VJ JUN 09.p65 - Visão Judaica
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2<br />
editorial<br />
VISÃO JUDAICA • junho de 2009 Tamuz / Av 5769<br />
epercutiu muito o discurso<br />
que o presidente dos EUA Barack<br />
Obama fez no Cairo ao<br />
mundo árabe, como parte de<br />
sua política no Oriente Médio de<br />
obter a paz e de dizer verdades difíceis<br />
de ouvir. Embora Obama, de fato, tenha<br />
feito referências importantes no<br />
assim chamado discurso dirigido ao<br />
mundo islâmico, infelizmente, para<br />
uma alocução rotulada como sendo um<br />
exercício de proferir verdades, a fala<br />
de Obama deixou muito a desejar. Longe<br />
de expressar verdades difíceis,<br />
como bem disse a jornalista israelense<br />
Caroline Glick, do The Jerusalem<br />
Post, analisando o discurso do presidente<br />
norte-americano, foi um testemunho<br />
de conveniência política.<br />
As "durasverdades"<br />
ditas ao<br />
mundo islâmicoincluíramdeclarações<br />
acerca<br />
da necessi-<br />
Publicação mensal independente da dade de<br />
EMPRESA JORNALÍSTICA VISÃO<br />
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RAFFAEL FIGLARZ<br />
Colaboram nesta edição:<br />
Antônio Carlos Coelho, Aristide Brodeschi,<br />
Aroldo Murá G. Haygert, Breno Lerner,<br />
Daniel Benjamin Barenbein, Dennis Prager,<br />
Etgar Lefkovits-Dallal, Heitor de Paola,<br />
Henryk M. Broder, Jane Bichmacher de<br />
Glasman, Jonathan Sacks, Maria Lucia<br />
Victor Barbosa, Markin Tuder, Nahum<br />
Sirotsky, Sérgio Feldman e Yossi<br />
Groisseoign.<br />
<strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong> não tem responsabilidade sobre<br />
o conteúdo dos artigos, notas, opiniões ou<br />
comentários publicados, sejam de terceiros<br />
(mencionando a fonte) ou próprios e assinados<br />
pelos autores. O fato de publicá-los não indica<br />
que o <strong>VJ</strong> esteja de acordo com alguns<br />
dos conceitos ou dos temas.<br />
Contém termos sagrados, por isso trate<br />
com respeito esta publicação.<br />
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Este jornal é um veículo independente<br />
da Comunidade Israelita do Paraná<br />
As "duras verdades" de Obama<br />
Humor Judaico<br />
Datas importantes<br />
13 de junho<br />
20 de junho<br />
22 de junho<br />
23 de junho<br />
27 de junho<br />
4 de julho<br />
11 de julho<br />
combater os assim chamados extremistas;<br />
dar igualdade de direitos às<br />
mulheres; defender a liberdade de fé<br />
e encorajar a democracia. Mas todas<br />
essas afirmações sobre estes temas<br />
foram apenas manifestações abstratas<br />
e teóricas, desprovidas de quaisquer<br />
prescrições práticas. Obama disse da<br />
necessidade de combater o terrorismo<br />
islâmico, mas não mencionou que o<br />
respaldo e as bases intelectuais, políticas<br />
e financeiras provêm de instituições<br />
religiosas e políticas da Arábia<br />
Saudita e do Egito, enaltecidos como<br />
moderados e responsáveis.<br />
Ele falou da necessidade de garantir<br />
a igualdade das mulheres, porém<br />
deixou de referir-se às práticas comuns<br />
no mundo muçulmano, como os<br />
assassinatos de honra e a mutilação<br />
genital. E deixou de lado o fato de que<br />
em todos os países islâmicos são negados<br />
às mulheres direitos humanos e<br />
os básicos fundamentais. E ainda respaldou<br />
suas declarações alegando dissimuladamente<br />
que as mulheres dos<br />
EUA sofrem similarmente de desigualdade<br />
de direitos. Assim, Obama sina-<br />
SUGESTÃO<br />
SUGESTÃO<br />
Myrna e David namoram há cinco<br />
anos, sem que David faça a mínima menção<br />
ao casamento. Então, a mãe de Myrna<br />
senta-se junto a ela para conversar.<br />
— "Querida, eu acho que você já esperou<br />
o bastante. A próxima vez que vocês<br />
saírem dê a ele uma sugestão sutil<br />
sobre o casamento. Está bem filha?"<br />
No domingo seguinte, David levou<br />
Myrna ao restaurante chinês kasher favorito<br />
deles. Ele lia o menu e casualmente<br />
perguntou a ela:<br />
— "Então Myrna, como vai querer o<br />
seu arroz? Branco ou frito?"<br />
Sem hesitar e olhando fixamente para<br />
ele respondeu:<br />
— "Quero ele atirado sobre mim..."<br />
Shabat Behaalotecha<br />
Shabat Shelach Lecha<br />
1º dia de Rosh Chodesh<br />
2º dia de Rosh Chodesh<br />
Shabat Corach<br />
Shabat Chucat Balak<br />
Shabat Pinchás<br />
lizou de que ele não poderia fazer alguma<br />
coisa pelo pleito das mulheres<br />
no mundo islâmico, porque nos Estados<br />
Unidos aconteceria o mesmo!<br />
Também falou sobre a necessidade<br />
de garantir a liberdade de fé, mas ignorou<br />
o apartheid religioso da Arábia Saudita.<br />
Pronunciou-se sobre as benesses<br />
da democracia, mas passou por cima do<br />
despotismo das ditaduras. Em síntese,<br />
não abordou os aspectos essenciais das<br />
questões que levantou. Alguém poderia<br />
dizer que com isso ele iria irritar a<br />
audiência. Ora, se o próprio Presidente<br />
dos Estados Unidos, não pode dizer<br />
as verdades que precisam ser ditas,<br />
quem então as poderá dizer?<br />
De forma semelhante, as "duras<br />
verdades" de Obama sobre Israel foram<br />
caracterizadas por uma ausência de probidade<br />
factual e moral a serviço de fins<br />
políticos. Aparentemente, Obama censurou<br />
o mundo islâmico por estar totalmente<br />
impregnado da negação do<br />
Holocausto e da infâmia do ódio aos judeus.<br />
A assertiva de que a negação do<br />
Holocausto e o antissemitismo são er-<br />
Nossa capa<br />
A capa reproduz a obra de arte cujo título é: "A pilhagem<br />
do Templo - alto-relevo sobre o Arco de Tito, em<br />
Roma", pintado com a técnica aquarela e dimensões<br />
de 50x35cm, criação de Aristide Brodeschi.<br />
Nota: A imagem da Menorá do Templo (o Candelabro<br />
de sete braços) ladeada por ramos de oliveira<br />
(simbolizando a paz) tornou-se hoje a efígie do Estado<br />
de Israel. Uma réplica do alto-relevo de Roma se<br />
encontra no Museu da Diáspora de Tel-Aviv, Israel.<br />
O autor nasceu em Bucareste, Romênia, é arquiteto<br />
e artista plástico, e vive em Curitiba desde 1978. Já<br />
desenvolveu trabalhos em várias técnicas, dentre elas<br />
pintura, gravura e tapeçaria. Recebeu premiações por<br />
seus trabalhos no Brasil e nos EUA. Suas obras estão<br />
espalhadas por vários países e tem no judaísmo, uma<br />
das principais fontes de inspiração. É o autor das capas<br />
do jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>. (Para conhecer mais sobre<br />
ele, visite o site www.brodeschi.com.br).<br />
ACENDIMENTO DAS VELAS<br />
EM CURITIBA<br />
junho / julho de 2009<br />
Shabat<br />
DATA HORA<br />
12 / 6<br />
19 / 6<br />
26 / 6<br />
3 / 7<br />
10 / 7<br />
17 / 7<br />
17h14<br />
17h 15<br />
17h 16<br />
17h 19<br />
17h 21<br />
17h 25<br />
ros parece confirmar seu compromisso<br />
de que a ligação entre a América e Israel<br />
é inabalável. Mas uma análise mais<br />
cuidadosa das declarações mostra que,<br />
na realidade, está aceitando a visão árabe<br />
de que Israel é um intruso estrangeiro,<br />
algo inaceitável, e legitimando a<br />
reação árabe, cujo argumento básico<br />
contra Israel é que a única razão da criação<br />
de Israel foi a de atenuar a consciência<br />
culpada dos europeus em relação<br />
ao Holocausto. Segundo essa narrativa,<br />
os judeus não têm direito legal,<br />
histórico ou moral à terra de Israel.<br />
Este argumento é completamente<br />
falso. A comunidade internacional reconheceu<br />
os direitos legais, históricos<br />
e morais do povo judeu à terra de Israel<br />
muito antes que se ouvisse falar em<br />
Hitler. Em 1922, a Liga das Nações ordenou<br />
que a Comunidade <strong>Judaica</strong> fosse<br />
reconstruída - e não criada - na terra<br />
de Israel, abrangendo suas fronteiras<br />
históricas em ambas as margens<br />
do Rio Jordão. Obama ignorou esse<br />
fato básico preferindo calar-se ante a<br />
mentira árabe. Esta é a dura verdade.<br />
Falecimentos<br />
A Redação<br />
Fani Lerner, dia 21/5/2009 (27 de Iyar de<br />
5769), em Curitiba. Seu corpo, após ser<br />
velado no Salão Nobre da Prefeitura de<br />
Curitiba, foi sepultado, no mesmo dia,<br />
no Cemitério Israelita de S. Cândida<br />
(Leia mais sobre Fani Lerner Z"L, nas<br />
páginas 12 e 13 desta edição).<br />
Felisa Grynbaum, dia 10/6/2009 (19 de<br />
Sivan de 5769), em Curitiba. Seu corpo<br />
depois de velado na capela do Cemitério<br />
Israelita do Água Verde, foi sepultado<br />
na manhã do dia 11/6 no Cemitério<br />
Israelita de S. Cândida.