta desta acta. --------------------------------------------<br />

----O Orçamento im<strong>por</strong>ta tanto na receita como na despesa em 48 306 179 euros e as<br />

Grandes Opções do Plano têm uma dotação de 34 062 886 euros no que diz respeito<br />

a financiamento definido e 2 475 000 no que diz respeito a financiamento a definir. -----<br />

----O Senhor Carlos Alvo começou <strong>por</strong> se referir à frase “emagrecimento <strong>da</strong> máquina<br />

proferi<strong>da</strong> anteriormente pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara para fazer a seguinte<br />

apreciação acerca dos documentos: -------------------------------------------------------------------<br />

19


----Tinha o resumo do orçamento de 2010 que tinha comparado com o de 2009. O<br />

Orçamento de 2010 era de 48 milhões de euros enquanto o Orçamento de 2009 era<br />

de 41 milhões de euros havendo entre eles uma diferença de 7 milhões de euros.<br />

Ain<strong>da</strong> em termos comparativos, a despesa corrente que era de 24 milhões de euros<br />

tinha passado para 33 milhões de euros havendo <strong>por</strong> isso, um engrossamento nas<br />

despesas de capital tinha havido um emagrecimento de 16 milhões de euros para 15<br />

milhões de euros. Se fosse feita a distribuição dos referidos valores pelos vários<br />

departamentos verificava que era ver<strong>da</strong>de que tinha havido uns emagrecimentos de<br />

alguns departamentos mas existiam outros departamentos que não sabia se iriam<br />

rebentar com tanta gordura. Por exemplo, as contas correntes dos órgãos <strong>da</strong>s<br />

autarquias não tinham baixado tendo ficado iguais, o departamento cultural ficava<br />

igual, o departamento financeiro em termos de despesa corrente tinha subido 200 mil<br />

euros e em despesa de capital tinha descido, o departamento de urbanismo tinha em<br />

despesas correntes um aumento de seis milhões de euros e em despesas de capital<br />

um milhão e quatrocentos mil euros, <strong>por</strong>tanto, não via que este orçamento feito para<br />

criar condições económicas para recuperar o município de <strong>Lagoa</strong> em relação aos<br />

valores que estavam em dívi<strong>da</strong> a fornecedores e até a projecção de algumas obras<br />

que eram necessárias no concelho e que pensava que seriam foca<strong>da</strong>s a breve trecho.<br />

----Concluiu dizendo, que achava que este orçamento não era tanto de emagrecimento<br />

mas de vontade para emagrecer não havendo contudo um emagrecimento efectivo. ---<br />

----A senhora Ana Boto no uso <strong>da</strong> palavra disse que gostava de saber exactamente o<br />

que era o Centro para interpretação para visitantes do litoral e onde estava prevista a<br />

sua construção. ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação começou <strong>por</strong> dizer que o senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />

já tinha referido no ponto anterior muito <strong>da</strong>quilo que ele pretendia referir, ou seja, as<br />

dificul<strong>da</strong>des que se colocavam aos municípios, que se colocavam às empresas, que<br />

se colocavam ao estado nestes tempos difíceis em que vivíamos. De facto, se nas<br />

autarquias durante muitos anos se tinha vivido um pouco de costas volta<strong>da</strong>s para<br />

aquilo que eram as exigências que de uma forma geral tinham as empresas do sector<br />

privado, se havia coisa que esta crise e as dificul<strong>da</strong>des que estávamos a viver tinha<br />

vindo a trazer era o novo paradigma sobre a forma como teriam de ser geri<strong>da</strong>s as<br />

autarquias, situação que o Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara tinha aflorado na sua<br />

intervenção e que eram as exigências que se colocavam ao município de <strong>Lagoa</strong>, aos<br />

demais municípios do Algarve e a todos os municípios do País. Neste momento, era<br />

um grande desafio que se colocava a todos os gestores municipais <strong>por</strong>que era fácil<br />

gerir quando se tinha muito mas era muito difícil gerir quando se tinha pouco e, nesse<br />

caso é que se via a quali<strong>da</strong>de de um gestor, ou seja, quando havia pouco para gerir. --<br />

20


----O Grupo Municipal do PS iria ficar muito atento <strong>por</strong>que este iria ser um ano<br />

particularmente exigente ao município de <strong>Lagoa</strong> e estavam atentos para verificarem<br />

como era que com pouco a Câmara iria conseguir gerir no ano de 2010, até <strong>por</strong>que,<br />

embora estivesse consciente dessas limitações pelas palavras que tinham sido<br />

referi<strong>da</strong>s havia as Grandes Opções do Plano e O Plano Plurianual de Investimentos<br />

onde estavam consigna<strong>da</strong>s uma série de obras muitas delas infelizmente com dotação<br />

ain<strong>da</strong> <strong>por</strong> definir o que pressupunha e que deixava aberta a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

contracção de um empréstimo bancário para poder fazer face às dotações que ain<strong>da</strong><br />

estavam <strong>por</strong> definir. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Estavam previstas obras que, em seu entender eram muito im<strong>por</strong>tantes para o<br />

concelho de <strong>Lagoa</strong> como era o caso <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> de ligação de Ferragudo à Bela Vista,<br />

a Construção de uma EB1 com Jardim de Infância em <strong>Lagoa</strong> e o Refeitório <strong>da</strong> Escola<br />

EB1 do Parchal. Poderia para além <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s obras referir muitas outras que<br />

estando plasma<strong>da</strong>s nos documentos abriam expectativas aos autarcas <strong>da</strong>s diversas<br />

Freguesias, a todos aqueles que eram utentes desses espaços e, naturalmente, a<br />

todos os munícipes do concelho. -----------------------------------------------------------------------<br />

----Terminou a sua intervenção dizendo que em face do exposto, ficava um desafio<br />

que naturalmente iria ser apreciado com atenção sobre a forma como iria ser gerido o<br />

concelho <strong>por</strong>que, ca<strong>da</strong> vez mais, ao sector público iriam ser exigidos instrumentos e<br />

formas de gerir do sector privado. ----------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara respondeu às considerações feitas acerca dos<br />

documentos dizendo que, relativamente às verbas previstas nas despesas correntes<br />

destina<strong>da</strong>s aos órgãos do município estavam incluí<strong>da</strong>s despesas com pessoal e<br />

pagamentos às empresas Águas do Algarve e Algar sendo que, tudo isto eram<br />

despesas correntes que tinham um peso muito grande. Como era sabido, o sistema<br />

relacionado com a deposição de resíduos e com o ciclo <strong>da</strong> água eram sistemas<br />

deficitários o que obrigava a que tivessem de ser toma<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s intermunicipais. ---<br />

----Quanto ao actual quadro comunitário de apoio QREN o Algarve estava numa<br />

situação de facing out, e consequentemente as verbas que tinham sido aloca<strong>da</strong>s ao<br />

Algarve eram poucas pelo que as soluções teriam de ser outras. Portando, a situação<br />

tinha coincidido simultaneamente com dois factores, a impossibili<strong>da</strong>de devido à crise<br />

associa<strong>da</strong> ao facto de os municípios <strong>da</strong> Região do Algarve <strong>por</strong> força de estarem em<br />

facing out estarem alocados de menos recursos financeiros. -----------------------------------<br />

----Neste momento, estava assegurado com a contratualização que tinha sido feita<br />

com a AMAL e o Ministério respectivo através <strong>da</strong> Comissão de Coordenação que a<br />

Escola EB1 de <strong>Lagoa</strong> estaria aloca<strong>da</strong> uma percentagem <strong>da</strong> verba para a sua<br />

construção, sendo que na parte que faltava a Câmara teria de recorrer à compra de<br />

21


dinheiro. -------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Relativamente à verba para a construção <strong>da</strong> Escola <strong>da</strong> Bela Vista a mesma estava<br />

assegura<strong>da</strong> <strong>por</strong>que a <strong>Assembleia</strong> já tinha aprovado anteriormente a contratação de<br />

um empréstimo tendente à satisfação desse encargo. -------------------------------------------<br />

----Por fim salientou que em relação à quali<strong>da</strong>de de um gestor a questão não se<br />

colocava em o gestor gerir bem quando tinha muito, ou gerir mal quando tinha pouco<br />

mas de gerir aquilo que tinha que gerir em ca<strong>da</strong> momento, sobretudo num organismo<br />

público. Durante muito tempo tinha sido criticado o facto de a Câmara ter recorrido a<br />

dinheiro a enti<strong>da</strong>des bancárias, mas ain<strong>da</strong> bem que isso aconteceu, <strong>por</strong>que senão<br />

tivesse recorrido a travagem seria superior a sete milhões de euros. ------------------------<br />

----A seguir o Senhor Jaime Botelho, Vereador do pelouro <strong>da</strong>s obras <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal prestou esclarecimentos relativamente à questão coloca<strong>da</strong> pela senhora<br />

Ana Boto tendo referido que o Centro para interpretação para visitante ao litoral iria ser<br />

construído <strong>por</strong> cima dos Balneários no Largo do Carvoeiro e que o mesmo iria ter uma<br />

estação meteorológica permitindo a todos os visitantes do litoral se inteirarem do<br />

estado <strong>da</strong>s marés e do tempo estando o mesmo dotado de um monitor que explicava<br />

to<strong>da</strong> a nossa costa. -----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Novamente no uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Carlos Alvo referiu-se à frase proferi<strong>da</strong><br />

pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara de que tínhamos de gerir aquilo que tínhamos,<br />

para questionar o que era que se iria gerir com uma dívi<strong>da</strong> de nove milhões de euros. -<br />

----Em relação à questão dos empréstimos a médio e a longo prazo a previsão neste<br />

momento para 31 de Dezembro de 2010 era de 13 milhões quando o limite eram de 16<br />

milhões. Nesta situação não estavam incluídos o empréstimo de Habitação Social no<br />

valor de um milhão quinhentos e vinte mil euros, nem aqueles que estavam adstritos<br />

aos fundos comunitários como era o caso <strong>da</strong> Piscina Municipal, do Auditório Municipal<br />

e <strong>da</strong> Estra<strong>da</strong> Manuel Ferro Areias dos Moinhos que somavam mais dois milhões<br />

seiscentos e sessenta e oito mil euros, <strong>por</strong>que se efectivamente os referidos<br />

empréstimos entrassem no calculo do limite do endivi<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> Câmara já teria sido<br />

ultrapassado o limite referido. Assim, o que iríamos gerir perante essa situação. Por<br />

outro lado, e <strong>da</strong>do que o cenário apresentado estava pior do que aquele que tinha sido<br />

referido no passado mês de Fevereiro, pretendia saber se a Câmara tinha resposta<br />

para a situação. ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Por último referiu-se a uma questão que tinha colocado anteriormente e que dizia<br />

respeito ao projecto Águas do Algarve do qual tinha lido uma noticia de que as águas<br />

passariam para concessão de exploração entregue através de concurso público, para<br />

dizer que a ver<strong>da</strong>de era que esse projecto estava fora do financiamento dos fundos<br />

comunitários sendo que o preço <strong>da</strong> água se iria reflectir obrigatoriamente sobre o<br />

22


consumidor final e que se supunha seria na ordem dos dois euros <strong>por</strong> metro cúbico.----<br />

----O Senhor Victor Sobral interveio para dizer que como já havia referido as Opções<br />

do Grupo Municipal do PS eram bem diferentes de facto, em relação às opções do<br />

Plano e àquilo que estava orçamentado existiam obrigações em relação ao<br />

abastecimento de água e aos resíduos que eram grandes despesas. Contudo, gostava<br />

que essas despesas fossem semelhantes às <strong>da</strong>s funções sociais mas verificava que<br />

na referi<strong>da</strong> área a Câmara continuava muito retraí<strong>da</strong>, no entanto, na parte cultural<br />

existiam coisas que não percebia como era o caso de estarem previstos na rubrica<br />

bens diversos e serviços um milhão e sessenta e três euros e em bens culturais<br />

diversos e serviços quinhentos e vinte mil euros. --------------------------------------------------<br />

----Em sua opinião, julgava que as referi<strong>da</strong>s verbas eram muito grandes para serem<br />

empregues só em eventos culturais diversos e serviços. ----------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara em resposta à questão coloca<strong>da</strong> pelo senhor<br />

Carlos Alvo disse que a noticia que tinha saído na comunicação social traduzia aquilo<br />

que era a análise de diversos municípios <strong>da</strong> região relativamente aos modelos que,<br />

<strong>por</strong>ventura, pudessem ser aplicados para poder ser escolhido aquele que seria o mais<br />

aconselhável do ponto de vista <strong>da</strong> gestão do nosso município. Era evidente, que o<br />

sistema era imposto muito <strong>por</strong> forma dos encargos su<strong>por</strong>tados. Os encargos com a<br />

água traduziam actualmente um custo que ron<strong>da</strong>va os noventa e tal escudos cujo<br />

pagamento tinha de ser assegurado à empresa Águas do Algarve. A situação referi<strong>da</strong><br />

juntavam-se os custos de exploração e saneamento e o facto de existir uma<br />

percentagem significativa de incobráveis mas que tinha tudo de ser pago à empresa<br />

Águas do Algarve. ------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Existia ain<strong>da</strong> outro factor que eram os custos acrescidos que não estavam na<br />

directa dependência <strong>da</strong> Câmara como <strong>por</strong> exemplo os aumentos <strong>da</strong> água ou dos<br />

efluentes que eram actualizados dez meses depois e entretanto a Câmara recebia os<br />

retroactivos para pagar que não podia repercutir no preço a facturar nos consumidores<br />

finais. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Sobre a questão coloca<strong>da</strong> pelo senhor Dr. Victor Sobral acerca dos encargos com<br />

as águas e o motivo de não serem aumenta<strong>da</strong>s as prestações sociais esclareceu que<br />

a Câmara tinha de pagar à empresa Águas do Algarve <strong>por</strong>que na água existia um<br />

compromisso e se o sistema não fosse sustentável <strong>da</strong>va prejuízo. Por outro lado, os<br />

sistemas na área do ambiente eram muito problemáticos, <strong>por</strong>que as regras têm vindo<br />

a ser impostas aos municípios e os mesmos tinham de encontrar soluções<br />

relativamente à situação e era isso que estava a ser analisado para serem feitas as<br />

adequa<strong>da</strong>s propostas para que os órgãos competentes do município pudessem<br />

apreciar. -------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

23


----No que respeitava aos gastos com a cultura as verbas indica<strong>da</strong>s referiam-se a<br />

custos globais, havendo um controlo mensal sobre aquilo que eram os gastos com a<br />

cultura e, podia dizer, que tinham sido reduzidos os custos mensais em sessenta e tal<br />

<strong>por</strong> cento naquela activi<strong>da</strong>de mas que tinham naturalmente reflexos na quali<strong>da</strong>de do<br />

produto que a Câmara levava aos utentes. ----------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Carlos Tapadinhas no uso <strong>da</strong> palavra salientou que o tipo de<br />

documento em apreço era pouco explícito e que a Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> à<br />

imagem de muitas outras Câmaras não desenvolvia uma contabili<strong>da</strong>de analítica.<br />

Pensava que a existência de centros de custos a nível informático seriam uma questão<br />

a considerar para que houvesse mais quali<strong>da</strong>de de informação, <strong>por</strong>que com a<br />

aparência de contas que iriam esmiuçar valores globais, a partir dos centos de custos<br />

<strong>da</strong> contabili<strong>da</strong>de analítica que estava previsto no POCAL os <strong>da</strong>dos fornecidos seriam<br />

mais esclarecedores. O facto era que se para montantes de uma ordem razoável no<br />

caso de um milhão de euros poderiam ser apresenta<strong>da</strong>s umas sub-rubricas com<br />

centros de custos, nomea<strong>da</strong>mente, onde tinha sido investido esse capital. Claro que<br />

esta era uma questão técnica e as questões técnicas levavam tempo a resolver mas<br />

tinham de ter um ponto de parti<strong>da</strong> e tinha de ter o seu momento que nascia com a<br />

necessi<strong>da</strong>de. Pensava que para a autarquia seria favorável a existência de um centro<br />

de custos globalizado que abrangesse as rubricas mais relevantes que para o ci<strong>da</strong>dão<br />

comum podia ter um nome que compreendesse. --------------------------------------------------<br />

----Dado que mais nenhum membro pretendeu usar <strong>da</strong> palavra, os documentos<br />

Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2010 foram colocados à<br />

votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> deliberado <strong>por</strong> maioria, aprová-los com 11 votos a favor<br />

do PSD, 14 abstenções do PS, e 2 votos contra do B.E. e CDU. ------------------------------<br />

----Pela CDU foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração de voto: ------------------------------<br />

----“A proposta de Orçamento para o ano de 2010, apresenta<strong>da</strong> pela maioria PSD na<br />

Câmara Municipal, sendo um documento fun<strong>da</strong>mental de gestão de um concelho, não<br />

traduz nenhuma estratégia de desenvolvimento, tratando-se de um mero exercício<br />

contabilístico sem ambição, sem desígnio e pouco transparente. -----------------------------<br />

----Não entende a CDU a razão pela qual só agora é apresenta<strong>da</strong> esta proposta de<br />

Orçamento e Grandes Opções do Plano. Não existe nenhuma razão objectiva e<br />

fidedigna para este atraso que faz com que o Concelho de <strong>Lagoa</strong> seja um dos últimos<br />

concelhos do Algarve a definir e a aprovar o seu orçamento. ----------------------------------<br />

----Esta situação é tanto mais grave uma vez que a não existência de um orçamento<br />

nos últimos três meses tem servido de desculpa, falsa, para a não transferência de<br />

verbas para apoios de ordem institucional, social, cultural e des<strong>por</strong>tiva. --------------------<br />

24


----Mais flagrante ain<strong>da</strong>, e decisivo para a toma<strong>da</strong> de posição <strong>da</strong> CDU, foi o<br />

incumprimento político do Estatuto do Direito de Oposição, ao abrigo do qual a CDU<br />

se encontra, que lhe confere o direito de participar na discussão <strong>da</strong> proposta de<br />

Orçamento <strong>da</strong> Câmara Municipal e de apresentar as suas propostas concretas para a<br />

elaboração <strong>da</strong> mesma. Esta lei foi apenas cumpri<strong>da</strong> no seu formalismo legal, através<br />

<strong>da</strong> convocação para uma <strong>reunião</strong> com o executivo camarário, não tendo contudo, em<br />

momento algum, havido a hipótese de apresentação de propostas <strong>da</strong> CDU e o<br />

reconhecimento do seu direito legal, uma vez que a proposta já se encontrava<br />

redigi<strong>da</strong>, assina<strong>da</strong> e apresenta<strong>da</strong> aos vereadores, <strong>da</strong> oposição também, chegando à<br />

CDU como <strong>da</strong>do adquirido e sendo a mesma apenas informa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s suas linhas<br />

gerais. Inaceitável e vergonhoso. -----------------------------------------------------------------------<br />

----Porque esta conduta irresponsável não se pode condescender, <strong>por</strong>que a não<br />

existência de orçamento durante tanto tempo – <strong>por</strong> opção própria <strong>da</strong> câmara –<br />

prejudica os Lagoenses, <strong>por</strong>que a CDU não é respeita<strong>da</strong> e ouvi<strong>da</strong> quando a lei assim<br />

o exige e a ética política assim o obrigaria, a CDU vota CONTRA este Orçamento para<br />

o ano de 2010 <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong>.” -------------------------------------------------<br />

----Pelo Partido Social Democrata foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração de voto:<br />

----“É com satisfação que os Membros <strong>da</strong> banca<strong>da</strong> do Partido Social Democrata vêm<br />

aprovados o Orçamento e as Grandes Opções do Plano do Município de <strong>Lagoa</strong> para o<br />

Ano de 2010. -------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Este é um orçamento que tem em devi<strong>da</strong> consideração o actual panorama<br />

económico e financeiro que todos vivemos. A sua feitura teve devi<strong>da</strong>mente em conta o<br />

passivo <strong>da</strong> autarquia para com fornecedores, contemplando para o efeito o respectivo<br />

saneamento financeiro. ------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Não será <strong>por</strong>tanto de estranhar que, mesmo num Ano em que atravessamos uma<br />

grave crise económica, este orçamento para 2010 a<strong>presente</strong> um valor superior ao do<br />

Ano anterior. Isto <strong>por</strong>que não podemos nem devemos esconder a dívi<strong>da</strong>, estando o<br />

seu saneamento incluído no orçamento deste Ano. É <strong>por</strong>tanto natural que se<br />

a<strong>presente</strong> com um valor superior ao do Ano transacto. ------------------------------------------<br />

----Felizmente que podemos encarar com serie<strong>da</strong>de as dívi<strong>da</strong>s a fornecedores,<br />

exactamente <strong>por</strong> termos tido uma boa gestão que nos permite agora uma excelente<br />

capaci<strong>da</strong>de de endivi<strong>da</strong>mento. --------------------------------------------------------------------------<br />

----Não aceitamos <strong>por</strong> isso que se faça a este pretexto demagogia política. Somos os<br />

primeiros a referir quer o aumento do orçamento deste Ano, quando comparado com o<br />

Ano anterior, quer uma diminuição do investimento para o próximo Ano, situações que<br />

nos aparecem como inevitáveis. ------------------------------------------------------------------------<br />

25


----Inevitáveis <strong>por</strong>que tudo foi feito para que se conseguisse reduzir a despesa<br />

corrente: As horas extraordinárias dos funcionários foram reduzi<strong>da</strong>s, bem como o<br />

próprio número de funcionários, que baixou de2009 para 2010. -------------------------------<br />

----Contudo, os mais atentos certamente que não desconhecem a quebra <strong>da</strong> receita de<br />

IMT que tivemos de 2007 para 2009, superior a sete milhões de euros, sendo certo<br />

que em 2010, a expectativa será, na melhor <strong>da</strong>s hipóteses, igual a 2009. ------------------<br />

----Mas o IMT não foi a única receita a diminuir. As taxas e licenças sofreram<br />

igualmente uma redução como causa directa e necessária <strong>da</strong> falta de investimento <strong>da</strong><br />

socie<strong>da</strong>de civil. ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Também os mais atentos saberão que os investimentos de uma autarquia<br />

dependem em grande parte <strong>da</strong> receita do IMT. A redução enorme desta receita em<br />

<strong>Lagoa</strong> obriga-nos agora a um orçamento de contenção responsável e rigoroso, e foi<br />

isso que foi feito. --------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Apesar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des, este orçamento pauta-se pela continui<strong>da</strong>de do<br />

cumprimento do programa eleitoral apresentado pelo Partido Social Democrata e a<br />

sua aprovação permitirá continuar a delinear e executar o que pensamos para o<br />

concelho de <strong>Lagoa</strong>. -----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A título meramente exemplificativo, ficou orçamenta<strong>da</strong> a construção de novos<br />

balneários na nave des<strong>por</strong>tiva de Ferragudo; está igualmente orçamentado para este<br />

Ano o pagamento dos terrenos onde serão edifica<strong>da</strong>s a nova Escola EB1 de <strong>Lagoa</strong>, o<br />

cemitério de Estombar e novas habitações a custos controlados, ficando também<br />

contemplado neste orçamento a construção do refeitório <strong>da</strong> Escola EB1 do Parchal. ---<br />

----É ver<strong>da</strong>de que perante Anos anteriores o investimento poderá não ser tão<br />

ambicioso, mas perante a dívi<strong>da</strong> contraí<strong>da</strong>, seria de todo incoerente e irresponsável<br />

contrair mais dívi<strong>da</strong>, para além <strong>da</strong> que foi orçamenta<strong>da</strong>. ----------------------------------------<br />

----Uma vez aprovado o orçamento e as grandes opções do plano para 2010, vamos<br />

agora continuar a exigir, na sua execução, o rigor a que o executivo social-democrata<br />

já nos habituou.”---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

-----Pelo Partido Socialista foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração de voto: ----------<br />

----“O Grupo Municipal do Partido Socialista, após análise dos documentos referentes<br />

ao Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2010, trazidos a esta<br />

<strong>Assembleia</strong> Municipal pelo executivo do PSD em gestão na Autarquia, considera o<br />

seguinte: -------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----a) Em face dos indicadores económicos disponíveis e as previsões conheci<strong>da</strong>s,<br />

2010 continuará a ser um ano marcado pelas dificul<strong>da</strong>des decorrentes <strong>da</strong> crise<br />

mundial, não sendo ain<strong>da</strong> previsível que se alcance em pleno, a almeja<strong>da</strong> recuperação<br />

económica. ---------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

26


----b) Consequência de consecutivos erros de gestão, na sua maioria devi<strong>da</strong>mente e<br />

atempa<strong>da</strong>mente detectados e denunciados pelos autarcas eleitos pelo Partido<br />

Socialista, quer no Executivo Municipal quer nesta <strong>Assembleia</strong>, o Município acumula<br />

para o exercício de 2010, um passivo financeiro na ordem dos 9 milhões de euros. -----<br />

----c) Por conseguinte, a proposta de Orçamento e as Grandes Opções do Plano<br />

apresenta<strong>da</strong>s pelo executivo do PSD revela-se pouco ambiciosa, não definindo<br />

qualquer rumo ou estratégia e até nalguns casos, de execução duvidosa. -----------------<br />

----d) Relevante e perfeitamente injustificável, é o facto de apenas só agora e<br />

decorrido praticamente todo o 1º quadrimestre, o executivo do PSD vir apresentar uma<br />

proposta de orçamento, o que faz de <strong>Lagoa</strong> um caso inédito em todo o Algarve. ---------<br />

----e) Cientes <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des <strong>por</strong>que passam associações e as Juntas de Freguesia<br />

do concelho, conhecedores <strong>da</strong>s ver<strong>da</strong>deiras razões e dos principais responsáveis <strong>por</strong><br />

aquelas, o Grupo Municipal do Partido Socialista, não pretendendo <strong>da</strong>r qualquer<br />

motivo para que o actual executivo do PSD não cumpra com as suas obrigações,<br />

VOTA EM ABSTENÇÃO, os documentos apresentados de Orçamento e Grandes<br />

Opções do Plano para 2010.”----------------------------------------------------------------------------<br />

QUINTO PONTO – AUTORIZAÇÃO PARA ALTERAÇÃO DO PROTOCOLO DE<br />

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA JUNTA DE FREGUESIA DE LAGOA DO<br />

ANO DE 2009. -----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o oficio nº 19 196, de 14 de Abril do corrente ano, <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de <strong>Lagoa</strong>, a cópia de parte <strong>da</strong> acta <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia 13 do mesmo<br />

mês, bem como os demais documentos referentes ao assunto em apreço.-----------------<br />

----O Senhor Francisco Martins, Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong><br />

esclareceu que trazia a alteração do protocolo de delegação de competências do ano<br />

de 2009, pelas razões que passava a ex<strong>por</strong>: --------------------------------------------------------<br />

----O montante que tinha transitado <strong>da</strong> delegação que tinha sido aprova<strong>da</strong> em 2009<br />

para 2010, no valor de cento e quatro mil euros, ou seja, cerca de sessenta <strong>por</strong> cento<br />

<strong>da</strong> delegação de competências que tinha sido trazi<strong>da</strong> à <strong>Assembleia</strong> à um ano atrás <strong>por</strong><br />

razões várias, não tinha sido possível executar. Era de realçar o facto de que tinha<br />

sido um ano conturbado na freguesia de <strong>Lagoa</strong> em que a Junta tinha conhecido três<br />

executivos diferentes e mesmo do ponto de vista anímico e sentimental tinha sido<br />

difícil. Achava que não havia necessi<strong>da</strong>de de escamotear os motivos do não<br />

cumprimento e que era obrigação <strong>da</strong> Junta de Freguesia apresentar à <strong>Assembleia</strong><br />

Municipal as razões que tinham levado a que não fosse executado o protocolo. ---------<br />

----A seguir, procedeu à explicação <strong>por</strong>menoriza<strong>da</strong> dos documentos apresentados. ----<br />

----A Senhora Ana Boto interveio para dizer que gostava de ressalvar que a CDU<br />

27


ain<strong>da</strong> que consciente <strong>da</strong> situação bastante complica<strong>da</strong> para este novo executivo <strong>da</strong><br />

Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong>, tinha de manifestar a sua discordância, mais uma vez,<br />

de votar uma alteração que vinha de um protocolo cujas contas já tinham sido<br />

encerra<strong>da</strong>s no dia 31 de Dezembro de 2009. Havendo agora a elaboração de um novo<br />

protocolo, havendo a possibili<strong>da</strong>de de colocar as coisas certas, ser transparente, ser<br />

claro, ser conciso, ser exemplar etc., não se justificava de forma alguma pro<strong>por</strong>em-se<br />

estas alterações fora do tempo, muito depois <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de posse <strong>da</strong> Junta, quando<br />

questões destas deviam ter sido trata<strong>da</strong>s até 31 de Dezembro de 2009 e não se<br />

cometer este tipo de imprecisão e de falta de rigor contabilístico o que em termos<br />

legais era atroz. ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> no uso <strong>da</strong> palavra questionou o motivo de só agora<br />

passados seis meses depois <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de posse é que nesta <strong>Assembleia</strong> tínhamos<br />

uma convocatória para discutir o protocolo de 2009. ----------------------------------------------<br />

----O Senhor Francisco Martins voltou a intervir para esclarecer que em relação às<br />

obras de reforço de iluminação pública em Benagil e reforço de iluminação pública em<br />

<strong>Lagoa</strong> previstas no protocolo era impossível fazer levantamentos, fazer projecto e<br />

fazer concurso. Depois, a Junta de Freguesia tinha fechado o ano de 31 de Dezembro<br />

mas havia um saldo de gerência. Preocupante e ilegal seria que fosse fechado o ano e<br />

os cento e quatro mil cento e trinta e três euros e seis cêntimos não tivessem<br />

referenciados, <strong>da</strong>do que a Câmara já os tinha pago. Chamava <strong>por</strong> isso a atenção que<br />

nesta alteração a delegação de competências não iria haver qualquer alteração de<br />

verba. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Em relação ao Timing, só agora é que estava a ser apresentado o orçamento. Por<br />

outro lado também tinha consciência que passando de um ano para o outro também<br />

tinha que fazer um orçamento rectificativo para incor<strong>por</strong>ar as referi<strong>da</strong>s verbas. De<br />

qualquer modo, do ponto de vista legal e contabilístico que tinha sido referido não<br />

existia nenhum erro. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara esclareceu que a apresentação deste assunto,<br />

decorria de um principio que tinha a ver com o bom senso e com o principio do<br />

respeito e o senhor Francisco Martins, Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong><br />

tinha negociado com a Câmara este documento que tinha traduzido <strong>da</strong>s partes o<br />

desejo efectivo que esta <strong>Assembleia</strong> se pronunciasse relativamente à regularização<br />

adequa<strong>da</strong> <strong>por</strong> forma a que as pessoas soubessem com clareza <strong>por</strong> quem tinha sido<br />

feito e quem fez, <strong>por</strong>que já tinha sido dito que a Câmara tinha acabado de executar<br />

determina<strong>da</strong>s coisas devido ao facto de não poder esperar mais tempo. Tinham sido<br />

esclareci<strong>da</strong>s as vicissitudes processuais que eram do conhecimento de todos,<br />

<strong>por</strong>tanto, o que não fazia sentido era que não fosse regulariza<strong>da</strong> a situação, <strong>da</strong>do que<br />

28


em relação à ilegali<strong>da</strong>de a mesma não existia. A Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> tal<br />

como as outras Juntas devido ao facto de receberem as transferências em<br />

duodécimos teria que afectar às obras ou acções que tinha executado. Não tendo sido<br />

possível executar a Câmara tinha-se substituído mas, entretanto, a Junta tinha ficado<br />

com o proveito que teria de ser reafectado e tinha de ter a concordância quer <strong>da</strong><br />

Câmara, quer <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> de Freguesia, quer <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal. ---------------<br />

----A Senhora Ana Boto voltou a intervir para dizer que queria ressalvar que a<br />

questão do rigor contabilístico tinha a ver com o facto de mexerem-se em rubricas<br />

associando-se números. Ain<strong>da</strong> que efectivamente não houvesse diferença alguma no<br />

valor que à parti<strong>da</strong> sobrava de um ano para o outro poderia ser entregue novamente<br />

de volta à Câmara e ser novamente atribuído com novas questões associa<strong>da</strong>s. A<br />

única coisa que tinha querido ressalvar tinha a ver com este recursivo de alterar coisas<br />

passa<strong>da</strong>s que já estavam instituí<strong>da</strong>s vota<strong>da</strong>s e que já não tinham aplicação actual<br />

ain<strong>da</strong> <strong>por</strong> cima em altura de se estabelecerem novos protocolos entre a Câmara e a<br />

Junta de Freguesia. Portanto, a sua posição tinha a ver com esse rigor, com essa<br />

precisão e com esse mostrar de dedicação a esse tipo de transparência e de rigor. -----<br />

----Pelo Senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa foi explicado que a proposta em discussão era<br />

uma proposta absolutamente legal que garantia em absoluto a transparência de<br />

procedimentos, <strong>por</strong>que como tinha explicado o senhor Presidente <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de <strong>Lagoa</strong> o saldo referido constava <strong>da</strong> conta <strong>da</strong> Junta de Freguesia e<br />

transitava para o orçamento deste ano, pelo que não havia nenhum procedimento que<br />

tocasse em alguma medi<strong>da</strong> nas questões de legali<strong>da</strong>de. Quanto às questões de<br />

o<strong>por</strong>tuni<strong>da</strong>de, naturalmente a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto teria a sua opinião. -----------<br />

-----Dado que mais nenhum membro pretendeu usar <strong>da</strong> palavra, a proposta de<br />

alteração ao protocolo de delegação de competências de 2009 na Junta de Freguesia<br />

de <strong>Lagoa</strong>, foi coloca<strong>da</strong> à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong> Municipal deliberado, <strong>por</strong><br />

maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD e 2 votos contra <strong>da</strong> CDU e BE, aprová-<br />

la. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela CDU foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração de voto-------------------------------<br />

----“Querendo-se alterar o Protocolo de Delegação de Competências de 2009 <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia de <strong>Lagoa</strong>, a CDU não pode deixar de reafirmar que se insiste em não<br />

cumprir com os prazos contabilísticos legais e em não cumprir com o rigor e coerência<br />

necessários ao regular e exemplar funcionamento dos preceitos protocolares. -----------<br />

----No nosso entender, não existem quaisquer motivos válidos e justificáveis para se<br />

alterar um protocolo cujo período efectivo já findou e quando é claramente possível<br />

aguar<strong>da</strong>r-se <strong>por</strong> um novo protocolo, próprio do <strong>presente</strong> ano, e proceder a alterações<br />

29


cuja premência assim justifique a sua correcção. --------------------------------------------------<br />

----Ain<strong>da</strong> que cientes <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des que um ano de três executivos diferentes na<br />

Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> possa ter legado a este novo, e <strong>da</strong> eventual necessi<strong>da</strong>de<br />

de rectificar questões passa<strong>da</strong>s, a CDU não pode ser conivente com medi<strong>da</strong>s de tão<br />

ausente rigor e cumprimento legal e lembra que ca<strong>da</strong> executivo, no seu tempo, teve e<br />

tem de assumir as responsabili<strong>da</strong>des que lhe competem e não existe motivo que<br />

justifique que uma alteração desta ordem e <strong>por</strong> estas mesmas razões tenha sido feita<br />

apenas em Março de 2010. ------------------------------------------------------------------------------<br />

----A CDU, a favor <strong>da</strong> transparência e legali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s decisões toma<strong>da</strong>s, assim como<br />

<strong>da</strong>s acções que se aprovam, não participará <strong>da</strong> aprovação de tal medi<strong>da</strong>, seguindo<br />

uma linha de coerência com toma<strong>da</strong>s de posição anteriores. ----------------------------------<br />

----Por todos os referidos motivos, a CDU vota CONTRA esta alteração ao Protocolo<br />

de Delegação de Competências de 2009 <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong>.”---------------<br />

----A seguir a Senhora Ana Boto apresentou à Mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> o seguinte<br />

requerimento: ------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----“A CDU requer à Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> que se retirem as três recentes<br />

placas toponímicas do Bairro CHE Lagoense uma vez que, <strong>por</strong> abuso de<br />

competências <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong>, as mesmas foram coloca<strong>da</strong>s à revelia<br />

<strong>da</strong>s instituições e organismos políticos adequados e com poder para decidir tais<br />

designações e sua colocação. Com o decorrer do tempo, o erro cimenta-se e a<br />

consequência de um abuso de competências é deixado passar como inócuo. Não o é<br />

e não se pode deixar ser. A saber-se: Rua do Escritório Antigo, Rua <strong>da</strong> Escola e Rua<br />

Circular.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

SEXTO PONTO – AUTORIZAÇÃO PARA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NAS<br />

JUNTAS DE FREGUESIA. -------------------------------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o oficio nº 19 194, de 14 de Abril do corrente ano, <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal, remetendo cópia de parte <strong>da</strong> acta <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia 12 do mesmo<br />

mês, bem como as minutas dos Protocolos <strong>da</strong> Delegação de Competências a celebrar<br />

entre o Município de <strong>Lagoa</strong> e as Juntas de Freguesia do Concelho. -------------------------<br />

----Colocado o assunto à discussão verificaram-se as seguintes intervenções: -----------<br />

----O Senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> interveio para dizer o seguinte: ---------------------------------<br />

----“A celebração de protocolos de delegação de competências entre o Município e as<br />

Juntas de Freguesia, devia ser a tradução lógica de uma política de descentralização e<br />

de proximi<strong>da</strong>de, para com os eleitores e população, respeitando as suas necessi<strong>da</strong>des<br />

e ao mesmo tempo, ser a confirmação de um melhor aproveitamento na utilização dos<br />

recursos financeiros do Município. ---------------------------------------------------------------------<br />

30


----Efectivamente esta lógica e os princípios associados à elaboração destes<br />

protocolos, suscita-nos uma clara simpatia <strong>por</strong> este instrumento de trabalho <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

autárquica. ----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Infelizmente no nosso Concelho nem sempre e até poucas vezes, estes princípios e<br />

a mais-valia que bem podiam constituir a celebração destes protocolos, se confirmou,<br />

podemos até dizer, que a justeza política <strong>da</strong>s intenções inscritas nos protocolos foi<br />

sistematicamente desvirtua<strong>da</strong>. --------------------------------------------------------------------------<br />

----Em boa ver<strong>da</strong>de os recursos financeiros disponíveis para levar adiante estes<br />

instrumentos de trabalho não são significativos, para celebrar os protocolos de<br />

delegação de competências com as 6 Juntas de Freguesia do Concelho, estão<br />

orçamentados 597 517,00 mil euros, deste 288 893,00 mil euros – 48,35% - são para<br />

despesas correntes, 308 619,00 mil euros – 51,65% - para despesas de capital. --------<br />

----Para a freguesia de Carvoeiro 62% do valor orçamentado está afecto a despesas<br />

correntes, em Ferragudo são 64%, Porches 60% e Estombar 46%. --------------------------<br />

----Estes valores e percentagens fazem o retrato de uma reali<strong>da</strong>de que muitos teimam<br />

em não querer falar, mas que é bom que se diga, servem para cobrir e <strong>da</strong>r<br />

sustentação, às decisões politicas toma<strong>da</strong>s pelos executivos <strong>da</strong>s Juntas e para<br />

pagamento de remunerações de cargos políticos nessas mesmas autarquias.------------<br />

----Sendo já restritas as verbas inscritas para estes Protocolos, quando 48% se<br />

destinam a despesas correntes, é fácil deduzir quando é diminuto os novos<br />

investimentos a levar a efeito. ---------------------------------------------------------------------------<br />

----Mesmo uma leitura superficial permite-nos verificar que os documentos enfermam<br />

de um cariz genérico pouco apurado, pouco rigoroso e muito menos claro. ----------------<br />

----Ficamos sem saber, quais são as bermas, valetas e sumidouros que vão ser<br />

limpos. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Quais os muros que vão ser pintados ou até os estacionamentos, ou então o muro<br />

que vai levar pedra decorativa. --------------------------------------------------------------------------<br />

----Qual o pavê que vai ser conservado, ou qual é a remodelação sinalética que vai ser<br />

alvo de intervenção. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Quais são os pisos de caminhos rurais que vão ser recuperados ou os jardins que<br />

vão ser construídos. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Onde é que se vai eliminar as Barreiras Arquitectónicas, ou então, construir lombas<br />

redutoras de veloci<strong>da</strong>de ou mesmo levar a efeito reforço <strong>da</strong> iluminação pública. ---------<br />

-----É esta generalização dos documentos, principalmente nas rubricas de despesas<br />

correntes, que confirmam o convite, que as Propostas de Protocolos fazem à falta de<br />

rigor, à ausência de controlo e que ao mesmo tempo estimulam o gasto fácil de cariz<br />

marca<strong>da</strong>mente clientelar. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

31


----Se estas, são já reservas mais do que suficientes para suscitar as nossas<br />

interrogações, outras rubricas existem, que apesar do seu interesse e bon<strong>da</strong>de,<br />

suscitam desde logo duvi<strong>da</strong>s acresci<strong>da</strong>s quanto à sua legali<strong>da</strong>de e enquadramento, tal<br />

como prevê o artigo 66º <strong>da</strong> Lei 169/99. ---------------------------------------------------------------<br />

----Falemos <strong>da</strong>s rubricas propostas para o Protocolo a celebrar com a Junta de<br />

Freguesia de <strong>Lagoa</strong>, que no nosso entendimento e apesar <strong>da</strong> sua enorme bon<strong>da</strong>de,<br />

não cremos que o seu enquadramento se possa constituir como legal, parecendo-nos<br />

mais que a conjugação dos artigos 64 e 67 <strong>da</strong> Lei 169/99, são matérias delegáveis<br />

noutras Instituições que não nas Juntas de Freguesia. -------------------------------------------<br />

----Dúvi<strong>da</strong>s subsistem igualmente nas rubricas previstas nas Propostas de Protocolo a<br />

estabelecer com as Juntas de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> na alínea c) <strong>da</strong>s despesas de<br />

capital e com a Junta de Freguesia do Parchal na alínea b) também em Despesas de<br />

Capital. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Isto é, a Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> propôs-se delegar nestas duas Juntas de<br />

Freguesia, obras que elas próprias vão realizar nos seus próprios edifícios é no<br />

mínimo estranha esta delegação de competências. -----------------------------------------------<br />

----Assim, quanto a nós, não estão reuni<strong>da</strong>s condições para que estes documentos<br />

sejam votados e aprovados, carecendo mesmo de em primeiro lugar de mais rigor na<br />

definição de quais e onde, as acções se vão realizar e em segundo lugar, de uma<br />

clarificação jurídica sobre a legali<strong>da</strong>de de algumas <strong>da</strong>s rubricas apresenta<strong>da</strong>s. ----------<br />

----A aprovação destes documentos tal como estão pela <strong>Assembleia</strong> Municipal,<br />

reserva-nos o direito de suscitar pelos mecanismos que estão à nossa disposição, a<br />

sua legali<strong>da</strong>de jurídica e politica.”-----------------------------------------------------------------------<br />

----No seguimento <strong>da</strong> sua intervenção apresentou o seguinte requerimento: --------------<br />

----“Tendo em conta as dúvi<strong>da</strong>s legais que subsistem nas Propostas remeti<strong>da</strong>s a esta<br />

<strong>Assembleia</strong> Municipal, para celebrar protocolos de delegações de competências com<br />

as Juntas de Freguesia do Concelho, nomea<strong>da</strong>mente: ------------------------------------------<br />

----1 – Na falta de rigor com que são mencionados um conjunto de intervenção, sem<br />

referenciar concretamente onde e como se realizam essas mesmas intervenções, para<br />

que, em fase posterior exista um cabal acompanhamento, fiscalização e prestação de<br />

contas. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----2 – As rubricas propostas para contratualizar com a Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong><br />

levantam redobra<strong>da</strong>s dúvi<strong>da</strong>s quanto ao seu enquadramento legal, nomea<strong>da</strong>mente<br />

tendo em conta o disposto nos artigos 53º., 64º e 67º <strong>da</strong> lei 169/99 de 18 de<br />

Setembro.------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----3 – A rubrica proposta na alínea b) de despesas de capital a contratualizar com a<br />

Junta de Freguesia do Parchal, levanta dúvi<strong>da</strong>s no que respeita o disposto do artigo<br />

32


66º <strong>da</strong> Lei 169/99, de 18 de Setembro. ---------------------------------------------------------------<br />

----Assim requeiro que: -----------------------------------------------------------------------------------<br />

----1 – Sejam suspensas as votações dos documentos de autorização para delegações<br />

de competências nas Juntas de Freguesia, até ao cabal esclarecimento legal dos<br />

factos aqui levantados; ------------------------------------------------------------------------------------<br />

----2 – Seja solicitado parecer jurídico, que acompanhe as propostas dos respectivos<br />

documentos a delegar nas Juntas de Freguesia do Concelho.”---------------------------------<br />

----A seguir interveio a Senhora. Ana Boto que colocou as seguintes questões: ---------<br />

----Relativamente à proposta de protocolo para a Freguesia de Carvoeiro referiu que a<br />

CDU tinha ficado com algumas dúvi<strong>da</strong>s em relação à aquisição de parcómetros pelo<br />

que solicitava os seguintes esclarecimentos: -------------------------------------------------------<br />

----Qual era o objectivo <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> aquisição? ------------------------------------------------------<br />

----Qual o seu enquadramento legal? -----------------------------------------------------------------<br />

----Quais eram as alternativas de estacionamento em Carvoeiro? ----------------------------<br />

----Qual era o papel do município? ---------------------------------------------------------------------<br />

----No que se referia ao protocolo proposto para Estombar era salutar a medi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

aquisição de construção <strong>da</strong>s ilhas ecológicas na Mexilhoeira <strong>da</strong> Carregação e Calvário<br />

cujo valor indicado era de 42 000,00 euros no entanto, questionava quais os meios<br />

que a referi<strong>da</strong> Junta de Freguesia dispunha para executar a obra.----------------------------<br />

----Em relação à construção <strong>da</strong> sede <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> questionava se<br />

era uma obra <strong>da</strong> Junta financia<strong>da</strong> pela Câmara ou se era uma obra <strong>da</strong> Câmara<br />

executa<strong>da</strong> pela Junta. -------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara prestou esclarecimento relativamente aos<br />

protocolos de delegação de competências a celebrar com as Juntas de Freguesia,<br />

designa<strong>da</strong>mente sobre as obras nos mesmos menciona<strong>da</strong>s, tendo referido que em<br />

relação ao caso concreto <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> a proposta inicial era com<br />

um conjunto de situações que se tinha vindo a apurar que poderia ser de difícil<br />

entendimento relativamente a alguma legali<strong>da</strong>de. No que respeitava ao Plano de<br />

Acessibili<strong>da</strong>des no Edifício <strong>da</strong> Junta de Freguesia do Parchal a Câmara também era<br />

proprietária, pelo que alguém tinha de fazer a obra <strong>por</strong>que tratava-se do interesse<br />

público que a mesma fosse executa<strong>da</strong>. ---------------------------------------------------------------<br />

----Em relação aos parcómetros esclareceu que na sua aquisição teria de ser segui<strong>da</strong><br />

a tramitação processual adequa<strong>da</strong> à aplicação regulamentar que a lei obrigava e que<br />

iria ser desencadea<strong>da</strong> pelos órgãos competentes do município sob proposta <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia com a aprovação do órgão deliberativo respectivo. -----------------------------<br />

----A senhora Ana Boto voltou a intervir para dizer que continuava com dúvi<strong>da</strong>s<br />

33


nomea<strong>da</strong>mente em relação a qual era o papel do município na questão <strong>da</strong> aquisição<br />

dos parcómetros, qual era o objectivo <strong>da</strong> aquisição e quem os iria gerir. Por outro<br />

lado, continuava sem saber se a construção <strong>da</strong> sede <strong>da</strong> Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong><br />

era uma construção <strong>da</strong> Câmara executa<strong>da</strong> pela Junta ou uma obra <strong>da</strong> Junta<br />

financia<strong>da</strong> pela Câmara. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir, o Senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> voltou a usar <strong>da</strong> palavra para apresentar a<br />

seguinte proposta: ------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----“No sentido de tornar possível o acompanhamento regular <strong>por</strong> parte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong><br />

Municipal, <strong>da</strong> execução dos protocolos de delegação de competências, propomos que<br />

a cláusula nona dos protocolos tenha a seguinte re<strong>da</strong>cção: ------------------------------------<br />

----Trimestralmente e no final do ano económico, serão feitas avaliações conjuntas<br />

pelos executivos de ambas as autarquias quanto à execução <strong>da</strong>s matérias<br />

protocola<strong>da</strong>s, <strong>por</strong> forma a <strong>da</strong>r cumprimento, na prática, ao principio do benefício do<br />

interesse público e comum, avaliações essas que serão remeti<strong>da</strong>s para informação e<br />

acompanhamento, à <strong>Assembleia</strong> Municipal, na sequência <strong>da</strong>s informações regulares<br />

que o senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong> presta acerca <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des<br />

Municipais”. ---------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara pronunciou-se sobre a proposta apresenta<strong>da</strong><br />

pelo senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> para dizer que entendia que os protocolos eram<br />

suficientemente previdentes ao cumprimento <strong>da</strong> sugestão aponta<strong>da</strong>, pelo que a<br />

Câmara iria acolher e iria falar com as Juntas de Freguesia no sentido de que<br />

houvesse a máxima transparência, sendo certo que o acompanhamento técnico e<br />

demais estavam previstos no próprio documento. -------------------------------------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação referiu que, naturalmente, percebia a posição do senhor<br />

Presidente <strong>da</strong> Câmara e estava convencido de que os Presidentes de Junta também a<br />

subscreviam <strong>por</strong>que não tinham na<strong>da</strong> a esconder. ------------------------------------------------<br />

----De qualquer forma, e acima de tudo, a sua intervenção ia no sentido de pedir<br />

respeito para com as decisões <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> tendo em conta que a proposta do B.E.<br />

era uma falta de respeito para com aquilo que já tinha sido decidido na <strong>Assembleia</strong>,<br />

uma vez que a referi<strong>da</strong> proposta já tinha sido apresenta<strong>da</strong> no órgão e tinha sido<br />

rejeita<strong>da</strong>, pelo que, não podia agora três meses depois voltar novamente para ser<br />

debati<strong>da</strong>. ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Sobre a referi<strong>da</strong> matéria o Grupo Municipal do PS continuava com a mesma<br />

posição, ou seja, acreditava nos Presidentes de Junta, nas <strong>Assembleia</strong>s de Freguesia,<br />

na <strong>Assembleia</strong> Municipal e na Câmara Municipal e estava desde já disponível para<br />

viabilizar uma proposta de acompanhamento e fiscalização que englobasse não<br />

apenas as Juntas de Freguesia mas o dinheiro saído <strong>da</strong> Câmara delegado também<br />

34


nas Associações. -------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> interveio para dizer que queria informar o senhor Luís<br />

Encarnação que só agora é que estávamos a discutir a delegação de competências e<br />

não há três meses atrás e lembrar que já tinha feito parte de dois executivos de Junta<br />

de Freguesia como responsável pelo pelouro <strong>da</strong>s obras. ----------------------------------------<br />

----A senhora Ana Boto referiu que ia partir do pressuposto que tendo em conta que<br />

pela terceira vez não tinha obtido resposta às perguntas que fazia, era <strong>por</strong>que não se<br />

queria explicar tudo aquilo que se estava a pro<strong>por</strong> nos protocolos e os mesmos não<br />

pasmavam tudo o que deveriam plasmar. -----------------------------------------------------------<br />

----Termina<strong>da</strong>s as intervenções, pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa foi dito que, caso a<br />

proposta <strong>da</strong> Câmara fosse aprova<strong>da</strong>, ficariam prejudicados a proposta e o<br />

requerimento apresentados pelo Bloco de Esquer<strong>da</strong>, uma vez que eram contrários à<br />

proposta <strong>da</strong> Câmara.---------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir, os Protocolos de Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia<br />

foram colocados à votação, tendo-se obtido o seguinte resultado: ----------------------------<br />

-----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia de<br />

Carvoeiro – aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD e 2 votos<br />

contra do BE e <strong>da</strong> CDU; -----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela CDU foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte declaração de voto: ----------------------------------<br />

----“A proposta de Protocolo de Delegação de Competências para 2010 <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Carvoeiro apresenta a aquisição de parcómetros como medi<strong>da</strong> a cumprir<br />

e a CDU entende que esta é totalmente injustifica<strong>da</strong> e penalizadora para a população.<br />

----Atendendo a que o estacionamento já é um problema bastante complexo em<br />

Carvoeiro, pela ausência de espaços com dimensões apropria<strong>da</strong>s, que em medi<strong>da</strong><br />

alguma esta aquisição poderá contribuir para o bem-estar dos munícipes, principais<br />

interessados na matéria, e em na<strong>da</strong> poderá contribuir para o regular funcionamento <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> económica <strong>da</strong> vila, que não há necessi<strong>da</strong>de de os adquirir e implementar em<br />

Carvoeiro, e com a agravante de se abrir um precedente que facilmente deixa antever<br />

a hipótese de aplicação desta medi<strong>da</strong> a outras locali<strong>da</strong>des, a CDU, sendo a favor de<br />

uma acção social e política de melhoria <strong>da</strong>s condições de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s populações e <strong>da</strong><br />

implementação de medi<strong>da</strong>s que permitam a utilização gratuita dos espaços públicos,<br />

não pode ser condescendente com esta proposta e vota CONTRA O Protocolo de<br />

Delegação de Competências para 2010 <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Carvoeiro.”------------<br />

----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia de Estombar<br />

– Aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD, uma abstenção <strong>da</strong><br />

CDU e um voto contra do B.E.; --------------------------------------------------------------------------<br />

35


----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia de<br />

Ferragudo – Aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD, uma<br />

abstenção <strong>da</strong> CDU e um voto contra do BE; --------------------------------------------------------<br />

----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia do Parchal –<br />

Aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD, uma abstenção <strong>da</strong> CDU<br />

e um voto contra do BE. -----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia de Porches –<br />

Aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor do PS e do PSD, uma abstenção <strong>da</strong> CDU<br />

e um voto contra do BE. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Protocolo de Delegação de Competências na Junta de Freguesia de <strong>Lagoa</strong> –<br />

Aprovado <strong>por</strong> maioria com 26 votos a favor do PS, do PSD e <strong>da</strong> CDU e um voto contra<br />

do BE. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela CDU foi apresenta<strong>da</strong> a seguinte Declaração de Voto: ---------------------------------<br />

----“Sendo uma questão forte de análise <strong>da</strong> CDU, a delegação de competências nas<br />

juntas de freguesia e a base de princípios com que esta medi<strong>da</strong> protocolar se<br />

estabelece entre as diferentes enti<strong>da</strong>des do município é <strong>da</strong> maior premência na gestão<br />

<strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de e bom funcionamento <strong>da</strong>s acções de uma autarquia. --------------------------<br />

----Desta forma, é devastador para uma medi<strong>da</strong> de tal coerência e necessi<strong>da</strong>de a<br />

continui<strong>da</strong>de teimosa e indiferente de erros nas atribuições e nas competências<br />

delega<strong>da</strong>s, assim como é inadmissível o descaramento com que se reduzem estes<br />

protocolos a meras montras de cláusulas e rubricas a encetar e efectivar, pela câmara<br />

e com os fundos <strong>da</strong> câmara, quando, em protocolos propostos e votados, se lêem as<br />

acções delega<strong>da</strong>s nas juntas de freguesia que elas as cumpram: os protocolos de<br />

delegação de competências NÃO são, nem podem ser, simples e descara<strong>da</strong>mente<br />

feitos para, legalmente e seguidos os procedimentos protocolares estabelecidos,<br />

atribuir verbas às juntas de freguesia para o pagamento de despesas e investimentos<br />

fora do âmbito <strong>da</strong>s delegações feitas à parti<strong>da</strong>. Mais, rores de rubricas de pintura de<br />

muros e limpeza de valetas, manutenção de pavimentos e erguer de paredes são<br />

consecutivamente a justificação de verbas avulta<strong>da</strong>s aos orçamentos <strong>da</strong>s juntas,<br />

dinheiro saído directamente dos bolsos dos munícipes, para, de segui<strong>da</strong>, ser a própria<br />

câmara a cumprir as obras e limpezas, com funcionários e verbas próprias, quando à<br />

parti<strong>da</strong> já procedeu ao despacho do dinheiro para as juntas exactamente para (não) as<br />

fazerem <strong>por</strong> elas próprias. Uma vergonha injustificável. -----------------------------------------<br />

----Ora, o <strong>presente</strong> protocolo de delegação de competências que a Junta de Freguesia<br />

de <strong>Lagoa</strong> e a Câmara Municipal se propõem fazer é exactamente o oposto do que foi<br />

referido. Conciso, simples e directo, explana, <strong>por</strong> exemplo, um programa de combate<br />

ao sedentarismo e solidão, medi<strong>da</strong>, aliás, que a CDU vê com agrado e interesse e não<br />

36


se privará de seguir o an<strong>da</strong>mento e constatar a sua implementação. Não existem,<br />

neste protocolo, camufla<strong>da</strong>s intenções de receber dinheiro para obras e acções que<br />

não sejam efectua<strong>da</strong>s pela própria junta; não existem listas vazias de justificação às<br />

verbas a contratualizar. ------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Por todos os referidos motivos, a CDU quer deixar clara a sua posição favorável a<br />

este protocolo, pela sua diferença e coerente intenção, votando A FAVOR desta<br />

proposta de Protocolo de Delegação de Competências para 2010 <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de <strong>Lagoa</strong>.”---------------------------------------------------------------------------------------<br />

SÉTIMO PONTO – GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O ANO DE 2010 –<br />

MAPA DE PESSOAL DO MUNICÍPIO DE LAGOA. ----------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o ofício nº 19 035, de 13 de Abril do corrente ano, <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de <strong>Lagoa</strong>, remetendo cópia de parte <strong>da</strong> acta <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> realiza<strong>da</strong> no dia 12<br />

do mesmo mês, bem como o Mapa de Pessoal do Município de <strong>Lagoa</strong>. --------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação referiu que queria deixar apenas uma sugestão para o<br />

próximo ano. O Mapa de Gestão de Recursos Humanos para 2010 tinha de facto um<br />

mapa de pessoal e a seguir tinha um trabalho exaustivo de análise de to<strong>da</strong>s as<br />

funções existentes na Câmara. Assim, sugeria, uma vez que era pouco credível que<br />

algumas destas funções se viessem a alterar no próximo ano que, aquando <strong>da</strong><br />

aprovação do próximo orçamento e mapa de pessoal, não viesse a análise de funções<br />

que entretanto não tivessem sofrido alterações. No mesmo sentido sugeria que, neste<br />

ponto viesse incluído o balanço social o qual era obrigatório. ----------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Câmara disse que naturalmente as sugestões referi<strong>da</strong>s<br />

pelo Senhor Luís Encarnação seriam acolhi<strong>da</strong>s. Esclareceu também que no ano<br />

transacto e neste ano estávamos numa situação que devido à legislação que tinha<br />

saído tinha obrigado os municípios a fazerem os mapas de pessoal, contudo, essa<br />

mesma legislação tinha revogado o diploma que regulava a estrutura orgânica. As<br />

Câmaras eram obriga<strong>da</strong>s a fazerem até 31 de Dezembro do corrente ano o novo<br />

organograma e, <strong>por</strong>tanto, este tipo de documento ia-se sedimentando no respeito pela<br />

legislação aplicável que estava a sair de forma gradual o que implicava que houvesse<br />

um processo de a<strong>da</strong>ptação às próprias normas legais de funcionamento. ------------------<br />

----Dado que mais nenhum membro pretendeu usar <strong>da</strong> palavra, a proposta do Mapa<br />

de Pessoal do Municipio de <strong>Lagoa</strong>, foi coloca<strong>da</strong> à votação, tendo a <strong>Assembleia</strong><br />

deliberado <strong>por</strong> maioria, com 12 votos a favor do PSD e do BE e 15 abstenções do PS<br />

e <strong>da</strong> CDU, aprová-la. ---------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Sendo 24 horas, <strong>por</strong> proposta do Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>, a<br />

37


<strong>Assembleia</strong> Municipal <strong>deliberou</strong>, <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de, continuar os trabalhos <strong>da</strong> <strong>presente</strong><br />

sessão <strong>por</strong> mais uma hora. -------------------------------------------------------------------------------<br />

OITAVO PONTO – DESIGNAÇÃO DE QUATRO CIDADÃOS PARA INTEGRAREM O<br />

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA. ------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o ofício nº 18 805 de 7 de Abril do corrente ano, <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

de <strong>Lagoa</strong>, solicitando a indicação do nome e endereço dos ci<strong>da</strong>dãos designados <strong>por</strong><br />

esta <strong>Assembleia</strong> que irão fazer parte do Conselho Municipal de Segurança, em<br />

conformi<strong>da</strong>de com o estabelecido na alínea) x do artº. 3º do Regulamento do citado<br />

Conselho.------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pelo Senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa foi solicitado aos Grupos Municipais a indicação<br />

dos nomes dos ci<strong>da</strong>dãos, para integrarem o Conselho Municipal de Segurança, tendo<br />

sido apresentados as seguintes Propostas: ---------------------------------------------------------<br />

----Pelos Grupos Municipais do PS e PSD, foi apresenta<strong>da</strong> uma proposta conjunta com<br />

os seguintes nomes: ---------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Prof. José Benvindo dos Reis Santos; ------------------------------------------------------------<br />

----José Ilídio <strong>da</strong> Silva Santos; ---------------------------------------------------------------------------<br />

----Prof. João José Prudêncio Cabrita Nunes; -------------------------------------------------------<br />

----Luís António Pimenta. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela CDU foi proposto o nome do Senhor João António Tomé; ----------------------------<br />

----Pelo BE não foi proposto qualquer ci<strong>da</strong>dão. -----------------------------------------------------<br />

----No seguimento deu-se lugar a uma troca de opiniões sobre o assunto tendo-se<br />

verificado às seguintes intervenções: ------------------------------------------------------------------<br />

----A Senhora Ana Boto no uso <strong>da</strong> palavra pronunciou-se sobre o texto <strong>da</strong> alínea x)<br />

do artigo 3º. do Regulamento do Conselho Municipal de Segurança para salientar que<br />

tendo sido apresenta<strong>da</strong> uma proposta conjunta do pelo PS e PSD na qual constava<br />

dois nomes do PS e nomes do PSD ficava uma questão <strong>por</strong>que não tinha sido<br />

contacta<strong>da</strong> nem a CDU nem o B.E. para que fosse encontra<strong>da</strong> uma proposta que<br />

compreendesse os quatro Grupos Municipais representados na <strong>Assembleia</strong> Municipal.<br />

Nesse sentido, achava que deveria haver uma proposta consensual mas que<br />

compreendesse as forças políticas com assento na <strong>Assembleia</strong> Municipal. ----------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação referiu-se à intervenção <strong>da</strong> senhora Ana Boto para<br />

dizer que a referi<strong>da</strong> deputa<strong>da</strong> não tinha lido tudo o que estava contemplado na alínea)<br />

x) do artº. 3º. do Regulamento que na sua parte final dizia segundo o principio <strong>da</strong><br />

representativi<strong>da</strong>de. O termo representativi<strong>da</strong>de significava tão só o man<strong>da</strong>to que era<br />

conferido pelos eleitores e os eleitores para a <strong>Assembleia</strong> Municipal de <strong>Lagoa</strong> tinham<br />

eleito claramente onze deputados do PSD e 9 deputados do PS que com as inerências<br />

38


tínhamos a participação de 14 membros do PS e 11 do PSD, 1 <strong>da</strong> CDU e 1 do B.E..<br />

Tinham ain<strong>da</strong> tido o cui<strong>da</strong>do de que fosse constituí<strong>da</strong> e apresenta<strong>da</strong> uma proposta<br />

que fosse abrangente e que fosse de todos os Grupos Municipais tendo abor<strong>da</strong>do<br />

para o efeito no início <strong>da</strong> sessão quer a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto quer o senhor<br />

deputado Aníbal Almei<strong>da</strong> no sentido de perguntar se subscreviam a proposta.------------<br />

----Novamente no uso <strong>da</strong> palavra a senhora Ana Boto referiu-se a uma frase referi<strong>da</strong><br />

pelo senhor Luís Encarnação “que se cumpra a lei” que se cumpra a democracia”.<br />

Conhecia a pessoa que tinha elaborado o regulamento do Conselho Municipal de<br />

Segurança e garantia que a representativi<strong>da</strong>de que estava expressa no documento<br />

tinha a ver exclusivamente com a representativi<strong>da</strong>de dos votos <strong>da</strong>s pessoas que<br />

elegeram os deputados de todos os Grupos Municipais e não com questões de disputa<br />

política. --------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Em seu entender, a representativi<strong>da</strong>de neste órgão tinha a ver única e<br />

exclusivamente com o facto de ter quatro pessoas idóneas e existindo três propostas<br />

do PS do PSD e <strong>da</strong> CDU e existia uma proposta <strong>da</strong> CDU com uma pessoa para<br />

integrar o Conselho Municipal de Segurança, precisamente <strong>por</strong>que essa<br />

representativi<strong>da</strong>de também os representava. -------------------------------------------------------<br />

----Conclui dizendo que deixava claro que se estava a parti<strong>da</strong>rizar a questão e que <strong>por</strong><br />

parte <strong>da</strong> CDU tinha sido referido que tendo em conta que existiam duas propostas,<br />

que fosse feita uma nova proposta em que englobasse as três propostas para que se<br />

cumprisse a representativi<strong>da</strong>de menciona<strong>da</strong> no artigo 3º. Do Regulamento do<br />

Conselho Municipal de Segurança. --------------------------------------------------------------------<br />

----Após as intervenções <strong>da</strong> senhora Ana Boto e do Senhor Luís Encarnação em que<br />

os referidos deputados expressaram opiniões diferentes acerca <strong>da</strong> interpretação <strong>da</strong><br />

alínea x) do nº 3 do Regulamento, o senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> esclareceu<br />

que a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto tinha todos os direitos e que a proposta <strong>da</strong> CDU iria<br />

ser vota<strong>da</strong> <strong>da</strong> mesma forma como a proposta conjunta do PS e do PSD, não tinha era<br />

o direito de com um voto querer ter o mesmo direito <strong>da</strong>queles que tinham 13 ou 14<br />

votos. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Aníbal Almei<strong>da</strong> interveio para dizer que também não tinha lógica<br />

nenhuma tanto a deputa<strong>da</strong> <strong>da</strong> CDU como o deputado do B.E. entrarem nesta sala e o<br />

senhor Luís Encarnação, membro <strong>da</strong> banca<strong>da</strong> do PS pedisse para subscrever a<br />

proposta conjunta do PS e do PSD sem anteriormente ter contactado os referidos<br />

grupos municipais, no fundo estavam os dois feitos. ----------------------------------------------<br />

----A seguir, foram constituí<strong>da</strong>s duas listas com a seguinte designação: --------------------<br />

----Lista A – Proposta <strong>da</strong> CDU; --------------------------------------------------------------------------<br />

----Lista B – Proposta conjunta do PS e PSD. -------------------------------------------------------<br />

39


----Procedendo-se à votação <strong>por</strong> escrutino secreto, obteve-se o seguinte resultado: ----<br />

----Lista A ……………………………………………………………………………… 2 votos;<br />

----Lista B……………………………………………………………………………... 25 votos.<br />

----Considerando o resultado obtido, foram eleitos para integrarem o Conselho<br />

Municipal de Segurança os seguintes ci<strong>da</strong>dãos: ---------------------------------------------------<br />

----Prof. José Benvindo dos Reis Santos; ------------------------------------------------------------<br />

----José Ilídio <strong>da</strong> Silva Santos; ---------------------------------------------------------------------------<br />

----Prof. João José Prudêncio Cabrita Nunes; -------------------------------------------------------<br />

----Luís António Pimenta. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

NONO PONTO – DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTES PARA INTEGRAREM A<br />

COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA. ---------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o oficio nº 15 502 de 30 de Março, <strong>da</strong> Câmara Municipal de <strong>Lagoa</strong>,<br />

solicitando a indicação dos nomes dos representantes <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal para<br />

integrarem a Comissão Municipal de Toponímia do Concelho de <strong>Lagoa</strong>. -------------------<br />

----Considerando que de acordo com a alínea c) do nº 1 do artigo 7º. do Regulamento<br />

Municipal de Toponímia e Numeração de Policia integram a aludi<strong>da</strong> Comissão um<br />

representante de ca<strong>da</strong> força politica com assento na <strong>Assembleia</strong> Municipal, foi<br />

solicitado aos Grupos Municipais a indicação dos seus representantes, tendo para o<br />

efeito sido apresentados os seguintes nomes: ------------------------------------------------------<br />

----Pelo Grupo Municipal do PSD – Francisco António <strong>da</strong> Conceição Ramos; -------------<br />

----Pelo Grupo Municipal do PS – Engº. José Joaquim Barroso Alves Pinto; ---------------<br />

----Pela CDU – Ana Catarina Fernandes Boto; -----------------------------------------------------<br />

----Pelo BE – Aníbal dos Santos Almei<strong>da</strong>. ------------------------------------------------------------<br />

DÉCIMO PONTO – DESIGNAÇÃO DE QUATRO CIDADÃOS ELEITORES PARA<br />

INTEGRAREM A COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DO<br />

CONCELHO DE LAGOA, NOS TERMOS DO ARTº. 17º., ALÍNEA L) E 26º DA LEI Nº<br />

147/99 DE 1 DE SETEMBRO. --------------------------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> o ofício nº 66 de 12 de Fevereiro último, <strong>da</strong> CPCJ – Comissão de<br />

Protecção de Crianças e Jovens de <strong>Lagoa</strong>, solicitando a designação de quatro<br />

ci<strong>da</strong>dãos eleitores para integrarem a aludi<strong>da</strong> Comissão de Protecção de Crianças e<br />

Jovens do Concelho de <strong>Lagoa</strong>, no man<strong>da</strong>to de 2010/2012. -------------------------------------<br />

----Solicita<strong>da</strong> a indicação de nomes de ci<strong>da</strong>dãos para integrarem a aludi<strong>da</strong> Comissão,<br />

pelos Grupos Municipais do PS e PSD foi apresenta<strong>da</strong> uma proposta conjunta com os<br />

seguintes nomes: -------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Drª. Carla Maria Fonseca Tomás; ------------------------------------------------------------------<br />

40


----Drª. Lina Teresa Martins Amaro dos Santos Neto; ---------------------------------------------<br />

----Drª. Maria de Fátima Valdire Silva Lopes; --------------------------------------------------------<br />

----Drª. Ana Maria Arrobe Vieira. ------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela CDU e BE não foram propostos qualquer ci<strong>da</strong>dão. -------------------------------------<br />

----A seguir, foi constituí<strong>da</strong> uma lista única com a seguinte designação: --------------------<br />

----Lista A – Proposta conjunta do PS e do PSD. --------------------------------------------------<br />

----Procedendo-se à votação <strong>por</strong> escrutínio secreto, obteve-se o seguinte resultado: ---<br />

----Lista A ……………………………………………………………………….…… 25 votos;<br />

----Brancos……………………………………………………………………………… 1 voto;<br />

----Nulo …………….……………………………………………………………………. 1 voto.<br />

----Considerando o resultado obtido, foram eleitas para integrarem a Comissão de<br />

Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de <strong>Lagoa</strong> as seguintes ci<strong>da</strong>dãs<br />

eleitoras: -------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Drª. Carla Maria Fonseca Tomás; ------------------------------------------------------------------<br />

----Drª. Lina Teresa Martins Amaro dos Santos Neto; ---------------------------------------------<br />

----Drª. Maria de Fátima Valdire Silva Lopes; --------------------------------------------------------<br />

----Drª. Ana Maria Arrobe Vieira. ---------------------------------------------------------------------<br />

DÉCIMO PRIMEIRO PONTO – DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO REGIMENTO DA<br />

ASSEMBLEIA MUNICIPAL. -----------------------------------------------------------------------------<br />

----Foi <strong>presente</strong> a proposta de revisão do Regimento <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal,<br />

elabora<strong>da</strong> pela Mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>, o<strong>por</strong>tunamente distribuí<strong>da</strong> a todos os senhores<br />

deputados municipal, bem como a Nota Justificativa que a acompanhava, documentos<br />

que se dão como reproduzidos, ficando a fazer parte integrante <strong>da</strong> minuta desta acta. -<br />

----Pelo Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> foi dito, que na proposta tinham sido<br />

considera<strong>da</strong>s na medi<strong>da</strong> em que a Mesa tinha entendido pertinentes as propostas<br />

apresenta<strong>da</strong>s pelos Grupos Municipais e aquilo que propunha como metodologia de<br />

abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s matérias, era que fosse seguido o guião <strong>da</strong> Nota Justificativa<br />

distribuí<strong>da</strong> junto à proposta. ------------------------------------------------------------------------------<br />

----Inicia<strong>da</strong> a discussão deste ponto, foi concedi<strong>da</strong> a palavra à Senhora Ana Boto<br />

para dizer que de acordo com os artigos 66º. e 13º al) q) do Regimento em vigor, no<br />

que tocava aos direitos dos membros <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal de pro<strong>por</strong>em<br />

alterações do Regimento e, uma vez que a CDU também tinha apresentado dentro do<br />

prazo que tinha sido pedido to<strong>da</strong>s as alterações que tinha <strong>por</strong> necessárias ao<br />

regimento, ain<strong>da</strong> que fosse seguido o guião que a Mesa tinha proposto quando<br />

existissem artigos anteriores aos que a Mesa pretendia alterar tinha o direito de fazer<br />

discutir também as alterações propostas pela CDU.-----------------------------------------------<br />

41


----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> respondeu à questão coloca<strong>da</strong> dizendo que<br />

a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto teria todo o direito de apresentar as suas propostas mas<br />

que iria ser procurado respeitar os tempos que estavam atribuídos a ca<strong>da</strong> grupo.<br />

Esclareceu ain<strong>da</strong>, que a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto tinha apresentado sugestões<br />

para a proposta <strong>da</strong> Mesa. Porém, aquelas que não tinham sido contempla<strong>da</strong>s<br />

poderiam voltar a apresentar em relação àquilo que considerasse pertinente. ------------<br />

----O Senhor Dr. Luís Vieira pediu esclarecimento se iria ser inicia<strong>da</strong> a discussão <strong>da</strong><br />

proposta ponto <strong>por</strong> ponto ou se ca<strong>da</strong> grupo iria fazer uma apreciação global. -------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa respondeu à questão coloca<strong>da</strong> que a discussão <strong>da</strong><br />

proposta iria ser feita <strong>da</strong> maneira como os senhores deputados entendessem. -----------<br />

----A seguir, <strong>por</strong> consenso de todos os senhores deputados foi inicia<strong>da</strong> a discussão <strong>da</strong><br />

proposta de revisão do regimento <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal de <strong>Lagoa</strong> seguindo o<br />

ordenamento apresentado na Nota Justificativa do seguinte modo ---------------------------<br />

--– Alterações que correspondem a meras correcções de natureza linguística: -----------<br />

----Pontos 1, 5, 9, 20, 26, 34, 35 e 43 <strong>da</strong> proposta. ------------------------------------------------<br />

----A Senhora Ana Boto re<strong>por</strong>tou-se ao artigo 48º, nº 5 tendo <strong>da</strong>do conhecimento do<br />

texto <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> CDU que era o seguinte: “as certidões <strong>da</strong>s actas eram passa<strong>da</strong>s<br />

pelo Presidente <strong>da</strong> Mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal o qual podia delegar essa função<br />

num dos secretários dentro dos oito dias seguintes à entra<strong>da</strong> do requerimento,<br />

podendo as mesmas serem substituí<strong>da</strong>s <strong>por</strong> fotocópias autentica<strong>da</strong>s. ----------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> esclareceu que o Presidente <strong>da</strong> Mesa podia<br />

delegar dentro dos oito dias e não podia passar dentro dos oito dias <strong>por</strong> isso, é que<br />

não podia ser acolhi<strong>da</strong> a proposta <strong>da</strong> CDU. ---------------------------------------------------------<br />

----Da<strong>da</strong> a divergência de interpretação entre a senhora Ana Boto e a Mesa acerca do<br />

artigo 48º., nº 5, o ponto 35 <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> Mesa foi colocado a votação tendo a<br />

<strong>Assembleia</strong> deliberado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor e dois votos contra <strong>da</strong> CDU e<br />

do B.E. aprová-lo.--------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir os restantes pontos do grupo I <strong>da</strong> Nota Justificativa foram colocados à<br />

votação tendo sido aprovados com 26 votos a favor e uma abstenção do B.E.------------<br />

----Novamente no uso <strong>da</strong> palavra, a Senhora Ana Boto pronunciou-se sobre a alínea f),<br />

nº 1 do artº. 13º do Regimento para pro<strong>por</strong> que fosse acolhi<strong>da</strong> a sua proposta no<br />

sentido de em vez de pro<strong>por</strong> a “aprovação ou rejeição” que constasse os termos<br />

“aprovar ou rejeitar” e alterar a referência “Plano Plurianual de Investimentos” para<br />

“Opções do Plano”.------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Coloca<strong>da</strong> à votação, a proposta apresenta<strong>da</strong> pela CDU foi aprova<strong>da</strong> <strong>por</strong><br />

unanimi<strong>da</strong>de. -------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----A seguir o Grupo II – Alterações que correspondem a ajustamentos à legislação em<br />

42


vigor: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pontos 6, 7, 14, 25 e 27 <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> Mesa - Colocados à votação, foram<br />

aprovados <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------------------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 8 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de.------------<br />

----Pontos 10, 11, 21 e 22 <strong>da</strong> proposta. ---------------------------------------------------------------<br />

----Pelo Senhor Dr. Luís Vieira Dias foi dito que em relação aos referidos pontos a<br />

proposta do PSD era que, em vez de constar membros <strong>da</strong> Câmara Municipal nos<br />

artigos a que os referidos pontos diziam respeito, e muito embora seja a designação<br />

legal a Câmara não tinha membros mas sim vereadores e Presidente. Assim, a<br />

proposta seria requerer ao órgão executivo e ao seu presidente, em vez de constar<br />

membros <strong>da</strong> Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------<br />

----Colocados à votação os pontos 10, 11, 21 e 22 foram aprovados <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de,<br />

com as alterações propostas pelo senhor Dr. Luís Vieira Dias. --------------------------------<br />

----Ponto 12 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 15 <strong>da</strong> proposta - Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

---Ponto 44 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

----Grupo III – Outras alterações: -----------------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 2 <strong>da</strong> proposta. -----------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Prof. José Benvindo em relação a este ponto questionou o que é que<br />

podíamos considerar uma activi<strong>da</strong>de profissional inadiável. ------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> esclareceu que o regimento actual era<br />

demasiado rígido e se fosse levado a peito haviam muitas ausências que seriam<br />

injustificáveis pelo que, no fundo, a alteração ia de encontro àquilo que tem sido a<br />

prática, ou seja, ninguém tem levantado objecção em matéria de substituições. ----------<br />

----A seguir, o ponto 2 <strong>da</strong> proposta foi colocado à votação tendo a <strong>Assembleia</strong><br />

deliberado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de aprová-lo. ---------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 3 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ------------<br />

----Ponto 4 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de, devendo<br />

ser substituído no corpo do artigo 5º., nº 2 as palavras suspensão do man<strong>da</strong>to <strong>por</strong><br />

substituição. --------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 13 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 16 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 17 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

----Ponto 18 <strong>da</strong> proposta-----------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Dr. Luís Vieira Dias pronunciou-se sobre o ponto 18 para sugerir que o<br />

artigo 21º, nº 1 ficasse com a seguinte re<strong>da</strong>cção: “A Mesa é eleita <strong>por</strong> votação<br />

uninominal ou <strong>por</strong> listas apresenta<strong>da</strong> pelos Grupos Municipais, ficando a restante<br />

43


e<strong>da</strong>cção como estava menciona<strong>da</strong> no artigo. ------------------------------------------------------<br />

----A Senhora Ana Boto referiu que se esta <strong>Assembleia</strong> queria regulamentar neste<br />

regimento a decisão se <strong>por</strong> lista ou se uninominal era preciso não esquecer que<br />

estávamos a falar de uma hipótese que já não cabia à actual <strong>Assembleia</strong>, mas<br />

eventualmente de um novo man<strong>da</strong>to de novos membros numa nova eleição e, nesse<br />

sentido, havia que garantir a democratici<strong>da</strong>de dessa eleição e, <strong>por</strong> lista de alguma<br />

forma limitava a possibili<strong>da</strong>de de alguém que tivesse só um deputado ou 10 deputados<br />

apresentar um lista de 3 deputados, pelo que devia ser um acto democrático desta<br />

<strong>Assembleia</strong> Municipal estabelecer já neste regimento que era <strong>por</strong> uninominal, <strong>por</strong>que a<br />

votação de pessoas era <strong>por</strong> escrutínio secreto e uninominal não tendo lógica ser<br />

doutra forma.--------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> respondeu que o que não tinha lógica era o<br />

que a senhora deputa<strong>da</strong> Ana Boto tinha referido, ou seja, não haveria no País<br />

nenhuma eleição que não fosse uninominal a começar pela eleição <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong><br />

Municipal. No <strong>presente</strong> caso havia um avanço em relação ao anterior regimento em<br />

que era referido que a votação era só <strong>por</strong> lista. ----------------------------------------------------<br />

----Colocado o ponto 18 <strong>da</strong> proposta à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 19 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 23 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

----Ponto 24 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

----Ponto 28 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -----------<br />

----Ponto 29 <strong>da</strong> proposta. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

----Sobre este ponto registaram-se as seguintes intervenções: --------------------------------<br />

----A Senhora Ana Boto sugeriu que fosse substituí<strong>da</strong> a palavra sessões <strong>por</strong> reuniões<br />

no corpo do artigo 36, nº 1, <strong>por</strong>que caso contrário, estaria a ser limita<strong>da</strong> a intervenção<br />

do público ao inicio de uma sessão, tendo em conta que uma sessão tinha várias<br />

reuniões. ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> esclareceu que as reuniões quando<br />

transitavam de um dia para o outro eram para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de à ordem de trabalhos e<br />

a intervenção do público tinha lugar antes <strong>da</strong> ordem de trabalhos. ---------------------------<br />

----Novamente no uso <strong>da</strong> palavra, a Senhora Ana Boto colocou a hipótese caso a<br />

<strong>reunião</strong> <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> transitasse para duas semanas depois os ci<strong>da</strong>dãos que tinham<br />

vindo anteriormente poderiam vir à <strong>reunião</strong> seguinte e terem novos assuntos para<br />

trazerem à <strong>Assembleia</strong> Municipal. ----------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>, esclareceu que as normas legais a que a<br />

<strong>Assembleia</strong> estava sujeita diziam que o público tinha direito a intervir num determinado<br />

momento de ca<strong>da</strong> sessão e depois entravasse na ordem de trabalhos. Quando a<br />

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ordem de trabalhos não se esgotava passava para o outro dia e, nesse caso, não<br />

voltava ao ponto antes <strong>da</strong> ordem de trabalhos mas sim na própria ordem de trabalhos.<br />

----A Senhora Ana Boto voltou a intervir para dizer que a própria lei era omissa nesse<br />

sentido e referia reuniões e se mencionava reuniões era para garantir que houvesse<br />

um período <strong>da</strong> ordem de trabalhos, pelo que, em sua opinião, podia haver um período<br />

antes <strong>da</strong> ordem do dia em ca<strong>da</strong> <strong>reunião</strong>. -------------------------------------------------------------<br />

----Após discussão <strong>da</strong> re<strong>da</strong>cção do artº. 36º., nº 1, o ponto 29 <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> Mesa foi<br />

colocado à votação, tendo sido aprovado <strong>por</strong> maioria com 25 votos a favor, uma<br />

abstenção do B.E. e um voto contra <strong>da</strong> CDU. -------------------------------------------------------<br />

----Ponto 30 <strong>da</strong> proposta. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

----Relativamente a este ponto registaram-se as seguintes intervenções: -------------------<br />

----A Senhora Ana Boto re<strong>por</strong>tou-se à re<strong>da</strong>cção do artº. 36º, nº 2 para dizer que o<br />

público podia ter uma questão do ponto que tinha partido naquele preciso dia e tinha<br />

aquele espaço para vir discutir e chamar a atenção que um determinado assunto não<br />

tinha sido resolvido e não tinha necessariamente de se cingir a nossa própria ordem<br />

de trabalhos. -------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pelo Senhor Pedro Lobato foi dito que se havia uma <strong>reunião</strong> extraordinária só era<br />

extraordinária para um determinado assunto, ou seja, só era marca<strong>da</strong> para uma<br />

determina<strong>da</strong> ordem de trabalhos. Se fosse aberta esta questão pensava que os<br />

deputados municipais ficavam em desvantagem, <strong>por</strong>que como não tinham período<br />

antes <strong>da</strong> ordem do dia nenhum deles podia falar. -------------------------------------------------<br />

----Colocado à votação o ponto 30 <strong>da</strong> proposta, foi aprovado <strong>por</strong> maioria, com 25 votos<br />

a favor, um voto contra <strong>da</strong> CDU e uma abstenção do B.E. --------------------------------------<br />

----Ponto 31 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 32 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 33 <strong>da</strong> proposta-----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Pela Senhora Ana Boto foi pedido esclarecimento relativamente a este ponto,<br />

designa<strong>da</strong>mente, se alguém entregasse o seu pedido de substituição depois <strong>da</strong><br />

convocatória ter sido feita. --------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> respondeu que quando era feita a agen<strong>da</strong><br />

era incluído um ponto que previa a possibili<strong>da</strong>de de aparecer o pedido de substituição.<br />

----Colocado à votação, o ponto 33 <strong>da</strong> proposta foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 36 <strong>da</strong> proposta. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Dr. Luís Vieira Dias propôs que no texto do artº. 48º., nº 7 passasse a<br />

constar: Que as actas serão publica<strong>da</strong>s no <strong>por</strong>tal <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> e podem ser<br />

publica<strong>da</strong>s no <strong>por</strong>tal <strong>da</strong> Câmara Municipal. ----------------------------------------------------------<br />

----Colocado à votação, o ponto 36 <strong>da</strong> proposta com as alterações propostas pelo<br />

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senhor Dr. Luís Vieira Dias foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. -------------------------------------<br />

----Pontos 37, 38, 39, 40 e 41 <strong>da</strong> proposta. ----------------------------------------------------------<br />

----Relativamente aos referidos pontos, deu-se lugar às seguintes intervenções: ---------<br />

-----O Senhor Dr. Luís Vieira Dias referiu que em relação ao ponto 37 – artº. 52, na<br />

questão <strong>da</strong>s Comissões seria conveniente que o número fosse impar e, <strong>por</strong>tanto, se<br />

fosse colocado entre 3 a 7 membros já contemplava 4 e já permitia que nas<br />

Comissões o número fosse impar. ---------------------------------------------------------------------<br />

----A Senhora Ana Boto referiu que a proposta apresenta<strong>da</strong> pela CDU resolvia a<br />

questão relativa ao artigo 52º. <strong>por</strong>que não só propunha a divisão do artigo 52 em 3<br />

artigos diferentes, nomea<strong>da</strong>mente o 1º para delegação com um número de 2 membros<br />

no máximo 1 preferivelmente representante <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>. Um ponto para Comissões<br />

e Grupos de Trabalho mesmo pela sua questão <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de activi<strong>da</strong>de de<br />

construção e decisão de alguma coisa. Noutros números já não eram 2 ou 1<br />

preferencialmente mas sim 5 elementos ordinariamente e extraordinariamente<br />

mediante a complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s questões a tratar ou <strong>da</strong> própria necessi<strong>da</strong>de do assunto,<br />

e extraordinariamente 7 elementos, o que <strong>da</strong>va para que os Grupos Municipais do PS<br />

e PSD tivessem 2 elementos <strong>por</strong> ca<strong>da</strong> grupo na constituição de uma Comissão. --------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> propôs como forma de ultrapassar a<br />

situação referi<strong>da</strong> pelos senhores deputados Dr. Luís Dias e Ana Boto, que fosse<br />

incluído outro número no artº. 52 com a seguinte re<strong>da</strong>cção: “As Comissões terão<br />

sempre um número impar de membros”. -------------------------------------------------------------<br />

----A seguir, o Ponto 37 <strong>da</strong> proposta com a introdução de mais um número no artº. 52<br />

com a re<strong>da</strong>cção proposta pelo Senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa foi colocado à votação,<br />

tendo sido aprovado <strong>por</strong> maioria, com 25 votos a favor 1 voto contra <strong>da</strong> CDU e uma<br />

abstenção do B.E.-------------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 38 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> maioria, com 14<br />

votos a favor do PS e 13 votos contra do PSD, <strong>da</strong> CDU e do B.E..----------------------------<br />

----Pontos 39 e 40 <strong>da</strong> proposta.--------------------------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Dr. Luís Vieira Dias relativamente a estes pontos, pronunciou-se sobre<br />

a re<strong>da</strong>cção do artº 53º para dizer que o PSD concor<strong>da</strong>va quanto à constituição, mas<br />

entendiam que o funcionamento de uma comissão não devia depender <strong>da</strong> deliberação<br />

<strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

----Após os esclarecimentos prestados pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa, os pontos 39<br />

e 40 <strong>da</strong> proposta foram colocados à votação, tendo sido aprovados <strong>por</strong> maioria, com<br />

duas abstenções do B.E. e <strong>da</strong> CDU. -------------------------------------------------------------------<br />

----Ponto 41 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

----Ponto 42 <strong>da</strong> proposta – Colocado à votação, foi aprovado <strong>por</strong> unanimi<strong>da</strong>de. ----------<br />

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----Termina<strong>da</strong> a discussão e aprovação <strong>da</strong> proposta de Revisão do Regimento <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong> Municipal de <strong>Lagoa</strong>, pelo senhor Presidente <strong>da</strong> Mesa foi perguntado se os<br />

senhores deputados do PSD queriam reformular a questão que tinham colocado em<br />

relação à designação de membros ou deputados. -------------------------------------------------<br />

----O Senhor Professor José Benvindo referiu que no ponto 13 do documento que<br />

tinham acabado de aprovar aparecia a nomenclatura de membro. Quando lhe tinham<br />

convi<strong>da</strong>do para fazer parte deste órgão tinha tentado dentro do possível recolher to<strong>da</strong><br />

documentação de su<strong>por</strong>te não tendo encontrado em lado nenhum a designação de<br />

deputado. Também na sua vi<strong>da</strong> activa, tinha li<strong>da</strong>do com muita legislação e não tinha<br />

encontrado a referi<strong>da</strong> designação. Contudo, talvez fosse provável que o nome de<br />

deputado figurasse nalgum documento que não tivesse consultado. A informação que<br />

tinha de algumas pessoas que tinham feito parte deste órgão no último man<strong>da</strong>to é que<br />

tinham aplicado a nomenclatura de deputado de modo a dignificar o órgão. ---------------<br />

----Em sua opinião, achava que este órgão como todos deviam ser altamente<br />

dignificados <strong>por</strong>que representavam as pessoas que os tinham eleito. Por outro lado<br />

pensava que estar a adoptar um nome para o qual não existia su<strong>por</strong>te legal o efeito<br />

poderia ser ao contrário. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

----Tendo como principio básico na administração pública que nem na<strong>da</strong> nem ninguém<br />

poderia estar a cima <strong>da</strong> Lei e estando convicto <strong>da</strong>quilo que estava a dizer propunha à<br />

Mesa e à <strong>Assembleia</strong> Municipal que reconsiderassem a situação <strong>da</strong> designação dos<br />

deputados e dos membros. ------------------------------------------------------------------------------<br />

----Terminou dizendo que não via de bom grado a designação de deputado mas se a<br />

maioria assim o entendesse teria que aceitar. ------------------------------------------------------<br />

----O Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>, relativamente à questão <strong>da</strong> designação de<br />

membro ou deputado disse que tinha ouvido atentamente o novo líder do PSD, Dr.<br />

Pedro Passos Coelho, numa intervenção que tinha feito no congresso no qual tinha<br />

visto que estavam alguns dos <strong>presente</strong>s e, quando o referido líder se dirigia aos<br />

autarcas discriminava a quem se dirigia, no caso em concreto precisamente aos<br />

deputados municipais. -------------------------------------------------------------------------------------<br />

----Para si tinha sido a expressão que sempre tinha usado no município de Lisboa<br />

durante muitos anos e também <strong>por</strong> algum conforto na linguagem. ----------------------------<br />

----O Senhor Luís Encarnação referiu-se a um documento <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal<br />

de Oeiras no qual <strong>da</strong>va a notícia que vinte e uma crianças e jovens iriam ser<br />

deputados municipais <strong>por</strong> um dia. Portanto, não era um preciosismo do Grupo<br />

Municipal do PS utilizar a expressão deputado municipal, era <strong>por</strong>que era assim que se<br />

tratava em várias <strong>Assembleia</strong>s Municipais pelo País fora. ---------------------------------------<br />

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----Por fim o Senhor Presidente <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> agradeceu a colaboração de todos<br />

<strong>por</strong>que só assim tinha sido possível esgotar uma agen<strong>da</strong> tão extensa e deu <strong>por</strong><br />

termina<strong>da</strong> esta Sessão <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> Municipal à 1h45 minutos do dia 27 de Abril de<br />

2010. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

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