SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
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Oliveira 4 ,também surda, pudéssemos entender melhor o que eles<<strong>br</strong> />
tentavam nos passar. Com a ida na aldeia compreendeu-se melhor como<<strong>br</strong> />
viviam os missionários e o seminarista.<<strong>br</strong> />
Nesta comunidade, existia a parte residencial de alvenaria,<<strong>br</strong> />
como um hotel aberto e a parte da aldeia que ficava adiante, em seu<<strong>br</strong> />
formato de habitação típica, onde nos leva a entender, então, as<<strong>br</strong> />
referências dos livros de História e dos filmes que são estudados na<<strong>br</strong> />
escola. Desta forma, não existia a possibilidade de exigir mais da<<strong>br</strong> />
situação, das pessoas ou de mim mesma, pois as informações jorravam e<<strong>br</strong> />
minha insistência em usar todos os sentidos, utilizando a leitura labial,<<strong>br</strong> />
que nem sempre era bem sucedida.<<strong>br</strong> />
Outras aldeias eram próximas, que foram igualmente visitadas e<<strong>br</strong> />
através destas, observadas foram as diferenças culturais, ficando sempre<<strong>br</strong> />
a surpresa de apesar de serem aldeias tão próximas, Xavante e Bororo,<<strong>br</strong> />
são extremamente diferentes. Foram momentos no<strong>br</strong>es quando o<<strong>br</strong> />
pesquisador Bartolomeu Giaccaria, que tem vários livros, um deles -<<strong>br</strong> />
Ensaios Pedagogia Xavantes: A<strong>prof</strong>undamento Antropológico, Missão<<strong>br</strong> />
Salesiana de Mato Grosso - Campo Grande: MS, 1990 -, relatou a sua<<strong>br</strong> />
história. Ele começou em 1956, na Missão de Sangradouro, como<<strong>br</strong> />
<strong>prof</strong>essor dos filhos de fazendeiros de cidades vizinhas, como Poxoréu e<<strong>br</strong> />
Barra do Garças. Atuando também com os Bororo, que na epoca<<strong>br</strong> />
estavam sendo dizimados ou deixando de viver em sua terra e buscando<<strong>br</strong> />
as cidades. Posteriormente, Giaccaria iniciou seu trabalho com os índios<<strong>br</strong> />
Xavante, a respeito do qual muitos fatos vividos e documentados nos<<strong>br</strong> />
foram expostos. Para facilitar a nossa comunicação, o <strong>prof</strong>essor<<strong>br</strong> />
Bartolomeu passava as filmagens que tinha, ia parando e explicando<<strong>br</strong> />
como acontecia passo a passo, registros que até hoje me colocam em<<strong>br</strong> />
momentos de reflexão, como o que se segue:<<strong>br</strong> />
Giaccaria relata so<strong>br</strong>e a criança deficiente no<<strong>br</strong> />
estudo que foi publicado em Pueblos Indigenas y<<strong>br</strong> />
Educacion nº 5, jan/fev1988, p. 19, Ediciones ABYA-<<strong>br</strong> />
YALA, sob o título de La Pedagogia Xavante:<<strong>br</strong> />
Quando a criança não anda e não levanta, fica<<strong>br</strong> />
sempre engatinhando até um pouco grande,<<strong>br</strong> />
facilmente chega a doença e começa a enfraquecê-la<<strong>br</strong> />
até morrer. Os pais gostam igualmente dessa<<strong>br</strong> />
4 Autora do livro de poesia “Meus sentimentos em folha”. Editora Litteris, Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />
2005-http://www.lsbvideo.com.<strong>br</strong>/product_info.php?products_id=114&osCsid=9121d5cf3448<<strong>br</strong> />
e823e275353ac346e1bcAcessado em 09.03.2009.<<strong>br</strong> />
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