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A Família em Mutação - MiniWeb Educação

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trabalho durante as duas grandes guerras, ambas de efeitos e<br />

repercussões mundiais.<br />

Sentindo o gosto da própria independência financeira e conseqüente<br />

independência social, as mulheres não mais abriram mão dos lugares e<br />

das oportunidades conquistadas e, fazendo-se de cunhas, forçaram a<br />

ocupação de amplos espaços nos mercados de trabalho. Operara-se a<br />

sua metamorfose, e de animalzinho doméstico descobriu-se criatura<br />

produtiva, competente para concorrer com o hom<strong>em</strong> no mercado de<br />

trabalho e para impor-se como cidadã na plenitude de seus direitos.<br />

Desenhava-se, então, uma radical evolução no modelo mais tradicional<br />

de família, tendo como moldura aquela independência da mulher<br />

trabalhando fora do lar, auferindo rendimentos pessoais para formar a<br />

sua própria economia e para colaborar no orçamento doméstico, a<br />

ponto desta colaboração tornar-se imprescindível para a subsistência<br />

da maioria dos grupos familiares. Situação que toma contornos até<br />

<strong>em</strong>ocionantes na multiplicação das famílias constituídas só por mães e<br />

filhos, chefiadas por mulheres, fontes únicas do seu sustento. Muitas<br />

destas mulheres, mães solteiras, até a pouco excluídas do rol das<br />

pessoas de conduta ilibada, e que tiveram sua dignidade alforriada,<br />

indiretamente, pelo parágrafo 4º, do art. 226, da CF: Entende-se,<br />

também, como entidade familiar, a comunidade formada por qualquer<br />

dos pais e seus descendentes.<br />

10. A NOVA MULHER<br />

Naquela radical evolução do modelo é impressionante o papel da<br />

mulher, que desmentindo também neste ponto, a sua pretensa<br />

fragilidade, hoje vive, <strong>em</strong> média e estatisticamente, dez anos mais que o<br />

hom<strong>em</strong>. Ela, que desde o berço era jungida pela fatalística vocação para<br />

ser uma doméstica buscando no casamento o suporte da sobrevivência,<br />

ao penetrar no mercado de trabalho identificou sua conquistada<br />

independência financeira com sua independência social. Nesta medida,<br />

o casamento deixou de ser para ela a única forma de constituir família,<br />

e encontrou no concubinato uma opção de vida a dois. E, mesmo<br />

casando, t<strong>em</strong> rompido com a tradição e, <strong>em</strong> número crescente, v<strong>em</strong><br />

deixando de assumir os apelidos do marido, mantendo seu nome de<br />

solteira, o que era inconcebível alguns anos atrás. Não foi de espantar<br />

quando, <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro de 1993, conforme noticiado pela mídia, o<br />

sargento Antônio Vieira da Silva, ao casar-se reivindicou, judicialmente

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