crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion
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Part One: The Achievements of <strong>Anglican</strong> – Roman Catholic Dialogue<br />
sua <strong>missão</strong>, de tal modo que ela não perderá seu caráter essencial nem falhará <strong>na</strong><br />
conquista de seu objetivo. 147<br />
73. <strong>Anglican</strong>os e católicos romanos partilham um considerável consenso sobre a<br />
autori<strong>da</strong>de <strong>na</strong> Igreja, embora restem numerosos tópicos para discussão, como a<br />
autori<strong>da</strong>de obrigatória dos concílios ecumênicos e a infalibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> tarefa de ensino<br />
<strong>da</strong> Igreja. <strong>Anglican</strong>os e católicos continuam a refletir sobre a relação entre o nível local<br />
e universal <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Igreja, e em particular sobre o papel e a autori<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />
estruturas regio<strong>na</strong>is e <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, sobre o lugar e o papel do laicato em ca<strong>da</strong> nível <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Igreja, particularmente quando se trata de concílios e sínodos, sobre a relação<br />
entre encontros colegiais e sino<strong>da</strong>is, e sobre o lugar <strong>da</strong> recepção no discernimento do<br />
pensamento de Cristo para a Igreja.<br />
74. Um tópico importante é a questão de saber se a Comunhão Anglica<strong>na</strong> estaria<br />
aberta a instrumentos de supervisão que permitiriam que decisões, em certas<br />
circunstâncias, fossem obrigatórias para os membros de to<strong>da</strong>s as províncias. Por outro<br />
lado, pergunta-se se <strong>na</strong> Igreja Católica têm sido construídos ca<strong>na</strong>is suficientes para<br />
garantir a consulta entre o bispo de Roma a as igrejas locais antes <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de<br />
decisões importantes que afetam tanto uma igreja local como o conjunto <strong>da</strong> Igreja.<br />
75. Enquanto alguns anglicanos estão chegando a valorizar o ministério do bispo<br />
de Roma como si<strong>na</strong>l e foco de <strong>uni<strong>da</strong>de</strong>, continuam em aberto, questões sobre se a<br />
vali<strong>da</strong>de do ministério petrino, do modo como é exercido pelo bispo de Roma, existe <strong>na</strong><br />
Igreja por direito divino, sobre a <strong>na</strong>tureza <strong>da</strong> infalibili<strong>da</strong>de papal e sobre a jurisdição<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> ao bispo de Roma como primaz universal. 148<br />
76. Tanto anglicanos como católicos romanos crêem <strong>na</strong> infalibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Igreja,<br />
crêem que o Espírito Santo conduz a Igreja para to<strong>da</strong> a ver<strong>da</strong>de. Para os católicos é<br />
assegurado pela fé que, em situações específicas e sob certas condições precisas, os<br />
que detêm o ministério <strong>da</strong> supervisão, assistidos pelo Espírito Santo, podem chegar a<br />
um julgamento sobre assuntos de fé e moral preservado de erro. Isso é o que se<br />
entende como infalibili<strong>da</strong>de no ensi<strong>na</strong>mento <strong>da</strong> Igreja. Os anglicanos, crendo que a<br />
infalibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Igreja é preserva<strong>da</strong> pela fideli<strong>da</strong>de às Escrituras, os credos católicos,<br />
os sacramentos e o ministério dos bispos, não atribuem um ministério infalível a<br />
nenhum grupo ou indivíduo durante a vi<strong>da</strong>. Consideram, porém, que a doutri<strong>na</strong>,<br />
proposta ou defini<strong>da</strong>, precisa ser acolhi<strong>da</strong> pelo corpo de fiéis às quais é dirigi<strong>da</strong> como<br />
149<br />
condizente com a Escritura e a Tradição.<br />
8. Discipulado e santi<strong>da</strong>de<br />
77. <strong>Anglican</strong>os e católicos romanos ensi<strong>na</strong>m que a vocação cristã é para a<br />
santi<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> (cf. Êxodo 9.6; Mateus 5.48) e que o comportamento moral está<br />
integrado à manutenção <strong>da</strong> comunhão com a Trin<strong>da</strong>de Santa, bem como à comunhão<br />
<strong>na</strong> com<strong>uni<strong>da</strong>de</strong> dos crentes <strong>na</strong> Igreja. Recebemos o mesmo Evangelho e concor<strong>da</strong>mos<br />
que o Evangelho que proclamamos não pode estar divorciado <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que vivemos (cf.<br />
1 João 3.18; Tiago 2.20). 150<br />
Nossa aceitação comum dos mesmos valores<br />
fun<strong>da</strong>mentais e a partilha <strong>da</strong> mesma visão de humani<strong>da</strong>de, cria<strong>da</strong> à imagem de Deus e<br />
147<br />
Autori<strong>da</strong>de <strong>na</strong> Igreja II, n.23.<br />
148<br />
Cf. O dom <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de, nn.56, 57.<br />
149<br />
Cf. Seção do Relatório sobre ‘Preocupações dogmáticas e pastorais’, em A ver<strong>da</strong>de vos tor<strong>na</strong>rá livres:<br />
Conferência de Lambeth 1988 (Londres: Church House, 1988), p.104.<br />
150<br />
Cf. ARCIC, Vi<strong>da</strong> em Cristo: Moral, Comunhão e a Igreja (1994), n.2.<br />
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