SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
PARTE I - A BUSCA DOS NOVOS SABERES<<strong>br</strong> />
O presente trabalho tem a finalidade de na busca de novos<<strong>br</strong> />
saberes, apresentar uma pesquisa dentro da linha de estudo so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
políticas linguísticas 1 e assim, como Calvet nos ensina (2007:09) define<<strong>br</strong> />
a linguística enquanto estudo das comunidades humanas através da<<strong>br</strong> />
língua. E através desta pesquisa, contribui-se com a luta contínua do<<strong>br</strong> />
povo surdo em conhecer e a conhecer as diferentes línguas de sinais do<<strong>br</strong> />
Brasil, que são pertencentes a diferentes comunidades. Isso porquê,<<strong>br</strong> />
além da língua de sinais oficializada pela Lei 10.436, de 24 de a<strong>br</strong>il de<<strong>br</strong> />
2002, o Brasil possui também outras línguas de sinais que são raramente<<strong>br</strong> />
registradas; Sendo tais línguas, como as línguas de sinais indígenas,<<strong>br</strong> />
praticadas pelos índios surdos existentes em diversas comunidades<<strong>br</strong> />
indígenas do país, onde cada uma delas traz consigo características<<strong>br</strong> />
culturais e linguísticas variadas, o que faz com que haja o interesse em<<strong>br</strong> />
registrá-las, assim como são registradas outras línguas <strong>br</strong>asileiras de<<strong>br</strong> />
diferentes comunidades, com suas especificidades culturais, étnicas,<<strong>br</strong> />
regionais, etc. Por essa razão, menciona a língua de sinais ao prefaciar o<<strong>br</strong> />
livro “As Polìticas Linguìsticas” de Louis-Jean Calvet:<<strong>br</strong> />
(...) nas duas últimas décadas, entretanto, o<<strong>br</strong> />
panorama das reivindicações dos movimentos<<strong>br</strong> />
sociais, a diversificação de suas pautas, o<<strong>br</strong> />
crescimento das questões étnicas, regionais, de<<strong>br</strong> />
fronteira, culturais, tornaram muito mais visível<<strong>br</strong> />
que o Brasil é um pais constituído por mais de<<strong>br</strong> />
200 comunidades linguísticas diferentes que, a<<strong>br</strong> />
seu modo, têm se equipado para participar da<<strong>br</strong> />
vida política do país. Emergem em vários fóruns o<<strong>br</strong> />
conceito de “línguas <strong>br</strong>asileiras”: línguas faladas<<strong>br</strong> />
por comunidades de cidadãos <strong>br</strong>asileiros (...)<<strong>br</strong> />
independente de serem línguas indígenas ou de<<strong>br</strong> />
1 CALVET, Louis Jean, veja: As Políticas Linguísticas –Tradução: DE OLIVEIRA, Isabel<<strong>br</strong> />
Jonas Tenfen e BAGNO, Marcos. Prefácio: DE OLIVEIRA, Gilvan Muller, São Paulo-SP:<<strong>br</strong> />
Parábola Editorial, IPOL, 2007, página 09.<<strong>br</strong> />
1