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guerreiro, o j ove m deve percorrer u m l ongo ca mi nho educati vo, que co meça; segundo<br />
Elizabet h Mai a ( 1997, p. 109), com a separação dos pais, segue-se u m grande perí odo de<br />
isola ment o, durant e o qual submet e-se aos ensina ment os de u m mestre, com que m deve<br />
aprender pri ncí pi os da arte da medi ci na, arte do adi vi nho e natural ment e t odos os<br />
pr ocedi ment os relativos à l uta. Logo e m segui da, Elizabet h Mai a ( 2007), nos apresent a u m<br />
escrito de Jaeger 4 :<br />
O aspect o mais relevante da f or mação do herói, “resi de na<br />
aprendi zage m das concepções f unda ment ais da nobreza<br />
cavaleiresca, que pode m ser expressas e m duas palavras: ti mh e<br />
aret h. ( Jaeger apud Elizabet h Mai a, 1997, p. 110)<br />
De acordo co m Elizabeth Mai a ( 1997, p. 110), a pal avra “aret h” si gnifica virt us<br />
(virtude) traduzi da pel os l ati nos, para desi gnar ato de destaque de u ma pessoa, ou sej a, u ma<br />
quali dade de u ma pessoa e m r ealizar al go, por exe mpl o, a virt ude de u ma faca é cortar e do<br />
re médi o é curar. Desta for ma, a pal avra aret h quando se refere ao home m i ndi ca condut a<br />
cortês e heroís mo guerreiro, quando se refere aos deuses desi gna f orça, quando se refere a<br />
caval os deno mi na rapi dez e assi m por di ant e. Ela é t a mbé m deno mi nada co m habili dade e<br />
virilidade, alé m de i ndicar disposição de l uta, ou sej a, realizar as suas potenci alidades na ação.<br />
Val endo- nos do cont exto da Ilí ada e da Odi sséi a, o conceit o de timh est á<br />
associ ado à areté. Ist o por que a habilidade garante o mérit o. Assi m Elizabet h ( 1997, p. 110)<br />
nos afir ma, que a honra do grego anti go decorre dessa f or ma de suas quali dades, mas<br />
expressa-se enquant o reconheci ment o que l he manifesta o outro.<br />
Para co mpreender mos um pouco mais, pegare mos u m episódi o que se asse mel ha<br />
ao episódi o da recusa de Aquiles quando Aga mêmnone l he oferece present es como r eparação<br />
do seu erro, trata-se do discurso anunci ado por Sarpedon quando el e apresent a que as ri quezas<br />
ofereci das por Aga mê mnone são coisas que se pode arrebat ar ou co mprar; “ mas a al ma<br />
hu mana, u ma vez escapada do encerro dos dent es, não mais se dei xa prender, se m poder mos,<br />
de novo, ganhá-la. ”(Il. IX, 408- 410)<br />
4 J AEGER, Wer ner. Pai déia. 2ª edição. Tradução de Art ur M. Parreira. São Paul o: Marti ns Font es, 1989<br />
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