crescer juntos na unidade da missão - Anglican Communion
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Part One: The Achievements of <strong>Anglican</strong> – Roman Catholic Dialogue<br />
16. Além disso, concor<strong>da</strong>mos que esse mistério requer uma expressão visível. 21 A<br />
Igreja é feita para ser o “sacramento” <strong>da</strong> obra redentora de Deus, é “tanto si<strong>na</strong>l como<br />
instrumento” 22 do propósito de Deus em Cristo: “recapitular tudo em Cristo, tudo o que<br />
existe no céu e <strong>na</strong> terra” (Efésios 1,10). 23<br />
Como corpo de Cristo, o Filho encar<strong>na</strong>do,<br />
que foi enviado ao mundo, porque Deus ama o mundo (cf. João 3,16-17), a própria<br />
Igreja é essencialmente envia<strong>da</strong> em <strong>missão</strong> para o mundo. Sua <strong>missão</strong> está enraiza<strong>da</strong><br />
<strong>na</strong> <strong>missão</strong> redentora do Filho e do Espírito e é, de fato, uma forma sacramental dessa<br />
<strong>missão</strong> divi<strong>na</strong>.<br />
17. A Igreja é, portanto, uma comunhão <strong>na</strong> <strong>missão</strong>. É precisamente como<br />
comunhão que a Igreja é “sacramento <strong>da</strong> graça misericordiosa de Deus para to<strong>da</strong> a<br />
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humani<strong>da</strong>de” , envia<strong>da</strong> ao mundo. A própria <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> Igreja é ao mesmo tempo<br />
uma experiência do mistério do Reino e um testemunho do Evangelho (cf a prece de<br />
Jesus: “que sejam um... para que o mundo creia” (João 17,21). A vivência de<br />
comunhão <strong>da</strong> Igreja é, portanto, uma parte vital de sua <strong>missão</strong>, que fica prejudica<strong>da</strong><br />
quando falta comunhão. A Igreja anuncia o que ela é chama<strong>da</strong> a se tor<strong>na</strong>r 25 e é já a<br />
com<strong>uni<strong>da</strong>de</strong> onde a salvação é ofereci<strong>da</strong> e recebi<strong>da</strong>. É, portanto, um si<strong>na</strong>l efetivo, <strong>da</strong>do<br />
por Deus diante <strong>da</strong> situação huma<strong>na</strong> de pecado, divisão e alie<strong>na</strong>ção. 26 “Confessando<br />
que sua comunhão significa o projeto de Deus para to<strong>da</strong> a raça huma<strong>na</strong>, os membros<br />
<strong>da</strong> Igreja são chamados a se doar em amoroso testemunho e serviço a seus<br />
companheiros humanos.” 27<br />
18. Como si<strong>na</strong>l antecipado do Reino, a Igreja existe para anunciar a plenitude do<br />
Reino. O Espírito Santo que unge e fortalece a Igreja lhe revela as coisas que virão (cf<br />
João 16,13). Enquanto também age fora <strong>da</strong> com<strong>uni<strong>da</strong>de</strong> dos cristãos, o Espírito<br />
sustenta a vi<strong>da</strong> nova do Reino dentro <strong>da</strong> Igreja, onde Cristo é explicitamente<br />
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confessado, e o Evangelho se tor<strong>na</strong> “uma reali<strong>da</strong>de manifesta”. A Igreja é chama<strong>da</strong><br />
a ser “uma expressão viva do Evangelho, evangeliza<strong>da</strong> e evangelizadora, reconcilia<strong>da</strong><br />
e reconciliadora, uni<strong>da</strong> e unindo outros”. 30 “A vontade de Cristo e a sua prece é que<br />
seus discípulos sejam um. Os que receberam a mesma palavra de Deus e foram<br />
batizados no mesmo Espírito não podem, sem ser desobedientes, indefini<strong>da</strong>mente<br />
consentir numa situação de separação. A <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> faz parte <strong>da</strong> essência <strong>da</strong> Igreja e, já<br />
que a Igreja é visível, a <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> tem que ser visível também.” 31<br />
Estamos, portanto,<br />
irrevogavelmente comprometidos com o restabelecimento <strong>da</strong> ple<strong>na</strong> <strong>uni<strong>da</strong>de</strong> visível.<br />
21 Ibid. n.7; cf. Igreja como Comunhão, n.43.<br />
22 Ibid. n.7; cf. Salvação e a Igreja, nn.26-29; Igreja como Comunhão, nn.17, 19.<br />
23 Igreja como Comunhão, nn.15, 35, 38.<br />
24 Ibid. n.5. A Igreja Católica tocou nesse mesmo ponto no ‘Fi<strong>na</strong>l Relatio’ do Sínodo Extraordinário realizado em<br />
Roma em 1985 para celebrar o vigésimo aniversário do fi<strong>na</strong>l do Vaticano II: “ A igreja como comunhão é o<br />
sacramento para a salvação do mundo” (II, D, 1; em L’Osservatore Romano, 10 de dezembro de 1985).<br />
25 Relatório Fi<strong>na</strong>l, Introdução, n.7.<br />
26 Igreja como Comunhão, n.19.<br />
27 Ibid. n.22.<br />
28 Ibid. n.22.<br />
29 A Salvação e a Igreja, n.28. Do mesmo modo, no Vaticano II, A Igreja Católica afirmou: “A Igreja acredita que<br />
é conduzi<strong>da</strong> pelo Espírito do Senhor que enche o orbe <strong>da</strong> terra” (Gaudium et Spes [Constituição Pastoral sobre a<br />
Igreja no Mundo Moderno, n.11). “Todo o bem que o Povo de Deus, no tempo de sua peregri<strong>na</strong>ção terrestre,<br />
pode prestar à família dos homens, deriva do fato de ser a Igreja “o sacramento universal <strong>da</strong> salvação”,<br />
manifestando e ao mesmo tempo operando o mistério do amor de Deus para com os homens.” (Gaudium et Spes,<br />
n.45).<br />
30 A Salvação e a Igreja, n.28.<br />
31 Relatório Fi<strong>na</strong>l, Introducão, n.9.<br />
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