Educação Matemática em Revista (Rio Grande do Sul), v. 7 ... - Unifra
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encorajam seus alunos a usá-lo, fazen<strong>do</strong> com que estes, tediosamente, realiz<strong>em</strong> operações<br />
s<strong>em</strong>pre da mesma forma, s<strong>em</strong> procurar ver o to<strong>do</strong> antes das partes, s<strong>em</strong> entender o que estão<br />
fazen<strong>do</strong>. Assim, parece-nos que, neste ex<strong>em</strong>plo da resolução de equação com frações<br />
algébricas, t<strong>em</strong>os que planejar atividades que auxili<strong>em</strong> o aluno a desenvolver o pensamento<br />
algébrico que, segun<strong>do</strong> Ponte (2005), “diz respeito ao estu<strong>do</strong> das estruturas, à simbolização, à<br />
modelação e ao estu<strong>do</strong> da variação.” (p. 37).<br />
Consideramos que atividades como juntar os pontos para visualizar uma determinada<br />
figura, colorir regiões <strong>do</strong> plano, descobrir el<strong>em</strong>entos escondi<strong>do</strong>s <strong>em</strong> uma figura, que são<br />
próprios da <strong>Educação</strong> Infantil, são as primeiras possibilidades de acostumar a criança a ver<br />
um to<strong>do</strong> que está fragmenta<strong>do</strong> <strong>em</strong> partes. Nas séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental, pode-se<br />
trabalhar com a descoberta de padrões geométricos ou numéricos, a partir de atividades<br />
simples, como desenhar os el<strong>em</strong>entos seguintes de uma determinada seqüência de pontos ou<br />
figuras. Mais tarde, quan<strong>do</strong> os alunos já começam a trabalhar com a simbologia algébrica, é<br />
interessante partir de situações contextualizadas, para que o aluno possa modelar a solução e<br />
generalizar a solução. De qualquer forma, antes de operar com as expressões algébricas, o<br />
aluno deve entendê-las como formas de representar uma determinada situação, ou seja, como<br />
registros de representação. Acreditamos que somente uma aprendizag<strong>em</strong> com significa<strong>do</strong><br />
pode levar os estudantes à aquisição da habilidade de manipular símbolos e reconhecer a<br />
estrutura subjacente.<br />
Nosso objetivo, ao escrever este artigo, é apresentar uma visão geral sobre a<br />
meto<strong>do</strong>logia de análise de respostas a questões mat<strong>em</strong>áticas, <strong>em</strong> analogia com a análise de<br />
conteú<strong>do</strong>. Dessa forma, buscamos, ao final, uma interpretação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s da nossa pesquisa<br />
sobre a resolução de uma equação com frações algébricas, encerran<strong>do</strong>-se o ciclo de<br />
procedimentos da análise de conteú<strong>do</strong> das respostas. As sugestões de trabalho buscam atender<br />
ao segun<strong>do</strong> objetivo da pesquisa, que é a elaboração de atividades para explorar as<br />
dificuldades apontadas. A forma de impl<strong>em</strong>entação vai depender de uma série de fatores e as<br />
tentativas que for<strong>em</strong> realizadas serão investigadas, por meio de instrumentos varia<strong>do</strong>s, como<br />
questionários, observações de sala de aula ou entrevistas, conforme o último objetivo da<br />
pesquisa referida.<br />
Referências<br />
AZAMBUJA, C. R. J.; SILVEIRA, F. A. R. ; GONÇALVES, N. S. Tecnologias síncronas e<br />
assíncronas no ensino de Cálculo Diferencial e Integral. In: CURY, H. N. Disciplinas<br />
mat<strong>em</strong>áticas <strong>em</strong> cursos superiores: reflexões, relatos, propostas. Porto Alegre: EDIPUCRS,<br />
2004. p. 225-243.