Versão eletrônica - Furb
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3 ATUAÇÃO<br />
As primeiras cenas da peça “A Vida é Sonho?” começaram a ser criadas nas<br />
aulas de Prática de Montagem III a partir de improvisações feitas pelos acadêmicos,<br />
dando-se assim o inicio do processo de construção das personagens.<br />
No dia 30 de agosto, como já citado no último parágrafo do item 2.2, iniciamos a<br />
criação da primeira parte do prólogo, utilizando-nos de frases retiradas do livro de<br />
Todorov e incluindo o trabalho de pesquisa através de imagens que estava sendo<br />
desenvolvido nas disciplinas de Preparação Corporal Para a Cena III e Interpretação<br />
Teatral VII.<br />
Ambos os professores estavam trabalhando a partir de imagens conosco, nos<br />
instigando a encontrar sensações, ações, movimentações que as personagens<br />
poderiam ter e principalmente desenvolvendo o nosso trabalho imaginativo para<br />
alcançarmos o nosso principal objetivo: ser crível, tanto no processo de trabalho<br />
quanto no resultado final.<br />
Exercitar a imaginação do ator e a maneira de criar vínculos entre o que o ator<br />
imagina com o que o público percebe é de extrema importância para conseguirmos<br />
ser críveis. “A imaginação do ator tem que ser uma imaginação que se encarna”<br />
(MALLET, 2000, p.04), uma imaginação não apenas mental, mas que envolva todo o<br />
corpo e os cinco sentidos.<br />
É fato que o corpo e a mente se influenciam reciprocamente e estão em<br />
constante interação, por este motivo o ator deve estar ciente que o corpo e a<br />
psicologia podem ser tanto aliados, quanto os piores inimigos. Se o ator não souber<br />
utilizar estes instrumentos, dificilmente conseguirá expressar idéias criativas no<br />
palco.<br />
Sabemos que o caminho para encontrar uma harmonia entre esses dois<br />
elementos não é fácil, mas o ator tem que lutar pela realização desta harmonia<br />
completa. Michael Chekhov acredita que para chegar a esse encontro é necessária<br />
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