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Matemática<<strong>br</strong> />

Livro do Estudante<<strong>br</strong> />

Ensino Fundamental


Matemática<<strong>br</strong> />

Livro do Estudante<<strong>br</strong> />

Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Brasília<<strong>br</strong> />

MEC/INEP<<strong>br</strong> />

2006


© O MEC/INEP cede os direitos de reprodução deste material às Secretarias de Educação, que poderão reproduzi-lo respeitando a integridade da o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Coordenação Geral do Projeto<<strong>br</strong> />

Maria Inês Fini<<strong>br</strong> />

Coordenação de Articulação de Textos do Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Maria Cecília Guedes Condeixa<<strong>br</strong> />

Coordenação de Texto de Área<<strong>br</strong> />

Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Matemática<<strong>br</strong> />

Célia Maria Carolino Pires<<strong>br</strong> />

Leitores Críticos<<strong>br</strong> />

Área de Psicologia do Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

Márcia Zampieri Torres<<strong>br</strong> />

Maria da Graça Bompastor Borges Dias<<strong>br</strong> />

Leny Rodrigues Martins Teixeira<<strong>br</strong> />

Lino de Macedo<<strong>br</strong> />

Área de Matemática<<strong>br</strong> />

Área de Matemática e suas Tecnologias<<strong>br</strong> />

Eduardo Sebastiani Ferreira<<strong>br</strong> />

Maria Eliza Fini<<strong>br</strong> />

Maria Cristina Souza de Albuquerque Maranhão<<strong>br</strong> />

Diretoria de Avaliação para Certificação de Competências (DACC)<<strong>br</strong> />

Equipe Técnica<<strong>br</strong> />

Ataíde Alves – Diretor<<strong>br</strong> />

Alessandra Regina Ferreira Abadio<<strong>br</strong> />

Célia Maria Rey de Carvalho<<strong>br</strong> />

Ciro Haydn de Barros<<strong>br</strong> />

Clediston Rodrigo Freire<<strong>br</strong> />

Daniel Verçosa Amorim<<strong>br</strong> />

David de Lima Simões<<strong>br</strong> />

Dorivan Ferreira Gomes<<strong>br</strong> />

Érika Márcia Baptista Caramori<<strong>br</strong> />

Fátima Deyse Sacramento Porcidonio<<strong>br</strong> />

Gilberto Edinaldo Moura<<strong>br</strong> />

Gislene Silva Lima<<strong>br</strong> />

Helvécio Dourado Pacheco<<strong>br</strong> />

Hugo Leonardo de Siqueira Cardoso<<strong>br</strong> />

Jane Hudson A<strong>br</strong>anches<<strong>br</strong> />

Kelly Cristina Naves Paixão<<strong>br</strong> />

Lúcia Helena P. Medeiros<<strong>br</strong> />

Maria Cândida Muniz Trigo<<strong>br</strong> />

Maria Vilma Valente de Aguiar<<strong>br</strong> />

Pedro Henrique de Moura Araújo<<strong>br</strong> />

Sheyla Carvalho Lira<<strong>br</strong> />

Suely Alves Wanderley<<strong>br</strong> />

Taíse Pereira Liocádio<<strong>br</strong> />

Teresa Maria Abath Pereira<<strong>br</strong> />

Weldson dos Santos Batista<<strong>br</strong> />

Capa<<strong>br</strong> />

Marcos Hartwich<<strong>br</strong> />

Ilustrações<<strong>br</strong> />

Raphael Caron Freitas<<strong>br</strong> />

Coordenação Editorial<<strong>br</strong> />

Zuleika de Felice Murrie<<strong>br</strong> />

M425 Matemática : livro do estudante : ensino fundamental / Coordenação : Zuleika de<<strong>br</strong> />

Felice Murrie. — 2. ed. — Brasília : MEC : INEP, 2006.<<strong>br</strong> />

214p. ; 28cm.<<strong>br</strong> />

1. Matemática (Ensino fundamental). I. Murrie, Zuleika de Felice.<<strong>br</strong> />

CDD 372.73


Sumário<<strong>br</strong> />

Introdução .....................................................................................................................................<<strong>br</strong> />

Capítulo I<<strong>br</strong> />

Matemática: uma construção humana ............................................................<<strong>br</strong> />

Vinícius de Macedo Santos<<strong>br</strong> />

Capítulo II<<strong>br</strong> />

A arte de raciocinar..........................................................................................<<strong>br</strong> />

Célia Maria Carolino Pires<<strong>br</strong> />

Capítulo III<<strong>br</strong> />

Os números: seus usos e seus significados .....................................................<<strong>br</strong> />

Wanda Silva Rodrigues<<strong>br</strong> />

Capítulo IV<<strong>br</strong> />

Geometria: leitura e representação da realidade ...........................................<<strong>br</strong> />

Norma Kerches de Oliveira Rogeri<<strong>br</strong> />

Capítulo V<<strong>br</strong> />

As medidas e a compreensão da realidade.....................................................<<strong>br</strong> />

Dulce Satiko Onaga<<strong>br</strong> />

Capítulo VI<<strong>br</strong> />

Proporcionalidade: uma idéia fundamental ...................................................<<strong>br</strong> />

Ruy César Pietropaolo<<strong>br</strong> />

Capítulo VII<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos ..............................................................<<strong>br</strong> />

Angélica da Fontoura Garcia Silva<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII<<strong>br</strong> />

A Estatística e sua importância no mundo da informação ...........................<<strong>br</strong> />

Edda Curi<<strong>br</strong> />

Capítulo IX<<strong>br</strong> />

Explorando situações numéricas .....................................................................<<strong>br</strong> />

Cláudio Saiani<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

31<<strong>br</strong> />

57<<strong>br</strong> />

81<<strong>br</strong> />

103<<strong>br</strong> />

127<<strong>br</strong> />

149<<strong>br</strong> />

171<<strong>br</strong> />

195


8<<strong>br</strong> />

Introdução<<strong>br</strong> />

Este material foi desenvolvido pelo Ministério da Educação com a finalidade de ajudá-lo a<<strong>br</strong> />

preparar-se para a avaliação necessária à obtenção do certificado de conclusão do Ensino<<strong>br</strong> />

Fundamental denominada ENCCEJA – Exame Nacional de Certificação de Competências de<<strong>br</strong> />

Jovens e Adultos.<<strong>br</strong> />

A avaliação proposta pelo Ministério da Educação para certificação do Ensino Fundamental é<<strong>br</strong> />

composta de 4 provas:<<strong>br</strong> />

1. Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Artística e Educação Física<<strong>br</strong> />

2. Matemática<<strong>br</strong> />

3. História e Geografia<<strong>br</strong> />

4. Ciências<<strong>br</strong> />

Este exemplar contém as orientações necessárias para apoiar sua preparação para a prova de<<strong>br</strong> />

Matemática.<<strong>br</strong> />

A prova é composta de 45 questões objetivas de múltipla escolha, valendo 100 pontos.<<strong>br</strong> />

Este exame é diferente dos exames tradicionais, pois buscará verificar se você é capaz de usar<<strong>br</strong> />

os conhecimentos em situações reais da sua vida em sociedade.<<strong>br</strong> />

As competências e habilidades fundamentais desta área de conhecimento estão contidas em:<<strong>br</strong> />

I. Compreender a Matemática como construção humana, relacionando o seu<<strong>br</strong> />

desenvolvimento com a transformação da sociedade.<<strong>br</strong> />

II. Ampliar formas de raciocínio e processos mentais por meio de indução,<<strong>br</strong> />

dedução, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />

matemáticos.<<strong>br</strong> />

III. Construir significados e ampliar os já existentes para os números naturais,<<strong>br</strong> />

inteiros e racionais.<<strong>br</strong> />

IV. Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da<<strong>br</strong> />

realidade, e agir so<strong>br</strong>e ela.<<strong>br</strong> />

V. Construir e ampliar noções de grandezas e medidas para a compreensão da<<strong>br</strong> />

realidade e a solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />

VI. Construir e ampliar noções de variação de grandeza para a compreensão da<<strong>br</strong> />

realidade e a solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />

VII. Construir e utilizar conceitos algé<strong>br</strong>icos para modelar e resolver problemas.


VIII. Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de<<strong>br</strong> />

gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação<<strong>br</strong> />

e interpretação.<<strong>br</strong> />

IX. Compreender conceitos, estratégias e situações matemáticas numéricas para<<strong>br</strong> />

aplicá-los a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e da<<strong>br</strong> />

atividade cotidiana.<<strong>br</strong> />

Os textos que se seguem pretendem ajudá-lo a compreender melhor cada uma dessas nove<<strong>br</strong> />

competências. Cada capítulo é composto por um texto básico que discute os conhecimentos<<strong>br</strong> />

referentes à competência tema do capítulo. Esse texto básico está organizado em duas colunas.<<strong>br</strong> />

Durante a leitura do texto básico, você encontrará dois tipos de boxes: um boxe denominado de<<strong>br</strong> />

desenvolvendo competências e outro, de texto explicativo.<<strong>br</strong> />

O boxe desenvolvendo competências apresenta atividades para que você possa ampliar seu<<strong>br</strong> />

conhecimento. As respostas podem ser encontradas no fim do capítulo. O boxe de texto<<strong>br</strong> />

explicativo indica possibilidades de leitura e reflexão so<strong>br</strong>e o tema do capítulo.<<strong>br</strong> />

O texto básico está construído de forma que você possa refletir so<strong>br</strong>e várias situações-problema<<strong>br</strong> />

de seu cotidiano, aplicando o conhecimento técnico-científico construído historicamente,<<strong>br</strong> />

organizado e transmitido pelos livros e pela escola.<<strong>br</strong> />

Você poderá, ainda, complementar seus estudos com outros materiais didáticos, freqüentando<<strong>br</strong> />

cursos ou estudando sozinho. Para obter êxito na prova de Matemática do ENCCEJA, esse<<strong>br</strong> />

material será fundamental em seus estudos.<<strong>br</strong> />

9


Capítulo I<<strong>br</strong> />

<strong>MATEM</strong>ÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO HUMANA<<strong>br</strong> />

COMPREENDER A <strong>MATEM</strong>ÁTICA COMO CONSTRUÇÃO<<strong>br</strong> />

HUMANA, RELACIONANDO O SEU DESENVOLVIMENTO<<strong>br</strong> />

COM A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE.<<strong>br</strong> />

Vinício de Macedo Santos


12<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo I<<strong>br</strong> />

Matemática:<<strong>br</strong> />

uma construção humana<<strong>br</strong> />

Apresentação<<strong>br</strong> />

Você consegue imaginar a sua vida sem usar os<<strong>br</strong> />

números, sem fazer cálculos ou medidas? Como<<strong>br</strong> />

seria na hora de ir fazer suas compras, <strong>pag</strong>ar suas<<strong>br</strong> />

contas ou marcar um compromisso?<<strong>br</strong> />

Você já se perguntou alguma vez de onde vêm e<<strong>br</strong> />

como são geradas nossas idéias, os nossos<<strong>br</strong> />

conhecimentos matemáticos?<<strong>br</strong> />

São muitas e muitas as informações disponíveis<<strong>br</strong> />

ao nosso redor. Convivemos a todo instante com<<strong>br</strong> />

tantas invenções e conquistas que, de algum<<strong>br</strong> />

modo, mudaram e até facilitaram nossa vida e<<strong>br</strong> />

nem nos damos conta de que, em outras épocas,<<strong>br</strong> />

as coisas eram totalmente diferentes.<<strong>br</strong> />

Alguma vez você já se perguntou:<<strong>br</strong> />

de onde vem a Matemática?<<strong>br</strong> />

Quando um grupo de pessoas se depara com um<<strong>br</strong> />

problema ou com alguma dificuldade qual é, no<<strong>br</strong> />

seu ponto de vista, a atitude que deve ser<<strong>br</strong> />

tomada? Ignorar o problema ou encontrar<<strong>br</strong> />

uma solução?<<strong>br</strong> />

A Matemática foi sendo inventada pelo homem<<strong>br</strong> />

porque a vida dele foi exigindo que resolvesse<<strong>br</strong> />

certos problemas para compreender a natureza,<<strong>br</strong> />

transformá-la e continuar se desenvolvendo. À<<strong>br</strong> />

medida que conhece melhor o mundo natural, o<<strong>br</strong> />

homem vai gerando ciência, tecnologia e arte.<<strong>br</strong> />

Você já tem vários conhecimentos de Matemática<<strong>br</strong> />

e deve ter curiosidade em saber mais. Neste<<strong>br</strong> />

capítulo você terá oportunidade de avaliar o que<<strong>br</strong> />

sabe, de conhecer mais, para responder muitas<<strong>br</strong> />

das suas perguntas, além de continuar fazendo<<strong>br</strong> />

outras e enfrentar aquelas situações que<<strong>br</strong> />

dependem de algum conhecimento matemático.<<strong>br</strong> />

Convidamos você a continuar lendo este capítulo<<strong>br</strong> />

e desenvolver as atividades propostas, tendo<<strong>br</strong> />

sempre com você um caderno e um lápis para<<strong>br</strong> />

fazer anotações.<<strong>br</strong> />

Os números que conhecemos e costumamos usar,<<strong>br</strong> />

os cálculos escritos ou de cabeça que fazemos<<strong>br</strong> />

diariamente, as formas geométricas que podem<<strong>br</strong> />

ser observadas nos prédios, pontes ou<<strong>br</strong> />

embalagens, os gráficos, tabelas, entre muitas<<strong>br</strong> />

outras coisas, são parte da criação humana. Todas<<strong>br</strong> />

elas são parte da Matemática.


Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

A presença da Matemática<<strong>br</strong> />

Leia o texto abaixo, faça observações no<<strong>br</strong> />

ambiente em que vive e registre as situações em<<strong>br</strong> />

que você reconhece a presença da Matemática:<<strong>br</strong> />

As primeiras pistas são dadas pela natureza<<strong>br</strong> />

O homem já acreditou que a Terra ocupava o<<strong>br</strong> />

centro do universo e que era um grande disco<<strong>br</strong> />

composto da Europa e Ásia que não se movia. Ele<<strong>br</strong> />

também já pensou que vivia dentro de uma esfera<<strong>br</strong> />

cuja parte superior era o céu e que este mesmo<<strong>br</strong> />

céu poderia desabar. E, ainda, que muitos<<strong>br</strong> />

fenômenos naturais ocorriam em conseqüência da<<strong>br</strong> />

fúria de deuses contrariados. Ainda hoje, há<<strong>br</strong> />

povos que permanecem acreditando em idéias<<strong>br</strong> />

mais ou menos parecidas. Esse conhecimento,<<strong>br</strong> />

para grande parte da humanidade, foi sendo<<strong>br</strong> />

substituído por outro: um conhecimento baseado<<strong>br</strong> />

em evidências e fatos comprovados.<<strong>br</strong> />

Idéias relativas aos números, à percepção das<<strong>br</strong> />

formas e suas representações, tornaram-se<<strong>br</strong> />

possíveis graças a pistas oferecidas pela natureza.<<strong>br</strong> />

Observando os fenômenos que se repetem<<strong>br</strong> />

regularmente é possível dizer que, olhando para o<<strong>br</strong> />

céu e a sua volta, o homem desenvolveu idéias<<strong>br</strong> />

que levaram à criação da Matemática e de outros<<strong>br</strong> />

conhecimentos. Por exemplo:<<strong>br</strong> />

As quatro fases da lua que ocorrem num período<<strong>br</strong> />

de 28 dias. O ano, num período de<<strong>br</strong> />

aproximadamente 365 dias. O número de pétalas<<strong>br</strong> />

numa flor, dos <strong>br</strong>aços de uma estrela-do-mar, a<<strong>br</strong> />

quantidade de pernas nos animais e o modo como<<strong>br</strong> />

eles se movimentam, serviram de base para o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de muitos conhecimentos e para<<strong>br</strong> />

o desenvolvimento de teorias e técnicas.<<strong>br</strong> />

Formas como triângulos, quadrados, hexágonos,<<strong>br</strong> />

círculos, elipses, espirais, esferas, cubos, etc.,<<strong>br</strong> />

podem ser vistas com abundância em flores,<<strong>br</strong> />

frutos, planetas e noutros fenômenos naturais.<<strong>br</strong> />

Isso também ocorre no movimento descrito pelas<<strong>br</strong> />

estrelas e planetas, nas curvas do arco-íris, nas<<strong>br</strong> />

ondas formadas pelo vento, na areia dos desertos<<strong>br</strong> />

ou na superfície das águas.<<strong>br</strong> />

As explicações para tudo que o homem foi<<strong>br</strong> />

observando na natureza e tentando entender<<strong>br</strong> />

desenvolveram-se lentamente, ao longo de<<strong>br</strong> />

muitos séculos. A Matemática foi construída ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo como uma forma de pensamento<<strong>br</strong> />

e como uma ferramenta que o homem utilizava<<strong>br</strong> />

para organizar suas idéias e ajudar a entender<<strong>br</strong> />

as leis que governam o universo e os<<strong>br</strong> />

fenômenos naturais. Foi assim que ele<<strong>br</strong> />

desco<strong>br</strong>iu que a Terra é redonda, que faz um giro<<strong>br</strong> />

ao redor do Sol, que demora 365 dias, 5 horas,<<strong>br</strong> />

48 minutos e 46 segundos. Determinou também<<strong>br</strong> />

que existem nove planetas no nosso sistema<<strong>br</strong> />

solar e não seis, como se acreditou no século<<strong>br</strong> />

XVI. Foi capaz de calcular a rapidez da queda de<<strong>br</strong> />

um corpo e dizer por que ele cai do alto, atraído<<strong>br</strong> />

por uma força da Terra: a gravidade, a mesma<<strong>br</strong> />

força que nos segura em cima dela.<<strong>br</strong> />

A natureza é rica em fenômenos que serviram<<strong>br</strong> />

de inspiração para a construção do<<strong>br</strong> />

conhecimento humano.<<strong>br</strong> />

13


14<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Contando e calculando<<strong>br</strong> />

Olhe a sua volta e verifique onde há números,<<strong>br</strong> />

formas, gráficos, tabelas e outros símbolos<<strong>br</strong> />

matemáticos. O que foi possível observar? Escreva<<strong>br</strong> />

tudo o que você conseguiu ver. Separe aqueles<<strong>br</strong> />

elementos que você acha que foram inventados<<strong>br</strong> />

pelo homem e aqueles que estão na natureza.<<strong>br</strong> />

Tente lem<strong>br</strong>ar-se de algumas maneiras que as<<strong>br</strong> />

pessoas utilizam para contar, indicar quantidades,<<strong>br</strong> />

marcar os pontos de um jogo ou apresentar o<<strong>br</strong> />

resultado de uma partida de futebol. Escreva no<<strong>br</strong> />

seu caderno algumas dessas formas.<<strong>br</strong> />

Você já usou os dedos para contar ou calcular? E<<strong>br</strong> />

uma máquina calculadora?<<strong>br</strong> />

Você sabia que contar nos dedos é uma prática<<strong>br</strong> />

usual e muito antiga? Foi um importante recurso<<strong>br</strong> />

que auxiliou o homem na criação dos números e<<strong>br</strong> />

das operações. Alguns povos usaram, e outros<<strong>br</strong> />

ainda usam, a mão e o corpo como instrumentos<<strong>br</strong> />

para contar e calcular.<<strong>br</strong> />

Hoje calculamos muito rapidamente com lápis e<<strong>br</strong> />

papel ou simplesmente apertando a tecla de uma<<strong>br</strong> />

calculadora ou de um computador. No entanto,<<strong>br</strong> />

houve época em que os números e o cálculo não<<strong>br</strong> />

existiam e foi preciso inventá-los. O uso de<<strong>br</strong> />

marcas e entalhes em ossos e pedaços de<<strong>br</strong> />

madeira, os dedos das mãos, outras partes do<<strong>br</strong> />

corpo, e os ábacos, foram instrumentos<<strong>br</strong> />

indispensáveis para isso.<<strong>br</strong> />

Figura 1 – IFRAH, G. Os números: a história de<<strong>br</strong> />

uma grande invenção. 2 ed. Tradução de Stella M.<<strong>br</strong> />

de Freitas Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />

Tradução de: Les Chiffres, ou I’histoire d’ une<<strong>br</strong> />

grand invention.


Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

O ábaco é um instrumento que o homem antigo<<strong>br</strong> />

inventou para contar e fazer cálculos. Há vários<<strong>br</strong> />

tipos de ábacos. O mais comum é composto de<<strong>br</strong> />

hastes ou varetas em que se movimentam<<strong>br</strong> />

pequenas contas ou pedras furadas que indicam<<strong>br</strong> />

as quantidades. Cada pedra ou conta terá um<<strong>br</strong> />

O tempo e a velocidade<<strong>br</strong> />

Podemos marcar o tempo consultando um relógio<<strong>br</strong> />

de ponteiros ou digital, um calendário impresso<<strong>br</strong> />

ou eletrônico. Nos últimos anos, com o uso de<<strong>br</strong> />

computadores pode-se prever fenômenos<<strong>br</strong> />

climáticos com alguma certeza, para saber se vai<<strong>br</strong> />

chover ou fazer sol nos próximos dias.<<strong>br</strong> />

Mas houve época em que os relógios não<<strong>br</strong> />

existiam. A posição do sol, a aparência da lua ou<<strong>br</strong> />

mesmo uma vela queimando ou uma ampulheta<<strong>br</strong> />

serviam como meios para o homem marcar e<<strong>br</strong> />

controlar o tempo e fazer alguma previsão.<<strong>br</strong> />

Hoje também podemos planejar nossos horários e<<strong>br</strong> />

trajetos, pois é possível nos deslocarmos de<<strong>br</strong> />

maneira muito rápida, utilizando meios de<<strong>br</strong> />

transporte (ônibus, automóvel, bicicleta, barco,<<strong>br</strong> />

trem ou avião) que aproximam dois bairros, duas<<strong>br</strong> />

cidades ou países.<<strong>br</strong> />

valor que depende da posição da haste em que está<<strong>br</strong> />

colocada. Por exemplo: na primeira posição à direita<<strong>br</strong> />

tem valor de uma unidade, na segunda posição de<<strong>br</strong> />

10, na seguinte de 100 e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Veja dois tipos de ábacos nas figuras abaixo:<<strong>br</strong> />

Figura 2 e 3 – IFRAH, G. Os números: a história de uma<<strong>br</strong> />

grande invenção. 2 ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />

Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989. Tradução de: Les<<strong>br</strong> />

Chiffres, ou I’histoire d’ une grand invention. Figura 2 Figura 3<<strong>br</strong> />

Figura 4<<strong>br</strong> />

Graças ao desenvolvimento tecnológico e à<<strong>br</strong> />

engenharia, atualmente as distâncias podem ser<<strong>br</strong> />

rapidamente percorridas. No passado, o homem se<<strong>br</strong> />

deslocou entre grandes distâncias caminhando,<<strong>br</strong> />

montado em um camelo ou cavalo, ou conduzindo<<strong>br</strong> />

embarcações lentas empurradas pelo vento.<<strong>br</strong> />

E você? Quando vai fazer uma viagem,<<strong>br</strong> />

quais meios de transporte costuma usar?<<strong>br</strong> />

Qual você prefere e por quê?<<strong>br</strong> />

A tecnologia moderna permite que um fato<<strong>br</strong> />

ocorrido no Japão, no mesmo instante, seja<<strong>br</strong> />

conhecido em diferentes pontos<<strong>br</strong> />

do planeta. Isto porque podemos nos comunicar,<<strong>br</strong> />

instantaneamente, usando satélite, telefone<<strong>br</strong> />

ou Internet.<<strong>br</strong> />

As informações e mensagens já foram<<strong>br</strong> />

transmitidas, no passado, de forma oral ou escrita<<strong>br</strong> />

por vários meios: no “boca-a-boca”, por<<strong>br</strong> />

mensageiros a cavalo, pombos-correio, telégrafo<<strong>br</strong> />

sem fio, a cabo, etc.<<strong>br</strong> />

Quando você precisa se comunicar com<<strong>br</strong> />

uma pessoa que esteja em outro lugar, qual<<strong>br</strong> />

desses meios você costuma utilizar?<<strong>br</strong> />

No passado ou no presente, a Matemática, junto<<strong>br</strong> />

com outras ciências (Física, Astronomia, Química<<strong>br</strong> />

etc.) ajuda o homem a encontrar solução para<<strong>br</strong> />

seus desafios, sejam eles a construção de estradas,<<strong>br</strong> />

pontes, túneis, embarcações, aviões, foguetes e<<strong>br</strong> />

satélites ou, ainda, a melhoria de condições<<strong>br</strong> />

básicas de cidadania, que incluem a saúde, a<<strong>br</strong> />

educação, a moradia, entre outros aspectos.<<strong>br</strong> />

15


16<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

A linguagem matemática<<strong>br</strong> />

Se você olhar com atenção verá que as notícias<<strong>br</strong> />

e as informações que atualmente recebemos<<strong>br</strong> />

pelos meios de comunicação estão cheias de<<strong>br</strong> />

idéias e símbolos matemáticos que precisamos<<strong>br</strong> />

ler e interpretar.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Quando você lê jornal, revista ou vê televisão que tipo de símbolo ou registro matemático<<strong>br</strong> />

você identifica? Escreva alguns no caderno.<<strong>br</strong> />

II. Leia o texto abaixo e procure interpretar sua mensagem. Identifique e marque todos os<<strong>br</strong> />

símbolos e termos matemáticos que encontrar.<<strong>br</strong> />

A cidade de São Paulo é a maior cidade <strong>br</strong>asileira, com aproximadamente 10 milhões de<<strong>br</strong> />

habitantes, o que faz com que esteja no grupo das primeiras cidades mais populosas do<<strong>br</strong> />

mundo. O Brasil tem 5.561 municípios e uma população por volta de 170 milhões de<<strong>br</strong> />

habitantes e São Paulo, sozinha, tem, portanto, o equivalente a quase 6% da população<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira. Um outro dado significativo é a quantidade de veículos dessa cidade, que é de<<strong>br</strong> />

aproximadamente cinco milhões. Isto permite concluir que, em média, há um veículo para<<strong>br</strong> />

cada dois habitantes. É por isso que os moradores dessa cidade enfrentam, diariamente,<<strong>br</strong> />

dezenas e, às vezes, centenas de quilômetros de congestionamento.<<strong>br</strong> />

Leia agora o texto, “pulando” as informações matemáticas que você destacou. Verifique se é<<strong>br</strong> />

possível compreender a mensagem do autor e escreva algumas das suas conclusões.<<strong>br</strong> />

Entre as diversas maneiras de se registrar<<strong>br</strong> />

informações matemáticas atualmente, ou em<<strong>br</strong> />

tempos passados há, por exemplo:<<strong>br</strong> />

Figura 5 – Uma página do Papiro de Rhind.<<strong>br</strong> />

BOYER, C. História da Matemática. Ed. Edgard<<strong>br</strong> />

BLÜCHER, p. 7<<strong>br</strong> />

Você conhece algum outro registro matemático<<strong>br</strong> />

diferente dos que foram apresentados? Você<<strong>br</strong> />

acha que gráficos e tabelas são registros<<strong>br</strong> />

matemáticos? Se precisar, pesquise em livros,<<strong>br</strong> />

revistas, jornais etc.<<strong>br</strong> />

Você está bastante familiarizado com um dos<<strong>br</strong> />

sistemas de numeração criados pelo homem, que<<strong>br</strong> />

é o sistema indo-arábico. Há algum outro sistema<<strong>br</strong> />

de numeração que você utiliza no seu dia-a-dia?<<strong>br</strong> />

Possivelmente você já viu relógios em que as<<strong>br</strong> />

horas são marcadas com algarismos romanos,<<strong>br</strong> />

assim como já leu ou registrou informações<<strong>br</strong> />

contendo o século em que ocorreu um fato<<strong>br</strong> />

importante ou o nome de algum rei usando esses<<strong>br</strong> />

mesmos algarismos romanos.


2<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Na figura abaixo há símbolos numéricos de alguns sistemas de numeração antigos e é feita<<strong>br</strong> />

uma correspondência com os números indo-arábicos.<<strong>br</strong> />

Figura 6 – Adaptado de SOLOMON, C. Matemática. Série prisma. Ed. Melhoramentos, 1977, pp. 22 e 23.<<strong>br</strong> />

I. De acordo com o quadro acima, o século em que estamos vivendo é representado por:<<strong>br</strong> />

a) XX b) XIX c) XXI d) CCI<<strong>br</strong> />

Você já viu como são representados os planetas<<strong>br</strong> />

do nosso sistema solar e suas órbitas? Faça um<<strong>br</strong> />

rascunho no seu caderno. Se achar necessário<<strong>br</strong> />

pesquise em livros e revistas.<<strong>br</strong> />

Diferentes modelos usando figuras geométricas<<strong>br</strong> />

foram criados para representar as órbitas dos<<strong>br</strong> />

planetas. Um deles deve-se ao físico Kepler, no<<strong>br</strong> />

século XVI, que revela o fascínio que a harmonia<<strong>br</strong> />

e perfeição dessas figuras exerciam so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

homem naquela época.<<strong>br</strong> />

Figura 7 – KOESTLER, Arthur. Os sonâmbulos: história das<<strong>br</strong> />

concepções do homem so<strong>br</strong>e o universo. Tradução de Alberto Denis.<<strong>br</strong> />

São Paulo: IBRASA, 1961. (Biblioteca Histórica; v. 7). Tradução de:<<strong>br</strong> />

The sleepwalkers: a history of man’s changing vision of the universe<<strong>br</strong> />

Você conhece as figuras geométricas usadas<<strong>br</strong> />

nessas representações? Sabe o nome de algumas<<strong>br</strong> />

delas e o que cada uma tem de igual e de<<strong>br</strong> />

diferente em relação às outras?<<strong>br</strong> />

Figura 8 – KOESTLER, Arthur. Os sonâmbulos: história das<<strong>br</strong> />

concepções do homem so<strong>br</strong>e o universo. Tradução de Alberto Denis.<<strong>br</strong> />

São Paulo: IBRASA, 1961. (Biblioteca Histórica; v. 7). Tradução de:<<strong>br</strong> />

The sleepwalkers: a history of man’s changing vision of the universe<<strong>br</strong> />

17


18<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Analisando diferentes formas geométricas, que semelhanças e que diferenças você<<strong>br</strong> />

observa entre:<<strong>br</strong> />

– um círculo e uma esfera?<<strong>br</strong> />

– um triângulo e uma pirâmide?<<strong>br</strong> />

– um quadrado e um cubo?<<strong>br</strong> />

Quais dessas são figuras planas?<<strong>br</strong> />

E quais são figuras não planas?<<strong>br</strong> />

Você já observou sua conta de água? Nela<<strong>br</strong> />

constam números que indicam o custo/preço, o<<strong>br</strong> />

consumo em metros cúbicos, a data de<<strong>br</strong> />

vencimento e a data em que foi feita a leitura do<<strong>br</strong> />

consumo, o número da casa e o CEP (código<<strong>br</strong> />

postal) no endereço, o código da empresa<<strong>br</strong> />

fornecedora de água etc. Em uma conta de luz, de<<strong>br</strong> />

água ou em um cupom de supermercado também<<strong>br</strong> />

aparecem vários tipos de números. Utilize um<<strong>br</strong> />

comprovante de compra de supermercado e<<strong>br</strong> />

procure identificar os diferentes registros<<strong>br</strong> />

numéricos que há nele. Faça uma listagem dos<<strong>br</strong> />

números que aparecem e escreva ao lado de cada<<strong>br</strong> />

um o que indicam. Para que serve cada tipo de<<strong>br</strong> />

número encontrado no cupom?<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Nas teclas de uma calculadora e no seu visor,<<strong>br</strong> />

diferentes símbolos matemáticos podem ser<<strong>br</strong> />

observados. Pegue uma calculadora e procure<<strong>br</strong> />

identificar o significado de cada símbolo e a<<strong>br</strong> />

forma de utilizar cada tecla.<<strong>br</strong> />

I. A receita de farofa de carne-de-sol contém lacunas que você deverá preencher. Depois de<<strong>br</strong> />

preenchida confira sua receita com a apresentada no final do capítulo.<<strong>br</strong> />

Receita de farofa de carne-de-sol:<<strong>br</strong> />

Ingredientes:<<strong>br</strong> />

________ de carne-de-sol;<<strong>br</strong> />

________ azeitonas verdes;<<strong>br</strong> />

________ de sopa de manteiga;<<strong>br</strong> />

________ cebola cortada em rodelas;<<strong>br</strong> />

________ de chá de alho picado;<<strong>br</strong> />

________ de so<strong>br</strong>emesa de hortelã picada;<<strong>br</strong> />

________ pitadas de sal;<<strong>br</strong> />

________ bananas-prata;<<strong>br</strong> />

Tempo de preparo: _____ hora.<<strong>br</strong> />

________ copos de farinha de mandioca.<<strong>br</strong> />

Rendimento: ________ porções.


5<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Escolha um programa de televisão ou de rádio, de preferência um noticiário e procure<<strong>br</strong> />

interpretar as notícias apresentadas anotando no seu caderno todo e qualquer tipo de<<strong>br</strong> />

informação e idéia matemáticas que você for vendo e/ou ouvindo no decorrer do noticiário. Ao<<strong>br</strong> />

final verifique aquelas que são relacionadas com os diferentes tipos de números que você<<strong>br</strong> />

conhece, com figuras ou noções de geometria, com as medidas, com a estatística, etc.<<strong>br</strong> />

Você já deve ter observado que a Matemática<<strong>br</strong> />

se utiliza de registros, códigos, símbolos. Enfim, que<<strong>br</strong> />

ela tem uma linguagem própria. Mas o que é<<strong>br</strong> />

importante é que essa linguagem é universal.<<strong>br</strong> />

Praticamente, é utilizada em todos os recantos do<<strong>br</strong> />

mundo, favorecendo a comunicação entre os povos.<<strong>br</strong> />

A Matemática é uma só?<<strong>br</strong> />

A atividade matemática tem sido influenciada<<strong>br</strong> />

pela cultura e condições sociais e econômicas em<<strong>br</strong> />

cada época. As civilizações egípcia, grega e árabe<<strong>br</strong> />

tinham necessidades diferentes, relacionadas aos<<strong>br</strong> />

seus costumes. Por isso, possivelmente, os processos<<strong>br</strong> />

e conhecimentos matemáticos puderam ser mais<<strong>br</strong> />

desenvolvidos em uma região do que em outra.<<strong>br</strong> />

Os babilônios contribuíram com uma Aritmética<<strong>br</strong> />

bastante desenvolvida. Os egípcios, além de<<strong>br</strong> />

noções aritméticas, contribuíram com<<strong>br</strong> />

conhecimentos <strong>iniciais</strong> da Geometria. Os gregos<<strong>br</strong> />

com a Geometria abstrata e os árabes com a<<strong>br</strong> />

numeração e a Álge<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Na história da Matemática, vários tipos de<<strong>br</strong> />

problemas foram servindo de base para o homem<<strong>br</strong> />

construir o seu conhecimento matemático e,<<strong>br</strong> />

dependendo da natureza do problema, sua<<strong>br</strong> />

solução favoreceu o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />

Aritmética, da Geometria, da Álge<strong>br</strong>a, da<<strong>br</strong> />

Trigonometria, da Estatística, das Probabilidades,<<strong>br</strong> />

da Teoria dos Números, etc.<<strong>br</strong> />

O homem, em geral, usa seus conhecimentos<<strong>br</strong> />

para resolver problemas concretos. Os problemas<<strong>br</strong> />

que ele não consegue resolver, ou as perguntas<<strong>br</strong> />

que vai fazendo para si mesmo, dão origem a<<strong>br</strong> />

outros conceitos. Os conhecimentos são<<strong>br</strong> />

organizados em novos campos, ampliando esse<<strong>br</strong> />

“universo de conhecimentos” em um ritmo, cada<<strong>br</strong> />

vez mais intenso.<<strong>br</strong> />

Como já foi dito, a Matemática é uma construção<<strong>br</strong> />

da inteligência humana feita ao longo da história<<strong>br</strong> />

do homem, em decorrência da sua relação com a<<strong>br</strong> />

natureza e da vida em sociedade.<<strong>br</strong> />

Há certos conhecimentos de Matemática que a<<strong>br</strong> />

maioria dos cidadãos precisa utilizar para<<strong>br</strong> />

entender muitos aspectos das diferentes culturas<<strong>br</strong> />

em que vivem, para se comunicar e enfrentar<<strong>br</strong> />

algumas situações do dia-a-dia. Contar, fazer<<strong>br</strong> />

medidas e operações, ler e interpretar informações<<strong>br</strong> />

de gráficos e tabelas, saber argumentar ou contra<<strong>br</strong> />

argumentar, bem como comunicar um raciocínio<<strong>br</strong> />

aplicado para resolver um determinado problema<<strong>br</strong> />

são alguns desses usos.<<strong>br</strong> />

Figura 9 – IFRAH, G. Os números: a<<strong>br</strong> />

história de uma grande invenção. 2<<strong>br</strong> />

ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />

Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />

Tradução de: Les Chiffres, o I’<<strong>br</strong> />

histoire d’ une grand invention.<<strong>br</strong> />

Figura 10 – IFRAH, G. Os números: a<<strong>br</strong> />

história de uma grande invenção. 2<<strong>br</strong> />

ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />

Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />

Tradução de: Les Chiffres, o I’<<strong>br</strong> />

histoire d’ une grand invention.<<strong>br</strong> />

Figura 11 – TOLEDO, M. Didática de<<strong>br</strong> />

Matemática: como dois e dois: a<<strong>br</strong> />

construção da Matemática. São<<strong>br</strong> />

Paulo: FTD, c 1997. (Conteúdo e<<strong>br</strong> />

metodologia).<<strong>br</strong> />

19


20<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Há também conhecimentos avançados utilizados<<strong>br</strong> />

por matemáticos, cientistas e profissionais de<<strong>br</strong> />

outras áreas e que são aplicados em situações nem<<strong>br</strong> />

sempre compreendidas pela maioria das pessoas.<<strong>br</strong> />

Por exemplo, o funcionamento de um cartão<<strong>br</strong> />

telefônico, de um cartão magnético de banco, de<<strong>br</strong> />

um motor de automóvel ou de um computador.<<strong>br</strong> />

A Matemática se desenvolve tanto a partir de<<strong>br</strong> />

problemas do mundo em que os homens<<strong>br</strong> />

vivem, como também é estimulada por<<strong>br</strong> />

problemas internos a ela.<<strong>br</strong> />

Uma das formas de divulgação da Matemática é<<strong>br</strong> />

feita, na escola, pelos professores e livros. É onde<<strong>br</strong> />

Da explicação de fenômenos<<strong>br</strong> />

naturais à tecnologia<<strong>br</strong> />

Vejamos alguns exemplos da contribuição da<<strong>br</strong> />

Matemática na compreensão e análise de<<strong>br</strong> />

fenômenos naturais e da produção tecnológica.<<strong>br</strong> />

Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />

Uma das formas antigas para se saber a hora era<<strong>br</strong> />

pela posição do sol. À medida que a terra gira,<<strong>br</strong> />

durante o dia, observa-se que o sol muda de<<strong>br</strong> />

posição, no céu, modificando o tamanho e a<<strong>br</strong> />

posição da som<strong>br</strong>a dos objetos na Terra. O<<strong>br</strong> />

relógio solar é baseado nesse princípio para<<strong>br</strong> />

marcar as horas.<<strong>br</strong> />

Figura 12 – Disponível em http://pcdsh01.on.<strong>br</strong>/figuras/RelSolBsa.jpg.<<strong>br</strong> />

Você conhece esse tipo de relógio?<<strong>br</strong> />

Quais são as dificuldades que esse tipo de relógio<<strong>br</strong> />

apresenta?<<strong>br</strong> />

Fenômenos naturais que se repetem, como o dia,<<strong>br</strong> />

a noite, as fases da lua e estações do ano são uma<<strong>br</strong> />

espécie de “relógio natural”. Eles foram usados<<strong>br</strong> />

inicialmente para marcar intervalos de tempo.<<strong>br</strong> />

os conhecimentos podem ser apresentados de<<strong>br</strong> />

maneira adequada para que sejam utilizados nas<<strong>br</strong> />

diferentes situações que fazem parte da vida<<strong>br</strong> />

numa sociedade moderna.<<strong>br</strong> />

Gráfico 1<<strong>br</strong> />

Mas como esses fenômenos ocorrem em períodos<<strong>br</strong> />

de tempo longos, foi necessário encontrar um<<strong>br</strong> />

meio para marcar intervalos de tempo de forma<<strong>br</strong> />

mais precisa.<<strong>br</strong> />

O relógio de sol ou mostrador solar é constituído<<strong>br</strong> />

de uma vareta colocada verticalmente no solo.<<strong>br</strong> />

Ele reproduz a situação em que o tronco de uma<<strong>br</strong> />

árvore projeta sua som<strong>br</strong>a, marcando o<<strong>br</strong> />

movimento do sol. Os romanos, desde 300 a.C.,<<strong>br</strong> />

consideravam o dia solar dividido em doze partes<<strong>br</strong> />

para o dia e doze para a noite.<<strong>br</strong> />

Quando o sol estava visível, era possível ver a<<strong>br</strong> />

hora pela coincidência da som<strong>br</strong>a com uma das<<strong>br</strong> />

doze marcas. O problema consiste na<<strong>br</strong> />

impossibilidade de se saber as horas nos dias em<<strong>br</strong> />

que não há sol, ou durante a noite. Os relógios<<strong>br</strong> />

que nós utilizamos hoje permitem também marcar<<strong>br</strong> />

intervalos de tempos menores.<<strong>br</strong> />

Entre os relógios que são usados hoje em dia, no<<strong>br</strong> />

pulso, na parede, nas ruas, há os de ponteiros e<<strong>br</strong> />

os digitais. Em qual deles você tem maior<<strong>br</strong> />

facilidade de ler as horas? Por que? Escreva<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a diferença que eles apresentam ao indicar<<strong>br</strong> />

as horas.


6<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Os dois tipos de relógio indicam as horas,<<strong>br</strong> />

minutos e segundos, baseados no princípio de que<<strong>br</strong> />

uma hora tem 60 minutos e um minuto tem 60<<strong>br</strong> />

segundos. Porém, no relógio digital, a indicação<<strong>br</strong> />

das horas é direta, porque ele tem um mecanismo<<strong>br</strong> />

que conta os números de 60 em 60, apresentando,<<strong>br</strong> />

assim, o resultado da contagem. No relógio de<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Previsão<<strong>br</strong> />

meteorológica<<strong>br</strong> />

No mapa do Brasil está indicada a previsão do<<strong>br</strong> />

tempo para um determinado dia. Indique qual das<<strong>br</strong> />

informações abaixo está correta de acordo<<strong>br</strong> />

com o mapa:<<strong>br</strong> />

A) O céu está chuvoso na capital cearense.<<strong>br</strong> />

B) No Estado do Paraná está fazendo sol.<<strong>br</strong> />

C) Há chuva em Salvador.<<strong>br</strong> />

D) 26º é a temperatura máxima e 18º é a<<strong>br</strong> />

temperatura mínima na capital do país.<<strong>br</strong> />

Confira sua resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

Nesta situação, além dos conhecimentos que foram<<strong>br</strong> />

necessários para fazer as previsões do tempo, são<<strong>br</strong> />

utilizadas diferentes formas de representação<<strong>br</strong> />

(mapas, gráficos, legendas, números etc.) que<<strong>br</strong> />

permitem ao leitor verificar o que acontece. Para<<strong>br</strong> />

isso, é necessário interpretar certos códigos e<<strong>br</strong> />

representações e utilizar as informações para tirar<<strong>br</strong> />

conclusões adequadas.<<strong>br</strong> />

ponteiros, o visor está dividido em 12 partes e há<<strong>br</strong> />

três ponteiros sincronizados, mas cada um com<<strong>br</strong> />

uma velocidade diferente, de modo que temos que<<strong>br</strong> />

interpretar o número que cada um está indicando.<<strong>br</strong> />

É provável que muitas pessoas não consigam<<strong>br</strong> />

decidir qual relógio é mais difícil, pois depende<<strong>br</strong> />

de estarem habituados com um ou com o outro.<<strong>br</strong> />

A figura abaixo representa um relógio de ponteiros marcando o horário em que teve início a<<strong>br</strong> />

transmissão de uma partida de futebol. Qual das alternativas abaixo corresponde a esse<<strong>br</strong> />

mesmo horário marcado por um relógio digital?<<strong>br</strong> />

a) 10:12:30<<strong>br</strong> />

b) 10:14:07<<strong>br</strong> />

c) 10:10:00<<strong>br</strong> />

d) 10:11:35<<strong>br</strong> />

Figura 13<<strong>br</strong> />

Mapa 1<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 14 jun. 2002. p. C2, cedido pela Agência Folha.<<strong>br</strong> />

2) Resposta (c).<<strong>br</strong> />

21


22<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

Matemática: uma ferramenta importante<<strong>br</strong> />

para resolver problemas<<strong>br</strong> />

Tanto no passado como no presente, a Matemática<<strong>br</strong> />

tem sido utilizada pelo homem para resolver os<<strong>br</strong> />

mais variados tipos de problemas. As situações<<strong>br</strong> />

apresentadas a seguir são alguns exemplos disso.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Leia cada um dos textos, procurando reconhecer a<<strong>br</strong> />

presença da Matemática e utilizar seus próprios<<strong>br</strong> />

conhecimentos para resolver alguns problemas<<strong>br</strong> />

que são propostos a você:<<strong>br</strong> />

I. Os estiradores de cordas:<<strong>br</strong> />

A civilização egípcia desenvolveu-se na região em que fica o Rio Nilo. Graças a ele, a região é<<strong>br</strong> />

muito fértil e favorável à agricultura. Anualmente, de julho a setem<strong>br</strong>o ocorrem as enchentes<<strong>br</strong> />

e, na Antigüidade, essas enchentes derrubavam as cercas e muros de pedras que dividiam os<<strong>br</strong> />

terrenos dos agricultores. As fronteiras dos terrenos eram remarcadas pelos estiradores de<<strong>br</strong> />

cordas, ou agrimensores, que usavam cordas marcadas com nós, separados pela mesma<<strong>br</strong> />

distância. O intervalo entre os nós servia como unidade de medida. A corda esticada permitia<<strong>br</strong> />

ver a medida pelo número de vezes que a unidade cabia na extensão do terreno. Como nem<<strong>br</strong> />

sempre os intervalos cabiam um número inteiro de vezes nessa extensão, foi necessário<<strong>br</strong> />

subdividir a unidade de medida. A prática dos povos antigos com medidas deu origem às<<strong>br</strong> />

frações e números decimais.<<strong>br</strong> />

Uma corda com treze nós era utilizada para medir ângulos retos, necessários nas construções<<strong>br</strong> />

dos muros, das pirâmides etc. Eles do<strong>br</strong>avam a corda formando um triângulo de lados iguais<<strong>br</strong> />

a três, quatro e cinco intervalos e prendiam com estacas no chão.<<strong>br</strong> />

Figura 14 – TOLEDO, M. Didática de Matemática: como dois e dois: a construção da Matemática, São Paulo: FTD, c<<strong>br</strong> />

1997. (Conteúdo e metodologia).


8<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Você conhece a técnica utilizada por muitos<<strong>br</strong> />

pedreiros quando começam a construir uma<<strong>br</strong> />

casa? Se for possível, converse com algum<<strong>br</strong> />

pedreiro so<strong>br</strong>e isso.<<strong>br</strong> />

A técnica dos pedreiros é semelhante aquela<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Usando escalas<<strong>br</strong> />

Este mapa do Brasil está representado numa escala 1:50.000.000, o que significa que cada<<strong>br</strong> />

1cm representado no mapa corresponde a 50.000.000cm ou 500km das distâncias reais.<<strong>br</strong> />

Com o auxílio de uma régua, verifique qual é a distância real aproximada entre<<strong>br</strong> />

Cuiabá e Natal.<<strong>br</strong> />

Mapa 2 – LOPES, A.J. Matemática hoje é feita assim: 6ª série.<<strong>br</strong> />

São Paulo: FTD, 2000. p. 250.<<strong>br</strong> />

utilizada pelos estiradores de cordas nas<<strong>br</strong> />

construções que envolviam ângulos retos. Ela<<strong>br</strong> />

consiste em usar barbante e 3 estacas fincadas<<strong>br</strong> />

no chão formando um triângulo de lados iguais<<strong>br</strong> />

a 3, 4 e 5 metros.<<strong>br</strong> />

23


24<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Argumentando podemos convencer<<strong>br</strong> />

Você já ouviu o ditado popular que diz: Contra<<strong>br</strong> />

fatos não há argumentos. Você entende o que isso<<strong>br</strong> />

quer dizer? Concorda?<<strong>br</strong> />

A prática da argumentação faz parte da nossa<<strong>br</strong> />

vida e das situações que envolvem idéias<<strong>br</strong> />

matemáticas de tal modo que, na história do<<strong>br</strong> />

conhecimento humano, parece que a força dos<<strong>br</strong> />

bons argumentos tem prevalecido.<<strong>br</strong> />

Em um noticiário de TV, o locutor apresentou a<<strong>br</strong> />

previsão do tempo da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

“A probabilidade de chover no sábado é de 50% e<<strong>br</strong> />

a probabilidade de chover no domingo também é<<strong>br</strong> />

de 50%. Logo a probabilidade de chover no fim de<<strong>br</strong> />

semana é de 100%”<<strong>br</strong> />

Exemplo dado por J. A. Paulos e citado no artigo Linguagem Matemática:<<strong>br</strong> />

símbolo e significado de Carmem Gómez Granell no livro: Além da Alfabetização<<strong>br</strong> />

de Ana Teberosky e Liliana Tolchinski, Ed. Ática.<<strong>br</strong> />

Essa afirmação apresenta um erro. Você sabe<<strong>br</strong> />

identificá-lo? Em caso afirmativo escreva uma<<strong>br</strong> />

outra maneira de apresentar a previsão do tempo<<strong>br</strong> />

nesse noticiário.<<strong>br</strong> />

Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

Numa aula de Matemática, o professor pediu aos<<strong>br</strong> />

alunos que analisassem as seguintes afirmações:<<strong>br</strong> />

I: “A menor distância entre dois pontos é uma<<strong>br</strong> />

linha reta”.<<strong>br</strong> />

II: “A menor distância entre dois pontos nem<<strong>br</strong> />

sempre é uma linha reta”.<<strong>br</strong> />

Na sua opinião, qual dessas afirmações é<<strong>br</strong> />

verdadeira? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

Essas duas afirmações são ambas verdadeiras,<<strong>br</strong> />

dependendo do contexto.<<strong>br</strong> />

Por isso, é necessário argumentar para esclarecêlas<<strong>br</strong> />

e sustentá-las.<<strong>br</strong> />

A primeira afirmação refere-se a dois pontos<<strong>br</strong> />

situados em um plano. Por exemplo, entre dois<<strong>br</strong> />

pontos marcados numa lousa, numa folha de papel,<<strong>br</strong> />

numa mesa ou no chão da sua casa, pode-se fazer<<strong>br</strong> />

os mais diferentes caminhos. Mas, um segmento de<<strong>br</strong> />

reta é a menor distância entre os dois pontos.<<strong>br</strong> />

Figura 15<<strong>br</strong> />

4.1) A chance de chover no fim de semana é de 50%. O erro consiste em<<strong>br</strong> />

somar as probabilidades.<<strong>br</strong> />

A segunda afirmação pode se referir a uma idéia<<strong>br</strong> />

de outro tipo. Na superfície do globo terrestre ou<<strong>br</strong> />

de uma esfera, é possível também fazer<<strong>br</strong> />

diferentes caminhos entre dois pontos ou<<strong>br</strong> />

partindo-se de um ponto e voltando a ele. Mas<<strong>br</strong> />

não se pode fazer em linha reta. So<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

superfície esférica a menor distância entre dois<<strong>br</strong> />

pontos é um segmento de circunferência.<<strong>br</strong> />

Por exemplo, se você usar uma laranja só será<<strong>br</strong> />

possível ligar dois pontos opostos com uma linha<<strong>br</strong> />

reta perfurando a laranja com um palito ou<<strong>br</strong> />

objeto semelhante.<<strong>br</strong> />

Figura 16<<strong>br</strong> />

Uma outra versão da afirmação “A menor<<strong>br</strong> />

distância entre dois pontos nem sempre é uma<<strong>br</strong> />

linha reta” pode ser encontrada num diálogo da<<strong>br</strong> />

peça A vida de Galileu, filósofo e astrônomo do<<strong>br</strong> />

século XVII, que disse: diante de obstáculos, o<<strong>br</strong> />

caminho mais curto entre dois pontos pode ser a<<strong>br</strong> />

curva. Tal frase procura esclarecer seu gesto<<strong>br</strong> />

quando precisou negar sua descoberta de que a<<strong>br</strong> />

Terra, a Lua e outros planetas se moviam no<<strong>br</strong> />

espaço, em torno do sol. Essa sua descoberta<<strong>br</strong> />

confirmava com maior precisão o modelo de<<strong>br</strong> />

sistema solar defendido por Copérnico um século<<strong>br</strong> />

antes. Sua teoria não era aceita pelas<<strong>br</strong> />

autoridades da época.<<strong>br</strong> />

A vida de Galileu<<strong>br</strong> />

Escrito por Bertold Brecht na peça teatral<<strong>br</strong> />

A vida de Galileu.Tradução de Roberto Schwarz.


9<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Resolva os seguintes problemas e descreva o raciocínio usado para resolvê-los, como se você<<strong>br</strong> />

estivesse tentando fazer alguém compreender sua solução:<<strong>br</strong> />

I. A data de fa<strong>br</strong>icação indicada na embalagem de uma caixa de leite é 23/12/2001 e a<<strong>br</strong> />

validade é de 20 dias. Em que dia venceu a validade ? Explique no seu caderno o modo<<strong>br</strong> />

como você raciocinou.<<strong>br</strong> />

II. Um estudo recente feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que o<<strong>br</strong> />

crescimento da população mundial atual é de 77 milhões de pessoas por ano, embora a<<strong>br</strong> />

tendência seja de diminuição desse ritmo.<<strong>br</strong> />

O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL<<strong>br</strong> />

Período<<strong>br</strong> />

Total de nascimentos/hora<<strong>br</strong> />

Século I ao século XVII<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

Século XVIII<<strong>br</strong> />

210<<strong>br</strong> />

Século XIX<<strong>br</strong> />

500<<strong>br</strong> />

Início do século XX<<strong>br</strong> />

1.300<<strong>br</strong> />

Final do século XX<<strong>br</strong> />

8.800<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

Revista Veja, São Paulo, 7 mar. 2001. p. 36.<<strong>br</strong> />

Taxa anual de crescimento<<strong>br</strong> />

17.200<<strong>br</strong> />

1.839.600<<strong>br</strong> />

11.366.000<<strong>br</strong> />

77.088.000<<strong>br</strong> />

Observe os dados da tabela e verifique como a informação das taxas de crescimento atual<<strong>br</strong> />

foram obtidas.<<strong>br</strong> />

• Você poderia dizer como era a taxa de crescimento no século XIX utilizando o mesmo critério?<<strong>br</strong> />

• Se você determinou que essa taxa era de aproximadamente 4.380.000, está correto.<<strong>br</strong> />

Leia a seguinte frase, interprete sua mensagem e utilize seus argumentos para tentar explicar<<strong>br</strong> />

o que você entendeu:<<strong>br</strong> />

Um grão de milho, ao cair não faz barulho; então como pode um alqueire fazer barulho?<<strong>br</strong> />

Esta frase é conhecida como paradoxo da semente de milho, de Zenão, filósofo grego que<<strong>br</strong> />

viveu no século V a.C.<<strong>br</strong> />

Um paradoxo é um tipo de afirmação que apresenta uma contradição: pode ser<<strong>br</strong> />

compreendida como uma coisa e também como outra coisa oposta à primeira idéia.<<strong>br</strong> />

25


26<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Escolha um filme para assistir pela TV com a<<strong>br</strong> />

seguinte preocupação, além de se divertir:<<strong>br</strong> />

• Verificar o país e cidade em que ocorre a<<strong>br</strong> />

história apresentada no filme;<<strong>br</strong> />

• Identificar a época (século ou ano) em que se<<strong>br</strong> />

desenvolve a história do filme;<<strong>br</strong> />

• Observar a idade, as relações de parentesco, o<<strong>br</strong> />

nível sócio-econômico dos personagens<<strong>br</strong> />

envolvidos na história;<<strong>br</strong> />

Ajudando a entender e a transformar<<strong>br</strong> />

Você já chegou a pensar a respeito das finalidades<<strong>br</strong> />

que deve ter a Matemática na vida do homem?<<strong>br</strong> />

Escreva no seu caderno uma ou duas finalidades<<strong>br</strong> />

que lhe pareçam razoáveis.<<strong>br</strong> />

A idéia é que o conhecimento matemático, assim<<strong>br</strong> />

como muitos outros, seja um instrumento<<strong>br</strong> />

utilizado para propor e melhorar as condições de<<strong>br</strong> />

vida da humanidade e contribuir para intervir na<<strong>br</strong> />

realidade, promovendo o desenvolvimento<<strong>br</strong> />

humano.<<strong>br</strong> />

Leia o próximo texto e veja os números indicados<<strong>br</strong> />

na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

A ELETRICIDADE EM LITROS<<strong>br</strong> />

Em fase de racionamento, as pessoas habituaramse<<strong>br</strong> />

a calcular o consumo de energia pela medida<<strong>br</strong> />

padrão, o quilowatt-hora. Como a eletricidade no<<strong>br</strong> />

Brasil é obtida basicamente a partir das<<strong>br</strong> />

hidrelétricas, é possível verificar não apenas<<strong>br</strong> />

quantos quilowatts-hora, mas quantos litros de<<strong>br</strong> />

Produto<<strong>br</strong> />

Forno de Microondas<<strong>br</strong> />

Ferro de Passar<<strong>br</strong> />

Televisão<<strong>br</strong> />

Chuveiro<<strong>br</strong> />

Geladeira<<strong>br</strong> />

Tabela 2<<strong>br</strong> />

Revista Veja, São Paulo, 7 mar. 2001. p. 63.<<strong>br</strong> />

Tempo médio de<<strong>br</strong> />

funcionamento diário<<strong>br</strong> />

5 minutos<<strong>br</strong> />

20 minutos<<strong>br</strong> />

2 horas<<strong>br</strong> />

15 minutos<<strong>br</strong> />

24 horas<<strong>br</strong> />

• Ficar atento a toda situação em que considere<<strong>br</strong> />

que há a presença de idéias matemáticas;<<strong>br</strong> />

• Tomar nota em um caderno de todas essas<<strong>br</strong> />

informações que você observou;<<strong>br</strong> />

• Experimente contar o filme para uma pessoa<<strong>br</strong> />

amiga ou da família, com base nas idéias que<<strong>br</strong> />

você anotou. Na exposição, não esqueça das<<strong>br</strong> />

idéias matemáticas anotadas, procurando<<strong>br</strong> />

reconstituir as situações que as envolviam.<<strong>br</strong> />

água são consumidos para fazer funcionar os<<strong>br</strong> />

eletrodomésticos. Veja quanta água uma usina<<strong>br</strong> />

como a de Xingó, na divisa entre Alagoas e<<strong>br</strong> />

Sergipe, utiliza para movimentar as turbinas e<<strong>br</strong> />

colocar em funcionamento os seguintes produtos:<<strong>br</strong> />

Quantidade de água que precisa passar<<strong>br</strong> />

pelas turbinas para manter o aparelho<<strong>br</strong> />

funcionando durante esse tempo<<strong>br</strong> />

190 litros ou 20 baldes<<strong>br</strong> />

1.100 litros ou 7 banheiras de<<strong>br</strong> />

hidromassagem de tamanho médio<<strong>br</strong> />

2.100 litros ou 4 caixas d’água residenciais<<strong>br</strong> />

4.000 litros ou 2 piscinas infantis<<strong>br</strong> />

10.000 litros ou um caminhão pipa


10<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Pensando na sua participação e de todos os<<strong>br</strong> />

outros cidadãos numa campanha de economia de<<strong>br</strong> />

energia:<<strong>br</strong> />

a) Verifique qual dos eletrodomésticos é o que<<strong>br</strong> />

mais consome energia num mesmo período de<<strong>br</strong> />

tempo a partir da quantidade de litros que escoam<<strong>br</strong> />

pelas turbinas de uma usina como a apresentada.<<strong>br</strong> />

b) Tendo como base a sua casa e as pessoas da<<strong>br</strong> />

sua família veja qual é o consumo total (pela<<strong>br</strong> />

quantidade de litros de água) por dia. Calcule<<strong>br</strong> />

qual é o consumo médio por pessoa.<<strong>br</strong> />

c) Considerando a população da sua cidade<<strong>br</strong> />

(pesquise qual é) verifique qual é o consumo<<strong>br</strong> />

médio da sua cidade.<<strong>br</strong> />

d) Vendo a quantidade de água escoada para<<strong>br</strong> />

proporcionar energia elétrica para toda a<<strong>br</strong> />

população de uma cidade, faça uma previsão para<<strong>br</strong> />

o seu Estado e país. Faça uma pesquisa so<strong>br</strong>e qual<<strong>br</strong> />

é a população do seu Estado e do Brasil para se<<strong>br</strong> />

ter uma idéia de qual é o consumo.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

e) Admitindo que é necessária uma quantidade de<<strong>br</strong> />

água muito grande e que há problemas para<<strong>br</strong> />

armazenar, permanentemente, todo esse volume<<strong>br</strong> />

de água, faça um estudo a partir dos dados da<<strong>br</strong> />

tabela, especificando:<<strong>br</strong> />

- em quais itens a população pode economizar<<strong>br</strong> />

mais no tempo de uso dos seus eletrodomésticos;<<strong>br</strong> />

- os cálculos para a sua cidade, por exemplo.<<strong>br</strong> />

Faça, por escrito, uma previsão de racionamento da<<strong>br</strong> />

sua cidade, detalhando todos os pontos, indicando a<<strong>br</strong> />

economia em relação aos cálculos feitos,<<strong>br</strong> />

anteriormente, da quantidade de litros d’água.<<strong>br</strong> />

f) Com base nos estudos e cálculos feitos encontre<<strong>br</strong> />

alguns argumentos favoráveis à economia no<<strong>br</strong> />

consumo por parte da população.<<strong>br</strong> />

I. Utilizando como base a conta de luz da sua casa, verifique o consumo em kilowatts e o<<strong>br</strong> />

custo indicado. Raciocine agora so<strong>br</strong>e a questão do consumo e do racionamento em termos<<strong>br</strong> />

dessas duas grandezas (kilowatts e dinheiro), faça os cálculos de consumo médio por pessoa e<<strong>br</strong> />

calcule o consumo para sua cidade. Aproveitando as porcentagens obtidas calcule qual é a<<strong>br</strong> />

economia que pode ser feita por pessoa e pela população de sua cidade em kilowatt e em<<strong>br</strong> />

dinheiro.<<strong>br</strong> />

27


28<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Yann Arthus-Bertand é um fotógrafo de origem<<strong>br</strong> />

francesa que se interessou por traçar um<<strong>br</strong> />

panorama do planeta, na entrada do novo<<strong>br</strong> />

milênio, por meio de fotografias aéreas, feitas de<<strong>br</strong> />

um helicóptero, em 76 países. No seu livro,<<strong>br</strong> />

chamado A Terra vista do céu, reuniu muitas<<strong>br</strong> />

dessas fotografias e considera que está fazendo<<strong>br</strong> />

um registro da ação do homem no planeta, que<<strong>br</strong> />

servirá de testemunho para as gerações futuras.<<strong>br</strong> />

Sua preocupação é expor a beleza do planeta e<<strong>br</strong> />

gerar um compromisso para sua preservação.<<strong>br</strong> />

Observe os traços, formas e detalhes de algumas<<strong>br</strong> />

das imagens:<<strong>br</strong> />

• Os homens do passado faziam marcas nas<<strong>br</strong> />

rochas, em pedaços de pau e ossos, em placas de<<strong>br</strong> />

argila, figuras geométricas nas peças de arte.<<strong>br</strong> />

Construíram templos e túmulos inspirados na<<strong>br</strong> />

Geometria. Tudo isso num esforço de representar<<strong>br</strong> />

suas idéias, de se comunicar com os outros<<strong>br</strong> />

homens, ou de permanecerem eternos. No seu<<strong>br</strong> />

entender, qual a diferença entre os<<strong>br</strong> />

procedimentos adotados pelo homem antigo e<<strong>br</strong> />

pelo fotógrafo?<<strong>br</strong> />

• Utilize alguns argumentos para explicar os<<strong>br</strong> />

significados das expressões: A Terra vista do<<strong>br</strong> />

céu e O céu visto da Terra baseando-se na<<strong>br</strong> />

leitura que você fez deste capítulo.<<strong>br</strong> />

Figura 17 Figura 19<<strong>br</strong> />

• Considere a forma de registro utilizada pelo<<strong>br</strong> />

fotógrafo. Quais elementos da Matemática você<<strong>br</strong> />

identifica nas imagens e no próprio trabalho<<strong>br</strong> />

do fotógrafo?<<strong>br</strong> />

• Você considera que a linguagem e os símbolos<<strong>br</strong> />

matemáticos podem auxiliar na preservação do<<strong>br</strong> />

planeta? Como? Se achar necessário pesquise<<strong>br</strong> />

em livros, revistas, jornais e Internet algumas<<strong>br</strong> />

idéias que o ajudem a argumentar.<<strong>br</strong> />

Figura 18


2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

I. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

I. Figuras planas: círculo, triângulo, quadrado.<<strong>br</strong> />

Figuras não planas: esfera, pirâmide e cubo.<<strong>br</strong> />

I. Receita completa: Farofa de carne-de-sol<<strong>br</strong> />

Ingredientes:<<strong>br</strong> />

200g de carne-de-sol;<<strong>br</strong> />

20 azeitonas;<<strong>br</strong> />

4 colheres (sopa) de manteiga;<<strong>br</strong> />

1 cebola em rodelas;<<strong>br</strong> />

2 colheres (chá) de alho;<<strong>br</strong> />

2 colheres (so<strong>br</strong>emesa)de hortelã picada;<<strong>br</strong> />

4 pitadas de sal;<<strong>br</strong> />

2 bananas-prata;<<strong>br</strong> />

2 copos de farinha de mandioca.<<strong>br</strong> />

Tempo de preparo: 1 hora. Rendimento: 6 porções.<<strong>br</strong> />

I. Resposta (d).<<strong>br</strong> />

I. 2.600 km<<strong>br</strong> />

I. Em 12/01/2002.<<strong>br</strong> />

29


30<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar, a partir da leitura de textos apropriados, diferentes registros do conhecimento<<strong>br</strong> />

matemático ao longo do tempo.<<strong>br</strong> />

• Reconhecer a contribuição da Matemática na compreensão e análise de fenômenos naturais, e da<<strong>br</strong> />

produção tecnológica, ao longo da história.<<strong>br</strong> />

• Identificar o recurso matemático utilizado pelo homem, ao longo da história, para enfrentar e resolver<<strong>br</strong> />

problemas.<<strong>br</strong> />

• Identificar a Matemática como importante recurso para a construção de argumentação.<<strong>br</strong> />

• Reconhecer, pela leitura de textos apropriados, a importância da Matemática na elaboração de<<strong>br</strong> />

proposta de intervenção solidária na realidade.


Capítulo II<<strong>br</strong> />

A ARTE DE RACIOCINAR<<strong>br</strong> />

AMPLIAR FORMAS DE RACIONCÍNIO E PROCESSOS MENTAIS<<strong>br</strong> />

POR MEIO DE INDUÇÃO, DEDUÇÃO, ANALOGIA E ESTIMATIVA,<<strong>br</strong> />

UTILIZANDO CONCEITOS E PROCEDIMENTOS <strong>MATEM</strong>ÁTICOS.<<strong>br</strong> />

Célia Maria Carolino Pires


32<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo II<<strong>br</strong> />

A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Apresentação<<strong>br</strong> />

É bem provável que o termo “raciocínio” seja um<<strong>br</strong> />

dos mais usados quando se fala em Matemática.<<strong>br</strong> />

Raciocinar, usar a razão...o que de fato<<strong>br</strong> />

isso significa?<<strong>br</strong> />

A capacidade de raciocinar já “nasce”<<strong>br</strong> />

com cada um de nós?<<strong>br</strong> />

Ou o raciocínio vai se desenvolvendo ao<<strong>br</strong> />

longo de nossa vida?<<strong>br</strong> />

E a escola? Ela tem um papel a<<strong>br</strong> />

desempenhar no desenvolvimento do<<strong>br</strong> />

raciocínio das crianças, dos jovens, dos<<strong>br</strong> />

adultos?<<strong>br</strong> />

O que você pensa a respeito<<strong>br</strong> />

dessas questões?<<strong>br</strong> />

A Matemática constitui um campo de<<strong>br</strong> />

conhecimentos tão diversificado que não é<<strong>br</strong> />

simples defini-la. Ela é a ciência dos números, do<<strong>br</strong> />

espaço, das formas, dos padrões e regularidades,<<strong>br</strong> />

das fórmulas, das equações, dos cálculos exatos,<<strong>br</strong> />

dos cálculos aproximados, do certo e também do<<strong>br</strong> />

provável... Por isso, em algumas línguas, ela é<<strong>br</strong> />

denominada no plural: as matemáticas.<<strong>br</strong> />

Na construção de seu conhecimento matemático,<<strong>br</strong> />

cada pessoa se utiliza de diferentes formas de<<strong>br</strong> />

raciocínio; a intuição, a dedução, a analogia são<<strong>br</strong> />

algumas delas.<<strong>br</strong> />

O propósito deste capítulo é o de estimular você a<<strong>br</strong> />

ampliar formas de raciocínio, utilizando conceitos<<strong>br</strong> />

e procedimentos matemáticos.<<strong>br</strong> />

Como você avalia sua capacidade<<strong>br</strong> />

de raciocinar?<<strong>br</strong> />

Não responda ainda. Deixe para fazê-lo no final<<strong>br</strong> />

desse capítulo.


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Uma diversidade de maneiras<<strong>br</strong> />

de fazer e utilizar Matemática<<strong>br</strong> />

Analisando uma simples cena do cotidiano é<<strong>br</strong> />

possível identificar a presença de diferentes<<strong>br</strong> />

aspectos da Matemática. Leia o texto que se segue.<<strong>br</strong> />

Num dia 01 de a<strong>br</strong>il, o famoso dia da mentira,<<strong>br</strong> />

como faz todos os dias, Sebastião a<strong>br</strong>iu seu jornal<<strong>br</strong> />

e ficou desanimado com a primeira notícia que<<strong>br</strong> />

leu. E foi logo lendo a notícia em voz alta para<<strong>br</strong> />

sua mulher Iracema, que estava acabando de<<strong>br</strong> />

passar o café.<<strong>br</strong> />

– Iracema, escute essa: o botijão de gás vai subir!<<strong>br</strong> />

Iracema, que ouvia atentamente a leitura de<<strong>br</strong> />

Sebastião, de repente interrompeu o marido:<<strong>br</strong> />

– É, Sebastião: se as coisas continuarem subindo,<<strong>br</strong> />

vai demorar ainda mais nosso sonho de<<strong>br</strong> />

comprar casa própria...<<strong>br</strong> />

Sebastião parou de ler a notícia do aumento do<<strong>br</strong> />

gás e chamou Iracema:<<strong>br</strong> />

– Por falar em casa própria, Iracema, olhe aqui<<strong>br</strong> />

essa tabela. Veja se você entende o que quer<<strong>br</strong> />

dizer...<<strong>br</strong> />

Enquanto Iracema decifrava a tabela, Sebastião<<strong>br</strong> />

foi ler as páginas de esporte, de que tanto gosta.<<strong>br</strong> />

E comentou:<<strong>br</strong> />

– Olhe só, Iracema... O campeonato está pegando<<strong>br</strong> />

fogo. Uma porção de gols. Veja só. Até para<<strong>br</strong> />

explicar o que está acontecendo com o futebol, o<<strong>br</strong> />

jornal está usando a Matemática.<<strong>br</strong> />

Iracema continuava tão atenta à leitura da tabela<<strong>br</strong> />

de financiamento de um imóvel que não deu<<strong>br</strong> />

ouvidos ao comentário do Sebastião. E nem<<strong>br</strong> />

prestou atenção quando ele disse:<<strong>br</strong> />

– Estou indo! Senão, chego atrasado...<<strong>br</strong> />

33


34<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Agora leia a notícia que desagradou ao Sebastião, analise a tabela de financiamento de um<<strong>br</strong> />

imóvel, que fez Dona Iracema sair “fora do ar” e observe as informações so<strong>br</strong>e o campeonato<<strong>br</strong> />

de futebol. Depois, responda às questões formuladas. Você pode usar uma calculadora.<<strong>br</strong> />

Texto 1<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. B3.<<strong>br</strong> />

Gráfico 1<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. B3.


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Gráfico 2<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. D9.<<strong>br</strong> />

Com relação ao preço do botijão de gás, se<<strong>br</strong> />

14,5% significa um aumento de R$1,20 a<<strong>br</strong> />

R$1,60, dependendo do Estado, é razoável<<strong>br</strong> />

dizer que, antes do aumento, o botijão de<<strong>br</strong> />

gás custava entre:<<strong>br</strong> />

a) R$5,25 e R$8,00<<strong>br</strong> />

b) R$8,27 e R$11,03<<strong>br</strong> />

c) R$9,50 e R$15,00<<strong>br</strong> />

d) R$18,25 e R$21,00<<strong>br</strong> />

Qual das modalidades de financiamento<<strong>br</strong> />

de imóvel você considera mais vantajosa?<<strong>br</strong> />

Por quê?<<strong>br</strong> />

Que vantagem pode ser observada no<<strong>br</strong> />

Sistema Financeiro de Habitação - SFH?<<strong>br</strong> />

Que cálculo foi feito para chegar ao<<strong>br</strong> />

percentual de 88,09% apresentado na<<strong>br</strong> />

última linha do gráfico?<<strong>br</strong> />

Dos gols do campeonato, quantos foram<<strong>br</strong> />

feitos de cabeça? E de fora da área?<<strong>br</strong> />

Quantas vezes a bola entrou no canto<<strong>br</strong> />

inferior esquerdo do gol?<<strong>br</strong> />

Em qual rodada foi atingida a maior<<strong>br</strong> />

média de gols?<<strong>br</strong> />

35


36<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Para responder às questões formuladas, muito<<strong>br</strong> />

provavelmente você teve que usar conhecimentos<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e proporcionalidade e, em particular, so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

porcentagem.<<strong>br</strong> />

No caso do preço do gás, usando a calculadora é<<strong>br</strong> />

possível verificar que 1% de aumento<<strong>br</strong> />

corresponderia a R$0,0827 (1,20 : 14,5) e que,<<strong>br</strong> />

portanto, antes do aumento o preço do botijão<<strong>br</strong> />

estava em torno de R$8,27, o que já permitiria<<strong>br</strong> />

indicar a segunda alternativa. Calculando 1,60:<<strong>br</strong> />

14,5 = 0,1103 você teria mais um dado para<<strong>br</strong> />

escolher essa alternativa.<<strong>br</strong> />

Analisando as informações apresentadas na<<strong>br</strong> />

tabela, certamente você pôde perceber que a<<strong>br</strong> />

modalidade de financiamento de imóvel mais<<strong>br</strong> />

vantajosa é a do consórcio; depois vem a do SFH<<strong>br</strong> />

e por último a carteira hipotecária. No SFH, as<<strong>br</strong> />

parcelas finais vão diminuindo.<<strong>br</strong> />

O cálculo para chegar ao percentual de 88,09%,<<strong>br</strong> />

apresentado na última linha do gráfico, pode ser<<strong>br</strong> />

feito dividindo-se o total <strong>pag</strong>o pela via do<<strong>br</strong> />

consórcio, que é de R$ 131.665,00, pelo o preço<<strong>br</strong> />

do imóvel que é de R$ 70.000,00, o que dá<<strong>br</strong> />

1,8809... Assim, a variação percentual so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

preço à vista é de 88,09. Confira as outras<<strong>br</strong> />

variações percentuais apresentadas.<<strong>br</strong> />

Você deve ter observado que a organização de<<strong>br</strong> />

dados em tabelas também ajuda a visualizar o<<strong>br</strong> />

que está acontecendo num campeonato de<<strong>br</strong> />

futebol. Essa análise estatística é uma importante<<strong>br</strong> />

contribuição da Matemática.<<strong>br</strong> />

CONFIRA O QUE VOCÊ RESPONDEU:<<strong>br</strong> />

Os gols do campeonato feitos de<<strong>br</strong> />

cabeça foram 70.<<strong>br</strong> />

Os gols marcados de fora da área<<strong>br</strong> />

foram 66.<<strong>br</strong> />

A bola entrou no canto inferior<<strong>br</strong> />

esquerdo do gol 111 vezes.<<strong>br</strong> />

A maior média de gols aconteceu na 7ª<<strong>br</strong> />

rodada.<<strong>br</strong> />

Como já comentamos, a Matemática não se ocupa<<strong>br</strong> />

apenas de situações numéricas. Vamos analisar<<strong>br</strong> />

alguns procedimentos de localização, usando o<<strong>br</strong> />

sistema cartesiano de eixos, denominado<<strong>br</strong> />

“cartesiano” em homenagem ao filósofo e<<strong>br</strong> />

matemático René Descartes (1596-1650).


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Observe a folha de um guia da cidade que mostra<<strong>br</strong> />

uma região da maior cidade <strong>br</strong>asileira: São Paulo.<<strong>br</strong> />

Mapa 1<<strong>br</strong> />

A localização de ruas pode ser dada por um par<<strong>br</strong> />

formado por uma letra e um número. Assim,<<strong>br</strong> />

para localizar a rua Edgar Franco podemos usar<<strong>br</strong> />

o código (D,2).<<strong>br</strong> />

Mesmo que você não conheça a cidade de São<<strong>br</strong> />

Paulo, com base na folha de um guia<<strong>br</strong> />

reproduzida acima, destaque ruas que possam<<strong>br</strong> />

ser encontradas por meio das coordenadas:<<strong>br</strong> />

(A,3); (B,4); (C,1).<<strong>br</strong> />

Nas grandes cidades, em que os bairros se<<strong>br</strong> />

multiplicam, as ruas vão formando um traçado<<strong>br</strong> />

emaranhado de curvas e retas que se<<strong>br</strong> />

entrecruzam. Para localizá-las, é interessante e<<strong>br</strong> />

útil usar guias e mapas. Desse modo, sua leitura<<strong>br</strong> />

acaba fazendo parte da vida dos habitantes e<<strong>br</strong> />

visitantes de uma cidade.<<strong>br</strong> />

37


38<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

A leitura de guias é apoiada num modelo<<strong>br</strong> />

matemático que é o sistema cartesiano de eixos.<<strong>br</strong> />

A localização de cada ponto nesse sistema é<<strong>br</strong> />

dada por um par ordenado de números, que são<<strong>br</strong> />

chamadas coordenadas cartesianas. Assim, por<<strong>br</strong> />

exemplo, na figura abaixo, o ponto Z é<<strong>br</strong> />

representado pelo par (3,1), o ponto W pelo par<<strong>br</strong> />

(6,0) e o ponto X pelo par (-5,2). Você já<<strong>br</strong> />

percebeu a regra, certo? Certamente também<<strong>br</strong> />

percebeu porque o par de números obedece a<<strong>br</strong> />

uma dada ordem (daí o nome “par ordenado”).<<strong>br</strong> />

Agora responda:<<strong>br</strong> />

Com base nessas informações, quais são as<<strong>br</strong> />

coordenadas dos pontos Y, A, B, C e D?<<strong>br</strong> />

Confira sua resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

A Matemática e a compreensão<<strong>br</strong> />

de fenômenos da natureza<<strong>br</strong> />

As explicações para muitos fenômenos da<<strong>br</strong> />

natureza e também para a criação de diferentes<<strong>br</strong> />

teorias tomaram como base o estabelecimento<<strong>br</strong> />

de analogias.<<strong>br</strong> />

Dentre as analogias clássicas na história das<<strong>br</strong> />

ciências podemos destacar as que compararam:<<strong>br</strong> />

• a estrutura do átomo com o sistema solar;<<strong>br</strong> />

• o <strong>br</strong>aço humano à alavanca;<<strong>br</strong> />

• o funcionamento de uma máquina ao do corpo<<strong>br</strong> />

humano.<<strong>br</strong> />

Outra analogia muito conhecida é feita entre uma<<strong>br</strong> />

balança de dois pratos em equilí<strong>br</strong>io e o processo<<strong>br</strong> />

de resolução de uma equação; uma transformação<<strong>br</strong> />

feita em um de seus mem<strong>br</strong>os deve ser realizada<<strong>br</strong> />

no outro mem<strong>br</strong>o para que se mantenha o<<strong>br</strong> />

“equilí<strong>br</strong>io”.<<strong>br</strong> />

Analogias<<strong>br</strong> />

Para Aristóteles (384-323 a.C.), a analogia<<strong>br</strong> />

consistia em “transportar” para uma dada coisa<<strong>br</strong> />

um nome que designava outra coisa.<<strong>br</strong> />

A teoria das proporções exposta por Euclides<<strong>br</strong> />

(365-300 a.C.) para quatro grandezas expressas<<strong>br</strong> />

por a, b, c e d é também uma forma de<<strong>br</strong> />

estabelecer analogia. Muito provavelmente você<<strong>br</strong> />

Figura 1<<strong>br</strong> />

•X<<strong>br</strong> />

•A<<strong>br</strong> />

•Y<<strong>br</strong> />

•Z<<strong>br</strong> />

•W<<strong>br</strong> />

•D<<strong>br</strong> />

•B •C<<strong>br</strong> />

já ouviu falar em regra de três, quando se diz: “ a<<strong>br</strong> />

está para b, assim como c está para d” e se<<strong>br</strong> />

representa a<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

c<<strong>br</strong> />

b d<<strong>br</strong> />

Pesquise em seus livros ou numa<<strong>br</strong> />

biblioteca e procure dar exemplos de<<strong>br</strong> />

situações em que você usa analogias.<<strong>br</strong> />

Agora vamos analisar um curioso fato que<<strong>br</strong> />

integra a história da Matemática. Muitos<<strong>br</strong> />

historiadores consideram que a Geometria, como<<strong>br</strong> />

ciência, teve seu início na Grécia, por volta do<<strong>br</strong> />

ano 600 a.C., especialmente com Tales de Mileto.<<strong>br</strong> />

Tales era filósofo, político, geômetra, e também<<strong>br</strong> />

comerciante. Acredita-se que ele visitou o Egito<<strong>br</strong> />

há mais de 2500 anos, deixando os estudiosos<<strong>br</strong> />

egípcios boquiabertos: ele teria obtido a altura da<<strong>br</strong> />

pirâmide de Quéops no Egito, não diretamente,<<strong>br</strong> />

mas por meio de cálculos, usando seus<<strong>br</strong> />

conhecimentos so<strong>br</strong>e Geometria. Sua idéia, de<<strong>br</strong> />

tão simples, foi genial.<<strong>br</strong> />

1. As coordenadas dos pontos são as seguintes: Y (2,3), A (-2,4), B (-3,-2) C (2, -2) e D (4, -1).


2<<strong>br</strong> />

Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Observe as ilustrações abaixo:<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Tales concluiu que, se em um dado instante, o<<strong>br</strong> />

comprimento da vareta fosse igual ao<<strong>br</strong> />

comprimento de sua som<strong>br</strong>a, a altura da pirâmide<<strong>br</strong> />

também deveria ser igual ao comprimento da<<strong>br</strong> />

som<strong>br</strong>a dela. Isto é, se o comprimento da vareta<<strong>br</strong> />

fosse igual ao do<strong>br</strong>o de sua som<strong>br</strong>a, a altura da<<strong>br</strong> />

pirâmide também seria o do<strong>br</strong>o da respectiva<<strong>br</strong> />

som<strong>br</strong>a e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Com base nas idéias de Tales, resolva o problema:<<strong>br</strong> />

Num dia de muito sol, Júlia fez uma experiência sugerida por sua professora. Mediu sua<<strong>br</strong> />

som<strong>br</strong>a e a som<strong>br</strong>a de um poste de iluminação que fica na frente de sua casa, no mesmo<<strong>br</strong> />

horário. A som<strong>br</strong>a de Júlia era de 80 cm e a do poste era de 1,80m. Se Júlia tem 1,40m, a<<strong>br</strong> />

altura do poste é de aproximadamente:<<strong>br</strong> />

a) 3,15m.<<strong>br</strong> />

b) 3,40m.<<strong>br</strong> />

c) 2,15m.<<strong>br</strong> />

d) 2,40m.<<strong>br</strong> />

Intuição matemática<<strong>br</strong> />

Muitas vezes, achamos a solução de nossos<<strong>br</strong> />

problemas de forma intuitiva. Nessas situações, é<<strong>br</strong> />

comum dizermos que usamos nosso “sexto<<strong>br</strong> />

sentido”. Você sabe o que significa essa expressão?<<strong>br</strong> />

Aliás, a intuição feminina, por exemplo, é bastante<<strong>br</strong> />

conhecida, em especial a de nossas mães. Elas<<strong>br</strong> />

quase sempre acertam quando nos perguntam se<<strong>br</strong> />

estamos com algum problema (e escondemos dela)<<strong>br</strong> />

ou até mesmo quando dizem que vai chover (nesse<<strong>br</strong> />

caso, o melhor é levar o guarda-chuva!).<<strong>br</strong> />

Mas você deve estar pensando:<<strong>br</strong> />

– O que intuição tem a ver com Matemática?<<strong>br</strong> />

– A construção do conhecimento matemático<<strong>br</strong> />

pode ter uma base intuitiva?<<strong>br</strong> />

Podemos dizer que o raciocínio matemático<<strong>br</strong> />

apóia-se na intuição, mas também procura<<strong>br</strong> />

generalizações e demonstrações.<<strong>br</strong> />

39


40<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Vamos analisar um outro fato histórico<<strong>br</strong> />

interessante.<<strong>br</strong> />

Conta-se que Arquimedes (287-215 a.C.) precisou<<strong>br</strong> />

resolver um problema para o rei Hierão II. Esse rei<<strong>br</strong> />

de Siracusa, na Itália, do terceiro século antes de<<strong>br</strong> />

Cristo, encomendou uma coroa a um ourives,<<strong>br</strong> />

fornecendo-lhe 3kg de ouro e 1kg de prata. O<<strong>br</strong> />

ourives fez a coroa, que pesava 4kg. Hierão,<<strong>br</strong> />

porém, ficou desconfiado, pensando que o ourives<<strong>br</strong> />

poderia ter usado 2,5kg de ouro e 1,5kg de prata.<<strong>br</strong> />

Por isso pediu ao sábio Arquimedes um meio de<<strong>br</strong> />

desmascarar a suposta trapaça do ourives sem<<strong>br</strong> />

destruir a coroa.<<strong>br</strong> />

Conta-se que, ao tomar banho em um banheiro<<strong>br</strong> />

público, observando a elevação da água à medida<<strong>br</strong> />

em que mergulhava seu corpo, percebeu que<<strong>br</strong> />

poderia resolver o problema. Entusiasmado, saiu<<strong>br</strong> />

correndo para casa, atravessando as ruas<<strong>br</strong> />

completamente despido e gritando a palavra<<strong>br</strong> />

grega que se tornou famosa: “Eureka! Eureka!”,<<strong>br</strong> />

isto é: “Achei! Achei!”.<<strong>br</strong> />

E você? Aconteceu algum episódio na sua vida ou<<strong>br</strong> />

na sua experiência escolar em que você sentiu<<strong>br</strong> />

essa sensação de Arquimedes e teve vontade de<<strong>br</strong> />

gritar: achei! achei!? Em caso afirmativo,<<strong>br</strong> />

descreva-a.<<strong>br</strong> />

O raciocínio de Arquimedes é descrito a seguir,<<strong>br</strong> />

reproduzindo um possível diálogo dele com ele<<strong>br</strong> />

mesmo:<<strong>br</strong> />

Pelos deuses! Se meu corpo desloca seu<<strong>br</strong> />

próprio peso do líquido em que está<<strong>br</strong> />

mergulhando, então meu corpo,<<strong>br</strong> />

mergulhado na água, perde exatamente o<<strong>br</strong> />

peso líquido que desloca! E isso é... o que<<strong>br</strong> />

é? É uma balança nova, Arquimedes! Uma<<strong>br</strong> />

nova maneira de pesar e medir as coisas,<<strong>br</strong> />

um princípio que poderei usar para medir<<strong>br</strong> />

a coroa! Isso mesmo, poderei medir aquela<<strong>br</strong> />

maldita coroa... Um quilo de ouro, de fato,<<strong>br</strong> />

tem um certo volume, maior do que o do<<strong>br</strong> />

ouro, mas também imutável. Um quilo de<<strong>br</strong> />

prata tem outro volume, maior que o do<<strong>br</strong> />

ouro, mas também imutável. O volume de<<strong>br</strong> />

água deslocado por um quilo de ouro,<<strong>br</strong> />

portanto, deverá ser menor do que o<<strong>br</strong> />

deslocado por um quilo de prata, e uma<<strong>br</strong> />

mistura dos dois metais deverá deslocar<<strong>br</strong> />

um volume de água proporcional à mistura<<strong>br</strong> />

dos dois metais! Perfeito, Arquimedes! Não<<strong>br</strong> />

existem dúvidas, você encontrou ... você<<strong>br</strong> />

achou... eu achei... achei...<<strong>br</strong> />

Garozzo, Filippo, Arquimedes. Editora Três, 1975.


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Diferentes formas de raciocínio<<strong>br</strong> />

e a construção de estratégias para<<strong>br</strong> />

resolver problemas<<strong>br</strong> />

Certamente você sabe que nossos antepassados<<strong>br</strong> />

tiveram que enfrentar desafios para garantir a<<strong>br</strong> />

própria so<strong>br</strong>evivência. Resolvendo problemas,<<strong>br</strong> />

foram produzindo conhecimentos fantásticos que<<strong>br</strong> />

nos deixaram como valiosa herança.<<strong>br</strong> />

Observando padrões<<strong>br</strong> />

Os egípcios precisaram desco<strong>br</strong>ir o padrão das<<strong>br</strong> />

cheias do Nilo – de quanto em quanto tempo<<strong>br</strong> />

elas ocorriam – por um motivo importante e<<strong>br</strong> />

extremamente prático: planejar suas<<strong>br</strong> />

plantações. Conta-se que para isso eles<<strong>br</strong> />

observaram que o nível do rio aumentava toda<<strong>br</strong> />

vez que a estrela Sírius se levantava a leste, um<<strong>br</strong> />

pouco antes do Sol. Verificaram que esse fato<<strong>br</strong> />

ocorria de 365 em 365 dias.<<strong>br</strong> />

Também foi pela observação de regularidades de<<strong>br</strong> />

alguns acontecimentos que os astrônomos e físicos<<strong>br</strong> />

estabeleceram algumas hipóteses para explicar<<strong>br</strong> />

fenômenos. Um exemplo é o das marés. O padrão<<strong>br</strong> />

das marés – “maré cheia” e “maré baixa” –<<strong>br</strong> />

auxiliou Newton a encontrar a explicação desse<<strong>br</strong> />

fenômeno: a atração gravitacional da Lua so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

águas do mar.<<strong>br</strong> />

Foram os gregos que nos legaram uma importante<<strong>br</strong> />

característica do conhecimento matemático, que é<<strong>br</strong> />

a observação de regularidades.<<strong>br</strong> />

Eles tinham um especial interesse pelas<<strong>br</strong> />

seqüências numéricas e costumavam representálas<<strong>br</strong> />

por meio de padrões geométricos.<<strong>br</strong> />

Na ilustração abaixo você pode observar uma<<strong>br</strong> />

seqüência de números triangulares e também<<strong>br</strong> />

tentar desco<strong>br</strong>ir quais são os próximos 3 números<<strong>br</strong> />

dessa seqüência.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

Esta outra ilustração representa números<<strong>br</strong> />

quadrangulares. Certamente você também não<<strong>br</strong> />

terá dificuldades de desco<strong>br</strong>ir quais são os<<strong>br</strong> />

próximos 3 números dessa seqüência.<<strong>br</strong> />

1 1+3=4 1+3+5=9 1+3+5+7=16<<strong>br</strong> />

Mas não foram só os antigos gregos que se<<strong>br</strong> />

interessaram pelos números e suas relações.<<strong>br</strong> />

Na idade média, Leonardo Fibonacci, também<<strong>br</strong> />

conhecido como Leonardo de Pisa, em suas<<strong>br</strong> />

viagens ao norte da África, conheceu o sistema de<<strong>br</strong> />

numeração dos hindus. Ao se convencer das<<strong>br</strong> />

vantagens desse sistema, passou a ser um dos<<strong>br</strong> />

seus maiores divulgadores na Europa. Mas ele deu<<strong>br</strong> />

outra grande contribuição à Matemática: em seu<<strong>br</strong> />

livro Liber abaci (livro do ábaco) ele propôs um<<strong>br</strong> />

problema so<strong>br</strong>e coelhos que se tornou muito<<strong>br</strong> />

conhecido, pois foi o primeiro modelo<<strong>br</strong> />

matemático, de que se tem notícia, para descrição<<strong>br</strong> />

do crescimento de populações.<<strong>br</strong> />

41


42<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

“Os coelhos de Fibonacci”<<strong>br</strong> />

Suponha um casal de coelhos, que só estariam<<strong>br</strong> />

aptos para reprodução após um mês. Passado esse<<strong>br</strong> />

tempo, esse casal daria origem a um novo casal<<strong>br</strong> />

todo mês. Os coelhinhos que nasciam, formavam<<strong>br</strong> />

um novo casal e passariam pelo mesmo processo,<<strong>br</strong> />

ou seja, levariam um mês para crescerem e<<strong>br</strong> />

amadurecerem sexualmente e, após esse período,<<strong>br</strong> />

dariam origem a um novo casal a cada mês.<<strong>br</strong> />

A partir desse problema, Fibonacci construiu sua<<strong>br</strong> />

seqüência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ... . Esses<<strong>br</strong> />

números representam a quantidade de casais de<<strong>br</strong> />

coelhos existentes em cada mês. O 1º termo da<<strong>br</strong> />

seqüência representa o primeiro casal que dará<<strong>br</strong> />

origem à prole.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. A seqüência numérica 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... é chamada seqüência de Fibonacci. Você<<strong>br</strong> />

saberia dizer quais são os próximos 3 números dessa seqüência?<<strong>br</strong> />

II. Agora, determine o 6º, o 7º e o 8º termos de cada uma das seqüências abaixo e faça<<strong>br</strong> />

anotações explicando seus procedimentos:<<strong>br</strong> />

0 3 6 9 12 ? ? ?<<strong>br</strong> />

1 4 7 10 13 ? ? ?<<strong>br</strong> />

1 2 4 7 11 ? ? ?<<strong>br</strong> />

2 6 18 54 162 ? ? ?<<strong>br</strong> />

1 1 2 6 24 ? ? ?<<strong>br</strong> />

III. No esquema abaixo, há uma regra de colocação dos números. Descu<strong>br</strong>a-a e preencha os<<strong>br</strong> />

espaços vazios.<<strong>br</strong> />

?<<strong>br</strong> />

? ?<<strong>br</strong> />

14 ? ?<<strong>br</strong> />

5 9 11<<strong>br</strong> />

1 4 5 6<<strong>br</strong> />

?<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

1º mês<<strong>br</strong> />

2º mês<<strong>br</strong> />

3º mês<<strong>br</strong> />

4º mês<<strong>br</strong> />

1 casal<<strong>br</strong> />

1 casal<<strong>br</strong> />

2 casais


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Cada um com seu jeito de raciocinar<<strong>br</strong> />

Uma professora propôs o seguinte problema a seus alunos:<<strong>br</strong> />

– A soma de dois números naturais é 43 e a diferença entre eles é igual a 5.<<strong>br</strong> />

Que números são esses?<<strong>br</strong> />

– Como você resolveria esse problema?<<strong>br</strong> />

Agora veja as soluções de 3 alunos:<<strong>br</strong> />

Milena fez uma lista de números que adicionados dão 43 e, ao lado foi calculando<<strong>br</strong> />

a diferença entre eles:<<strong>br</strong> />

Total 43<<strong>br</strong> />

15+28<<strong>br</strong> />

16+27<<strong>br</strong> />

17+26<<strong>br</strong> />

18+25<<strong>br</strong> />

19+24<<strong>br</strong> />

Carlos escreveu:<<strong>br</strong> />

43+5=48<<strong>br</strong> />

48÷2=24<<strong>br</strong> />

24-5=19<<strong>br</strong> />

Diferença<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Esse é apenas um exemplo de que podemos<<strong>br</strong> />

resolver problemas de formas bem diferentes.<<strong>br</strong> />

George Polya, um conhecido autor que escreveu<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a arte de resolver problemas, nos dá<<strong>br</strong> />

algumas dicas so<strong>br</strong>e as etapas na resolução de<<strong>br</strong> />

problemas:<<strong>br</strong> />

E Sílvio registrou em seu caderno:<<strong>br</strong> />

x+y=43<<strong>br</strong> />

x-y=5<<strong>br</strong> />

2x=48; x=24; y=19<<strong>br</strong> />

Os números são 19 e 24<<strong>br</strong> />

Procure entender e explicar o que cada um fez.<<strong>br</strong> />

Na sua opinião há alguma solução incorreta? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

• Compreender o problema.<<strong>br</strong> />

• Conceber um plano de resolução.<<strong>br</strong> />

• Executar o plano.<<strong>br</strong> />

• Refletir so<strong>br</strong>e o trabalho realizado.<<strong>br</strong> />

43


44<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Vamos, então, analisar a solução de um problema<<strong>br</strong> />

O jogo de dardos<<strong>br</strong> />

Um alvo para um jogo de dardos tem 4 regiões,<<strong>br</strong> />

como mostra a figura. A região delimitada pelo<<strong>br</strong> />

círculo menor vale 11 pontos e as coroas<<strong>br</strong> />

subseqüentes valem respectivamente, 7, 3 e 2<<strong>br</strong> />

pontos. Certo dia, três amigos André, Carlos e<<strong>br</strong> />

Paula, estavam jogando e, depois de cada um<<strong>br</strong> />

deles ter lançado 6 dardos, todos tinham a<<strong>br</strong> />

mesma pontuação.<<strong>br</strong> />

Você vai desco<strong>br</strong>ir qual foi essa pontuação e<<strong>br</strong> />

como cada um deles a obteve, a partir das<<strong>br</strong> />

seguintes informações:<<strong>br</strong> />

– André foi o que acertou mais dardos na<<strong>br</strong> />

zona central.<<strong>br</strong> />

– Paula foi a mais regular, pois fez sempre o<<strong>br</strong> />

mesmo número de pontos.<<strong>br</strong> />

– Os dardos de Carlos ficaram espalhados<<strong>br</strong> />

uniformemente pelas regiões que ele acertou.<<strong>br</strong> />

Em primeiro lugar, precisamos compreender bem<<strong>br</strong> />

o problema: são três pessoas que atiram cada uma<<strong>br</strong> />

6 dardos e ao final têm a mesma pontuação.<<strong>br</strong> />

Um plano de resolução do problema<<strong>br</strong> />

poderia ser o de organizar uma tabela e,<<strong>br</strong> />

por meio de tentativas, encontrar o<<strong>br</strong> />

número de pontos.<<strong>br</strong> />

Paula<<strong>br</strong> />

André<<strong>br</strong> />

Feita a tabela, vamos executar o plano, Carlos<<strong>br</strong> />

usando nosso raciocínio:<<strong>br</strong> />

Se Paula fez sempre o mesmo número de pontos,<<strong>br</strong> />

ela não deve ter feito sempre 11, nem sempre 2<<strong>br</strong> />

ou 3. É mais provável que ela tenha feito sempre<<strong>br</strong> />

7 pontos, totalizando 42.<<strong>br</strong> />

Como André foi o que mais acertou dados na zona<<strong>br</strong> />

central e o total deve ser 42, é provável que ele<<strong>br</strong> />

tenha feito 3 vezes 11 pontos ( com 4 já daria 44 e<<strong>br</strong> />

superaria o total 42). Para completar os 9 pontos<<strong>br</strong> />

em 3 lançamentos, ele não pode ter feito 7 pontos<<strong>br</strong> />

nessas jogadas, mas pode ter feito 3 pontos,<<strong>br</strong> />

3 vezes.<<strong>br</strong> />

Carlos deve ter feito a mesma quantidade<<strong>br</strong> />

de pontos a cada dois lançamentos.<<strong>br</strong> />

Vamos testar 11,11,7,7. Aqui já temos 36. Paula<<strong>br</strong> />

Portanto nas outras duas ele deve ter André<<strong>br</strong> />

feito 3 pontos.<<strong>br</strong> />

Carlos<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

11 7 3 2<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

7 42<<strong>br</strong> />

3 42<<strong>br</strong> />

3 42


4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

É interessante ainda refletir so<strong>br</strong>e o que foi feito,<<strong>br</strong> />

voltando às informações dadas, conferir cálculos<<strong>br</strong> />

e, se possível, comparar com a solução de<<strong>br</strong> />

outra(s) pessoa(s).<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Broas e pãezinhos<<strong>br</strong> />

Numa padaria, dona Cida comprou 4 pãezinhos e 5 <strong>br</strong>oas e <strong>pag</strong>ou R$3,00. Dona Dalila<<strong>br</strong> />

comprou 2 pãezinhos e 3 <strong>br</strong>oas e <strong>pag</strong>ou R$1,70. Quanto custa cada pãozinho e cada <strong>br</strong>oa<<strong>br</strong> />

nesta padaria?<<strong>br</strong> />

II. O filatelista<<strong>br</strong> />

Um colecionador de selos quer aumentar sua coleção. Ele vai a uma loja de filatelia com<<strong>br</strong> />

R$132,00 e vê que pode comprar cartelas de selos de dois tipos: A e B. Conversando com o<<strong>br</strong> />

vendedor ele desco<strong>br</strong>e o seguinte:<<strong>br</strong> />

• Se ele comprar 7 cartelas do tipo A e uma do tipo B, vai lhe faltar R$1,00.<<strong>br</strong> />

• Se ele comprar 3 cartelas do tipo A e 11 cartelas do tipo B, vai lhe so<strong>br</strong>ar R$1,00.<<strong>br</strong> />

• Todos os selos da cartela A têm o mesmo preço e todos os selos da cartela B têm o mesmo preço.<<strong>br</strong> />

Descu<strong>br</strong>a o preço de cada cartela.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Proporção e culinária<<strong>br</strong> />

A idéia de proporcionalidade é muito usada para ampliar ou reduzir receitas culinárias. Veja só:<<strong>br</strong> />

Pudim de mandioca (para 8 pessoas)<<strong>br</strong> />

2 xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />

1 xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />

3 xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />

1 xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />

6 ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />

3 colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />

1 colher (de sopa) de farinha de trigo<<strong>br</strong> />

Agora é com você: resolva os problemas<<strong>br</strong> />

seguintes e depois confira os resultados obtidos<<strong>br</strong> />

com as respostas que estão no final deste<<strong>br</strong> />

capítulo.<<strong>br</strong> />

• Que alterações você faria na receita se quisesse ampliá-la para 10 pessoas?<<strong>br</strong> />

• E se quisesse reduzi-la para 6 pessoas?<<strong>br</strong> />

Reescreva a receita para essas duas situações.<<strong>br</strong> />

45


46<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Enfim, um aumento!<<strong>br</strong> />

Paulo é um jovem que ganha R$ 380,00 de salário por mês. Ele vai receber um aumento de<<strong>br</strong> />

6%. Usando uma calculadora, como Paulo deve proceder para saber quanto receberá?<<strong>br</strong> />

A organização dos campeonatos<<strong>br</strong> />

Em Serra Azul um campeonato de voleibol é realizado de 3 em 3 anos. O primeiro aconteceu em<<strong>br</strong> />

1998. Os organizadores pretendem que o campeonato integre o calendário de eventos da cidade<<strong>br</strong> />

e que seja realizado por muitos e muitos anos. O que você responderia a estas perguntas?<<strong>br</strong> />

• Em 2023 deve acontecer esse campeonato?<<strong>br</strong> />

• E em 2031?<<strong>br</strong> />

• Como se pode proceder para saber se em um determinado ano acontecerá um campeonato<<strong>br</strong> />

sem escrever toda a seqüência?<<strong>br</strong> />

As cidades vizinhas<<strong>br</strong> />

Quantas são as possibilidades de ir de uma cidade a outra, numa região constituída por 5<<strong>br</strong> />

cidades, considerando que há estradas ligando essas cidades, duas a duas?<<strong>br</strong> />

Neste problema você pode observar que, além da<<strong>br</strong> />

•A<<strong>br</strong> />

contagem usual 1,2,3,4,... muitas vezes precisamos<<strong>br</strong> />

usar procedimentos um pouco mais elaborados<<strong>br</strong> />

para contar. Da cidade A partem 4 estradas que<<strong>br</strong> />

E•<<strong>br</strong> />

•B permitem ir às cidades B,C, D e E. Esse mesmo<<strong>br</strong> />

cálculo pode ser feito para as demais, o que daria<<strong>br</strong> />

um total de 20 estradas. Mas cada uma das<<strong>br</strong> />

estradas foi computada duas vezes (por exemplo, a<<strong>br</strong> />

que vai de A para B e a que vai de B para A).<<strong>br</strong> />

Assim há 10 possibilidades de ir de uma<<strong>br</strong> />

D• •C<<strong>br</strong> />

cidade a outra.<<strong>br</strong> />

Compras no supermercado<<strong>br</strong> />

Suponha que você está indo ao<<strong>br</strong> />

supermercado. Você recebe seu cupom fiscal<<strong>br</strong> />

e quer conferir.<<strong>br</strong> />

Calculando mentalmente quanto foi gasto<<strong>br</strong> />

nessa compra, você arriscaria dizer se<<strong>br</strong> />

gastou mais que R$15,00? Ou menos?<<strong>br</strong> />

Explique seu procedimento.<<strong>br</strong> />

Supermercado Glorinha<<strong>br</strong> />

Cupom Fiscal<<strong>br</strong> />

Canjica<<strong>br</strong> />

Pão francês<<strong>br</strong> />

Batata<<strong>br</strong> />

Ovos<<strong>br</strong> />

Cebola<<strong>br</strong> />

Alho<<strong>br</strong> />

Refrigerante<<strong>br</strong> />

Açúcar<<strong>br</strong> />

1,15<<strong>br</strong> />

1,20<<strong>br</strong> />

3,86<<strong>br</strong> />

2,20<<strong>br</strong> />

1,29<<strong>br</strong> />

2,68<<strong>br</strong> />

2,41<<strong>br</strong> />

1,79


7<<strong>br</strong> />

Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Cada um com seu jeito de calcular<<strong>br</strong> />

Iracema e Severino estão lendo um anúncio em que<<strong>br</strong> />

uma loja oferece 15% de desconto so<strong>br</strong>e o preço de<<strong>br</strong> />

um aparelho eletrodoméstico que custa R$120,00.<<strong>br</strong> />

Eles querem saber qual é o custo do aparelho, com<<strong>br</strong> />

esse desconto.<<strong>br</strong> />

Iracema resolveu assim<<strong>br</strong> />

0,15 x R$120,00 = R$18,00<<strong>br</strong> />

R$120,00 - R$18,00 = R$102,00<<strong>br</strong> />

Severino e Iracema encontraram o mesmo<<strong>br</strong> />

resultado. Você acha que os dois procedimentos<<strong>br</strong> />

estão corretos? Explique como foi o raciocínio<<strong>br</strong> />

de cada um.<<strong>br</strong> />

Agora observe este outro problema:<<strong>br</strong> />

Numa compra de R$240,00, se o <strong>pag</strong>amento for<<strong>br</strong> />

feito em prestações, terá um acréscimo total de<<strong>br</strong> />

9%. Para calcular o valor total a ser <strong>pag</strong>o,<<strong>br</strong> />

considerando esse acréscimo, qual das soluções<<strong>br</strong> />

você usaria? Por quê?<<strong>br</strong> />

Fazendo estimativas<<strong>br</strong> />

Na resolução de problemas, um procedimento muito<<strong>br</strong> />

usado é fazer estimativas. Esse procedimento é<<strong>br</strong> />

interessante quando não precisamos de um<<strong>br</strong> />

resultado com grande exatidão, isto é, quando é<<strong>br</strong> />

suficiente chegar a uma aproximação.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Severino resolveu desse outro modo<<strong>br</strong> />

100 - 15 = 85<<strong>br</strong> />

0,85 x R$120,00 = 102,00<<strong>br</strong> />

Solução 1<<strong>br</strong> />

Solução 2<<strong>br</strong> />

0,09 x 240,00=21,60<<strong>br</strong> />

240,00 + 21,60=261,60<<strong>br</strong> />

1,09 x R$240,00=261,60<<strong>br</strong> />

Podemos estimar, por exemplo, o resultado de<<strong>br</strong> />

uma operação, sem efetuá-la. Podemos estimar o<<strong>br</strong> />

comprimento de um conjunto de segmentos, sem<<strong>br</strong> />

medi-los diretamente.<<strong>br</strong> />

Vamos ver como você se sai fazendo estimativas?<<strong>br</strong> />

Quanto você estima que mede a linha poligonal desenhada abaixo? Menos que 1 metro? Mais<<strong>br</strong> />

que 1 metro? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

47


48<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Agora observe o mapa do nosso país.<<strong>br</strong> />

Rio Branco<<strong>br</strong> />

0 360km<<strong>br</strong> />

Mapa 2<<strong>br</strong> />

Se a distância da cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro é de aproximadamente 400km,<<strong>br</strong> />

quanto você estima ser a distância aproximada de:<<strong>br</strong> />

- Rio de Janeiro a Belo Horizonte?<<strong>br</strong> />

- Salvador a Natal?<<strong>br</strong> />

- Porto Alegre a Curitiba?<<strong>br</strong> />

Além de estimativas, os procedimentos de medida envolvem cálculos com números, além de<<strong>br</strong> />

conhecimentos so<strong>br</strong>e figuras geométricas.<<strong>br</strong> />

Carpinteiros, pedreiros, costureiras e tantos outros profissionais utilizam-se das medidas e<<strong>br</strong> />

dos processos de estimativa com grande freqüência. Responda então:<<strong>br</strong> />

II. Para reco<strong>br</strong>ir um piso de uma sala retangular de 4,5m por 5,5m com lajotas de 50cm<<strong>br</strong> />

de lado, serão necessárias, aproximadamente:<<strong>br</strong> />

a) 50 lajotas.<<strong>br</strong> />

b) 100 lajotas.<<strong>br</strong> />

c) 200 lajotas.<<strong>br</strong> />

d) 300 lajotas.<<strong>br</strong> />

Justifique sua escolha.<<strong>br</strong> />

Boa Vista<<strong>br</strong> />

Porto<<strong>br</strong> />

Velho<<strong>br</strong> />

Manaus<<strong>br</strong> />

Campo Grande<<strong>br</strong> />

Cuiabá<<strong>br</strong> />

São Paulo<<strong>br</strong> />

Curitiba<<strong>br</strong> />

Belém<<strong>br</strong> />

Goiânia<<strong>br</strong> />

Macapá<<strong>br</strong> />

Palmas<<strong>br</strong> />

Brasília<<strong>br</strong> />

Belo<<strong>br</strong> />

Horizonte<<strong>br</strong> />

Florianópolis<<strong>br</strong> />

Porto Alegre<<strong>br</strong> />

São Luís<<strong>br</strong> />

Fortaleza<<strong>br</strong> />

Natal<<strong>br</strong> />

Teresina<<strong>br</strong> />

Vitória<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro<<strong>br</strong> />

João Pessoa<<strong>br</strong> />

Recife<<strong>br</strong> />

Maceió<<strong>br</strong> />

Aracajú<<strong>br</strong> />

Salvador


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Matemática, lógica e argumentação<<strong>br</strong> />

É muito comum as pessoas relacionarem os termos<<strong>br</strong> />

“raciocínio” e “lógica”. Elas se referem a “raciocinar<<strong>br</strong> />

logicamente”, para falar de uma atividade mental<<strong>br</strong> />

que está presente em quase todos os momentos do<<strong>br</strong> />

nosso dia-a-dia.<<strong>br</strong> />

Desde o momento em que você se levanta, já<<strong>br</strong> />

começa a raciocinar...<<strong>br</strong> />

O ônibus passa na avenida às<<strong>br</strong> />

8h e 30min. Gasto uns 20<<strong>br</strong> />

minutos a pé até o ponto de<<strong>br</strong> />

ônibus; então, devo sair às 8<<strong>br</strong> />

horas e 10 minutos ou um<<strong>br</strong> />

pouquinho antes...<<strong>br</strong> />

Mas que tal conhecer um pouco mais so<strong>br</strong>e esse<<strong>br</strong> />

campo da Matemática, chamado Lógica?<<strong>br</strong> />

De forma simplificada, a Lógica é uma área de<<strong>br</strong> />

estudos que se ocupa em validar se os raciocínios<<strong>br</strong> />

feitos e os comportamentos que deles decorrem<<strong>br</strong> />

são corretos (ou seja, se são lógicos, como<<strong>br</strong> />

dizemos popularmente).<<strong>br</strong> />

Toda vez que defendemos uma idéia, um ponto de<<strong>br</strong> />

vista, ou mesmo, a solução encontrada para um<<strong>br</strong> />

problema, precisamos construir argumentos<<strong>br</strong> />

consistentes, usando para isso, nossos<<strong>br</strong> />

conhecimentos matemáticos.<<strong>br</strong> />

Na Grécia antiga, o filófoso Aristóteles plantou as<<strong>br</strong> />

bases da chamada lógica formal. A lógica<<strong>br</strong> />

aristotélica propunha regras para o<<strong>br</strong> />

estabelecimento de um raciocínio bem encadeado.<<strong>br</strong> />

Devo chegar ao trabalho lá<<strong>br</strong> />

pelas 9h, Começo a<<strong>br</strong> />

datilografar o texto e lá pelas<<strong>br</strong> />

10h e 30min. certamente já<<strong>br</strong> />

terei terminado.<<strong>br</strong> />

A dedução<<strong>br</strong> />

Ao meio-dia combinei de<<strong>br</strong> />

encontrar minha mulher para<<strong>br</strong> />

almoçar num lugar que fica<<strong>br</strong> />

longe do meu trabalho... nessa<<strong>br</strong> />

uma hora e meia de<<strong>br</strong> />

intervalo...<<strong>br</strong> />

A dedução é um processo por meio do qual<<strong>br</strong> />

estabelecemos a verdade de algumas afirmações a<<strong>br</strong> />

partir de outras. Acompanhe a situação abaixo:<<strong>br</strong> />

Na aula de Matemática, Paulo fez a<<strong>br</strong> />

seguinte afirmação:<<strong>br</strong> />

– Todos os múltiplos de 6 são múltiplos<<strong>br</strong> />

de 2.<<strong>br</strong> />

Pedro contestou o que Paulo disse,<<strong>br</strong> />

dizendo que não sabia se isso era<<strong>br</strong> />

verdade, de fato. Paulo então passou a<<strong>br</strong> />

argumentar:<<strong>br</strong> />

– Sabemos que todos os múltiplos de 2<<strong>br</strong> />

podem ser escritos na forma 2n e<<strong>br</strong> />

todos os múltiplos de 6 podem ser<<strong>br</strong> />

escritos na forma 6n, em que n é um<<strong>br</strong> />

número inteiro. Como 6n pode ser<<strong>br</strong> />

escrito na forma 2 X 3n, podemos<<strong>br</strong> />

concluir que todos os múltiplos de 6<<strong>br</strong> />

são múltiplos de 2.<<strong>br</strong> />

Na sua opinião a argumentação de Paulo foi<<strong>br</strong> />

consistente? Por quê?<<strong>br</strong> />

49


50<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Cuidado com as falácias!<<strong>br</strong> />

Um dos aspectos interessantes da Lógica são as<<strong>br</strong> />

chamadas falácias. Mesmo tomando afirmações<<strong>br</strong> />

verdadeiras como ponto de partida (as premissas),<<strong>br</strong> />

podemos tirar conclusões não verdadeiras. São as<<strong>br</strong> />

chamadas falácias. Precisamos estar atentos para<<strong>br</strong> />

não nos deixarmos enganar pelas falácias.<<strong>br</strong> />

Analise a afirmação abaixo:<<strong>br</strong> />

Todos os múltiplos de 4 são pares. Portanto, qualquer número par é múltiplo de 4.<<strong>br</strong> />

• A primeira parte da afirmação (todos os<<strong>br</strong> />

múltiplos de 4 são pares) é uma premissa<<strong>br</strong> />

verdadeira?<<strong>br</strong> />

• E a conclusão (qualquer número par é múltiplo<<strong>br</strong> />

de 4) é verdadeira?<<strong>br</strong> />

• Você pode concluir que se trata de uma falácia?<<strong>br</strong> />

Você se arriscaria a formular uma outra falácia?<<strong>br</strong> />

Não é necessário que seja uma falácia matemática<<strong>br</strong> />

como a do exemplo. Ela pode se referir a uma<<strong>br</strong> />

situação da sua vida.<<strong>br</strong> />

Mas isso não tem<<strong>br</strong> />

lógica alguma!!!<<strong>br</strong> />

Com certeza, você já disse essa frase em algum<<strong>br</strong> />

momento da sua vida. Nas conversas com amigos,<<strong>br</strong> />

quando debatemos um assunto, muitas vezes o que<<strong>br</strong> />

é lógico para uma pessoa, não é assim tão lógico<<strong>br</strong> />

para outra. Mas o que importa, de fato, é saber<<strong>br</strong> />

dialogar, saber ouvir, ponderar, argumentar...<<strong>br</strong> />

De toda forma, vamos <strong>br</strong>incar um pouco com<<strong>br</strong> />

algumas situações.<<strong>br</strong> />

Em quais delas você identifica comportamentos<<strong>br</strong> />

que, para você, não são lógicos.<<strong>br</strong> />

Mandei uma carta para minha tia que<<strong>br</strong> />

mora em Recife. Esqueci de escrever o<<strong>br</strong> />

endereço. Mas vai chegar assim mesmo.<<strong>br</strong> />

Hoje o dia amanheceu azul e o sol está<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ilhando; a temperatura está agradável;<<strong>br</strong> />

vou sair com o guarda-chuva para me<<strong>br</strong> />

proteger dos raios!<<strong>br</strong> />

Li as duas primeiras páginas do livro que<<strong>br</strong> />

você me deu; já vi que é uma história de<<strong>br</strong> />

s<strong>usp</strong>ense e já sei como será o final da<<strong>br</strong> />

história.


9<<strong>br</strong> />

Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Você sabe o que<<strong>br</strong> />

é um enunciado?<<strong>br</strong> />

Um enunciado é uma afirmação da qual se pode<<strong>br</strong> />

estabelecer, sem dúvida, se é verdadeira ou falsa.<<strong>br</strong> />

Usando a lógica, podemos verificar se o que o<<strong>br</strong> />

enunciado revela, e o raciocínio feito a partir<<strong>br</strong> />

dele, estão relacionados de forma adequada.<<strong>br</strong> />

Analise as frases abaixo. Verifique quais são<<strong>br</strong> />

enunciados. Depois, classifique esses enunciados em<<strong>br</strong> />

verdadeiros ou falsos, justificando suas respostas:<<strong>br</strong> />

• Pelé foi um tenista famoso.<<strong>br</strong> />

• Todo triângulo tem lados com mesma medida.<<strong>br</strong> />

• Todo quadrado tem lados com mesma medida.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Agora leia com atenção esta história.<<strong>br</strong> />

Você deve ter observado que as três são<<strong>br</strong> />

enunciados. O primeiro é falso, pois sabemos que<<strong>br</strong> />

Pelé foi jogador de futebol e não tenista famoso.<<strong>br</strong> />

O segundo é também falso pois apenas os<<strong>br</strong> />

triângulos equiláteros têm lados com a mesma<<strong>br</strong> />

medida. Ou seja, essa não é uma característica<<strong>br</strong> />

comum a todos os triângulos. O terceiro é<<strong>br</strong> />

verdadeiro.<<strong>br</strong> />

André, Belinha, Carlos e Débora são amigos. Cada um tem seu jeito de ser, suas manias.<<strong>br</strong> />

Na cidade onde moram, acontece todo ano, na primeira semana de junho, um torneio de<<strong>br</strong> />

futebol com os times de toda a região.<<strong>br</strong> />

- Se chove ou há muita fila para comprar ingresso, André não vai ao futebol.<<strong>br</strong> />

- Belinha só vai ao futebol se houver muita fila para comprar ingresso, porque para ela<<strong>br</strong> />

isso é sinal de que o jogo promete.<<strong>br</strong> />

- Se chove, Carlos não vai ao futebol.<<strong>br</strong> />

- Débora vai ao futebol mesmo que chova ou que haja muita fila para comprar ingresso.<<strong>br</strong> />

I. Prestou atenção? Então responda:<<strong>br</strong> />

a) Domingo, dia do 1º jogo do torneio da cidade, estava chovendo e havia muita fila<<strong>br</strong> />

para comprar ingresso. Quem foi ao jogo?<<strong>br</strong> />

b) Terça feira choveu. Quem pode ter ido ao jogo?<<strong>br</strong> />

c) Quinta feira todos os amigos foram ao jogo. O que deve ter acontecido?<<strong>br</strong> />

d) Sábado fazia sol. Por que Belinha não foi ao futebol?<<strong>br</strong> />

Justifique suas respostas.<<strong>br</strong> />

II. Complete as afirmações de modo que sejam lógicas e não contraditórias.<<strong>br</strong> />

a) Se eu tivesse mais tempo livre, _________________________________________________.<<strong>br</strong> />

b) Eu já havia assistido àquele filme e _____________________________________________.<<strong>br</strong> />

c) Não sei o que fazer, então _____________________________________________________.<<strong>br</strong> />

d) Se hoje terminar o prazo para me inscrever no concurso de música, __________________.<<strong>br</strong> />

51


52<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

III. Assinale com um X, dentre as três possibilidades apresentadas, a que tem o mesmo<<strong>br</strong> />

significado da frase em destaque:<<strong>br</strong> />

a) Todos os mares são salgados.<<strong>br</strong> />

( ) Nenhum mar é salgado.<<strong>br</strong> />

( ) Qualquer mar é salgado.<<strong>br</strong> />

( ) Um mar é salgado.<<strong>br</strong> />

b) Nem todos os rapazes gostam de dançar.<<strong>br</strong> />

( ) Nenhum rapaz gosta de dançar.<<strong>br</strong> />

( ) Todos os rapazes gostam de dançar.<<strong>br</strong> />

( ) Há rapazes que não gostam de dançar.<<strong>br</strong> />

c) Em minha classe, todos possuem pelo menos um livro.<<strong>br</strong> />

( ) Qualquer aluno não tem livro.<<strong>br</strong> />

( ) Todos possuem qualquer livro.<<strong>br</strong> />

( ) Todos possuem um livro.<<strong>br</strong> />

Matemática, cidadania e propostas<<strong>br</strong> />

de ação solidária<<strong>br</strong> />

Num de seus textos, um importante educador<<strong>br</strong> />

matemático <strong>br</strong>asileiro, o professor Ubiratan<<strong>br</strong> />

D’Am<strong>br</strong>osio, escreve:<<strong>br</strong> />

Cidadania tem tudo a ver com a capacidade de lidar com situações novas. Lida-se com<<strong>br</strong> />

situações conhecidas e rotineiras a partir de regras que são memorizadas e obedecidas.<<strong>br</strong> />

Mas o grande desafio está em tomar decisões so<strong>br</strong>e situações imprevistas e inesperadas,<<strong>br</strong> />

que hoje são cada vez mais freqüentes. A tomada de decisões exige criatividade e ética.<<strong>br</strong> />

A Matemática é um instrumento importantíssimo para a tomada de decisões, pois apela<<strong>br</strong> />

para a criatividade. Ao mesmo tempo, a Matemática fornece os instrumentos necessários<<strong>br</strong> />

para uma avaliação das conseqüências da decisão escolhida.<<strong>br</strong> />

A essência do comportamento ético resulta do conhecimento das conseqüências das<<strong>br</strong> />

decisões que tomamos.<<strong>br</strong> />

As idéias apresentadas no texto do professor<<strong>br</strong> />

Ubiratan D’Am<strong>br</strong>osio, que se referem às relações<<strong>br</strong> />

entre Matemática e cidadania, vêm sendo cada<<strong>br</strong> />

vez mais discutidas ultimamente. Os dados<<strong>br</strong> />

numéricos e as informações estatísticas são<<strong>br</strong> />

ferramentas importantes para que todas as<<strong>br</strong> />

pessoas exerçam a sua cidadania.


Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Como exemplo, vamos analisar as informações<<strong>br</strong> />

apresentadas no artigo de Marcelo Leite, que nos<<strong>br</strong> />

oferece uma visão ampla so<strong>br</strong>e o desmatamento<<strong>br</strong> />

da floresta amazônica:<<strong>br</strong> />

NÃO É O CASO DE COMEMORAR<<strong>br</strong> />

O Brasil é provavelmente o único país do mundo que pode se dar ao luxo de<<strong>br</strong> />

comemorar o desmatamento de uma superfície equivalente a 2/3 da Sicília. Ou,<<strong>br</strong> />

numa comparação mais palatável, três vezes a área do Distrito Federal, em um<<strong>br</strong> />

único ano. A destruição acumulada da Amazônia bateu em 551.782 quilômetros<<strong>br</strong> />

quadrados, 14% da área que ocupava. Ainda é a maior floresta tropical do mundo,<<strong>br</strong> />

mas o Brasil só precisou das duas últimas décadas para dizimar 10% dela.<<strong>br</strong> />

Não é só do ponto de vista absoluto que os 16.926 quilômetros quadrados<<strong>br</strong> />

estimados para 1999 so<strong>br</strong>essaem. Também em termos relativos, o número é elevado,<<strong>br</strong> />

pois repete o dado de 1998, ou seja, uma consolidação do aumento de mais de 30%<<strong>br</strong> />

com relação ao ano anterior de 1997.<<strong>br</strong> />

O governo pode falar em “estancamento” e tendência de queda, apoiado na suposta<<strong>br</strong> />

redução de 2,6%, mas é preciso ir devagar com os números. Antes de mais nada,<<strong>br</strong> />

porque o dado de 1999 não passa de uma estimativa, sujeita a revisão. As<<strong>br</strong> />

previsões anteriores (1997, 1998) sofreram correções de 1,5% e 3,1%,<<strong>br</strong> />

respectivamente. Assim, nem mesmo existe segurança de que houve redução de<<strong>br</strong> />

1998 para 1999, pois os 2,6% de diminuição estariam dentro do que pode se<<strong>br</strong> />

chamar de margem de erro de estimativa.<<strong>br</strong> />

Além disso, as cifras em torno de 17 mil quilômetros quadrados dos dois últimos<<strong>br</strong> />

anos põem o país num patamar mais próximo da década de 80, quando o<<strong>br</strong> />

desmatamento da floresta Amazônica chocou o mundo. Houve desaceleração no<<strong>br</strong> />

começo dos anos 90, mas desde então os números foram sempre superiores.<<strong>br</strong> />

Adaptado da Folha de São Paulo, São Paulo, 12 de a<strong>br</strong>il de 2000.<<strong>br</strong> />

Em função da leitura do texto, responda:<<strong>br</strong> />

• O que o autor do texto quer dizer quando<<strong>br</strong> />

afirma que “o Brasil é provavelmente o único<<strong>br</strong> />

país do mundo que pode se dar ao luxo de<<strong>br</strong> />

comemorar o desmatamento de uma superfície<<strong>br</strong> />

equivalente a 2/3 da Sicília. Ou, numa<<strong>br</strong> />

comparação mais palatável, três vezes a área do<<strong>br</strong> />

Distrito Federal, em um único ano?”<<strong>br</strong> />

• Quando o jornalista afirma que o Brasil só<<strong>br</strong> />

precisou das duas últimas décadas para dizimar<<strong>br</strong> />

10% dela, que previsões podem ser feitas para a<<strong>br</strong> />

maior floresta tropical do mundo nos próximos<<strong>br</strong> />

20, 40, 60 anos, se não forem tomadas<<strong>br</strong> />

providências urgentes e eficientes?<<strong>br</strong> />

• No texto, o autor revela preocupação com a<<strong>br</strong> />

análise que o governo faz dos números. Como<<strong>br</strong> />

você interpreta essa preocupação?<<strong>br</strong> />

• Que tipo de intervenção você acha que deveria<<strong>br</strong> />

ser feita pelo governo relativamente à floresta<<strong>br</strong> />

amazônica?<<strong>br</strong> />

• E na região em que você vive? Que intervenções<<strong>br</strong> />

ambientais você considera mais urgentes?<<strong>br</strong> />

No início deste Capítulo, perguntamos como você avalia sua capacidade de raciocinar?<<strong>br</strong> />

E então?<<strong>br</strong> />

53


54<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

I. Item (a)<<strong>br</strong> />

I. Os 3 próximos números da seqüência numérica 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... são 34, 55 e 89, pois cada termo<<strong>br</strong> />

é igual à soma dos dois que o antecedem.<<strong>br</strong> />

II. Completando as seqüências, temos:<<strong>br</strong> />

0 3 6 9 12 15 18 21<<strong>br</strong> />

1 4 7 10 13 16 19 22<<strong>br</strong> />

1 2 4 7 11 16 22 29<<strong>br</strong> />

2 6 18 54 162 486 1.458 4.374<<strong>br</strong> />

1 1 2 6 24 120 720 5.040<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

82<<strong>br</strong> />

34 48<<strong>br</strong> />

14 20 28<<strong>br</strong> />

5 9 11 17<<strong>br</strong> />

1 4 5 6<<strong>br</strong> />

I. Broas e pãezinhos = Cada pãozinho custa R$0,25 e cada <strong>br</strong>oa custa R$0,40.<<strong>br</strong> />

II. O filatelista = O preço da cartela A é R$18,00 e o da cartela B é R$7,00.<<strong>br</strong> />

Pudim de mandioca (para 10 pessoas)<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />

xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />

xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />

ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

colher (de sopa) de farinha de trigo<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Pudim de mandioca (para 6 pessoas)<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />

xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />

xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />

ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

colher (de sopa) de farinha de trigo


6<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />

Enfim, um aumento!<<strong>br</strong> />

Ele pode multiplicar R$380,00 por 1,06 o que dá R$ 402,80 ou então pode mulltiplicar R$380,00 por 0,06 e<<strong>br</strong> />

depois adicionar esse resultado a R$380,00.<<strong>br</strong> />

A organização dos campeonatos:<<strong>br</strong> />

• Em 2023 não deve acontecer esse campeonato.<<strong>br</strong> />

• Em 2031 deverá haver campeonato.<<strong>br</strong> />

• Para saber se em um determinado ano x acontecerá um campeonato basta fazer: x – 1998 e dividir o<<strong>br</strong> />

resultado por 3. Se o resto da divisão for zero haverá campeonato.<<strong>br</strong> />

Compras no supermercado:<<strong>br</strong> />

Calculando mentalmente quanto foi gasto nessa compra, podemos dizer que se gastou mais de R$15,00.<<strong>br</strong> />

Cada um com seu jeito de calcular:<<strong>br</strong> />

Ambos estão corretos. Iracema calculou 15% do valor e depois descontou do total e Severino calculou<<strong>br</strong> />

diretamente 85% do total, sabendo que 100% - 15% = 85%.<<strong>br</strong> />

O comprimento da linha é maior que 1m.<<strong>br</strong> />

I. Distância aproximada:<<strong>br</strong> />

• Do Rio de Janeiro a Belo Horizonte é aproximadamente a mesma de Rio de Janeiro a São Paulo,<<strong>br</strong> />

ou seja, 400km.<<strong>br</strong> />

• De Salvador a Natal é de aproximadamente o do<strong>br</strong>o da distância entre Rio de Janeiro a São Paulo,<<strong>br</strong> />

ou seja, 800km.<<strong>br</strong> />

• De Porto Alegre a Curitiba é de aproximadamente 530km.<<strong>br</strong> />

II. Para reco<strong>br</strong>ir um piso de uma sala retangular de 4,5m por 5,5m com lajotas de 50 cm de lado, serão<<strong>br</strong> />

necessárias, aproximadamente, 100 lajotas, pois em um dos lados cabem 9 lajotas e no outro cabem 11<<strong>br</strong> />

lajotas, o que totaliza 90 lajotas.<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

a) Belinha e Débora.<<strong>br</strong> />

b) Débora e Belinha.<<strong>br</strong> />

c) Não chovia nem havia fila muito grande.<<strong>br</strong> />

d) Porque a fila não era grande.<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

a) Qualquer mar é salgado.<<strong>br</strong> />

b) Há rapazes que não gostam de dançar.<<strong>br</strong> />

c) Todos possuem um livro.<<strong>br</strong> />

55


56<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar conceitos e procedimentos matemáticos expressos em diferentes formas.<<strong>br</strong> />

• Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos para explicar fenômenos ou fatos do cotidiano.<<strong>br</strong> />

• Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos para construir formas de raciocínio que permitam<<strong>br</strong> />

aplicar estratégias para a resolução de problemas.<<strong>br</strong> />

• Identificar e utilizar conceitos e procedimentos matemáticos na construção de argumentação<<strong>br</strong> />

consistente.<<strong>br</strong> />

• Reconhecer a adequação da proposta de ação solidária, utilizando conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />

matemáticos.


Capítulo III<<strong>br</strong> />

OS NÚMEROS: SEUS USOS E SEUS SIGNIFICADOS<<strong>br</strong> />

CONSTRUIR SIGNIFICADOS E AMPLIAR OS JÁ EXISTENTES<<strong>br</strong> />

PARA OS NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS E RACIONAIS.<<strong>br</strong> />

Wanda Silva Rodrigues


58<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo III<<strong>br</strong> />

Os números: seus usos<<strong>br</strong> />

e seus significados<<strong>br</strong> />

Apresentação<<strong>br</strong> />

Os números fazem parte de nossa vida. Nossa<<strong>br</strong> />

casa tem um número, a roupa que usamos tem<<strong>br</strong> />

uma numeração, os alimentos têm um preço. Nós<<strong>br</strong> />

mesmos temos números de identificação: aquele<<strong>br</strong> />

que está na carteira de identidade, o que está<<strong>br</strong> />

indicado na carteira do trabalho...<<strong>br</strong> />

A construção dos números durou milênios.<<strong>br</strong> />

Estudos de várias ciências como a Arqueologia,<<strong>br</strong> />

a Etnologia e a Antropologia mostram que povos<<strong>br</strong> />

primitivos, mesmo antes de possuírem uma<<strong>br</strong> />

linguagem escrita, faziam registros de suas<<strong>br</strong> />

contagens por meio de marcas. Essas marcas<<strong>br</strong> />

podiam ser nós em uma corda, cortes<<strong>br</strong> />

num pedaço de madeira ou cortes em<<strong>br</strong> />

ossos de animais.<<strong>br</strong> />

Os povos primitivos também faziam uso dos<<strong>br</strong> />

dedos das mãos e dos pés para efetuarem a<<strong>br</strong> />

contagem. Até hoje usamos a palavra dígito, que<<strong>br</strong> />

significa dedo, como sinônimo de algarismo.<<strong>br</strong> />

Alguns usavam também outras partes do corpo.<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Uma contagem digital particular em um momento do Antigo Império (Vª dinastia: século XXVI a.C.).<<strong>br</strong> />

IFRAH, Georges, História Universal dos algarismos: a inteligência dos homens contada pelos números e pelo cálculo.<<strong>br</strong> />

Com o tempo, essas marcas foram substituídas<<strong>br</strong> />

por símbolos diversos. Ao buscar recensear seus<<strong>br</strong> />

habitantes, seus bens, suas perdas, ao procurar<<strong>br</strong> />

datar a fundação de suas cidades, esses povos<<strong>br</strong> />

construíram interessantes sistemas de numeração.<<strong>br</strong> />

Nos quadros ao lado você pode observar o<<strong>br</strong> />

número doze registrado de diferentes maneiras,<<strong>br</strong> />

em diferentes civilizações.<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Tradução de Alberto Muñoz e Ana Beatriz<<strong>br</strong> />

Katinsky. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. v. 1.<<strong>br</strong> />

Tradução de Histoire universelle des chiffres.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Recontando os Números<<strong>br</strong> />

Conta-se que no ano de 825 d.C. o trono do<<strong>br</strong> />

império árabe era ocupado pelo Califa al-<<strong>br</strong> />

Mamum. Ele queria transformar seu reino em um<<strong>br</strong> />

grande centro de ensino, onde se pudessem<<strong>br</strong> />

dominar todas as áreas do conhecimento. Para<<strong>br</strong> />

atingir esse objetivo, trouxe para Bagdá os<<strong>br</strong> />

grandes sábios muçulmanos daquela época. Entre<<strong>br</strong> />

esses sábios estava al-Khowarizmi.<<strong>br</strong> />

A esse matemático árabe foi destinada a função de<<strong>br</strong> />

traduzir para o árabe os livros de Matemática<<strong>br</strong> />

vindos da Índia. Numa dessas traduções, esse sábio<<strong>br</strong> />

se deparou com um livro que ensinava a fazer<<strong>br</strong> />

quaisquer cálculos usando apenas dez símbolos.<<strong>br</strong> />

Al-Khowarizmi ficou tão impressionado com a<<strong>br</strong> />

utilidade daqueles dez símbolos – que hoje são<<strong>br</strong> />

conhecidos como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, que<<strong>br</strong> />

escreveu um livro explicando como funcionava<<strong>br</strong> />

esse sistema. O termo algarismo usado para<<strong>br</strong> />

denominar os símbolos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 é<<strong>br</strong> />

uma homenagem a esse matemático árabe.<<strong>br</strong> />

Desse modo, o sistema de numeração que<<strong>br</strong> />

utilizamos hoje foi criado pelos hindus, e<<strong>br</strong> />

divulgado a outros povos pelos árabes, em suas<<strong>br</strong> />

viagens. Por isso, ele é conhecido como indoarábico.<<strong>br</strong> />

A principal vantagem desse sistema<<strong>br</strong> />

reside no fato de que, com apenas dez símbolos<<strong>br</strong> />

(0, 1, 2,..., 9), podemos escrever qualquer número<<strong>br</strong> />

que desejarmos, por maior que ele seja. Ele é<<strong>br</strong> />

chamado decimal porque se utiliza de<<strong>br</strong> />

agrupamentos de 10 em 10. Uma das<<strong>br</strong> />

características desse sistema é o chamado<<strong>br</strong> />

princípio do valor posicional. Assim, na escrita<<strong>br</strong> />

555, o 5 pode valer 5, 50 ou 500, dependendo de<<strong>br</strong> />

sua posição (555 = 500 + 50 + 5).<<strong>br</strong> />

Apesar de a utilização dos números ter-se<<strong>br</strong> />

iniciado há mais de 5.000 anos, foi a partir do<<strong>br</strong> />

surgimento do sistema indo-arábico que o zero<<strong>br</strong> />

passou a ser utilizado, a fim de atender,<<strong>br</strong> />

principalmente, a exigências relacionadas ao<<strong>br</strong> />

valor posicional na numeração escrita. Ao<<strong>br</strong> />

representar, por exemplo, 27 e 207, o papel do<<strong>br</strong> />

zero é essencial para que haja a distinção de uma<<strong>br</strong> />

representação para outra.<<strong>br</strong> />

Os primeiros números que aprendemos e que<<strong>br</strong> />

servem para representar os resultados de<<strong>br</strong> />

contagens, de ordenações, e também para<<strong>br</strong> />

codificar são chamados números naturais.<<strong>br</strong> />

Você os conhece bem: 0, 1, 2, 3, 4, 5,<<strong>br</strong> />

6, 7, 8, 9, 10, 11...<<strong>br</strong> />

O conjunto dos números naturais é infinito e<<strong>br</strong> />

representado pela letra N:<<strong>br</strong> />

N={0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}<<strong>br</strong> />

Há uma infinidade de números naturais e também<<strong>br</strong> />

outros tipos de números...<<strong>br</strong> />

Qual o resultado da subtração 3-7?<<strong>br</strong> />

Durante muito tempo, problemas deste tipo foram<<strong>br</strong> />

considerados sem solução. Quando lidamos com<<strong>br</strong> />

números naturais, o resultado da subtração a – b<<strong>br</strong> />

pode ser encontrado no conjunto dos naturais<<strong>br</strong> />

somente quando a b.<<strong>br</strong> />

No entanto, situações do dia–a–dia como as que<<strong>br</strong> />

envolvem dívidas, registros de temperaturas<<strong>br</strong> />

mínimas de uma cidade ou resultados financeiros<<strong>br</strong> />

de uma empresa, mostram a necessidade de<<strong>br</strong> />

representar números menores que zero e dar<<strong>br</strong> />

significado a operações a – b, quando a < b.<<strong>br</strong> />

O conjunto dos números inteiros (também<<strong>br</strong> />

conhecidos como inteiros relativos) é<<strong>br</strong> />

representado pela letra Z:<<strong>br</strong> />

Z={...,-6,-5,-3,-1,0,+1,+2,+3,+4,+5,+6,...}<<strong>br</strong> />

59


60<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 1<<strong>br</strong> />

1.1 Construa uma reta e localize nela os números<<strong>br</strong> />

positivos e negativos. Depois, responda e<<strong>br</strong> />

justifique suas respostas:<<strong>br</strong> />

a) Qual número é menor: +3 ou +2?<<strong>br</strong> />

b) Qual número é menor: +3 ou –2?<<strong>br</strong> />

c) Qual número é menor: -3 ou +2?<<strong>br</strong> />

d) Qual número é menor: -3 ou –2?<<strong>br</strong> />

Agora imagine a seguinte situação:<<strong>br</strong> />

Uma pessoa quer determinar a medida do<<strong>br</strong> />

segmento RS, tendo como unidade de medida o<<strong>br</strong> />

segmento AB. Como ela deve proceder? Que<<strong>br</strong> />

resposta é provável que ela encontre?<<strong>br</strong> />

R S<<strong>br</strong> />

A B<<strong>br</strong> />

Figura 2<<strong>br</strong> />

Para responder a esta pergunta, é preciso verificar<<strong>br</strong> />

quantas vezes o segmento AB “cabe” no<<strong>br</strong> />

segmento RS. Observando, você percebe que o<<strong>br</strong> />

segmento AB “cabe” quatro vezes e meia no<<strong>br</strong> />

segmento RS ou que a medida do segmento RS é<<strong>br</strong> />

quatro vezes e meia a medida do segmento AB.<<strong>br</strong> />

Na busca em quantificar e representar medidas<<strong>br</strong> />

em situações como essa, surgiram os números<<strong>br</strong> />

racionais.<<strong>br</strong> />

Os números racionais são identificados como<<strong>br</strong> />

a<<strong>br</strong> />

números expressos na forma (ou a/b; a:b), em<<strong>br</strong> />

b<<strong>br</strong> />

que os números a e b são número inteiros<<strong>br</strong> />

quaisquer, sendo que o número b deve ser<<strong>br</strong> />

necessariamente diferente de zero.<<strong>br</strong> />

O conjunto dos números racionais é indicado<<strong>br</strong> />

pela letra Q:<<strong>br</strong> />

Q={a/b, a Z e b Z*}<<strong>br</strong> />

Z*: Conjunto dos inteiros, exceto o 0.<<strong>br</strong> />

Os números racionais podem ser representados na<<strong>br</strong> />

forma fracionária ou na forma decimal. Nas<<strong>br</strong> />

figuras abaixo, você pode observar uma figura<<strong>br</strong> />

quadrada de 25 unidades quadradas de área;<<strong>br</strong> />

partes dessa figura foram hachuradas.<<strong>br</strong> />

1.2 Observe as figuras e relacione, dentre as escritas<<strong>br</strong> />

numéricas abaixo, a qual se refere cada uma delas.<<strong>br</strong> />

49 = 49,0<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

Se você usar uma calculadora e dividir 25 por 2,<<strong>br</strong> />

que resultado obterá? Esse resultado pode ser<<strong>br</strong> />

visualizado na figura b.<<strong>br</strong> />

Agora observe a seqüência de resultados obtidos<<strong>br</strong> />

dividindo-se o numerador pelo denominador de<<strong>br</strong> />

frações em que o numerador é 49.<<strong>br</strong> />

49 = 12,25<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

49 = 5,444...<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

a)<<strong>br</strong> />

c)<<strong>br</strong> />

49 = 24,5<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

49 = 9,8<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

49 = 4,4545...<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

d)<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

49 = 16,333...<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

49 = 8,1666...<<strong>br</strong> />

6


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

1.3 Responda:<<strong>br</strong> />

– Que diferenças e que semelhanças você observa<<strong>br</strong> />

nesses resultados?<<strong>br</strong> />

– Há representações decimais finitas? Quais?<<strong>br</strong> />

– Há representações decimais infinitas? Quais?<<strong>br</strong> />

– É possível dizer que números ocuparão as<<strong>br</strong> />

próximas ordens nas representações infinitas?<<strong>br</strong> />

Você já deve ter observado que a leitura de<<strong>br</strong> />

notícias veiculadas em jornais e revistas envolve<<strong>br</strong> />

quase sempre dados numéricos. Leia o texto<<strong>br</strong> />

abaixo e depois responda às questões formuladas:<<strong>br</strong> />

A água sem tratamento e a falta de saneamento básico causam a morte de milhares de<<strong>br</strong> />

pessoas por ano no Brasil. O Brasil tem 7,5 milhões de domicílios sem banheiro. No Piauí,<<strong>br</strong> />

42,9% dos domicílios não têm instalação sanitária. Em 1998, doenças relacionadas à falta<<strong>br</strong> />

de saneamento básico como a diarréia, vitimaram 10 844 pessoas, número maior do que o<<strong>br</strong> />

de homicídios na região metropolitana de São Paulo naquele ano. A região sudeste ocupa<<strong>br</strong> />

uma posição muito boa em relação ao saneamento básico: o percentual de municípios com<<strong>br</strong> />

rede de esgoto chega próximo de 90%. Mas isso apenas não basta para que a situação de<<strong>br</strong> />

saneamento básico seja boa. Há ainda a questão da água. Nessa região, são poucos os<<strong>br</strong> />

municípios que ainda não têm água encanada: cerca de apenas 5%.<<strong>br</strong> />

Adaptado de Folha de São Paulo, São Paulo 28/03/2002.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 2<<strong>br</strong> />

a) O dado “7,5 milhões” que aparece no texto<<strong>br</strong> />

refere-se a um número natural?<<strong>br</strong> />

b) E o dado “42,9%”?<<strong>br</strong> />

c) Registre pelo menos duas maneiras diferentes<<strong>br</strong> />

de representar 7,5 milhões.<<strong>br</strong> />

d) O dado 5%, que aparece no final do texto,<<strong>br</strong> />

pode ser representado de outras maneiras: 0,05;<<strong>br</strong> />

; 5 X 10 -2<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

. Como você representaria o<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

dado 90% que também aparece no texto,<<strong>br</strong> />

usando essas diferentes maneiras?<<strong>br</strong> />

e) Na escrita 28/03/2002 o que significa o 03?<<strong>br</strong> />

f) O número de domicílios sem instalação<<strong>br</strong> />

sanitária no Piauí é maior ou menor que a<<strong>br</strong> />

metade dos domicílios desse estado?<<strong>br</strong> />

Veja mais so<strong>br</strong>e este assunto em livros<<strong>br</strong> />

de Matemática para o Ensino<<strong>br</strong> />

Fundamental.<<strong>br</strong> />

Procure o significado de expressões<<strong>br</strong> />

como dízimas periódicas e fração<<strong>br</strong> />

geratriz.<<strong>br</strong> />

Identificando um mundo de números<<strong>br</strong> />

Como você deve ter observado, nesse texto há<<strong>br</strong> />

diferentes usos e representações de números<<strong>br</strong> />

naturais: 7,5 milhões de domicílios (que também<<strong>br</strong> />

podem ser representados pela escrita 7.500.000 –<<strong>br</strong> />

sete milhões e quinhentos mil); 10.844 pessoas<<strong>br</strong> />

vitimadas pela diarréia. Esses números referem-se<<strong>br</strong> />

a uma contagem ou a uma estimativa? Já os<<strong>br</strong> />

números apresentados na escrita da data de<<strong>br</strong> />

publicação da notícia - 28/03/2002 - são números<<strong>br</strong> />

naturais que indicam uma ordenação: o vigésimo<<strong>br</strong> />

oitavo dia do terceiro mês (março) do ano de 2002.<<strong>br</strong> />

Agora responda: Por que será que o<<strong>br</strong> />

jornal usa 7,5 milhões?<<strong>br</strong> />

61


62<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 3<<strong>br</strong> />

3.1 Analise este trecho de uma notícia, publicada<<strong>br</strong> />

no dia 1/4/2002, numa segunda-feira, e depois<<strong>br</strong> />

responda às questões.<<strong>br</strong> />

Das 20 horas de amanhã até às 8 horas de quarta-feira poderá haver falta de água nos<<strong>br</strong> />

bairros Vila Irelândia, Jasmim Alegre, Vila Brasil e Jardim Aurora, no município “Pau<<strong>br</strong> />

Brasil”, em razão de serviços da Companhia de Águas e Esgotos na rede de distribuição de<<strong>br</strong> />

água da cidade. Aproximadamente 2.500 famílias devem ser atingidas pelo corte.<<strong>br</strong> />

Já no município de Jacarandá, a falta de água deve ocorrer das 8 às 20 horas de quartafeira,<<strong>br</strong> />

na Costa Verde, Morro do Alto e Morro Branco. Cerca de 20 mil casas devem ter a<<strong>br</strong> />

s<strong>usp</strong>ensão no abastecimento.<<strong>br</strong> />

A Companhia de Água e Esgotos recomenda que os moradores dos bairros afetados evitem<<strong>br</strong> />

o desperdício e reservem água para o período.<<strong>br</strong> />

a) Por quantas horas os bairros do município de<<strong>br</strong> />

Pau Brasil, citados na notícia, ficaram sem água?<<strong>br</strong> />

b) É possível afirmar que faltou água no dia 1º de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il nessa região?<<strong>br</strong> />

c) Em Jacarandá, a falta de água ocorrerá no<<strong>br</strong> />

mesmo período que a de Pau Brasil?<<strong>br</strong> />

d) O tempo de duração da falta de água no<<strong>br</strong> />

Jacarandá será o mesmo que em Pau Brasil?<<strong>br</strong> />

e) Em que cidade a falta de água atingirá mais<<strong>br</strong> />

pessoas? Justifique.<<strong>br</strong> />

Analisando a reportagem, publicada no dia 1º de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il, você pode constatar que tanto a cidade de Pau<<strong>br</strong> />

Brasil como a de Jacarandá ficaram 12 horas sem<<strong>br</strong> />

água; no entanto, no Jacarandá, é provável que a<<strong>br</strong> />

quantidade de pessoas atingidas tenha sido maior.<<strong>br</strong> />

Notícias como essa, que envolvem dados numéricos,<<strong>br</strong> />

são importantes para que os cidadãos possam se<<strong>br</strong> />

prevenir nessas situações, colaborar e também saber<<strong>br</strong> />

reivindicar seus direitos junto aos governantes.<<strong>br</strong> />

Em notícias também aparecem situações que<<strong>br</strong> />

podem ser representadas por números inteiros<<strong>br</strong> />

negativos. Observe:<<strong>br</strong> />

No interior da Antártida, onde faz 70<<strong>br</strong> />

graus negativos no inverno, a<<strong>br</strong> />

temperatura caiu, em média, 1 grau<<strong>br</strong> />

desde os anos 80.<<strong>br</strong> />

(Revista Veja, 30/01/2002)<<strong>br</strong> />

Provavelmente você já ouviu falar na Antártida. Lá<<strong>br</strong> />

faz muito frio e as temperaturas são sempre<<strong>br</strong> />

negativas. Já foi registrada a temperatura de 89<<strong>br</strong> />

graus abaixo de zero. Quando é verão há luz até<<strong>br</strong> />

aproximadamente 23 horas e 30 minutos e quando<<strong>br</strong> />

é inverno há luz apenas durante algumas horas.<<strong>br</strong> />

3.2 Com base nessas informações responda: Se a<<strong>br</strong> />

temperatura média cai um grau a cada ano e se,<<strong>br</strong> />

por suposição, em 1982 a temperatura média no<<strong>br</strong> />

inverno foi de 70 graus negativos, que hipótese<<strong>br</strong> />

podemos ter para as temperaturas médias no<<strong>br</strong> />

inverno nos anos indicados na tabela abaixo?<<strong>br</strong> />

1985 1989 1993 1997 2001


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Em outras palavras, que previsões podemos fazer<<strong>br</strong> />

para essas temperaturas? Para diferenciar<<strong>br</strong> />

números negativos de números positivos,<<strong>br</strong> />

utilizamos os sinais + e -.<<strong>br</strong> />

Assim, se a indicação de uma temperatura é<<strong>br</strong> />

precedida pelo sinal +, isso significa que ela está<<strong>br</strong> />

acima de zero grau, e se é precedida pelo sinal -,<<strong>br</strong> />

ela está abaixo de zero grau.<<strong>br</strong> />

Mas além das temperaturas, usamos os números<<strong>br</strong> />

negativos em outras situações. Veja alguns<<strong>br</strong> />

exemplos:<<strong>br</strong> />

• Um submarino encontra-se a 80m abaixo do<<strong>br</strong> />

nível do mar.<<strong>br</strong> />

• A cidade de Campo Grande, capital do Mato<<strong>br</strong> />

Grosso do Sul, está situada a uma altitude de<<strong>br</strong> />

532m acima do nível do mar.<<strong>br</strong> />

Você sabia que o altímetro é um aparelho que registra altitudes positivas (acima do nível<<strong>br</strong> />

do mar) e altitudes negativas (abaixo do nível do mar)?<<strong>br</strong> />

3.3 Outro exemplo que você certamente conhece<<strong>br</strong> />

é o de saldo de gols de um campeonato de<<strong>br</strong> />

futebol: os números positivos representam gols<<strong>br</strong> />

marcados e os números negativos, gols sofridos.<<strong>br</strong> />

Equipes<<strong>br</strong> />

Palmeiras<<strong>br</strong> />

São Paulo<<strong>br</strong> />

Santos<<strong>br</strong> />

Flamengo<<strong>br</strong> />

Portuguesa<<strong>br</strong> />

São Caetano<<strong>br</strong> />

Grêmio<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

Gols marcados<<strong>br</strong> />

+ 45<<strong>br</strong> />

+ 42<<strong>br</strong> />

+ 38<<strong>br</strong> />

+ 37<<strong>br</strong> />

+ 35<<strong>br</strong> />

+34<<strong>br</strong> />

+29<<strong>br</strong> />

Analisando a tabela, encontre o total de gols<<strong>br</strong> />

marcados, o total de gols sofridos e o saldo de<<strong>br</strong> />

gols de cada equipe.<<strong>br</strong> />

Gols sofridos<<strong>br</strong> />

- 44<<strong>br</strong> />

- 39<<strong>br</strong> />

- 38<<strong>br</strong> />

- 39<<strong>br</strong> />

- 33<<strong>br</strong> />

- 30<<strong>br</strong> />

- 37<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Atribui-se aos hindus a invenção dos negativos. A primeira referência explícita é<<strong>br</strong> />

encontrada numa o<strong>br</strong>a do ano 628, escrita pelo matemático Brahmagupta.<<strong>br</strong> />

Mas, durante o Renascimento (séculos XV e XVI), as operações comerciais de venda e<<strong>br</strong> />

troca de mercadorias eram intensas e, de certa forma, inspiraram os matemáticos da<<strong>br</strong> />

época na escolha de um novo tipo de número para representar perdas e dívidas.<<strong>br</strong> />

63


64<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Imagine um comerciante daquela época que<<strong>br</strong> />

tivesse em seu armazém sacos de sal com 5kg<<strong>br</strong> />

cada um. Ao vender 3kg de um dos sacos,<<strong>br</strong> />

escrevia o número 3 com um tracinho na frente<<strong>br</strong> />

(-3) para não esquecer que, no saco havia 3kg de<<strong>br</strong> />

sal a menos.<<strong>br</strong> />

Se esse comerciante resolvesse despejar em outro<<strong>br</strong> />

saco os 2kg de sal que so<strong>br</strong>aram, escrevia o<<strong>br</strong> />

número 2 com dois tracinhos cruzados na frente<<strong>br</strong> />

para lem<strong>br</strong>ar que no saco foram acrescentados<<strong>br</strong> />

2kg a mais que a quantidade inicial.<<strong>br</strong> />

Positivo e Negativo<<strong>br</strong> />

Os matemáticos, percebendo que essa notação era<<strong>br</strong> />

prática, passaram a usar o sinal positivo ou<<strong>br</strong> />

negativo na frente dos números, para indicar o<<strong>br</strong> />

ganho ou a perda de quantidades.<<strong>br</strong> />

Os números indicados com o sinal de menos (-)<<strong>br</strong> />

passaram a ser chamados de números negativos.<<strong>br</strong> />

A expressão “número negativo” tinha o<<strong>br</strong> />

significado de que se tratava de “não-número”, o<<strong>br</strong> />

que mostrava as dificuldades pelas quais a<<strong>br</strong> />

humanidade passou para aceitá-lo.<<strong>br</strong> />

Muitos matemáticos do passado negavam a<<strong>br</strong> />

existência de tais números, que chamavam de<<strong>br</strong> />

“números absurdos” ou de “números falsos”. Entre<<strong>br</strong> />

a invenção dos negativos e sua aceitação,<<strong>br</strong> />

transcorreram-se cerca de mil anos. Nicolas Choquet<<strong>br</strong> />

(1445 – 1500) e Michel Stifel (1487 – 1567) foram<<strong>br</strong> />

os primeiros matemáticos a considerarem os<<strong>br</strong> />

negativos em suas o<strong>br</strong>as e equações.<<strong>br</strong> />

É bastante provável que os povos primitivos<<strong>br</strong> />

tenham sentido a necessidade de repartir coisas<<strong>br</strong> />

inteiras, como, por exemplo, os alimentos, em<<strong>br</strong> />

partes aproximadamente iguais e sem so<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />

resto. Para medir terras ou colheitas com<<strong>br</strong> />

exatidão, para a co<strong>br</strong>ança de impostos, para<<strong>br</strong> />

medir líquidos, cereais, tecidos, para o comércio,<<strong>br</strong> />

os homens criaram unidades padrão para as<<strong>br</strong> />

medidas. Ao escolherem uma determinada medida<<strong>br</strong> />

padrão para medir, perceberam que o resultado<<strong>br</strong> />

obtido nem sempre era um número inteiro e<<strong>br</strong> />

sentiram a necessidade de fracionar essa unidade<<strong>br</strong> />

de medida. Em registros egípcios, gregos e<<strong>br</strong> />

romanos da Antiguidade, encontram-se formas<<strong>br</strong> />

de representar esse fracionamento.<<strong>br</strong> />

Figura 3<<strong>br</strong> />

Figura 4<<strong>br</strong> />

Os egípcios já usavam a fração por volta de 2000<<strong>br</strong> />

a.C. para operar com seus sistemas de pesos e<<strong>br</strong> />

medidas e para exprimir resultados. Eles<<strong>br</strong> />

utilizavam apenas frações unitárias (frações de<<strong>br</strong> />

2 3<<strong>br</strong> />

numerador 1), com exceção de e .<<strong>br</strong> />

3 4<<strong>br</strong> />

Uma fração pode indicar a relação que existe<<strong>br</strong> />

entre um número de partes e o total de partes.<<strong>br</strong> />

Mas ela pode indicar também o quociente de um<<strong>br</strong> />

inteiro por outro, desde que este outro não seja<<strong>br</strong> />

a<<strong>br</strong> />

nulo (a : b = ; b • 0).<<strong>br</strong> />

b<<strong>br</strong> />

Muitas vezes ela é usada como um índice<<strong>br</strong> />

comparativo entre duas quantidades, ou seja,<<strong>br</strong> />

quando é interpretado como razão.<<strong>br</strong> />

3.4 Resolva os problemas abaixo e explique que<<strong>br</strong> />

significado você atribui às frações apresentadas.<<strong>br</strong> />

a) Numa festa, um bolo foi dividido em 12 partes<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

iguais e cada pessoa presente comeu do bolo.<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Quantas pessoas estavam na festa? So<strong>br</strong>ou bolo?<<strong>br</strong> />

b) Três folhas de papel de seda de cores diferentes<<strong>br</strong> />

foram repartidas entre 4 irmãos. A mãe queria<<strong>br</strong> />

fazer uma divisão eqüitativa e dar um pedaço de<<strong>br</strong> />

cada cor a cada um dos filhos. Que parte cabe a<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

cada menino: de folha ou de folha?<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

c) Uma pesquisa mostrou que 2 pessoas em cada<<strong>br</strong> />

5 habitantes de uma cidade pretendem votar num<<strong>br</strong> />

determinado candidato. Se isso acontecer na<<strong>br</strong> />

eleição, esse candidato deve ter mais que 50% dos<<strong>br</strong> />

votos? Ou menos?


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Nos dias de hoje, por influência das calculadoras,<<strong>br</strong> />

os números racionais aparecem muito mais na<<strong>br</strong> />

forma decimal do que na forma fracionária.<<strong>br</strong> />

Uma forma de visualizar a ordenação de números<<strong>br</strong> />

-2 -1 0 1 2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

ou 0,1<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

ou 1,1<<strong>br</strong> />

Para efeito de representação, nesta reta numérica<<strong>br</strong> />

estão assinalados números inteiros, e cada<<strong>br</strong> />

intervalo foi dividido em dez partes iguais.<<strong>br</strong> />

Entre os números 0 e 1, você pode observar a<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

localização 10 ou 0,1. E entre os números 1 e 2<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

está localizado o 1,1 ou .<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

64<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

10 5<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

32<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0,5 0,8<<strong>br</strong> />

10,5 9,0 7,5<<strong>br</strong> />

43,9 43,5 43,1<<strong>br</strong> />

é a utilização da reta numérica. Ao localizar, na<<strong>br</strong> />

reta, um número, todos os que estão a sua<<strong>br</strong> />

esquerda são menores do que ele, e todos os que<<strong>br</strong> />

estão à sua direita são maiores do que ele. Observe:<<strong>br</strong> />

3.5 Observe as alternativas abaixo e assinale a<<strong>br</strong> />

que é verdadeira.<<strong>br</strong> />

a) O número 2,2 está entre os números -2 e -3.<<strong>br</strong> />

b) O número 1,0002 está entre os números +1 e +2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

c) 5<<strong>br</strong> />

está entre os números +1 e +5<<strong>br</strong> />

d) - 3 está entre os números -3 e –5<<strong>br</strong> />

Agora vamos ver o que acontece em seqüências<<strong>br</strong> />

em que há números racionais representados na<<strong>br</strong> />

forma fracionária.<<strong>br</strong> />

3.6 Descu<strong>br</strong>a a regra e continue as seqüências:<<strong>br</strong> />

Veja se suas respostas conferem. Na seqüência A, o<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

sétimo termo é 2 . Na seqüência B, o sétimo termo<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

é 4 . Na seqüência C, o sétimo termo é 10 .<<strong>br</strong> />

3.7 Descu<strong>br</strong>a a regra e complete estas<<strong>br</strong> />

outras seqüências:<<strong>br</strong> />

Para dar continuidade à seqüência A, você precisa<<strong>br</strong> />

adicionar 0,3 a cada vez. Para a seqüência B,<<strong>br</strong> />

você precisa subtrair 1,5 a cada vez. Já na<<strong>br</strong> />

seqüência C, cada termo é obtido subtraindo-se<<strong>br</strong> />

0,4 do que vem antes.<<strong>br</strong> />

65


66<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

De que modo você encontrou os números nessas seqüências: fazendo cálculo escrito,<<strong>br</strong> />

cálculo mental ou usando a calculadora?<<strong>br</strong> />

Como você deve saber, não faz muito tempo que<<strong>br</strong> />

a humanidade dispõe de calculadoras para obter<<strong>br</strong> />

resultados de cálculos, de forma rápida, na<<strong>br</strong> />

resolução de problemas. Até o final da década<<strong>br</strong> />

1970, fazíamos todas as contas no papel e quando<<strong>br</strong> />

possível, as resolvíamos “de cabeça”.<<strong>br</strong> />

A partir dos anos 80, as calculadoras eletrônicas e<<strong>br</strong> />

os computadores foram se tornando cada vez<<strong>br</strong> />

menores e mais rapidamente difundidos.<<strong>br</strong> />

No entanto, muitas vezes não temos condições de<<strong>br</strong> />

Operações<<strong>br</strong> />

a) 5.236 + 3.468<<strong>br</strong> />

b) 9.587 - 7.329<<strong>br</strong> />

c) 30.040 - 7.090<<strong>br</strong> />

d) 1.000.000 - 99.888<<strong>br</strong> />

e) 5.005 : 5<<strong>br</strong> />

f) 10.340 x 100<<strong>br</strong> />

g) 584.300 : 100<<strong>br</strong> />

h) 0,2 x 0,3<<strong>br</strong> />

i) 3,7 - 2,9<<strong>br</strong> />

Leitura de uma escrita<<strong>br</strong> />

numérica<<strong>br</strong> />

Resultados<<strong>br</strong> />

874<<strong>br</strong> />

2.258<<strong>br</strong> />

27.050<<strong>br</strong> />

9.112<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

134.000<<strong>br</strong> />

5.843<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

Para facilitar a leitura de uma dada escrita<<strong>br</strong> />

numérica, identificamos as ordens e classes que a<<strong>br</strong> />

compõem. As três primeiras ordens são a das<<strong>br</strong> />

unidades, a das dezenas e a das centenas simples.<<strong>br</strong> />

Depois vêm as unidades, dezenas e centenas de<<strong>br</strong> />

fazer cálculos por escrito e também não dispomos<<strong>br</strong> />

de calculadora ou de um computador. Aí,<<strong>br</strong> />

funciona a preciosa capacidade que temos de<<strong>br</strong> />

operar mentalmente.<<strong>br</strong> />

3.8 Vamos ver como você se sai em cálculo mental?<<strong>br</strong> />

Na primeira coluna da tabela estão indicadas<<strong>br</strong> />

diferentes operações. Ao lado de cada uma há<<strong>br</strong> />

quatro resultados indicados. Assinale qual é o<<strong>br</strong> />

resultado correto de cada operação fazendo,<<strong>br</strong> />

mentalmente, o cálculo. Justifique sua escolha.<<strong>br</strong> />

8.704<<strong>br</strong> />

2.262<<strong>br</strong> />

2.295<<strong>br</strong> />

112<<strong>br</strong> />

101<<strong>br</strong> />

103.400<<strong>br</strong> />

58,43<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

8.911<<strong>br</strong> />

3.268<<strong>br</strong> />

23.050<<strong>br</strong> />

90.012<<strong>br</strong> />

1.001<<strong>br</strong> />

1.034.000<<strong>br</strong> />

58.430<<strong>br</strong> />

0,060<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

8.694<<strong>br</strong> />

3.852<<strong>br</strong> />

22.950<<strong>br</strong> />

900.112<<strong>br</strong> />

1.010<<strong>br</strong> />

103,40<<strong>br</strong> />

0,5843<<strong>br</strong> />

0,006<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

milhar. Seguem-se as unidades, dezenas e<<strong>br</strong> />

centenas de milhão. E assim, sucessivamente,<<strong>br</strong> />

vamos encontrar as classes dos bilhões, trilhões,<<strong>br</strong> />

quatrilhões etc.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

O quadro abaixo ilustra essa organização onde as<<strong>br</strong> />

letras C, D e U representam, respectivamente:<<strong>br</strong> />

centenas, dezenas e unidades.<<strong>br</strong> />

... Trilhão Bilhão Milhão Milhar Unidade<<strong>br</strong> />

Simples<<strong>br</strong> />

C D U C D U C D U C D U C D U<<strong>br</strong> />

3 4 5 0 9 1 2 6<<strong>br</strong> />

2 3 0 0 2 5 0 6 0 0<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 4<<strong>br</strong> />

4.1 Como você lê o número registrado na<<strong>br</strong> />

primeira linha do quadro? E o segundo?<<strong>br</strong> />

Se você respondeu “trinta e quatro milhões<<strong>br</strong> />

quinhentos e nove mil, cento e vinte e seis”,<<strong>br</strong> />

para o primeiro número apresentado, acertou!<<strong>br</strong> />

Esse quadro pode ser ampliado, para<<strong>br</strong> />

representar os décimos, os centésimos, os<<strong>br</strong> />

milésimos etc.<<strong>br</strong> />

Com relação ao primeiro número registrado na<<strong>br</strong> />

primeira linha do quadro, nós o escrevemos<<strong>br</strong> />

12,301, ou seja, usamos a vírgula para identificar<<strong>br</strong> />

a parte inteira e a chamada “parte decimal”. E<<strong>br</strong> />

lemos: doze inteiros e trezentos e um milésimos.<<strong>br</strong> />

Veja só:<<strong>br</strong> />

Milhar Unidade<<strong>br</strong> />

Simples<<strong>br</strong> />

C D U C D U D C M<<strong>br</strong> />

1 2 3 0 1<<strong>br</strong> />

5 0 7<<strong>br</strong> />

0 0 0 8<<strong>br</strong> />

4.2 Agora responda:<<strong>br</strong> />

A leitura correspondente aos números registrados<<strong>br</strong> />

na segunda e terceira linhas do quadro é:<<strong>br</strong> />

a) cinco inteiros e sete centésimos;<<strong>br</strong> />

oito centésimos;<<strong>br</strong> />

b) cinco inteiros e sete milésimos; oito milésimos;<<strong>br</strong> />

c) cinco inteiros e sete centésimos;<<strong>br</strong> />

oito milésimos;<<strong>br</strong> />

d) cinco inteiros e sete décimos; oito centésimos;<<strong>br</strong> />

67


68<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Você sabia?<<strong>br</strong> />

- Nas calculadoras, para fazer os registros de números não inteiros, ao invés do uso da<<strong>br</strong> />

vírgula para separar a parte inteira da parte decimal, é usado um ponto.<<strong>br</strong> />

- Para números muito “grandes”, como por exemplo, 6.100.000.000 (seis bilhões e cem<<strong>br</strong> />

milhões), podemos usar escritas reduzidas. Assim, poderíamos escrever :<<strong>br</strong> />

6,1 bilhões ou 6,1 x 10 9 .<<strong>br</strong> />

- O mesmo acontece quando o número é muito “pequeno”, como por exemplo: 0,0008<<strong>br</strong> />

(oito décimos de milésimos). Ele pode ser assim representado: 8 x 10 -4 ou 0,8 x 10 -3 .<<strong>br</strong> />

Os números nos chamam atenção para os<<strong>br</strong> />

fenômenos da natureza, da sociedade ...<<strong>br</strong> />

A preocupação com as questões ambientais é uma<<strong>br</strong> />

das marcas do nosso tempo. Embora com muito<<strong>br</strong> />

atraso, a humanidade se deu conta da necessidade<<strong>br</strong> />

de preservação de bens naturais que se esgotam.<<strong>br</strong> />

O desmatamento por meio de queimadas<<strong>br</strong> />

representa, para os colonos, uma forma rápida e<<strong>br</strong> />

barata de limpar a área de cultivo. No entanto,<<strong>br</strong> />

além de devastarem florestas, as queimadas<<strong>br</strong> />

lançam milhões de toneladas de gás carbônico na<<strong>br</strong> />

atmosfera. Em um único dia, em setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

1987, o satélite NOAA-9 detectou 6.800 focos de<<strong>br</strong> />

incêndio na floresta Amazônica. Com uma única<<strong>br</strong> />

imagem esse satélite dá elementos que permitem<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ir praticamente todo o território de nosso<<strong>br</strong> />

país. A imagem é enviada para a estação de<<strong>br</strong> />

recepção do Instituto Nacional de Pesquisas<<strong>br</strong> />

Espaciais – INPE – que processa os dados e passa<<strong>br</strong> />

as coordenadas dos focos de incêndio para o<<strong>br</strong> />

Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal<<strong>br</strong> />

– IBDF. No entanto, o IBDF ainda tem um número<<strong>br</strong> />

insuficiente de agentes de defesa florestal para<<strong>br</strong> />

fiscalizar os 5 milhões de quilômetros quadrados<<strong>br</strong> />

de floresta Amazônica no Brasil.<<strong>br</strong> />

Espacial, São José dos Campos, SP, nº 68, p. 9, [199-?]


1<<strong>br</strong> />

Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

A Matemática, ao apresentar dados numéricos, contribui para uma melhor reflexão so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

questões ambientais.<<strong>br</strong> />

Observe a tabela:<<strong>br</strong> />

O QUE SE QUEIMOU DA FLORESTA AMAZÔNICA EM 1987<<strong>br</strong> />

Estado Área queimada (km2 ) % da área do Estado<<strong>br</strong> />

Rondônia 45.452 18,7<<strong>br</strong> />

Mato Grosso 78.718 8,9<<strong>br</strong> />

Goiás 38.940 6,1<<strong>br</strong> />

Acre 7.274 4,8<<strong>br</strong> />

Maranhão 13.766 4,2<<strong>br</strong> />

Pará 19.365 1,6<<strong>br</strong> />

Amazonas 1.493 0,1<<strong>br</strong> />

TOTAL 204.608<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

Espacial, São José dos Campos, n. 68, p.9.<<strong>br</strong> />

1.1 Qual estado tem maior percentual de área queimada?<<strong>br</strong> />

a) Rondônia<<strong>br</strong> />

b) Acre<<strong>br</strong> />

c) Maranhão<<strong>br</strong> />

d) Mato Grosso<<strong>br</strong> />

1.2 Em qual estado a área queimada é maior?<<strong>br</strong> />

a) Rondônia<<strong>br</strong> />

b) Amazonas<<strong>br</strong> />

c) Pará<<strong>br</strong> />

d) Mato Grosso<<strong>br</strong> />

1.3 As respostas dadas em 2.1 e 2.2 foram as mesmas? Justifique.<<strong>br</strong> />

69


70<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Os números nos permitem também acompanhar o crescimento das populações<<strong>br</strong> />

e a fazer previsões.<<strong>br</strong> />

Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />

Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial –<<strong>br</strong> />

que chegou, aproximadamente, a 6,1 bilhões de pessoas no ano 2000 – está crescendo<<strong>br</strong> />

com um ritmo de 77 milhões/ano.<<strong>br</strong> />

1,2 bilhões de pessoas, aproximadamente 20%, residem nos países ricos do planeta. No<<strong>br</strong> />

ano 2050, a Terra terá 9,5 bilhões de habitantes. A população da América Latina chegou<<strong>br</strong> />

a 498,8 milhões de pessoas no ano 2000, 8,2% da população mundial, estimada em<<strong>br</strong> />

6,056 bilhões. O país mais povoado da América Latina é o Brasil, com 170.406.000<<strong>br</strong> />

habitantes.<<strong>br</strong> />

(Adaptado do Estado de São Paulo 8/04/2002)<<strong>br</strong> />

2.1 Se a população mundial continuar a crescer nessa mesma proporção, aproximadamente,<<strong>br</strong> />

no ano de 2010 o mundo terá:<<strong>br</strong> />

a) 6,1 bilhões de pessoas.<<strong>br</strong> />

b) 9,5 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />

c) 498,8 milhões de pessoas.<<strong>br</strong> />

d) 6,87 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />

2.2 Em 2020, nosso planeta terá mais ou menos pessoas do que em 2050? Justifique.<<strong>br</strong> />

2.3 O que você entende por “está crescendo com um ritmo de 77 milhões/ ano” ?<<strong>br</strong> />

Os números nos ajudam a tomar decisões e a<<strong>br</strong> />

enfrentar os problemas do nosso dia-a-dia<<strong>br</strong> />

Questões sociais como desemprego, perda do poder<<strong>br</strong> />

aquisitivo, dentre outras, preocupam cada vez mais<<strong>br</strong> />

os trabalhadores, diante de um novo mundo do<<strong>br</strong> />

trabalho que se configura. Diariamente, em jornais,<<strong>br</strong> />

revistas e na televisão, acompanhamos notícias e<<strong>br</strong> />

debates ligados a esses temas.<<strong>br</strong> />

Muitas vezes, <strong>pag</strong>amos nossas compras sem nos<<strong>br</strong> />

questionarmos se o que está sendo <strong>pag</strong>o é<<strong>br</strong> />

adequado. Um artigo de uma revista nos chama<<strong>br</strong> />

atenção para questões desse tipo.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

CACHORRO- QUENTE COMPLETO POR 50 CENTAVOS<<strong>br</strong> />

Pão, duas salsichas, purê, maionese, batata palha e milho, mais ketchup e mostarda à<<strong>br</strong> />

vontade. Tudo por 50 centavos.<<strong>br</strong> />

Um vendedor de cachorro-quente trabalha com um fornecedor que lhe vende 1.800 pães<<strong>br</strong> />

por dia, a 10 centavos cada um. Esse vendedor consegue um lucro de 16 centavos por<<strong>br</strong> />

hot-dog. Parece pouco, mas não é. Dá 32% de lucro. Veja quanto custa cada item:<<strong>br</strong> />

Pão de hot-dog _______________________________________ R$ 0,10<<strong>br</strong> />

2 salsichas __________________________________________ R$ 0,13<<strong>br</strong> />

20 gramas de purê___________________________________ R$ 0,013<<strong>br</strong> />

35 gramas de maionese_______________________________ R$ 0,028<<strong>br</strong> />

8 gramas de milho ___________________________________ R$ 0,018<<strong>br</strong> />

6 mililitros de ketchup _______________________________ R$ 0,007<<strong>br</strong> />

3 mililitros de mostarda ______________________________ R$ 0,002<<strong>br</strong> />

8,5 gramas de batata palha ___________________________ R$ 0,041<<strong>br</strong> />

Total ___________________ R$ 0,34<<strong>br</strong> />

Lucro __________________ R$ 0,16<<strong>br</strong> />

Adaptado de Revista Veja, São Paulo, 23.jan.2002<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 5<<strong>br</strong> />

5.1 O texto afirma que o vendedor de cachorroquente<<strong>br</strong> />

tem um lucro de 16 centavos por venda<<strong>br</strong> />

efetuada.<<strong>br</strong> />

a) Você concorda que o total da despesa com um<<strong>br</strong> />

cachorro-quente seja de R$0,34? Faça o cálculo<<strong>br</strong> />

das despesas para constatar. Você pode<<strong>br</strong> />

arredondar, para mais, os preços. Assim, por<<strong>br</strong> />

exemplo, se a soma for R$0,339 você pode<<strong>br</strong> />

registrar R$0,34.<<strong>br</strong> />

b) Se o vendedor, num dia, vender todos os<<strong>br</strong> />

cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />

fornecidos pela empresa, seu gasto diário será<<strong>br</strong> />

maior ou menor do que o seu lucro? Justifique.<<strong>br</strong> />

c) De quanto será seu lucro diário se vender todos<<strong>br</strong> />

os cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />

fornecidos pela empresa? E mensal?<<strong>br</strong> />

No texto, um fato chama a atenção. Embora em nosso país lidemos com reais e centavos<<strong>br</strong> />

de reais, os valores da tabela se expressam com escritas que indicam milésimos de reais<<strong>br</strong> />

(embora não tenhamos moedinhas desse tipo). Isso ocorre em outras situações como, por<<strong>br</strong> />

exemplo, o preço da gasolina. Você já observou isso? Sabe por quê?<<strong>br</strong> />

71


72<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Agora analise esta outra situação.<<strong>br</strong> />

5.2 O dono de um restaurante fez seu balanço<<strong>br</strong> />

mensal e registrou os seguintes dados:<<strong>br</strong> />

Receita obtida na 1ª quinzena<<strong>br</strong> />

Em reais<<strong>br</strong> />

1.800,00<<strong>br</strong> />

Despesas com fornecedores (mensalmente) 3.000,00<<strong>br</strong> />

Receita obtida na 2ª quinzena 2.200,00<<strong>br</strong> />

Aluguel do espaço (mensalmente) 500,00<<strong>br</strong> />

Pagamento de salário e da contribuição previdenciária de dois funcionários (mensalmente) 500,00<<strong>br</strong> />

Impostos e taxas (mensalmente) 220,00<<strong>br</strong> />

Despesas com o contador (mensalmente) 180,00<<strong>br</strong> />

Diante desses dados, você considera que, no final<<strong>br</strong> />

desse mês, a diferença entre o que ele ganha e o<<strong>br</strong> />

que ele <strong>pag</strong>a resulta num saldo positivo ou<<strong>br</strong> />

negativo? De quanto é esse saldo?<<strong>br</strong> />

Se você juntou a receita da 1ª quinzena com a<<strong>br</strong> />

receita da 2ª quinzena, obteve o quanto esse dono<<strong>br</strong> />

de restaurante ganhou em um mês. Ao juntar as<<strong>br</strong> />

Preste atenção no extrato de uma conta bancária.<<strong>br</strong> />

despesas com fornecedores, aluguel do espaço,<<strong>br</strong> />

<strong>pag</strong>amento de salário e contribuição<<strong>br</strong> />

previdenciária, impostos, taxas e despesa com o<<strong>br</strong> />

contador, obteve as despesas desse dono de<<strong>br</strong> />

restaurante em um mês. Ao analisar o quanto<<strong>br</strong> />

ganhou e quanto <strong>pag</strong>ou deve ter percebido que<<strong>br</strong> />

houve um saldo de R$400,00.<<strong>br</strong> />

Conta Corrente<<strong>br</strong> />

BANCO DO FUTURO<<strong>br</strong> />

0033-01-003333-1<<strong>br</strong> />

Dia Histórico Valor Saldo<<strong>br</strong> />

Saldo em 30/9/01 406,00 C<<strong>br</strong> />

01/10/01 SQ CASH REDE 200,00 D 206,00 C<<strong>br</strong> />

05/10/01 LIQ VENC 1095,00 C 1 301,00 C<<strong>br</strong> />

08/10/01 SQ CASH REDE 600,00 D 701,00 C<<strong>br</strong> />

15/10/01 COMP 143396 700,00 D 1,00 C<<strong>br</strong> />

18/10/01 COMP 143397 50,00 D 49,00 D<<strong>br</strong> />

20/10/01 DEPOSITO 60,00 C 11,00 C<<strong>br</strong> />

Ao analisar o extrato bancário, você deve ter<<strong>br</strong> />

percebido as letras D e C que aparecem. “D”<<strong>br</strong> />

significa débito e “C” significa crédito.<<strong>br</strong> />

5.3 O que aconteceu com esta conta no dia 18 de<<strong>br</strong> />

outu<strong>br</strong>o?<<strong>br</strong> />

Você deve ter percebido que no dia 18/10/01 esse<<strong>br</strong> />

cliente estava com saldo negativo, isto é, ele<<strong>br</strong> />

estava devendo ao Banco.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 6<<strong>br</strong> />

6.1 Se no dia 20 fosse depositado apenas<<strong>br</strong> />

R$50,00, esse cliente ainda teria um saldo para<<strong>br</strong> />

ser retirado. O mínimo de dinheiro que precisa ser<<strong>br</strong> />

depositado dia 20, para que o saldo não seja<<strong>br</strong> />

devedor é:<<strong>br</strong> />

a) R$49,00.<<strong>br</strong> />

b) R$11,00.<<strong>br</strong> />

c) R$50,00.<<strong>br</strong> />

d) R$1,00.<<strong>br</strong> />

6.2 Se no dia 5/10/01 este cliente tivesse recebido<<strong>br</strong> />

de salário (líquido vencimento) R$ 1.600,00 no<<strong>br</strong> />

dia 20/10/01 seu saldo teria sido de:<<strong>br</strong> />

a) R$11,00 C.<<strong>br</strong> />

b) R$2.500,00 C.<<strong>br</strong> />

c) R$516,00 C.<<strong>br</strong> />

d) R$1.095,00 C.<<strong>br</strong> />

Ao analisar esse extrato bancário você deve ter<<strong>br</strong> />

percebido que no dia 18/10/01 esse cliente estava<<strong>br</strong> />

com saldo negativo, isto é, ele estava devendo ao<<strong>br</strong> />

banco. Se no dia 20/10/01 depositou apenas<<strong>br</strong> />

R$50,00 esse cliente ficou com um saldo positivo<<strong>br</strong> />

de R$1,00. Mas, se no dia 5/10/01 seu salário<<strong>br</strong> />

fosse de R$ 1.600,00, e ele tivesse os mesmos<<strong>br</strong> />

créditos e débitos apontados no extrato, no dia<<strong>br</strong> />

20/10/01 teria um saldo positivo de R$516,00.<<strong>br</strong> />

Utilizando os conhecimentos numéricos<<strong>br</strong> />

para argumentar<<strong>br</strong> />

Em vários momentos de nossa vida<<strong>br</strong> />

precisamos analisar situações, refletir so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

elas, tomar decisões e, muitas vezes,<<strong>br</strong> />

argumentar para convencer outras pessoas<<strong>br</strong> />

de nosso ponto de vista. Vamos analisar<<strong>br</strong> />

uma dessas situações. Certamente você já<<strong>br</strong> />

ouviu falar em cesta básica.<<strong>br</strong> />

Ao pensar so<strong>br</strong>e a variação percentual dos<<strong>br</strong> />

produtos da cesta básica, você pode<<strong>br</strong> />

questionar alguns aspectos, tais como:<<strong>br</strong> />

• Será que o salário mínimo é suficiente<<strong>br</strong> />

para adquirir esta cesta básica?<<strong>br</strong> />

• Quanto de cada produto é possível<<strong>br</strong> />

comprar?<<strong>br</strong> />

• Será que o que é possível comprar é<<strong>br</strong> />

suficiente para a alimentação de uma<<strong>br</strong> />

família durante um mês?<<strong>br</strong> />

Observe a tabela com os preços médios de<<strong>br</strong> />

alimentos que compõem a cesta básica,<<strong>br</strong> />

praticados na cidade de São Paulo, em<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o de 2001 (coluna A) e também em<<strong>br</strong> />

duas semanas consecutivas do mês de a<strong>br</strong>il<<strong>br</strong> />

de 2002 (colunas B e C respectivamente).<<strong>br</strong> />

CESTA BÁSICA DO PROCON-DIESSE<<strong>br</strong> />

Custo semanal em R$<<strong>br</strong> />

Produto básico Preços médios<<strong>br</strong> />

28.12.2001 19.04.2002 26.04.2002<<strong>br</strong> />

A B C<<strong>br</strong> />

Arroz tipo 2 (5kg) 5,08 4,44 4,40<<strong>br</strong> />

Feijão Carioquinha (kg) 1,31 1,45 1,46<<strong>br</strong> />

Açúcar refinado (5kg) 3,67 3,50 3,41<<strong>br</strong> />

Café em pó papel laminado (500g) 1,74 1,73 1,70<<strong>br</strong> />

Farinha de trigo (kg) 0,95 0,92 0,93<<strong>br</strong> />

Farinha de mandioca torrada (500g) 0,74 0,75 0,75<<strong>br</strong> />

Batata (kg) 0,91 1,18 1,28<<strong>br</strong> />

Cebola (kg) 0,99 1,00 1,11<<strong>br</strong> />

Alho (kg) 9,46 11,09 10,97<<strong>br</strong> />

Ovos <strong>br</strong>ancos (dz) 1,55 1,43 1,48<<strong>br</strong> />

Margarina (pote 250g) 0,60 0,61 0,62<<strong>br</strong> />

Extrato de tomate (emb. 350-370g) 0,92 0,94 0,95<<strong>br</strong> />

Óleo de soja (500ml) 1,36 1,20 1,20<<strong>br</strong> />

Leite em pó integral (emb. 400-500g) 2,82 2,78 2,76<<strong>br</strong> />

Macarrão c/ ovos (pac. 500g) 1,00 1,04 0,99<<strong>br</strong> />

Biscoito maizena (pac. 200g) 0,95 0,86 0,86<<strong>br</strong> />

Carne de primeira (kg) 6,00 5,24 5,57<<strong>br</strong> />

Carne de segunda s/osso (kg) 4,18 3,99 3,97<<strong>br</strong> />

Frango resfriado inteiro (kg) 1,81 1,55 1,54<<strong>br</strong> />

Salsicha avulsa (kg) 2,00 2,14 2,27<<strong>br</strong> />

Lingüiça fresca (kg) 3,53 3,46 3,39<<strong>br</strong> />

Queijo muzzarela fatiado (kg) 6,63 7,69 7,87<<strong>br</strong> />

Tabela 2<<strong>br</strong> />

Procon/Dieese. In. Tabela adaptado de Folha de São Paulo, São Paulo, 27 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />

73


74<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 7<<strong>br</strong> />

7.1 Se você fosse o jornalista responsável pela<<strong>br</strong> />

matéria so<strong>br</strong>e esse assunto, que título você daria a<<strong>br</strong> />

ela?<<strong>br</strong> />

(I) Na última semana de a<strong>br</strong>il, caiu o custo da<<strong>br</strong> />

cesta básica, em relação à semana anterior.<<strong>br</strong> />

(II) Nesta última semana de a<strong>br</strong>il, aumentou o<<strong>br</strong> />

custo da cesta básica, em relação à semana<<strong>br</strong> />

anterior.<<strong>br</strong> />

Apresente argumentos para sua escolha.<<strong>br</strong> />

Você sabia?<<strong>br</strong> />

• A cesta básica foi estabelecida em 1938, como parâmetro para a instituição<<strong>br</strong> />

do salário mínimo.<<strong>br</strong> />

• Porto Alegre é a cidade mais cara do país e São Paulo é a segunda cidade mais cara, de<<strong>br</strong> />

acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.<<strong>br</strong> />

• A “família” considerada para cálculos de cesta básica é composta de dois adultos e duas<<strong>br</strong> />

crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto.<<strong>br</strong> />

• A Constituição <strong>br</strong>asileira diz que “salário mínimo fixado em lei, nacionalmente<<strong>br</strong> />

unificado, deve ser capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua<<strong>br</strong> />

família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,<<strong>br</strong> />

transporte e previdência social”.<<strong>br</strong> />

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV.<<strong>br</strong> />

Além dos problemas ligados ao mundo do<<strong>br</strong> />

trabalho, ao bolso do trabalhador, outras questões<<strong>br</strong> />

preocupam cidadãos em todo o mundo. Num<<strong>br</strong> />

jornal de grande circulação foi publicada uma<<strong>br</strong> />

matéria so<strong>br</strong>e o lixo espacial.<<strong>br</strong> />

Segundo Richard Crowther, consultor espacial da QinetiQ, uma organização estatal para<<strong>br</strong> />

pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Grã-Bretanha, há 2 mil toneladas de lixo<<strong>br</strong> />

espacial - restos de foguetes, instrumentos, ferramentas perdidas por astronautas - num<<strong>br</strong> />

raio de 2 mil quilômetros da Terra. Crowther comenta: “À medida que dependemos mais e<<strong>br</strong> />

mais de sistemas espaciais para sensoriamento remoto, comunicação e navegação,<<strong>br</strong> />

precisamos compreender a ameaça imposta por esse entulho espacial e as conseqüências<<strong>br</strong> />

financeiras de ignorá-la a longo prazo”.<<strong>br</strong> />

Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jun. 2002. Caderno de Ciências e Meio Ambiente.<<strong>br</strong> />

Com base nessas informações, escreva um<<strong>br</strong> />

pequeno texto dando sua opinião so<strong>br</strong>e o assunto<<strong>br</strong> />

e apresentando argumentos que sustentem<<strong>br</strong> />

sua opinião.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

Utilizando os conhecimentos numéricos<<strong>br</strong> />

para intervir na realidade<<strong>br</strong> />

Você já ouviu falar em DIEESE - Departamento<<strong>br</strong> />

Intersindical de Estatística e Estudos<<strong>br</strong> />

Sócioeconômicos? Faça uma pesquisa so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

funções do DIEESE.<<strong>br</strong> />

O DIEESE publicou a seguinte tabela referente à<<strong>br</strong> />

cesta básica para o Estado de São Paulo:<<strong>br</strong> />

Produtos Quantidades Fevereiro de 2002 (R$)<<strong>br</strong> />

Carne 6kg 41,28<<strong>br</strong> />

Leite 7,5l 8,03<<strong>br</strong> />

Feijão 4,5kg 9,18<<strong>br</strong> />

Arroz 3kg 3,30<<strong>br</strong> />

Farinha 1,5kg 1,86<<strong>br</strong> />

Batata 6kg 6,90<<strong>br</strong> />

Tomate 9kg 11,70<<strong>br</strong> />

Pão 6kg 20,64<<strong>br</strong> />

Café 600g 3,71<<strong>br</strong> />

Banana 7,5 dúzias 9,83<<strong>br</strong> />

Açúcar 3kg 2,55<<strong>br</strong> />

Óleo 900ml 1,53<<strong>br</strong> />

Manteiga 750g 8,12<<strong>br</strong> />

Total da cesta 128,63<<strong>br</strong> />

Tabela 3<<strong>br</strong> />

Levando em conta os valores da cesta básica<<strong>br</strong> />

constantes na tabela e tomando por base uma<<strong>br</strong> />

família formada por pai, mãe e duas crianças em<<strong>br</strong> />

idade escolar, quanto você acha que deveria ser o<<strong>br</strong> />

valor do salário mínimo, de modo a atender<<strong>br</strong> />

minimamente as demais necessidades, além da<<strong>br</strong> />

alimentação? Escreva um texto com suas<<strong>br</strong> />

propostas.<<strong>br</strong> />

75


76<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 1<<strong>br</strong> />

1.1<<strong>br</strong> />

... -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5 ...<<strong>br</strong> />

a) +2.<<strong>br</strong> />

b) -2.<<strong>br</strong> />

c) -3.<<strong>br</strong> />

d) -3.<<strong>br</strong> />

1.2<<strong>br</strong> />

a) 25/1.<<strong>br</strong> />

b) 25/2.<<strong>br</strong> />

c) 25/5.<<strong>br</strong> />

d) 25/10.<<strong>br</strong> />

1.3 Os quatro primeiros resultados são números racionais com representação decimal finita e os demais<<strong>br</strong> />

resultados são números racionais com representação decimal infinita e periódica. Nos casos em que a<<strong>br</strong> />

representação decimal é infinita e periódica, é possível identificar as próximas ordens, bastando para isso<<strong>br</strong> />

identificar o “período”. Por exemplo, em 16,333... o período é “3”, em 8,1666... o período é “6” e em<<strong>br</strong> />

4,4545...o período é “45”.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 2<<strong>br</strong> />

a) O dado 7,5 milhões de domicílios refere-se ao número 7.500.000, que é um número natural.<<strong>br</strong> />

b) No texto, o dado 42,9% é um número racional.<<strong>br</strong> />

c) Resposta pessoal.<<strong>br</strong> />

d) 0,9 ; 0,90 ; 9/10 ; 90 / 100 ; 9 X 10 –1 .<<strong>br</strong> />

e) Indica ordenação - o terceiro mês do ano.<<strong>br</strong> />

f) É menor pois, 42,9% < 50%.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 3<<strong>br</strong> />

3.1 a) Os bairros de Pau Brasil ficarão 12 horas sem água.<<strong>br</strong> />

b) Não. A notícia foi publicada no dia 1º de a<strong>br</strong>il.<<strong>br</strong> />

c) A falta de água não será no mesmo período, quando for cortada a água no Jacarandá, os serviços da<<strong>br</strong> />

Companhia de Águas e Esgotos, em Pau Brasil, já terá terminado.<<strong>br</strong> />

d) O tempo de corte de água será o mesmo nos dois municípios.<<strong>br</strong> />

e)A falta de água atingirá mais pessoas no município de Jacarandá.<<strong>br</strong> />

3.2<<strong>br</strong> />

1985 1989 1993 1997 2001<<strong>br</strong> />

-73º -77º -81º -85º -89º


1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

3.3<<strong>br</strong> />

3.4<<strong>br</strong> />

a) 12 pessoas. Não so<strong>br</strong>ou bolo. – relação entre um número de partes e o total de partes.<<strong>br</strong> />

b) 3/4 — quociente de um número inteiro por outro.<<strong>br</strong> />

c) Esse candidato terá 40% dos votos. — razão.<<strong>br</strong> />

3.5 b.<<strong>br</strong> />

Equipes<<strong>br</strong> />

Palmeiras<<strong>br</strong> />

São Paulo<<strong>br</strong> />

Santos<<strong>br</strong> />

Flamengo<<strong>br</strong> />

Portuguesa<<strong>br</strong> />

São Caetano<<strong>br</strong> />

Grêmio<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

3.6 e 3.7 Respostas no texto<<strong>br</strong> />

3.8<<strong>br</strong> />

a) 8.704<<strong>br</strong> />

b) 2.258<<strong>br</strong> />

c) 22.950<<strong>br</strong> />

d) 900.112<<strong>br</strong> />

e) 1.001<<strong>br</strong> />

f) 1.034.000<<strong>br</strong> />

g) 5.843<<strong>br</strong> />

h) 0,060<<strong>br</strong> />

i) 0,8.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 4<<strong>br</strong> />

4.1 Dois bilhões, trezentos milhões, duzentos e cinqüenta mil e seiscentos.<<strong>br</strong> />

4.2 c) Cinco inteiros e sete centésimos; oito milésimos.<<strong>br</strong> />

1.1 a) Rondônia.<<strong>br</strong> />

1.2 a) Mato Grosso.<<strong>br</strong> />

1.3 Não. – resposta pessoal.<<strong>br</strong> />

Gols marcados<<strong>br</strong> />

+ 45<<strong>br</strong> />

+ 42<<strong>br</strong> />

+ 38<<strong>br</strong> />

+ 37<<strong>br</strong> />

+ 35<<strong>br</strong> />

+34<<strong>br</strong> />

+29<<strong>br</strong> />

260<<strong>br</strong> />

2.1 d) 6,87 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />

Gols sofridos<<strong>br</strong> />

- 44<<strong>br</strong> />

- 39<<strong>br</strong> />

- 38<<strong>br</strong> />

- 39<<strong>br</strong> />

- 33<<strong>br</strong> />

- 30<<strong>br</strong> />

- 37<<strong>br</strong> />

-260<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

-2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

-8<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

2.2 Em 2020 teremos, aproximadamente, 7,64 bilhões de pessoas e, provavelmente, em 2050, teremos 9,5<<strong>br</strong> />

bilhões de habitantes como fala a notícia.<<strong>br</strong> />

2.3 Na leitura do texto você deve ter percebido que, se esse dado é real, a cada ano a população mundial é<<strong>br</strong> />

acrescida de 77 milhões de pessoas.<<strong>br</strong> />

77


78<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 5<<strong>br</strong> />

5.1 Fazendo os cálculos, você deve ter percebido que o gasto diário desse vendedor é de R$612,00 e seu lucro<<strong>br</strong> />

diário é de R$288,00. Isso acontece se ele vender todos os cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />

fornecidos pela empresa. Com isso, seu lucro mensal, se ele trabalhar 30 dias no mês, será de R$8.640,00.<<strong>br</strong> />

5.2 Análise do texto.<<strong>br</strong> />

5.3 Análise do texto.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema 6<<strong>br</strong> />

6.1 a) R$49,00.<<strong>br</strong> />

6.2 c) R$516,00 C.


Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar, interpretar e representar os números naturais, inteiros e racionais.<<strong>br</strong> />

• Construir e aplicar conceitos de números naturais, inteiros e racionais, para explicar fenômenos de<<strong>br</strong> />

qualquer natureza.<<strong>br</strong> />

• Interpretar informações e operar com números naturais, inteiros e racionais, para tomar decisões e<<strong>br</strong> />

enfrentar situações-problema.<<strong>br</strong> />

• Utilizar os números naturais, inteiros e racionais, na construção de argumentos so<strong>br</strong>e afirmações<<strong>br</strong> />

quantitativas de qualquer natureza.<<strong>br</strong> />

• Recorrer à compreensão numérica para avaliar propostas de intervenção frente a problemas da<<strong>br</strong> />

realidade.<<strong>br</strong> />

79


Capítulo IV<<strong>br</strong> />

GEOMETRIA: LEITURA E<<strong>br</strong> />

REPRESENTAÇÃO DA REALIDADE<<strong>br</strong> />

UTILIZAR O CONHECIMENTO GEOMÉTRICO PARA<<strong>br</strong> />

REALIZAR A LEITURA E A REPRESENTAÇÃO DA<<strong>br</strong> />

REALIDADE E AGIR SOBRE ELA.<<strong>br</strong> />

Norma Kerches de Oliveira Rogeri


82<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo IV<<strong>br</strong> />

Geometria: leitura e<<strong>br</strong> />

representação da realidade<<strong>br</strong> />

Apresentação<<strong>br</strong> />

Certamente você já ouviu falar em Geometria.<<strong>br</strong> />

Mas será que já parou para pensar se a utiliza em<<strong>br</strong> />

seu dia-a-dia? Ou já se perguntou quem teria<<strong>br</strong> />

“inventado” a Geometria?<<strong>br</strong> />

A Geometria é um dos ramos mais antigos da<<strong>br</strong> />

Matemática e se desenvolveu em função de<<strong>br</strong> />

necessidades humanas. As civilizações da época<<strong>br</strong> />

pré-histórica já utilizavam regras para medir<<strong>br</strong> />

comprimentos, superfícies e volumes. E seus<<strong>br</strong> />

desenhos já continham figuras geométricas.<<strong>br</strong> />

No antigo Egito, por exemplo, as constantes<<strong>br</strong> />

inundações no vale do rio Nilo fizeram com que<<strong>br</strong> />

se buscassem formas de medir as terras<<strong>br</strong> />

inundadas, para avaliar perdas nas suas<<strong>br</strong> />

plantações. Os egípcios criaram fórmulas<<strong>br</strong> />

destinadas a dar aos agrimensores e aos fiscais<<strong>br</strong> />

de o<strong>br</strong>as modos apropriados de cálculo da<<strong>br</strong> />

superfície do retângulo, e, possivelmente, do<<strong>br</strong> />

triângulo. Obtinham também, com boa<<strong>br</strong> />

aproximação, a superfície do círculo. Tratava-se,<<strong>br</strong> />

porém, de uma geometria essencialmente prática.<<strong>br</strong> />

A História e<<strong>br</strong> />

a Geometria<<strong>br</strong> />

Com os gregos a Geometria adquiriu caráter de<<strong>br</strong> />

ciência do espaço. A eles se deve a preocupação<<strong>br</strong> />

em usar definições claras, demonstrar teoremas.<<strong>br</strong> />

Assim, ao lado de uma matemática ligada às<<strong>br</strong> />

necessidades práticas, surgiu uma Geometria com<<strong>br</strong> />

características quase filosóficas.<<strong>br</strong> />

Dentre os mais conhecidos matemáticos gregos,<<strong>br</strong> />

destacam-se Tales (624-548 a.C.), Pitágoras<<strong>br</strong> />

(560-480 a.C.), Platão (427-348 a.C.) e<<strong>br</strong> />

Aristóteles (384-322 a.C.). Eles deram grandes<<strong>br</strong> />

contribuições à Geometria. Pesquise so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

assunto. Você vai desco<strong>br</strong>ir coisas muito<<strong>br</strong> />

interessantes.


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Geometria, interpretação<<strong>br</strong> />

de fenômenos e linguagem<<strong>br</strong> />

Observe esta foto aérea de uma região:<<strong>br</strong> />

A foto nos ajuda a ter uma visão mais ampla<<strong>br</strong> />

dessa localidade e da sua organização espacial?<<strong>br</strong> />

Conseguimos perceber elementos que não<<strong>br</strong> />

perceberíamos se estivéssemos num determinado<<strong>br</strong> />

ponto do próprio local?<<strong>br</strong> />

Você sabia que as fotos aéreas auxiliam<<strong>br</strong> />

no levantamento das informações so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

as paisagens e na construção de mapas<<strong>br</strong> />

geográficos?<<strong>br</strong> />

Uma câmera colocada na “barriga” de um avião<<strong>br</strong> />

vai tirando sistematicamente fotos de uma região<<strong>br</strong> />

que, montadas posteriormente, servem de base<<strong>br</strong> />

para a construção de vários tipos de mapas. Esses<<strong>br</strong> />

mapas são, na verdade, vistas superiores<<strong>br</strong> />

simplificadas dessas regiões.<<strong>br</strong> />

Além dessas, existem as fotos tiradas por<<strong>br</strong> />

satélites, extremamente úteis para os<<strong>br</strong> />

meteorologistas, para o controle de queimadas,<<strong>br</strong> />

desmatamento das florestas, etc.<<strong>br</strong> />

83


84<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

A foto acima mostra as grandes reduções sofridas<<strong>br</strong> />

pelo gelo na Antártida e os anos em que<<strong>br</strong> />

ocorreram. Informações como essas mostram<<strong>br</strong> />

mudanças ambientais provocadas por ações<<strong>br</strong> />

descontroladas do homem.<<strong>br</strong> />

Para acompanharmos a ação do homem na<<strong>br</strong> />

natureza ou para movimentarmo-nos numa<<strong>br</strong> />

cidade, ou num espaço qualquer, representações<<strong>br</strong> />

como essas são muito úteis, pois nos dão a<<strong>br</strong> />

dimensão do espaço existente e nos orientam.<<strong>br</strong> />

Nos dias de hoje a geometria, a arte, a ciência e a<<strong>br</strong> />

tecnologia se inter-relacionam, na busca de<<strong>br</strong> />

soluções para muitas questões de so<strong>br</strong>evivência e<<strong>br</strong> />

convivência entre os homens.<<strong>br</strong> />

No Japão, por exemplo, foi feito na construção de<<strong>br</strong> />

um estádio um dos projetos arquitetônicos de<<strong>br</strong> />

aproveitamento de água mais criativos do mundo.<<strong>br</strong> />

A cobertura, na forma de uma calota semiesférica,<<strong>br</strong> />

funciona como um reservatório<<strong>br</strong> />

gigantesco para colher água das chuvas, que<<strong>br</strong> />

captada e tratada é usada nos banheiros e no<<strong>br</strong> />

sistema de combate a incêndio do estádio,<<strong>br</strong> />

permitindo, assim, uma economia significativa no<<strong>br</strong> />

abastecimento de água da cidade.<<strong>br</strong> />

Muitos outros exemplos podem ser observados<<strong>br</strong> />

tanto na natureza como nas construções<<strong>br</strong> />

humanas, que buscam melhor qualidade de vida<<strong>br</strong> />

para a humanidade. Neles, uma série de conceitos<<strong>br</strong> />

e procedimentos geométricos são utilizados.<<strong>br</strong> />

Agora vamos analisar um outro aspecto<<strong>br</strong> />

importante da Geometria que se refere à sua<<strong>br</strong> />

linguagem. Talvez, você ache um pouco estranho<<strong>br</strong> />

falar numa “linguagem” geométrica. Mas é só<<strong>br</strong> />

prestar um pouco de atenção na linguagem usual<<strong>br</strong> />

e logo percebemos a presença das idéias<<strong>br</strong> />

geométricas.


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

“Linguagem” Geométrica<<strong>br</strong> />

Imagine uma conversa entre casais de namorados<<strong>br</strong> />

ou o pensamento de um deles. O que eles podem<<strong>br</strong> />

estar dizendo nas diferentes situações?<<strong>br</strong> />

Como você é<<strong>br</strong> />

quadrado... Isso já se tornou<<strong>br</strong> />

um círculo<<strong>br</strong> />

vicioso...<<strong>br</strong> />

Você está querendo<<strong>br</strong> />

sair pela tangente...<<strong>br</strong> />

Por outro lado, podemos dizer que há uma<<strong>br</strong> />

“linguagem” geométrica visual, figurativa ...<<strong>br</strong> />

Quando queremos representar uma lata de<<strong>br</strong> />

mantimentos e uma caixa de presentes é muito<<strong>br</strong> />

provável que façamos desenhos como estes:<<strong>br</strong> />

Essas figuras geométricas são tridimensionais (ou<<strong>br</strong> />

espaciais) e têm denominações especiais: cilindro e<<strong>br</strong> />

paralelepípedo.<<strong>br</strong> />

É preciso aparar as<<strong>br</strong> />

arestas nessa nossa<<strong>br</strong> />

relação...<<strong>br</strong> />

Nós acabamos<<strong>br</strong> />

formando um<<strong>br</strong> />

triângulo amoroso...<<strong>br</strong> />

Nossos destinos<<strong>br</strong> />

são como retas<<strong>br</strong> />

paralelas...<<strong>br</strong> />

Quando queremos representar uma pulseira, a<<strong>br</strong> />

moldura de um quadro ou a estrutura de uma<<strong>br</strong> />

telhado, desenhamos figuras como estas:<<strong>br</strong> />

Essas figuras geométricas têm denominações<<strong>br</strong> />

especiais: círculo, retângulo e triângulo e são<<strong>br</strong> />

denominadas bidimensionais (ou planas).<<strong>br</strong> />

Há ainda uma espécie de codificação geométrica<<strong>br</strong> />

para representar, por exemplo:<<strong>br</strong> />

– que um dado ângulo é reto A .<<strong>br</strong> />

med(Â) = 90º<<strong>br</strong> />

– que as retas a e b são paralelas a//b<<strong>br</strong> />

85


86<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

A Geometria e as atividades do cotidiano<<strong>br</strong> />

Você já teve a oportunidade de estar em um<<strong>br</strong> />

bairro desconhecido ou em outra cidade,<<strong>br</strong> />

necessitando de informações para chegar a algum<<strong>br</strong> />

lugar específico?<<strong>br</strong> />

Em geral, as pessoas nos orientam dizendo assim:<<strong>br</strong> />

“caminhe três quadras até...”, “...ao chegar ao<<strong>br</strong> />

semáforo, do<strong>br</strong>e a esquerda e siga nessa rua até<<strong>br</strong> />

chegar a uma praça...”e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Outras vezes, recebemos um mapa com as<<strong>br</strong> />

orientações so<strong>br</strong>e o percurso que devemos realizar.<<strong>br</strong> />

Pensando nas ações realizadas durante um trajeto<<strong>br</strong> />

para chegarmos a um lugar desejado, temos que nos<<strong>br</strong> />

deslocar, nos orientar no espaço, usar pontos de<<strong>br</strong> />

referência, avaliar distâncias e cumprir de forma<<strong>br</strong> />

ordenada as instruções que formam o itinerário.<<strong>br</strong> />

Agora vamos falar de uma idéia básica quando se<<strong>br</strong> />

fala em movimentação no espaço: a idéia de giro.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Fique em pé, sem sair do lugar e dê um giro de<<strong>br</strong> />

meia volta para a direita. Em seguida, dê um giro<<strong>br</strong> />

de meia volta para a direita novamente.<<strong>br</strong> />

Represente esses movimentos desenhando-os no<<strong>br</strong> />

papel, como o registro abaixo:<<strong>br</strong> />

Depois do giro executado, o que aconteceu em<<strong>br</strong> />

relação à posição original?<<strong>br</strong> />

Olhando para o desenho inicial e para o final, se<<strong>br</strong> />

você desse um único giro, qual seria a instrução<<strong>br</strong> />

para isso?<<strong>br</strong> />

Se você respondeu um giro de uma volta<<strong>br</strong> />

completa para a direita, acertou.<<strong>br</strong> />

Experimente executar outros giros, desenhando num papel os movimentos realizados e<<strong>br</strong> />

prestando atenção onde você estava olhando antes da instrução e para onde está olhando<<strong>br</strong> />

após executar o movimento solicitado.<<strong>br</strong> />

• Giro de um quarto de volta para a esquerda<<strong>br</strong> />

• Giro de três quartos de volta para a esquerda<<strong>br</strong> />

• Giro de um oitavo de volta para a direita<<strong>br</strong> />

Após explorar esses giros responda:<<strong>br</strong> />

• De quantas meias voltas você necessita para ter uma volta completa?<<strong>br</strong> />

• De quantos giros de um quarto de volta você precisa para ter um meio giro? E um giro<<strong>br</strong> />

completo?<<strong>br</strong> />

• De quantos giros de um oitavo de volta você precisa para ter meia volta?<<strong>br</strong> />

Faça em seu caderno um registro so<strong>br</strong>e essas atividades.


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Agora, vamos analisar uma lista telefônica.<<strong>br</strong> />

Em geral, ela traz mapas das áreas urbanas das<<strong>br</strong> />

localidades, em bairros, avenidas principais, vias de<<strong>br</strong> />

acesso, além de orientação de como consultar esses<<strong>br</strong> />

mapas.<<strong>br</strong> />

Observe o desenho acima e responda por que<<strong>br</strong> />

aparece a seguinte identificação:<<strong>br</strong> />

LOGRADOURO BAIRRO MAPA<<strong>br</strong> />

Av. Francisco José de Andrade Jd. Guanabara 13(B3)<<strong>br</strong> />

Se quisermos localizar a Avenida Francisco José de<<strong>br</strong> />

Andrade no mapa abaixo, que instruções você<<strong>br</strong> />

acha que a lista telefônica oferece?<<strong>br</strong> />

Precisamos de duas informações para<<strong>br</strong> />

localizarmos a rua, que denominamos<<strong>br</strong> />

coordenadas. No caso, (B, 3).<<strong>br</strong> />

Essas coordenadas compõem um sistema de coordenadas retangulares, conhecido como<<strong>br</strong> />

sistema cartesiano em homenagem ao matemático e filósofo francês, René Descartes<<strong>br</strong> />

(1596 – 1650).<<strong>br</strong> />

87


88<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Observando ainda esse guia, localize,<<strong>br</strong> />

utilizando as coordenadas cartesianas os<<strong>br</strong> />

seguintes endereços: Rua Santo Antônio<<strong>br</strong> />

Claret e Av. Barão de Itapura.<<strong>br</strong> />

Como você pôde observar, nas situações de<<strong>br</strong> />

localização e de movimentação no espaço,<<strong>br</strong> />

há inúmeros conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />

geométricos. Mas, sem dúvida, o estudo<<strong>br</strong> />

das formas de objetos é também um dos<<strong>br</strong> />

conhecimentos mais aceitos pelas pessoas,<<strong>br</strong> />

em geral, como sendo preocupação da<<strong>br</strong> />

geometria.<<strong>br</strong> />

Quando você vai ao supermercado fazer<<strong>br</strong> />

compras, já reparou nas embalagens dos<<strong>br</strong> />

produtos?<<strong>br</strong> />

II. Olhando para as formas dessas<<strong>br</strong> />

embalagens, você observa semelhanças e<<strong>br</strong> />

diferenças entre elas? Descreva algumas.<<strong>br</strong> />

III. Para perceber algumas características<<strong>br</strong> />

dessas embalagens você pode realizar a<<strong>br</strong> />

seguinte experiência:<<strong>br</strong> />

a) Coloque so<strong>br</strong>e uma mesa uma latinha de<<strong>br</strong> />

refrigerante deitada, fazendo com que ela<<strong>br</strong> />

se movimente na mesa.<<strong>br</strong> />

• O que você percebe com esse movimento?<<strong>br</strong> />

• A lata rola na mesa?<<strong>br</strong> />

b) Se você colocar so<strong>br</strong>e a mesa uma caixa<<strong>br</strong> />

em forma de cubo (parecida com um dado)<<strong>br</strong> />

e tentar girá-la como fez com a latinha:<<strong>br</strong> />

• O movimento será o mesmo?<<strong>br</strong> />

• Se não, por que você acha que isso<<strong>br</strong> />

aconteceu?<<strong>br</strong> />

O formato da latinha e o da caixa são<<strong>br</strong> />

diferentes. Por esse motivo, as formas<<strong>br</strong> />

geométricas que os representam estão<<strong>br</strong> />

incluídas em diferentes categorias.<<strong>br</strong> />

Pesquise o que significam os termos<<strong>br</strong> />

“poliedros” e “corpos redondos”.<<strong>br</strong> />

NUM POLIEDRO PODEMOS<<strong>br</strong> />

IDENTIFICAR AS FACES,<<strong>br</strong> />

AS ARESTAS E OS VÉRTICES.<<strong>br</strong> />

IV. Agora vamos conhecer um pouco mais<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os cubos, que são um tipo de<<strong>br</strong> />

poliedro. A figura seguinte mostra o<<strong>br</strong> />

desenho de dois cubos desmontados.<<strong>br</strong> />

Escolha um deles, desenhe-o numa<<strong>br</strong> />

cartolina e monte-o novamente.<<strong>br</strong> />

Esses desenhos são chamados de moldes ou<<strong>br</strong> />

planificações de um cubo. Mas será que<<strong>br</strong> />

existem apenas duas planificações de<<strong>br</strong> />

cubo? Ou existem outras?


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

V. Recorte numa folha seis quadrados<<strong>br</strong> />

iguais e, usando uma fita adesiva, una os<<strong>br</strong> />

lados dos quadrados, montando um molde<<strong>br</strong> />

de cubo. Faça um desenho de seu molde.<<strong>br</strong> />

Quantas planificações diferentes você<<strong>br</strong> />

conseguiu formar?<<strong>br</strong> />

VI. Identifique quais das planificações<<strong>br</strong> />

desenhadas abaixo são moldes de um cubo.<<strong>br</strong> />

A B C<<strong>br</strong> />

D E F<<strong>br</strong> />

VII. Na figura, temos a planificação de um<<strong>br</strong> />

cubo: Imagine que o cubo tenha sido<<strong>br</strong> />

montado.<<strong>br</strong> />

A face oposta à face D é a face:<<strong>br</strong> />

a) A<<strong>br</strong> />

b) B<<strong>br</strong> />

c) F<<strong>br</strong> />

d) E<<strong>br</strong> />

Os cubos são figuras fáceis de ser<<strong>br</strong> />

empilhadas, pois todas as suas faces são<<strong>br</strong> />

planas. Quantos cubos foram utilizados<<strong>br</strong> />

para se obter o empilhamento representado<<strong>br</strong> />

na figura ao lado?<<strong>br</strong> />

Se você respondeu 7, acertou.<<strong>br</strong> />

89


90<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

VIII. Agora descu<strong>br</strong>a quantos cubos<<strong>br</strong> />

existem em cada empilhamento abaixo.<<strong>br</strong> />

a)<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

IX. Imagine uma embalagem cilíndrica<<strong>br</strong> />

como, por exemplo, uma latinha de ervilha.<<strong>br</strong> />

Elas podem ser empilhadas de qualquer<<strong>br</strong> />

maneira?<<strong>br</strong> />

X. Desenhe uma planificação de uma<<strong>br</strong> />

embalagem cilíndrica, imaginando que<<strong>br</strong> />

tiramos o fundo e a tampa da lata e<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>imos lateralmente.<<strong>br</strong> />

Você sabe quais sólidos podem ser utilizados na<<strong>br</strong> />

confecção desse painel?<<strong>br</strong> />

No caso acima, foram utilizados poliedros<<strong>br</strong> />

chamados prismas de base triangular. Você<<strong>br</strong> />

conhece algum chocolate com esse tipo de<<strong>br</strong> />

embalagem?<<strong>br</strong> />

Para construí-los, use uma das planificações<<strong>br</strong> />

desenhadas ao lado.<<strong>br</strong> />

XI. Você sabe o nome das figuras planas<<strong>br</strong> />

que compõem essa planificação?<<strong>br</strong> />

XII. Você já notou, nas ruas de sua cidade,<<strong>br</strong> />

ou ao assistir a um jogo de futebol pela<<strong>br</strong> />

televisão, que algumas pro<strong>pag</strong>andas, ficam<<strong>br</strong> />

girando e apresentam três anúncios<<strong>br</strong> />

diferentes em um mesmo espaço? Como<<strong>br</strong> />

elas são montadas?


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Todas elas são planificações desse sólido? Para<<strong>br</strong> />

verificar, use o mesmo procedimento empregado<<strong>br</strong> />

no trabalho anterior com os cubos. Isto é,<<strong>br</strong> />

desenhe numa cartolina, recorte e monte a figura.<<strong>br</strong> />

Que polígonos formam esse novo sólido?<<strong>br</strong> />

São retângulos e triângulos.<<strong>br</strong> />

Observe que, para utilizar esses sólidos na<<strong>br</strong> />

montagem do painel de pro<strong>pag</strong>anda, os cartazes<<strong>br</strong> />

são recortados e colados nas faces retangulares dos<<strong>br</strong> />

sólidos, que são presos e giram ao mesmo tempo<<strong>br</strong> />

em torno de um eixo que passa pelo centro das<<strong>br</strong> />

faces triangulares, como mostra a figura abaixo.<<strong>br</strong> />

Será que as pessoas que montam esses painéis<<strong>br</strong> />

poderiam usar outros sólidos como, por exemplo,<<strong>br</strong> />

paralelepípedos? Pense so<strong>br</strong>e isso.<<strong>br</strong> />

Você sabia que o cubo, o tetraedro, o<<strong>br</strong> />

octaedro, o dodecaedro e o icosaedro<<strong>br</strong> />

são poliedros regulares e chamados<<strong>br</strong> />

Poliedros de Platão?<<strong>br</strong> />

CUBO TETRAEDRO OCTAEDRO DODECAEDRO ICOSAEDRO<<strong>br</strong> />

91


92<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Interpretar informações e aplicar<<strong>br</strong> />

estratégias geométricas na solução<<strong>br</strong> />

de problemas do cotidiano<<strong>br</strong> />

Na página 79, falamos da importância das<<strong>br</strong> />

chamadas vistas superiores. Podíamos, então, nos<<strong>br</strong> />

perguntar se elas são usadas na solução de<<strong>br</strong> />

problemas comuns das pessoas. O que você pensa<<strong>br</strong> />

a esse respeito?<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Escreva um pequeno texto descrevendo como será a casa construída a partir<<strong>br</strong> />

desta planta baixa:<<strong>br</strong> />

Cozinha<<strong>br</strong> />

Sala<<strong>br</strong> />

Quarto<<strong>br</strong> />

Agora analise esta situação:<<strong>br</strong> />

Três pessoas olham para essa casa de posições diferentes.<<strong>br</strong> />

a) O que você observa a respeito da<<strong>br</strong> />

visão que cada uma delas tem da casa?<<strong>br</strong> />

b) A visão é a mesma para os<<strong>br</strong> />

três observadores?<<strong>br</strong> />

c) Identifique nos desenhos abaixo<<strong>br</strong> />

a posição de cada observador.<<strong>br</strong> />

Banheiro<<strong>br</strong> />

Sabemos que um pedreiro pode executar o projeto<<strong>br</strong> />

de construção de uma casa, seguindo as<<strong>br</strong> />

informações contidas na planta baixa.


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Observe as figuras abaixo:<<strong>br</strong> />

Procure descrever essas figuras com suas próprias<<strong>br</strong> />

palavras, salientando o que lhe chama mais<<strong>br</strong> />

atenção. A beleza e a harmonia estão presentes?<<strong>br</strong> />

Assinale em cada linha horizontal, do quadro<<strong>br</strong> />

abaixo, a figura diferente.<<strong>br</strong> />

Quais figuras você assinalou? O que elas têm em<<strong>br</strong> />

comum?<<strong>br</strong> />

M. C. Escher. Céu e água I, xilografia, 1938.<<strong>br</strong> />

Como o autor explora os conceitos geométricos<<strong>br</strong> />

para criar o<strong>br</strong>as como essas? Como trabalha com<<strong>br</strong> />

composição de figuras?<<strong>br</strong> />

93


94<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Observe as que são fechadas, formadas por<<strong>br</strong> />

segmentos de reta e que não se cruzam. Tais<<strong>br</strong> />

figuras são chamadas de polígonos e recebem<<strong>br</strong> />

nomes especiais a depender de suas características.<<strong>br</strong> />

Se considerarmos o número de lados de um<<strong>br</strong> />

polígono, podemos estabelecer uma classificação<<strong>br</strong> />

e nomeá-los. Vejamos alguns exemplos:<<strong>br</strong> />

Os triângulos são polígonos muito especiais. Responda às duas questões abaixo e descu<strong>br</strong>a por que.<<strong>br</strong> />

Será possível, usando apenas triângulos, compor outros polígonos?<<strong>br</strong> />

Vamos tentar? Desenhe numa folha os triângulos abaixo, recorte-os e junte-os de diferentes maneiras<<strong>br</strong> />

possíveis, para verificar quantos polígonos diferentes você consegue formar. Desenhe as composições<<strong>br</strong> />

obtidas em seu caderno.<<strong>br</strong> />

Você já viu fotos como essas? Por que será que<<strong>br</strong> />

nessas estruturas aparecem triângulos?<<strong>br</strong> />

Vamos verificar...<<strong>br</strong> />

Para isso, construa com palitos de sorvete e<<strong>br</strong> />

tachinhas um triângulo e um quadrilátero<<strong>br</strong> />

qualquer.<<strong>br</strong> />

Compare as duas construções tentando mover as<<strong>br</strong> />

figuras. O que você percebe ao movimentar os<<strong>br</strong> />

palitos do quadrilátero? Você consegue o mesmo<<strong>br</strong> />

com o triângulo? É possível mover o seu<<strong>br</strong> />

triângulo, sem que<strong>br</strong>ar o palito de sorvete ou<<strong>br</strong> />

despregar as tachinhas? Por quê?<<strong>br</strong> />

O triângulo não se deforma, ele é rígido. O<<strong>br</strong> />

quadrilátero se deformou porque não tem essa<<strong>br</strong> />

rigidez. Você percebe agora por que os triângulos<<strong>br</strong> />

são usados com tanta freqüência nas<<strong>br</strong> />

construções?<<strong>br</strong> />

E agora, você concorda com a afirmação de que<<strong>br</strong> />

os triângulos são polígonos muito especiais?<<strong>br</strong> />

Então saiba mais so<strong>br</strong>e eles:<<strong>br</strong> />

Polígono de 3 lados Triângulos<<strong>br</strong> />

Polígono de 4 lados Quadriláteros<<strong>br</strong> />

Polígono de 5 lados Pentágonos<<strong>br</strong> />

Polígono de 6 lados Hexágonos


3<<strong>br</strong> />

Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

• Dependendo das medidas de seus lados, um triângulo pode ser equilátero, isósceles ou<<strong>br</strong> />

escaleno. O triângulo eqüilátero possui os três lados de mesma medida, o isósceles<<strong>br</strong> />

possui dois lados de mesma medida e o escaleno não possui lados de mesma medida.<<strong>br</strong> />

• Há uma relação métrica muito interessante entre as medidas do lado de um triângulo:<<strong>br</strong> />

cada lado tem que ter medida menor que a soma das medidas dos outros dois lados.<<strong>br</strong> />

• Uma propriedade fantástica dos triângulos é a chamada rigidez triangular: um triângulo<<strong>br</strong> />

jamais se deforma, enquanto uma figura de 4 ou mais lados não é rígida.<<strong>br</strong> />

• Outra propriedade métrica importante dos triângulos é que, qualquer que seja o<<strong>br</strong> />

triângulo que você considerar, a soma das medidas de seus ângulos internos é sempre a<<strong>br</strong> />

mesma: 180 graus.<<strong>br</strong> />

• Os triângulos são figuras geométricas importantes porque geram as demais figuras. Um<<strong>br</strong> />

quadrilátero pode sempre ser decomposto em, no mínimo, 2 triângulos. Um pentágono<<strong>br</strong> />

pode sempre ser decomposto em, no mínimo, 3 triângulos. E assim por diante.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180º e que um pentágono pode<<strong>br</strong> />

ser decomposto em triângulos, qual é a soma das medidas dos ângulos internos<<strong>br</strong> />

do pentágono?<<strong>br</strong> />

a) 720º b) 900º c) 180º d) 540º<<strong>br</strong> />

II. Repetindo o raciocínio utilizado no teste anterior, você pode verificar qual é soma dos<<strong>br</strong> />

ângulos internos de um polígono de seis lados? E de sete lados? E de um polígono qualquer?<<strong>br</strong> />

III. Você já foi a uma loja de material de construção comprar ladrilhos ou pisos? Observou<<strong>br</strong> />

que formatos eles têm?<<strong>br</strong> />

Imagine que numa loja estivessem expostos ladrilhos como estes:<<strong>br</strong> />

IV. Agora responda:<<strong>br</strong> />

a) Você conseguiria reco<strong>br</strong>ir a superfície de uma parede com qualquer uma das formas?<<strong>br</strong> />

b) O que houve ao usar somente os círculos? Todos os espaços foram preenchidos? Por quê?<<strong>br</strong> />

c) E no caso das outras figuras?<<strong>br</strong> />

95


96<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Observe que algumas figuras se encaixam<<strong>br</strong> />

perfeitamente quando colocadas lado a lado, pois<<strong>br</strong> />

a soma dos respectivos ângulos internos é igual a<<strong>br</strong> />

360º. Usando um transferidor e medindo os<<strong>br</strong> />

ângulos internos desses polígonos, confirme essa<<strong>br</strong> />

afirmação.<<strong>br</strong> />

360º<<strong>br</strong> />

1. Em relação aos pentágonos, por que não se<<strong>br</strong> />

encaixam?<<strong>br</strong> />

Além da escolha adequada das figuras para um<<strong>br</strong> />

ladrilhamento, existe a importância relacionada à<<strong>br</strong> />

estética e à beleza. Quando olhamos o piso de<<strong>br</strong> />

vários ambientes percebemos a composição<<strong>br</strong> />

harmoniosa dessas figuras.<<strong>br</strong> />

A essa composição podemos chamar de mosaico.<<strong>br</strong> />

Você já viu desenhos desse tipo em algum lugar?<<strong>br</strong> />

Em geral eles aparecem nos pisos, nas paredes,<<strong>br</strong> />

nas calçadas de ruas, nas igrejas, etc.<<strong>br</strong> />

2. Você sabia que a água ao ser congelada<<strong>br</strong> />

aumenta em 1/15 o seu volume original? Por<<strong>br</strong> />

exemplo, se quisermos obter um bloco de gelo de<<strong>br</strong> />

volume 1 litro, ou seja 1.000 ml, precisaremos<<strong>br</strong> />

colocar aproximadamente 934 ml de água para<<strong>br</strong> />

congelar. Só para entendermos melhor, se tivermos<<strong>br</strong> />

um copo de aproximadamente 250 ml, basta<<strong>br</strong> />

colocarmos 3 copos cheios, e, aproximadamente,<<strong>br</strong> />

3/4 de outro copo de água para congelar, que<<strong>br</strong> />

obteremos 1 litro de gelo.<<strong>br</strong> />

Sabendo dessas informações, uma fá<strong>br</strong>ica de<<strong>br</strong> />

blocos de gelo utilizados em grandes festas, precisa<<strong>br</strong> />

produzir 100 blocos com as medidas de 80cm,<<strong>br</strong> />

30cm e 40cm cada um, como mostra a figura.<<strong>br</strong> />

40cm<<strong>br</strong> />

80cm<<strong>br</strong> />

30cm<<strong>br</strong> />

Qual deve ser o volume de água a ser congelado<<strong>br</strong> />

para se obter um bloco de gelo?<<strong>br</strong> />

Temos: volume do bloco (V) = área da base (A) x<<strong>br</strong> />

altura (H), pois esse bloco, como vimos na figura,<<strong>br</strong> />

tem a forma de um paralelepípedo.<<strong>br</strong> />

V = A x H = (80 x 30) x 40 = 96000 cm 3<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>ando que 1 litro possui 1000 ml e que cada<<strong>br</strong> />

ml corresponde a 1cm 3<<strong>br</strong> />

, temos aqui 96 litros. Esse<<strong>br</strong> />

valor corresponde ao volume do bloco de gelo.<<strong>br</strong> />

Quantos litros de água foram colocados então<<strong>br</strong> />

para congelar?<<strong>br</strong> />

Como o volume é aumentado de 1/15 depois de<<strong>br</strong> />

congelado, podemos verificar que, se tivermos um<<strong>br</strong> />

volume de água (Va) + 1/15 desse volume (Va),<<strong>br</strong> />

teremos 96 litros de gelo, portanto o volume de<<strong>br</strong> />

água deverá ser de 90 litros.<<strong>br</strong> />

Acompanhe os cálculos que mostram<<strong>br</strong> />

essa resposta:<<strong>br</strong> />

V=Va+ 1 .Va 96=16/15 Va Va=90 litros<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

A fá<strong>br</strong>ica precisará de 9.000 litros de água para<<strong>br</strong> />

produzir os 100 blocos de gelo solicitados.<<strong>br</strong> />

Bastante, não?


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

3. O proprietário de uma casa em construção foi<<strong>br</strong> />

comprar azulejos para sua cozinha, que possui<<strong>br</strong> />

3m de comprimento, 2m de largura e 2,80m de<<strong>br</strong> />

altura, sendo que as portas e janelas ocupam uma<<strong>br</strong> />

área de 4m 2<<strong>br</strong> />

. Para azulejar as 4 paredes, o<<strong>br</strong> />

pedreiro aconselhou a compra de 10% a mais de<<strong>br</strong> />

metragem a ladrilhar. Qual a metragem de<<strong>br</strong> />

ladrilhos que o proprietário comprou?<<strong>br</strong> />

a) 24m 2<<strong>br</strong> />

b) 26,40m 2<<strong>br</strong> />

c) 28m 2<<strong>br</strong> />

d)29,40m 2<<strong>br</strong> />

Argumentar, usando<<strong>br</strong> />

conhecimentos geométricos<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Vamos fazer uma proposta a você. Escolha a<<strong>br</strong> />

alternativa que considera correta nos testes abaixo<<strong>br</strong> />

e encontre argumentos para justificar suas<<strong>br</strong> />

escolhas.<<strong>br</strong> />

Se considerar necessário, consulte livros para tirar<<strong>br</strong> />

suas dúvidas.<<strong>br</strong> />

Um paralelogramo é um quadrilátero que tem dois<<strong>br</strong> />

pares de lados paralelos. A única propriedade que<<strong>br</strong> />

um paralelogramo não satisfaz é:<<strong>br</strong> />

a) os lados opostos têm a mesma medida.<<strong>br</strong> />

b) dois ângulos opostos têm a mesma medida.<<strong>br</strong> />

c) ângulos consecutivos somam, juntos, 180 graus.<<strong>br</strong> />

d) as diagonais não se cortam no meio.<<strong>br</strong> />

O retângulo é um paralelogramo que tem ângulos<<strong>br</strong> />

retos. A única propriedade que um retângulo não<<strong>br</strong> />

satisfaz é:<<strong>br</strong> />

a) as diagonais de um retângulo se cortam no<<strong>br</strong> />

meio.<<strong>br</strong> />

b) as diagonais de um retângulo têm a mesma<<strong>br</strong> />

medida.<<strong>br</strong> />

c) as diagonais nem sempre são perpendiculares.<<strong>br</strong> />

d) o quadrado é um retângulo particular.<<strong>br</strong> />

4. Um pedreiro precisa cimentar um quintal<<strong>br</strong> />

retangular com 10m de largura e 14m de<<strong>br</strong> />

comprimento. O revestimento será feito com uma<<strong>br</strong> />

mistura de areia e cimento de 5cm de espessura.<<strong>br</strong> />

Qual é o volume da mistura que o pedreiro<<strong>br</strong> />

utilizará nesse revestimento?<<strong>br</strong> />

a) 700m 3<<strong>br</strong> />

b) 50m 3<<strong>br</strong> />

c) 7m 3<<strong>br</strong> />

d) 6m 3<<strong>br</strong> />

O losango é um paralelogramo em que todos os<<strong>br</strong> />

lados têm o mesmo tamanho. A única<<strong>br</strong> />

propriedade que um losango não satisfaz é:<<strong>br</strong> />

a) as diagonais são perpendiculares.<<strong>br</strong> />

b) as diagonais se cortam no meio.<<strong>br</strong> />

c) o quadrado é um losango particular.<<strong>br</strong> />

d) as diagonais de um losango têm a mesma<<strong>br</strong> />

medida.<<strong>br</strong> />

4) c.<<strong>br</strong> />

3) b.<<strong>br</strong> />

97


98<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

“Economizando” no formato<<strong>br</strong> />

Uma indústria de leite precisa produzir 1.000<<strong>br</strong> />

caixas de 1 litro de leite do tipo longa vida. Uma<<strong>br</strong> />

das pessoas responsáveis pela fa<strong>br</strong>icação sugeriu<<strong>br</strong> />

que o formato das caixas fosse um cubo com<<strong>br</strong> />

arestas medindo 10cm, pois assim teria como<<strong>br</strong> />

transportá-las com um empilhamento maior,<<strong>br</strong> />

devido à maior resistência de suas faces.<<strong>br</strong> />

Porém, durante o desenvolvimento dessas<<strong>br</strong> />

embalagens, percebeu-se que, com essas medidas,<<strong>br</strong> />

haveria um problema de adequação em relação ao<<strong>br</strong> />

espaço das prateleiras nas portas das geladeiras.<<strong>br</strong> />

Com isso foi necessário rever o formato dessa<<strong>br</strong> />

embalagem. Sugeriu-se então o formato de um<<strong>br</strong> />

paralelepípedo de base quadrada, com as<<strong>br</strong> />

seguintes medidas: arestas da base de 7cm e<<strong>br</strong> />

altura do paralelepípedo 20cm.<<strong>br</strong> />

Será que, além da vantagem dessa embalagem<<strong>br</strong> />

poder ser guardada na porta da geladeira, ela<<strong>br</strong> />

também é a mais econômica para o fa<strong>br</strong>icante?<<strong>br</strong> />

A quantidade de material utilizada na confecção<<strong>br</strong> />

do paralelepípedo é menor que a utilizada na<<strong>br</strong> />

confecção do cubo?<<strong>br</strong> />

Como você resolveria esse problema?<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>e-se das planificações do cubo e da idéia de<<strong>br</strong> />

área. Isso pode ajudar você a resolver essa<<strong>br</strong> />

situação?<<strong>br</strong> />

Você se lem<strong>br</strong>a como calcular a área de um<<strong>br</strong> />

quadrado de lado l?<<strong>br</strong> />

(Área = l 2<<strong>br</strong> />

)<<strong>br</strong> />

Como a planificação do cubo é formada por seis<<strong>br</strong> />

quadrados e cada quadrado tem lado medindo 10<<strong>br</strong> />

cm, temos que a área total é:<<strong>br</strong> />

A = 6 x 10 2<<strong>br</strong> />

= 600cm 2<<strong>br</strong> />

Na embalagem com formato de paralelepípedo,<<strong>br</strong> />

temos:<<strong>br</strong> />

A área de dois quadrados: 2 x 49 = 98 cm 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

A área de um retângulo: 7 x 20 = 140 cm 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Como na planificação do paralelepípedo temos 4<<strong>br</strong> />

retângulos, a área lateral é igual a 560 cm 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Portanto, a área total da superfície do<<strong>br</strong> />

paralelepípedo é de 658 cm 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Comparando a área total da superfície do cubo e<<strong>br</strong> />

a área total da superfície do paralelepípedo, o que<<strong>br</strong> />

você conclui?<<strong>br</strong> />

A do paralelepípedo é maior e, portanto, gasta-se<<strong>br</strong> />

mais material na sua confecção e com isso o seu<<strong>br</strong> />

custo é maior. Porém, a indústria optou por essa<<strong>br</strong> />

embalagem, mesmo mais cara, pois estaria<<strong>br</strong> />

satisfazendo as necessidades de seus clientes e<<strong>br</strong> />

talvez conseguindo uma venda maior.<<strong>br</strong> />

“Bordando” a Geometria<<strong>br</strong> />

Numa pequena cidade, uma bordadeira faz<<strong>br</strong> />

toalhas de crochê para vender.<<strong>br</strong> />

Para uma toalha circular com 1 metro de<<strong>br</strong> />

diâmetro, ela utilizou 4 novelos de linha. Você<<strong>br</strong> />

sabe o que é diâmetro? Basta do<strong>br</strong>ar a toalha ao<<strong>br</strong> />

meio, como mostra a figura abaixo,<<strong>br</strong> />

A B<<strong>br</strong> />

A distância entre os pontos A e B, passando pelo<<strong>br</strong> />

centro, é chamada de diâmetro do círculo.<<strong>br</strong> />

Uma pessoa encomendou 1 toalha como essa,<<strong>br</strong> />

com um metro e meio de diâmetro. Como o preço<<strong>br</strong> />

da linha estava em promoção, a bordadeira quis<<strong>br</strong> />

comprar todos os novelos necessários e adquiriu<<strong>br</strong> />

6 novelos. Será que ela estava certa? Como<<strong>br</strong> />

calcular quantos novelos serão necessários para a<<strong>br</strong> />

nova toalha?<<strong>br</strong> />

Que conceitos geométricos são importantes para<<strong>br</strong> />

auxiliar na resolução desse problema?<<strong>br</strong> />

Vejamos:<<strong>br</strong> />

A toalha na forma de círculo possui uma área,<<strong>br</strong> />

que é calculada assim:


Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Dividimos o círculo em vários setores circulares,<<strong>br</strong> />

montando uma figura que se aproxima de um<<strong>br</strong> />

“paralelogramo”. A base desse paralelogramo<<strong>br</strong> />

passa a ser aproximadamente a metade do<<strong>br</strong> />

comprimento da circunferência (þr). E a altura do<<strong>br</strong> />

“paralelogramo” aproxima-se do raio do círculo.<<strong>br</strong> />

Assim, a área do circulo é aproximadamente a<<strong>br</strong> />

área do “paralelogramo”.<<strong>br</strong> />

A = þr<<strong>br</strong> />

círculo<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

(r é a metade do diâmetro (d) e þ é um número<<strong>br</strong> />

que vale aproximadamente 3,14).<<strong>br</strong> />

Se o diâmetro vale 1 metro, o raio vale meio<<strong>br</strong> />

metro (0,50m), então a área vale<<strong>br</strong> />

A=3,14 . (0,50) 2<<strong>br</strong> />

= 0,785m 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

E a toalha nova, quantos m 2<<strong>br</strong> />

terá?<<strong>br</strong> />

A = 3,14 . (0,75) 2<<strong>br</strong> />

= 1,766m 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Você sabia que, no Brasil, 17 milhões de pneus<<strong>br</strong> />

são jogados fora todo ano, causando graves<<strong>br</strong> />

danos ambientais, pois eles acabam nos rios ou<<strong>br</strong> />

empilhados a céu aberto?<<strong>br</strong> />

É evidente que a busca da solução desse problema<<strong>br</strong> />

é fundamental, porque, quando os pneus são<<strong>br</strong> />

jogados nos rios, provocam acúmulos de<<strong>br</strong> />

entulhos, prejudicando o escoamento das águas e,<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, ocorrem as grandes<<strong>br</strong> />

enchentes. E, quando acumulados a céu aberto,<<strong>br</strong> />

podem favorecer a proliferação do mosquito da<<strong>br</strong> />

dengue.<<strong>br</strong> />

Dois pesquisadores da Unicamp criaram uma<<strong>br</strong> />

solução para o problema: uma máquina que<<strong>br</strong> />

transforma pneus velhos em óleo combustível<<strong>br</strong> />

para indústria e em matéria-prima para a<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação de PVC (plásticos).<<strong>br</strong> />

Se para fazer a toalha com 1m de diâmetro, e<<strong>br</strong> />

com área de 0,80m 2<<strong>br</strong> />

, aproximadamente foram<<strong>br</strong> />

gastos 4 novelos, a bordadeira acertou em<<strong>br</strong> />

comprar 6 novelos para fazer a nova toalha?<<strong>br</strong> />

A bordadeira também faz toalhas retangulares<<strong>br</strong> />

(caminhos de mesa) e gasta 3 novelos para<<strong>br</strong> />

confeccionar uma toalha com as seguintes<<strong>br</strong> />

medidas: 0,5m x 1,20m. Quanto ela gastará de<<strong>br</strong> />

novelos para fazer uma nova toalha com<<strong>br</strong> />

0,70m x 1,40m?<<strong>br</strong> />

Avaliar Avaliar propostas propostas para para solucionar solucionar problemas,<<strong>br</strong> />

problemas,<<strong>br</strong> />

usando usando conhecimentos conhecimentos geométricos<<strong>br</strong> />

O processo inicia-se com os pneus sendo picados<<strong>br</strong> />

e derretidos. O produto final é armazenado em<<strong>br</strong> />

dois tanques cilíndricos. Imagine que os pneus<<strong>br</strong> />

picados sejam armazenados em um tanque<<strong>br</strong> />

também cilíndrico à espera da continuidade do<<strong>br</strong> />

processo de produção. A quantidade de pneus<<strong>br</strong> />

picados corresponde a um volume de 15 m 3<<strong>br</strong> />

. O<<strong>br</strong> />

tanque tem as seguintes medidas: 2 metros de<<strong>br</strong> />

diâmetro na base e 4 metros de altura.<<strong>br</strong> />

Você acha que essa quantidade de pneus picados<<strong>br</strong> />

cabe nesse reservatório cilíndrico? Vamos<<strong>br</strong> />

verificar?<<strong>br</strong> />

99


100<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

O volume do cilindro é calculado multiplicando-se a área da base pela sua altura.<<strong>br</strong> />

Como já vimos anteriormente, a área do círculo é igual a þ.r2 , portanto, quanto vale a área da<<strong>br</strong> />

base desse tanque? E qual seu volume?<<strong>br</strong> />

Área da base = 3,14 x 1 2 = 3,14 m 2<<strong>br</strong> />

Volume do tanque = 3,14 x 4 = 12,56 m3 Com esses cálculos percebemos que o tanque não tem capacidade para receber a quantidade<<strong>br</strong> />

de pneus picados, portanto precisa-se de mais um tanque.<<strong>br</strong> />

I. Se um novo tanque pudesse ser fa<strong>br</strong>icado para sozinho armazenar esse volume de pneus,<<strong>br</strong> />

quais deveriam ser, aproximadamente, as suas medidas?<<strong>br</strong> />

II. Um engenheiro deseja projetar uma lata cilíndrica para leite condensado que tenha um<<strong>br</strong> />

volume de 400 cm3 . Se a altura da lata cilíndrica é 8 cm, a medida do raio da base deverá ser<<strong>br</strong> />

(em cm) de aproximadamente:<<strong>br</strong> />

(Suponha que þ = 3,1)<<strong>br</strong> />

a) 4,0 b) 3,5 c) 3,0 d) 2,8<<strong>br</strong> />

Sabemos que, em nosso país, muitas pessoas<<strong>br</strong> />

vivem aglomeradas em favelas onde, muitas<<strong>br</strong> />

vezes, não há ruas, nem esgotos e nem<<strong>br</strong> />

condições mínimas de so<strong>br</strong>evivência.<<strong>br</strong> />

Algumas prefeituras, através de<<strong>br</strong> />

departamentos de urbanização e também de<<strong>br</strong> />

assistência social, têm investido em<<strong>br</strong> />

melhorias na qualidade de vida desses<<strong>br</strong> />

moradores.<<strong>br</strong> />

Para a urbanização de uma favela, uma<<strong>br</strong> />

prefeitura montou um projeto para melhor<<strong>br</strong> />

aproveitamento de um certo espaço. Nesse<<strong>br</strong> />

espaço, seriam utilizados terrenos<<strong>br</strong> />

retangulares com área de 50 m2 cada um.<<strong>br</strong> />

Quais seriam as melhores medidas desses<<strong>br</strong> />

terrenos para que a área utilizada seja a<<strong>br</strong> />

maior possível?<<strong>br</strong> />

Por exemplo, um terreno com 2m de frente e<<strong>br</strong> />

25m de fundo, seria uma boa opção para<<strong>br</strong> />

construção de uma casa? Reflita so<strong>br</strong>e isso e<<strong>br</strong> />

pense em outras possibilidades de medidas do<<strong>br</strong> />

terreno, mantendo essa área, mas que<<strong>br</strong> />

permita melhores condições de moradia.<<strong>br</strong> />

Para você, quais seriam as medidas ideais?


2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />

Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />

I. Rua Santo Antonio Claret (C, 2),<<strong>br</strong> />

Av. Barão de Itapura (D, 4).<<strong>br</strong> />

VI. B, C e E<<strong>br</strong> />

VII b.<<strong>br</strong> />

VIII a) 11<<strong>br</strong> />

I. d.<<strong>br</strong> />

b) 8<<strong>br</strong> />

II. Polígonos: 6 lados, S = 720º<<strong>br</strong> />

7 lados, S = 900º<<strong>br</strong> />

I. Resolva em seu caderno<<strong>br</strong> />

II. a.<<strong>br</strong> />

n lados, S = (n – 2) 180º<<strong>br</strong> />

101


102<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar fenômenos de qualquer natureza expressos em linguagem geométrica.<<strong>br</strong> />

• Construir e identificar conceitos geométricos no contexto da atividade cotidiana.<<strong>br</strong> />

• Interpretar informações e aplicar estratégias geométricas na solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />

• Utilizar conceitos geométricos na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do<<strong>br</strong> />

cotidiano.<<strong>br</strong> />

• Recorrer a conceitos geométricos para avaliar propostas de intervenção so<strong>br</strong>e problemas do cotidiano.


Capítulo V<<strong>br</strong> />

AS MEDIDAS E A COMPREENSÃO DA REALIDADE<<strong>br</strong> />

CONSTRUIR E AMPLIAR NOÇÕES DE GRANDEZAS E MEDIDAS<<strong>br</strong> />

PARA A COMPREENSÃO DA REALIDADE E A SOLUÇÃO DE<<strong>br</strong> />

PROBLEMAS DO COTIDIANO.<<strong>br</strong> />

Dulce Satiko Onaga


104<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo V<<strong>br</strong> />

As medidas e a compreensão<<strong>br</strong> />

da realidade<<strong>br</strong> />

Apresentação<<strong>br</strong> />

Muitos dos fatos com os quais convivemos ou<<strong>br</strong> />

podemos observar no dia-a-dia, envolvem medidas<<strong>br</strong> />

e grandezas. Elas nos dão informações so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

distâncias que percorremos, o tamanho da nossa<<strong>br</strong> />

casa, a capacidade da nossa caixa d’água, a<<strong>br</strong> />

quantidade de alimentos de que necessitamos, o<<strong>br</strong> />

nosso gasto com energia elétrica, a organização do<<strong>br</strong> />

nosso tempo e outras coisas mais.<<strong>br</strong> />

A necessidade de medir é muito antiga. Depois<<strong>br</strong> />

que os homens foram deixando de ser apenas<<strong>br</strong> />

caçadores e coletores de alimentos, foram se<<strong>br</strong> />

fixando no solo como agricultores. Deixaram<<strong>br</strong> />

gradativamente a vida nômade e tornaram-se, aos<<strong>br</strong> />

poucos, mais sedentários.<<strong>br</strong> />

Os egípcios antigos, por exemplo, cultivavam as<<strong>br</strong> />

terras nas margens do rio Nilo. Essas terras eram<<strong>br</strong> />

demarcadas de acordo com cada grupo de<<strong>br</strong> />

agricultores. As cheias do rio, entretanto,<<strong>br</strong> />

destruíam essas demarcações, o que os o<strong>br</strong>igava a<<strong>br</strong> />

refazê-las todos os anos.<<strong>br</strong> />

Para usar essas terras, os agricultores <strong>pag</strong>avam<<strong>br</strong> />

impostos ao faraó. Hoje <strong>pag</strong>amos IPTU (Imposto<<strong>br</strong> />

Predial e Territorial Urbano), imposto que a<<strong>br</strong> />

Prefeitura da maioria das grandes cidades recolhe<<strong>br</strong> />

dos contribuintes que possuem um imóvel ou<<strong>br</strong> />

terreno no município.<<strong>br</strong> />

No início, é possível, que as pessoas apenas<<strong>br</strong> />

comparassem grandezas. Quando pensaram em<<strong>br</strong> />

construir suas casas, fazer suas plantações,<<strong>br</strong> />

armazenar seus produtos, controlar sua produção,<<strong>br</strong> />

eles se depararam com problemas de medidas.<<strong>br</strong> />

Para resolver problemas que envolviam<<strong>br</strong> />

comprimentos, criaram unidades de medidas que,<<strong>br</strong> />

em geral, eram provenientes do tamanho das<<strong>br</strong> />

partes do corpo do governante de cada país.<<strong>br</strong> />

Antigamente...<<strong>br</strong> />

Há mais de 4.000 anos, os egípcios usavam o<<strong>br</strong> />

cúbito para medir comprimentos. Um cúbito era<<strong>br</strong> />

igual ao comprimento do cotovelo até a ponta do<<strong>br</strong> />

dedo médio do faraó.<<strong>br</strong> />

Como as unidades não eram comuns a todos,<<strong>br</strong> />

foram surgindo dificuldades, principalmente nas<<strong>br</strong> />

trocas comerciais. Começou-se então a busca por<<strong>br</strong> />

uma padronização de unidades, o que caracterizou<<strong>br</strong> />

o desenvolvimento da noção de medir.<<strong>br</strong> />

Até hoje ainda utilizamos partes de nosso corpo<<strong>br</strong> />

para medir quando não dispomos de outros<<strong>br</strong> />

instrumentos.<<strong>br</strong> />

No entanto, quando medimos usando unidades<<strong>br</strong> />

não padronizadas (como as partes de nosso<<strong>br</strong> />

corpo), há variações de uma pessoa para outra, o<<strong>br</strong> />

que traz problemas de comunicação. Para que<<strong>br</strong> />

haja concordância, é necessário estabelecer<<strong>br</strong> />

padrões de medida que tenham o mesmo<<strong>br</strong> />

significado para todas as pessoas, ou seja, utilizar<<strong>br</strong> />

uma notação convencional de medidas.


Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Você quer saber mais so<strong>br</strong>e outras unidades de medida que foram usadas ao longo da<<strong>br</strong> />

História da humanidade e so<strong>br</strong>e as unidades mais utilizadas no seu dia-a-dia?<<strong>br</strong> />

Pesquise em livros de História da Matemática, livros didáticos para o Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ou enciclopédias que você tem em casa ou disponíveis numa biblioteca.<<strong>br</strong> />

Problemas de<<strong>br</strong> />

comunicação<<strong>br</strong> />

Saber ler, interpretar e escrever corretamente<<strong>br</strong> />

diferentes tipos de medições é muito importante<<strong>br</strong> />

no processo de comunicação que ocorre em<<strong>br</strong> />

relações sociais e comerciais.<<strong>br</strong> />

© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />

Na discussão entre os dois caminhoneiros, quem<<strong>br</strong> />

você acha que está com a razão? Quando João<<strong>br</strong> />

disse que a corda media 20 palmos e Tião<<strong>br</strong> />

rebateu, dizendo que eram 22 palmos, quais<<strong>br</strong> />

foram as unidades de medida que eles usaram?<<strong>br</strong> />

Explique por que eles obtiveram medidas diferentes.<<strong>br</strong> />

Como você pode perceber, para que possamos nos<<strong>br</strong> />

comunicar é necessário estabelecer unidades de<<strong>br</strong> />

medida que tenham o mesmo significado para<<strong>br</strong> />

todas as pessoas. Nessa situação, usando o palmo<<strong>br</strong> />

do João como unidade de medida, obtivemos 20<<strong>br</strong> />

palmos. E usando o palmo do Tião como unidade<<strong>br</strong> />

de medida obtivemos 22 palmos. Eles não<<strong>br</strong> />

encontraram a mesma medida porque seus<<strong>br</strong> />

palmos têm tamanhos diferentes.<<strong>br</strong> />

Um amigo dos dois caminhoneiros que passava<<strong>br</strong> />

pelo local resolveu a situação. Esse amigo usou<<strong>br</strong> />

uma barra de ferro de 40 cm e verificou que o<<strong>br</strong> />

comprimento da barra coube 11 vezes no<<strong>br</strong> />

comprimento da corda.<<strong>br</strong> />

Com base nessas informações, nas questões a<<strong>br</strong> />

seguir, assinale as opções corretas.<<strong>br</strong> />

1. A unidade de medida usada pelo amigo dos<<strong>br</strong> />

dois caminhoneiros foi:<<strong>br</strong> />

a) o centímetro.<<strong>br</strong> />

b) a barra de ferro.<<strong>br</strong> />

c) o palmo do Tião.<<strong>br</strong> />

d) o palmo do João.<<strong>br</strong> />

Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

1) Resposta (b)<<strong>br</strong> />

105


106<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

2. O comprimento da corda em centímetros é:<<strong>br</strong> />

a) 11cm.<<strong>br</strong> />

b) 40cm.<<strong>br</strong> />

c) 400cm.<<strong>br</strong> />

d) 440cm.<<strong>br</strong> />

3. Pode-se afirmar que:<<strong>br</strong> />

a) o palmo de João mede 22 cm<<strong>br</strong> />

e o de Tião mede 20 cm.<<strong>br</strong> />

b) o palmo de João mede 20 cm<<strong>br</strong> />

e o de Tião mede 22 cm.<<strong>br</strong> />

c) o palmo de João mede 20 cm<<strong>br</strong> />

e o de Tião mede 40 cm.<<strong>br</strong> />

d) o palmo de João mede 40 cm<<strong>br</strong> />

e o de Tião mede 20 cm.<<strong>br</strong> />

Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

4. Imagine que Tião vai utilizar um pedaço de<<strong>br</strong> />

corda para medir o comprimento de seu<<strong>br</strong> />

caminhão e que João vai usar seus passos. Você<<strong>br</strong> />

pode dizer, com certeza, que eles encontrarão a<<strong>br</strong> />

mesma medida? Por quê?<<strong>br</strong> />

Medir é uma ação que tem origem nas atividades<<strong>br</strong> />

comuns das pessoas. Medir grandezas tem como<<strong>br</strong> />

conseqüência quantificar muitas ações que<<strong>br</strong> />

nos rodeiam.<<strong>br</strong> />

Para efetuarmos uma medição, ou mensuração,<<strong>br</strong> />

escolhemos uma unidade de medida, de mesma<<strong>br</strong> />

natureza, que a grandeza que queremos medir e a<<strong>br</strong> />

comparamos com aquilo que se deseja mensurar.<<strong>br</strong> />

Uma medida é sempre expressa por meio de um<<strong>br</strong> />

número. Por exemplo, quando afirmamos que a<<strong>br</strong> />

medida de comprimento da sala é de 12 passos, o<<strong>br</strong> />

número 12 representa o número de vezes que o<<strong>br</strong> />

comprimento do passo cabe no comprimento da<<strong>br</strong> />

sala. Ou seja, tomando um passo como unidade<<strong>br</strong> />

de medida, o comprimento da sala é 12.<<strong>br</strong> />

Dos sistemas de medidas que existem, utilizamos<<strong>br</strong> />

o Sistema Internacional de Unidades (SI),<<strong>br</strong> />

estabelecido pelo Bureau Internacional de Pesos e<<strong>br</strong> />

Medidas, o<strong>br</strong>igatório no Brasil desde 1962.<<strong>br</strong> />

Nesse sistema (SI):<<strong>br</strong> />

• a unidade padrão escolhida para medir<<strong>br</strong> />

comprimento é o metro e seu símbolo é m.<<strong>br</strong> />

Também utilizamos outras unidades de medida<<strong>br</strong> />

derivadas do metro. As mais comuns são:<<strong>br</strong> />

quilômetro – km<<strong>br</strong> />

centímetro – cm<<strong>br</strong> />

milímetro – mm<<strong>br</strong> />

• a unidade padrão escolhida para medir massa é<<strong>br</strong> />

o quilograma e seu símbolo é kg. Outras<<strong>br</strong> />

unidades utilizadas são:<<strong>br</strong> />

miligrama – mg<<strong>br</strong> />

grama – g<<strong>br</strong> />

tonelada – t<<strong>br</strong> />

• a unidade padrão escolhida para medir<<strong>br</strong> />

superfície é o metro quadrado e seu símbolo é<<strong>br</strong> />

m 2 . Outras unidades de medida, derivadas do<<strong>br</strong> />

metro quadrado, usadas:<<strong>br</strong> />

milimetro quadrado – mm 2<<strong>br</strong> />

quilômetro quadrado – Km 2<<strong>br</strong> />

• a unidade padrão escolhida para medir volume<<strong>br</strong> />

de um sólido és o metro cúbico e seu símbolo é<<strong>br</strong> />

m 3<<strong>br</strong> />

. Além dessa unidade, também utilizamos o<<strong>br</strong> />

decímetro cúbico – dm 3<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Também usamos o litro como unidade padrão<<strong>br</strong> />

para medir volume ou capacidade de um<<strong>br</strong> />

recipiente. Outra unidade derivada do litro<<strong>br</strong> />

freqüente é o mililitro – ml.<<strong>br</strong> />

• para medir tempo, as unidades mais utilizadas<<strong>br</strong> />

são: hora, minuto e segundo.<<strong>br</strong> />

Muitas vezes conseguimos, por exemplo, estimar<<strong>br</strong> />

o nosso peso, a velocidade do ônibus em que<<strong>br</strong> />

estamos viajando e o tempo para chegar em casa<<strong>br</strong> />

sem precisar de algum instrumento especial. No<<strong>br</strong> />

entanto, no exercício de algumas profissões, a<<strong>br</strong> />

precisão nas medidas é muito necessária para que<<strong>br</strong> />

não aconteçam erros na comunicação de<<strong>br</strong> />

resultados.<<strong>br</strong> />

4) Não, porque o pedaço de corda que Tião utilizou e um passo de João podem ter tamanhos diferentes.<<strong>br</strong> />

3) Resposta (a).<<strong>br</strong> />

2) Resposta (d).


Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

5. Você utiliza instrumentos de medida em sua<<strong>br</strong> />

profissão ou no seu cotidiano? Quais?<<strong>br</strong> />

6. Descreva algum instrumento de medida que<<strong>br</strong> />

você conheça.<<strong>br</strong> />

7. O que poderia acontecer a um paciente se um<<strong>br</strong> />

técnico de laboratório não medisse de forma<<strong>br</strong> />

precisa a dosagem de um remédio?<<strong>br</strong> />

8. Escreva um <strong>br</strong>eve comentário so<strong>br</strong>e os versos<<strong>br</strong> />

do poeta português Fernando Pessoa, incluídos na<<strong>br</strong> />

música Argonautas, cantada por Caetano Veloso:<<strong>br</strong> />

“navegar é preciso, viver não é preciso".<<strong>br</strong> />

Em muitas situações, para medir com certa<<strong>br</strong> />

precisão é conveniente usar instrumentos<<strong>br</strong> />

apropriados. Todos os instrumentos de medida<<strong>br</strong> />

devem possuir uma graduação, ou um mostrador<<strong>br</strong> />

(analógico ou digital), para que possamos realizar<<strong>br</strong> />

uma leitura a respeito daquilo que está sendo<<strong>br</strong> />

mensurado.<<strong>br</strong> />

transferidor balança rádio relógio<<strong>br</strong> />

9. Escreva, usando a notação convencional, o<<strong>br</strong> />

peso dos objetos representados nas ilustrações<<strong>br</strong> />

seguintes:<<strong>br</strong> />

Balança doméstica Balança de armazém Balança digital<<strong>br</strong> />

9) 120g; 2,4kg; 5t.<<strong>br</strong> />

107


108<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Que tipo de profissionais utilizam os instrumentos seguintes?<<strong>br</strong> />

a) Uma fita métrica.<<strong>br</strong> />

c) Um “metro" de madeira.<<strong>br</strong> />

b) Um "metro" articulado.<<strong>br</strong> />

d) Uma trena.<<strong>br</strong> />

II. As unidades de medida que geralmente aparecem nesses instrumentos são o metro e o centímetro.<<strong>br</strong> />

Descreva uma situação em que o instrumento usado para medição é:<<strong>br</strong> />

a) uma fita métrica.<<strong>br</strong> />

b) uma trena.<<strong>br</strong> />

c) um metro de madeira.<<strong>br</strong> />

III. Quando os comprimentos são pequenos, usamos uma régua. Que pessoas usam esse tipo<<strong>br</strong> />

de instrumento no seu dia-a-dia?


2<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Iniciamos uma medição<<strong>br</strong> />

sempre pelo zero.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Observe a régua da figura: o intervalo entre o<<strong>br</strong> />

número 0 e número 10 está dividido em 10 partes<<strong>br</strong> />

iguais e cada uma destas partes corresponde a um<<strong>br</strong> />

centímetro. Cada centímetro também está<<strong>br</strong> />

subdividido em 10 partes iguais e cada uma<<strong>br</strong> />

corresponde a um milímetro.<<strong>br</strong> />

Veja como podemos ler o comprimento do lápis:<<strong>br</strong> />

Lemos: oitenta e três milímetros.<<strong>br</strong> />

Escrevemos: 83mm.<<strong>br</strong> />

Lemos: oito centímetros e três milímetros.<<strong>br</strong> />

Escrevemos: 8,3cm.<<strong>br</strong> />

10. Determine o comprimento aproximado da<<strong>br</strong> />

escova de dente em milímetros e em centímetros.<<strong>br</strong> />

Em seguida, escreva como lemos essas medidas.<<strong>br</strong> />

I. Um segmento de reta mede 5,4cm. Um estudante desenhou um segmento de reta com a<<strong>br</strong> />

metade desse comprimento e outro com o do<strong>br</strong>o. Assinale as medidas corretas de cada<<strong>br</strong> />

segmento de reta traçado:<<strong>br</strong> />

a) 14mm e 27mm<<strong>br</strong> />

b) 27mm e 54mm<<strong>br</strong> />

c) 27mm e 108mm<<strong>br</strong> />

d) 54mm e 108mm<<strong>br</strong> />

10) 150 mm; centro e cinqüenta milímetros. 15cm; quinze centímetros.<<strong>br</strong> />

109


110<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Usando as medidas para compreender<<strong>br</strong> />

fenômenos naturais e do cotidiano<<strong>br</strong> />

Os enfermeiros prestam importantes serviços à<<strong>br</strong> />

população. Não só cuidam de doentes, como<<strong>br</strong> />

também ajudam as pessoas a conservarem bem a<<strong>br</strong> />

saúde. Eles trabalham em hospitais, postos de<<strong>br</strong> />

saúde, consultórios médicos e em fá<strong>br</strong>icas. Em<<strong>br</strong> />

qualquer desses lugares eles precisam medir<<strong>br</strong> />

alturas, pesos, pressões arteriais, dar dosagem certa<<strong>br</strong> />

de remédios, ler e interpretar receitas médicas.<<strong>br</strong> />

11. Nas maternidades, quando um bebê nasce,<<strong>br</strong> />

quais são as medidas anotadas na sua ficha de<<strong>br</strong> />

registro? Faça uma pesquisa entrevistando<<strong>br</strong> />

pessoas que trabalham em hospitais ou mães que<<strong>br</strong> />

tiveram filhos em maternidades.<<strong>br</strong> />

12. Se você fosse um enfermeiro, qual a unidade<<strong>br</strong> />

mais adequada que escolheria para medir:<<strong>br</strong> />

a) A altura de um recém nascido?<<strong>br</strong> />

b) A altura de um adulto?<<strong>br</strong> />

c) O peso de um recém nascido?<<strong>br</strong> />

d) O peso de um adulto?<<strong>br</strong> />

Em situações como a medida da altura do bebê,<<strong>br</strong> />

em que temos um comprimento pequeno, usamos<<strong>br</strong> />

o centímetro.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

13. Existe uma relação entre centímetro e metro.<<strong>br</strong> />

Qual é essa relação?<<strong>br</strong> />

Se você respondeu que "um centímetro é um<<strong>br</strong> />

centésimo do metro", acertou. Podemos escrever<<strong>br</strong> />

essa relação usando notações fracionária ou<<strong>br</strong> />

decimal:<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1cm = m ou 1cm = 0,01m<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

Um comprimento medido numa determinada<<strong>br</strong> />

unidade também pode ser indicado numa outra<<strong>br</strong> />

unidade de comprimento. Por exemplo, se um bebê<<strong>br</strong> />

mede 46cm podemos também escrever 0,46m.<<strong>br</strong> />

14. Se um centímetro é um centésimo do metro,<<strong>br</strong> />

então um metro corresponde a quantos<<strong>br</strong> />

centímetros? Complete: 1 m =... cm<<strong>br</strong> />

15. Qual é a altura, em cm, de uma criança<<strong>br</strong> />

de 1,24m?<<strong>br</strong> />

Quando é necessário medir extensões ainda maiores, como o comprimento de uma estrada ou<<strong>br</strong> />

a distância entre duas cidades, a unidade de medida empregada é o quilômetro, pois o metro<<strong>br</strong> />

não é uma unidade adequada para medir grandes comprimentos.<<strong>br</strong> />

I. Você sabe quantos metros há em um quilômetro? E qual é o símbolo para representar essa<<strong>br</strong> />

unidade?<<strong>br</strong> />

II. Escreva duas situações em que se utiliza o quilômetro como unidade de medida.<<strong>br</strong> />

Agora, confira. Por exemplo: Se dissermos que um hospital está a 15km do centro da cidade,<<strong>br</strong> />

15km significa 15.000m. "Economizamos zeros" na escrita quando representamos grandes<<strong>br</strong> />

comprimentos utilizando uma unidade que seja um múltiplo do metro.<<strong>br</strong> />

O quilômetro é um múltiplo do metro.<<strong>br</strong> />

1 quilômetro = 1.000 metros 1km = 1.000 m<<strong>br</strong> />

15) 124cm.<<strong>br</strong> />

14) 1m = 100cm<<strong>br</strong> />

13) 1 centímetro = 1/100 do metro.<<strong>br</strong> />

12) a) centímetro. b) metro. c) grama. d) quilograma.


4<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Em relação ao peso do bebê, a unidade mais utilizada é o quilograma. Porém, em alguns<<strong>br</strong> />

casos, como os dos prematuros, usa-se o grama.<<strong>br</strong> />

Também existe uma relação entre quilograma e grama. Um grama é um milésimo do quilograma.<<strong>br</strong> />

I. Usando notações fracionária ou decimal, escreva a relação entre um grama e um<<strong>br</strong> />

quilograma.<<strong>br</strong> />

A massa de um corpo medido numa determinada unidade também pode ser indicada numa<<strong>br</strong> />

outra unidade de massa. Por exemplo: se um bebê pesa 1235 g, podemos também escrever<<strong>br</strong> />

1,235kg.<<strong>br</strong> />

II. Complete: 1kg = _________g<<strong>br</strong> />

III. Uma criança pesa 8,210kg. Qual é o seu peso em gramas?<<strong>br</strong> />

Para objetos com peso muito pequeno, a unidade empregada é o miligrama, por ser mais<<strong>br</strong> />

adequada. Isto é, podemos mais facilmente imaginar um objeto pequeno com o peso dado em<<strong>br</strong> />

miligramas.<<strong>br</strong> />

IV. Você sabe quantos gramas tem um miligrama? E qual é o símbolo para representar essa<<strong>br</strong> />

unidade?<<strong>br</strong> />

V. Escreva uma situação em que se utiliza o miligrama como unidade de medida.<<strong>br</strong> />

Agora, confira.<<strong>br</strong> />

O miligrama é um submúltiplo do grama.<<strong>br</strong> />

1 miligrama = 0,001 grama 1mg = 0,001g<<strong>br</strong> />

Se dissermos que um objeto pesa 250 mg, podemos também escrever 0,250 g.<<strong>br</strong> />

VI. Complete: 1g = _________mg<<strong>br</strong> />

© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />

Vamos ajudar a enfermeira a obter uma resposta<<strong>br</strong> />

para essa pergunta.<<strong>br</strong> />

Vamos escrever, usando símbolos, o peso do nenê.<<strong>br</strong> />

Quando nasceu: 921g.<<strong>br</strong> />

Seis meses depois: 5,058kg.<<strong>br</strong> />

Para comparar ou fazer cálculos com medidas de<<strong>br</strong> />

massa, é importante que elas estejam na mesma<<strong>br</strong> />

unidade. Assim, para saber quantos gramas o<<strong>br</strong> />

bebê ganhou em seis meses, podemos transformar<<strong>br</strong> />

5,058 kg em g e depois calcular a diferença entre<<strong>br</strong> />

essas medidas.<<strong>br</strong> />

5,058kg = (5,058 X 1000) g = 5058g<<strong>br</strong> />

5058g – 921g = 4137g<<strong>br</strong> />

Logo, em seis meses o bebê ganhou 4137 gramas<<strong>br</strong> />

ou 4,137kg.<<strong>br</strong> />

111


112<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

16. Num posto de saúde, uma enfermeira fez o<<strong>br</strong> />

seguinte comentário a uma mãe: "seu filho<<strong>br</strong> />

cresceu 6cm e engordou 520g". Com essas<<strong>br</strong> />

observações complete a ficha seguinte:<<strong>br</strong> />

Nome: Marcelo Faria<<strong>br</strong> />

Data de nascimento: 06/10/2001<<strong>br</strong> />

Mãe: Rosa Faria<<strong>br</strong> />

Data da visita Idade Altura Peso<<strong>br</strong> />

08/11/2001<<strong>br</strong> />

10/03/2002<<strong>br</strong> />

1 mês 45cm 3,342kg<<strong>br</strong> />

17. O bebê de Deise tem 10 meses, mede 67cm e<<strong>br</strong> />

pesa 9,345kg. Desde que nasceu, ele cresceu 6cm<<strong>br</strong> />

e aumentou 6,375g. Quais eram a altura e o peso<<strong>br</strong> />

desse bebê quando nasceu?<<strong>br</strong> />

Horácio trabalha no pronto-socorro de um grande<<strong>br</strong> />

hospital. Hoje é dia de seu plantão noturno. Ele<<strong>br</strong> />

está atendendo a um doente com fe<strong>br</strong>e muito alta.<<strong>br</strong> />

© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />

Para medir a capacidade de pequenos frascos,<<strong>br</strong> />

onde geralmente estão condicionados os<<strong>br</strong> />

remédios, a unidade mais utilizada é mililitro,<<strong>br</strong> />

que é um submúltiplo do litro. O símbolo dessa<<strong>br</strong> />

unidade é ml.<<strong>br</strong> />

Também existe uma relação entre mililitro e o<<strong>br</strong> />

litro. Um mililitro é igual a um milésimo do litro.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1 ml = l ou 1 ml = 0,001l<<strong>br</strong> />

1000<<strong>br</strong> />

19) Bebo todos os dias 1 litro de leite. Existem outras resposta.<<strong>br</strong> />

18) 1l = 1.000ml<<strong>br</strong> />

18. Complete: 1l = ___________ml<<strong>br</strong> />

19. Descreva uma situação em que você usa o<<strong>br</strong> />

litro como unidade de medida.<<strong>br</strong> />

20. Procure em jornais e revistas rótulos de<<strong>br</strong> />

produtos medidos em litros e mililitros.<<strong>br</strong> />

17) 2,97kg.<<strong>br</strong> />

16) 6 meses; 51cm; 3,862kg.


5<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Se a capacidade de um frasco é de 3,75l qual é a sua capacidade em ml? Por quê?<<strong>br</strong> />

II. Os enfermeiros devem tomar muito cuidado na leitura das dosagens de remédio que dão<<strong>br</strong> />

aos pacientes. Numa prescrição médica a recomendação era diluir 20 gotas de um certo<<strong>br</strong> />

remédio em 2,5ml de água. Ao ler essa recomendação uma pessoa trocou 2,5ml por 2,5l.<<strong>br</strong> />

Explique por que o paciente não teve nenhuma melhora.<<strong>br</strong> />

III. Num recipiente foi preparada uma solução, adicionando 700ml de glicerina a 1,050l de água.<<strong>br</strong> />

Com base nas informações apresentadas, pode-se afirmar que o recipiente contém:<<strong>br</strong> />

a) 1,750 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />

b) 1.750 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />

c) 701,050 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />

d) 701.050 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />

IV. O número que expressa a proporção de glicerina na solução é:<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

a) 0,4 b) c) d)1,5<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Todo corpo ocupa um lugar no espaço e possui<<strong>br</strong> />

um volume, que pode ser obtido por meio de uma<<strong>br</strong> />

unidade de volume. Por exemplo:<<strong>br</strong> />

Pode-se usar o termo capacidade para designar o<<strong>br</strong> />

volume contido num recipiente. Por isso é<<strong>br</strong> />

freqüente utilizarmos, também, o litro como<<strong>br</strong> />

unidade de volume.<<strong>br</strong> />

O volume de um cubo, cujas arestas medem 1dm,<<strong>br</strong> />

é calculado multiplicando-se a medida das<<strong>br</strong> />

arestas desse cubo por ela mesma, 3 vezes.<<strong>br</strong> />

Volume = 1dm X 1dm X 1dm = 1dm 3<<strong>br</strong> />

O volume desse cubo pode ser expresso na<<strong>br</strong> />

unidade litro. Dizemos que seu volume é 1 litro.<<strong>br</strong> />

Assim:<<strong>br</strong> />

1 litro = 1dm 3<<strong>br</strong> />

21. Uma caixa d’água tem a forma de um cubo<<strong>br</strong> />

com 1m de aresta.<<strong>br</strong> />

a) Qual é o volume dessa caixa em m 3<<strong>br</strong> />

?<<strong>br</strong> />

b) Como 1m 3<<strong>br</strong> />

= 1000dm 3<<strong>br</strong> />

, qual é a capacidade<<strong>br</strong> />

dessa caixa em litros?<<strong>br</strong> />

22. Verifique, em rótulos de embalagens, a<<strong>br</strong> />

informação so<strong>br</strong>e o volume do produto contido.<<strong>br</strong> />

Anote o produto escolhido e o volume indicado.<<strong>br</strong> />

. b) 1.000l<<strong>br</strong> />

21) a) 1m 2<<strong>br</strong> />

113


114<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

As medidas e a resolução de problemas<<strong>br</strong> />

© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />

23. Observe a ilustração e utilize os números<<strong>br</strong> />

dos quadros para completar a história.<<strong>br</strong> />

31ºC 2,5l 60km 2l 7h 500ml<<strong>br</strong> />

200g 90cm 5m 6h30min 90cm 45,2l<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

39,7ºC 37ºC 1.000m kg 10h<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Verão de 2002. Naquele sábado fazia muito calor,<<strong>br</strong> />

a temperatura estava por volta de ______ Na<<strong>br</strong> />

televisão, a moça do tempo anunciava que o<<strong>br</strong> />

domingo ia ser de muito sol.<<strong>br</strong> />

A família Pereira, que morava em São Diogo,<<strong>br</strong> />

planejou passar o dia na praia, que ficava a<<strong>br</strong> />

______ de distância.<<strong>br</strong> />

Logo todos se dispuseram a ajudar. Dona Lúcia<<strong>br</strong> />

pegou o seu famoso livro de receitas para fazer o<<strong>br</strong> />

bolo que era o predileto da família.<<strong>br</strong> />

Julieta ficou encarregada de fazer o patê. A<strong>br</strong>iu<<strong>br</strong> />

uma lata de sardinha de ______ , misturou com 5<<strong>br</strong> />

colheres de maionese, ______ de tomate, 2<<strong>br</strong> />

colheres de mostarda, um maço de salsinha, 1<<strong>br</strong> />

cebola picada e colocou uma pitada de sal.<<strong>br</strong> />

Romeu foi ao supermercado, comprou 2 garrafas<<strong>br</strong> />

de refrigerante de ______cada uma e 3 latas de<<strong>br</strong> />

cervejas de ______ cada.<<strong>br</strong> />

As gêmeas Anita e Antonia separaram os<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>inquedos de praia e uma corda de ______, pois<<strong>br</strong> />

pular corda e <strong>br</strong>incar de foguinho era o que mais<<strong>br</strong> />

gostavam de fazer.<<strong>br</strong> />

Para adiantar, "Seu" Paulo foi ao posto de<<strong>br</strong> />

gasolina e colocou ______ de combustível no<<strong>br</strong> />

carro e pediu para completar o óleo do motor<<strong>br</strong> />

com uma lata de ______ .<<strong>br</strong> />

Dona Lúcia providenciou uma toalha de mesa<<strong>br</strong> />

quadrada de ______ por ______ .<<strong>br</strong> />

Na manhã seguinte às ______ todos já estavam<<strong>br</strong> />

de pé. Rapidamente tomaram o café e meia hora<<strong>br</strong> />

depois, às ______ já estavam a caminho do mar.<<strong>br</strong> />

Quando o carro tinha já percorrido umas 10<<strong>br</strong> />

quadras, Antonia deu falta de Anita. "Seu" Paulo<<strong>br</strong> />

virou o carro, voltou cerca de ______ e entrou<<strong>br</strong> />

correndo em casa. Chamou pela filha, que não<<strong>br</strong> />

respondia. Ao entrar no quarto, a viu ardendo<<strong>br</strong> />

em fe<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />

Dona Lúcia, que veio logo atrás, pegou um<<strong>br</strong> />

termômetro e se assustou. A menina estava com<<strong>br</strong> />

______ . Imediatamente deu um antitérmico e um<<strong>br</strong> />

banho morno na menina. Uma hora depois, a fe<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

cedeu para ______ .Todos respiraram aliviados.<<strong>br</strong> />

Eram ______ Muito tarde para ir à praia. Para não<<strong>br</strong> />

frustrar os filhos, Dona Lúcia decidiu fazer um<<strong>br</strong> />

piquenique à beira da represa que ficava bem<<strong>br</strong> />

perto da casa deles, o que deixou todo mundo feliz.<<strong>br</strong> />

Respostas ao pé da página.<<strong>br</strong> />

31º C; 60km; 200g; 1/4kg; 2l; 500 ml; 5m; 45,2l; 2,5l; 90cm; 90cm; 6h30min; 7h; 1.000m; 39,7ºC; 37ºC; 10h


6<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Julieta aprendeu na escola que, ao comprar alimentos, deve observar com atenção os prazos<<strong>br</strong> />

indicados nos rótulos. Antes de a<strong>br</strong>ir uma lata de sardinha leu as informações abaixo.<<strong>br</strong> />

Data de fa<strong>br</strong>icação: 12/02/2000.<<strong>br</strong> />

Validade até: 25/05/2002.<<strong>br</strong> />

I. Verificou que o produto está vencido há 2 meses e 4 dias. Qual é a data em que Julieta está<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>indo essa lata de sardinha?<<strong>br</strong> />

II. Julieta quis saber o tempo de validade, em anos, meses e dias, desse produto. Se você<<strong>br</strong> />

responder às questões seguintes, poderá dar a informação à menina. Vejamos:<<strong>br</strong> />

a) Qual foi a data de fa<strong>br</strong>icação do produto?<<strong>br</strong> />

b) Qual é a data de vencimento da validade?<<strong>br</strong> />

c) Quantos anos se passaram de 12 de fevereiro de 2000 a 12 de fevereiro de 2002?<<strong>br</strong> />

d) Quantos meses há de 12 de fevereiro de 2002 a 12 de maio de 2002?<<strong>br</strong> />

e) Quantos dias há de 12 de maio de 2002 a 25 de maio de 2002?<<strong>br</strong> />

f) Agora você poderia dizer, em anos, meses e dias, qual foi o tempo de validade do produto?<<strong>br</strong> />

III. Romeu nasceu em 25 de junho de 1986 e Julieta em15 de dezem<strong>br</strong>o de 1983.<<strong>br</strong> />

a) Quem nasceu primeiro, Romeu ou Julieta?<<strong>br</strong> />

b) Qual é a diferença de idade entre eles, em anos, meses e dias?<<strong>br</strong> />

IV. Dona Lúcia comprou 5 pacotes de café com kg. Todos esses pacotes juntos pesam:<<strong>br</strong> />

a) menos do que 1kg.<<strong>br</strong> />

b) mais do que 1kg.<<strong>br</strong> />

c) 1kg.<<strong>br</strong> />

d) 1,5kg.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

V. Dona Lúcia deu uma nota de R$ 10,00 para <strong>pag</strong>ar os 5 pacotes de kg e recebeu de troco<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

R$4,00. Com base nas informações apresentadas, pode-se afirmar que o preço de um quilo de<<strong>br</strong> />

café é:<<strong>br</strong> />

a) R$ 1,20.<<strong>br</strong> />

b) R$ 4,00.<<strong>br</strong> />

c) R$ 4,80.<<strong>br</strong> />

d) R$ 6,00.<<strong>br</strong> />

115


116<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Informações<<strong>br</strong> />

e argumentos<<strong>br</strong> />

CONTRAPISO GANHA ACABAMENTO<<strong>br</strong> />

FINAL E BARATEIA A OBRA<<strong>br</strong> />

Apesar de o piso representar só 2% do<<strong>br</strong> />

gasto para a construção de uma casa,<<strong>br</strong> />

há formas de reduzir ainda mais os<<strong>br</strong> />

custos. Um meio é fazer um contrapiso<<strong>br</strong> />

que dispense revestimentos.<<strong>br</strong> />

São três tipos de acabamento: o<<strong>br</strong> />

marmorizado, o piso caipira e o<<strong>br</strong> />

queimado, propriamente dito. São<<strong>br</strong> />

soluções relativamente baratas e que<<strong>br</strong> />

podem ser colocadas nos ambientes<<strong>br</strong> />

internos.<<strong>br</strong> />

Em um dia de trabalho, é possível<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ir uma área de 10m x 12m. O<<strong>br</strong> />

preço do metro quadrado do material<<strong>br</strong> />

começa em R$18,00, para o piso<<strong>br</strong> />

caipira, R$20,00 para o acabamento<<strong>br</strong> />

queimado e R$35,00 para o<<strong>br</strong> />

marmorizado.<<strong>br</strong> />

Folha de S. Paulo, São Paulo, 24 mar. 2002.<<strong>br</strong> />

Jorge é um vendedor de uma loja de materiais<<strong>br</strong> />

para construção.<<strong>br</strong> />

Ele tem um cliente que pretende revestir com lajotas<<strong>br</strong> />

um salão que mede 10m de largura por 12m de<<strong>br</strong> />

comprimento. Este cliente leu a matéria, acima,<<strong>br</strong> />

publicada em um jornal, e foi consultar Jorge.<<strong>br</strong> />

24. Qual é o assunto da matéria?<<strong>br</strong> />

25. Quais os tipos de acabamento que são<<strong>br</strong> />

oferecidos para um contrapiso que dispensa<<strong>br</strong> />

revestimento?<<strong>br</strong> />

26. O que você entende da frase: "Em um dia<<strong>br</strong> />

de trabalho, é possível co<strong>br</strong>ir uma área de<<strong>br</strong> />

10mx12m"?<<strong>br</strong> />

27. Explique o que significa: "O preço do metro<<strong>br</strong> />

quadrado do material começa em R$18,00".<<strong>br</strong> />

28. Qual é o preço do metro quadrado para o<<strong>br</strong> />

contrapiso com acabamento caipira?<<strong>br</strong> />

Usamos o metro quadrado para medir áreas de<<strong>br</strong> />

piso. Por isso, é freqüente calcularmos os seus<<strong>br</strong> />

preços tomando como referência o preço de um<<strong>br</strong> />

metro quadrado.<<strong>br</strong> />

O metro quadrado é a unidade de base de<<strong>br</strong> />

medida de área, adotado pelo Sistema<<strong>br</strong> />

Internacional de Unidades.<<strong>br</strong> />

É a área de uma superfície delimitada por um<<strong>br</strong> />

quadrado de 1 metro de lado.<<strong>br</strong> />

A expressão "metro quadrado" é representada<<strong>br</strong> />

pelo símbolo m 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Considerando o quadrado como unidade de<<strong>br</strong> />

medida, dizemos que:<<strong>br</strong> />

A área da superfície A é 10 .<<strong>br</strong> />

superficie A<<strong>br</strong> />

A área da superfície B é 9 .<<strong>br</strong> />

superfície B<<strong>br</strong> />

29. Dê outros exemplos de situações cotidianas<<strong>br</strong> />

que envolvem cálculo de área.<<strong>br</strong> />

Para se ter uma idéia do que é área de uma<<strong>br</strong> />

superfície, vamos representar a sala do cliente de<<strong>br</strong> />

Jorge pelo retângulo maior seguinte. Quantos<<strong>br</strong> />

quadrados de 1m de lado, representado por ,<<strong>br</strong> />

cabem nesse retângulo?<<strong>br</strong> />

10m<<strong>br</strong> />

24) Para economizar, utilizar contrapiso que dispensa revestimentos.<<strong>br</strong> />

25) Três tipos: marmorizados, caipira e queimado.<<strong>br</strong> />

26) Em um dia um pedreiro pode fazer o contrapiso sem revestimentos numa área de 10m por 12m.<<strong>br</strong> />

27) O preço por metro quadrado do contrapiso com acabamento mais barato é de R$ 18,00.<<strong>br</strong> />

28) R$ 18,00.<<strong>br</strong> />

29) Um terreno mede 10m de frente por 30m de fundo. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />

12m


7<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

largura<<strong>br</strong> />

comprimento<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Se você respondeu 120, acertou. Dizemos que a<<strong>br</strong> />

área da sala de Jorge é de 120 metros quadrados<<strong>br</strong> />

e representamos por 120 m 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Escrevendo aquela área sob forma de<<strong>br</strong> />

multiplicação, temos:<<strong>br</strong> />

(10m X 12m) = 120m 2<<strong>br</strong> />

, ou seja, calculando o<<strong>br</strong> />

produto da medida do comprimento pela medida<<strong>br</strong> />

da largura, obtemos:<<strong>br</strong> />

Área = 10m X 12m = 120 m 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Jorge é um bom vendedor. Foi logo saber se realmente o processo descrito no artigo do jornal<<strong>br</strong> />

era mais econômico. Como seu cliente é muito criterioso, Jorge precisa de bons argumentos<<strong>br</strong> />

para convencê-lo. E nada melhor que os números para ser convincente.<<strong>br</strong> />

Vamos ajudar Jorge a construir esses argumentos, fazendo alguns cálculos.<<strong>br</strong> />

I. Para fazer um contrapiso com acabamento caipira, numa área igual à do cliente de Jorge, é<<strong>br</strong> />

preciso:<<strong>br</strong> />

• contratar um pedreiro, que co<strong>br</strong>a aproximadamente R$ 35,00 por um dia de trabalho;<<strong>br</strong> />

• <strong>pag</strong>ar R$18,00 por metro quadrado do material. Calcule o gasto total nesse caso.<<strong>br</strong> />

II. Para fazer um piso com revestimentos é necessário:<<strong>br</strong> />

• contratar um pedreiro por 5 dias, dois para fazer só o contrapiso e três dias para<<strong>br</strong> />

colocar as lajotas;<<strong>br</strong> />

• gastar R$400,00 com cimento, areia e pedra;<<strong>br</strong> />

• comprar lajotas.<<strong>br</strong> />

Calcule o total que gastará nessa opção, sabendo que o metro quadrado das lajotas que o<<strong>br</strong> />

cliente escolheu custa R$15,00, e que terá que comprar 10% a mais de metragem para<<strong>br</strong> />

compensar as possíveis perdas.<<strong>br</strong> />

III. Calcule a diferença entre os gastos nas duas opções.<<strong>br</strong> />

Agora utilize as respostas das questões que você respondeu e escolha a forma mais<<strong>br</strong> />

econômica: fazer contrapiso com acabamento ou colocar lajotas. Faça um resumo para<<strong>br</strong> />

Jorge justificando<<strong>br</strong> />

a sua opção.<<strong>br</strong> />

117


118<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. A mulher do cliente não a<strong>br</strong>e mão das<<strong>br</strong> />

lajotas. Para agradá-la, Jorge sugeriu que se<<strong>br</strong> />

fizesse uma faixa de lajota de 2m em toda a<<strong>br</strong> />

volta da sala e no centro, o contrapiso com<<strong>br</strong> />

acabamento marmorizado. Neste caso, quanto<<strong>br</strong> />

metros quadrados gastaria só de lajotas?<<strong>br</strong> />

II. Com 100 ladrilhos quadrados de 0,30m de<<strong>br</strong> />

lado, pode-se co<strong>br</strong>ir um piso de:<<strong>br</strong> />

a) 0,90m2 .<<strong>br</strong> />

b) 9m2 .<<strong>br</strong> />

c) 90m2 .<<strong>br</strong> />

d) 900m2 .<<strong>br</strong> />

III. Considere as afirmações, coloque V se for verdadeira e F, se for falsa:<<strong>br</strong> />

( ) O metro quadrado é a área delimitada por um quadrado de 1m de lado.<<strong>br</strong> />

( ) O metro cúbico é o espaço ocupado por um cubo de 1dm de aresta.<<strong>br</strong> />

( ) 1 litro=1dm3 .<<strong>br</strong> />

O a<strong>pag</strong>ão e medidas adequadas<<strong>br</strong> />

Nos primeiros meses do ano de 2001, a notícia de<<strong>br</strong> />

que a energia elétrica ia acabar parecia mais um<<strong>br</strong> />

assunto que os meios de comunicação costumam<<strong>br</strong> />

divulgar. E como ocorre com toda manchete desse<<strong>br</strong> />

tipo, passou a ser o centro também nas nossas<<strong>br</strong> />

rodas de conversa.<<strong>br</strong> />

Porém, um dia o racionamento de energia, que<<strong>br</strong> />

apelidamos de a<strong>pag</strong>ão, começou. Era 4 de junho<<strong>br</strong> />

de 2001.<<strong>br</strong> />

Você, também foi pego de surpresa?<<strong>br</strong> />

O que aprendeu com o a<strong>pag</strong>ão?<<strong>br</strong> />

Muita gente, nessa época, tomou conhecimento<<strong>br</strong> />

que a energia elétrica é medida em watt-hora.<<strong>br</strong> />

Como essa unidade é muito pequena, as<<strong>br</strong> />

companhias de energia elétrica usam o<<strong>br</strong> />

quilowatt-hora, cujo símbolo é kWh.<<strong>br</strong> />

10m<<strong>br</strong> />

2m<<strong>br</strong> />

2m 2m<<strong>br</strong> />

12m<<strong>br</strong> />

Um quilowatt-hora (1kWh) é a quantidade de<<strong>br</strong> />

energia consumida por um aparelho de potência<<strong>br</strong> />

de 1kW em uma hora.<<strong>br</strong> />

1kWh corresponde ao consumo de um aparelho<<strong>br</strong> />

de potência 1 000 W durante uma hora.<<strong>br</strong> />

1kWh = 1 000Wh<<strong>br</strong> />

Muita gente, sem a<strong>br</strong>ir mão do conforto,<<strong>br</strong> />

aprendeu também a economizar energia tomando<<strong>br</strong> />

pequenos cuidados como, a<strong>pag</strong>ar a luz quando<<strong>br</strong> />

sair de um ambiente, ligar o chuveiro só na hora<<strong>br</strong> />

do banho e desligar a televisão se não houver<<strong>br</strong> />

alguém assistindo.<<strong>br</strong> />

2m


Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

30. Em junho de 2001, a média do consumo<<strong>br</strong> />

mensal de energia da sua família era maior que,<<strong>br</strong> />

menor que, ou igual a 100 kWh?<<strong>br</strong> />

31. A sua família precisou reduzir o consumo de<<strong>br</strong> />

energia?<<strong>br</strong> />

Em caso afirmativo, de quanto foi a redução?<<strong>br</strong> />

Quais as medidas tomadas para diminuir o<<strong>br</strong> />

consumo de energia?<<strong>br</strong> />

Apesar dos contratempos, o a<strong>pag</strong>ão trouxe, para<<strong>br</strong> />

uma parte da população <strong>br</strong>asileira, a<<strong>br</strong> />

conscientização so<strong>br</strong>e a necessidade do combate<<strong>br</strong> />

ao desperdício de energia elétrica. Mostrou também<<strong>br</strong> />

como é importante usarmos os recursos que temos<<strong>br</strong> />

à disposição de forma eficiente e econômica, para<<strong>br</strong> />

que haja energia suficiente no futuro.<<strong>br</strong> />

Não basta a participação de uma parte da<<strong>br</strong> />

população. É fundamental que todos se<<strong>br</strong> />

disponham a cooperar. E, para começar, podemos<<strong>br</strong> />

fazer periodicamente um maior controle do nosso<<strong>br</strong> />

gasto mensal de eletricidade.<<strong>br</strong> />

Para isso é preciso saber "ler" o medidor (relógio<<strong>br</strong> />

de luz). É o instrumento utilizado para medir e<<strong>br</strong> />

registrar o consumo de eletricidade, que é medida<<strong>br</strong> />

em quilowatt hora (kWh).<<strong>br</strong> />

Existem dois tipos:<<strong>br</strong> />

Apresenta os algarismos em<<strong>br</strong> />

formato digital.<<strong>br</strong> />

É composto por<<strong>br</strong> />

quatro relógios.<<strong>br</strong> />

Para ler esses equipamentos procedemos das<<strong>br</strong> />

seguintes maneiras :<<strong>br</strong> />

• no caso do mostrador digital, os números que<<strong>br</strong> />

aparecem no visor já indicam o valor da leitura.<<strong>br</strong> />

• no analógico, os ponteiros giram no sentido<<strong>br</strong> />

horário e anti-horário e no sentido crescente<<strong>br</strong> />

dos números.<<strong>br</strong> />

Considere o último número ultrapassado pelo<<strong>br</strong> />

ponteiro de cada um dos quatro relógios. Sempre<<strong>br</strong> />

que o ponteiro estiver entre dois números, deverá<<strong>br</strong> />

ser considerado o menor valor.<<strong>br</strong> />

119


120<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

32. Qual é o valor obtido na leitura do<<strong>br</strong> />

medidor ao lado?<<strong>br</strong> />

33. Um medidor apresentou a seguinte<<strong>br</strong> />

leitura: 1.740kWh. Coloque ponteiros nos<<strong>br</strong> />

relógios para indicar esse valor<<strong>br</strong> />

aproximadamente.<<strong>br</strong> />

Suponha que você queira verificar o seu consumo<<strong>br</strong> />

médio de energia durante uma semana. Para fazer<<strong>br</strong> />

esse cálculo você deverá:<<strong>br</strong> />

No primeiro dia, anotar a última leitura do mês<<strong>br</strong> />

anterior que está no campo de leitura da sua<<strong>br</strong> />

conta de energia elétrica.<<strong>br</strong> />

consumo médio =<<strong>br</strong> />

Anotar o valor da leitura atual do seu medidor e<<strong>br</strong> />

subtrair da leitura atual a última leitura do mês<<strong>br</strong> />

anterior.<<strong>br</strong> />

9.200kWh<<strong>br</strong> />

9.200kWh (leitura atual)<<strong>br</strong> />

- 8.935kWh (leitura anterior)<<strong>br</strong> />

265kWh (consumo parcial)<<strong>br</strong> />

Repetir esse procedimento de cálculo para os<<strong>br</strong> />

outros seis dias que seguem.<<strong>br</strong> />

O seu consumo médio (cm) nessa semana será a<<strong>br</strong> />

média aritmética dos valores obtidos. Essa média é<<strong>br</strong> />

calculada dividindo a soma desses valores por 7.<<strong>br</strong> />

Por exemplo, suponha que o seu consumo nos<<strong>br</strong> />

outros dias tenha sido: 272kWh, 288kWh,<<strong>br</strong> />

291kWh, 304kWh, 309kWh, 315kWh.<<strong>br</strong> />

265+272+288+291+304+309+315<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

= 292<<strong>br</strong> />

Logo, o seu consumo médio de energia durante<<strong>br</strong> />

uma certa semana foi de 292kWh.<<strong>br</strong> />

32) 6.431kWh


9<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Durante a política de racionamento de energia elétrica uma pessoa anotou os valores a<<strong>br</strong> />

seguir, tomados semanalmente do medidor de luz, durante quatro semanas de um mês:<<strong>br</strong> />

9.405kWh.<<strong>br</strong> />

9.625 kWh.<<strong>br</strong> />

9.839 kWh.<<strong>br</strong> />

10.057 kWh.<<strong>br</strong> />

Sabendo que, na última leitura do mês anterior, o medidor registrou 9.189 kWh, o consumo<<strong>br</strong> />

médio mensal dessa família foi de:<<strong>br</strong> />

a) 216 kWh.<<strong>br</strong> />

b) 217 kWh.<<strong>br</strong> />

c) 868 kWh.<<strong>br</strong> />

d) 9.732 kWh.<<strong>br</strong> />

Fique Atento<<strong>br</strong> />

Para facilitar o esclarecimento de dúvidas so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

seu consumo de energia, antes de recorrer à<<strong>br</strong> />

agência de atendimento de seu bairro ou cidade,<<strong>br</strong> />

recomenda-se que anote a posição dos ponteiros<<strong>br</strong> />

ou números nas figuras impressas no verso de<<strong>br</strong> />

uma conta.<<strong>br</strong> />

121


122<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Uma pessoa, com dúvidas so<strong>br</strong>e o consumo de energia elétrica fez as anotações abaixo. O<<strong>br</strong> />

seu consumo médio mensal, nos últimos 6 meses é 250 kWh.<<strong>br</strong> />

Leitura anterior: 3 452 kWh<<strong>br</strong> />

Leitura atual:<<strong>br</strong> />

Assinale a opção que completa corretamente a sentença:<<strong>br</strong> />

Essa pessoa:<<strong>br</strong> />

a) não precisa se preocupar porque seu consumo atual é aproximadamente igual ao consumo<<strong>br</strong> />

médio mensal.<<strong>br</strong> />

b) pode ficar despreocupada porque seu consumo atual está aquém do seu consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />

c) precisa tomar alguma providência porque o seu consumo de energia aumentou 100% em<<strong>br</strong> />

relação ao consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />

d) tem motivo para ficar preocupada, porque o seu consumo de energia aumentou 224% em<<strong>br</strong> />

relação ao consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />

II. Uma conta de luz apresentou os seguintes dados:<<strong>br</strong> />

O valor do ICMS (Imposto so<strong>br</strong>e Consumo de Mercadorias e Serviços) tem como base de<<strong>br</strong> />

cálculo o total que o consumidor <strong>pag</strong>ou e a alíquota incide so<strong>br</strong>e esse valor. O total <strong>pag</strong>o é a<<strong>br</strong> />

soma do consumo mensal com ICMS e ECE (Encargo de Capacidade Emergencial).<<strong>br</strong> />

Nessa conta de luz,<<strong>br</strong> />

a) Qual o valor do ICMS?<<strong>br</strong> />

b) Qual o valor do ECE?<<strong>br</strong> />

c) Se esse consumidor quiser que sua despesa mensal com energia seja por volta de R$ 60,00,<<strong>br</strong> />

quanto de energia elétrica deveria gastar, aproximadamente? Escreva uma proposta que seja<<strong>br</strong> />

adequada para que ele alcance essa meta.<<strong>br</strong> />

(Suponha que a alíquota do cálculo de ICMS, o ECE e o valor da tarifa permaneçam os<<strong>br</strong> />

mesmos).


1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

I. a) Costureiras b) Pedreiros c) Vendedor de tecidos d) Marceneiro.<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

a) Um alfaiate tirando as medidas de um cliente.<<strong>br</strong> />

b) Um pedreiro medindo uma janela.<<strong>br</strong> />

c) Um vendedor de tecidos medindo um pedaço de pano. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />

III. Os estudantes.<<strong>br</strong> />

Resposta (c)<<strong>br</strong> />

I. 1km = 1.000; km<<strong>br</strong> />

II. Eu moro a 5 km do centro da cidade.<<strong>br</strong> />

O comprimento da estrada que liga a minha cidade à Brasília é 57 km. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

I. 1 g = kg ou 1 g = 0,001 kg<<strong>br</strong> />

1.000<<strong>br</strong> />

II. 1 kg = 1000 g<<strong>br</strong> />

III. 8210 g<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

IV. 1 miligrama = do grama; ml<<strong>br</strong> />

1.000<<strong>br</strong> />

V. Um garimpeiro encontrou uma pepita de ouro de 3.000 mg. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />

VI. 1g = 1.000mg<<strong>br</strong> />

I. 3.750 ml, porque 3,75l = (3,75 x 1.000) ml= 3.750ml<<strong>br</strong> />

II. O paciente não teve nenhuma melhora, porque a pessoa diluiu o remédio em 2,5l de água que é igual a<<strong>br</strong> />

2.500ml. Essa quantidade é muito maior do que foi recomendado.<<strong>br</strong> />

III. Resposta (b)<<strong>br</strong> />

IV. Resposta (c)<<strong>br</strong> />

I. 29 de julho de 2002.<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

a) 12 de fevereiro de 2000.<<strong>br</strong> />

b) 25 de maio de 2002.<<strong>br</strong> />

c) 2 anos.<<strong>br</strong> />

d) 3 meses.<<strong>br</strong> />

e) 13 dias.<<strong>br</strong> />

f) 2 anos, 3 meses e 13 dias.<<strong>br</strong> />

a) Julieta.<<strong>br</strong> />

b) 2 anos, 6 meses e 10 dias.<<strong>br</strong> />

IV. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

V. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

123


124<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

I. R$ 2.195,00.<<strong>br</strong> />

II. R$ 2.555,00.<<strong>br</strong> />

III. R$ 360,00.<<strong>br</strong> />

I. 72 m2 II. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

III. V, F, V<<strong>br</strong> />

I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

I. Resposta (d).<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

a) R$ 18,73<<strong>br</strong> />

b) R$ 1,23<<strong>br</strong> />

c) Como a pessoa pretende gastar com o consumo de energia por volta de R$ 60,00, teremos que calcular a<<strong>br</strong> />

quantidade aproximada de energia que poderá consumir mensalmente.<<strong>br</strong> />

Sabemos que o total a <strong>pag</strong>ar é a soma do valor do consumo com ICMS e ECE, ou seja:<<strong>br</strong> />

Total a <strong>pag</strong>ar = valor do consumo + valor do ICMS + valor do ECE<<strong>br</strong> />

Sabemos também que: valor do consumo = consumo x tarifa<<strong>br</strong> />

Nesta situação conhecemos os seguintes dados:<<strong>br</strong> />

Total a <strong>pag</strong>ar = R$ 60,00<<strong>br</strong> />

Tarifa = R$ 0,21641<<strong>br</strong> />

Valor de ICMS = 25% de R$ 60,00 = 0,25 x R$ 60,00 = R$ 15,00<<strong>br</strong> />

Valor do ECE = R$ 1,23<<strong>br</strong> />

Logo, podemos escrever a equação:<<strong>br</strong> />

60 = consumo x 0,21641 + 15 + 1,23<<strong>br</strong> />

Resolvendo esta equação temos:<<strong>br</strong> />

Consumo = 202,25<<strong>br</strong> />

Para atingir a meta de R$ 60,00 mensais de gasto com energia, uma proposta razoável é que a quantidade de<<strong>br</strong> />

energia consumida seja aproximadamente 202 kWh.


Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar registros, utilizando a notação convencional de medidas.<<strong>br</strong> />

• Estabelecer relações adequadas entre os diversos sistemas de medida e a representação de fenômenos<<strong>br</strong> />

naturais e do cotidiano.<<strong>br</strong> />

• Selecionar, compatibilizar e operar informações métricas de diferentes sistemas ou unidades de<<strong>br</strong> />

medida na resolução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />

• Selecionar e relacionar informações referentes a estimativas ou outras formas de mensuração de<<strong>br</strong> />

fenômenos de natureza qualquer, com a construção de argumentação que possibilitem sua<<strong>br</strong> />

compreensão.<<strong>br</strong> />

• Reconhecer propostas adequadas de ação so<strong>br</strong>e a realidade, utilizando medidas e estimativas.<<strong>br</strong> />

125


Capítulo VI<<strong>br</strong> />

PROPORCIONALIDADE: UMA IDÉIA FUNDAMENTAL<<strong>br</strong> />

CONSTRUIR E AMPLIAR NOÇÕES DE VARIAÇÃO DE<<strong>br</strong> />

GRANDEZA PARA A COMPREENSÃO DA REALIDADE E A<<strong>br</strong> />

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DO COTIDIANO.<<strong>br</strong> />

Ruy César Pietropaolo


128<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo VI<<strong>br</strong> />

Proporcionalidade:<<strong>br</strong> />

uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

A idéia de proporcionalidade faz parte de muitas<<strong>br</strong> />

situações do cotidiano.<<strong>br</strong> />

Ela está presente quando um desenhista precisa<<strong>br</strong> />

ampliar um desenho, duplicando suas medidas,<<strong>br</strong> />

ou quando uma cozinheira está às voltas com a<<strong>br</strong> />

redução de uma receita culinária.<<strong>br</strong> />

Ao ler nos jornais notícias do tipo “80 pessoas<<strong>br</strong> />

entre 1000 moradores do bairro Maia já foram<<strong>br</strong> />

assaltadas”, pode-se dizer, levando-se em conta a<<strong>br</strong> />

proporcionalidade, que em um grupo de 2000<<strong>br</strong> />

moradores, possivelmente 160 já tenham sido<<strong>br</strong> />

assaltados.<<strong>br</strong> />

Neste capítulo, vamos aprender a analisar a<<strong>br</strong> />

natureza da variação entre duas grandezas para<<strong>br</strong> />

resolver problemas. Isso significa identificar, em<<strong>br</strong> />

diferentes situações, se as grandezas envolvidas<<strong>br</strong> />

são diretamente proporcionais, inversamente<<strong>br</strong> />

proporcionais ou não proporcionais. A noção de<<strong>br</strong> />

porcentagem terá um grande destaque.<<strong>br</strong> />

Ao final deste capítulo certamente você poderá,<<strong>br</strong> />

com muito mais segurança, escolher o melhor<<strong>br</strong> />

plano para a aquisição de algo que você queira<<strong>br</strong> />

comprar, decidir se há vantagem ou não em<<strong>br</strong> />

comprar várias unidades de um produto “em<<strong>br</strong> />

promoção”...<<strong>br</strong> />

Analisando a variação<<strong>br</strong> />

de grandezas<<strong>br</strong> />

Provavelmente você já utilizou a idéia de<<strong>br</strong> />

proporcionalidade para decidir qual é a melhor<<strong>br</strong> />

opção para uma compra. Veja:<<strong>br</strong> />

Pedro foi à feira e encontrou a seguinte<<strong>br</strong> />

oferta para as maçãs:<<strong>br</strong> />

Leve 3 maçãs<<strong>br</strong> />

por R$0,60<<strong>br</strong> />

Leve 6 maçãs<<strong>br</strong> />

por R$1,00<<strong>br</strong> />

Você acha que a oferta das 6 maçãs é<<strong>br</strong> />

vantajosa para Pedro?<<strong>br</strong> />

Podemos dizer que o preço de 6 maçãs está<<strong>br</strong> />

relativamente barato em comparação com o preço<<strong>br</strong> />

de 3. Se o preço fosse proporcional ao número de<<strong>br</strong> />

maçãs, 6 delas custariam R$1,20 e não R$1,00.<<strong>br</strong> />

Por isso, a oferta do feirante era realmente boa<<strong>br</strong> />

para a compra de 6 maçãs.


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

O preço que se <strong>pag</strong>a na padaria pela compra de<<strong>br</strong> />

pãezinhos é proporcional à quantidade que se<<strong>br</strong> />

leva, pois geralmente não há descontos. Isto é, o<<strong>br</strong> />

preço de 2 pãezinhos é o do<strong>br</strong>o do preço de 1; o<<strong>br</strong> />

preço de 3 é o triplo do preço de 1 etc. Assim,<<strong>br</strong> />

quem comprar 20 pãezinhos deve <strong>pag</strong>ar o<<strong>br</strong> />

quádruplo de quem compra 5, pois está levando<<strong>br</strong> />

uma quantidade 4 vezes maior. Nesse caso,<<strong>br</strong> />

dizemos que as duas grandezas envolvidas –<<strong>br</strong> />

quantidade de pães e o preço – são diretamente<<strong>br</strong> />

proporcionais. Ou seja, há uma proporcionalidade<<strong>br</strong> />

direta entre essas grandezas.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Um jornal anuncia o preço de duas casas:<<strong>br</strong> />

uma com área de 50 m 2 por R$30.000,00<<strong>br</strong> />

e a outra de 150m 2 por R$75.000,00.<<strong>br</strong> />

Pode-se dizer, nesse caso, que os preços<<strong>br</strong> />

das casas são diretamente proporcionais<<strong>br</strong> />

às suas áreas? Qual casa você acha que é<<strong>br</strong> />

relativamente mais cara?<<strong>br</strong> />

A área de uma casa é o triplo da área da outra,<<strong>br</strong> />

mas o preço é menor que o triplo do preço da<<strong>br</strong> />

outra. Nesse caso, dizemos que o preço da casa<<strong>br</strong> />

não é diretamente proporcional à sua área.<<strong>br</strong> />

Calculando o preço de 1m 2<<strong>br</strong> />

de cada casa, podemos<<strong>br</strong> />

verificar que a casa menor é, relativamente, mais<<strong>br</strong> />

cara. O preço do m 2<<strong>br</strong> />

da casa menor é R$600,00<<strong>br</strong> />

(30.000 ÷ 50 = 600), enquanto o da outra é<<strong>br</strong> />

R$500,00 (75.000 ÷ 150 = 500). Por que isto<<strong>br</strong> />

acontece? Ora, o preço de uma casa não depende<<strong>br</strong> />

apenas da área construída, mas também do<<strong>br</strong> />

acabamento, da localização, da área total do<<strong>br</strong> />

terreno etc.<<strong>br</strong> />

129


130<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Agora resolva esse problema:<<strong>br</strong> />

I. Duas casas têm o mesmo tipo de acabamento e estão localizadas no mesmo bairro.<<strong>br</strong> />

Levando-se em conta que o preço da casa de 150m 2 é R$75.000,00, quanto deve ser o preço<<strong>br</strong> />

da casa de 50m 2 , para que exista proporcionalidade direta entre as grandezas preço e área?<<strong>br</strong> />

A proporcionalidade<<strong>br</strong> />

e a porcentagem<<strong>br</strong> />

Os funcionários de uma fá<strong>br</strong>ica estão<<strong>br</strong> />

reivindicando 20% de aumento para<<strong>br</strong> />

todos. Quanto passará a receber um<<strong>br</strong> />

funcionário cujo salário é R$ 500,00?<<strong>br</strong> />

Trata-se de uma situação so<strong>br</strong>e porcentagem. O<<strong>br</strong> />

símbolo % significa por cento. Para cada 100 reais<<strong>br</strong> />

do salário, os funcionários da fá<strong>br</strong>ica querem um<<strong>br</strong> />

aumento de 20 reais. Desse modo, quem ganha o<<strong>br</strong> />

do<strong>br</strong>o receberá uma quantia duas vezes maior.<<strong>br</strong> />

Assim, quem recebe 200 reais receberá 40 reais de<<strong>br</strong> />

aumento, quem ganha 400 reais terá um aumento<<strong>br</strong> />

de 80 reais e assim por diante. Podemos indicar<<strong>br</strong> />

esses valores em uma tabela, como vemos ao lado.<<strong>br</strong> />

x2<<strong>br</strong> />

Salário (R$) Aumento (R$)<<strong>br</strong> />

100 20<<strong>br</strong> />

200 40<<strong>br</strong> />

300 60<<strong>br</strong> />

400 80<<strong>br</strong> />

500 100<<strong>br</strong> />

Podemos então dizer que o aumento é diretamente<<strong>br</strong> />

proporcional ao salário. Desse modo, quem recebe<<strong>br</strong> />

R$500,00, que é o quíntuplo de 100, receberá um<<strong>br</strong> />

aumento 5 vezes maior: 5 x 20 = 100.<<strong>br</strong> />

Vimos, por meio dos problemas que discutimos<<strong>br</strong> />

até aqui, que há grandezas que são diretamente<<strong>br</strong> />

proporcionais: ou seja, elas estão relacionadas de<<strong>br</strong> />

tal modo que, do<strong>br</strong>ando o valor de uma delas, o<<strong>br</strong> />

valor da outra também do<strong>br</strong>a; triplicando a<<strong>br</strong> />

primeira, a segunda também fica multiplicada por<<strong>br</strong> />

três; dividindo uma por 4 a outra também fica<<strong>br</strong> />

dividida por quatro. Sempre que isso acontece,<<strong>br</strong> />

dizemos que existe entre as grandezas uma<<strong>br</strong> />

proporção direta. Mas também verificamos que há<<strong>br</strong> />

grandezas cujas variações não são proporcionais.<<strong>br</strong> />

x2


2<<strong>br</strong> />

Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Velocidade média<<strong>br</strong> />

e proporcionalidade<<strong>br</strong> />

Um automóvel que mantém a<<strong>br</strong> />

velocidade média de 60km/h leva<<strong>br</strong> />

3 horas para percorrer um trecho de<<strong>br</strong> />

uma estrada. Quanto tempo ele levaria<<strong>br</strong> />

para percorrer esse mesmo trecho se a<<strong>br</strong> />

velocidade fosse de 120km/h?<<strong>br</strong> />

Não é difícil compreender que, se o automóvel se<<strong>br</strong> />

movimentar com o do<strong>br</strong>o da velocidade, 120km/<<strong>br</strong> />

h, ele não levaria o do<strong>br</strong>o do tempo, mas sim a<<strong>br</strong> />

metade, ou seja, 1,5h (1h30min). Se a velocidade<<strong>br</strong> />

fosse a metade, o tempo gasto seria o do<strong>br</strong>o. Se a<<strong>br</strong> />

velocidade fosse 3 vezes menor, o tempo gasto<<strong>br</strong> />

seria 3 vezes maior etc.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Completar a tabela seguinte baseando-se nos dados do problema acima:<<strong>br</strong> />

Velocidade (km/h) 60 120 30 20 15 10<<strong>br</strong> />

Tempo (h) 3 1,5 6 .... .... ....<<strong>br</strong> />

Podemos dizer que as grandezas envolvidas nesse problema - a velocidade média e o tempo<<strong>br</strong> />

gasto para percorrer a distância dada - não são diretamente proporcionais. Essas grandezas<<strong>br</strong> />

são chamadas de inversamente proporcionais, porque, quando o valor de uma delas é<<strong>br</strong> />

multiplicado por 2, o valor correspondente da outra é dividido por 2. Quando um deles é<<strong>br</strong> />

dividido por 6, o correspondente da outra é multiplicado por 6, e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Utilize essas informações para resolver problemas...<<strong>br</strong> />

II. Um filme para máquina fotográfica com 12 poses custa R$4,00 e um outro com 36 poses<<strong>br</strong> />

custa R$10,00. As grandezas envolvidas - número de poses e preço - são diretamente<<strong>br</strong> />

proporcionais? Explique.<<strong>br</strong> />

III. Um filme para máquina fotográfica com 12 poses custa R$4,00. Se o preço do filme com<<strong>br</strong> />

36 poses fosse proporcional ao de 12 poses, ele deveria custar<<strong>br</strong> />

a) R$8,00. b) R$9,00. c) R$10,00. d) R$12,00.<<strong>br</strong> />

IV. São descontados 30% do salário de seu José para <strong>pag</strong>amento do INSS e da pensão de seu<<strong>br</strong> />

filho. Explique o significado do número 30%. Qual é o desconto se o salário de José é de<<strong>br</strong> />

R$400,00? Qual seria o desconto se o salário fosse R$800,00?<<strong>br</strong> />

131


132<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Por meio da proporcionalidade podemos facilmente calcular porcentagens.<<strong>br</strong> />

Como calcular 36% de 150? Ora, sabemos que 10% é um décimo do 100%. Desse modo,<<strong>br</strong> />

10% de 150 é um décimo de 150, e que 5% é a metade de 10%. Sabemos, também, que 1% é<<strong>br</strong> />

um décimo de 10%. Assim, calculamos<<strong>br</strong> />

10% de 150 = 15<<strong>br</strong> />

30% de 150 = 45<<strong>br</strong> />

5% de 150 = 7,5<<strong>br</strong> />

1% de 150 = 1,5<<strong>br</strong> />

Como 36% = 30% + 5% + 1%, 36% de 150 = 45 + 7,5 + 1,5 = 54.<<strong>br</strong> />

V. Como calcular mentalmente 15% de 180?<<strong>br</strong> />

Representando<<strong>br</strong> />

graficamente a<<strong>br</strong> />

variação de<<strong>br</strong> />

grandezas<<strong>br</strong> />

Para resolver os problemas propostos no início<<strong>br</strong> />

desse capítulo, foi importante identificar o tipo<<strong>br</strong> />

de variação entre as grandezas envolvidas:<<strong>br</strong> />

diretamente proporcionais; inversamente<<strong>br</strong> />

proporcionais; não proporcionais.<<strong>br</strong> />

Em alguns desses problemas, as relações entre as<<strong>br</strong> />

grandezas foram apresentadas por meio de<<strong>br</strong> />

tabelas. Mas existe uma outra maneira, também<<strong>br</strong> />

importante, para representar a relação de<<strong>br</strong> />

dependência entre as grandezas: os gráficos. Sua<<strong>br</strong> />

leitura nos permite decidir se as grandezas<<strong>br</strong> />

envolvidas são diretamente proporcionais, se são<<strong>br</strong> />

inversamente proporcionais ou se não são nem<<strong>br</strong> />

direta, nem inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />

Você poderá analisar o gráfico ao lado:<<strong>br</strong> />

Mediram-se as massas de pequenas amostras de<<strong>br</strong> />

ferro de diversos volumes. A unidade de medida<<strong>br</strong> />

da massa foi o grama (g) e o do volume foi<<strong>br</strong> />

expresso em centímetros cúbicos (cm3).<<strong>br</strong> />

Com os dados encontrados construiu-se o<<strong>br</strong> />

gráfico ao lado:<<strong>br</strong> />

37,5<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

22,5<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

7,5<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Gráfico 1<<strong>br</strong> />

Massa (g)<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

Volume (cm 3 )


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Qual é a massa de uma amostra de<<strong>br</strong> />

ferro cujo volume é 4cm 3 ?<<strong>br</strong> />

Qual é o volume de uma amostra de<<strong>br</strong> />

ferro de 15g de massa?<<strong>br</strong> />

Através da leitura do gráfico, podemos verificar<<strong>br</strong> />

que a amostra de 1cm 3<<strong>br</strong> />

de ferro tem massa 7,5<<strong>br</strong> />

gramas. A massa de 2cm 3<<strong>br</strong> />

é 15 gramas, enquanto<<strong>br</strong> />

a de 4cm 3<<strong>br</strong> />

é 30g. Por outro lado, podemos ler o<<strong>br</strong> />

gráfico a partir do eixo vertical: o volume de uma<<strong>br</strong> />

amostra de ferro de massa de 22,5 gramas é 3cm 3<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Esse gráfico mostra como varia a massa m (em<<strong>br</strong> />

gramas) de amostras de ferro de acordo com a<<strong>br</strong> />

variação do volume V dessas amostras. Observe<<strong>br</strong> />

7,5 gramas<<strong>br</strong> />

1cm 3<<strong>br</strong> />

15 gramas<<strong>br</strong> />

2cm 3<<strong>br</strong> />

22,5 gramas<<strong>br</strong> />

3cm 3<<strong>br</strong> />

= 7,5g/cm 3 = 7,5g/cm 3 = 7,5g/cm 3<<strong>br</strong> />

Portanto, ao variar o volume V do bloco, sua<<strong>br</strong> />

massa também varia, mas o quociente entre a<<strong>br</strong> />

massa m e o volume V permanece constante<<strong>br</strong> />

(igual a 7,5g/cm 3<<strong>br</strong> />

).<<strong>br</strong> />

Resumindo: Se duas grandezas x e y são<<strong>br</strong> />

diretamente proporcionais, então os quocientes<<strong>br</strong> />

então que, ao duplicarmos o volume (de 1cm 3<<strong>br</strong> />

para 2cm 3<<strong>br</strong> />

), a massa também duplicou (de 7,5<<strong>br</strong> />

gramas para 15 gramas); ao triplicarmos o<<strong>br</strong> />

volume (de 1cm 3<<strong>br</strong> />

para 3cm 3<<strong>br</strong> />

) a massa também<<strong>br</strong> />

triplicou (de 7,5 gramas para 22,5 gramas).<<strong>br</strong> />

Assim, concluímos que a massa de um bloco de<<strong>br</strong> />

ferro é diretamente proporcional ao seu volume.<<strong>br</strong> />

Observando os valores das massas e dos volumes<<strong>br</strong> />

apresentados, verificamos que:<<strong>br</strong> />

entre os valores de uma e os correspondentes<<strong>br</strong> />

y<<strong>br</strong> />

valores da outra são constantes, ou seja, = k,<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

sendo k a constante de proporcionalidade.<<strong>br</strong> />

O gráfico que representa uma grandeza variando<<strong>br</strong> />

em proporção direta com outra é uma reta<<strong>br</strong> />

passando pela origem, ou seja, pelo ponto (0,0).<<strong>br</strong> />

133


134<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Você já pôde verificar que essas grandezas da<<strong>br</strong> />

tabela abaixo são inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />

V (km/h)<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

60<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

24<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

t (h) 1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />

v (km/h) 120 60 40 30 24 10<<strong>br</strong> />

Observe que:<<strong>br</strong> />

1 x 20 = 2 x 60 = 3 x 40 = 4 x 30 = 5 x 24 = 6 x<<strong>br</strong> />

20 = 120<<strong>br</strong> />

Veja o Gráfico 2 que mostra essa variação:<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Duas grandezas x e y são inversamente proporcionais quando os produtos dos valores de<<strong>br</strong> />

uma, pelos correspondentes valores da outra, forem constantes, ou seja, x.y = c.<<strong>br</strong> />

O gráfico que representa a variação de duas grandezas inversamente proporcionais é uma<<strong>br</strong> />

curva denominada hipérbole. Note que essa curva não corta nenhum dos eixos.<<strong>br</strong> />

t (h)<<strong>br</strong> />

Gráfico 2


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Analise o gráfico abaixo. Ele indica o preço em<<strong>br</strong> />

reais de cada camiseta que uma confecção produz<<strong>br</strong> />

de acordo com o número de camisetas compradas<<strong>br</strong> />

pelas lojas.<<strong>br</strong> />

(preço em reais por item)<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Gráfico 3<<strong>br</strong> />

100 200 300 40 500<<strong>br</strong> />

600<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

O gráfico mostra que quanto maior for a<<strong>br</strong> />

quantidade de camisetas compradas, menor será o<<strong>br</strong> />

preço de cada camiseta. Veja: se uma loja<<strong>br</strong> />

comprar 100 camisetas, o preço de cada uma é 16<<strong>br</strong> />

reais, se comprar 200 o preço por camiseta passa<<strong>br</strong> />

a ser 14 reais e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Agora responda:<<strong>br</strong> />

a) As grandezas envolvidas - preço unitário e<<strong>br</strong> />

quantidade - são diretamente proporcionais?<<strong>br</strong> />

Explique.<<strong>br</strong> />

b) As grandezas envolvidas - preço unitário e<<strong>br</strong> />

quantidade - são inversamente proporcionais?<<strong>br</strong> />

Explique.<<strong>br</strong> />

c) Dê uma provável razão pela qual o preço por<<strong>br</strong> />

unidade é menor quanto maior for o número de<<strong>br</strong> />

itens vendidos.<<strong>br</strong> />

(quantidade de itens)<<strong>br</strong> />

Analisando a relação existente entre as grandezas<<strong>br</strong> />

envolvidas, percebemos que, quando há aumento<<strong>br</strong> />

de uma, ocorre uma diminuição da outra. Por<<strong>br</strong> />

isso, essa relação pode ser chamada de inversa.<<strong>br</strong> />

No entanto, as grandezas em questão não são<<strong>br</strong> />

inversamente proporcionais, pois quando se<<strong>br</strong> />

compra uma quantidade de camisetas duas vezes<<strong>br</strong> />

maior, o valor da cada camiseta diminui, mas não<<strong>br</strong> />

é a metade; quando a quantidade de ítens<<strong>br</strong> />

vendidos é triplicada, o preço por unidade<<strong>br</strong> />

diminui, mas não se reduz a um terço, etc.<<strong>br</strong> />

Portanto, essas grandezas não são nem<<strong>br</strong> />

diretamente e nem inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />

135


136<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Agora, resolva:<<strong>br</strong> />

I. Dona Alice faz doces por encomenda. Ela fez 36 bombons e está em dúvida a respeito das<<strong>br</strong> />

embalagens que vai usar. Se escolher embalagens de 2 bombons, de quantas embalagens ela<<strong>br</strong> />

vai precisar? E se usasse embalagens de 3 bombons cada? Preencha a tabela e depois<<strong>br</strong> />

construa em seu caderno um gráfico que represente essa variação.<<strong>br</strong> />

Nº de bombons por embalagem<<strong>br</strong> />

Nº de embalagens necessárias<<strong>br</strong> />

2 3 4 6 9 12<<strong>br</strong> />

II. Fumar, todos sabemos, faz muito mal à saúde. O gráfico a seguir mostra a quantidade N<<strong>br</strong> />

de nicotina em miligramas (mg) que permanece na corrente sangüínea de uma pessoa t horas<<strong>br</strong> />

depois que ela terminou de fumar um cigarro.<<strong>br</strong> />

Assim que a pessoa acabou de fumar (t = 0) o gráfico mostra que o nível de nicotina no<<strong>br</strong> />

sangue é de 0,4mg. Depois de 1h, há no sangue em torno de 0,25mg de nicotina.<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,3<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0,1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

N (mg)<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />

t (h)<<strong>br</strong> />

Gráfico 4<<strong>br</strong> />

Agora responda:<<strong>br</strong> />

a) quantos miligramas de nicotina ainda há no sangue 4 h depois que a pessoa acabou de<<strong>br</strong> />

fumar um cigarro?<<strong>br</strong> />

b) O que se pode concluir por meio do gráfico?<<strong>br</strong> />

c) A quantidade de nicotina no sangue e o tempo depois que a pessoa terminou de fumar são<<strong>br</strong> />

grandezas diretamente proporcionais? Explique.<<strong>br</strong> />

III. A tabela abaixo mostra a altura de Dione no dia em que nasceu e em cada um de seus<<strong>br</strong> />

seis primeiros aniversários.<<strong>br</strong> />

Idade (anos) 0 1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />

Altura (cm) 50 70 82 91 98 105 110


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

a) Quantos centímetros Dione cresceu em seus seis primeiros anos de vida?<<strong>br</strong> />

b) Com os dados da tabela, o que se pode prever a respeito da altura de Dione aos 7 anos?<<strong>br</strong> />

c) Podemos prever que a altura de Dione aos 12 anos será o do<strong>br</strong>o de sua altura aos 6 anos?<<strong>br</strong> />

d) Podemos, então, dizer que a altura e a idade são diretamente proporcionais?<<strong>br</strong> />

IV. Um automóvel percorre um trecho de estrada em 8 min com a velocidade de 60 km/h. Se<<strong>br</strong> />

esse carro estivesse a 15 km/h o tempo gasto para percorrer esse trecho seria de:<<strong>br</strong> />

a) 2 min. b) 4 min. c) 16 min. d) 32min.<<strong>br</strong> />

Usando a<<strong>br</strong> />

proporcionalidade<<strong>br</strong> />

para resolver<<strong>br</strong> />

problemas<<strong>br</strong> />

Os problemas que analisamos neste capítulo<<strong>br</strong> />

envolvem a noção de razão, uma noção muito<<strong>br</strong> />

importante, que nos auxilia a comparar<<strong>br</strong> />

quantidades e resolver problemas. Quando você<<strong>br</strong> />

joga um dado, pode dizer que sua chance de obter<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

um número par é de 3 em 6 ou . Você está<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

usando uma razão para indicar sua chance.<<strong>br</strong> />

Quando um rótulo de uma garrafa de suco<<strong>br</strong> />

concentrado informa que para fazer um refresco<<strong>br</strong> />

deve-se utilizar uma parte de suco para 8 de<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

água, a noção de razão está presente: ou 1:8<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

(um para oito).<<strong>br</strong> />

Sabemos que a razão compara quantidades. Mas<<strong>br</strong> />

como comparar duas razões? Analise essa<<strong>br</strong> />

situação:<<strong>br</strong> />

Considere uma mistura de inseticida<<strong>br</strong> />

líquido e água que está na razão de 1:4<<strong>br</strong> />

e uma outra cuja razão é de 3:12.<<strong>br</strong> />

Podemos dizer que essas misturas têm<<strong>br</strong> />

a mesma concentração de inseticida?<<strong>br</strong> />

Uma forma de comparar essas razões é expressálas<<strong>br</strong> />

por meio de frações, simplificar cada uma e<<strong>br</strong> />

compará-las.<<strong>br</strong> />

Escrevendo as razões em forma de frações, temos:<<strong>br</strong> />

1 3<<strong>br</strong> />

4 e 12 .<<strong>br</strong> />

3 3 ÷ 3 1<<strong>br</strong> />

Como = =<<strong>br</strong> />

12 4 ÷ 3 4<<strong>br</strong> />

Podemos dizer que as razões são iguais pois as<<strong>br</strong> />

1 3<<strong>br</strong> />

frações e são equivalentes. Desse modo,<<strong>br</strong> />

4 12<<strong>br</strong> />

concluímos que ambas têm a mesma<<strong>br</strong> />

concentração de inseticida. Mas você poderia<<strong>br</strong> />

comparar as duas razões utilizando uma<<strong>br</strong> />

propriedade importante<<strong>br</strong> />

das razões:<<strong>br</strong> />

PERGUNTA:<<strong>br</strong> />

a c<<strong>br</strong> />

as razões b e d são iguais?<<strong>br</strong> />

Ou seja podemos escrever<<strong>br</strong> />

a c<<strong>br</strong> />

a proporção = ?<<strong>br</strong> />

b d<<strong>br</strong> />

RESPOSTA:<<strong>br</strong> />

a c<<strong>br</strong> />

As razões e são iguais se os<<strong>br</strong> />

b d<<strong>br</strong> />

produtos a . d e b . c são iguais.<<strong>br</strong> />

a c<<strong>br</strong> />

Ou seja = se a . d = b . c<<strong>br</strong> />

b d<<strong>br</strong> />

137


138<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

No exemplo, podemos escrever a proporção<<strong>br</strong> />

1 3<<strong>br</strong> />

= , pois 1 x 12 = 4 x 3.<<strong>br</strong> />

4 12<<strong>br</strong> />

Outra forma de comparar essas duas razões é<<strong>br</strong> />

obter a representação decimal de cada uma.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Como = 1 ÷ 4 = 0,25 e = 3 ÷ 12 = 0,25,<<strong>br</strong> />

4 1 3 12<<strong>br</strong> />

dizemos que = .<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Importante: uma proporção é uma igualdade<<strong>br</strong> />

entre duas razões.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Veja agora um problema em que a proporção<<strong>br</strong> />

facilita sua resolução:<<strong>br</strong> />

Um automóvel se desloca com pouca variação de<<strong>br</strong> />

velocidade em uma estrada retilínea e plana.<<strong>br</strong> />

Sabe-se que em um trecho da estrada ele<<strong>br</strong> />

consumiu 3 litros de gasolina para andar 26km.<<strong>br</strong> />

Qual é a previsão para o consumo total de<<strong>br</strong> />

gasolina se a distância a ser percorrida é de<<strong>br</strong> />

182km?<<strong>br</strong> />

Para fazer essa previsão, você deverá considerar que:<<strong>br</strong> />

• quanto maior for a distância a ser percorrida,<<strong>br</strong> />

maior é o consumo de combustível pelo<<strong>br</strong> />

automóvel;<<strong>br</strong> />

• é razoável supor que o consumo de combustível<<strong>br</strong> />

seja diretamente proporcional à distância<<strong>br</strong> />

percorrida: se com uma quantidade x de<<strong>br</strong> />

combustível percorre-se uma distância d, com<<strong>br</strong> />

uma quantidade 2x percorre-se a distância 2d;<<strong>br</strong> />

com uma quantidade 3x pode-se percorrer a<<strong>br</strong> />

distância 3d, etc. (essa previsão poderá ser mais<<strong>br</strong> />

aproximada, quanto mais forem parecidas as<<strong>br</strong> />

condições da estrada com as do trecho inicial)<<strong>br</strong> />

Existem várias maneiras para encontrar uma<<strong>br</strong> />

resposta para este problema. Analise esse modo<<strong>br</strong> />

de resolver:<<strong>br</strong> />

Como ele anda 26km para 3 litros de gasolina<<strong>br</strong> />

temos uma razão 26 .<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Podemos obter várias frações equivalentes a 26 .<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

26<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

= 52<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

= 78<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

260 182<<strong>br</strong> />

= ... = = ... =<<strong>br</strong> />

30 ?<<strong>br</strong> />

Agora basta encontrar uma fração com<<strong>br</strong> />

26<<strong>br</strong> />

numerador 182 que seja equivalente a , ou<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

seja, desco<strong>br</strong>ir o valor de x na proporção:<<strong>br</strong> />

26 182<<strong>br</strong> />

= .<<strong>br</strong> />

3 x<<strong>br</strong> />

Usando a propriedade das proporções<<strong>br</strong> />

podemos escrever:<<strong>br</strong> />

26 . x = 3 . 182.<<strong>br</strong> />

Logo, 26 . x = 546;<<strong>br</strong> />

x = 546 ÷ 26;<<strong>br</strong> />

x = 21<<strong>br</strong> />

Uma outra maneira seria montar um esquema<<strong>br</strong> />

como o que segue:<<strong>br</strong> />

x7<<strong>br</strong> />

Distância (km) Consumo (litros)<<strong>br</strong> />

26 3<<strong>br</strong> />

182 x<<strong>br</strong> />

÷7<<strong>br</strong> />

Como 182 ÷ 26 = 7, multiplicando 3 por 7,<<strong>br</strong> />

obtemos 21.<<strong>br</strong> />

26 3<<strong>br</strong> />

Esse esquema sugere a proporção: = e,<<strong>br</strong> />

182 x<<strong>br</strong> />

desse modo, teríamos 26 . x = 3 . 182 e x = 21.<<strong>br</strong> />

Esse modo de resolver o problema recebe o nome<<strong>br</strong> />

“regra de três”, pois na proporção são conhecidos<<strong>br</strong> />

3 elementos e deseja-se desco<strong>br</strong>ir o 4º.<<strong>br</strong> />

Poderíamos resolver o problema de outro modo:<<strong>br</strong> />

acharíamos o número de quilômetros que esse<<strong>br</strong> />

automóvel roda com 1 litro de gasolina obtendo o<<strong>br</strong> />

quociente de 26 por 3, e depois dividiríamos 182<<strong>br</strong> />

por esse número. Mas é preciso atenção, pois o<<strong>br</strong> />

quociente é uma dízima e, nesse caso, teríamos<<strong>br</strong> />

uma resposta aproximada.


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Uma indústria necessita de 16 operários que<<strong>br</strong> />

trabalhem a mesma quantidade de horas por dia e<<strong>br</strong> />

no mesmo ritmo para fazer um determinado<<strong>br</strong> />

serviço em 15 dias.<<strong>br</strong> />

Faça uma previsão so<strong>br</strong>e quantos dias 24<<strong>br</strong> />

operários, nas mesmas condições, levariam para<<strong>br</strong> />

fazer esse mesmo serviço. Mas, para isso, é<<strong>br</strong> />

preciso considerar:<<strong>br</strong> />

• quanto maior for o número de operários, menor<<strong>br</strong> />

será o número de dias;<<strong>br</strong> />

• é razoável supor que o número de dias para<<strong>br</strong> />

executar um serviço seja inversamente<<strong>br</strong> />

proporcional ao número de operários: se o<<strong>br</strong> />

número de operários do<strong>br</strong>ar, leva-se a metade<<strong>br</strong> />

do número de dias; se triplicar o número de<<strong>br</strong> />

operários, o número de dias cai para um terço,<<strong>br</strong> />

etc. (essa previsão poderá ser tão mais<<strong>br</strong> />

aproximada, quanto mais “próximas” estiverem<<strong>br</strong> />

as condições e o ritmo de trabalho de cada um).<<strong>br</strong> />

Para escrever a proporção que traduz esses<<strong>br</strong> />

problema poderíamos fazer o esquema:<<strong>br</strong> />

x1,5<<strong>br</strong> />

nº de operários nº de dias<<strong>br</strong> />

16 15<<strong>br</strong> />

24 x<<strong>br</strong> />

:1,5<<strong>br</strong> />

Dividindo 24 por 16 podemos concluir que o<<strong>br</strong> />

número de empregados foi multiplicado por 1,5.<<strong>br</strong> />

Assim, para saber o número de dias basta dividir<<strong>br</strong> />

15 por 1,5. Obtemos assim uma previsão para o<<strong>br</strong> />

problema: 10 dias.<<strong>br</strong> />

Você poderia resolver essa situação escrevendo a<<strong>br</strong> />

16 x<<strong>br</strong> />

proporção: = (inverte-se uma das razões,<<strong>br</strong> />

24 15<<strong>br</strong> />

pois a variação é inversamente proporcional).<<strong>br</strong> />

Logo:<<strong>br</strong> />

16 x<<strong>br</strong> />

240<<strong>br</strong> />

= ou 24 . x = 16 . 15 ou x = ou x = 10.<<strong>br</strong> />

24 15<<strong>br</strong> />

24<<strong>br</strong> />

Agora, resolva o problema:<<strong>br</strong> />

Quatro impressoras, trabalhando simultaneamente<<strong>br</strong> />

executam um serviço de cópias em 12 horas. Em<<strong>br</strong> />

quanto tempo o mesmo serviço seria executado se<<strong>br</strong> />

fossem utilizadas apenas três impressoras?<<strong>br</strong> />

139


140<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Porcentagens e razões<<strong>br</strong> />

O preço de uma geladeira era<<strong>br</strong> />

R$400,00. Este valor sofreu dois<<strong>br</strong> />

aumentos sucessivos: o primeiro de<<strong>br</strong> />

15% e o segundo de 10% so<strong>br</strong>e o valor<<strong>br</strong> />

já reajustado. Após esses dois<<strong>br</strong> />

aumentos sucessivos, qual é o preço<<strong>br</strong> />

da geladeira?<<strong>br</strong> />

Assim, vamos calcular 15% de 400.<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

1º) 15% é uma razão:<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

15% de 400 é<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

de 400 = x 400 =<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

6000<<strong>br</strong> />

= = 60<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

2º) 15% é uma razão: = 0,15<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

15% de 400 é 0,15 de 400<<strong>br</strong> />

ou 0,15 x 400 = 60<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Assim, a geladeira, após o aumento de 15%,<<strong>br</strong> />

passou a custar 460. Como o 2º aumento incide<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o valor já reajustado, devemos calcular 10%<<strong>br</strong> />

de 460:<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

4600<<strong>br</strong> />

x 460 = = 46 460 + 46 = 506.<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

Para resolver esse problema, em um primeiro<<strong>br</strong> />

momento poderíamos pensar que a geladeira<<strong>br</strong> />

subiu 25%. Mas não é verdade. Faça os cálculos e<<strong>br</strong> />

comprove. Não podemos somar essas taxas pois,<<strong>br</strong> />

como vimos, 15% incide so<strong>br</strong>e R$400,00 e os<<strong>br</strong> />

10% incidem so<strong>br</strong>e o valor de R$460,00 e não<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e R$400,00.<<strong>br</strong> />

Agora responda a estes testes:<<strong>br</strong> />

I. O preço de 1kg de carne custa R$5,00. Com R$27,50 quanto de carne poderemos comprar?<<strong>br</strong> />

a) 5,5kg b) 5,25kg c) 4,75kg d) 4,5kg<<strong>br</strong> />

II. Em a<strong>br</strong>il de 2002, o valor de 50 dólares era R$ 125,00. Nessa ocasião qual era, em reais,<<strong>br</strong> />

o valor de 350 dólares?<<strong>br</strong> />

a) R$ 625,00 b) R$ 750,00 c) R$875,00 d) R$975,00<<strong>br</strong> />

III. Em um guia de uma cidade, a distância entre 2 bairros é de 3,5 cm. Sabendo que a escala<<strong>br</strong> />

usada é de 1:1000, ou seja, cada centímetro no guia representa 1.000 cm, qual é a distância<<strong>br</strong> />

real entre elas?<<strong>br</strong> />

a) 3,5m b) 35m c) 350m d) 3.500m


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Quando é preciso<<strong>br</strong> />

argumentar...<<strong>br</strong> />

É fundamental para o exercício de nossa<<strong>br</strong> />

cidadania que nos posicionemos diante de várias<<strong>br</strong> />

questões que afetam nossa vida e a da sociedade.<<strong>br</strong> />

Para defendermos nossa posição precisamos ter<<strong>br</strong> />

argumentos. A matemática pode auxiliar você na<<strong>br</strong> />

construção desses argumentos. Os jornais, por<<strong>br</strong> />

exemplo, informam diariamente as taxas de juros.<<strong>br</strong> />

Cada tipo de financiamento tem taxas diferentes e<<strong>br</strong> />

procedimentos diversos para cálculo das<<strong>br</strong> />

prestações. Para compreender, avaliar e decidir<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e algumas situações, como decidir a melhor<<strong>br</strong> />

forma de <strong>pag</strong>ar uma compra ou de escolher um<<strong>br</strong> />

financiamento, é necessário não apenas estudar<<strong>br</strong> />

proporcionalidade e porcentagem. É preciso,<<strong>br</strong> />

também, utilizar esses conhecimentos como um<<strong>br</strong> />

recurso para argumentar de maneira convincente<<strong>br</strong> />

a respeito de algumas escolhas.<<strong>br</strong> />

Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />

“Seu” José é marceneiro e artesão. Seus móveis de madeira são bem feitos. Às vezes, para<<strong>br</strong> />

enfeitá-los, ele faz entalhes na madeira, obtendo desenhos muito bonitos. Dona Regina<<strong>br</strong> />

gostou tanto de uma mesa retangular que ele fez, que encomendou uma outra: retangular<<strong>br</strong> />

como a primeira, usando o mesmo tipo de madeira e o mesmo desenho, só que as medidas<<strong>br</strong> />

dos lados deveriam ser aumentadas em 50%. Quando dona Regina foi buscar a mesa, ela<<strong>br</strong> />

levou um susto com o preço que Seu José queria co<strong>br</strong>ar: R$ 1.800,00. Ela procurou<<strong>br</strong> />

argumentar da seguinte forma:<<strong>br</strong> />

“Seu José, o preço da mesa de que eu gostei não era R$800,00? Estou pedindo uma mesa<<strong>br</strong> />

igual a ela, mas com as medidas dos lados ampliadas em 50%; por isso acho que devo<<strong>br</strong> />

<strong>pag</strong>ar 50% a mais. Como 50% de 800 é 400, o preço correto deveria ser 1.200, pois 800<<strong>br</strong> />

mais 400 dá 1.200”. O marceneiro pensou, pensou e calmamente respondeu: “eu não<<strong>br</strong> />

gastei apenas 50% a mais de madeira, gastei mais, muito mais.” Dona Regina nem<<strong>br</strong> />

terminou de ouvir a resposta e foi embora, nervosa, sem levar a mesa.<<strong>br</strong> />

Quem você acha que está com razão?<<strong>br</strong> />

Dona Regina agiu corretamente em um ponto:<<strong>br</strong> />

procurou argumentos para mostrar que o preço<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ado estava caro demais. Mas também errou<<strong>br</strong> />

ao não querer ouvir as explicações do “Seu” José.<<strong>br</strong> />

Talvez se o “Seu” José tivesse argumentos mais<<strong>br</strong> />

convincentes teria vendido a mesa. Quais<<strong>br</strong> />

argumentos ele poderia usar para mostrar que<<strong>br</strong> />

tinha razão? Vamos construí-los?<<strong>br</strong> />

Ele, de fato, não gastou apenas 50% a mais de<<strong>br</strong> />

madeira. Como na situação descrita não constam<<strong>br</strong> />

as medidas, vamos imaginar que a mesa que dona<<strong>br</strong> />

Regina escolheu como modelo tivesse 80cm de<<strong>br</strong> />

comprimento por 40cm de largura.<<strong>br</strong> />

141


142<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

1. Pergunta:<<strong>br</strong> />

Qual é em cm 2<<strong>br</strong> />

a área dessa mesa?<<strong>br</strong> />

2. Pergunta:<<strong>br</strong> />

Se a mesa que Dona Regina encomendou deveria<<strong>br</strong> />

ter as medidas dos lados ampliadas em 50%, quais<<strong>br</strong> />

deveriam ser as novas medidas dos lados da mesa?<<strong>br</strong> />

3. Pergunta:<<strong>br</strong> />

Qual seria a área da mesa encomendada?<<strong>br</strong> />

4. Pergunta:<<strong>br</strong> />

Quantas vezes maior é a área da mesa<<strong>br</strong> />

encomendada em relação à área daquela que<<strong>br</strong> />

serviu de modelo?<<strong>br</strong> />

5. Pergunta:<<strong>br</strong> />

Considerando o preço diretamente proporcional à<<strong>br</strong> />

área, qual deveria ser o preço da mesa<<strong>br</strong> />

encomendada?<<strong>br</strong> />

Agora, vamos analisar esta outra situação:<<strong>br</strong> />

Luísa e Ana são sócias de uma doceria.<<strong>br</strong> />

Elas têm participações iguais, pois<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>iram essa loja com o mesmo capital.<<strong>br</strong> />

Mas, neste mês, elas não sabem como<<strong>br</strong> />

dividir o lucro de R$ 3600,00, pois<<strong>br</strong> />

ambas dedicaram à loja tempos<<strong>br</strong> />

diferentes: Luísa trabalhou, durante<<strong>br</strong> />

esse mês, 12 horas por dia e Ana<<strong>br</strong> />

apenas 8 horas.<<strong>br</strong> />

a) Você acha que elas devem dividir o lucro em<<strong>br</strong> />

partes iguais ou diferentes?<<strong>br</strong> />

b) Como o contador da loja explicaria às sócias a<<strong>br</strong> />

diferença entre os valores que cada uma deveria<<strong>br</strong> />

receber?<<strong>br</strong> />

Resposta:<<strong>br</strong> />

A área dessa mesa é 80 cm x 40 cm = 3200 cm 2<<strong>br</strong> />

Resposta:<<strong>br</strong> />

As medidas dessa nova mesa seriam:<<strong>br</strong> />

80 cm + 50% de 80 cm<<strong>br</strong> />

80 cm + 40 cm = 120 cm<<strong>br</strong> />

40 cm + 50% de 40 cm<<strong>br</strong> />

40 cm + 20 cm = 60 cm<<strong>br</strong> />

As novas dimensões da mesa são 120cm por 60cm<<strong>br</strong> />

Resposta:<<strong>br</strong> />

A área dessa mesa é 120 cm x 60 cm = 7200 cm 2<<strong>br</strong> />

Resposta:<<strong>br</strong> />

Podemos dividir 7200 cm 2<<strong>br</strong> />

por 3200 cm 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Assim, a mesa encomendada é 2,25 vezes maior<<strong>br</strong> />

pois 7200 ÷ 3200 = 2,25<<strong>br</strong> />

Resposta:<<strong>br</strong> />

O preço da mesa encomendada deve ser 2,25<<strong>br</strong> />

vezes maior que o preço da mesa que serviu de<<strong>br</strong> />

modelo.<<strong>br</strong> />

Assim 2,25 x 800 = 1800<<strong>br</strong> />

Esses cálculos nos mostram que o “Seu” José<<strong>br</strong> />

estava de fato com a razão.


5<<strong>br</strong> />

Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Preste atenção às resoluções que vamos apresentar:<<strong>br</strong> />

Resolução 1:<<strong>br</strong> />

Total de horas diárias trabalhadas pelas sócias: 12 + 8 = 20<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Razão que indica o número de horas de Luísa em relação ao total:<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

Razão que indica o número de horas de Ana em relação ao total:<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Luísa deverá, portanto, receber do total, ou seja: de 3600 = x 3600 = 2160<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

Ana receberá do total: de 3600 = x 3600 = 1440<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

Resolução 2:<<strong>br</strong> />

Outra resolução possível é a determinação da<<strong>br</strong> />

porcentagem de horas que cada um dos sócios<<strong>br</strong> />

trabalhou diariamente em relação ao total de horas:<<strong>br</strong> />

12 60<<strong>br</strong> />

Luísa: = = 60% (60% de 3600 = 60% x 3600 = 0,6 x 3600 = 2160)<<strong>br</strong> />

20 100<<strong>br</strong> />

8 40<<strong>br</strong> />

Ana: = = 40% (40% de 3600 = 40% x 3600 = 0,4 x 3600 = 1440)<<strong>br</strong> />

20 100<<strong>br</strong> />

Este problema nos mostra que muitas vezes<<strong>br</strong> />

precisamos fazer divisões e nem sempre elas<<strong>br</strong> />

podem ser feitas em partes iguais. Para responder<<strong>br</strong> />

à questão do problema das sócias foi preciso<<strong>br</strong> />

fazer uma divisão em partes proporcionais.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Vamos resolver mais esse problema?<<strong>br</strong> />

I. Afonso e Bernardo a<strong>br</strong>iram uma locadora de vídeo. Apesar dos dois se dedicarem o mesmo<<strong>br</strong> />

número de horas a esta loja eles não dividem o lucro em partes iguais, pois os capitais com<<strong>br</strong> />

que entraram na firma são diferentes: Afonso empregou R$20.000,00 e Bernardo<<strong>br</strong> />

R$30.000,00. O lucro de um mês foi de R$2.400,00. O contador fez os cálculos e Afonso<<strong>br</strong> />

recebeu R$960,00 enquanto Bernardo recebeu R$1.440,00. Procure argumentar de modo a<<strong>br</strong> />

justificar os cálculos feito pelo contador.<<strong>br</strong> />

II. Um carpinteiro fa<strong>br</strong>ica tampos de mesa quadrados. O tampo de mesa cujo lado mede 0,8m<<strong>br</strong> />

custa R$120,00. A respeito do preço de uma mesa do mesmo tipo e com 2,40m de lado,<<strong>br</strong> />

pode-se afirmar que ele deverá ser:<<strong>br</strong> />

a) 3 vezes maior, pois o lado da mesa é 3 vezes maior.<<strong>br</strong> />

b) 3 vezes maior, pois a área do tampo é 3 vezes maior.<<strong>br</strong> />

c) 6 vezes maior, pois a área do tampo é 6 vezes maior.<<strong>br</strong> />

d) 9 vezes maior, pois a área do tampo é 9 vezes maior.<<strong>br</strong> />

143


144<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

A proporcionalidade e a avaliação de<<strong>br</strong> />

propostas de intervenção na realidade<<strong>br</strong> />

Já analisamos várias situações em que a idéia de<<strong>br</strong> />

proporcionalidade é usada para resolver<<strong>br</strong> />

problemas do dia a dia, da própria Matemática e<<strong>br</strong> />

de outras áreas do conhecimento. Mas vimos que<<strong>br</strong> />

é preciso tomar cuidado porque nem todas as<<strong>br</strong> />

grandezas têm variação proporcional.<<strong>br</strong> />

Em nosso cotidiano, nos deparamos com situações<<strong>br</strong> />

em que usamos essa noção como parâmetro para<<strong>br</strong> />

tomar decisões e construir argumentos a respeito de<<strong>br</strong> />

uma determinada opção de compra ou de venda.<<strong>br</strong> />

Os institutos de pesquisa, por exemplo, para<<strong>br</strong> />

indicar a preferência da população por um<<strong>br</strong> />

determinado candidato não podem e nem<<strong>br</strong> />

precisam consultar todo mundo. Basta que o<<strong>br</strong> />

grupo que vai ser consultado seja constituído,<<strong>br</strong> />

proporcionalmente, pelos diversos segmentos de<<strong>br</strong> />

nossa sociedade para poder representá-la. Ou seja,<<strong>br</strong> />

é preciso obter uma amostra representativa.<<strong>br</strong> />

Uma questão que envolve a proporcionalidade,<<strong>br</strong> />

alvo de discussões de alguns políticos e por<<strong>br</strong> />

diversos segmentos de nossa sociedade, é a<<strong>br</strong> />

questão salarial.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e a reposição salarial, vamos analisar a<<strong>br</strong> />

seguinte situação:<<strong>br</strong> />

A lista abaixo mostra os salários de uma firma<<strong>br</strong> />

em ordem crescente. Eles foram numerados de<<strong>br</strong> />

acordo com os valores: o salário número 1 é<<strong>br</strong> />

menor: 300 reais, enquanto o de número 9 é o<<strong>br</strong> />

maior: 2.700 reais.<<strong>br</strong> />

Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />

Salário 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700<<strong>br</strong> />

A firma resolveu dar um abono salarial de 20% a<<strong>br</strong> />

todos seus funcionários.<<strong>br</strong> />

Preencha a tabela com os novos salários:<<strong>br</strong> />

Nº<<strong>br</strong> />

Salário<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />

Todos os acréscimos foram proporcionais: o<<strong>br</strong> />

salário que é o do<strong>br</strong>o de um outro teve o do<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de acréscimo em reais que esse outro. Veja: quem<<strong>br</strong> />

ganhava 300 reais teve um aumento de 60 reais e<<strong>br</strong> />

quem ganhava 9 vezes mais, ou seja 2700 reais,<<strong>br</strong> />

teve um acréscimo 9 vezes maior: 540 reais. O<<strong>br</strong> />

Gráfico 5 mostra os salários dessa firma antes e<<strong>br</strong> />

depois do aumento.


Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Gráfico 5<<strong>br</strong> />

3500<<strong>br</strong> />

3000<<strong>br</strong> />

2500<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

1500<<strong>br</strong> />

1000<<strong>br</strong> />

500<<strong>br</strong> />

Analisando o Gráfico 5 o que você pode<<strong>br</strong> />

perceber? O que você acha a respeito?<<strong>br</strong> />

Aumentar os salários apenas por uma única taxa<<strong>br</strong> />

aumenta, ainda mais, a diferença entre os<<strong>br</strong> />

salários. Uma boa medida é a aplicação de taxas<<strong>br</strong> />

diferentes para os diversos salários. Desse modo,<<strong>br</strong> />

as diferenças entre os salários seriam cada vez<<strong>br</strong> />

menores. A aplicação geral desse princípio<<strong>br</strong> />

certamente contribuiria para uma melhor<<strong>br</strong> />

distribuição de renda.<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />

O cálculo do imposto de renda (IR) é feito<<strong>br</strong> />

segundo esse princípio. Para evitar distorções, a<<strong>br</strong> />

receita federal tem aplicado diferentes índices<<strong>br</strong> />

para <strong>pag</strong>amento de imposto de renda: quem<<strong>br</strong> />

ganha mais <strong>pag</strong>a uma taxa maior do que quem<<strong>br</strong> />

ganha menos. Ou seja, <strong>pag</strong>a proporcionalmente<<strong>br</strong> />

mais. Para o cálculo anual do imposto de renda<<strong>br</strong> />

de pessoa física para o exercício de 2003, anocalendário<<strong>br</strong> />

de 2002, a Receita Federal divulgou a<<strong>br</strong> />

tabela progressiva:<<strong>br</strong> />

Base de cálculo anual em R$ Alíquota Parcela a deduzir do imposto em R$<<strong>br</strong> />

Até 12.696,00 – –<<strong>br</strong> />

De 12.696,01 até 25.380,00 15,0 1.904,00<<strong>br</strong> />

Acima de 25.380,00 27,5 5.076,90<<strong>br</strong> />

145


146<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Por meio dessa tabela podemos verificar que, por exemplo, o contribuinte que ganhar em um<<strong>br</strong> />

ano um valor acima de R$25.380,00 deverá calcular assim o imposto devido: obter 27,5%<<strong>br</strong> />

da renda anual e subtrair R$5.076,00 do resultado.<<strong>br</strong> />

I. Procure argumentos para explicar a razão de haver essa terceira coluna, que trata da<<strong>br</strong> />

parcela de imposto a deduzir.<<strong>br</strong> />

II. O valor recebido por Paulo durante o ano de 2002 foi de R$25.000,00 e o de Jussara foi<<strong>br</strong> />

de R$50.000,00 sem descontos.<<strong>br</strong> />

a) Quanto Paulo deverá <strong>pag</strong>ar de imposto de renda (IR)? E Jussara?<<strong>br</strong> />

b) Jussara ganha o do<strong>br</strong>o de Paulo, mas <strong>pag</strong>a de IR bem mais que o do<strong>br</strong>o. Procure<<strong>br</strong> />

argumentos para explicar esse fato.<<strong>br</strong> />

Você poderia pesquisar so<strong>br</strong>e o imposto predial: o imposto a ser <strong>pag</strong>o por uma casa cuja área<<strong>br</strong> />

é 4 vezes menor que uma outra, é também 4 vezes menor que o imposto dessa outra? Quais<<strong>br</strong> />

são os fatores que influenciam no estabelecimento dos impostos de uma casa? Procure<<strong>br</strong> />

argumentos para explicar que o imposto a ser <strong>pag</strong>o depende da área da casa, mas não é<<strong>br</strong> />

diretamente proporcional a sua área.


1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />

Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />

I. R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

Velocidade (km/h) 60 120 30 20 15 10<<strong>br</strong> />

Tempo (h) 3 1,5 6 9 12 18<<strong>br</strong> />

Não. Se fossem diretamente proporcionais, o triplo de fotos custaria o triplo do preço,<<strong>br</strong> />

ou seja 3 x R$ 4,00 = R$ 12,00.<<strong>br</strong> />

II. Resposta (d).<<strong>br</strong> />

III. Para cada R$ 100,00 deve-se descontar R$ 30,00.<<strong>br</strong> />

IV. 10% de 180 = 18 e 5% de 180 = 9, portanto 15% de 180 = 18 + 9 = 27.<<strong>br</strong> />

I. Veja a tabela:<<strong>br</strong> />

Nº de bombons por embalagem 2 3 4 6 9 12<<strong>br</strong> />

Nº de embalagens necessárias 18 12 9 6 4 3<<strong>br</strong> />

II. a) aproximadamente 0,1mg.<<strong>br</strong> />

b) a quantidade de nicotina do sangue diminui com o tempo; mesmo depois de 6h horas que a pessoa<<strong>br</strong> />

terminou de fumar, há ainda nicotina no sangue proveniente desse cigarro.<<strong>br</strong> />

c) Não. A quantidade de nicotina diminui com o decorrer do tempo.<<strong>br</strong> />

III. a) 60cm.<<strong>br</strong> />

b) Não se pode prever. Pode-se dizer que possivelmente sua altura será maior que 110cm.<<strong>br</strong> />

c) Não.<<strong>br</strong> />

d) Não.<<strong>br</strong> />

IV. Resposta (d).<<strong>br</strong> />

3.1 16.<<strong>br</strong> />

I. Resposta (a).<<strong>br</strong> />

II. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

III. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

I. Bernardo deve receber 50% a mais que Afonso, porque empregou 50% a mais do que empregou Afonso.<<strong>br</strong> />

II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

5.1<<strong>br</strong> />

Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />

Salário 360 720 1.440 1.440 1.800 2.160 2.520 2.880 3.240<<strong>br</strong> />

5.2 A diferença existente entre os salários aumenta ainda mais. Por exemplo: a diferença entre os salários<<strong>br</strong> />

1 e 9 que era de R$2.400,00 passa a ser R$2.980,00.<<strong>br</strong> />

I. Para evitar distorções para os valores próximos aos limites das faixas. Se não houvesse essa parcela a deduzir<<strong>br</strong> />

seria melhor, por exemplo, receber anualmente R$ 12.000,0 do que R$ 13.000,00. Verifique!<<strong>br</strong> />

II. Paulo <strong>pag</strong>ará R$1.904,40 (15%) e Jussara R$5.076,90 (27,5%).<<strong>br</strong> />

147


148<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar grandezas direta e inversamente proporcionais, e interpretar a notação usual de<<strong>br</strong> />

porcentagem.<<strong>br</strong> />

• Identificar e avaliar a variação de grandezas para explicar fenômenos naturais, processos<<strong>br</strong> />

socioeconômicos e da produção tecnológica.<<strong>br</strong> />

• Resolver problemas envolvendo grandezas direta e inversamente proporcionais e porcentagem.<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar variações percentuais de variável socioeconômica ou técnico-científica como<<strong>br</strong> />

importante recurso para a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />

• Recorrer a cálculos com porcentagem e relações entre grandezas proporcionais para avaliar a<<strong>br</strong> />

adequação de propostas de intervenção na realidade.


Capítulo VII<<strong>br</strong> />

A ÁLGEBRA: SUAS FUNÇÕES E SEUS USOS<<strong>br</strong> />

CONSTRUIR E UTILIZAR CONCEITOS ALGÉBRICOS PARA<<strong>br</strong> />

MODELAR E RESOLVER PROBLEMAS.<<strong>br</strong> />

Angélica da Fontoura Garcia Silva


150<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo VII<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a:<<strong>br</strong> />

suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a é um conhecimento bastante antigo.<<strong>br</strong> />

Historiadores da Matemática contam que a<<strong>br</strong> />

palavra “álge<strong>br</strong>a” tem origem no título de livro<<strong>br</strong> />

“Ál-ja<strong>br</strong>”, escrito por Al-Khowarizmi, que<<strong>br</strong> />

descrevia conhecimentos dos árabes so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

equações.<<strong>br</strong> />

De início, as situações algé<strong>br</strong>icas eram descritas<<strong>br</strong> />

por palavras, posteriormente, surgiu uma mistura<<strong>br</strong> />

de palavras e símbolos. Por volta de 1500, na<<strong>br</strong> />

Europa, uma simbologia moderna começou a<<strong>br</strong> />

despontar.<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a foi se sofisticando e ampliando seus<<strong>br</strong> />

domínios, além de ter inúmeras aplicações em<<strong>br</strong> />

outras áreas do conhecimento.<<strong>br</strong> />

A linguagem<<strong>br</strong> />

da Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

Quando estudamos Matemática, podemos<<strong>br</strong> />

perceber que, juntamente com a Aritmética<<strong>br</strong> />

e a Geometria, a Álge<strong>br</strong>a desempenha<<strong>br</strong> />

importante papel.<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a tem diferentes funções. Uma delas<<strong>br</strong> />

é generalizar propriedades aritméticas que<<strong>br</strong> />

conhecemos. Quer ver um exemplo?<<strong>br</strong> />

Certamente você sabe que 3 + 2 = 2 + 3, e que tal<<strong>br</strong> />

propriedade é chamada de comutativa da adição.<<strong>br</strong> />

Poderíamos então pensar: essa propriedade vale<<strong>br</strong> />

para outros números? Em caso afirmativo, para<<strong>br</strong> />

representar essa generalização, podemos escrever:<<strong>br</strong> />

a + b = b + a, quaisquer que sejam<<strong>br</strong> />

os números a e b.<<strong>br</strong> />

Vamos analisar uma outra situação em que o uso<<strong>br</strong> />

da linguagem algé<strong>br</strong>ica é interessante.<<strong>br</strong> />

O Código Florestal Brasileiro, Lei 4771/65, em<<strong>br</strong> />

seu artigo 20º-, considera área de preservação<<strong>br</strong> />

permanente as florestas e demais formas de<<strong>br</strong> />

vegetação natural situadas, entre outras, ao longo<<strong>br</strong> />

dos rios ou de qualquer curso d’água, desde o seu<<strong>br</strong> />

nível mais alto, em faixa marginal com largura<<strong>br</strong> />

mínima de:<<strong>br</strong> />

a) 30 (trinta) metros para os cursos d’água de<<strong>br</strong> />

menos de 10 (dez) metros de largura;<<strong>br</strong> />

b) 50 (cinqüenta) metros para cursos d’água<<strong>br</strong> />

que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros<<strong>br</strong> />

de largura;<<strong>br</strong> />

c) 100 (cem) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />

tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros<<strong>br</strong> />

de largura;<<strong>br</strong> />

d) 200 (duzentos) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />

tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)<<strong>br</strong> />

metros de largura;<<strong>br</strong> />

e) 500 (quinhentos) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />

tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.<<strong>br</strong> />

Um jornalista quer colocar esses itens em uma<<strong>br</strong> />

matéria de jornal, mas precisa economizar<<strong>br</strong> />

espaço e facilitar a compreensão. Confira como<<strong>br</strong> />

ele usou a tabela para organizar a informação<<strong>br</strong> />

“Dados so<strong>br</strong>e medidas”. Dê sua opinião<<strong>br</strong> />

a respeito:<<strong>br</strong> />

Largura mínima Cursos de largura d<<strong>br</strong> />

30m d < 10m<<strong>br</strong> />

50m 10m < d < 50m<<strong>br</strong> />

100m 50m < d < 200m<<strong>br</strong> />

200m 200m < d < 600m<<strong>br</strong> />

500m d > 600 m


Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Podemos também usar a linguagem da Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

para estabelecer relação entre duas grandezas.<<strong>br</strong> />

Vejamos: se um produto custa R$ 3,00 e ele é<<strong>br</strong> />

vendido sempre por esse preço, sem desconto,<<strong>br</strong> />

podemos representar a relação entre a<<strong>br</strong> />

quantidade de produtos comprados e o preço<<strong>br</strong> />

<strong>pag</strong>o, escrevendo:<<strong>br</strong> />

p = 3n<<strong>br</strong> />

Nessa igualdade, o que indicam as letras p e n?<<strong>br</strong> />

Em geral, as pessoas associam a Álge<strong>br</strong>a ao uso<<strong>br</strong> />

de letras. Em algumas expressões usadas<<strong>br</strong> />

cotidianamente, idéias algé<strong>br</strong>icas se<<strong>br</strong> />

fazem presentes.<<strong>br</strong> />

Observe:<<strong>br</strong> />

Existem “n” formas de resolver<<strong>br</strong> />

essa questão.<<strong>br</strong> />

Esse é exatamente o “x” da questão.<<strong>br</strong> />

Como você interpreta as letras n e x usadas<<strong>br</strong> />

nessas duas frases?<<strong>br</strong> />

Em nosso estudo vamos usar letras com a função<<strong>br</strong> />

de incógnita e também com a função de variável.<<strong>br</strong> />

Você quer saber qual a diferença entre essas<<strong>br</strong> />

duas funções?<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Observe os exemplos de problemas apresentados<<strong>br</strong> />

a seguir:<<strong>br</strong> />

I. Qual é o número que, adicionado ao seu do<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

resulta 99?<<strong>br</strong> />

II. Qual o preço <strong>pag</strong>o, respectivamente, por n<<strong>br</strong> />

produtos cujo preço unitário é de R$ 3,00?<<strong>br</strong> />

No primeiro caso, podemos representar o<<strong>br</strong> />

problema por meio de uma equação (mais adiante<<strong>br</strong> />

falaremos desse assunto):<<strong>br</strong> />

x + 2x = 99<<strong>br</strong> />

Para resolver a equação precisamos achar o valor<<strong>br</strong> />

da incógnita x que, de início, é desconhecido.<<strong>br</strong> />

Podemos ir atribuindo diferentes valores para x,<<strong>br</strong> />

até encontrar um que torne essa igualdade<<strong>br</strong> />

verdadeira. No caso é o número 33.<<strong>br</strong> />

No segundo caso, podemos escrever p = 3n e,<<strong>br</strong> />

para calcular o preço p de 25 produtos, basta<<strong>br</strong> />

substituir n por 25, obtendo p igual a 75. Como<<strong>br</strong> />

você pode observar, o preço p varia em função da<<strong>br</strong> />

quantidade de produtos adquiridos.<<strong>br</strong> />

Nesse caso dizemos que n representa uma variável.<<strong>br</strong> />

Agora, preste atenção nesta história:<<strong>br</strong> />

O mágico de um famoso circo chamou pessoas<<strong>br</strong> />

da platéia para participar de uma <strong>br</strong>incadeira.<<strong>br</strong> />

Antonio, Carlos e Sandra, se apresentaram.<<strong>br</strong> />

O mágico disse-lhes então que deveriam<<strong>br</strong> />

adivinhar que transformação faria com números<<strong>br</strong> />

falados por eles.<<strong>br</strong> />

• Antonio falou 2 e o mágico respondeu 4.<<strong>br</strong> />

• Carlos disse 5, o mágico respondeu 10.<<strong>br</strong> />

• Sandra falou 25, o mágico respondeu 50.<<strong>br</strong> />

Você já percebeu que o número falado pelo<<strong>br</strong> />

mágico é sempre o do<strong>br</strong>o do número dito pelos<<strong>br</strong> />

participantes: alge<strong>br</strong>icamente y=2x, com y sendo<<strong>br</strong> />

o número que o mágico respondeu e x o número<<strong>br</strong> />

que a pessoa da platéia falou.<<strong>br</strong> />

151


152<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Se a <strong>br</strong>incadeira continuasse e outra participante dissesse 15, qual seria a resposta do<<strong>br</strong> />

mágico? E se outro participante dissesse 2,5, o que o mágico deveria responder?<<strong>br</strong> />

II. Agora analise estes outros casos e escolha a alternativa que representa a regra usada pelo<<strong>br</strong> />

mágico em cada um (y é o número que o mágico respondeu e x o número que a platéia falou).<<strong>br</strong> />

A platéia falou 7 14 2 9 215 10<<strong>br</strong> />

O mágico respondeu 8 15 3 10 216 11<<strong>br</strong> />

a) y = x + 2 b) y = 2x c) y = x + 1 d) y = 3x<<strong>br</strong> />

A platéia falou 2 4 20 7 2,5 0<<strong>br</strong> />

O mágico respondeu 5 7 23 10 5,5 3<<strong>br</strong> />

a) y = x + 2 b) y = 2x c) y = 4x d) y = x + 3<<strong>br</strong> />

A platéia falou 3 4 15 50 1,5 25<<strong>br</strong> />

O mágico respondeu 7 9 31 101 4 51<<strong>br</strong> />

a) y = x + 1 b) y = 2x + 1 c) y = 3x - 2 d) y = 3x<<strong>br</strong> />

III. Observe agora esta outra <strong>br</strong>incadeira de adivinhação, feita em 5 etapas.<<strong>br</strong> />

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />

Pense em um número Multiplique por 4 Adicione 8 Divida por 4 Subtraia 2.<<strong>br</strong> />

Você poderia afirmar que, independentemente do número pensado, o resultado final obtido é o<<strong>br</strong> />

mesmo que o número que você pensou. Ou é mera coincidência?<<strong>br</strong> />

Por meio da Álge<strong>br</strong>a, podemos verificar que não se trata de mera coincidência. Veja:<<strong>br</strong> />

x 4x 4x+8 (4x+8):4 x + 2 - 2<<strong>br</strong> />

x+2 x


2<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

IV. Complete as tabelas e indique em que caso(s) o resultado é igual ao número pensado.<<strong>br</strong> />

a) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />

Pense em Multiplique Subtraia 2 Divida o total Adicione 1.<<strong>br</strong> />

um número. por 4. unidades. por 2.<<strong>br</strong> />

b) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />

Pense em<<strong>br</strong> />

um número.<<strong>br</strong> />

Subtraia 3. Divida por 5 . Subtraia 2 .<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Multiplique<<strong>br</strong> />

por 5.<<strong>br</strong> />

c) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />

Pense em Adicione 3. Subtraia 3. Multiplique Divida<<strong>br</strong> />

um número. por 2. por 2<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Por meio da álge<strong>br</strong>a podemos generalizar padrões geométricos. Observe a seqüência de<<strong>br</strong> />

figuras abaixo e escolha a expressão que indica corretamente a relação entre o número de<<strong>br</strong> />

quadrinhos <strong>br</strong>ancos (representado por n), no interior de cada figura, e o número de<<strong>br</strong> />

quadrinhos que formam cada lado (representado por x):<<strong>br</strong> />

a) n = x 2 - 2 b) n = ( x - 2) 2 c) n = x 2 - 3x d) n = x 2 - 3<<strong>br</strong> />

153


154<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

II. Numa seqüência de números, cada número é determinado pela lei n = 6x + 4, em que x<<strong>br</strong> />

indica a posição que o número ocupa na seqüência. Complete a tábua dos dez primeiros<<strong>br</strong> />

números dessa seqüência:<<strong>br</strong> />

x 1 2<<strong>br</strong> />

n 10 16 ... ... ... ... ... ... ...<<strong>br</strong> />

III. Faça o mesmo para uma seqüência em que cada número é determinado pela<<strong>br</strong> />

lei n = x 3 - x 2<<strong>br</strong> />

x 1 2<<strong>br</strong> />

n 0 4 ... ... ... ... ... ... ...<<strong>br</strong> />

IV. Agora vamos verificar como podemos calcular as áreas usando uma propriedade bastante<<strong>br</strong> />

conhecida na aritmética, que é a propriedade distributiva da multiplicação, em relação à<<strong>br</strong> />

adição. Observe as figuras abaixo.<<strong>br</strong> />

a) b) c)<<strong>br</strong> />

Na primeira, podemos dizer que a área total pode ser representada pela soma de duas áreas<<strong>br</strong> />

assim obtidas:<<strong>br</strong> />

A = 5 x ( 3 + 10 ) = 15 + 50 = 65<<strong>br</strong> />

Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

A = a x ( b + c ) = ab + ac<<strong>br</strong> />

Na segunda, a área total pode ser representada pela soma de quatro áreas assim obtidas:<<strong>br</strong> />

A = (10 + 2) . (10 + 3) = 100 + 20 + 30 + 6 = 156<<strong>br</strong> />

Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

A = (a + b) (c + d ) = ac + ad + bc + bd


Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Finalmente, na terceira, temos:<<strong>br</strong> />

A = (10 + 2) . (10 + 2) = 100 + 20 + 20 + 4 = 144<<strong>br</strong> />

Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

A = (a + b) (a + b ) = a2 + ab + ba + b2 Ou ainda, (a+b) 2 = a2 + 2ab + b2 a a 2 ab<<strong>br</strong> />

b ab b 2<<strong>br</strong> />

V. Usando as informações acima, determine os seguintes quadrados:<<strong>br</strong> />

a) (x + y) 2 =<<strong>br</strong> />

b) (2 x + y) 2 =<<strong>br</strong> />

c) (x + 2y) 2 =<<strong>br</strong> />

d) (2x + 3y) 2 =<<strong>br</strong> />

A Álge<strong>br</strong>a e a compreensão<<strong>br</strong> />

de fenômenos naturais e de processos<<strong>br</strong> />

da produção tecnológica<<strong>br</strong> />

Os cientistas utilizam a Álge<strong>br</strong>a para expressar<<strong>br</strong> />

leis que explicam fenômenos físicos. Um deles<<strong>br</strong> />

refere-se à queda de corpos. Eles chegaram a uma<<strong>br</strong> />

fórmula que permite calcular, de forma<<strong>br</strong> />

aproximada, o tempo gasto (em segundos) por um<<strong>br</strong> />

corpo que cai de uma certa altura (em metros):<<strong>br</strong> />

t = 0,45 š h<<strong>br</strong> />

Assim, se quisermos desco<strong>br</strong>ir quanto tempo<<strong>br</strong> />

levaria um objeto para chegar ao solo, caindo de<<strong>br</strong> />

um prédio de 25m, basta multiplicar a raiz<<strong>br</strong> />

quadrada de 25 por 0,45:<<strong>br</strong> />

t = 0,45 š25<<strong>br</strong> />

t = 0,45 . 5 = 2,25<<strong>br</strong> />

Por meio dessa fórmula, também podemos<<strong>br</strong> />

encontrar a altura de onde o corpo foi<<strong>br</strong> />

abandonado se conhecermos o tempo que ele<<strong>br</strong> />

levou para cair.<<strong>br</strong> />

155


156<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Resolvendo Resolvendo o o Problema<<strong>br</strong> />

Problema<<strong>br</strong> />

Uma pedra cai do topo de um edifício e leva 4,5<<strong>br</strong> />

segundos para chegar ao solo. Qual é a altura<<strong>br</strong> />

desse prédio?<<strong>br</strong> />

Por meio da álge<strong>br</strong>a também podemos calcular o<<strong>br</strong> />

tempo que os satélites artificiais levam para dar<<strong>br</strong> />

uma volta completa em torno da Terra, também<<strong>br</strong> />

chamada de “período”. Esses satélites<<strong>br</strong> />

retransmitem sinais de TV e de telefone para<<strong>br</strong> />

qualquer parte do planeta. O período pode ser<<strong>br</strong> />

calculado por meio da fórmula:<<strong>br</strong> />

T=2þr/v<<strong>br</strong> />

Em que:<<strong>br</strong> />

T é o período,<<strong>br</strong> />

2þr é o comprimento da sua órbita circular,<<strong>br</strong> />

r é o raio da órbita,<<strong>br</strong> />

v a velocidade do satélite.<<strong>br</strong> />

Alguns satélites são chamados de estacionários,<<strong>br</strong> />

porque dão a impressão, para quem olha aqui da<<strong>br</strong> />

Terra, que estão parados. Como será que isso<<strong>br</strong> />

acontece?<<strong>br</strong> />

Calculando o período de um satélite que é<<strong>br</strong> />

colocado em órbita so<strong>br</strong>e o Equador, a uma<<strong>br</strong> />

velocidade de 10.800 km/h, sendo 260.000 km o<<strong>br</strong> />

comprimento da sua órbita, obtemos,<<strong>br</strong> />

aproximadamente, 24h. Esse tempo corresponde<<strong>br</strong> />

ao período de rotação da Terra, o que dá<<strong>br</strong> />

ao observador a impressão de que o satélite<<strong>br</strong> />

está parado.<<strong>br</strong> />

Usando a Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

para construir<<strong>br</strong> />

modelos e resolver<<strong>br</strong> />

problemas<<strong>br</strong> />

Para resolver problemas utilizando a Álge<strong>br</strong>a,<<strong>br</strong> />

precisamos ser capazes de criar um modelo que<<strong>br</strong> />

representa a proposta, ou seja, traduzir essa<<strong>br</strong> />

situação alge<strong>br</strong>icamente, de forma adequada. Já<<strong>br</strong> />

vimos um exemplo no problema em que<<strong>br</strong> />

desejávamos saber que número, adicionado ao<<strong>br</strong> />

seu do<strong>br</strong>o, resulta 99.


3<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. No quadro abaixo você pode observar que cada situação-problema foi traduzida<<strong>br</strong> />

alge<strong>br</strong>icamente. Analise o que cada letra está representando nesses exemplos. Determine o<<strong>br</strong> />

valor que torna as igualdades verdadeiras.<<strong>br</strong> />

O do<strong>br</strong>o da minha idade é igual a 50. Qual é a minha idade? 2 x = 50<<strong>br</strong> />

Recebi um aumento de R$30,00 e passei a ganhar R$ 210,00. a + 30 = 210<<strong>br</strong> />

Qual era o meu salário?<<strong>br</strong> />

O triplo de um número mais duas unidades é igual a onze. 3b + 2 = 11<<strong>br</strong> />

Que número é esse?<<strong>br</strong> />

A idade de Pedro é metade da de Carlos. A soma das duas idades x + x = 30<<strong>br</strong> />

é 30 anos. Qual é a idade de Carlos?<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

II. Traduza, alge<strong>br</strong>icamente, cada uma das situações e encontre a<<strong>br</strong> />

solução, testando-as.<<strong>br</strong> />

(a) Um número aumentado em três unidades é igual a sete. Que número é esse?<<strong>br</strong> />

(b) Um número menos cinco é igual a 12. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />

(c) Sete menos um número é igual a 3. Que número é esse?<<strong>br</strong> />

(d) Aumentando 5 anos na idade de Antonio, obtemos 23. Qual é a idade de Antonio?<<strong>br</strong> />

(e) A metade de um número mais cinco é igual a 10. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />

(f) O quociente de um certo número por 2 resulta 25. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />

(g) A soma de três números inteiros e consecutivos é 33. Quais são esses números?<<strong>br</strong> />

(h) Somando os R$ 20,00 de Bruno com a metade do que tem Leonardo, dá para comprar um<<strong>br</strong> />

rádio de R$50,00. Quanto tem Leonardo?<<strong>br</strong> />

(i) Com a terça parte de seu salário, José <strong>pag</strong>a o aluguel que é de R$ 200,00. Qual o<<strong>br</strong> />

salário de José?<<strong>br</strong> />

III. Que tal fazer o contrário? Invente uma situação que possa ser traduzida por:<<strong>br</strong> />

(a) 2x + 5 = 15<<strong>br</strong> />

(b) x + 2x = 69<<strong>br</strong> />

(c) x + x/2 = 225<<strong>br</strong> />

157


158<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Sentenças matemáticas abertas (em que há pelo menos um valor desconhecido, isto é, uma<<strong>br</strong> />

incógnita) e que expressam uma igualdade, são denominadas EQUAÇÕES. Com base nessa<<strong>br</strong> />

definição, indique em quais dos itens temos, ou não, uma equação e justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

(a) 5 . 3 + 4<<strong>br</strong> />

(b) 5x + 4 = 7<<strong>br</strong> />

(c) 4x - 7<<strong>br</strong> />

(d) 3x 2 - 2x + 1 = 0<<strong>br</strong> />

(e) 5 + 3 = 8<<strong>br</strong> />

(f) 2x 2 = 5 x<<strong>br</strong> />

(g)<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

+ 1 =<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2 3<<strong>br</strong> />

A raiz da equação<<strong>br</strong> />

O processo de resolução de uma equação pode ser<<strong>br</strong> />

comparado ao processo de equilí<strong>br</strong>io de uma<<strong>br</strong> />

balança de dois pratos. Observe:<<strong>br</strong> />

Uma balança de pratos está em equilí<strong>br</strong>io. Num<<strong>br</strong> />

dos pratos há 3 pacotes de arroz, de mesmo peso,<<strong>br</strong> />

e um peso de 1 kg. No outro prato há um peso<<strong>br</strong> />

a a a 1kg 7kg<<strong>br</strong> />

S N Justificativa<<strong>br</strong> />

de 7kg. A figura ilustra a situação, que também<<strong>br</strong> />

pode ser representada pela equação:<<strong>br</strong> />

3a + 1 = 7<<strong>br</strong> />

Para achar o peso de cada pacote de arroz,<<strong>br</strong> />

podemos retirar 1 kg de cada prato da balança, o<<strong>br</strong> />

que pode ser assim representado:<<strong>br</strong> />

3a + 1 - 1 = 7 - 1<<strong>br</strong> />

3a = 6<<strong>br</strong> />

O peso de 6 kg pode ser decomposto em 3 pesos<<strong>br</strong> />

de 2 kg e, portanto, podemos afirmar que a = 2.<<strong>br</strong> />

a a a<<strong>br</strong> />

2kg 2kg 2kg<<strong>br</strong> />

Esse valor encontrado, que verifica a igualdade<<strong>br</strong> />

3a + 1 = 7, ou que torna 3a + 1 igual a 7,<<strong>br</strong> />

é também chamado de raiz da equação.


5<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Agora é com você: descu<strong>br</strong>a o peso dessas outras mercadorias em cada balança, escrevendo<<strong>br</strong> />

e resolvendo a equação adequada em cada caso .<<strong>br</strong> />

2b 3kg 9kg 3c 3kg 9kg<<strong>br</strong> />

4b 3kg 15kg 2y 4kg 18kg<<strong>br</strong> />

II. Resolva estas equações.<<strong>br</strong> />

a) 3x + 4 = 10 b) 5x - 6 = 9 c) 2x - 3 = 15 d) 3x + 2 = 7 e) 4x - 5 = 25<<strong>br</strong> />

f) 2x + 1 = 7 g) 3x + 3 = 20 h) 2x -1 = 3 i) 4x - 2 = 8 j) 2x - 7 = 20<<strong>br</strong> />

As equações cujas soluções (ou raízes) são números inteiros são:<<strong>br</strong> />

As equações cujas soluções (ou raízes) não são números inteiros são:<<strong>br</strong> />

III. Na coluna em <strong>br</strong>anco da 2ª tabela, escreva a letra que indica a equação que tem esse<<strong>br</strong> />

valor como raiz.<<strong>br</strong> />

a) 2x + 2 - 1 = 15 ( ) 12<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

- 6 = 4<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

( ) 20<<strong>br</strong> />

c) 2x + 3x + 10 = 70 ( ) 7<<strong>br</strong> />

d) y - 12 + 2y = 48 ( ) 20<<strong>br</strong> />

159


160<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Algumas equações são mais trabalhosas para<<strong>br</strong> />

serem resolvidas. Observe as soluções de Larissa e<<strong>br</strong> />

Lucas e explique os procedimentos usados por eles:<<strong>br</strong> />

Equação resolvida por Larissa: Equação resolvida por Lucas:<<strong>br</strong> />

(x + 2) - 2(x + 4) - x = -2<<strong>br</strong> />

x + 2 - 2x - 8 - x = -2<<strong>br</strong> />

x - 2x - x = - 2 - 2 + 8<<strong>br</strong> />

-2x .(-1) = 4 .(-1)<<strong>br</strong> />

+2x = -4<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

x = -<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

x = -2<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

2w - 1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

= 3w - 2<<strong>br</strong> />

3.(2w - 1)<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

= 2.(3w - 2)<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

6w - 3 = 6w - 4<<strong>br</strong> />

6w - 6w = -4 + 3<<strong>br</strong> />

0w = -1 (não existe valor que se possa<<strong>br</strong> />

atribuir a w)<<strong>br</strong> />

Resolva cada uma das equações abaixo. Mas antes, preste atenção no seguinte:<<strong>br</strong> />

* você pode encontrar equações em que, qualquer que seja o valor atribuído à incógnita, a<<strong>br</strong> />

igualdade será falsa;<<strong>br</strong> />

* você pode encontrar equações indeterminadas, ou seja, aquelas em que qualquer que seja o<<strong>br</strong> />

valor atribuído à incógnita, a igualdade será verdadeira.<<strong>br</strong> />

a) 15 + 2x = 5 b) -4 = 6 - 2x c) 4x = x - 18<<strong>br</strong> />

d) 7x + 5 = 3x - 7<<strong>br</strong> />

g)<<strong>br</strong> />

y<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

- = 1 2 - y<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

j) x + 5 = x + 6<<strong>br</strong> />

e) x + x = 1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

h)<<strong>br</strong> />

m - 1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

= m + 1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

f) 3(x +2) + 5 = 10 - 2.(x - 2)<<strong>br</strong> />

i)<<strong>br</strong> />

x - 1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

+ m + 1<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

= 2x + 3<<strong>br</strong> />

5


7<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Na padaria Bom Dia, seu Antonio confeccionou<<strong>br</strong> />

uma tabela para dizer rapidamente ao freguês<<strong>br</strong> />

quanto deve <strong>pag</strong>ar pelos pães que levar. Mas<<strong>br</strong> />

aconteceu um pequeno acidente e a tabela ficou<<strong>br</strong> />

com algumas manchas de café. Observe:<<strong>br</strong> />

Número de pães Preço (R$)<<strong>br</strong> />

1 0,10<<strong>br</strong> />

2 0,20<<strong>br</strong> />

3 0,30<<strong>br</strong> />

4 0,40<<strong>br</strong> />

5 0,50<<strong>br</strong> />

6 0,60<<strong>br</strong> />

7 0,70<<strong>br</strong> />

8 0,80<<strong>br</strong> />

9 0,90<<strong>br</strong> />

10 1,00<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Você acha que mesmo assim é possível saber<<strong>br</strong> />

esses valores borrados?<<strong>br</strong> />

Como o seu Antonio faria para:<<strong>br</strong> />

• calcular o preço de 100 pães?<<strong>br</strong> />

• representar o preço de n pães?<<strong>br</strong> />

Em expressões como p = 0,10 x n, em que p<<strong>br</strong> />

indica o preço e n a quantidade de pães, a letra n<<strong>br</strong> />

tem função de variável, ou seja, é uma<<strong>br</strong> />

quantidade que muda dependendo da quantidade<<strong>br</strong> />

de pães que se comprar.<<strong>br</strong> />

Utilizando seus conhecimentos algé<strong>br</strong>icos, crie um modelo para o problema proposto<<strong>br</strong> />

e resolva:<<strong>br</strong> />

I. Bira tinha algumas economias em sua caderneta de poupança. Este mês conseguiu<<strong>br</strong> />

economizar o equivalente à décima parte do que já tem depositado. Depositando essa nova<<strong>br</strong> />

economia nessa caderneta, o total passou a R$ 6.050,00. Quanto Bira tinha antes na<<strong>br</strong> />

caderneta de poupança?<<strong>br</strong> />

II. Marta comprou duas saias e uma blusa por R$ 80,00. A blusa custou R$ 5,00 a mais que<<strong>br</strong> />

cada uma das saias, que foram compradas pelo mesmo preço. Quanto ela <strong>pag</strong>ou pela blusa e<<strong>br</strong> />

por uma saia?<<strong>br</strong> />

III. Tia Vitória quer dar uma certa quantia a seus 2 so<strong>br</strong>inhos para que comprem um<<strong>br</strong> />

presente. Mas antes resolveu desafiá-los, dizendo: tenho algumas notas de 10 reais e<<strong>br</strong> />

algumas notas de 5 reais na minha carteira para dar a vocês. Ao todo são 12 cédulas, que<<strong>br</strong> />

totalizam 95 reais. Quantas são as notas de cada tipo?<<strong>br</strong> />

IV. Anita disse à Bia:<<strong>br</strong> />

- Empreste-me R$100,00 e eu ficarei com a mesma quantia que você.<<strong>br</strong> />

Bia respondeu:<<strong>br</strong> />

- Dê-me R$100,00 e eu terei o do<strong>br</strong>o do que você tem.<<strong>br</strong> />

Descu<strong>br</strong>a quanto tem cada uma delas.<<strong>br</strong> />

V. Se você adicionar 120 ao do<strong>br</strong>o de um número, vai obter 560. Que número é esse?<<strong>br</strong> />

VI. A soma de dois números é 54. O maior é o do<strong>br</strong>o do menor. Que números são esses?<<strong>br</strong> />

161


162<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Ao traduzir estes problemas para a linguagem<<strong>br</strong> />

algé<strong>br</strong>ica, você observará algumas situações em<<strong>br</strong> />

que a solução será encontrada a partir de uma<<strong>br</strong> />

equação e uma incógnita. Como, por exemplo,<<strong>br</strong> />

nos problemas 7.I e 7.V que tem as traduções:<<strong>br</strong> />

x + x/10 = 6.050 e, portanto, x= 5500<<strong>br</strong> />

2x + 120 = 560 e, portanto, x=220<<strong>br</strong> />

Nas demais, você poderá encontrar equações com<<strong>br</strong> />

duas incógnitas, que poderão ser resolvidas como<<strong>br</strong> />

sistemas de equações. Por exemplo, para o<<strong>br</strong> />

problema 7.II, considerando x o preço da saia<<strong>br</strong> />

e y o preço da blusa, poderemos montar<<strong>br</strong> />

as equações:<<strong>br</strong> />

2x +1y =80 (I)<<strong>br</strong> />

y= x +5 (II)<<strong>br</strong> />

São duas equações que representam a situação<<strong>br</strong> />

descrita no problema, então o valor de x (saia)<<strong>br</strong> />

para a primeira equação será o mesmo da segunda,<<strong>br</strong> />

o mesmo ocorrendo com o valor de y (blusa).<<strong>br</strong> />

Poderemos resolver esse sistema utilizando-nos de<<strong>br</strong> />

um método chamado “substituição”.<<strong>br</strong> />

Vejamos: como y= x + 5 (observando a<<strong>br</strong> />

equação II) , substituímos o valor de y<<strong>br</strong> />

na equação<<strong>br</strong> />

I: 2x +1y =80,<<strong>br</strong> />

Assim teremos:<<strong>br</strong> />

2x + (x+5) =80<<strong>br</strong> />

cuja solução é 25. Sabemos, então, que a saia<<strong>br</strong> />

custará R$25,00. Como a blusa é R$5,00 mais<<strong>br</strong> />

cara , o preço da blusa será R$30,00.<<strong>br</strong> />

Você poderá encontrar esse e outros<<strong>br</strong> />

procedimentos de resolução de um sistema em<<strong>br</strong> />

qualquer livro que trate do assunto.<<strong>br</strong> />

Certamente você conhece a fórmula que usamos<<strong>br</strong> />

para determinar a área de um retângulo de<<strong>br</strong> />

dimensões x e y. No caso particular em que essas<<strong>br</strong> />

dimensões são iguais, temos um quadrado e a<<strong>br</strong> />

fórmula é um caso particular em que x = y.<<strong>br</strong> />

A = x y (área do retângulo)<<strong>br</strong> />

A = x 2 {<<strong>br</strong> />

(área do quadrado)<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Traduza alge<strong>br</strong>icamente os enunciados abaixo:<<strong>br</strong> />

a) Determinar o lado de um quadrado que tem<<strong>br</strong> />

área igual a 36m 2 .<<strong>br</strong> />

b) Determinar as dimensões de um retângulo que<<strong>br</strong> />

tem área igual a 128 cm 2 , sabendo-se que o lado<<strong>br</strong> />

maior é o do<strong>br</strong>o do lado menor.<<strong>br</strong> />

c) Determinar as dimensões de um retângulo que<<strong>br</strong> />

tem área igual a 21 m 2 , sabendo-se que o lado<<strong>br</strong> />

maior tem 4m a mais que o lado menor.<<strong>br</strong> />

Você percebeu algo em comum nestas equações?<<strong>br</strong> />

O que?<<strong>br</strong> />

Essas equações são chamadas equações de<<strong>br</strong> />

2º grau na incógnita x.<<strong>br</strong> />

Elas podem ser representadas genericamente<<strong>br</strong> />

desta forma:<<strong>br</strong> />

ax 2 + bx + c = 0, em que a, b e c são números<<strong>br</strong> />

reais e a • 0.<<strong>br</strong> />

Nos exemplos acima temos as seguintes<<strong>br</strong> />

traduções:<<strong>br</strong> />

a) x 2 = 36 ou x 2 - 36 = 0<<strong>br</strong> />

b) x (2 x) = 128 ou 2x 2 = 128 ou 2x 2<<strong>br</strong> />

-128 = 0<<strong>br</strong> />

c) x (x + 4) = 21 ou x 2 + 4 x = 21 ou x 2 + 4 x - 21= 0<<strong>br</strong> />

x 2<<strong>br</strong> />

- 36 = 0<<strong>br</strong> />

x 2<<strong>br</strong> />

= 36<<strong>br</strong> />

x = 6 ou x = -6<<strong>br</strong> />

2x 2<<strong>br</strong> />

- 128 = 0<<strong>br</strong> />

2x 2<<strong>br</strong> />

= 128<<strong>br</strong> />

x 2<<strong>br</strong> />

= 64<<strong>br</strong> />

x = 8 ou x = -8<<strong>br</strong> />

As duas primeiras são equações incompletas do<<strong>br</strong> />

2º grau e podem ser resolvidas de modo<<strong>br</strong> />

bem simples:<<strong>br</strong> />

Você pode observar que cada uma dessas<<strong>br</strong> />

equações tem duas raízes; no caso, uma positiva<<strong>br</strong> />

e outra negativa. No entanto, como estamos<<strong>br</strong> />

procurando a medida do lado de um quadrado e<<strong>br</strong> />

de um retângulo, a resposta negativa deve ser<<strong>br</strong> />

abandonada, pois não faz sentido. Concorda?<<strong>br</strong> />

Já a resolução da equação x 2<<strong>br</strong> />

+ 4 x - 21= 0, que<<strong>br</strong> />

é completa, precisa ser feita por um outro<<strong>br</strong> />

processo. Um dos mais conhecidos procedimentos<<strong>br</strong> />

é atribuído a Bhaskara (1114-1185), considerado o<<strong>br</strong> />

mais importante matemático hindu do século XII.<<strong>br</strong> />

Você pode pesquisar em diferentes livros a<<strong>br</strong> />

conhecida fórmula de Bhaskara.<<strong>br</strong> />

Podemos verificar se determinados valores são<<strong>br</strong> />

raízes de equações do 2º grau, por simples<<strong>br</strong> />

substituição.


8<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Verifique, em cada caso, se os números<<strong>br</strong> />

indicados são ou não raízes:<<strong>br</strong> />

a) 3x 2<<strong>br</strong> />

+ 15x - 18 = 0 -6 +1<<strong>br</strong> />

b) 2x 2<<strong>br</strong> />

+ 6x - 4 = 0 -4 +1<<strong>br</strong> />

c) -3x 2<<strong>br</strong> />

+ 6x + 15 = 0 +1 +2<<strong>br</strong> />

d) x 2<<strong>br</strong> />

+ 4x = 0 0 -4<<strong>br</strong> />

e) x 2<<strong>br</strong> />

- 16 = 0 -4 +4<<strong>br</strong> />

f) x 2<<strong>br</strong> />

+ 4x - 5 = 0 +1 -5<<strong>br</strong> />

g) x 2<<strong>br</strong> />

- 36 = 0 6 -6<<strong>br</strong> />

h) x 2<<strong>br</strong> />

- 81 = 0 0 -9<<strong>br</strong> />

Usando a álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

para argumentar<<strong>br</strong> />

Em muitas cidades praianas do Brasil,<<strong>br</strong> />

alugam-se bicicletas aos turistas. Em Serra Azul,<<strong>br</strong> />

duas lojas prestam esse serviço: Alugabike, que<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>a um aluguel de R$5,00 por dia mais uma<<strong>br</strong> />

taxa fixa de R$10,00 e Bikeshop, que co<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

R$6,00 por dia. Na portaria do hotel, o gerente<<strong>br</strong> />

afixou duas tabelas, mostrando os valores<<strong>br</strong> />

referentes a 3 dias:<<strong>br</strong> />

Bikeshop<<strong>br</strong> />

Tempo (dias) Aluguel (em R$)<<strong>br</strong> />

1 6 . 1 = 6<<strong>br</strong> />

2 6 . 2 = 12<<strong>br</strong> />

3 6. 3 = 18<<strong>br</strong> />

Alugabike<<strong>br</strong> />

Tempo (dias) Aluguel (em R$)<<strong>br</strong> />

1 5 .1 + 10 = 15<<strong>br</strong> />

2 5 . 2 + 10 = 20<<strong>br</strong> />

3 5 . 3 + 10 = 25<<strong>br</strong> />

Resolvendo o problema<<strong>br</strong> />

Complete a tabela e responda:<<strong>br</strong> />

a) Qual das duas lojas você escolheria se você<<strong>br</strong> />

fosse alugar as bicicletas por 4 dias?<<strong>br</strong> />

b) Você mudaria de loja se fosse alugar por 8 dias ?<<strong>br</strong> />

E por 15 dias? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

c) Qual seria o valor a ser <strong>pag</strong>o em cada loja por<<strong>br</strong> />

um número x de dias?<<strong>br</strong> />

d) Existe alguma quantidade de dias para a qual é<<strong>br</strong> />

indiferente a escolha? Em caso afirmativo, qual é ?<<strong>br</strong> />

Este problema pode ser resolvido ampliando-se a<<strong>br</strong> />

tabela até desco<strong>br</strong>ir o dia em que o preço do<<strong>br</strong> />

aluguel será o mesmo em qualquer das duas.<<strong>br</strong> />

A resposta pode ser obtida, também,<<strong>br</strong> />

igualando-se B (aluguel na Bikeshop) e<<strong>br</strong> />

A (Aluguel na Alugabike):<<strong>br</strong> />

B = 6. x e A = 5. x + 10<<strong>br</strong> />

6x = 5x + 10<<strong>br</strong> />

x=10<<strong>br</strong> />

No décimo dia, o preço, portanto, é indiferente à<<strong>br</strong> />

escolha da loja em relação ao preço do aluguel.<<strong>br</strong> />

163


164<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Cláudio mora numa cidade e estuda em outra a 10km de onde mora. Como não tem<<strong>br</strong> />

transporte coletivo que o leve à escola, precisa contratar um táxi. Pesquisou os preços. Na<<strong>br</strong> />

cidade Brejo Seco o táxi custa R$6,00 a bandeirada, mais R$2,00 o quilômetro rodado.<<strong>br</strong> />

Tentou negociar o preço e recebeu a proposta de tirar o valor da bandeirada, porém co<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />

R$3,00 o quilometro rodado. Cláudio pensou, pensou, e resolveu não aceitar a oferta. Você<<strong>br</strong> />

consegue desco<strong>br</strong>ir por que? Descu<strong>br</strong>a as expressões algé<strong>br</strong>icas que representam as duas<<strong>br</strong> />

propostas.<<strong>br</strong> />

Será que, neste caso, também haveria uma distância em que ambas as propostas<<strong>br</strong> />

representassem o mesmo gasto?<<strong>br</strong> />

Usando Usando a a álge<strong>br</strong>a álge<strong>br</strong>a para para entender<<strong>br</strong> />

entender<<strong>br</strong> />

propostas propostas de de intervenção<<strong>br</strong> />

intervenção<<strong>br</strong> />

intervenção<<strong>br</strong> />

na na realidade.<<strong>br</strong> />

realidade.<<strong>br</strong> />

Anualmente os <strong>br</strong>asileiros devem declarar seus<<strong>br</strong> />

rendimentos à Receita Federal e, se for o caso,<<strong>br</strong> />

<strong>pag</strong>ar o chamado Imposto de Renda. Muitas<<strong>br</strong> />

pessoas, no entanto, <strong>pag</strong>am esse tributo na fonte,<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

ou seja, mensalmente já vem descontado um valor<<strong>br</strong> />

em seu salário. Na tabela abaixo, há informações<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o desconto na fonte para pessoa física,<<strong>br</strong> />

exercício de 2002, ano calendário de 2001:<<strong>br</strong> />

IMPOSTO DE RENDA • Desconto na fonte<<strong>br</strong> />

Base de cálculo (R$) Alíquota % Parcela a deduzir (R$)<<strong>br</strong> />

Até 1.058,00 - Isento<<strong>br</strong> />

Acima de 1.058,01 até 2.115,00 15 158,70<<strong>br</strong> />

Acima de 2.115,01 27,50 423,08<<strong>br</strong> />

II. Com o auxílio de uma calculadora e<<strong>br</strong> />

analisando a tabela, responda:<<strong>br</strong> />

a) Pedro recebeu no ano de 2001 um<<strong>br</strong> />

salário mensal de R$392,00.<<strong>br</strong> />

Mensalmente, ele <strong>pag</strong>ará imposto ou<<strong>br</strong> />

ficará isento?<<strong>br</strong> />

b) O salário mensal de Cláudio em<<strong>br</strong> />

2001 era de R$ 1.200,00. Quanto ele<<strong>br</strong> />

tinha retido na fonte, mensalmente?<<strong>br</strong> />

Você deve ter observado que a porcentagem da<<strong>br</strong> />

alíquota (taxa) a ser <strong>pag</strong>a, assim como a parcela a<<strong>br</strong> />

deduzir, variam de acordo com o salário recebido.<<strong>br</strong> />

Esta variação acontece por faixas de salário. Por<<strong>br</strong> />

que você acha que isso acontece?<<strong>br</strong> />

Para não co<strong>br</strong>ar a mesma taxa para todos os<<strong>br</strong> />

trabalhadores, o governo utiliza alíquotas<<strong>br</strong> />

diferentes, dependendo da faixa salarial. Mas ao<<strong>br</strong> />

utilizar este método sem deduzir nenhum valor,<<strong>br</strong> />

haveria o risco de tratar de forma injusta pessoas<<strong>br</strong> />

que tivessem salários próximos a estas faixas. Por<<strong>br</strong> />

exemplo: Se não houvesse o valor a deduzir,<<strong>br</strong> />

quem ganhasse R$ 1.000,00 estaria isento.<<strong>br</strong> />

Já quem ganhasse R$ 1.100,00 <strong>pag</strong>aria R$165,00.


10<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Nesse caso não haveria vantagem nenhuma em se<<strong>br</strong> />

ganhar estes R$100,00 a mais.<<strong>br</strong> />

Então, utiliza-se o desconto para acertar estes<<strong>br</strong> />

casos: R$ 165,00 - R$ 158,70 = R$6,30.<<strong>br</strong> />

Confira agora o que estamos falando, descu<strong>br</strong>a os<<strong>br</strong> />

valores a serem <strong>pag</strong>os para os salários:<<strong>br</strong> />

Salário Alíquota Calculo da % Parcela a deduzir Imposto a <strong>pag</strong>ar<<strong>br</strong> />

R$ 1.058,00 Isento -<<strong>br</strong> />

R$ 1.058,01 15% R$158,70<<strong>br</strong> />

R$ 2.115,00 15% R$ 158,70<<strong>br</strong> />

R$ 2.115,01 27,5% R$423,08<<strong>br</strong> />

Tabela 2<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Com base na Tabela 1, responda:<<strong>br</strong> />

A expressão 0,15x - 158,70 pode ser usada para calcular o imposto a ser descontado no<<strong>br</strong> />

salário de uma pessoa que ganha:<<strong>br</strong> />

a) R$ 900,00.<<strong>br</strong> />

b) R$ 1.200,00.<<strong>br</strong> />

c) R$ 2.300,00.<<strong>br</strong> />

d) R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />

II. A expressão 0,275x - 423,08 pode ser usada para calcular o imposto a ser descontado no<<strong>br</strong> />

salário de uma pessoa que ganha:<<strong>br</strong> />

a) R$ 900,00.<<strong>br</strong> />

b) R$ 1.200,00.<<strong>br</strong> />

c) R$ 1.500,00.<<strong>br</strong> />

d) R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />

Vamos utilizar essa idéia para ajudar o Seu Ricardo, que pretende dar aumento aos<<strong>br</strong> />

funcionários. Se o aumento fosse de 20% para todos os trabalhadores, quem ganha<<strong>br</strong> />

R$ 300,00 teria um aumento de R$ 90,00. Já o trabalhador que ganha R$ 2.000,00 teria<<strong>br</strong> />

um aumento de R$ 600,00. Ele fez algumas contas e verificou que não pode dar o mesmo<<strong>br</strong> />

índice para todos, pois não teria recursos para isso.<<strong>br</strong> />

Então, resolveu dar o aumento em duas faixas: 30% para quem ganha até R$ 500,00 e 20%<<strong>br</strong> />

para quem ganha mais que R$ 500,00. Construindo uma tabela, ele decidiu que, além dos<<strong>br</strong> />

20% para quem ganha acima de R$ 500,00, ele daria um abono de R$ 50,00.<<strong>br</strong> />

Salário Alíquota aumento<<strong>br</strong> />

R$ 500,00 30% 150,00<<strong>br</strong> />

R$501,00 20% 100,20<<strong>br</strong> />

165


166<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

III. Você considera acertada a decisão do Seu Ricardo? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

IV. A expressão algé<strong>br</strong>ica que poderá ser utilizada para fazer o cálculo de quem ganha acima<<strong>br</strong> />

de R$ 500,00 (com S representando o salário com aumento e x o salário anterior) será:<<strong>br</strong> />

a) S = 1,2. x + 50<<strong>br</strong> />

b) S = 1,3. x + 50<<strong>br</strong> />

c) S = 1,2 x + 20<<strong>br</strong> />

d) S = 1,3 x + 20<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

I. Se o participante disser 15 o mágico dirá 30; se o participante disser 2,5 o mágico dirá 5.<<strong>br</strong> />

II. (c); (d); (b).<<strong>br</strong> />

IV.<<strong>br</strong> />

a)<<strong>br</strong> />

4x - 2<<strong>br</strong> />

x 4x 4x - 2 = 2x - 1 2x - 1 + 1 = 2x<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

b)<<strong>br</strong> />

c)<<strong>br</strong> />

I. (b)<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

3 4 5 6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />

22 28 34 40 46 52 58 64<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

3 4 5 6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />

19 48 100 180 294 448 648 900<<strong>br</strong> />

V.<<strong>br</strong> />

x x - 3<<strong>br</strong> />

x x + 3<<strong>br</strong> />

a) x2 + 2xy + y2 b) 4x2 + 4xy + y2 c) x2 + 4xy +4 y2 d) 4x2 + 12xy + 9y2 x - 3<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

x - 3 - 2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

x + 3 - 3 = x x.2<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

x - 5<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

5.x - 5<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

2x<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

x - 5<<strong>br</strong> />

x


3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

x representa minha idade; x = 25anos<<strong>br</strong> />

a indica meu salário sem aumento; a = R$180,00<<strong>br</strong> />

b representa um número; b = 3<<strong>br</strong> />

x representa a idade de Carlos; x = 20 anos<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

a) x + 3 = 7; x = 4<<strong>br</strong> />

b) x - 5 =12; x = 17<<strong>br</strong> />

c) 7 - x = 3; x = 4<<strong>br</strong> />

d) x + 5 = 23; x = 18<<strong>br</strong> />

e)<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

+ 5 = 10; x = 10<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

f) x = 25 ; x = 50<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

g) Os números são 10,11,12<<strong>br</strong> />

h) 20 +<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

= 50; x =60<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

i)<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

= 200; x = 600<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

a) Não, porque não é sentença matemática aberta: expressa igualdade.<<strong>br</strong> />

b) Sim.<<strong>br</strong> />

c) Não, porque não é expressa por uma igualdade.<<strong>br</strong> />

d) Sim.<<strong>br</strong> />

e) Não, porque não é sentença matemática aberta.<<strong>br</strong> />

f) Sim.<<strong>br</strong> />

g) Sim.<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

2b + 3 = 9; b = 3<<strong>br</strong> />

3c + 3 = 9; c = 2<<strong>br</strong> />

4b + 3 = 15; b = 3<<strong>br</strong> />

2y + 4 = 18; y = 7<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

a) x = 2<<strong>br</strong> />

b) x = 3<<strong>br</strong> />

c) x = 9<<strong>br</strong> />

d) x =<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

e) x = 15<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

f) x = 3<<strong>br</strong> />

g) x =<<strong>br</strong> />

17<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

h) x = 2<<strong>br</strong> />

i) x = 5<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

j) x = 27<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

167


168<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

a) 7<<strong>br</strong> />

b) 20<<strong>br</strong> />

c) 12<<strong>br</strong> />

d) 20<<strong>br</strong> />

a) -5<<strong>br</strong> />

b) 5<<strong>br</strong> />

c) -6<<strong>br</strong> />

d) -3<<strong>br</strong> />

e) 3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

f) -1<<strong>br</strong> />

g) 45<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

h) 5<<strong>br</strong> />

i) 23<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

j) Qualquer que seja o valor atribuido à incógnita, a igualdade será falsa.<<strong>br</strong> />

I. R$ 5.500,00<<strong>br</strong> />

II. A saia custa R$ 25,00 e a blusa custa R$30,00.<<strong>br</strong> />

III. São 5 notas de R$5,00 e 7 notas de R$10,00.<<strong>br</strong> />

IV. Anita tem R$ 200,00 e Bia tem R$300,00.<<strong>br</strong> />

V. Os números são 18 e 36.<<strong>br</strong> />

São raízes a; d; e; f; g.<<strong>br</strong> />

p. 161<<strong>br</strong> />

a) Bikeshop.<<strong>br</strong> />

b) Em 8 dias não mudaria, pois na Bikeshop gastaria R$48,00 e na Alugabike gastaria<<strong>br</strong> />

R$50,00. Em 15 dias mudaria: na Bikeshop gastaria R$90,00 e, na Alugabike,<<strong>br</strong> />

R$ 85,00.<<strong>br</strong> />

c) 6 . x e 5x + 10.<<strong>br</strong> />

d) 10 dias<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

Primeira proposta = R$26,00; segunda proposta = R$30,00<<strong>br</strong> />

P= 6 + 2 .x; S= 3x<<strong>br</strong> />

Se a distância fosse 6km o preço é indiferente<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

a) Isento<<strong>br</strong> />

b) R$21,30<<strong>br</strong> />

I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

II. Resposta (d).<<strong>br</strong> />

III. Resposta pessoal<<strong>br</strong> />

IV. Resposta (a).


Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar, interpretar e utilizar a linguagem algé<strong>br</strong>ica como uma generalização de conceitos<<strong>br</strong> />

aritméticos.<<strong>br</strong> />

• Caracterizar fenômenos naturais e processos da produção tecnológica, utlizando expressões algé<strong>br</strong>icas<<strong>br</strong> />

e equações de 1º e 2º graus.<<strong>br</strong> />

• Utilizar expressões algé<strong>br</strong>icas e equações de 1º e 2º graus para modelar e resolver problemas.<<strong>br</strong> />

• Analisar o comportamento de variável, utilizando ferramentas algé<strong>br</strong>icas como importante recurso<<strong>br</strong> />

para a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />

• Avaliar, com auxílio de ferramentas algé<strong>br</strong>icas, a adequação de propostas de intervenção na realidade.<<strong>br</strong> />

169


Capítulo VIII<<strong>br</strong> />

A ESTATÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA<<strong>br</strong> />

NO MUNDO DA INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

INTERPRETAR INFORMAÇÕES DE NATUREZA CIENTÍFICA E<<strong>br</strong> />

SOCIAL OBTIDAS DA LEITURA DE GRÁFICOS E TABELAS,<<strong>br</strong> />

REALIZANDO PREVISÃO DE TENDÊNCIA, EXTRAPOLAÇÃO,<<strong>br</strong> />

INTERPOLAÇÃO E INTERPRETAÇÃO.<<strong>br</strong> />

Edda Curi


172<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII<<strong>br</strong> />

A Estatística e sua importância<<strong>br</strong> />

no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Certamente você já ouviu falar que estamos<<strong>br</strong> />

vivendo na era da informação. Fala-se muito em<<strong>br</strong> />

sociedade do conhecimento. Por meio das<<strong>br</strong> />

chamadas mídias, a cada segundo recebemos<<strong>br</strong> />

informações não só da própria cidade onde<<strong>br</strong> />

SELEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO<<strong>br</strong> />

Aumentam as vagas para jovens, mais<<strong>br</strong> />

velhos ficam de fora<<strong>br</strong> />

Evolução do nº de vagas por faixa etária<<strong>br</strong> />

(acumulado em 2000/2001)<<strong>br</strong> />

4.048<<strong>br</strong> />

10 a 14<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

Figura 1<<strong>br</strong> />

276.731<<strong>br</strong> />

15 a 17<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

1.215.258<<strong>br</strong> />

18 a 24<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

25 a 29<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

RETOMADA<<strong>br</strong> />

DOS NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />

Vendas da<<strong>br</strong> />

indústria para o<<strong>br</strong> />

comércio no mês<<strong>br</strong> />

anterior (em %)<<strong>br</strong> />

118.192<<strong>br</strong> />

Para quem tem até 29 anos,<<strong>br</strong> />

o número de vagas com<<strong>br</strong> />

carteira assinada aumentou<<strong>br</strong> />

em 1,62 milhão.<<strong>br</strong> />

Os trabalhadores com mais<<strong>br</strong> />

de 30 anos viram<<strong>br</strong> />

desaparecer 376 mil vagas.<<strong>br</strong> />

30 a 39<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

40 a 49<<strong>br</strong> />

anos<<strong>br</strong> />

50 a 64<<strong>br</strong> />

anos Acima<<strong>br</strong> />

de 65<<strong>br</strong> />

-18.192<<strong>br</strong> />

-29.704<<strong>br</strong> />

-137.583<<strong>br</strong> />

-190.003<<strong>br</strong> />

Ministério do Trabalho e Emprego. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />

Figura 3<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 27 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

-10<<strong>br</strong> />

-20<<strong>br</strong> />

-30<<strong>br</strong> />

-40<<strong>br</strong> />

-50<<strong>br</strong> />

- 48,23<<strong>br</strong> />

moramos, como também de lugares distantes.<<strong>br</strong> />

Você já reparou que, além de textos informativos,<<strong>br</strong> />

os jornais, as revistas e a televisão apresentam<<strong>br</strong> />

outros tipos de representações gráficas para<<strong>br</strong> />

transmitir informações? Veja só:<<strong>br</strong> />

VAGAS CRESCEM PARA QUEM<<strong>br</strong> />

ESTUDOU MAIS<<strong>br</strong> />

Evolução do nº de vagas,<<strong>br</strong> />

segundo grau de instrução<<strong>br</strong> />

(acumulado em 2000/2001)<<strong>br</strong> />

-31.190<<strong>br</strong> />

-66.862<<strong>br</strong> />

-135.680<<strong>br</strong> />

Analfabeto<<strong>br</strong> />

4ª série incompleta<<strong>br</strong> />

4ª série completa<<strong>br</strong> />

8ª série incompleta<<strong>br</strong> />

8ª série completa<<strong>br</strong> />

E. médio incompleto<<strong>br</strong> />

E. médio completo<<strong>br</strong> />

Superior incompleto<<strong>br</strong> />

Superior completo<<strong>br</strong> />

Foram eliminadas 230<<strong>br</strong> />

mil vagas de emprego<<strong>br</strong> />

formal para quem tem<<strong>br</strong> />

até a 4ª série completa.<<strong>br</strong> />

Para os profissionais<<strong>br</strong> />

mais qualificados,<<strong>br</strong> />

surgiram 1,46 milhão<<strong>br</strong> />

de vagas<<strong>br</strong> />

19.251<<strong>br</strong> />

258.526<<strong>br</strong> />

229.176<<strong>br</strong> />

82.080<<strong>br</strong> />

93.612<<strong>br</strong> />

784.668<<strong>br</strong> />

Figura 2<<strong>br</strong> />

Ministério do Trabalho e Emprego. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />

30,72<<strong>br</strong> />

2001 A<strong>br</strong>. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.<<strong>br</strong> />

2002


Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Para nos mantermos atualizados, precisamos<<strong>br</strong> />

buscar informações nos veículos de comunicação<<strong>br</strong> />

e, para isso, é importante compreender gráficos e<<strong>br</strong> />

tabelas que acompanham essas informações.<<strong>br</strong> />

Você concorda que a utilização de<<strong>br</strong> />

gráficos e tabelas facilita a visualização<<strong>br</strong> />

de dados e permite uma compreensão<<strong>br</strong> />

mais rápida da informação?<<strong>br</strong> />

Ao estudar algumas noções de Estatística, você<<strong>br</strong> />

terá possibilidade de compreender melhor o<<strong>br</strong> />

significado das informações contidas em gráficos<<strong>br</strong> />

e tabelas, interpretá-las e tirar suas próprias<<strong>br</strong> />

conclusões.<<strong>br</strong> />

A Estatística é uma parte da Matemática que<<strong>br</strong> />

reúne conhecimentos e métodos para coleta,<<strong>br</strong> />

organização, resumo, apresentação e análise de<<strong>br</strong> />

dados das mais diversas naturezas. Ela nos ajuda<<strong>br</strong> />

a tirar conclusões e tomar boas decisões.<<strong>br</strong> />

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de<<strong>br</strong> />

Geografia e Estatística) é o órgão que produz e<<strong>br</strong> />

analisa informações estatísticas. Criado em 1936,<<strong>br</strong> />

atende aos mais diversos segmentos da sociedade<<strong>br</strong> />

civil, bem como aos órgãos das esferas<<strong>br</strong> />

governamentais federal, estadual e municipal. Faz<<strong>br</strong> />

levantamentos que têm como base a coleta de<<strong>br</strong> />

dados junto a domicílios, identifica e analisa o<<strong>br</strong> />

território nacional, conta a população, mostra<<strong>br</strong> />

como a economia evolui, analisa o trabalho e a<<strong>br</strong> />

produção das pessoas, revelando como vivem.<<strong>br</strong> />

Apresenta os dados em uma representação<<strong>br</strong> />

compreensível simplificada (tabelas e gráficos),<<strong>br</strong> />

mas que envolve um conjunto de fenômenos e de<<strong>br</strong> />

suas inter-relações.<<strong>br</strong> />

Neste capítulo, por meio da Estatística, você vai<<strong>br</strong> />

conhecer melhor nosso país, seus contrastes e<<strong>br</strong> />

suas contradições.<<strong>br</strong> />

Reconhecendo<<strong>br</strong> />

e interpretando<<strong>br</strong> />

as informações<<strong>br</strong> />

expressas em<<strong>br</strong> />

gráficos e tabelas.<<strong>br</strong> />

Certamente você já ouviu falar em recenseamento<<strong>br</strong> />

ou, simplesmente, Censo. No Brasil, ele vem<<strong>br</strong> />

sendo realizado de 10 em 10 anos.<<strong>br</strong> />

O Censo afeta diretamente a população,<<strong>br</strong> />

influenciando a distribuição de verbas,<<strong>br</strong> />

os benefícios da previdência social e a<<strong>br</strong> />

política do país. Os números do Censo<<strong>br</strong> />

permitem saber qual é a população do<<strong>br</strong> />

país, que tipo de população tem o país,<<strong>br</strong> />

onde mora, como mora, etc. Isto é<<strong>br</strong> />

importante para definir as cotas dos<<strong>br</strong> />

fundos de participação dos estados, o<<strong>br</strong> />

total de deputados federais e estaduais<<strong>br</strong> />

e de vereadores. Saber quantos são os<<strong>br</strong> />

jovens e os idosos é importante para<<strong>br</strong> />

determinar quantos irão <strong>pag</strong>ar as<<strong>br</strong> />

contribuições sociais e quantos irão<<strong>br</strong> />

recebê-la.<<strong>br</strong> />

O primeiro Censo do país foi realizado<<strong>br</strong> />

em 1872 e indicou 9.930.478<<strong>br</strong> />

habitantes no país. O cálculo se<<strong>br</strong> />

baseava em levantamentos como, por<<strong>br</strong> />

exemplo, relatórios so<strong>br</strong>e fiéis que<<strong>br</strong> />

freqüentavam a igreja.<<strong>br</strong> />

Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />

Você sabia que para realizar o Censo 2000 todas<<strong>br</strong> />

as residências que existem no Brasil foram<<strong>br</strong> />

visitadas? E que os resultados preliminares do<<strong>br</strong> />

Censo 2000 revelam que o Brasil ficou mais<<strong>br</strong> />

velho, mais feminino, mais urbano e mais<<strong>br</strong> />

alfabetizado?<<strong>br</strong> />

173


174<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

No entanto, os dados mostram que permanecem<<strong>br</strong> />

ainda grandes diferenças sociais. Observe o<<strong>br</strong> />

gráfico abaixo, publicado em uma revista de<<strong>br</strong> />

circulação nacional.<<strong>br</strong> />

O MUNDO DOS ANALFABETOS<<strong>br</strong> />

O Brasil registra o segundo pior<<strong>br</strong> />

índice percentual da América do Sul<<strong>br</strong> />

Polônia 0,3<<strong>br</strong> />

Hungria 0,8<<strong>br</strong> />

Itália 1,7<<strong>br</strong> />

Espanha 2,8<<strong>br</strong> />

Argentina 3,5<<strong>br</strong> />

Cuba 4,1<<strong>br</strong> />

Israel 4,5<<strong>br</strong> />

Chile 4,8<<strong>br</strong> />

Paraguai 7,5<<strong>br</strong> />

BRASIL 13,3<<strong>br</strong> />

Bolívia 16,4<<strong>br</strong> />

China 17,1<<strong>br</strong> />

Senegal<<strong>br</strong> />

65,4<<strong>br</strong> />

Níger 85,7<<strong>br</strong> />

Gráfico 1<<strong>br</strong> />

Banco Mundial-1997; IBGE-1999; Alfabetização Solidária.<<strong>br</strong> />

Revista Época, 2 a<strong>br</strong>. 2001.<<strong>br</strong> />

Você pode observar nesse gráfico que Niger é<<strong>br</strong> />

o país com maior percentual de analfabetos.<<strong>br</strong> />

Ainda com relação a esse gráfico, responda:<<strong>br</strong> />

a) Que país tem o menor percentual de pessoas<<strong>br</strong> />

analfabetas?<<strong>br</strong> />

b) A situação do Brasil é melhor ou pior do que a<<strong>br</strong> />

do Chile? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

c) A situação do Brasil é melhor ou pior do que a<<strong>br</strong> />

da Bolívia? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

Analisando o gráfico, você observou que o país<<strong>br</strong> />

que tem o menor percentual de pessoas<<strong>br</strong> />

analfabetas é a Polônia, com menos de 1% de<<strong>br</strong> />

analfabetos. Entre os países sul americanos, a<<strong>br</strong> />

posição do Brasil não é tão favorável. Ela é<<strong>br</strong> />

melhor do que a da Bolívia, porém é pior do que<<strong>br</strong> />

a do Chile e do que a do Paraguai.<<strong>br</strong> />

Escreva um pequeno texto descrevendo<<strong>br</strong> />

suas observações com relação ao gráfico.<<strong>br</strong> />

Como você pode observar, as estatísticas mostram<<strong>br</strong> />

conquistas e desafios a serem enfrentados.<<strong>br</strong> />

Os gráficos apresentados em jornais e revistas em<<strong>br</strong> />

geral têm um título e a fonte de onde foram<<strong>br</strong> />

tiradas as informações. O título do gráfico que<<strong>br</strong> />

você acabou de analisar é “O mundo dos<<strong>br</strong> />

analfabetos”. A fonte é Banco Mundial, 1997;<<strong>br</strong> />

IBGE - 1999; Alfabetização Solidária.<<strong>br</strong> />

Esse tipo de gráfico é chamado de gráfico de<<strong>br</strong> />

barras. Ele é utilizado para representar<<strong>br</strong> />

comparação entre elementos semelhantes, no caso<<strong>br</strong> />

o percentual de analfabetos.<<strong>br</strong> />

É importante observar que o espaço entre as<<strong>br</strong> />

barras e sua largura são sempre idênticos.<<strong>br</strong> />

Certamente, todos nós concordamos com<<strong>br</strong> />

o fato de que o número de analfabetos é<<strong>br</strong> />

ainda muito elevado em nosso país.<<strong>br</strong> />

Porém, nos nove anos que separam os<<strong>br</strong> />

censos de 1991 e 2000, o país<<strong>br</strong> />

conseguiu diminuir a taxa de<<strong>br</strong> />

analfabetismo em 32%.<<strong>br</strong> />

Fonte: Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />

Embora muito se fale na importância da Educação<<strong>br</strong> />

para a construção da cidadania, ela ainda não é<<strong>br</strong> />

uma das maiores preocupações dos <strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />

Uma revista incluiu numa de suas matérias<<strong>br</strong> />

uma tabela com o título “O que mais preocupa<<strong>br</strong> />

os <strong>br</strong>asileiros”.<<strong>br</strong> />

O que mais preocupa os <strong>br</strong>asileiros<<strong>br</strong> />

Desemprego 76%<<strong>br</strong> />

Saúde 41%<<strong>br</strong> />

Drogas 40%<<strong>br</strong> />

Salário 33%<<strong>br</strong> />

Segurança 28%<<strong>br</strong> />

Educação 12%<<strong>br</strong> />

Inflação 11%<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />

Muitas vezes, as informações veiculadas estão<<strong>br</strong> />

representadas em tabelas como essa que você<<strong>br</strong> />

acabou de ver. As tabelas ajudam a organizar e<<strong>br</strong> />

representar informações muito diversas e<<strong>br</strong> />

permitem uma leitura simples. Nelas, as<<strong>br</strong> />

informações ficam agrupadas e resumidas. A<<strong>br</strong> />

tabela mostra que 76% da população <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />

está preocupada com o desemprego.


1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Analise a tabela da página 174 e tire suas conclusões a respeito das preocupações dos<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros no que se refere à Educação.<<strong>br</strong> />

Qual é o percentual de pessoas preocupado com a Educação no nosso país?<<strong>br</strong> />

E qual é o percentual de pessoas preocupadas com a Segurança ?<<strong>br</strong> />

Como você percebeu que a preocupação com a segurança ( 28%) é maior do que a<<strong>br</strong> />

preocupação com a educação (12%)?<<strong>br</strong> />

Uma observação importante: como, nessa pesquisa, o entrevistado podia escolher mais de<<strong>br</strong> />

uma resposta, a soma dessas porcentagens ultrapassa 100%.<<strong>br</strong> />

Como deveria ser formulada a pergunta ao entrevistado para que o total das respostas fosse<<strong>br</strong> />

100%? O que isso significa?<<strong>br</strong> />

Observe esse outro tipo de gráfico. Ele mostra o<<strong>br</strong> />

percentual de países independentes e de colônias,<<strong>br</strong> />

ou seja, de países dependentes de outros,<<strong>br</strong> />

tomando por base os anos de 1900 e 2000.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Analisando os gráficos do Mapa da<<strong>br</strong> />

Liberdade, responda:<<strong>br</strong> />

I. No ano de 1900, o percentual de países<<strong>br</strong> />

independentes era de:<<strong>br</strong> />

(a) 24%.<<strong>br</strong> />

(b) 40%.<<strong>br</strong> />

(c) 60%.<<strong>br</strong> />

(d) 76%.<<strong>br</strong> />

MAPA DA LIBERDADE<<strong>br</strong> />

O mundo nunca foi tão democrático como agora<<strong>br</strong> />

Países independentes Colônias<<strong>br</strong> />

60%<<strong>br</strong> />

ano 1900 ano 2000<<strong>br</strong> />

Gráfico 2<<strong>br</strong> />

Freedom House. Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />

40% 24% 76%<<strong>br</strong> />

II. Descreva como era a situação no<<strong>br</strong> />

ano 2000.<<strong>br</strong> />

III. Escreva um pequeno texto contendo as<<strong>br</strong> />

observações que você fez com relação a<<strong>br</strong> />

esses gráficos.<<strong>br</strong> />

175


176<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Os gráficos que você analisou (Gráfico 2) -<<strong>br</strong> />

popularmente conhecidos como “gráficos de<<strong>br</strong> />

pizza” - são chamados gráficos de setores, em<<strong>br</strong> />

referência ao que geometricamente corresponde à<<strong>br</strong> />

noção de setor circular. Esse tipo de gráfico é<<strong>br</strong> />

interessante para representar relações das partes<<strong>br</strong> />

de um todo entre si ou relações entre as partes<<strong>br</strong> />

com o todo. Observe que os mesmos dados<<strong>br</strong> />

poderiam ser representados em um gráfico de<<strong>br</strong> />

barras, como o Gráfico 3.<<strong>br</strong> />

PAÍSES INDEPENDENTES E COLÔNIAS<<strong>br</strong> />

Colônias<<strong>br</strong> />

Países<<strong>br</strong> />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%<<strong>br</strong> />

ano 2000 ano 1900<<strong>br</strong> />

Gráfico 3<<strong>br</strong> />

Freedom House. Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />

Quando analisamos as informações contidas num<<strong>br</strong> />

determinado gráfico, é importante relacioná-las<<strong>br</strong> />

com outras informações obtidas em outros<<strong>br</strong> />

contextos. Assim, poderíamos nos questionar se<<strong>br</strong> />

o processo de libertação dos países tem relação<<strong>br</strong> />

com a melhoria da qualidade de Educação<<strong>br</strong> />

de sua população.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

O que você pensa so<strong>br</strong>e isso? Pesquise<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e alguns países que se libertaram<<strong>br</strong> />

recentemente e procure ampliar seus<<strong>br</strong> />

conhecimentos a respeito da Educação<<strong>br</strong> />

nesses países.<<strong>br</strong> />

Da mesma forma, você acha que o processo de<<strong>br</strong> />

democratização dos países tem alguma relação<<strong>br</strong> />

com a sua autonomia? Você sabe o que é um<<strong>br</strong> />

regime democrático?<<strong>br</strong> />

Os dados revelam que, nos últimos 100 anos,<<strong>br</strong> />

aconteceram mudanças no regime de governo de<<strong>br</strong> />

muitos países do mundo. Hoje existem muitos<<strong>br</strong> />

países com regime democrático. Veja só.<<strong>br</strong> />

DEMOCRACIA NO MUNDO COM<<strong>br</strong> />

REGIME DEMOCRÁTICO<<strong>br</strong> />

ano 1900 ano 2000<<strong>br</strong> />

População Mundial<<strong>br</strong> />

Gráfico 4<<strong>br</strong> />

Freedom House. Revista Veja, 22 dez.1999.<<strong>br</strong> />

12% 55%<<strong>br</strong> />

Analise o Gráfico 4 e responda:<<strong>br</strong> />

I. Qual era o percentual da população mundial sob regime de democracia no ano de 1900 ?<<strong>br</strong> />

(a) 12%.<<strong>br</strong> />

(b) 45%.<<strong>br</strong> />

(c) 55%.<<strong>br</strong> />

(d) 88%.<<strong>br</strong> />

II. Qual era o percentual da população mundial sob regime de democracia no ano de 2000 ?<<strong>br</strong> />

(a) 12%.<<strong>br</strong> />

(b) 45%.<<strong>br</strong> />

(c) 55%.<<strong>br</strong> />

(d) 88%.<<strong>br</strong> />

III. Analisando os dados, você pode afirmar que mais da metade dos países do mundo são<<strong>br</strong> />

democráticos? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

IV. Escreva um pequeno texto contendo as observações que você fez com relação a esses gráficos.


Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

E o Brasil? Você acha que sempre vivemos num<<strong>br</strong> />

regime democrático? Saiba mais so<strong>br</strong>e o assunto:<<strong>br</strong> />

Recentemente o Brasil viveu sob<<strong>br</strong> />

influência de um regime militar. No<<strong>br</strong> />

período da ditadura militar, de 1964<<strong>br</strong> />

até 1985, havia muita repressão.<<strong>br</strong> />

Muitas pessoas que eram contrárias ao<<strong>br</strong> />

governo desapareceram e algumas<<strong>br</strong> />

foram encontradas mortas. A censura<<strong>br</strong> />

era muito rígida: jornais, novelas,<<strong>br</strong> />

filmes, músicas, peças de teatro, tudo<<strong>br</strong> />

passava por um órgão censurador, para<<strong>br</strong> />

sua aprovação ou não. Alguns artistas<<strong>br</strong> />

tiveram um papel importante nessa<<strong>br</strong> />

época, denunciando a violência<<strong>br</strong> />

instaurada no regime militar.<<strong>br</strong> />

Compositores musicais destacaram-se<<strong>br</strong> />

de maneira <strong>br</strong>ilhante utilizando vários<<strong>br</strong> />

recursos de linguagem para fazer suas<<strong>br</strong> />

músicas passarem pela censura. Gota<<strong>br</strong> />

d’água e Cálice de Chico Buarque de<<strong>br</strong> />

Holanda são exemplos disso. Também<<strong>br</strong> />

se destacaram José Celso Martinez<<strong>br</strong> />

Correa no teatro, Carlos Diegues no<<strong>br</strong> />

cinema e Lígia Fagundes Telles na<<strong>br</strong> />

literatura. O primeiro presidente após a<<strong>br</strong> />

ditadura militar foi eleito<<strong>br</strong> />

indiretamente, pelos parlamentares,<<strong>br</strong> />

por uma maioria esmagadora de votos.<<strong>br</strong> />

Surgiu o movimento pelas Diretas Já e<<strong>br</strong> />

iniciou-se a Nova República. O Brasil<<strong>br</strong> />

passava a pertencer ao bloco dos países<<strong>br</strong> />

democráticos.<<strong>br</strong> />

As informações apresentadas até aqui mostram,<<strong>br</strong> />

além dos textos, os diferentes tipos de<<strong>br</strong> />

representações gráficas que apareceram junto<<strong>br</strong> />

a eles e que permitem uma melhor visualização<<strong>br</strong> />

dos dados que estão presentes nas informações.<<strong>br</strong> />

Mas vamos continuar a conhecer fenômenos<<strong>br</strong> />

sociais e científicos presentes no nosso<<strong>br</strong> />

cotidiano que interferem na qualidade de vida<<strong>br</strong> />

do povo <strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />

Usando a Estatística<<strong>br</strong> />

para compreender<<strong>br</strong> />

fenômenos científicos<<strong>br</strong> />

e sociais que<<strong>br</strong> />

interferem na vida<<strong>br</strong> />

de cada um de nós<<strong>br</strong> />

A qualidade de vida é uma preocupação mundial<<strong>br</strong> />

crescente. Cada vez mais os problemas do planeta<<strong>br</strong> />

e da própria so<strong>br</strong>evivência do ser humano estão<<strong>br</strong> />

sendo discutidos. No Brasil, o Censo 2000 revelou<<strong>br</strong> />

melhoria no saneamento básico, no abastecimento<<strong>br</strong> />

de água e no esgoto sanitário. Mas ainda temos<<strong>br</strong> />

problemas como o do lixo, por exemplo.<<strong>br</strong> />

Você sabia que:<<strong>br</strong> />

• Uma pessoa produz cerca de 1/2 kg de lixo<<strong>br</strong> />

por dia?<<strong>br</strong> />

• Se os produtos da decomposição do lixo não<<strong>br</strong> />

são tratados, podem trazer grandes prejuízos ao<<strong>br</strong> />

ambiente e à saúde humana, contaminando o<<strong>br</strong> />

solo e lençóis de água subterrâneos,<<strong>br</strong> />

intensificando as conseqüências do efeito estufa<<strong>br</strong> />

e servindo como atrativos para animais que<<strong>br</strong> />

transmitem doenças?<<strong>br</strong> />

• O “aterro controlado” é um lixão coberto<<strong>br</strong> />

periodicamente com terra ou entulho? Que o<<strong>br</strong> />

aterro sanitário tem coleta e tratamento para o<<strong>br</strong> />

chorume (líquido produzido na decomposição<<strong>br</strong> />

do lixo orgânico) e para o gás metano gerado<<strong>br</strong> />

pelos resíduos?<<strong>br</strong> />

177


178<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Analise o Gráfico 5 e responda às<<strong>br</strong> />

questões.<<strong>br</strong> />

a) Em que local foi depositado o maior<<strong>br</strong> />

volume de lixo em termos percentuais?<<strong>br</strong> />

b) Qual o percentual de volume de lixo<<strong>br</strong> />

depositado nos aterros controlados?<<strong>br</strong> />

c) Qual o percentual total de volume de<<strong>br</strong> />

lixo depositado nos aterros sanitários e nos<<strong>br</strong> />

aterros controlados?<<strong>br</strong> />

II. Agora leia parte do texto publicado<<strong>br</strong> />

nesse mesmo jornal e verifique se os dados<<strong>br</strong> />

que estão indicados no gráfico foram<<strong>br</strong> />

adequadamente abordados pelo autor.<<strong>br</strong> />

Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

“A destinação final do lixo doméstico no<<strong>br</strong> />

Brasil teve uma grande melhora,<<strong>br</strong> />

segundo a Pesquisa Nacional de<<strong>br</strong> />

Saneamento Básico (PNSB) do IBGE.<<strong>br</strong> />

No ano 2000, o percentual de 47,1%<<strong>br</strong> />

do volume de resíduos gerados no país<<strong>br</strong> />

ia para aterros sanitários, enquanto que<<strong>br</strong> />

em 1989 a porcentagem era só de<<strong>br</strong> />

10,7% - o resto era jogado em lixões a<<strong>br</strong> />

céu aberto. Somando-se o percentual do<<strong>br</strong> />

volume que vai para aterros sanitários<<strong>br</strong> />

àquele que vai para aterros controlados<<strong>br</strong> />

(22,3%), dois terços do lixo deixa de<<strong>br</strong> />

ficar exposto e tem, na avaliação do<<strong>br</strong> />

IBGE, uma destinação adequada.<<strong>br</strong> />

30,5% do lixo acumulado é depositado<<strong>br</strong> />

nos lixões. O IBGE atribui a melhora na<<strong>br</strong> />

destinação final do lixo à maior<<strong>br</strong> />

consciência da população com relação à<<strong>br</strong> />

reciclagem do lixo, a programas<<strong>br</strong> />

específicos e ao apoio dos governos<<strong>br</strong> />

estaduais.”<<strong>br</strong> />

Adaptado do Jornal Folha de São Paulo, São Paulo,<<strong>br</strong> />

28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />

III. Essas informações poderiam ser<<strong>br</strong> />

veiculadas por meio de gráfico de setores?<<strong>br</strong> />

Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

O DESTINO FINAL DO LIXO<<strong>br</strong> />

Em 2000<<strong>br</strong> />

47,1%<<strong>br</strong> />

Aterros<<strong>br</strong> />

sanitários<<strong>br</strong> />

30,5%<<strong>br</strong> />

Lixões Aterros<<strong>br</strong> />

controlados<<strong>br</strong> />

Gráfico 5<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2000.<<strong>br</strong> />

22,3%


Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Por falar em reciclagem, vamos analisar algumas<<strong>br</strong> />

informações so<strong>br</strong>e a indústria do plástico em<<strong>br</strong> />

nosso país.<<strong>br</strong> />

A indústria de plásticos transforma<<strong>br</strong> />

resinas em materiais plásticos dos mais<<strong>br</strong> />

diversos, da rodinha de patinete a<<strong>br</strong> />

peças de geladeiras e carros. O setor<<strong>br</strong> />

está produzindo mais, investindo mais,<<strong>br</strong> />

vendendo mais e exportando mais. Nos<<strong>br</strong> />

últimos anos, a produção e o consumo<<strong>br</strong> />

de plástico no Brasil aumentaram e as<<strong>br</strong> />

projeções indicam que o país deve<<strong>br</strong> />

melhorar na classificação mundial.<<strong>br</strong> />

Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 9 mar. 2001.<<strong>br</strong> />

Agora analise o próximo gráfico e responda<<strong>br</strong> />

as questões propostas.<<strong>br</strong> />

A EMBALAGEM DA ECONOMIA<<strong>br</strong> />

A maior parte da produção de plásticos é<<strong>br</strong> />

destinada à embalagem de alimentos. Seu<<strong>br</strong> />

crescimento se transformou num termômetro<<strong>br</strong> />

eficiente do desempenho da economia. Nos<<strong>br</strong> />

últimos anos, o consumo de plástico no Brasil<<strong>br</strong> />

aumentou, e as projeções indicam que o país<<strong>br</strong> />

deve melhorar sua posição no ranking mundial.<<strong>br</strong> />

RANKING MUNDIAL PER CAPITA<<strong>br</strong> />

(em quilogramas – kg)<<strong>br</strong> />

Estados Unidos 98<<strong>br</strong> />

Canadá 80<<strong>br</strong> />

Coréia do Sul 73<<strong>br</strong> />

Japão 68<<strong>br</strong> />

Brasil 22<<strong>br</strong> />

EVOLUÇÃO DO CONSUMO<<strong>br</strong> />

ANUAL BRASILEIRO<<strong>br</strong> />

(em quilogramas – kg)<<strong>br</strong> />

kg<<strong>br</strong> />

22<<strong>br</strong> />

21<<strong>br</strong> />

19<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

ano<<strong>br</strong> />

1994 1995 1996 1997 1998 1999<<strong>br</strong> />

Gráfico 6<<strong>br</strong> />

Revista Veja, São Paulo, 22 dez.1999.<<strong>br</strong> />

a) Qual é a quantidade de plástico em kg que o<<strong>br</strong> />

Brasil consumiu no ano de 1994?<<strong>br</strong> />

b) Qual é a quantidade de plástico em kg que o<<strong>br</strong> />

Brasil consumiu no ano de 1999?<<strong>br</strong> />

c) Se continuar essa tendência observada no<<strong>br</strong> />

gráfico, é possível afirmar que no ano de 2002 o<<strong>br</strong> />

consumo de plástico aumentará?<<strong>br</strong> />

Quando você fez a leitura do gráfico, você deve<<strong>br</strong> />

ter observado que no eixo horizontal estão<<strong>br</strong> />

marcados os anos de 1994, 1995, até 1999. No<<strong>br</strong> />

eixo vertical estão marcadas em kg o consumo de<<strong>br</strong> />

plástico anual <strong>br</strong>asileiro. Para identificar o<<strong>br</strong> />

consumo de plástico no ano de 1994, bastou você<<strong>br</strong> />

olhar no eixo vertical qual é a quantidade de kg<<strong>br</strong> />

correspondente a esse ano. O consumo foi de 13<<strong>br</strong> />

kg. No ano de 1999 o consumo foi de 9 kg. Se<<strong>br</strong> />

continuar essa tendência observada no gráfico o<<strong>br</strong> />

consumo de plástico no Brasil continuará<<strong>br</strong> />

aumentando, pois o gráfico de linhas que indica<<strong>br</strong> />

esse consumo está crescendo ano a ano.<<strong>br</strong> />

O gráfico que você analisou é chamado gráfico de<<strong>br</strong> />

linhas. Esse tipo de gráfico é usado quando<<strong>br</strong> />

queremos analisar a evolução de uma situação ou<<strong>br</strong> />

de um fenômeno ao longo de um período. Neste<<strong>br</strong> />

exemplo, o gráfico mostra a evolução do<<strong>br</strong> />

crescimento do consumo anual de plástico no<<strong>br</strong> />

período de 1994 a 1999.<<strong>br</strong> />

A preocupação com maior investimento na coleta<<strong>br</strong> />

seletiva de lixo, no que se refere ao plástico,<<strong>br</strong> />

deve-se ao fato de que, para se decompor, ele<<strong>br</strong> />

pode levar mais de 100 anos, dependendo do<<strong>br</strong> />

ambiente em que se encontre.<<strong>br</strong> />

Você analisou gráficos de barras, de<<strong>br</strong> />

linhas, de colunas e de setores. Você já<<strong>br</strong> />

observou também que é possível utilizar<<strong>br</strong> />

gráficos diferentes para apresentar os<<strong>br</strong> />

mesmos dados, embora alguns gráficos<<strong>br</strong> />

sejam mais adequados do que outros<<strong>br</strong> />

para apresentar os dados de uma<<strong>br</strong> />

determinada situação. Cada tipo de<<strong>br</strong> />

gráfico é construído de maneira<<strong>br</strong> />

diferente. Para saber mais so<strong>br</strong>e isso,<<strong>br</strong> />

consulte livros didáticos das últimas<<strong>br</strong> />

séries do ensino fundamental.<<strong>br</strong> />

179


180<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Analise agora esse outro gráfico de linhas.<<strong>br</strong> />

NÚMERO DE FILHOS POR MULHER<<strong>br</strong> />

Média de número de filhos por mulher<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

6,2 6,2 6,3<<strong>br</strong> />

5,8<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

4,4<<strong>br</strong> />

2,9<<strong>br</strong> />

2,3<<strong>br</strong> />

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000<<strong>br</strong> />

Gráfico 7<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 9 mai. 2002. - Fonte: IBGE<<strong>br</strong> />

Gráfico 8<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />

Variação no período<<strong>br</strong> />

de 1940 até 2000<<strong>br</strong> />

I. Qual era a média do número de filhos por mulher no ano de 1940? E no ano 2000?<<strong>br</strong> />

II. Se continuar essa tendência observada no gráfico, é possível afirmar que no ano de 2010<<strong>br</strong> />

a média de filhos por mulher aumentará? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

Um outro importante indicador de qualidade de<<strong>br</strong> />

vida é o chamado saneamento básico, muito<<strong>br</strong> />

ligado à prevenção de doenças e ao bem estar da<<strong>br</strong> />

população.<<strong>br</strong> />

No entanto, existem lugares do Brasil que ainda<<strong>br</strong> />

não têm nenhum serviço de abastecimento de<<strong>br</strong> />

água, coleta de lixo ou de esgoto. Um jornal de<<strong>br</strong> />

grande circulação publicou uma reportagem<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o retrato do saneamento no Brasil e<<strong>br</strong> />

apontou 9 municípios <strong>br</strong>asileiros sem nenhum<<strong>br</strong> />

serviço de saneamento básico, dos quais 5 são<<strong>br</strong> />

no Maranhão.<<strong>br</strong> />

Percentual de municípios com serviços de<<strong>br</strong> />

esgoto<<strong>br</strong> />

47,3 53,2<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

8,4 7,1<<strong>br</strong> />

Norte<<strong>br</strong> />

42,9<<strong>br</strong> />

26,1<<strong>br</strong> />

Nordeste<<strong>br</strong> />

91,0 92,9<<strong>br</strong> />

Sudeste<<strong>br</strong> />

39,1 38,9<<strong>br</strong> />

RAIOS-X DO SANEAMENTO<<strong>br</strong> />

Sul<<strong>br</strong> />

12,9 17,9<<strong>br</strong> />

Centro-Oeste<<strong>br</strong> />

No caso da água, a principal solução<<strong>br</strong> />

encontrada são os poços particulares.<<strong>br</strong> />

Outros usam água do rio para beber,<<strong>br</strong> />

lavar roupa e tomar banho. Nesse caso,<<strong>br</strong> />

a população ainda precisa se deslocar<<strong>br</strong> />

para coletar água e transportá-la para<<strong>br</strong> />

suas casas. Até o momento da<<strong>br</strong> />

publicação da notícia, não havia plano<<strong>br</strong> />

para instalação de uma rede de esgoto<<strong>br</strong> />

nesses municípios.<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />

Observe os gráficos do Raio X do Saneamento.<<strong>br</strong> />

3,9 7,2<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

1989 2000<<strong>br</strong> />

Percentual de municípios<<strong>br</strong> />

com água distribuída sem tratamento<<strong>br</strong> />

14,3<<strong>br</strong> />

32,4<<strong>br</strong> />

Norte<<strong>br</strong> />

6,-0 6,4<<strong>br</strong> />

Nordeste<<strong>br</strong> />

2,6<<strong>br</strong> />

Sudeste<<strong>br</strong> />

5,6<<strong>br</strong> />

2,1<<strong>br</strong> />

5,9<<strong>br</strong> />

3,8 3,6<<strong>br</strong> />

Sul Centro-Oeste


6<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Na primeira parte do Gráfico 8 estão os dados<<strong>br</strong> />

percentuais referentes às regiões <strong>br</strong>asileiras com<<strong>br</strong> />

serviço de esgoto no ano 1989 (coluna cinza) e<<strong>br</strong> />

no ano 2000 (coluna preta). Na segunda parte do<<strong>br</strong> />

gráfico estão os dados percentuais referentes às<<strong>br</strong> />

regiões <strong>br</strong>asileiras que não tem água tratada no<<strong>br</strong> />

ano 1989 (coluna cinza) e no ano 2000 (coluna<<strong>br</strong> />

preta).<<strong>br</strong> />

Analise o gráfico das regiões com serviço de<<strong>br</strong> />

esgoto e o gráfico das regiões sem tratamento de<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

água. É possível afirmar que a Região Sudeste<<strong>br</strong> />

tem melhor qualidade de vida em relação ao<<strong>br</strong> />

saneamento básico?<<strong>br</strong> />

A interpretação dos dados desses gráficos permite<<strong>br</strong> />

inferir que a região Sudeste ocupa uma posição<<strong>br</strong> />

privilegiada em relação ao saneamento básico. Por<<strong>br</strong> />

um lado, é nessa região que há um maior<<strong>br</strong> />

percentual de municípios com serviços de esgoto;<<strong>br</strong> />

por outro lado, é a região que tem o menor<<strong>br</strong> />

percentual de municípios sem tratamento de água.<<strong>br</strong> />

I. De acordo com o Gráfico 8, é possível inferir qual é a região <strong>br</strong>asileira que tem as piores<<strong>br</strong> />

condições de saneamento básico? Justifique sua reposta.<<strong>br</strong> />

II. O que você sabe a respeito do saneamento básico na sua cidade?<<strong>br</strong> />

Leia mais so<strong>br</strong>e o assunto:<<strong>br</strong> />

Segundo dados de um jornal de grande<<strong>br</strong> />

circulação nacional, a água sem<<strong>br</strong> />

tratamento e a falta de saneamento<<strong>br</strong> />

básico causam a morte de milhares de<<strong>br</strong> />

pessoas por ano no Brasil. O Brasil tem<<strong>br</strong> />

7,5 milhões de domicílios sem<<strong>br</strong> />

banheiro. No Piauí, 42,9% dos<<strong>br</strong> />

domicílios não têm instalação<<strong>br</strong> />

sanitária. Em 1998, doenças<<strong>br</strong> />

relacionadas à falta de saneamento<<strong>br</strong> />

básico, como a diarréia, vitimaram em<<strong>br</strong> />

nosso país 10.844 pessoas, número<<strong>br</strong> />

maior do que o de homicídios na<<strong>br</strong> />

região metropolitana de São Paulo<<strong>br</strong> />

naquele ano.<<strong>br</strong> />

Adaptado da Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />

Você já ouviu alguém falar que antes da<<strong>br</strong> />

descoberta da penicilina morria muita gente, até<<strong>br</strong> />

de gripe ou de tuberculose?<<strong>br</strong> />

Felizmente, as notícias de jornal nos permitem<<strong>br</strong> />

verificar que, embora tenhamos muito problemas,<<strong>br</strong> />

também podemos contabilizar avanços no campo<<strong>br</strong> />

da saúde.<<strong>br</strong> />

Em uma reportagem so<strong>br</strong>e dados relativos ao<<strong>br</strong> />

campo da saúde nestes últimos 100 anos, o autor<<strong>br</strong> />

traçou um paralelo so<strong>br</strong>e expectativa de vida,<<strong>br</strong> />

mortalidade infantil, cirurgias e alguns desafios<<strong>br</strong> />

da medicina nos anos de 1900 e 2000. Segundo a<<strong>br</strong> />

reportagem, graças aos progressos da ciência e da<<strong>br</strong> />

medicina, aos avanços no campo sanitário e nos<<strong>br</strong> />

padrões nutricionais das pessoas, nos últimos 100<<strong>br</strong> />

anos o mundo passou por um progresso incrível,<<strong>br</strong> />

mesmo estando longe do ideal.<<strong>br</strong> />

Reportagem publicada na Revista Veja, São Paulo, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />

Você imagina como eram realizadas as<<strong>br</strong> />

cirurgias em 1900? Você pode estimar<<strong>br</strong> />

qual era o índice de mortalidade<<strong>br</strong> />

durante as cirurgias nessa época?<<strong>br</strong> />

181


182<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

Depois de explicitar suas hipóteses, procure as<<strong>br</strong> />

informações na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />

Ano<<strong>br</strong> />

1900<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

Tabela 2<<strong>br</strong> />

Expectativa<<strong>br</strong> />

de vida<<strong>br</strong> />

40 anos<<strong>br</strong> />

68 anos<<strong>br</strong> />

Mortalidade<<strong>br</strong> />

infantil<<strong>br</strong> />

164 (em cada 1000<<strong>br</strong> />

nascimentos)<<strong>br</strong> />

58 (em cada 1000<<strong>br</strong> />

nascimentos)<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Cirurgias<<strong>br</strong> />

O paciente permanecia<<strong>br</strong> />

acordado ou parcialmente<<strong>br</strong> />

dopado por clorofórmio e<<strong>br</strong> />

sentia dores lancinantes. A taxa<<strong>br</strong> />

de mortalidade durante as<<strong>br</strong> />

cirurgias era de 90%<<strong>br</strong> />

O paciente recebe anestesia<<strong>br</strong> />

geral e suas funções vitais são<<strong>br</strong> />

monitoradas por equipamentos<<strong>br</strong> />

computadorizados. O risco de<<strong>br</strong> />

um paciente morrer durante<<strong>br</strong> />

uma cirurgia é de 10%<<strong>br</strong> />

Os desafios<<strong>br</strong> />

da medicina<<strong>br</strong> />

Sífilis - a solução veio<<strong>br</strong> />

com a penicilina,<<strong>br</strong> />

descoberta por Alexander<<strong>br</strong> />

Fleming em 1928.<<strong>br</strong> />

AIDS- não há solução<<strong>br</strong> />

ainda. Os tratamentos<<strong>br</strong> />

com AZT e coquetéis<<strong>br</strong> />

mostram-se satisfatórios.<<strong>br</strong> />

I. A Tabela 2 é chamada tabela de dupla entrada. Cada um dos dados se refere tanto à linha<<strong>br</strong> />

quanto à coluna na qual se encontra. Por exemplo, 68 anos é a expectativa de vida no ano<<strong>br</strong> />

2000. Para fazer essa leitura você vai à linha “ano 2000” e à coluna “expectativa de vida”.<<strong>br</strong> />

No cruzamento da linha e da coluna você encontra: 68 anos.<<strong>br</strong> />

Responda agora, de acordo com essa tabela:<<strong>br</strong> />

a) Quantas crianças morriam a cada mil nascidas no ano 1900?<<strong>br</strong> />

b) Qual é o desafio da medicina no ano 2000?<<strong>br</strong> />

II. Escreva um pequeno texto apontando o que você acha que deve melhorar no sistema de<<strong>br</strong> />

saúde do seu bairro.<<strong>br</strong> />

Mas não vamos falar apenas em doenças. O Brasil<<strong>br</strong> />

é um país extenso, com muitas belezas naturais e<<strong>br</strong> />

um clima privilegiado. Vários artistas cantaram<<strong>br</strong> />

em verso e prosa as belezas de nosso país. Você<<strong>br</strong> />

conhece essa música?<<strong>br</strong> />

Moro num país tropical, abençoado por<<strong>br</strong> />

Deus e bonito por natureza...<<strong>br</strong> />

O Brasil é tido como um país de clima tropical,<<strong>br</strong> />

mas vamos conhecer um pouco mais do clima do<<strong>br</strong> />

nosso país.<<strong>br</strong> />

Grande parte do nosso país tem um clima<<strong>br</strong> />

tropical, apresenta temperaturas elevadas o ano<<strong>br</strong> />

todo. Uma das características do clima tropical é<<strong>br</strong> />

a abundância de chuvas, em torno de 1500 mm<<strong>br</strong> />

por ano. A distribuição das chuvas determina as<<strong>br</strong> />

estações: o verão muito chuvoso e o inverno seco.<<strong>br</strong> />

Mas no Brasil, por ser um país de dimensões<<strong>br</strong> />

continentais, o clima sofre influências de diversos<<strong>br</strong> />

fatores e nem todas as regiões <strong>br</strong>asileiras têm<<strong>br</strong> />

caraterísticas de clima tropical.


8<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Observe o gráfico que indica as precipitações<<strong>br</strong> />

chuvosas em mm por ano, em uma determinada<<strong>br</strong> />

região, no período de um ano.<<strong>br</strong> />

PRECIPITAÇÕES<<strong>br</strong> />

350<<strong>br</strong> />

300<<strong>br</strong> />

250<<strong>br</strong> />

200<<strong>br</strong> />

150<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Gráfico 9<<strong>br</strong> />

Precipitações em mm por ano<<strong>br</strong> />

Jan<<strong>br</strong> />

Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />

Meses do ano<<strong>br</strong> />

Analisando o Gráfico 9 você pode inferir<<strong>br</strong> />

que essa é uma região do Brasil que tem<<strong>br</strong> />

características de clima tropical? Justifique<<strong>br</strong> />

sua resposta.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Vamos conhecer mais um pouco do nosso país.<<strong>br</strong> />

O Brasil não é um país auto-suficiente na produção de petróleo. Precisa de importações para<<strong>br</strong> />

abastecer o consumo interno.<<strong>br</strong> />

Analise os dados da tabela 3 e responda ao teste.<<strong>br</strong> />

Origem 1989 % 1992 %<<strong>br</strong> />

Nacional 22 290 45,54% 36 096 52,02<<strong>br</strong> />

Importado 35 017 54,45 33 280 47,97<<strong>br</strong> />

Tabela 3<<strong>br</strong> />

Dados do IBGE, Anuário Estatístico, 1994.<<strong>br</strong> />

Processamento de petróleo <strong>br</strong>uto em mil metros cúbicos, segundo a origem.<<strong>br</strong> />

Os dados permitem inferir que:<<strong>br</strong> />

a) mais da metade do petróleo processado em 1989 era nacional.<<strong>br</strong> />

b) à medida que diminuiu a participação do petróleo nacional, aumentou a porcentagem de<<strong>br</strong> />

compra do petróleo importado.<<strong>br</strong> />

c) mais da metade do petróleo usado em 1992 era importado.<<strong>br</strong> />

d) houve aumento no percentual do petróleo nacional e diminuição no percentual do petróleo<<strong>br</strong> />

importado.<<strong>br</strong> />

183


184<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

Resolver problemas fazendo uso de<<strong>br</strong> />

informações expressas em gráficos ou tabelas<<strong>br</strong> />

A desigualdade de renda é ainda uma marca<<strong>br</strong> />

profunda da sociedade <strong>br</strong>asileira. Vamos entender<<strong>br</strong> />

melhor essa questão. O índice Gini é um<<strong>br</strong> />

indicador internacional para medir concentração<<strong>br</strong> />

de renda, que varia de 0 a 1. Quanto mais alto o<<strong>br</strong> />

índice, maior a concentração de renda; isto é,<<strong>br</strong> />

quanto mais próximo de 1, maior a parcela de<<strong>br</strong> />

renda que fica na mão de menos pessoas. Quanto<<strong>br</strong> />

mais próxima do zero, mais perfeita é a<<strong>br</strong> />

distribuição de renda. Em 1991, o índice do<<strong>br</strong> />

Brasil era de 0,636. O gráfico abaixo mostra a<<strong>br</strong> />

concentração de renda em 2000, por regiões.<<strong>br</strong> />

CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO PAÍS<<strong>br</strong> />

0,7<<strong>br</strong> />

0,65<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,55<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,609 0,596<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

Norte<<strong>br</strong> />

0,647<<strong>br</strong> />

Nordeste<<strong>br</strong> />

0,586 0,572<<strong>br</strong> />

Sudeste<<strong>br</strong> />

Sul<<strong>br</strong> />

Gráfico 10<<strong>br</strong> />

Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />

0,647<<strong>br</strong> />

Centro-oeste<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Calcule de quanto foi a diminuição da<<strong>br</strong> />

concentração de renda no país no<<strong>br</strong> />

período de 1991 a 2000.<<strong>br</strong> />

Você deve ter observado que, para calcular a<<strong>br</strong> />

diminuição da concentração de renda no país no<<strong>br</strong> />

período de 1991 para 2000, é preciso primeiro<<strong>br</strong> />

identificar no gráfico os índices de concentração<<strong>br</strong> />

de renda no país no ano 2000.<<strong>br</strong> />

No ano 2000, é fácil perceber que o índice de<<strong>br</strong> />

concentração de renda é 0,609. Basta olhar a<<strong>br</strong> />

coluna escrita Brasil, a primeira do gráfico, e o<<strong>br</strong> />

dado numérico escrito no eixo vertical,<<strong>br</strong> />

correspondente à coluna do Brasil.<<strong>br</strong> />

Para calcular em quanto diminuiu a concentração<<strong>br</strong> />

de renda no período, basta fazer a subtração:<<strong>br</strong> />

0,636 - 0,609 = 0,027.<<strong>br</strong> />

Observe o gráfico novamente e procure os<<strong>br</strong> />

estados com a melhor e a pior distribuição de<<strong>br</strong> />

renda no ano 2000.<<strong>br</strong> />

I. Analisando a tabela da concentração de renda no país, responda.<<strong>br</strong> />

a) Qual a diferença entre os índices das regiões com a melhor e a pior distribuição de renda<<strong>br</strong> />

no ano 2000?<<strong>br</strong> />

b) Qual a diferença entre o índice da região com a melhor distribuição de renda e o índice do<<strong>br</strong> />

país no ano 2000?<<strong>br</strong> />

c) Qual a diferença entre o índice da região com a pior distribuição de renda e o índice do<<strong>br</strong> />

país no ano 2000?<<strong>br</strong> />

Escreva um pequeno texto explicando porque se pode afirmar que, quanto menor for o Gini,<<strong>br</strong> />

melhor a distribuição de renda do país.


10<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Por falar em desenvolvimento, vamos analisar<<strong>br</strong> />

um pouco como estão as reservas naturais do<<strong>br</strong> />

nosso país e como elas são preservadas. Você já<<strong>br</strong> />

analisou dados relativos à produção de petróleo,<<strong>br</strong> />

agora vai analisar dados relativos à produção de<<strong>br</strong> />

carvão mineral, ferro, aço e gás natural.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Analise o gráfico e resolva o problema:<<strong>br</strong> />

Quanto precisaria produzir a mais o<<strong>br</strong> />

Estado do Rio Grande do Sul para atingir a<<strong>br</strong> />

produção do Estado de Santa Catarina? E<<strong>br</strong> />

o Estado do Paraná?<<strong>br</strong> />

A siderurgia é a mais importante<<strong>br</strong> />

atividade do setor de transformação<<strong>br</strong> />

de minerais metálicos do mundo.<<strong>br</strong> />

Por meio dela, a partir da utilização<<strong>br</strong> />

de uma gama de minerais, em que<<strong>br</strong> />

se destaca o ferro, se dá a<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icação do aço, dos mais<<strong>br</strong> />

variados tipos e formas.<<strong>br</strong> />

No Brasil, a maior parte da<<strong>br</strong> />

produção siderúrgica concentra-se<<strong>br</strong> />

em áreas próximas do litoral e na<<strong>br</strong> />

região sudeste.<<strong>br</strong> />

Observe o gráfico ao lado.<<strong>br</strong> />

O desenvolvimento e o uso crescente de máquinas<<strong>br</strong> />

nas sociedades atuais exigem o desenvolvimento<<strong>br</strong> />

paralelo de fontes de energia para movimentá-las.<<strong>br</strong> />

No início do século XX, o carvão mineral co<strong>br</strong>ia<<strong>br</strong> />

96% das necessidades mundiais de energia, porém<<strong>br</strong> />

o carvão mineral <strong>br</strong>asileiro sempre apresentou<<strong>br</strong> />

pequena produção e consumo restrito. Ainda<<strong>br</strong> />

hoje, apenas alguns estados do país produzem<<strong>br</strong> />

carvão mineral.<<strong>br</strong> />

PRODUÇÃO DE<<strong>br</strong> />

CARVÃO MINEIRAL<<strong>br</strong> />

Rio Grande so Sul<<strong>br</strong> />

Santa Catarina<<strong>br</strong> />

Paraná<<strong>br</strong> />

Gráfico 11<<strong>br</strong> />

Anuário estatístico do Brasil - 1995 - IBGE.<<strong>br</strong> />

Vamos analisar agora a produção siderúrgica no Brasil<<strong>br</strong> />

PRODUÇÃO SIDERÚRGICA NO BRASIL<<strong>br</strong> />

30000<<strong>br</strong> />

25000<<strong>br</strong> />

20000<<strong>br</strong> />

15000<<strong>br</strong> />

10000<<strong>br</strong> />

5000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Gráfico 12<<strong>br</strong> />

IBGE, 1998.<<strong>br</strong> />

Produção de aço <strong>br</strong>uto em toneladas<<strong>br</strong> />

1946<<strong>br</strong> />

a) É possível identificar qual foi o período em que<<strong>br</strong> />

houve o maior crescimento da produção<<strong>br</strong> />

siderúrgica nacional?<<strong>br</strong> />

b) Em quantas toneladas decresceu a produção<<strong>br</strong> />

siderúrgica nos últimos 5 anos indicados no<<strong>br</strong> />

gráfico?<<strong>br</strong> />

c) Quantas toneladas de aço <strong>br</strong>uto o Brasil<<strong>br</strong> />

produziu no período de 1946 até 1996?<<strong>br</strong> />

61%<<strong>br</strong> />

3%<<strong>br</strong> />

36%<<strong>br</strong> />

1956 1966 1976 1986 1996<<strong>br</strong> />

Período de 1946 a 1996<<strong>br</strong> />

185


186<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

Para resolver o problema b), você precisa<<strong>br</strong> />

inicialmente identificar quantas toneladas de<<strong>br</strong> />

aço foram produzidas no período de 1991 a<<strong>br</strong> />

1996, os últimos 5 anos indicados no gráfico.<<strong>br</strong> />

Você deve ter observado que, no eixo vertical,<<strong>br</strong> />

há divisões marcadas numericamente a cada<<strong>br</strong> />

5.000 toneladas, mas há também subdivisões<<strong>br</strong> />

que não estão marcadas numericamente; como<<strong>br</strong> />

cada 5.000 toneladas tem 4 subdivisões, elas são<<strong>br</strong> />

divididas de 1.000 em 1.000 toneladas.<<strong>br</strong> />

Assim, no ano 1991, a produção siderúrgica era<<strong>br</strong> />

de 24.000 toneladas e, no ano 1996, era de<<strong>br</strong> />

20.000 toneladas. Para saber qual foi o<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Agora é sua vez. Analise os gráficos e resolva as questões:<<strong>br</strong> />

O gráfico abaixo traz a distribuição territorial da produção de aço <strong>br</strong>uto em 1991.<<strong>br</strong> />

DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA PRODUÇÃO DE AÇO - 1991<<strong>br</strong> />

10000<<strong>br</strong> />

9000<<strong>br</strong> />

8000<<strong>br</strong> />

7000<<strong>br</strong> />

6000<<strong>br</strong> />

5000<<strong>br</strong> />

4000<<strong>br</strong> />

3000<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

1000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Produção de aço em mil toneladas<<strong>br</strong> />

216<<strong>br</strong> />

Pernambuco<<strong>br</strong> />

437<<strong>br</strong> />

Rio Grande<<strong>br</strong> />

do Sul<<strong>br</strong> />

Gráfico 13<<strong>br</strong> />

Anuário Estatístico - IBGE - 1995.<<strong>br</strong> />

3738<<strong>br</strong> />

São Paulo<<strong>br</strong> />

205<<strong>br</strong> />

Paraná<<strong>br</strong> />

9285<<strong>br</strong> />

Minas<<strong>br</strong> />

Gerais<<strong>br</strong> />

3473<<strong>br</strong> />

Espírito<<strong>br</strong> />

Santo<<strong>br</strong> />

decréscimo da produção siderúrgica no período<<strong>br</strong> />

basta fazer a subtração 24.000 - 20.000. Para<<strong>br</strong> />

desco<strong>br</strong>ir qual foi a produção siderúrgica em<<strong>br</strong> />

toneladas no período de 1946 até 1996, basta<<strong>br</strong> />

somar a produção de cada um dos anos<<strong>br</strong> />

assinalados no gráfico.<<strong>br</strong> />

4838<<strong>br</strong> />

Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro<<strong>br</strong> />

310<<strong>br</strong> />

Bahia<<strong>br</strong> />

Estados<<strong>br</strong> />

a) Qual a diferença de produção de aço em mil toneladas entre o maior e o menor estado<<strong>br</strong> />

produtor de aço no Brasil?<<strong>br</strong> />

b) Quantas mil toneladas de aço produzem juntos os quatro estados que produzem mais aço<<strong>br</strong> />

no Brasil?


Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

II. De acordo com o gráfico, é possível<<strong>br</strong> />

afirmar que:<<strong>br</strong> />

a) O Rio de Janeiro produz o do<strong>br</strong>o de gás<<strong>br</strong> />

natural do que a Bahia.<<strong>br</strong> />

b) A soma das produções de gás natural de<<strong>br</strong> />

Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte<<strong>br</strong> />

supera a produção do Rio de Janeiro.<<strong>br</strong> />

c) A soma das produções de gás natural do<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro e da Bahia não chega à<<strong>br</strong> />

metade da produção nacional.<<strong>br</strong> />

d) A diferença das produções de gás<<strong>br</strong> />

natural de Bahia e Sergipe supera a<<strong>br</strong> />

produção do Rio Grande do Norte.<<strong>br</strong> />

Tabela 4<<strong>br</strong> />

www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA PRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

DE GÁS NATURAL NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Gráfico 14<<strong>br</strong> />

BA<<strong>br</strong> />

SE<<strong>br</strong> />

Outros<<strong>br</strong> />

CE<<strong>br</strong> />

22%<<strong>br</strong> />

12%<<strong>br</strong> />

7%<<strong>br</strong> />

7%<<strong>br</strong> />

10%<<strong>br</strong> />

42%<<strong>br</strong> />

Gráficos ou tabelas usados como recurso<<strong>br</strong> />

de argumentações<<strong>br</strong> />

Um dos problemas graves do<<strong>br</strong> />

Brasil refere-se à saúde. As<<strong>br</strong> />

pessoas nem sempre têm acesso<<strong>br</strong> />

aos serviços de saúde, procuram<<strong>br</strong> />

atendimento médico e nem<<strong>br</strong> />

sempre são atendidas. Vários<<strong>br</strong> />

são os motivos. A Tabela 4<<strong>br</strong> />

mostra alguns deles, apontados<<strong>br</strong> />

por 755.521 pessoas doentes que<<strong>br</strong> />

não foram atendidas numa<<strong>br</strong> />

primeira procura aos serviços de<<strong>br</strong> />

saúde. A pesquisa foi realizada<<strong>br</strong> />

nas duas últimas semanas do<<strong>br</strong> />

ano de 1998.<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

Total<<strong>br</strong> />

755 521<<strong>br</strong> />

Não conseguiram vaga ou senha 344 793<<strong>br</strong> />

Não havia médico atendendo 216 161<<strong>br</strong> />

Não havia serviço ou profissional especializado 48 195<<strong>br</strong> />

O serviço de equipamento não estava funcionando 27 750<<strong>br</strong> />

Não podiam <strong>pag</strong>ar 7 683<<strong>br</strong> />

Esperaram muito e desistiram 39 057<<strong>br</strong> />

Outro 70 034<<strong>br</strong> />

Sem declaração 1 848<<strong>br</strong> />

RJ<<strong>br</strong> />

RN<<strong>br</strong> />

187


188<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

Analisando essa tabela é possível argumentar<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o principal problema que afeta os serviços<<strong>br</strong> />

de saúde no Brasil?<<strong>br</strong> />

Utilizando os dados da tabela é possível<<strong>br</strong> />

identificar o principal problema que afeta os<<strong>br</strong> />

serviços de saúde no Brasil, que é a falta de vagas<<strong>br</strong> />

nos hospitais, e defender a idéia de que é preciso<<strong>br</strong> />

aumentar o número de vagas nos serviços de<<strong>br</strong> />

saúde, argumentando que 344.793 das<<strong>br</strong> />

755.521 pessoas que procuraram o serviço de<<strong>br</strong> />

saúde não foram atendidas porque não<<strong>br</strong> />

conseguiram vagas ou senhas.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Já que falamos em problemas com a saúde, analise essa outra situação.<<strong>br</strong> />

Esse gráfico apresenta o motivo principal por que homens e mulheres procuraram o serviço de<<strong>br</strong> />

saúde nas duas últimas semanas do ano de 1998.<<strong>br</strong> />

PESSOAS QUE PROCURARAM POR SERVIÇO DE SAÚDE NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS<<strong>br</strong> />

(por motivo principal da procura e sexo) - BRASIL - 1998<<strong>br</strong> />

6.000.000<<strong>br</strong> />

5.000.000<<strong>br</strong> />

4.000.000<<strong>br</strong> />

3.000.000<<strong>br</strong> />

2.000.000<<strong>br</strong> />

1.000.000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Homens<<strong>br</strong> />

Mulheres<<strong>br</strong> />

Gráfico 15<<strong>br</strong> />

www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Doença<<strong>br</strong> />

Exame de rotina<<strong>br</strong> />

prevenção ou<<strong>br</strong> />

vacinação<<strong>br</strong> />

Acidente<<strong>br</strong> />

ou lesão<<strong>br</strong> />

Pré-natal<<strong>br</strong> />

ou parto<<strong>br</strong> />

Problema<<strong>br</strong> />

odontológico<<strong>br</strong> />

Tratamento ou<<strong>br</strong> />

reabilitação<<strong>br</strong> />

Somente atestado<<strong>br</strong> />

médico<<strong>br</strong> />

Analisando esse gráfico é possível identificar qual é o principal motivo da procura de<<strong>br</strong> />

serviços públicos por homens e mulheres no país? Qual seria um bom argumento a ser<<strong>br</strong> />

defendido para justificar esse motivo? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />

Sem declaração


13<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Observe o Gráfico 16 e desenvolva as atividades.<<strong>br</strong> />

II. Argumente agora so<strong>br</strong>e alguns problemas energéticos do Brasil.<<strong>br</strong> />

III. Argumente so<strong>br</strong>e os principais motivos da mudança no panorama energético do Brasil.<<strong>br</strong> />

CONSUMO DE ENERGIA EM 1000 TEP<<strong>br</strong> />

120.000<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

80.000<<strong>br</strong> />

60.000<<strong>br</strong> />

40.000<<strong>br</strong> />

20.000<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

1980<<strong>br</strong> />

1990<<strong>br</strong> />

Gráfico 16<<strong>br</strong> />

MME/DNDE-1993<<strong>br</strong> />

Água canalizada Esgoto e fossa séptica Lixo coletado Luz elétrica<<strong>br</strong> />

(%) (%) (%) (%)<<strong>br</strong> />

Brasil 76,1 52,8 79,9 94,8<<strong>br</strong> />

Norte 61,1 14,8 81,4 97,8<<strong>br</strong> />

Nordeste 58,7 22,6 59,7 85,8<<strong>br</strong> />

Sudeste 87,5 79,6 90,1 98,6<<strong>br</strong> />

Sul 79,5 44,6 83,3 98,0<<strong>br</strong> />

Cento-Oeste 70,4 34,7 82,1 95,0<<strong>br</strong> />

Tabela 5<<strong>br</strong> />

www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

derivados<<strong>br</strong> />

de petróleo<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

álcool etílico eletricidade outros*<<strong>br</strong> />

* gás natural, carvão, lenha etc.<<strong>br</strong> />

Analise a tabela que apresenta indicadores sociais da qualidade de vida no Brasil por região,<<strong>br</strong> />

referente ao ano de 1999.<<strong>br</strong> />

Argumente so<strong>br</strong>e os motivos de se fazer um investimento especial na região do país que tem<<strong>br</strong> />

mais necessidade de melhorar seus indicadores sociais.<<strong>br</strong> />

189


190<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou<<strong>br</strong> />

mais de idade ainda é grande em algumas regiões do<<strong>br</strong> />

país. Veja a tabela ao lado so<strong>br</strong>e as condições de vida<<strong>br</strong> />

e educação no ano de 1999.<<strong>br</strong> />

Um bom argumento para melhorar esse quadro é<<strong>br</strong> />

aumentar o investimento no ensino de jovens e<<strong>br</strong> />

adultos na:<<strong>br</strong> />

a) região nordeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />

percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />

b) região norte, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />

percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />

c) região centro-oeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />

percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />

d) região sudeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />

percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />

Brasil 13,3%<<strong>br</strong> />

Norte 11,6%<<strong>br</strong> />

Nordeste 26,2%<<strong>br</strong> />

Sudeste 7,8%<<strong>br</strong> />

Sul 7,8%<<strong>br</strong> />

Centro-Oeste 10,8%<<strong>br</strong> />

Tabela 6<<strong>br</strong> />

www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Usando a Estatística para analisar<<strong>br</strong> />

intervenções na realidade do nosso país<<strong>br</strong> />

Mesmo com todos os problemas sociais, o Brasil<<strong>br</strong> />

está entre os cinco melhores países da América<<strong>br</strong> />

Latina e busca um papel de liderança na América<<strong>br</strong> />

do Sul. Estudos apontam o Brasil posicionado<<strong>br</strong> />

entre os cinco melhores países da América Latina,<<strong>br</strong> />

considerando-se os indicadores sociais:<<strong>br</strong> />

expectativa de vida, população analfabeta,<<strong>br</strong> />

número de habitantes, produto interno <strong>br</strong>uto e<<strong>br</strong> />

renda per capita.<<strong>br</strong> />

Taxa de<<strong>br</strong> />

analfabetismo<<strong>br</strong> />

das pessoas<<strong>br</strong> />

de 15 anos ou<<strong>br</strong> />

mais de idade<<strong>br</strong> />

O Brasil está numa situação favorável em relação<<strong>br</strong> />

ao Produto Interno Bruto, ocupando o segundo<<strong>br</strong> />

lugar, mas nosso país tem o maior percentual de<<strong>br</strong> />

analfabetos com mais de 15 anos de idade entre<<strong>br</strong> />

os cinco países analisados (México, Brasil,<<strong>br</strong> />

Colômiba, Venezuela e Argentina).


Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

AMÉRICA DO RIO GRANDE À PATAGÔNIA<<strong>br</strong> />

Expectativa de vida ao nascer, em<<strong>br</strong> />

anos (1994-2000)<<strong>br</strong> />

Mortalidade infantil em1994-2000<<strong>br</strong> />

(a cada mil bebês nascidos vivos)<<strong>br</strong> />

29<<strong>br</strong> />

32<<strong>br</strong> />

23<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

18<<strong>br</strong> />

72<<strong>br</strong> />

67 7073<<strong>br</strong> />

74<<strong>br</strong> />

Porcentagem da população analfabeta<<strong>br</strong> />

com mais de 15 anos de idade (1994-2000)<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Figura 4<<strong>br</strong> />

Banco Mundial. Folha de São Paulo, São Paulo, 7 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />

México<<strong>br</strong> />

Colômbia<<strong>br</strong> />

Um governante, com base nesses dados, pode<<strong>br</strong> />

ampliar suas propostas de governo incluindo<<strong>br</strong> />

alguns projetos para melhorar a situação desses<<strong>br</strong> />

indicadores. Além disso, existem organizações<<strong>br</strong> />

não governamentais que trabalham para que<<strong>br</strong> />

esses indicadores melhorem.<<strong>br</strong> />

México<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

Colômbia<<strong>br</strong> />

Venezuela<<strong>br</strong> />

Argentina<<strong>br</strong> />

Venezuela<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

Argentina<<strong>br</strong> />

População estimada em 2000<<strong>br</strong> />

(em milhões de habitantes)<<strong>br</strong> />

98<<strong>br</strong> />

24 37<<strong>br</strong> />

42<<strong>br</strong> />

Renda per capita em 2000<<strong>br</strong> />

(US$)<<strong>br</strong> />

5.070<<strong>br</strong> />

3.590<<strong>br</strong> />

2.020<<strong>br</strong> />

4.310<<strong>br</strong> />

170<<strong>br</strong> />

Produto interno Bruto em 2000<<strong>br</strong> />

(US$ bilhões)<<strong>br</strong> />

614*<<strong>br</strong> />

503*<<strong>br</strong> />

81,3<<strong>br</strong> />

120,5<<strong>br</strong> />

285<<strong>br</strong> />

* Índices de 2001, segundo a Global Investy.<<strong>br</strong> />

Você conhece algum projeto social que<<strong>br</strong> />

procure melhorar algum desses índices<<strong>br</strong> />

sociais apontados na reportagem?<<strong>br</strong> />

Participa de algum deles? Que tal se<<strong>br</strong> />

engajar numa organização que, com<<strong>br</strong> />

ações comunitárias, acredita poder<<strong>br</strong> />

melhorar o destino do país?<<strong>br</strong> />

7.470<<strong>br</strong> />

191


192<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

Vamos agora conhecer alguns projetos da<<strong>br</strong> />

Pastoral da Criança, em reportagem publicada em<<strong>br</strong> />

jornal e adaptada para este capítulo.<<strong>br</strong> />

“O projeto da Pastoral da Criança conseguiu reduzir à metade a mortalidade infantil entre as<<strong>br</strong> />

crianças que atendeu em diversas cidades espalhadas pelo país, no período de 1996<<strong>br</strong> />

até 2000. Nesses cinco anos, o número de mortos por mil nascidos vivos no universo de<<strong>br</strong> />

crianças atendidas caiu de 27 para 13. O feito foi alcançado graças a um exército de 132.195<<strong>br</strong> />

líderes comunitários que disseminam ações de saúde em áreas carentes de 3.403 cidades.<<strong>br</strong> />

Em alguns lugares, como por exemplo na cidade de Orlândia, no Estado de São Paulo,<<strong>br</strong> />

nenhuma criança atendida pelo projeto morreu no ano 2000. Os trabalhos foram feitos<<strong>br</strong> />

por 60 voluntários responsáveis pela pesagem das crianças e pelo acompanhamento das<<strong>br</strong> />

gestantes. Além disso, nesse projeto existem 15 profissionais especializados - médicos,<<strong>br</strong> />

dentistas e nutricionistas e 25 pessoas que dividem diversas tarefas. Foram atendidas 544<<strong>br</strong> />

famílias em nove bairros diferentes.<<strong>br</strong> />

O programa entrega gratuitamente uma multimistura de farelo com cereais, casca de ovo<<strong>br</strong> />

e folha de mandioca, principal recurso no combate à desnutrição. Mas o programa vai<<strong>br</strong> />

além da pesagem e da entrega da multimistura: faz a divulgação e conscientização da<<strong>br</strong> />

população por meio de cursos e palestras para mães e gestantes, dá cursos de culinária<<strong>br</strong> />

alternativa com auxílio de nutricionistas etc.<<strong>br</strong> />

Muitas pessoas que procuraram o projeto da cidade de Orlândia para atendimento de<<strong>br</strong> />

filhos ou so<strong>br</strong>inhos se engajaram nele como voluntárias para ajudar outras famílias.”<<strong>br</strong> />

Folha de São Paulo, São Paulo, 24 dez. 2001.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Analise a proposta da Pastoral da Criança, verificando sua adequação ou não para<<strong>br</strong> />

melhorar os índices de mortalidade infantil em seu bairro ou cidade.<<strong>br</strong> />

II. Selecione nos gráficos da Figura 4 outro indicador social que precisa ser melhorado.<<strong>br</strong> />

Busque em jornais, ou revistas, ou outras fontes de conhecimento uma proposta inovadora<<strong>br</strong> />

nesse campo e analise-a, verificando sua adequação, ou não, para melhorar o índice.<<strong>br</strong> />

Escolha um terceiro índice social que precisa ser melhorado. Faça uma proposta de<<strong>br</strong> />

intervenção na sua realidade (bairro, cidade, serviço) para melhorar esse indicador social.<<strong>br</strong> />

O trabalho conjunto de governos e entidades civis geram expectativas animadoras para que o<<strong>br</strong> />

Brasil enfrente seus problemas, aceite os desafios do gigante que é e ocupe seu lugar entre<<strong>br</strong> />

os países desenvolvidos.


2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

9<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

11<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />

Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />

I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

II. No ano 2000 a situação se inverteu. Aumentou o percentual de países independentes e<<strong>br</strong> />

diminuiu o percentual de colônias.<<strong>br</strong> />

I. Resposta (a).<<strong>br</strong> />

II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

III. Sim, pois 55% corresponde a mais da metade de 100%.<<strong>br</strong> />

I. a) Em aterros sanitários. b) 22,3%. c) 69,4%.<<strong>br</strong> />

III. Sim.<<strong>br</strong> />

I. Em 1940 era 6,2 e no ano 2000 era 2,3.<<strong>br</strong> />

II. Não, pois o gráfico indica que a média de filhos vem decrescendo nos últimos anos.<<strong>br</strong> />

I. Sim. A região que tem o pior saneamento básico é a região norte, porque tem o menor<<strong>br</strong> />

percentual de municípios com serviço de esgoto e o maior percentual de municípios com água<<strong>br</strong> />

distribuída sem tratamento.<<strong>br</strong> />

I. a) Resposta: 164.<<strong>br</strong> />

b) A cura da AIDS.<<strong>br</strong> />

Resposta (d).<<strong>br</strong> />

I. a) Resposta: 0,075.<<strong>br</strong> />

b) Resposta: 0,037.<<strong>br</strong> />

c) Resposta: 0,038.<<strong>br</strong> />

O Estado do Rio Grande do Sul precisa produzir 15% a mais de carvão mineral para atingir a<<strong>br</strong> />

produção do Estado de Santa Catarina e o Estado do Paraná precisa produzir<<strong>br</strong> />

58% a mais.<<strong>br</strong> />

I. a) A diferença é de 9080 mil toneladas.<<strong>br</strong> />

b) Produzem juntos 21334 mil toneladas.<<strong>br</strong> />

II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

I. Os principais motivos são exames de rotina, prevenção ou vacinação. A resposta é pessoal.<<strong>br</strong> />

Uma das respostas possíveis, porém, é argumentar que fazendo exames preventivos é possível<<strong>br</strong> />

melhorar a qualidade da saúde.<<strong>br</strong> />

II. Resposta pessoal. Uma das respostas possíveis é: No período de 10 anos diminuiu o<<strong>br</strong> />

consumo de derivados de petróleo, provavelmente pelo aumento dos preços internacionais, e<<strong>br</strong> />

aumentou o consumo de eletricidade, mudando o panorama do consumo de energia no país.<<strong>br</strong> />

III. Resposta pessoal.<<strong>br</strong> />

Resposta pessoal. Uma das respostas possíveis é: A região do país que tem necessidade de<<strong>br</strong> />

melhorar esses índices é a região nordeste. É possível argumentar que o motivo para se fazer<<strong>br</strong> />

mais investimentos nessa região é que a região nordeste tem o menor percentual de regiões<<strong>br</strong> />

com água canalizada, esgoto e fossa séptica, lixo coletado e luz elétrica e que, portanto,<<strong>br</strong> />

necessita de investimento em todos esses setores.<<strong>br</strong> />

Resposta (a).<<strong>br</strong> />

193


194<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Reconhecer e interpretar as informações de natureza científica ou social expressas em gráficos ou<<strong>br</strong> />

tabelas.<<strong>br</strong> />

• Identificar ou inferir aspectos relacionados a fenômenos de natureza científica ou social, a partir de<<strong>br</strong> />

informações expressas em gráficos ou tabelas.<<strong>br</strong> />

• Selecionar e interpretar informações expressas em gráficos ou tabelas para a resolução de problemas.<<strong>br</strong> />

• Analisar o comporamento de variável expresso em gráficos ou tabelas, como importante recurso para<<strong>br</strong> />

a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />

• Avaliar, com auxílio de dados apresentados em gráficos ou tabelas, a adequação de propostas de<<strong>br</strong> />

intervenção na realidade.


Capítulo IX<<strong>br</strong> />

EXPLORANDO SITUAÇÕES NUMÉRICAS<<strong>br</strong> />

COMPREENDER CONCEITOS, ESTRATÉGIAS E SITUAÇÕES<<strong>br</strong> />

<strong>MATEM</strong>ÁTICAS NUMÉRICAS PARA APLICÁ-LOS A SITUAÇÕES<<strong>br</strong> />

DIVERSAS NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS, DA TECNOLOGIA E<<strong>br</strong> />

DA ATIVIDADE COTIDIANA.<<strong>br</strong> />

Cláudio Saiani


196<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Capítulo IX<<strong>br</strong> />

Explorando situações<<strong>br</strong> />

numéricas<<strong>br</strong> />

Nas sociedades contemporâneas, o pleno<<strong>br</strong> />

exercício da cidadania inclui, certamente, a<<strong>br</strong> />

compreensão da linguagem falada por pessoas<<strong>br</strong> />

que trabalham nos diversos ramos da ciência.<<strong>br</strong> />

Muito dessa linguagem depende da Matemática,<<strong>br</strong> />

quer para exprimir grandezas que estão fora de<<strong>br</strong> />

nossa capacidade de percepção, quer para fazer<<strong>br</strong> />

cálculos e estabelecer comparações.<<strong>br</strong> />

Nesse capítulo, vamos explorar certas situações<<strong>br</strong> />

que dizem respeito a estratégias e conceitos<<strong>br</strong> />

numéricos, explorando algumas de suas<<strong>br</strong> />

aplicações. É importante que esse trabalho seja<<strong>br</strong> />

visto por você como um aperitivo para aplicações<<strong>br</strong> />

mais sofisticadas, uma vez que nos falta a<<strong>br</strong> />

matemática para um maior aprofundamento. Por<<strong>br</strong> />

outro lado, a própria compreensão dos conceitos<<strong>br</strong> />

envolvidos apresenta uma dificuldade adicional.<<strong>br</strong> />

Assim, gostaríamos que esse capítulo fosse um<<strong>br</strong> />

convite para que você continue seus estudos e<<strong>br</strong> />

pesquise os temas aqui abordados.<<strong>br</strong> />

Identificando<<strong>br</strong> />

estratégias e situações<<strong>br</strong> />

matemáticas<<strong>br</strong> />

Com seus conhecimentos so<strong>br</strong>e o sistema de<<strong>br</strong> />

numeração decimal, certamente você pode<<strong>br</strong> />

representar números, independentemente de sua<<strong>br</strong> />

ordem de grandeza. Milhões, bilhões, trilhões,<<strong>br</strong> />

quatrilhões... Agora, vamos conhecer um pouco<<strong>br</strong> />

mais so<strong>br</strong>e esse assunto. Você já ouviu falar em<<strong>br</strong> />

notação científica?<<strong>br</strong> />

Nos quadros abaixo estão duas afirmações<<strong>br</strong> />

retiradas de conceitos científicos. A primeira<<strong>br</strong> />

delas parece um pouco distante de nosso dia-adia,<<strong>br</strong> />

mas a segunda diz respeito diretamente a<<strong>br</strong> />

nossa saúde.<<strong>br</strong> />

A velocidade da luz no vácuo é de<<strong>br</strong> />

aproximadamente 3 x 10 8 m/s.<<strong>br</strong> />

Para controle de ervas daninhas em<<strong>br</strong> />

plantações, são utilizadas substâncias<<strong>br</strong> />

denominadas herbicidas. Embora elas<<strong>br</strong> />

ajudem a melhorar a produção de<<strong>br</strong> />

alimentos, podem produzir sérios danos<<strong>br</strong> />

à nossa saúde, graças à presença das<<strong>br</strong> />

dioxinas, que são compostos altamente<<strong>br</strong> />

tóxicos. Um adulto só pode consumir,<<strong>br</strong> />

por dia, 3,22 x 10 -11 g de uma certa<<strong>br</strong> />

dioxina, sem perigo para sua saúde.


Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Observe os números que foram destacados nos dois<<strong>br</strong> />

quadros anteriores. Eles estão escritos numa forma<<strong>br</strong> />

muito freqüente em textos científicos, que é a<<strong>br</strong> />

chamada notação científica. Antes de aprender a<<strong>br</strong> />

trabalhar com esse tipo de notação, vamos<<strong>br</strong> />

entender os números expressos nos quadros.<<strong>br</strong> />

Vejamos inicialmente o caso da velocidade da luz.<<strong>br</strong> />

Para isso, precisamos recordar a forma como<<strong>br</strong> />

trabalhamos com as potências de 10, com expoentes<<strong>br</strong> />

positivos. Assim: 10 0<<strong>br</strong> />

=1, 10 1<<strong>br</strong> />

=10, 10 2<<strong>br</strong> />

=100, 10 3<<strong>br</strong> />

=1.000,<<strong>br</strong> />

10 4<<strong>br</strong> />

=10.000, e assim por diante.<<strong>br</strong> />

Então, 3 x 10 8<<strong>br</strong> />

= 3 x 100.000.000 = 300.000.000.<<strong>br</strong> />

Portanto, a velocidade da luz no vácuo é<<strong>br</strong> />

300.000.000m/s, isto é, trezentos milhões de<<strong>br</strong> />

metros por segundo. É claro que poderíamos<<strong>br</strong> />

exprimir essa velocidade em quilômetros.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>ando que um quilômetro corresponde a<<strong>br</strong> />

1.000 metros, basta dividir a velocidade em m/s<<strong>br</strong> />

por 1.000. Obtemos assim 300.000km/s. As<<strong>br</strong> />

propriedades das potências ajudam a fazer esses<<strong>br</strong> />

cálculos. Vamos recordar?<<strong>br</strong> />

Para multiplicar potências de mesma base,<<strong>br</strong> />

conservamos a base e adicionamos os expoentes.<<strong>br</strong> />

Para dividir potências de mesma base, diferente<<strong>br</strong> />

de zero, conservamos a base e subtraímos os<<strong>br</strong> />

expoentes.<<strong>br</strong> />

Então, para obter a velocidade em quilômetros,<<strong>br</strong> />

procedemos assim:<<strong>br</strong> />

= = 3 x 10 8-3<<strong>br</strong> />

=3 x 10 5<<strong>br</strong> />

3 x 10<<strong>br</strong> />

= 300.000<<strong>br</strong> />

8<<strong>br</strong> />

10 3<<strong>br</strong> />

300.000.000<<strong>br</strong> />

1.000<<strong>br</strong> />

Vejamos agora o número que expressa a<<strong>br</strong> />

quantidade de dioxinas: 3,22 x 10 -11<<strong>br</strong> />

. O expoente<<strong>br</strong> />

de 10 que aparece é -11. Eis algumas potências de<<strong>br</strong> />

10 com expoentes negativos:<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 1 10 -1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

= = = 0,1<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 2 10 -2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

= = = 0,01<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 3 10 -3<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

= = = 0,001<<strong>br</strong> />

1.000<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 4 10 -4<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

= = = 0,0001<<strong>br</strong> />

10.000<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

10 5 10 -5<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

= = = 0,00001<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

Observe os expoentes e os números decimais.<<strong>br</strong> />

Você consegue ver alguma regularidade?<<strong>br</strong> />

197


198<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

De fato, o expoente negativo indica que estamos<<strong>br</strong> />

trabalhando com números menores do que 1. O<<strong>br</strong> />

expoente, em valor absoluto, indica o número de<<strong>br</strong> />

casas decimais após a vírgula. Voltemos ao<<strong>br</strong> />

número 3,22 x 10 -11<<strong>br</strong> />

. Temos:<<strong>br</strong> />

3,22 x 10 -11 = 3,22 x 0,00000000001 = 0,00000000000322, o que é um número<<strong>br</strong> />

bastante incômodo. Você saberia reescrevê-lo, sem contar as casas depois da vírgula? Não,<<strong>br</strong> />

não é mesmo? Isso ocorre porque nossa visão não está equipada para perceber tamanha<<strong>br</strong> />

quantidade de zeros num relance.<<strong>br</strong> />

Muitos números que encontramos na ciência e na<<strong>br</strong> />

tecnologia são como os dos dois exemplos que<<strong>br</strong> />

demos acima. Para não ter de lidar com tantos<<strong>br</strong> />

zeros, os cientistas se utilizam da chamada<<strong>br</strong> />

“notação científica”. Observe o quadro seguinte:<<strong>br</strong> />

Um número está escrito na notação científica se estiver na forma c x 10 n , onde n é maior<<strong>br</strong> />

ou igual a 1 e menor do que 10, e n é um número inteiro.<<strong>br</strong> />

A população de nosso planeta é de cerca de cinco<<strong>br</strong> />

bilhões e seiscentos milhões de habitantes,<<strong>br</strong> />

número que pode ser expresso como<<strong>br</strong> />

5.600.000.000. Vejamos como ela pode ser<<strong>br</strong> />

expressa em notação científica.<<strong>br</strong> />

5.600.000.000 = 5,6 x 1.000.000.000 = 5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Mas não seria mais fácil escrever simplesmente<<strong>br</strong> />

56 x 100.000.000, obtendo 56 x 10 8<<strong>br</strong> />

?<<strong>br</strong> />

Evidentemente, 5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />

e 56 x 10 8<<strong>br</strong> />

constituem<<strong>br</strong> />

formas equivalentes de representar a mesma<<strong>br</strong> />

quantidade. No entanto, a notação científica não<<strong>br</strong> />

é apenas mais uma forma de representação<<strong>br</strong> />

numérica. Uma de suas vantagens é o fato de ser<<strong>br</strong> />

mais fácil efetuar cálculos com potências de dez<<strong>br</strong> />

do que com números formados por muitas casas<<strong>br</strong> />

decimais. Outra vantagem é que, estando um<<strong>br</strong> />

número expresso em notação científica, pode-se<<strong>br</strong> />

destacar o expoente de dez, naquilo que<<strong>br</strong> />

chamamos ordem de grandeza, conceito do qual<<strong>br</strong> />

falaremos mais adiante.


1<<strong>br</strong> />

Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Represente, na notação científica:<<strong>br</strong> />

a) o número aproximado de gotas de chuva numa nuvem de tempestade, que é<<strong>br</strong> />

6.000.000.000.000.<<strong>br</strong> />

b) O número aproximado de células de um ser humano adulto, que é 100.000.000.000.000.<<strong>br</strong> />

II. O diâmetro de Júpiter é 1,43 x 10 5 quilômetros. O diâmetro da Terra é 1,28 x 10 4<<strong>br</strong> />

quilômetros. Qual é a diferença entre os diâmetros dos dois planetas?<<strong>br</strong> />

III. Uma lagosta pode por 150.000 ovos de uma só vez. Escrito em notação científica, este<<strong>br</strong> />

número é:<<strong>br</strong> />

a) 15 x 10 4 b) 1,5 x 10 5 c)1,5 x 10 -5 d) 0,15 x 10 6<<strong>br</strong> />

Números muito pequenos são também<<strong>br</strong> />

representados pelos cientistas por meio da<<strong>br</strong> />

notação científica, com a diferença de que para<<strong>br</strong> />

estes casos são utilizados expoentes negativos.<<strong>br</strong> />

Vamos lem<strong>br</strong>ar o que eles exprimem, por meio de<<strong>br</strong> />

alguns exemplos:<<strong>br</strong> />

Assim, quando escrevemos 4 x 10 -3<<strong>br</strong> />

estamos representando o número<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

4 x = 4 x 0,001 = 0,004<<strong>br</strong> />

1000<<strong>br</strong> />

Expoentes negativos são usados para exprimir<<strong>br</strong> />

grandezas microscópicas. Por exemplo, sabe-se<<strong>br</strong> />

que o sangue dos seres humanos é composto em<<strong>br</strong> />

sua maior parte por células vermelhas,<<strong>br</strong> />

responsáveis por transportar oxigênio dos<<strong>br</strong> />

pulmões para os vários tecidos do corpo, e<<strong>br</strong> />

dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões.<<strong>br</strong> />

O diâmetro de cada uma dessas células vermelhas<<strong>br</strong> />

é de aproximadamente 0,0008 cm. Como<<strong>br</strong> />

poderíamos exprimi-lo na notação científica?<<strong>br</strong> />

Primeiro, vamos escrever 0,0008 como o produto<<strong>br</strong> />

de 8 por uma potência de 10:<<strong>br</strong> />

0,0008 = 8 x 0,0001 = 8 x = 8 x = 8 x 10 -4<<strong>br</strong> />

1 1<<strong>br</strong> />

10000 10 -4<<strong>br</strong> />

Assim, o diâmetro de uma célula vermelha é de<<strong>br</strong> />

8 x 10 -4<<strong>br</strong> />

cm.<<strong>br</strong> />

1. A espessura de um folha de papel é de<<strong>br</strong> />

aproximadamente 2,0 x 10 -3<<strong>br</strong> />

cm. Escreva essa<<strong>br</strong> />

medida como um número decimal.<<strong>br</strong> />

2. O diâmetro de um átomo de prata é de cerca de<<strong>br</strong> />

0,0000000003m. Escreva essa medida em notação<<strong>br</strong> />

científica.<<strong>br</strong> />

cm.<<strong>br</strong> />

2) 3 . 10 -10<<strong>br</strong> />

1) 0,002 cm.<<strong>br</strong> />

199


200<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

É possível comparar dois<<strong>br</strong> />

números em notação<<strong>br</strong> />

científica? O que você acha?<<strong>br</strong> />

Falamos em ordem de grandeza quando estamos<<strong>br</strong> />

interessados numa aproximação grosseira de uma<<strong>br</strong> />

quantidade, apenas para “ter uma idéia”. Voltemos<<strong>br</strong> />

à população da Terra. Vimos que ela é igual a<<strong>br</strong> />

5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />

habitantes. A potência de dez presente é<<strong>br</strong> />

9. Como 10 9<<strong>br</strong> />

= 1.000.000.000 = 1 bilhão, dizemos<<strong>br</strong> />

que a população da Terra é da ordem de bilhões<<strong>br</strong> />

de habitantes. Quando duas quantidades possuem<<strong>br</strong> />

ordens de grandezas diferentes, uma quantidade é<<strong>br</strong> />

pelo menos dez vezes menor que a outra. Duas<<strong>br</strong> />

ordens de grandeza significam que uma grandeza<<strong>br</strong> />

é 10 2<<strong>br</strong> />

= 100 vezes maior do que a outra. Vamos<<strong>br</strong> />

tomar um exemplo da Astronomia: a distância da<<strong>br</strong> />

Terra ao Sol é de 150.000.000 km = 1,5 x 10 8<<strong>br</strong> />

km,<<strong>br</strong> />

enquanto a distância da Terra à Lua é<<strong>br</strong> />

3,8 x 10 5<<strong>br</strong> />

km. Para comparar essas duas distâncias,<<strong>br</strong> />

recorremos ao conceito de ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />

Para isso, vamos comparar as potências de dez,<<strong>br</strong> />

desprezando os números pelos quais elas estão<<strong>br</strong> />

multiplicadas. Então:<<strong>br</strong> />

distância da Terra ao Sol<<strong>br</strong> />

distância da Terra à Lua<<strong>br</strong> />

Isto é, a distância da Terra ao Sol e a distância da<<strong>br</strong> />

Terra à Lua diferem de 3 ordens de grandeza. Em<<strong>br</strong> />

outras palavras, a distância da Terra ao Sol é mil<<strong>br</strong> />

vezes maior do que a distância da Terra à Lua.<<strong>br</strong> />

Vejamos um outro exemplo. Em Astronomia, o<<strong>br</strong> />

ponto em que um planeta está mais próximo do<<strong>br</strong> />

Sol denomina-se perihélio.<<strong>br</strong> />

Em 1991, Plutão estava próximo de seu perihélio,<<strong>br</strong> />

situado a uma distância de 4.419.200.000km do<<strong>br</strong> />

Sol. Ao mesmo tempo, ocorria o perihélio de<<strong>br</strong> />

Netuno, a 4,4256 x 10 9<<strong>br</strong> />

km. Qual dos dois<<strong>br</strong> />

planetas estava, na ocasião, mais afastado do<<strong>br</strong> />

Sol?<<strong>br</strong> />

= 1,5 x 108<<strong>br</strong> />

3,8 x 10 5<<strong>br</strong> />

10 8<<strong>br</strong> />

= 5<<strong>br</strong> />

10 10<<strong>br</strong> />

8 -5<<strong>br</strong> />

=10 3<<strong>br</strong> />

=1000<<strong>br</strong> />

Para poder comparar essas duas distâncias, vamos<<strong>br</strong> />

escrever na notação científica o perihélio de<<strong>br</strong> />

Plutão: 4.419.200.000 = 4,4192 x 10 9<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Observe: as potências de 10 são iguais (o<<strong>br</strong> />

expoente é nove). Logo, essas distâncias possuem<<strong>br</strong> />

a mesma ordem de grandeza. Assim, a<<strong>br</strong> />

comparação será decidida pelos números que<<strong>br</strong> />

multiplicam as potências de 10. Como 4,4256 é<<strong>br</strong> />

maior do que 4,4192, concluímos que Netuno<<strong>br</strong> />

estava mais afastado.


2<<strong>br</strong> />

Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Denomina-se densidade de uma substância o<<strong>br</strong> />

quociente entre sua massa e o volume por ela<<strong>br</strong> />

ocupado. A Tabela 1, abaixo, contém as<<strong>br</strong> />

densidades de alguns elementos químicos,<<strong>br</strong> />

expressas em gramas por centímetro cúbico.<<strong>br</strong> />

Elementos Densidade (g/cm 3<<strong>br</strong> />

)<<strong>br</strong> />

Hidrogênio 0,000 166 4<<strong>br</strong> />

Nitrogênio 0,000 083 75<<strong>br</strong> />

Oxigênio 0,001332<<strong>br</strong> />

Cloro 0,002 95<<strong>br</strong> />

Tabela 1<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

295<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

295<<strong>br</strong> />

10 5<<strong>br</strong> />

= 295 x 10 -5<<strong>br</strong> />

I. Agora é com você:<<strong>br</strong> />

a) Represente cada uma das densidades que aparecem na tabela 1 na notação científica.<<strong>br</strong> />

b) Qual é o elemento menos denso? E o mais denso?<<strong>br</strong> />

c) Faça uma escala de densidades, escrevendo os nomes dos elementos do menos denso para o<<strong>br</strong> />

mais denso.<<strong>br</strong> />

II. Apresentamos abaixo vários pares de números, obtidos em várias situações científicas. Em<<strong>br</strong> />

cada par, diga de quanto diferem as ordens de grandeza em cada um dos pares (preocupe-se,<<strong>br</strong> />

por enquanto, apenas com os números. Se você quiser saber a que eles se referem, sugerimos<<strong>br</strong> />

que faça uma pesquisa numa boa enciclopédia, que certamente poderá ser encontrada em<<strong>br</strong> />

alguma biblioteca de sua cidade).<<strong>br</strong> />

a) comprimento de onda da luz vermelha = 0,76μm.<<strong>br</strong> />

comprimento de onda da luz azul = 0,42μm.<<strong>br</strong> />

(Observação: 1 μm = 1 micrômetro = 10-6m = 1 milionésimo do metro).<<strong>br</strong> />

b) comprimento de onda da luz verde = 0,48 μm.<<strong>br</strong> />

comprimento de uma célula de tecido = 3μm.<<strong>br</strong> />

c) perímetro da Terra = 4 x 104 km.<<strong>br</strong> />

comprimento das linhas de costa (incluindo lagos e as regiões Ártica e Antártica) =<<strong>br</strong> />

440.000km.<<strong>br</strong> />

d) perímetro da Terra = 4 x 104 km.<<strong>br</strong> />

distância da Terra à Lua = 3,8 x 105 km.<<strong>br</strong> />

e) idade da Terra = 4,5 x 109 anos.<<strong>br</strong> />

Idade dos hominídeos = 3 x 106 anos.<<strong>br</strong> />

Vamos representar a densidade do cloro na<<strong>br</strong> />

notação científica. O número 0,00295 pode ser<<strong>br</strong> />

escrito como<<strong>br</strong> />

Ainda não se trata da notação científica, pois o<<strong>br</strong> />

número que multiplica a potência de 10 não está<<strong>br</strong> />

entre 0 e 10. Mas 295 = 2,95 x 100. Assim,<<strong>br</strong> />

295 x 10 -5<<strong>br</strong> />

= 2,95 x 100 x 10 -5<<strong>br</strong> />

= 2,95 x 10 2<<strong>br</strong> />

x 10 -5<<strong>br</strong> />

= 2,95 x 10 -3<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

201


202<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Você sabia que os<<strong>br</strong> />

animais podem distinguir<<strong>br</strong> />

quantidades?<<strong>br</strong> />

Um pássaro percebe quando está faltando um ovo<<strong>br</strong> />

em seu ninho, assim como a mamãe gata percebe<<strong>br</strong> />

a falta de um de seus filhotes. Na verdade, as<<strong>br</strong> />

pesquisas que já foram realizadas so<strong>br</strong>e esse tema<<strong>br</strong> />

indicam que os animais podem, dentro de certos<<strong>br</strong> />

limites, distinguir quantidades num relance, assim<<strong>br</strong> />

como reconhecem um odor ou uma cor.<<strong>br</strong> />

Nós, seres humanos, compartilhamos essa<<strong>br</strong> />

habilidade com os animais.<<strong>br</strong> />

Podemos distinguir, sem contar, conjuntos com<<strong>br</strong> />

três, quatro, talvez até seis bolinhas. Faça essa<<strong>br</strong> />

experiência, com a colaboração de um colega:<<strong>br</strong> />

peça para ele apresentar coleções de objetos<<strong>br</strong> />

idênticos - bolinhas de gude, tampinhas de<<strong>br</strong> />

garrafa etc - e procure adivinhar a quantidade de<<strong>br</strong> />

objetos, sem contar!<<strong>br</strong> />

O que nos torna diferentes dos animais é a<<strong>br</strong> />

capacidade de contagem, que permite que<<strong>br</strong> />

superemos as limitações de nossos sentidos.<<strong>br</strong> />

A forma mais elementar de efetuar uma contagem<<strong>br</strong> />

é associar a cada elemento de um conjunto um<<strong>br</strong> />

número natural. É o que fazemos quando<<strong>br</strong> />

contamos, por exemplo, as pessoas numa fila:<<strong>br</strong> />

apontamos nosso dedo indicador a cada pessoa,<<strong>br</strong> />

na seqüência em que se encontram na fila, e<<strong>br</strong> />

vamos recitando a seqüência dos números<<strong>br</strong> />

naturais: um, dois, três, quatro, cinco... É claro<<strong>br</strong> />

que nem sempre essa é a estratégia mais<<strong>br</strong> />

adequada, uma vez que pode haver muitos<<strong>br</strong> />

objetos a serem contados, ou os objetos a serem<<strong>br</strong> />

contados são muito grandes, ou muito pequenos,<<strong>br</strong> />

ou inatingíveis.<<strong>br</strong> />

Assim, gostaríamos de apresentá-lo a uma<<strong>br</strong> />

estratégia de contagem mais sofisticada do que<<strong>br</strong> />

apontar com o dedo. Vamos partir de um<<strong>br</strong> />

problema simples:<<strong>br</strong> />

Luiz Carlos possui, em seu guarda-roupa, três<<strong>br</strong> />

calças (azul, preta e cinza) e quatro camisas<<strong>br</strong> />

(<strong>br</strong>anca, verde, laranja e vermelha). De quantas<<strong>br</strong> />

maneiras ele pode se vestir, usando uma de suas<<strong>br</strong> />

calças e uma de suas camisas? Vejamos: se ele<<strong>br</strong> />

escolher a calça azul, tem 4 possibilidades de<<strong>br</strong> />

escolha para a camisa. Pode usar calça azul e<<strong>br</strong> />

camisa <strong>br</strong>anca, calça azul e camisa verde, calça<<strong>br</strong> />

azul e camisa laranja, calça azul e camisa<<strong>br</strong> />

vermelha. Se ele selecionar a calça preta, terá<<strong>br</strong> />

outras quatro possibilidades, combinando a calça<<strong>br</strong> />

preta com cada uma de suas quatro camisas. Da<<strong>br</strong> />

mesma forma, a escolha da calça cinza fornecerá<<strong>br</strong> />

outras quatro possibilidades. Temos então 4<<strong>br</strong> />

possibilidades para a calça azul, 4 para a calça<<strong>br</strong> />

preta e 4 para a calça cinza, dando um total de<<strong>br</strong> />

12 possibilidades para Luiz se vestir, usando uma<<strong>br</strong> />

de suas calças e uma de suas camisas. Podemos<<strong>br</strong> />

colocar esses resultados numa tabela como esta:<<strong>br</strong> />

Calça Camisa<<strong>br</strong> />

Azul Branca<<strong>br</strong> />

Azul Verde<<strong>br</strong> />

Azul Laranja<<strong>br</strong> />

Azul Vermelha<<strong>br</strong> />

Preta Branca<<strong>br</strong> />

Preta Verde<<strong>br</strong> />

Preta Laranja<<strong>br</strong> />

Preta Vermelha<<strong>br</strong> />

Cinza Branca<<strong>br</strong> />

Cinza Verde<<strong>br</strong> />

Cinza Laranja<<strong>br</strong> />

Cinza Vermelha<<strong>br</strong> />

Nessa tabela, cada linha, a partir da segunda,<<strong>br</strong> />

representa uma das 12 maneiras diferentes para<<strong>br</strong> />

Luiz se vestir. Note, porém, que a pergunta<<strong>br</strong> />

inicial era “De quantas maneiras diferentes Luiz<<strong>br</strong> />

pode se vestir?”, e não “De que maneiras<<strong>br</strong> />

diferentes Luiz pode se vestir?” Não<<strong>br</strong> />

precisaríamos ter construído a tabela para obter o<<strong>br</strong> />

número 12. Se cada uma das 3 calças pode ser<<strong>br</strong> />

combinada com cada uma das 4 camisas, seria<<strong>br</strong> />

suficiente multiplicarmos 3 por 4: 3 x 4 = 12.


Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Assim, usando a multiplicação, encontramos<<strong>br</strong> />

outra forma de contar, que pode ser generalizada<<strong>br</strong> />

no Princípio Fundamental da Contagem:<<strong>br</strong> />

Se uma ação pode ser realizada em<<strong>br</strong> />

duas etapas, o número de<<strong>br</strong> />

possibilidades de realização dessa ação<<strong>br</strong> />

é obtido multiplicando-se o número de<<strong>br</strong> />

possibilidades da primeira etapa pelo<<strong>br</strong> />

número de possibilidades da segunda<<strong>br</strong> />

etapa.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Vamos complicar um pouco a escolha de Luiz<<strong>br</strong> />

Carlos. Se, além das 3 calças e das 4 camisas, ele<<strong>br</strong> />

possui 2 pares de sapatos e 5 pares de meias, de<<strong>br</strong> />

quantas maneiras ele pode se vestir usando calça,<<strong>br</strong> />

camisa, meia e sapato?<<strong>br</strong> />

a) 12.<<strong>br</strong> />

b) 24.<<strong>br</strong> />

c) 60.<<strong>br</strong> />

d) 120.<<strong>br</strong> />

Estratégias que ajudam a<<strong>br</strong> />

contar possibilidades<<strong>br</strong> />

O método de contar “apontando o dedo” tem uma<<strong>br</strong> />

séria limitação quando os objetos a serem<<strong>br</strong> />

contados não existem, por serem apenas<<strong>br</strong> />

possibilidades. Considere o seguinte problema:<<strong>br</strong> />

João e Carlos disputam um torneio de tênis-demesa.<<strong>br</strong> />

Vence o torneio o primeiro que ganhar dois<<strong>br</strong> />

jogos seguidos, ou que ganhar três jogos. Quantos<<strong>br</strong> />

são os resultados possíveis?<<strong>br</strong> />

Poderíamos pensar assim: uma possibilidade é<<strong>br</strong> />

que João ganhe os dois primeiros jogos. Outra é<<strong>br</strong> />

que Carlos ganhe as duas primeiras. Uma terceira<<strong>br</strong> />

é que João perca a primeira partida, e ganhe a<<strong>br</strong> />

segunda e a terceira. Para registrar todas essas<<strong>br</strong> />

possibilidades, sem esquecer nenhuma, utilizamos<<strong>br</strong> />

um esquema denominado árvore de<<strong>br</strong> />

possibilidades. Observe que existem 10 pontos<<strong>br</strong> />

finais. Cada um deles corresponde a um resultado<<strong>br</strong> />

possível: JJ, JCJJ, JCJCJ, JCJCC,JCC, CC, CJJ,<<strong>br</strong> />

CJCJJ, CJCJC, CJCC.<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Dois times de basquete, os Varapaus e os<<strong>br</strong> />

Foguetes, disputam um torneio de basquete. O<<strong>br</strong> />

primeiro que ganhar dois jogos seguidos, ou um<<strong>br</strong> />

total de 4 jogos, vence o torneio. De quantas<<strong>br</strong> />

maneiras o torneio pode se desenrolar?<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

4) 14.<<strong>br</strong> />

3) Resposta (d).<<strong>br</strong> />

203


204<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

A Matemática do certo e a Matemática<<strong>br</strong> />

do provável<<strong>br</strong> />

Em geral nos acostumamos a pensar na<<strong>br</strong> />

Matemática como a ciência das certezas, da<<strong>br</strong> />

exatidão. Mas há uma outra face da matemática<<strong>br</strong> />

que nos permite resolver problemas em situações<<strong>br</strong> />

“aleatórias”, em que o acaso está presente. Antes<<strong>br</strong> />

de discutirmos esse assunto, vamos discutir um<<strong>br</strong> />

conceito importante: a porcentagem.<<strong>br</strong> />

As porcentagens constituem uma ferramenta<<strong>br</strong> />

fundamental para a leitura de nosso ambiente,<<strong>br</strong> />

quer em problemas de nosso dia a dia, quer em<<strong>br</strong> />

aplicações mais sofisticadas que envolvam outras<<strong>br</strong> />

ciências. Embora o conceito de porcentagem seja<<strong>br</strong> />

abordado em outros capítulos, convém retornar a<<strong>br</strong> />

ele, para que possamos ampliar o estudo so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

situações nas quais ele é empregado. Todas essas<<strong>br</strong> />

aplicações partem da seguinte idéia básica:<<strong>br</strong> />

Uma porcentagem é uma razão que<<strong>br</strong> />

compara um número a 100.<<strong>br</strong> />

Essa idéia é expressa em símbolos<<strong>br</strong> />

assim:<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

= n%<<strong>br</strong> />

Por exemplo, quando dizemos que 22% de uma<<strong>br</strong> />

certa população são fumantes, queremos dizer<<strong>br</strong> />

que, de cada 100 pessoas, 22 são fumantes. Por<<strong>br</strong> />

outro lado, se nossa população tiver 200 pessoas,<<strong>br</strong> />

44 são fumantes, uma vez que podemos separar<<strong>br</strong> />

dois grupos de 100 pessoas. Nesse caso, dizemos<<strong>br</strong> />

que 22% de 200 é igual a 44.<<strong>br</strong> />

Analise a situação-problema abaixo:<<strong>br</strong> />

Numa certa população, 3/4 das pessoas<<strong>br</strong> />

consultadas revelaram que gostam de tirar uma<<strong>br</strong> />

soneca depois do almoço. A que porcentagem isso<<strong>br</strong> />

corresponde?<<strong>br</strong> />

Podemos expressar qualquer fração como uma<<strong>br</strong> />

porcentagem. Uma das formas de fazer isso é<<strong>br</strong> />

escrever uma fração equivalente, com<<strong>br</strong> />

denominador 100. Assim:<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3 x 25 75<<strong>br</strong> />

= = = 75%<<strong>br</strong> />

4 x 25 100<<strong>br</strong> />

Poderíamos chegar ao mesmo resultado dividindo<<strong>br</strong> />

3 por 4, e depois escrevendo o resultado como<<strong>br</strong> />

uma fração de denominador 100:<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

75<<strong>br</strong> />

= 3 ÷ 4= 0,75 = = 75%<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

Uma regra prática para chegar ao mesmo<<strong>br</strong> />

resultado é:<<strong>br</strong> />

Dividir o numerador pelo denominador,<<strong>br</strong> />

multiplicar o resultado por 100 e<<strong>br</strong> />

acrescentar o símbolo %.<<strong>br</strong> />

Da mesma forma , para transformar um número<<strong>br</strong> />

decimal em porcentagem, basta multiplicá-lo por<<strong>br</strong> />

100, e acrescentar o símbolo %.<<strong>br</strong> />

Vamos ver um exemplo. Você sabe o que é um<<strong>br</strong> />

iceberg? Trata-se de um grande bloco de gelo<<strong>br</strong> />

que, tendo se desprendido de uma geleira, flutua<<strong>br</strong> />

nas águas oceânicas próximas aos Polos Norte e<<strong>br</strong> />

Sul do globo terrestre (um filme recente narra<<strong>br</strong> />

como o transatlântico Titanic afundou após<<strong>br</strong> />

colidir com um iceberg). Apesar de navegar em<<strong>br</strong> />

água salgada, eles são constituídos basicamente<<strong>br</strong> />

de água doce, que pode mesmo servir para ser<<strong>br</strong> />

consumida pela tripulação de um navio. A<<strong>br</strong> />

aproximação, contudo, deve ser feita com muito<<strong>br</strong> />

cuidado, uma vez que somente 0,125 de seu<<strong>br</strong> />

volume está acima da água. A que porcentagem<<strong>br</strong> />

do iceberg correspondem esses 0,125?<<strong>br</strong> />

Para responder a essa pergunta, podemos aplicar<<strong>br</strong> />

a regra prática:<<strong>br</strong> />

0,125 x 100 = 12,5. Acrescentando o símbolo %,<<strong>br</strong> />

obtemos 12,5%.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

A que porcentagem correspondem as frações<<strong>br</strong> />

1 1<<strong>br</strong> />

e ?<<strong>br</strong> />

2 4<<strong>br</strong> />

5) 50%; 25%.


Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Numa pesquisa de intenções de voto, realizada<<strong>br</strong> />

antes de uma eleição, foram ouvidas 2000<<strong>br</strong> />

pessoas, das quais 17% declararam que<<strong>br</strong> />

pretendiam votar num certo candidato.<<strong>br</strong> />

Responda: quantas pessoas votariam nesse<<strong>br</strong> />

candidato? Lem<strong>br</strong>e-se: 17% significa 17 em cada<<strong>br</strong> />

100. Assim, em cada 100 pessoas entrevistadas,<<strong>br</strong> />

17 votariam no candidato em questão, que<<strong>br</strong> />

chamaremos de candidato X.<<strong>br</strong> />

• Para desco<strong>br</strong>ir quantos grupos de 100 existem<<strong>br</strong> />

na amostra, dividimos 2.000 por 100, obtendo<<strong>br</strong> />

20 grupos.<<strong>br</strong> />

• Em cada um desses 20 grupos, 17 declaram a<<strong>br</strong> />

intenção de votar em X. Para achar esse total,<<strong>br</strong> />

multiplicamos 17 por 20: 17 x 20 = 340.<<strong>br</strong> />

• Portanto, 340 pessoas têm a intenção de votar<<strong>br</strong> />

em X.<<strong>br</strong> />

Para lidar de uma forma prática com<<strong>br</strong> />

porcentagens de uma quantidade conhecida,<<strong>br</strong> />

podemos reescrevê-las usando a representação<<strong>br</strong> />

decimal. Acompanhe:<<strong>br</strong> />

17<<strong>br</strong> />

17% = = 0,17.<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

Dessa forma, poderíamos obter o mesmo<<strong>br</strong> />

resultado, simplesmente multiplicando 2000 por<<strong>br</strong> />

0,17: 2000 x 0,17 = 340.<<strong>br</strong> />

Numa certa cidade, na qual existem 42 000<<strong>br</strong> />

eleitores inscritos, uma pesquisa registrou as<<strong>br</strong> />

intenções de voto para prefeito de uma amostra<<strong>br</strong> />

de 1.200 pessoas, conforme a tabela seguinte:<<strong>br</strong> />

Candidato Número de votantes<<strong>br</strong> />

José Anastácio 660<<strong>br</strong> />

Alice 420<<strong>br</strong> />

Indecisos 120<<strong>br</strong> />

Total 1.200<<strong>br</strong> />

Que porcentagem dos votantes manifestou a<<strong>br</strong> />

intenção de votar em José Anastácio?<<strong>br</strong> />

Vamos inicialmente escrever a razão entre os<<strong>br</strong> />

possíveis votantes em José Anastácio e o total de<<strong>br</strong> />

pessoas consultadas. Depois, vamos igualar essa<<strong>br</strong> />

razão a outra, com segundo termo igual a 100:<<strong>br</strong> />

660<<strong>br</strong> />

1200<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

Para obter o denominador 100, observe que<<strong>br</strong> />

precisamos dividir 1200 por 12. Da mesma forma,<<strong>br</strong> />

para obter n, dividimos 660 por 12, obtendo 55.<<strong>br</strong> />

660 55<<strong>br</strong> />

Assim, = = 55%.<<strong>br</strong> />

1200 100<<strong>br</strong> />

Poderíamos obter o mesmo resultado dividindo<<strong>br</strong> />

660 por 1200, obtendo 0,55 (veja acima como<<strong>br</strong> />

transformar um número escrito em representação<<strong>br</strong> />

decimal na forma de percentual).<<strong>br</strong> />

Tendo em vista a tabela com as intenções de voto,<<strong>br</strong> />

responda:<<strong>br</strong> />

a) Que porcentagem dos votantes consultados<<strong>br</strong> />

votaria em Alice?<<strong>br</strong> />

b) Que porcentagem é constituída de indecisos?<<strong>br</strong> />

c) Se os indecisos resolverem votar em Alice, que<<strong>br</strong> />

porcentagem dos votos Alice receberia?<<strong>br</strong> />

A Teoria das Probabilidades<<strong>br</strong> />

No início deste capítulo, destacamos que nossa<<strong>br</strong> />

principal finalidade é explorar situações<<strong>br</strong> />

numéricas na ciência, na tecnologia e na vida<<strong>br</strong> />

cotidiana. Um dos conceitos matemáticos mais<<strong>br</strong> />

ricos em aplicações começou, contudo, como<<strong>br</strong> />

mero estudo de jogos de azar, como dados,<<strong>br</strong> />

baralho e roleta. Um jogador profissional italiano,<<strong>br</strong> />

Girolamo Cardano, escreveu em 1550 o “Livro<<strong>br</strong> />

dos Jogos de Azar”, no qual ensina a trapacear no<<strong>br</strong> />

jogo, bem como a desco<strong>br</strong>ir trapaças. Já em 1653,<<strong>br</strong> />

um jogador francês, o Chevalier de Méré,<<strong>br</strong> />

escreveu ao grande matemático francês Blaise<<strong>br</strong> />

Pascal, propondo uma série de problemas so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

jogos de dados. Pascal começou a trocar<<strong>br</strong> />

correspondência com outro matemático francês,<<strong>br</strong> />

Pierre de Fermat. Essa correspondência entre os<<strong>br</strong> />

dois grandes matemáticos originou a teoria<<strong>br</strong> />

das probabilidades.<<strong>br</strong> />

O que existe de surpreendente na Teoria das<<strong>br</strong> />

Probabilidades é o fato de que ela, tendo nascido<<strong>br</strong> />

de motivos tão frívolos como os jogos de azar,<<strong>br</strong> />

acabou por se fazer extremamente necessária<<strong>br</strong> />

7) a) 35%% b) 10% c) 45%.<<strong>br</strong> />

6) Análise no texto.<<strong>br</strong> />

205


206<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

para um ramo da matemática aplicada<<strong>br</strong> />

importantíssimo: a Estatística. A ciência, de modo<<strong>br</strong> />

geral, preocupa-se em encontrar leis que regem<<strong>br</strong> />

determinados fenômenos. As equações que você<<strong>br</strong> />

estuda na Física e na Química são um bom<<strong>br</strong> />

exemplo disso: é possível prever que a água,<<strong>br</strong> />

quando submetida à pressão de uma atmosfera e<<strong>br</strong> />

aquecida 100ºC, muda do estado líquido para o<<strong>br</strong> />

gasoso (isto é, ela ferve).<<strong>br</strong> />

Experimentos para os quais é possível prever o<<strong>br</strong> />

resultado final, desde que satisfeitas certas<<strong>br</strong> />

situações <strong>iniciais</strong>, são chamados experimentos<<strong>br</strong> />

determinísticos. Alguns experimentos, contudo,<<strong>br</strong> />

não são assim previsíveis: por mais que<<strong>br</strong> />

mantenhamos as mesmas condições, não<<strong>br</strong> />

podemos prever qual será o resultado obtido no<<strong>br</strong> />

lançamento de uma moeda ou de um dado<<strong>br</strong> />

“normais”. Essses experimentos são chamados<<strong>br</strong> />

aleatórios, porque dependem do acaso (alea é<<strong>br</strong> />

uma palavra latina que significa “sorte”). São<<strong>br</strong> />

experimentos nos quais podemos determinar, no<<strong>br</strong> />

máximo, o conjunto dos possíveis resultados.<<strong>br</strong> />

Os eventos aleatórios não aparecem somente nos<<strong>br</strong> />

jogos de azar. Seguem alguns exemplos de<<strong>br</strong> />

experimentos cujos resultados não podem ser<<strong>br</strong> />

preditos, e cujo estudo só pode ser feito com<<strong>br</strong> />

ajuda da teoria das probabilidades:<<strong>br</strong> />

— Observar o tempo de vida de um átomo<<strong>br</strong> />

radiativo.<<strong>br</strong> />

— Observar o tempo de vida de uma pessoa.<<strong>br</strong> />

— Cruzar duas espécies de plantas e observar as<<strong>br</strong> />

características da espécie resultante.<<strong>br</strong> />

— Observar o sexo de um recém-nascido.<<strong>br</strong> />

— Observar o número de troncos ocupados numa<<strong>br</strong> />

central telefônica.<<strong>br</strong> />

— Observar o número de estrelas duplas numa<<strong>br</strong> />

certa região do céu.<<strong>br</strong> />

— Observar o número de chamadas para um<<strong>br</strong> />

certo telefone.<<strong>br</strong> />

— Controle de qualidade num processo<<strong>br</strong> />

de produção.<<strong>br</strong> />

— Selecionar uma amostra de indivíduos e<<strong>br</strong> />

observar o número de portadores de uma<<strong>br</strong> />

certa moléstia.<<strong>br</strong> />

— Injetar uma certa dose de insulina num<<strong>br</strong> />

paciente e observar a taxa de açúcar em<<strong>br</strong> />

seu sangue.<<strong>br</strong> />

Muitos desses experimentos exigem ferramentas<<strong>br</strong> />

matemáticas que estão além das possibilidades<<strong>br</strong> />

deste capítulo. No entanto, podemos tratar de<<strong>br</strong> />

alguns exemplos de emprego de probabilidades, a<<strong>br</strong> />

começar dos jogos de azar que originaram a<<strong>br</strong> />

teoria: vamos falar so<strong>br</strong>e dados.<<strong>br</strong> />

Marcos e Eduardo estão jogando dados. Eles estão<<strong>br</strong> />

discutindo qual resultado tem mais chance de<<strong>br</strong> />

aparecer: dois ou três. Que você acha?<<strong>br</strong> />

Na verdade, uma forma de determinar qual<<strong>br</strong> />

resultado aparece com mais facilidade (isto é, tem<<strong>br</strong> />

maior probabilidade de aparecer) seria jogar o<<strong>br</strong> />

dado umas 10.000 vezes, e anotar quantas vezes<<strong>br</strong> />

aparece cada um dos resultados. Obviamente,<<strong>br</strong> />

nem sempre isso é possível, e nem mesmo é<<strong>br</strong> />

necessário. Vamos seguir o procedimento que foi<<strong>br</strong> />

sugerido por Pascal e Fermat. Quando jogamos<<strong>br</strong> />

um dado, existem seis resultados possíveis: 1, 2,<<strong>br</strong> />

3, 4, 5, 6. Se o dado não tiver sido modificado<<strong>br</strong> />

para favorecer um determinado resultado ( o que<<strong>br</strong> />

chamamos de dado viciado), é razoável supor que<<strong>br</strong> />

cada um desses resultados tem a mesma chance<<strong>br</strong> />

de aparecer do que os outros. Se queremos saber<<strong>br</strong> />

a probabilidade de sair “2”, temos seis resultados<<strong>br</strong> />

possíveis, e um favorável. Então, para Pascal e<<strong>br</strong> />

Fermat a probabilidade de obter “2” é 1/6. Em<<strong>br</strong> />

geral, a definição clássica de probabilidade de um<<strong>br</strong> />

certo resultado é:<<strong>br</strong> />

A probabilidade de ocorrência de um<<strong>br</strong> />

certo acontecimento é igual à razão<<strong>br</strong> />

entre o número de casos favoráveis ao<<strong>br</strong> />

acontecimento e o número de casos<<strong>br</strong> />

possíveis.<<strong>br</strong> />

Assim, podemos dizer que cada um dos resultados<<strong>br</strong> />

possíveis no lançamento de um dado tem<<strong>br</strong> />

probabilidade 1/6.<<strong>br</strong> />

Basicamente, o que uma probabilidade fornece é<<strong>br</strong> />

uma medida quantitativa de nossa incerteza. A<<strong>br</strong> />

própria definição de probabilidade tem<<strong>br</strong> />

conseqüências interessantes. Por exemplo, no<<strong>br</strong> />

lançamento de um dado sabemos que é<<strong>br</strong> />

impossível obter num dado um número natural


Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

maior do que 6. Associamos um número a essa<<strong>br</strong> />

probabilidade, através da definição clássica.<<strong>br</strong> />

Como existem 0 casos favoráveis, a definição<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

fornece 6 = 0. Por outro lado, é certo que<<strong>br</strong> />

obteremos um número natural par ou ímpar. A<<strong>br</strong> />

definição também associa um número a essa<<strong>br</strong> />

certeza. Como existem 6 resultados favoráveis, a<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

definição fornece 6 =1 . De modo geral, entre o<<strong>br</strong> />

evento impossível e o evento certo, a<<strong>br</strong> />

probabilidade é um número que varia de 0 a 1.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

No lançamento de um dado, calcule a<<strong>br</strong> />

probabilidade de sair um número ímpar.<<strong>br</strong> />

No lançamento de uma moeda, quantos são os<<strong>br</strong> />

resultados possíveis?<<strong>br</strong> />

No lançamento de uma moeda, qual é a<<strong>br</strong> />

probabilidade de sair cara?<<strong>br</strong> />

a) 0.<<strong>br</strong> />

b)1/6.<<strong>br</strong> />

c)1/2.<<strong>br</strong> />

d)1.<<strong>br</strong> />

Resolver problemas é uma atividade<<strong>br</strong> />

fundamental do ser humano<<strong>br</strong> />

Você concorda com essa afirmação? Justifique<<strong>br</strong> />

sua resposta.<<strong>br</strong> />

Os conceitos matemáticos foram desenvolvidos<<strong>br</strong> />

para resolver problemas, alguns criados pelos<<strong>br</strong> />

próprios matemáticos, outros sugeridos pela<<strong>br</strong> />

Natureza. No restante desse fascículo você está<<strong>br</strong> />

convidado a resolver problemas, quer para<<strong>br</strong> />

argumentar, quer para analisar situações. Os<<strong>br</strong> />

problemas de 4.1 a 4.5 podem ser resolvidos por<<strong>br</strong> />

meio do Princípio Fundamental da Contagem.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Num anúncio, o restaurante “Que delícia” afirma<<strong>br</strong> />

que com 20 tipos de saladas e 18 pratos quentes é<<strong>br</strong> />

possível fazer uma refeição diferente a cada dia<<strong>br</strong> />

do ano. Essa afirmação é verdadeira?<<strong>br</strong> />

a) Quantos números com três algarismos podem<<strong>br</strong> />

ser obtidos, sem repetir nenhum algarismo,<<strong>br</strong> />

utilizando os algarismos 2, 3 e 4?<<strong>br</strong> />

b) Quantos números com três algarismos podem<<strong>br</strong> />

ser obtidos, se os algarismos puderem ser<<strong>br</strong> />

repetidos?<<strong>br</strong> />

José Carlos vai fazer uma prova, mas infelizmente<<strong>br</strong> />

não pode se preparar para ela. A prova é<<strong>br</strong> />

composta de 20 questões que só possuem duas<<strong>br</strong> />

possibilidades de resposta: Verdadeiro (V) ou<<strong>br</strong> />

Falso (F). De quantas maneiras diferentes ele pode<<strong>br</strong> />

resolver a prova?<<strong>br</strong> />

Se a prova que José Carlos resolveu contivesse 10<<strong>br</strong> />

questões, cada uma com três possibilidades de<<strong>br</strong> />

resposta (Verdadeiro, Falso e Não Sei), quantas<<strong>br</strong> />

seriam as possibilidades de resolver a prova?<<strong>br</strong> />

11) Não.<<strong>br</strong> />

10) C. 14) 310 = 59.049.<<strong>br</strong> />

9) 2. 13) 220 = 1.048.576.<<strong>br</strong> />

8) 0,5. 12) a) 6; b) 27.<<strong>br</strong> />

207


208<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

Um questionário tem 1.024 maneiras de ser<<strong>br</strong> />

resolvido. Se cada pergunta só admite duas<<strong>br</strong> />

possibilidades de resposta (V ou F), quantas são<<strong>br</strong> />

as perguntas?<<strong>br</strong> />

O nascimento de crianças sugere alguns<<strong>br</strong> />

problemas envolvendo probabilidades. O sexo da<<strong>br</strong> />

criança, por exemplo, não pode ser determinado,<<strong>br</strong> />

e depende do acaso. Um casal deseja ter um<<strong>br</strong> />

filho.Vamos calcular a probabilidade de nascer<<strong>br</strong> />

uma menina. As possibilidades são duas para o<<strong>br</strong> />

sexo da criança: masculino (M) e feminino (F).<<strong>br</strong> />

Então,<<strong>br</strong> />

probabilidade de nascer menina =<<strong>br</strong> />

nº de casos favoráveis<<strong>br</strong> />

nº de casos possíveis<<strong>br</strong> />

O casal tem 50% de chance de ter uma menina.<<strong>br</strong> />

Da mesma forma, a probabilidade da criança ser<<strong>br</strong> />

do sexo masculino também é 1 .<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Rogério e Marina estão se preparando para<<strong>br</strong> />

receber o primeiro filho. Na verdade, eles<<strong>br</strong> />

planejam ter 2 filhos. Qual a probabilidade de que<<strong>br</strong> />

as crianças sejam de sexos diferentes? Para<<strong>br</strong> />

responder a essa pergunta, precisamos desco<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />

quantas são as possibilidades de ocorrência do<<strong>br</strong> />

sexo das duas crianças. Um recurso que pode nos<<strong>br</strong> />

ajudar é a construção de uma árvore de<<strong>br</strong> />

possibilidades.<<strong>br</strong> />

PRIMEIRO FILHO:<<strong>br</strong> />

SEGUNDO FILHO:<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

M F<<strong>br</strong> />

Temos quatro possibilidades para o sexo das duas<<strong>br</strong> />

crianças, dos quais estamos interessados em duas<<strong>br</strong> />

MF e FM.<<strong>br</strong> />

Assim, a probabilidade das crianças serem de<<strong>br</strong> />

sexos diferentes é 2 = 1 .<<strong>br</strong> />

4 2<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

Observando a árvore de possibilidades, responda:<<strong>br</strong> />

a) Qual é a probabilidade de nascerem dois<<strong>br</strong> />

garotos?<<strong>br</strong> />

b) Qual é a probabilidade de nascerem duas<<strong>br</strong> />

meninas?<<strong>br</strong> />

c) Qual é a probabilidade de nascerem duas<<strong>br</strong> />

crianças do mesmo sexo?<<strong>br</strong> />

16) a e b) 1/4; c) 1/2.<<strong>br</strong> />

15) 10.


3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Se Rogério e Marina quiserem ter três filhos, qual é a probabilidade de nascerem três<<strong>br</strong> />

meninas? Qual é a probabilidade de nascerem dois garotos e uma menina? (Sugestão:<<strong>br</strong> />

construa mais um ramo na árvore de possibilidades).<<strong>br</strong> />

II. Em 1990, a população mundial era de 5.292.177.000 habitantes. Especialistas estimam<<strong>br</strong> />

que a população atingirá 8.466.516.000 no ano 2025. Qual será o percentual de crescimento<<strong>br</strong> />

da população, em relação à de 1990? A população em 2025 corresponderá a que<<strong>br</strong> />

porcentagem da de 1990?<<strong>br</strong> />

Analisando situações numéricas<<strong>br</strong> />

e construindo argumentos<<strong>br</strong> />

Em diferentes situações de nossa vida, além de<<strong>br</strong> />

solucionar problemas precisamos convencer<<strong>br</strong> />

outras pessoas so<strong>br</strong>e nossos pontos de vista ou<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a decisão de escolher um procedimento de<<strong>br</strong> />

resolução ou mesmo um resultado.<<strong>br</strong> />

Nos problemas abaixo, você está convidado a<<strong>br</strong> />

construir ou a escolher argumentos que sejam<<strong>br</strong> />

convincentes.<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

I. Joca e Edu estavam indignados. Eles queriam comprar uma bola-de-futebol, mas seu preço<<strong>br</strong> />

subiu 10% na semana passada e 20% ontem.”30% de aumento numa semana já é demais!<<strong>br</strong> />

Assim não dá”, reclamava Joca indignado.<<strong>br</strong> />

Se nosso amigo soubesse um pouquinho mais de matemática ficaria mais revoltado ainda,<<strong>br</strong> />

porque o aumento não é de 30%: é mais do que isso! É 32%! Vamos ver por que: o preço<<strong>br</strong> />

inicial da bola era R$20,00.<<strong>br</strong> />

a) A quanto corresponde o primeiro aumento?<<strong>br</strong> />

b) Qual é o preço após o primeiro aumento?<<strong>br</strong> />

c) Qual é o preço após o segundo aumento? Lem<strong>br</strong>e-se de que esse aumento incide so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

resultado do item (b), e não mais so<strong>br</strong>e R$20,00.<<strong>br</strong> />

d) Qual é a diferença entre o preço inicial e o preço final? Ela corresponde a que<<strong>br</strong> />

porcentagem de aumento?<<strong>br</strong> />

II. Se, ao invés de R$ 20,00 o preço do produto fosse R$15,00, e a também sofresse dois<<strong>br</strong> />

aumentos sucessivos de 10% e 20 %, qual seria o preço final? Qual seria a porcentagem de<<strong>br</strong> />

aumento?<<strong>br</strong> />

209


210<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

SUPERMERCADO<<strong>br</strong> />

BARATINHO<<strong>br</strong> />

Leite em pó em promoção!<<strong>br</strong> />

Leve 4 latas e <strong>pag</strong>ue 3!<<strong>br</strong> />

SUPERMERCADO<<strong>br</strong> />

QUE MOLEZA<<strong>br</strong> />

Super promoção!<<strong>br</strong> />

20% de desconto em cada lata<<strong>br</strong> />

de leite em pó!<<strong>br</strong> />

Que dúvida! Mariana precisa comprar leite em pó para alimentar seu bebê, mas não sabe qual<<strong>br</strong> />

das duas promoções é mais vantajosa. Vamos ajudá-la? Nos dois supermercados, o preço<<strong>br</strong> />

anunciado para cada lata é R$ 4,00.<<strong>br</strong> />

a) Se ela comprar 4 latas no Baratinho, qual seria o preço sem a promoção?<<strong>br</strong> />

b) Com 4 latas ao preço de 3, quanto ela economiza?<<strong>br</strong> />

c) No Que Moleza, por quanto sai cada lata, já com o desconto de 20%?<<strong>br</strong> />

d) Qual é o preço de 4 latas, sem o desconto? E com o desconto?<<strong>br</strong> />

e) Finalmente, qual das duas promoções é mais vantajosa se ela decidir comprar 4 latas de<<strong>br</strong> />

leite em pó?<<strong>br</strong> />

f) Se ela decidir comprar 12 latas, a vantagem permanece a mesma?<<strong>br</strong> />

IV. João deseja comprar um carro cujo preço à vista, com todos os descontos possíveis, é de<<strong>br</strong> />

R$21.000,00. Esse valor não será reajustado nos próximos meses. Ele tem R$20.000,00, que<<strong>br</strong> />

podem ser aplicados a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês. Ele pensa em fazer um<<strong>br</strong> />

financiamento, mas um amigo que é gerente de um banco lhe diz que, se ele deixar o dinheiro<<strong>br</strong> />

aplicado por três meses, terá o dinheiro para comprar o carro à vista, e ainda lhe so<strong>br</strong>ará<<strong>br</strong> />

algum dinheiro.<<strong>br</strong> />

Uma aplicação a “juros compostos” de 2% significa que a taxa de 2% é aplicada<<strong>br</strong> />

mensalmente ao resultado do mês anterior. Assim, ao fim do primeiro mês, João teria<<strong>br</strong> />

R$20.000,00 x 1,02 = R$20.400,00.<<strong>br</strong> />

a) Quanto João teria ao fim do 2º mês?<<strong>br</strong> />

b) Quanto João teria ao fim do 3º mês? O amigo de João tinha razão?<<strong>br</strong> />

A mesma estratégia usada no problema dos juros compostos pode ser usada no<<strong>br</strong> />

problema abaixo:<<strong>br</strong> />

V. O rio Nilo Branco, acima da represa em Jebel Aulia, no Egito, foi infestado por uma<<strong>br</strong> />

vegetação conhecida como “jacinto aquático”. Em 1958 a planta co<strong>br</strong>iu somente 12km 2 , mas<<strong>br</strong> />

o aumento anual foi de 50%. Após quantos anos a planta co<strong>br</strong>iu 40km 2 ?<<strong>br</strong> />

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4<<strong>br</strong> />

VI. Se a área total represada era de 200 km 2 , em quanto tempo ela foi coberta?


Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

VII. Um fato que sempre aparece no noticiário diz respeito ao preço internacional do petróleo.<<strong>br</strong> />

Cada nova crise no Oriente Médio provoca um aumento no preço do petróleo, freqüentemente<<strong>br</strong> />

expresso nos seguintes termos: “O preço do barril de petróleo passou de 25 para 28 dólares”.<<strong>br</strong> />

O barril é uma unidade do sistema inglês, que corresponde a 42 galões, sendo que um galão<<strong>br</strong> />

corresponde a 3,785 litros. A quantos litros, aproximadamente, corresponde um barril?<<strong>br</strong> />

a) 100 b) 120 c) 140 d) 160<<strong>br</strong> />

VIII. Felizmente, o Brasil já não depende tanto do petróleo importado. Já dominamos a<<strong>br</strong> />

tecnologia para a extração de petróleo de lugares de difícil acesso, como o fundo do mar. Em<<strong>br</strong> />

particular, a bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é uma das áreas mais promissoras,<<strong>br</strong> />

apresentando uma produção diária de 670 mil barris. Qual é a ordem de grandeza dessa<<strong>br</strong> />

produção diária, expressa em litros?<<strong>br</strong> />

a) 105 b) 108 c) 1010 d)1012<<strong>br</strong> />

IX. Evidentemente, quando o Brasil produz seu próprio petróleo, deixa de adquiri-lo no<<strong>br</strong> />

mercado externo. Suponha que o preço do barril de petróleo seja 25 dólares. Tendo em vista a<<strong>br</strong> />

produção diária de petróleo extraído da bacia de campos, fornecida no exercício VIII, o Brasil<<strong>br</strong> />

economiza por dia com o petróleo extraído dessa bacia, aproximadamente:<<strong>br</strong> />

a) dezessete mil dólares.<<strong>br</strong> />

b) dois milhões e meio de dólares.<<strong>br</strong> />

c) dezessete milhões de dólares<<strong>br</strong> />

d) vinte milhões de dólares.<<strong>br</strong> />

Utilizando conceitos numéricos para avaliar<<strong>br</strong> />

propostas de intervenção no meio ambiente<<strong>br</strong> />

Freqüentemente lemos ou escutamos notícias<<strong>br</strong> />

relativas a agressões ao meio ambiente. Nem<<strong>br</strong> />

sempre podemos influir nas decisões tomadas por<<strong>br</strong> />

agências governamentais ou grandes corporações,<<strong>br</strong> />

mas, de qualquer forma, é imprescindível que<<strong>br</strong> />

nos informemos a respeito para, devidamente<<strong>br</strong> />

fundamentados, alimentar um movimento de<<strong>br</strong> />

opinião pública que possa ter maior influência<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os destinos de nosso planeta.<<strong>br</strong> />

Nesse sentido, apresentaremos alguns problemas<<strong>br</strong> />

relativos a questões ambientais. Devemos destacar<<strong>br</strong> />

que nosso instrumental matemático é ainda<<strong>br</strong> />

pequeno, de modo que nossa análise de propostas<<strong>br</strong> />

de intervenção é, necessariamente, limitada.<<strong>br</strong> />

Gostaríamos, no entanto, que isso lhe servisse de<<strong>br</strong> />

incentivo para continuar seus estudos, de modo a<<strong>br</strong> />

aumentar seus conhecimentos e poder de decisão.<<strong>br</strong> />

Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />

Cada cm 2<<strong>br</strong> />

da superfície da terra está carregado<<strong>br</strong> />

com uma massa de 1,0kg de ar. A superfície total<<strong>br</strong> />

da Terra é 5,1 x 10 8<<strong>br</strong> />

km 2<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

a) Calcular a massa da atmosfera (lem<strong>br</strong>e-se de<<strong>br</strong> />

que é necessário operar uma transformação de<<strong>br</strong> />

unidades: 1 quilômetro quadrado corresponde a<<strong>br</strong> />

quantos centímetros quadrados?).<<strong>br</strong> />

b) 22% da massa total da terra é constituída de<<strong>br</strong> />

oxigênio. Qual é a massa de oxigênio?<<strong>br</strong> />

c) Que massa de oxigênio co<strong>br</strong>e 1km 2<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

superfície? Dê a resposta em kg e em toneladas,<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ando que 1t = 1.000kg.<<strong>br</strong> />

d) Um km 2<<strong>br</strong> />

de uma floresta jovem produz cerca de<<strong>br</strong> />

2,5 x 10 5<<strong>br</strong> />

kg de oxigênio. Que porcentagem essa<<strong>br</strong> />

17) a) 5,1 . 1.018kg; b) 1,1 . 1.018kg; c) 2 . 109kg = 2 milhões de toneladas; d) 1,25%; e) 120.000 anos.<<strong>br</strong> />

211


212<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

massa de oxigênio significa, em relação à massa<<strong>br</strong> />

que co<strong>br</strong>e 1km 2<<strong>br</strong> />

, calculada no item c?<<strong>br</strong> />

e) Estimou-se que todas as plantas verdes da terra<<strong>br</strong> />

produzem 9 x 10 13<<strong>br</strong> />

kg de oxigênio anualmente.<<strong>br</strong> />

Este número não inclui o oxigênio que é<<strong>br</strong> />

consumido pelas próprias plantas. Quantos anos<<strong>br</strong> />

seriam necessários para se produzir o oxigênio da<<strong>br</strong> />

atmosfera, se ele não fosse consumido pelo fogo,<<strong>br</strong> />

nem pelos animais?<<strong>br</strong> />

Um dos acidentes ecológicos mais nocivos ao<<strong>br</strong> />

meio ambiente é o derramamento de óleo, que<<strong>br</strong> />

afeta as plantas e os animais que vivem numa<<strong>br</strong> />

certa região, a ponto de provocar enorme<<strong>br</strong> />

mortandade de peixes e aves. O problema<<strong>br</strong> />

seguinte refere-se apenas ao efeito do óleo so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

a água potável, desconsiderando outros aspectos.<<strong>br</strong> />

Sabe-se que, quando um milhão de litros de água<<strong>br</strong> />

doce são misturados com um litro de óleo<<strong>br</strong> />

mineral, a água se torna desagradável ao paladar.<<strong>br</strong> />

Que quantidade de óleo mineral infiltrado seria<<strong>br</strong> />

suficiente para destruir 1,5 x 10 10<<strong>br</strong> />

litros de água<<strong>br</strong> />

(essa quantidade de água serve para suprir uma<<strong>br</strong> />

cidade com 100.000 habitantes, durante um ano)?<<strong>br</strong> />

Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />

Um problema de probabilidades que<<strong>br</strong> />

interessa às companhias de seguro:<<strong>br</strong> />

qual é a probabilidade de que<<strong>br</strong> />

determinado indivíduo, que hoje tem<<strong>br</strong> />

40 anos, viva até os 60 anos?<<strong>br</strong> />

Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />

Você acha que é possível responder a essa<<strong>br</strong> />

pergunta?<<strong>br</strong> />

Quando vimos a definição clássica de<<strong>br</strong> />

probabilidades, admitimos que cada resultado<<strong>br</strong> />

tinha a mesma chance de ocorrer que qualquer<<strong>br</strong> />

outro. Resultados assim são chamados<<strong>br</strong> />

equiprováveis. Alguns empregos das<<strong>br</strong> />

probabilidades, no entanto, vão além dessa<<strong>br</strong> />

possibilidade.<<strong>br</strong> />

Para resolver o problema das companhias de<<strong>br</strong> />

seguro, podemos proceder da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

levantam-se os registros de nascimento e morte<<strong>br</strong> />

de um grande número de pessoas (digamos,<<strong>br</strong> />

100.000). A seguir, desco<strong>br</strong>e-se que das 100.000<<strong>br</strong> />

pessoas vivas com a idade de 10 anos, 75.200<<strong>br</strong> />

atingem os 40 anos. Depois, estabelece-se como<<strong>br</strong> />

probabilidade de que uma pessoa de 10 anos<<strong>br</strong> />

75.200<<strong>br</strong> />

chegue aos 40 anos a razão 0,75.<<strong>br</strong> />

100.000<<strong>br</strong> />

Por outro lado, dos 75.200 vivos aos 40 anos,<<strong>br</strong> />

52.315 chegaram aos 60 anos: a probabilidade de<<strong>br</strong> />

que uma pessoa viva aos 40 anos chegue aos 60<<strong>br</strong> />

52.315<<strong>br</strong> />

anos é definida como 0,70.<<strong>br</strong> />

75.200<<strong>br</strong> />

Essas probabilidades são importantes para as<<strong>br</strong> />

companhias de seguro, pois são elas que<<strong>br</strong> />

determinam quanto o segurado deverá <strong>pag</strong>ar<<strong>br</strong> />

pelo serviço.<<strong>br</strong> />

De 100.000 crianças com 10 anos de idade, 85.000 chegam à idade de 30 anos, e 58.000 à<<strong>br</strong> />

idade de 60 anos.<<strong>br</strong> />

I. Qual é a probabilidade de que uma pessoa com 10 anos de idade chegue aos 30 anos?<<strong>br</strong> />

a) 65 %. b) 80%. c) 85%. d) 58%.<<strong>br</strong> />

II. Qual é a probabilidade de que uma pessoa com 30 anos de idade chegue ao 60 anos?<<strong>br</strong> />

as) 65%. b) 58%. c) 68% . d) 75%.<<strong>br</strong> />

18) 15.000l


1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />

Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />

I. a) 6 x 10 12 b) 10 14 .<<strong>br</strong> />

II. 130.200km.<<strong>br</strong> />

III. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

II.<<strong>br</strong> />

Hidrogênio: 8,375 x 10-5 (menos denso).<<strong>br</strong> />

Hélio: 1,664 x 10-4 .<<strong>br</strong> />

Nitrogênio: 1,165 x 10-3 .<<strong>br</strong> />

Oxigênio: 1,332 x 10-3 .<<strong>br</strong> />

Cloro: 2,95 x 10-3 .<<strong>br</strong> />

a) Mesma ordem de grandeza<<strong>br</strong> />

b) Uma ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />

c) Uma ordem de grandeza<<strong>br</strong> />

d) Uma ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />

e) Três ordens de grandeza.<<strong>br</strong> />

I. 1/8; 3/8.<<strong>br</strong> />

II. 60%; 160%.<<strong>br</strong> />

I.<<strong>br</strong> />

a) 2,00 .<<strong>br</strong> />

b) 22,00.<<strong>br</strong> />

c) 26,40.<<strong>br</strong> />

d) 6,40; 32%.<<strong>br</strong> />

II. 19,80; 32%<<strong>br</strong> />

III.<<strong>br</strong> />

a) 16,00<<strong>br</strong> />

b) 4,00<<strong>br</strong> />

c) 3,20<<strong>br</strong> />

d) 16,00; 12,80<<strong>br</strong> />

e) Baratinho<<strong>br</strong> />

f) Sim<<strong>br</strong> />

IV. a) 20.808,00 b)21.224,16<<strong>br</strong> />

V. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

VI. Aproximadamente 7 anos.<<strong>br</strong> />

VII. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

VIII. Resposta (b).<<strong>br</strong> />

IX. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

I. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />

213


214<<strong>br</strong> />

Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />

ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />

Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />

demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />

• Identificar e interpretar estratégias e situações matemáticas numéricas aplicadas em contextos<<strong>br</strong> />

diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />

• Construir e identificar conceitos matemáticos numéricos na interpretação de fenômenos em contextos<<strong>br</strong> />

diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />

• Interpretar informações e aplicar estratégias matemáticas numéricas na solução de problemas em<<strong>br</strong> />

contextos diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />

• Utilizar conceitos e estratégias matemáticas numéricas na seleção de argumentos propostos como<<strong>br</strong> />

solução de problemas, em contextos diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />

• Recorrer a conceitos matemáticos numéricos para avaliar propostas de intervenção so<strong>br</strong>e problemas<<strong>br</strong> />

de natureza científica e tecnológica.

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