crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion
crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion
crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Part One: The Achievements of <strong>Anglican</strong> – Roman Catholic Dialogue<br />
38. A Comunhão Anglica<strong>na</strong> e a Igreja Católica reconhecem mutuamente o batismo<br />
nelas conferido. <strong>Anglican</strong>os e católicos, portanto, olham o nosso batismo comum como<br />
o laço básico <strong>da</strong> <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> entre nós, 80<br />
mesmo reconhecendo que a plenitude <strong>da</strong><br />
comunhão eucarística à qual o batismo deveria levar está impedi<strong>da</strong> por desacordos<br />
que dizem respeito a certos elementos <strong>da</strong> fé e <strong>da</strong> prática que consideramos<br />
necessários para a ple<strong>na</strong> comunhão visível. No entanto, reconhecemos que essa<br />
carência constitui um imperativo: anglicanos e católicos se comprometem a superar<br />
pela graça de Deus to<strong>da</strong>s as divisões que ain<strong>da</strong> impedem a plenitude <strong>da</strong> comunhão<br />
eucarística e eclesial. Nossa comunhão fun<strong>da</strong>mental no batismo nos dá uma<br />
compartilha<strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de de testemunhar tão ple<strong>na</strong>mente quanto possível o<br />
evangelho de Cristo diante do mundo e apresentar a nova vi<strong>da</strong> vivi<strong>da</strong> pelo corpo de<br />
Cristo, com a libertação e a renovação que aí estão envolvi<strong>da</strong>s.<br />
5. Eucaristia<br />
39. <strong>Anglican</strong>os e católicos concor<strong>da</strong>m que a ple<strong>na</strong> participação <strong>na</strong> Eucaristia,<br />
juntamente com o Batismo e a Confirmação, completam o processo sacramental de<br />
iniciação cristã. 81 A Eucaristia é um dom recebido do Senhor mesmo, celebra<strong>da</strong> em<br />
obediência à sua ordem até que ele venha outra vez (cf. 1 Coríntios 11.23–25; Mateus<br />
26.26-29; Marcos 14.22-25; Lucas 22.14-20; João 6.53-58). A visível comunhão no<br />
corpo de Cristo, à qual somos introduzidos pelo Batismo, é alimenta<strong>da</strong>, aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> e<br />
expressa<strong>da</strong> <strong>na</strong> comunhão eucarística, quando os fiéis comem e bebem, recebem o<br />
corpo e o sangue de Cristo. Quando seu povo está reunido <strong>na</strong> Eucaristia para celebrar<br />
a ação salvadora de Cristo para a nossa redenção, ele tor<strong>na</strong> presentes e efetivos entre<br />
nós os benefícios eternos de sua vitória e impulsio<strong>na</strong> e renova a resposta de fé, a ação<br />
de graças e a fideli<strong>da</strong>de de seu povo. 82 A identi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Igreja como corpo de Cristo é<br />
expressa e visivelmente proclama<strong>da</strong> por estar centra<strong>da</strong> <strong>na</strong> partilha do corpo e do<br />
sangue de Cristo <strong>na</strong> Eucaristia. 83<br />
40. Concor<strong>da</strong>mos que a Eucaristia é o memorial do Cristo crucificado e<br />
84<br />
ressuscitado, <strong>da</strong> obra completa de reconciliação que Deus nele realizou. Por<br />
memorial, tanto anglicanos como católicos entendem não somente uma lembrança do<br />
que Deus fez no passado, mas uma efetiva proclamação sacramental, que através do<br />
Espírito Santo tor<strong>na</strong> presente o que foi realizado e prometido de uma vez por to<strong>da</strong>s.<br />
Nesse sentido, então, há ape<strong>na</strong>s um único, histórico e irrepetível sacrifício oferecido<br />
uma vez por Cristo e aceito definitivamente pelo Pai, que não pode ser feito de novo<br />
nem requer acréscimos. 85 O memorial eucarístico, no entanto, tor<strong>na</strong> presente esse<br />
definitivo sacrifício de Cristo. Portanto, é possível dizer que “a Eucaristia é um sacrifício<br />
no sentido sacramental, desde que fique claro que não se trata de uma repetição do<br />
sacrifício histórico.” 86 “Na Oração Eucarística, a Igreja continua a fazer um memorial<br />
perpétuo <strong>da</strong> morte de Cristo, e seus membros, unidos com Deus e entre si, agradecem<br />
por to<strong>da</strong> a sua misericórdia, suplicam os benefícios de sua paixão em nome de to<strong>da</strong> a<br />
Igreja, participam desses benefícios e entram no movimento de oferta que ele fez por<br />
A ação <strong>da</strong> Igreja <strong>na</strong> celebração eucarística “<strong>na</strong><strong>da</strong> acrescenta à eficácia do<br />
todos.” 87<br />
80<br />
Cf. ibid. n.50, citando a Declaração Comum do papa João Paulo II e do arcebispo Robert Runcie, 2 de outubro<br />
de 1989.<br />
81<br />
Cf. BEM, Batismo, n.20.<br />
82<br />
Cf. ARCIC, Doutri<strong>na</strong> eucarística (1971), n.3.<br />
83<br />
Ibid.<br />
84<br />
Cf. ARCIC, Doutri<strong>na</strong> Eucarística: Eluci<strong>da</strong>ção, (1979), n.5; também 1 Coríntios 11.24-25; Lucas 22.19.<br />
85<br />
Cf. Doutri<strong>na</strong> Eucarística, n.5.<br />
86<br />
Doutri<strong>na</strong> Eucarística: Eluci<strong>da</strong>ção, n.5.<br />
87<br />
Doutri<strong>na</strong> Eucarística, n.5.<br />
12