SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
SHIRLEY VILHALVA - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
LIBRAS para que possamos garantir a diversidade linguística. Contudo,<<strong>br</strong> />
mesmo com a garantia da legislação, isso não é assunto palpável nas<<strong>br</strong> />
comunidades indígenas. Em contato com as famílias, observamos que há<<strong>br</strong> />
uma busca de entendimento do porquê de seu filho ter nascido surdo,<<strong>br</strong> />
levando isso a uma condição de causa maior, como questionamento<<strong>br</strong> />
pessoal, se indagando “por que isso aconteceu justamente comigo?”,<<strong>br</strong> />
como acontece na visão dos não indigenas. Além disso, depoimento<<strong>br</strong> />
filmado durante a roda de conversa mostra que há outro lado, em que,<<strong>br</strong> />
como qualquer pai ou qualquer mãe, eles assumem: “não sabemos o que<<strong>br</strong> />
fazer quando desco<strong>br</strong>imos que nossos filhos são surdos. Procuramos<<strong>br</strong> />
criar um código de comunicação.”<<strong>br</strong> />
O planejamento de atendimento ao índio surdo na escola<<strong>br</strong> />
indígena será também um tema a ser destacado de maneira bastante<<strong>br</strong> />
expressiva. Não há como apenas dizer que o atendimento está<<strong>br</strong> />
acontecendo, pois interfere numa questão de respeitar o que diz o<<strong>br</strong> />
próprio plano de educação so<strong>br</strong>e termos uma visão amplamente ligada<<strong>br</strong> />
de língua, cultura e diversidade nas escolas e terras indígenas. Veremos<<strong>br</strong> />
que buscamos defronta a muitos outros fatores, a falta de conhecimento<<strong>br</strong> />
das línguas orais e de sinais, mas esses fatores devem ser entendidos<<strong>br</strong> />
para que possamos ser a<strong>br</strong>angentes e abertos no que diz respeito a<<strong>br</strong> />
questão da diversidade linguistica e cultural.<<strong>br</strong> />
A política linguística com a sua preocupação entre o poder e as<<strong>br</strong> />
línguas, podemos considerar que é uma proposta de realizar a<<strong>br</strong> />
planificação linguística, incluindo criação de escolas bilíngues e de<<strong>br</strong> />
legislações específicas para as questões referente as línguas, seja ela na<<strong>br</strong> />
modalidade oral, escrita ou de sinais.<<strong>br</strong> />
A Educação hoje trata a língua portuguesa como se fosse a<<strong>br</strong> />
única língua do País, mesmo que existam diversas publicações so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
diversas línguas indigenas e uma legislação da língua de sinais. É<<strong>br</strong> />
observado que o órgão governamental responsável pela educação entra<<strong>br</strong> />
em contradição quando informa investimento e incentivo para escolas<<strong>br</strong> />
bilíngues e ao mesmo tempo investe numa única avaliação que á a<<strong>br</strong> />
língua portuguesa. Entretanto gera conflitos linguístico, que é percebido<<strong>br</strong> />
que nesse espaço da pesquisa a língua portuguesa é como segunda<<strong>br</strong> />
lingua tanto para os indigenas surdos como para os ouvintes. Necessário<<strong>br</strong> />
ser feito um estudo so<strong>br</strong>e política linguística e sua atuação a respeito da<<strong>br</strong> />
lingua que está presente em diferentes povos indígenas.<<strong>br</strong> />
É necessário que persista em pesquisas e os órgãos<<strong>br</strong> />
governamentais se preocupem também na administração linguística que<<strong>br</strong> />
19