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Gnose em Revista - Intranet - Uemg

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136<br />

partir desse fenômeno, iniciam-se a descentralização<br />

industrial e a modernização agrícola, além da promoção<br />

de mudanças no padrão da divisão territorial do trabalho<br />

no país, o que favoreceu o crescimento das cidades,<br />

especificamente das pequenas e médias, modificando<br />

para a atual rede urbana brasileira. A reprodução do<br />

capital refletiu na descentralização econômica e no<br />

desenvolvimento de atividades, colaborando de forma<br />

efetiva para o surgimento de novas configurações<br />

comerciais.<br />

De acordo com a história, o pensamento do<br />

desenvolvimento local atua na maioria das vezes com um<br />

aspecto competitivo, ou seja, os planejadores pensavam<br />

apenas <strong>em</strong> questões financeiras, tributárias e de geração<br />

de receitas. Entretanto, como o crescimento da<br />

ocupação urbana v<strong>em</strong> justamente reforçar a importância<br />

do desenvolvimento local na ampliação do regional,<br />

cria-se a necessidade da formação de identidades e<br />

de diferenciação das regiões e das comunidades para<br />

enfrentar<strong>em</strong> um mundo de extr<strong>em</strong>a competitividade,<br />

reforçando a necessidade de ajustes estruturais na<br />

economia e nas organizações, adaptando-se ao novo<br />

contexto globalizado.<br />

Nesse contexto, as pequenas e médias cidades vêm<br />

se tornando verdadeiras fronteiras entre processos<br />

rurais e urbanos, absorvendo um pouco os processos<br />

acumulativos próprios da cont<strong>em</strong>poraneidade,<br />

modernidade. A influência de cada cidade é <strong>em</strong> função<br />

de seu tamanho e da caracterização de uma rede urbana<br />

equilibrada, definindo o desenvolvimento regional<br />

e do país. Assim, o planejamento territorial v<strong>em</strong><br />

caracterizando-se como estratégico, envolvendo redes<br />

de cidades num elo direto, assegurando os espaços<br />

adequados para a provisão de novas moradias que<br />

atendam à d<strong>em</strong>anda da população e preveja condições<br />

atraentes para <strong>em</strong>presas, conforme as características<br />

locais e regionais.<br />

A localização de Frutal potencializa uma atração<br />

para o setor industrial. Sobretudo, a transformação do<br />

município <strong>em</strong> pólo educacional, possibilitará ao município<br />

uma notória expansão urbana e socioeconômica.<br />

Constata-se o crescimento no setor da construção<br />

civil, com surgimento de diversos bairros e loteamentos<br />

tanto para classe média quanto para qu<strong>em</strong> dispõe<br />

de pouco poder aquisitivo, e também a aquisição<br />

de terrenos para obras públicas, como as políticas<br />

habitacionais.<br />

O município exerce centralidade na microrregião,<br />

com a sua estrutura interna, advento do surgimento<br />

de serviços especializados, que atend<strong>em</strong> todos os<br />

municípios vizinhos.<br />

A compreensão da produção e centralidade da<br />

cidade de Frutal contribui na divulgação do município<br />

v. 1 - n. 1 - Fevereiro 2011 - p. 129-138<br />

Adriano Reis de Paula e Silva; Vitor Ribeiro Filho<br />

e políticas de planejamento, proporcionando uma<br />

maior visibilidade do crescimento socioeconômico e<br />

as potencialidades do município. Ela serve ainda como<br />

parâmetros para estudos acadêmicos futuros na busca<br />

pela compreensão da relação entre o intraurbano e o<br />

interurbano para melhor identificação da ocupação do<br />

uso do solo dessa cidade.<br />

Enfim, a discussão do estudo <strong>em</strong> questão envolve<br />

a estruturação interna da cidade, desde a nova<br />

localização dos equipamentos de comércio e de<br />

serviços; a redefinição do centro e sua região periférica;<br />

a criação de núcleos habitacionais e condomínios; a<br />

especulação imobiliária e as medidas adotadas pela<br />

gestão municipal.<br />

A pesquisa ainda encontra-se <strong>em</strong> andamento e<br />

levantará dados sobre a política habitacional através<br />

de uma análise socioeconômica e espacial e sobre as<br />

redes <strong>em</strong>presariais e industriais que corroboram para<br />

melhorias destinadas às pequenas e médias cidades.<br />

Referências<br />

BRASIL. Ministério dos Transportes. Brasília, 2010<br />

CARLOS, A. F. A. Dil<strong>em</strong>as urbanos. São Paulo: Contexto,<br />

2005.<br />

CASTELLS, M. A sociedade <strong>em</strong> rede. São Paulo: Paz e<br />

Terra, 1999.<br />

CERVERJARIA PREMIUM. Cervejaria Pr<strong>em</strong>ium S/A.<br />

Frutal, 2010.<br />

CORRÊA, R. L. Trajetórias geográficas. Rio de Janeiro:<br />

Bertrand Brasil, 1997.<br />

______. Rede urbana e formação espacial: uma reflexão<br />

considerando o Brasil. <strong>Revista</strong> Território. Rio de Janeiro,<br />

ano v, n. 8, jan./jun., 2000. p. 121-129.<br />

FERREIRA, J. Original história de Frutal. Uberlândia:<br />

Intergraff Editora, 2002.<br />

FRUTAL. Prefeitura Municipal. Secretaria de Obras e<br />

Sist<strong>em</strong>as Viários. Frutal, 2010.<br />

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.<br />

Censo D<strong>em</strong>ográfico de 2010. Dados referentes ao<br />

município de Frutal. Fundação Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística. Brasília, 2010.<br />

MATA, M. J. L. da. Frutal, sua fundação e seu povo. Frutal:<br />

Diário do Povo,1982.

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