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crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion

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Crescer Juntos foi preparado por bispos e é endereçado primeiramente a bispos, embora<br />

expresse a esperança de que os bispos irão envolver o clero e o laicato nos desafios<br />

apresentados no texto. Que responsabili<strong>da</strong>de você acha que o clero e o laicato têm no<br />

avanço <strong>da</strong> compreensão ecumênica? A função dos bispos é liderar ou eles deveriam<br />

também ouvir?<br />

B – A FÉ QUE TEMOS EM COMUM<br />

1 Crença <strong>na</strong> Trin<strong>da</strong>de e Igreja como Comunhão <strong>na</strong> Missão (parágrafos 11 a 25)<br />

Na segun<strong>da</strong> seção <strong>da</strong> Parte Um, Crescer Juntos utiliza documentos anteriores <strong>da</strong><br />

ARCIC para resumir uma compreensão comum <strong>da</strong> fé atingi<strong>da</strong> por anglicanos e católicos<br />

romanos, embora apontando as diferenças que permanecem. Essa segun<strong>da</strong> seção está<br />

dividi<strong>da</strong> em várias sub-seções. As duas primeiras se referem à crença <strong>na</strong> Trin<strong>da</strong>de e à<br />

Igreja como “Comunhão <strong>na</strong> Missão”. Nelas se reconhece que ambas as Igrejas já partilham<br />

bastante, incluindo o Credo Apostólico e o Credo Niceno- Constantinopolitano, as<br />

Escrituras e o sacramento do Batismo. Ambas as Igrejas também reconhecem a<br />

importância de um ministério orde<strong>na</strong>do <strong>da</strong> supervisão (episcope) para a preservação <strong>da</strong><br />

<strong>uni<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> Igreja e <strong>da</strong> primazia como laço visível e foco para essa <strong>uni<strong>da</strong>de</strong>. Os católicos<br />

romanos, no entanto, sustentam que a Igreja “subsiste <strong>na</strong> Igreja Católica, que é gover<strong>na</strong><strong>da</strong><br />

pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele”. Tem havido muito debate<br />

entre os teólogos católicos romanos sobre o que o Vaticano II quis dizer quando usou o<br />

termo “subsiste”. Crescer Juntos parece aceitar a interpretação de que o Vaticano II quis<br />

afirmar que a Igreja está ple<strong>na</strong>mente presente <strong>na</strong> Igreja Católica Roma<strong>na</strong> mas que “muitos<br />

elementos de santi<strong>da</strong>de e ver<strong>da</strong>de são encontrados fora de suas fronteiras visíveis”.<br />

O parágrafo 15 é muito importante. Baseando-se no documento <strong>da</strong> ARCIC A Igreja<br />

como Comunhão, o relatório acentua o significado que o Novo Testamento dá ao conceito<br />

de koinonia ou comunhão. Como cristãos, somos chamados a ser discípulos de Jesus em<br />

comunhão com outros. Na Igreja temos união com Deus através de Cristo no poder do<br />

Espírito e união com os fiéis, nossos companheiros. A comunhão <strong>da</strong> Igreja não é uma coisa<br />

escondi<strong>da</strong> ou secreta mas algo que tem expressão visível. Cristãos batizados são unidos<br />

pela pregação apostólica em igrejas locais ou dioceses para confessar a única fé e celebrar<br />

a Eucaristia sob a liderança do ministério apostólico. Essas igrejas locais estão uni<strong>da</strong>s pela<br />

fé, pelos sacramentos e por um comum ministério com outras igrejas espalha<strong>da</strong>s pelo<br />

mundo. Há lugar para diversi<strong>da</strong>de mas a <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> também é manti<strong>da</strong>.<br />

Essa compreensão <strong>da</strong> fé cristã contradiz as visões de muitos no Ocidente, que<br />

pertencem ao que tem sido chamado “uma geração que está em busca”. Pessoas que<br />

pensam dessa maneira freqüentemente vêem a espirituali<strong>da</strong>de como uma procura priva<strong>da</strong><br />

por transformação. Em outras partes do mundo pode haver alguma preocupação a respeito<br />

do conceito de comunhão usado no relatório, julgando-o muito restrito e falho no<br />

reconhecimento <strong>da</strong> comunhão entre os vivos e os mortos, que está certamente implícita <strong>na</strong><br />

linguagem sobre “comunhão dos santos”. Num mundo em que as forças <strong>da</strong> globalização<br />

estão aproximando os povos, mas também tor<strong>na</strong>ndo-os ansiosos pela preservação <strong>da</strong><br />

própria identi<strong>da</strong>de, a Igreja é chama<strong>da</strong> a oferecer um modelo de <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> <strong>na</strong> diversi<strong>da</strong>de, de<br />

uma comunhão em que a confissão de uma fé comum não exclui expressões de fé e culto<br />

que são apropria<strong>da</strong>s à cultura local. Surpreendentemente, esse tópico recebe pouca atenção.

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