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Matemática<<strong>br</strong> />
Livro do Estudante<<strong>br</strong> />
Ensino Fundamental
Matemática<<strong>br</strong> />
Livro do Estudante<<strong>br</strong> />
Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Brasília<<strong>br</strong> />
MEC/INEP<<strong>br</strong> />
2006
© O MEC/INEP cede os direitos de reprodução deste material às Secretarias de Educação, que poderão reproduzi-lo respeitando a integridade da o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />
Coordenação Geral do Projeto<<strong>br</strong> />
Maria Inês Fini<<strong>br</strong> />
Coordenação de Articulação de Textos do Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Maria Cecília Guedes Condeixa<<strong>br</strong> />
Coordenação de Texto de Área<<strong>br</strong> />
Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Matemática<<strong>br</strong> />
Célia Maria Carolino Pires<<strong>br</strong> />
Leitores Críticos<<strong>br</strong> />
Área de Psicologia do Desenvolvimento<<strong>br</strong> />
Márcia Zampieri Torres<<strong>br</strong> />
Maria da Graça Bompastor Borges Dias<<strong>br</strong> />
Leny Rodrigues Martins Teixeira<<strong>br</strong> />
Lino de Macedo<<strong>br</strong> />
Área de Matemática<<strong>br</strong> />
Área de Matemática e suas Tecnologias<<strong>br</strong> />
Eduardo Sebastiani Ferreira<<strong>br</strong> />
Maria Eliza Fini<<strong>br</strong> />
Maria Cristina Souza de Albuquerque Maranhão<<strong>br</strong> />
Diretoria de Avaliação para Certificação de Competências (DACC)<<strong>br</strong> />
Equipe Técnica<<strong>br</strong> />
Ataíde Alves – Diretor<<strong>br</strong> />
Alessandra Regina Ferreira Abadio<<strong>br</strong> />
Célia Maria Rey de Carvalho<<strong>br</strong> />
Ciro Haydn de Barros<<strong>br</strong> />
Clediston Rodrigo Freire<<strong>br</strong> />
Daniel Verçosa Amorim<<strong>br</strong> />
David de Lima Simões<<strong>br</strong> />
Dorivan Ferreira Gomes<<strong>br</strong> />
Érika Márcia Baptista Caramori<<strong>br</strong> />
Fátima Deyse Sacramento Porcidonio<<strong>br</strong> />
Gilberto Edinaldo Moura<<strong>br</strong> />
Gislene Silva Lima<<strong>br</strong> />
Helvécio Dourado Pacheco<<strong>br</strong> />
Hugo Leonardo de Siqueira Cardoso<<strong>br</strong> />
Jane Hudson A<strong>br</strong>anches<<strong>br</strong> />
Kelly Cristina Naves Paixão<<strong>br</strong> />
Lúcia Helena P. Medeiros<<strong>br</strong> />
Maria Cândida Muniz Trigo<<strong>br</strong> />
Maria Vilma Valente de Aguiar<<strong>br</strong> />
Pedro Henrique de Moura Araújo<<strong>br</strong> />
Sheyla Carvalho Lira<<strong>br</strong> />
Suely Alves Wanderley<<strong>br</strong> />
Taíse Pereira Liocádio<<strong>br</strong> />
Teresa Maria Abath Pereira<<strong>br</strong> />
Weldson dos Santos Batista<<strong>br</strong> />
Capa<<strong>br</strong> />
Marcos Hartwich<<strong>br</strong> />
Ilustrações<<strong>br</strong> />
Raphael Caron Freitas<<strong>br</strong> />
Coordenação Editorial<<strong>br</strong> />
Zuleika de Felice Murrie<<strong>br</strong> />
M425 Matemática : livro do estudante : ensino fundamental / Coordenação : Zuleika de<<strong>br</strong> />
Felice Murrie. — 2. ed. — Brasília : MEC : INEP, 2006.<<strong>br</strong> />
214p. ; 28cm.<<strong>br</strong> />
1. Matemática (Ensino fundamental). I. Murrie, Zuleika de Felice.<<strong>br</strong> />
CDD 372.73
Sumário<<strong>br</strong> />
Introdução .....................................................................................................................................<<strong>br</strong> />
Capítulo I<<strong>br</strong> />
Matemática: uma construção humana ............................................................<<strong>br</strong> />
Vinícius de Macedo Santos<<strong>br</strong> />
Capítulo II<<strong>br</strong> />
A arte de raciocinar..........................................................................................<<strong>br</strong> />
Célia Maria Carolino Pires<<strong>br</strong> />
Capítulo III<<strong>br</strong> />
Os números: seus usos e seus significados .....................................................<<strong>br</strong> />
Wanda Silva Rodrigues<<strong>br</strong> />
Capítulo IV<<strong>br</strong> />
Geometria: leitura e representação da realidade ...........................................<<strong>br</strong> />
Norma Kerches de Oliveira Rogeri<<strong>br</strong> />
Capítulo V<<strong>br</strong> />
As medidas e a compreensão da realidade.....................................................<<strong>br</strong> />
Dulce Satiko Onaga<<strong>br</strong> />
Capítulo VI<<strong>br</strong> />
Proporcionalidade: uma idéia fundamental ...................................................<<strong>br</strong> />
Ruy César Pietropaolo<<strong>br</strong> />
Capítulo VII<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos ..............................................................<<strong>br</strong> />
Angélica da Fontoura Garcia Silva<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII<<strong>br</strong> />
A Estatística e sua importância no mundo da informação ...........................<<strong>br</strong> />
Edda Curi<<strong>br</strong> />
Capítulo IX<<strong>br</strong> />
Explorando situações numéricas .....................................................................<<strong>br</strong> />
Cláudio Saiani<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
31<<strong>br</strong> />
57<<strong>br</strong> />
81<<strong>br</strong> />
103<<strong>br</strong> />
127<<strong>br</strong> />
149<<strong>br</strong> />
171<<strong>br</strong> />
195
8<<strong>br</strong> />
Introdução<<strong>br</strong> />
Este material foi desenvolvido pelo Ministério da Educação com a finalidade de ajudá-lo a<<strong>br</strong> />
preparar-se para a avaliação necessária à obtenção do certificado de conclusão do Ensino<<strong>br</strong> />
Fundamental denominada ENCCEJA – Exame Nacional de Certificação de Competências de<<strong>br</strong> />
Jovens e Adultos.<<strong>br</strong> />
A avaliação proposta pelo Ministério da Educação para certificação do Ensino Fundamental é<<strong>br</strong> />
composta de 4 provas:<<strong>br</strong> />
1. Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Artística e Educação Física<<strong>br</strong> />
2. Matemática<<strong>br</strong> />
3. História e Geografia<<strong>br</strong> />
4. Ciências<<strong>br</strong> />
Este exemplar contém as orientações necessárias para apoiar sua preparação para a prova de<<strong>br</strong> />
Matemática.<<strong>br</strong> />
A prova é composta de 45 questões objetivas de múltipla escolha, valendo 100 pontos.<<strong>br</strong> />
Este exame é diferente dos exames tradicionais, pois buscará verificar se você é capaz de usar<<strong>br</strong> />
os conhecimentos em situações reais da sua vida em sociedade.<<strong>br</strong> />
As competências e habilidades fundamentais desta área de conhecimento estão contidas em:<<strong>br</strong> />
I. Compreender a Matemática como construção humana, relacionando o seu<<strong>br</strong> />
desenvolvimento com a transformação da sociedade.<<strong>br</strong> />
II. Ampliar formas de raciocínio e processos mentais por meio de indução,<<strong>br</strong> />
dedução, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />
matemáticos.<<strong>br</strong> />
III. Construir significados e ampliar os já existentes para os números naturais,<<strong>br</strong> />
inteiros e racionais.<<strong>br</strong> />
IV. Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da<<strong>br</strong> />
realidade, e agir so<strong>br</strong>e ela.<<strong>br</strong> />
V. Construir e ampliar noções de grandezas e medidas para a compreensão da<<strong>br</strong> />
realidade e a solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />
VI. Construir e ampliar noções de variação de grandeza para a compreensão da<<strong>br</strong> />
realidade e a solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />
VII. Construir e utilizar conceitos algé<strong>br</strong>icos para modelar e resolver problemas.
VIII. Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de<<strong>br</strong> />
gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação<<strong>br</strong> />
e interpretação.<<strong>br</strong> />
IX. Compreender conceitos, estratégias e situações matemáticas numéricas para<<strong>br</strong> />
aplicá-los a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e da<<strong>br</strong> />
atividade cotidiana.<<strong>br</strong> />
Os textos que se seguem pretendem ajudá-lo a compreender melhor cada uma dessas nove<<strong>br</strong> />
competências. Cada capítulo é composto por um texto básico que discute os conhecimentos<<strong>br</strong> />
referentes à competência tema do capítulo. Esse texto básico está organizado em duas colunas.<<strong>br</strong> />
Durante a leitura do texto básico, você encontrará dois tipos de boxes: um boxe denominado de<<strong>br</strong> />
desenvolvendo competências e outro, de texto explicativo.<<strong>br</strong> />
O boxe desenvolvendo competências apresenta atividades para que você possa ampliar seu<<strong>br</strong> />
conhecimento. As respostas podem ser encontradas no fim do capítulo. O boxe de texto<<strong>br</strong> />
explicativo indica possibilidades de leitura e reflexão so<strong>br</strong>e o tema do capítulo.<<strong>br</strong> />
O texto básico está construído de forma que você possa refletir so<strong>br</strong>e várias situações-problema<<strong>br</strong> />
de seu cotidiano, aplicando o conhecimento técnico-científico construído historicamente,<<strong>br</strong> />
organizado e transmitido pelos livros e pela escola.<<strong>br</strong> />
Você poderá, ainda, complementar seus estudos com outros materiais didáticos, freqüentando<<strong>br</strong> />
cursos ou estudando sozinho. Para obter êxito na prova de Matemática do ENCCEJA, esse<<strong>br</strong> />
material será fundamental em seus estudos.<<strong>br</strong> />
9
Capítulo I<<strong>br</strong> />
<strong>MATEM</strong>ÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO HUMANA<<strong>br</strong> />
COMPREENDER A <strong>MATEM</strong>ÁTICA COMO CONSTRUÇÃO<<strong>br</strong> />
HUMANA, RELACIONANDO O SEU DESENVOLVIMENTO<<strong>br</strong> />
COM A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE.<<strong>br</strong> />
Vinício de Macedo Santos
12<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo I<<strong>br</strong> />
Matemática:<<strong>br</strong> />
uma construção humana<<strong>br</strong> />
Apresentação<<strong>br</strong> />
Você consegue imaginar a sua vida sem usar os<<strong>br</strong> />
números, sem fazer cálculos ou medidas? Como<<strong>br</strong> />
seria na hora de ir fazer suas compras, <strong>pag</strong>ar suas<<strong>br</strong> />
contas ou marcar um compromisso?<<strong>br</strong> />
Você já se perguntou alguma vez de onde vêm e<<strong>br</strong> />
como são geradas nossas idéias, os nossos<<strong>br</strong> />
conhecimentos matemáticos?<<strong>br</strong> />
São muitas e muitas as informações disponíveis<<strong>br</strong> />
ao nosso redor. Convivemos a todo instante com<<strong>br</strong> />
tantas invenções e conquistas que, de algum<<strong>br</strong> />
modo, mudaram e até facilitaram nossa vida e<<strong>br</strong> />
nem nos damos conta de que, em outras épocas,<<strong>br</strong> />
as coisas eram totalmente diferentes.<<strong>br</strong> />
Alguma vez você já se perguntou:<<strong>br</strong> />
de onde vem a Matemática?<<strong>br</strong> />
Quando um grupo de pessoas se depara com um<<strong>br</strong> />
problema ou com alguma dificuldade qual é, no<<strong>br</strong> />
seu ponto de vista, a atitude que deve ser<<strong>br</strong> />
tomada? Ignorar o problema ou encontrar<<strong>br</strong> />
uma solução?<<strong>br</strong> />
A Matemática foi sendo inventada pelo homem<<strong>br</strong> />
porque a vida dele foi exigindo que resolvesse<<strong>br</strong> />
certos problemas para compreender a natureza,<<strong>br</strong> />
transformá-la e continuar se desenvolvendo. À<<strong>br</strong> />
medida que conhece melhor o mundo natural, o<<strong>br</strong> />
homem vai gerando ciência, tecnologia e arte.<<strong>br</strong> />
Você já tem vários conhecimentos de Matemática<<strong>br</strong> />
e deve ter curiosidade em saber mais. Neste<<strong>br</strong> />
capítulo você terá oportunidade de avaliar o que<<strong>br</strong> />
sabe, de conhecer mais, para responder muitas<<strong>br</strong> />
das suas perguntas, além de continuar fazendo<<strong>br</strong> />
outras e enfrentar aquelas situações que<<strong>br</strong> />
dependem de algum conhecimento matemático.<<strong>br</strong> />
Convidamos você a continuar lendo este capítulo<<strong>br</strong> />
e desenvolver as atividades propostas, tendo<<strong>br</strong> />
sempre com você um caderno e um lápis para<<strong>br</strong> />
fazer anotações.<<strong>br</strong> />
Os números que conhecemos e costumamos usar,<<strong>br</strong> />
os cálculos escritos ou de cabeça que fazemos<<strong>br</strong> />
diariamente, as formas geométricas que podem<<strong>br</strong> />
ser observadas nos prédios, pontes ou<<strong>br</strong> />
embalagens, os gráficos, tabelas, entre muitas<<strong>br</strong> />
outras coisas, são parte da criação humana. Todas<<strong>br</strong> />
elas são parte da Matemática.
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
A presença da Matemática<<strong>br</strong> />
Leia o texto abaixo, faça observações no<<strong>br</strong> />
ambiente em que vive e registre as situações em<<strong>br</strong> />
que você reconhece a presença da Matemática:<<strong>br</strong> />
As primeiras pistas são dadas pela natureza<<strong>br</strong> />
O homem já acreditou que a Terra ocupava o<<strong>br</strong> />
centro do universo e que era um grande disco<<strong>br</strong> />
composto da Europa e Ásia que não se movia. Ele<<strong>br</strong> />
também já pensou que vivia dentro de uma esfera<<strong>br</strong> />
cuja parte superior era o céu e que este mesmo<<strong>br</strong> />
céu poderia desabar. E, ainda, que muitos<<strong>br</strong> />
fenômenos naturais ocorriam em conseqüência da<<strong>br</strong> />
fúria de deuses contrariados. Ainda hoje, há<<strong>br</strong> />
povos que permanecem acreditando em idéias<<strong>br</strong> />
mais ou menos parecidas. Esse conhecimento,<<strong>br</strong> />
para grande parte da humanidade, foi sendo<<strong>br</strong> />
substituído por outro: um conhecimento baseado<<strong>br</strong> />
em evidências e fatos comprovados.<<strong>br</strong> />
Idéias relativas aos números, à percepção das<<strong>br</strong> />
formas e suas representações, tornaram-se<<strong>br</strong> />
possíveis graças a pistas oferecidas pela natureza.<<strong>br</strong> />
Observando os fenômenos que se repetem<<strong>br</strong> />
regularmente é possível dizer que, olhando para o<<strong>br</strong> />
céu e a sua volta, o homem desenvolveu idéias<<strong>br</strong> />
que levaram à criação da Matemática e de outros<<strong>br</strong> />
conhecimentos. Por exemplo:<<strong>br</strong> />
As quatro fases da lua que ocorrem num período<<strong>br</strong> />
de 28 dias. O ano, num período de<<strong>br</strong> />
aproximadamente 365 dias. O número de pétalas<<strong>br</strong> />
numa flor, dos <strong>br</strong>aços de uma estrela-do-mar, a<<strong>br</strong> />
quantidade de pernas nos animais e o modo como<<strong>br</strong> />
eles se movimentam, serviram de base para o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de muitos conhecimentos e para<<strong>br</strong> />
o desenvolvimento de teorias e técnicas.<<strong>br</strong> />
Formas como triângulos, quadrados, hexágonos,<<strong>br</strong> />
círculos, elipses, espirais, esferas, cubos, etc.,<<strong>br</strong> />
podem ser vistas com abundância em flores,<<strong>br</strong> />
frutos, planetas e noutros fenômenos naturais.<<strong>br</strong> />
Isso também ocorre no movimento descrito pelas<<strong>br</strong> />
estrelas e planetas, nas curvas do arco-íris, nas<<strong>br</strong> />
ondas formadas pelo vento, na areia dos desertos<<strong>br</strong> />
ou na superfície das águas.<<strong>br</strong> />
As explicações para tudo que o homem foi<<strong>br</strong> />
observando na natureza e tentando entender<<strong>br</strong> />
desenvolveram-se lentamente, ao longo de<<strong>br</strong> />
muitos séculos. A Matemática foi construída ao<<strong>br</strong> />
mesmo tempo como uma forma de pensamento<<strong>br</strong> />
e como uma ferramenta que o homem utilizava<<strong>br</strong> />
para organizar suas idéias e ajudar a entender<<strong>br</strong> />
as leis que governam o universo e os<<strong>br</strong> />
fenômenos naturais. Foi assim que ele<<strong>br</strong> />
desco<strong>br</strong>iu que a Terra é redonda, que faz um giro<<strong>br</strong> />
ao redor do Sol, que demora 365 dias, 5 horas,<<strong>br</strong> />
48 minutos e 46 segundos. Determinou também<<strong>br</strong> />
que existem nove planetas no nosso sistema<<strong>br</strong> />
solar e não seis, como se acreditou no século<<strong>br</strong> />
XVI. Foi capaz de calcular a rapidez da queda de<<strong>br</strong> />
um corpo e dizer por que ele cai do alto, atraído<<strong>br</strong> />
por uma força da Terra: a gravidade, a mesma<<strong>br</strong> />
força que nos segura em cima dela.<<strong>br</strong> />
A natureza é rica em fenômenos que serviram<<strong>br</strong> />
de inspiração para a construção do<<strong>br</strong> />
conhecimento humano.<<strong>br</strong> />
13
14<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Contando e calculando<<strong>br</strong> />
Olhe a sua volta e verifique onde há números,<<strong>br</strong> />
formas, gráficos, tabelas e outros símbolos<<strong>br</strong> />
matemáticos. O que foi possível observar? Escreva<<strong>br</strong> />
tudo o que você conseguiu ver. Separe aqueles<<strong>br</strong> />
elementos que você acha que foram inventados<<strong>br</strong> />
pelo homem e aqueles que estão na natureza.<<strong>br</strong> />
Tente lem<strong>br</strong>ar-se de algumas maneiras que as<<strong>br</strong> />
pessoas utilizam para contar, indicar quantidades,<<strong>br</strong> />
marcar os pontos de um jogo ou apresentar o<<strong>br</strong> />
resultado de uma partida de futebol. Escreva no<<strong>br</strong> />
seu caderno algumas dessas formas.<<strong>br</strong> />
Você já usou os dedos para contar ou calcular? E<<strong>br</strong> />
uma máquina calculadora?<<strong>br</strong> />
Você sabia que contar nos dedos é uma prática<<strong>br</strong> />
usual e muito antiga? Foi um importante recurso<<strong>br</strong> />
que auxiliou o homem na criação dos números e<<strong>br</strong> />
das operações. Alguns povos usaram, e outros<<strong>br</strong> />
ainda usam, a mão e o corpo como instrumentos<<strong>br</strong> />
para contar e calcular.<<strong>br</strong> />
Hoje calculamos muito rapidamente com lápis e<<strong>br</strong> />
papel ou simplesmente apertando a tecla de uma<<strong>br</strong> />
calculadora ou de um computador. No entanto,<<strong>br</strong> />
houve época em que os números e o cálculo não<<strong>br</strong> />
existiam e foi preciso inventá-los. O uso de<<strong>br</strong> />
marcas e entalhes em ossos e pedaços de<<strong>br</strong> />
madeira, os dedos das mãos, outras partes do<<strong>br</strong> />
corpo, e os ábacos, foram instrumentos<<strong>br</strong> />
indispensáveis para isso.<<strong>br</strong> />
Figura 1 – IFRAH, G. Os números: a história de<<strong>br</strong> />
uma grande invenção. 2 ed. Tradução de Stella M.<<strong>br</strong> />
de Freitas Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />
Tradução de: Les Chiffres, ou I’histoire d’ une<<strong>br</strong> />
grand invention.
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
O ábaco é um instrumento que o homem antigo<<strong>br</strong> />
inventou para contar e fazer cálculos. Há vários<<strong>br</strong> />
tipos de ábacos. O mais comum é composto de<<strong>br</strong> />
hastes ou varetas em que se movimentam<<strong>br</strong> />
pequenas contas ou pedras furadas que indicam<<strong>br</strong> />
as quantidades. Cada pedra ou conta terá um<<strong>br</strong> />
O tempo e a velocidade<<strong>br</strong> />
Podemos marcar o tempo consultando um relógio<<strong>br</strong> />
de ponteiros ou digital, um calendário impresso<<strong>br</strong> />
ou eletrônico. Nos últimos anos, com o uso de<<strong>br</strong> />
computadores pode-se prever fenômenos<<strong>br</strong> />
climáticos com alguma certeza, para saber se vai<<strong>br</strong> />
chover ou fazer sol nos próximos dias.<<strong>br</strong> />
Mas houve época em que os relógios não<<strong>br</strong> />
existiam. A posição do sol, a aparência da lua ou<<strong>br</strong> />
mesmo uma vela queimando ou uma ampulheta<<strong>br</strong> />
serviam como meios para o homem marcar e<<strong>br</strong> />
controlar o tempo e fazer alguma previsão.<<strong>br</strong> />
Hoje também podemos planejar nossos horários e<<strong>br</strong> />
trajetos, pois é possível nos deslocarmos de<<strong>br</strong> />
maneira muito rápida, utilizando meios de<<strong>br</strong> />
transporte (ônibus, automóvel, bicicleta, barco,<<strong>br</strong> />
trem ou avião) que aproximam dois bairros, duas<<strong>br</strong> />
cidades ou países.<<strong>br</strong> />
valor que depende da posição da haste em que está<<strong>br</strong> />
colocada. Por exemplo: na primeira posição à direita<<strong>br</strong> />
tem valor de uma unidade, na segunda posição de<<strong>br</strong> />
10, na seguinte de 100 e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Veja dois tipos de ábacos nas figuras abaixo:<<strong>br</strong> />
Figura 2 e 3 – IFRAH, G. Os números: a história de uma<<strong>br</strong> />
grande invenção. 2 ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />
Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989. Tradução de: Les<<strong>br</strong> />
Chiffres, ou I’histoire d’ une grand invention. Figura 2 Figura 3<<strong>br</strong> />
Figura 4<<strong>br</strong> />
Graças ao desenvolvimento tecnológico e à<<strong>br</strong> />
engenharia, atualmente as distâncias podem ser<<strong>br</strong> />
rapidamente percorridas. No passado, o homem se<<strong>br</strong> />
deslocou entre grandes distâncias caminhando,<<strong>br</strong> />
montado em um camelo ou cavalo, ou conduzindo<<strong>br</strong> />
embarcações lentas empurradas pelo vento.<<strong>br</strong> />
E você? Quando vai fazer uma viagem,<<strong>br</strong> />
quais meios de transporte costuma usar?<<strong>br</strong> />
Qual você prefere e por quê?<<strong>br</strong> />
A tecnologia moderna permite que um fato<<strong>br</strong> />
ocorrido no Japão, no mesmo instante, seja<<strong>br</strong> />
conhecido em diferentes pontos<<strong>br</strong> />
do planeta. Isto porque podemos nos comunicar,<<strong>br</strong> />
instantaneamente, usando satélite, telefone<<strong>br</strong> />
ou Internet.<<strong>br</strong> />
As informações e mensagens já foram<<strong>br</strong> />
transmitidas, no passado, de forma oral ou escrita<<strong>br</strong> />
por vários meios: no “boca-a-boca”, por<<strong>br</strong> />
mensageiros a cavalo, pombos-correio, telégrafo<<strong>br</strong> />
sem fio, a cabo, etc.<<strong>br</strong> />
Quando você precisa se comunicar com<<strong>br</strong> />
uma pessoa que esteja em outro lugar, qual<<strong>br</strong> />
desses meios você costuma utilizar?<<strong>br</strong> />
No passado ou no presente, a Matemática, junto<<strong>br</strong> />
com outras ciências (Física, Astronomia, Química<<strong>br</strong> />
etc.) ajuda o homem a encontrar solução para<<strong>br</strong> />
seus desafios, sejam eles a construção de estradas,<<strong>br</strong> />
pontes, túneis, embarcações, aviões, foguetes e<<strong>br</strong> />
satélites ou, ainda, a melhoria de condições<<strong>br</strong> />
básicas de cidadania, que incluem a saúde, a<<strong>br</strong> />
educação, a moradia, entre outros aspectos.<<strong>br</strong> />
15
16<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
A linguagem matemática<<strong>br</strong> />
Se você olhar com atenção verá que as notícias<<strong>br</strong> />
e as informações que atualmente recebemos<<strong>br</strong> />
pelos meios de comunicação estão cheias de<<strong>br</strong> />
idéias e símbolos matemáticos que precisamos<<strong>br</strong> />
ler e interpretar.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Quando você lê jornal, revista ou vê televisão que tipo de símbolo ou registro matemático<<strong>br</strong> />
você identifica? Escreva alguns no caderno.<<strong>br</strong> />
II. Leia o texto abaixo e procure interpretar sua mensagem. Identifique e marque todos os<<strong>br</strong> />
símbolos e termos matemáticos que encontrar.<<strong>br</strong> />
A cidade de São Paulo é a maior cidade <strong>br</strong>asileira, com aproximadamente 10 milhões de<<strong>br</strong> />
habitantes, o que faz com que esteja no grupo das primeiras cidades mais populosas do<<strong>br</strong> />
mundo. O Brasil tem 5.561 municípios e uma população por volta de 170 milhões de<<strong>br</strong> />
habitantes e São Paulo, sozinha, tem, portanto, o equivalente a quase 6% da população<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileira. Um outro dado significativo é a quantidade de veículos dessa cidade, que é de<<strong>br</strong> />
aproximadamente cinco milhões. Isto permite concluir que, em média, há um veículo para<<strong>br</strong> />
cada dois habitantes. É por isso que os moradores dessa cidade enfrentam, diariamente,<<strong>br</strong> />
dezenas e, às vezes, centenas de quilômetros de congestionamento.<<strong>br</strong> />
Leia agora o texto, “pulando” as informações matemáticas que você destacou. Verifique se é<<strong>br</strong> />
possível compreender a mensagem do autor e escreva algumas das suas conclusões.<<strong>br</strong> />
Entre as diversas maneiras de se registrar<<strong>br</strong> />
informações matemáticas atualmente, ou em<<strong>br</strong> />
tempos passados há, por exemplo:<<strong>br</strong> />
Figura 5 – Uma página do Papiro de Rhind.<<strong>br</strong> />
BOYER, C. História da Matemática. Ed. Edgard<<strong>br</strong> />
BLÜCHER, p. 7<<strong>br</strong> />
Você conhece algum outro registro matemático<<strong>br</strong> />
diferente dos que foram apresentados? Você<<strong>br</strong> />
acha que gráficos e tabelas são registros<<strong>br</strong> />
matemáticos? Se precisar, pesquise em livros,<<strong>br</strong> />
revistas, jornais etc.<<strong>br</strong> />
Você está bastante familiarizado com um dos<<strong>br</strong> />
sistemas de numeração criados pelo homem, que<<strong>br</strong> />
é o sistema indo-arábico. Há algum outro sistema<<strong>br</strong> />
de numeração que você utiliza no seu dia-a-dia?<<strong>br</strong> />
Possivelmente você já viu relógios em que as<<strong>br</strong> />
horas são marcadas com algarismos romanos,<<strong>br</strong> />
assim como já leu ou registrou informações<<strong>br</strong> />
contendo o século em que ocorreu um fato<<strong>br</strong> />
importante ou o nome de algum rei usando esses<<strong>br</strong> />
mesmos algarismos romanos.
2<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Na figura abaixo há símbolos numéricos de alguns sistemas de numeração antigos e é feita<<strong>br</strong> />
uma correspondência com os números indo-arábicos.<<strong>br</strong> />
Figura 6 – Adaptado de SOLOMON, C. Matemática. Série prisma. Ed. Melhoramentos, 1977, pp. 22 e 23.<<strong>br</strong> />
I. De acordo com o quadro acima, o século em que estamos vivendo é representado por:<<strong>br</strong> />
a) XX b) XIX c) XXI d) CCI<<strong>br</strong> />
Você já viu como são representados os planetas<<strong>br</strong> />
do nosso sistema solar e suas órbitas? Faça um<<strong>br</strong> />
rascunho no seu caderno. Se achar necessário<<strong>br</strong> />
pesquise em livros e revistas.<<strong>br</strong> />
Diferentes modelos usando figuras geométricas<<strong>br</strong> />
foram criados para representar as órbitas dos<<strong>br</strong> />
planetas. Um deles deve-se ao físico Kepler, no<<strong>br</strong> />
século XVI, que revela o fascínio que a harmonia<<strong>br</strong> />
e perfeição dessas figuras exerciam so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
homem naquela época.<<strong>br</strong> />
Figura 7 – KOESTLER, Arthur. Os sonâmbulos: história das<<strong>br</strong> />
concepções do homem so<strong>br</strong>e o universo. Tradução de Alberto Denis.<<strong>br</strong> />
São Paulo: IBRASA, 1961. (Biblioteca Histórica; v. 7). Tradução de:<<strong>br</strong> />
The sleepwalkers: a history of man’s changing vision of the universe<<strong>br</strong> />
Você conhece as figuras geométricas usadas<<strong>br</strong> />
nessas representações? Sabe o nome de algumas<<strong>br</strong> />
delas e o que cada uma tem de igual e de<<strong>br</strong> />
diferente em relação às outras?<<strong>br</strong> />
Figura 8 – KOESTLER, Arthur. Os sonâmbulos: história das<<strong>br</strong> />
concepções do homem so<strong>br</strong>e o universo. Tradução de Alberto Denis.<<strong>br</strong> />
São Paulo: IBRASA, 1961. (Biblioteca Histórica; v. 7). Tradução de:<<strong>br</strong> />
The sleepwalkers: a history of man’s changing vision of the universe<<strong>br</strong> />
17
18<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Analisando diferentes formas geométricas, que semelhanças e que diferenças você<<strong>br</strong> />
observa entre:<<strong>br</strong> />
– um círculo e uma esfera?<<strong>br</strong> />
– um triângulo e uma pirâmide?<<strong>br</strong> />
– um quadrado e um cubo?<<strong>br</strong> />
Quais dessas são figuras planas?<<strong>br</strong> />
E quais são figuras não planas?<<strong>br</strong> />
Você já observou sua conta de água? Nela<<strong>br</strong> />
constam números que indicam o custo/preço, o<<strong>br</strong> />
consumo em metros cúbicos, a data de<<strong>br</strong> />
vencimento e a data em que foi feita a leitura do<<strong>br</strong> />
consumo, o número da casa e o CEP (código<<strong>br</strong> />
postal) no endereço, o código da empresa<<strong>br</strong> />
fornecedora de água etc. Em uma conta de luz, de<<strong>br</strong> />
água ou em um cupom de supermercado também<<strong>br</strong> />
aparecem vários tipos de números. Utilize um<<strong>br</strong> />
comprovante de compra de supermercado e<<strong>br</strong> />
procure identificar os diferentes registros<<strong>br</strong> />
numéricos que há nele. Faça uma listagem dos<<strong>br</strong> />
números que aparecem e escreva ao lado de cada<<strong>br</strong> />
um o que indicam. Para que serve cada tipo de<<strong>br</strong> />
número encontrado no cupom?<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Nas teclas de uma calculadora e no seu visor,<<strong>br</strong> />
diferentes símbolos matemáticos podem ser<<strong>br</strong> />
observados. Pegue uma calculadora e procure<<strong>br</strong> />
identificar o significado de cada símbolo e a<<strong>br</strong> />
forma de utilizar cada tecla.<<strong>br</strong> />
I. A receita de farofa de carne-de-sol contém lacunas que você deverá preencher. Depois de<<strong>br</strong> />
preenchida confira sua receita com a apresentada no final do capítulo.<<strong>br</strong> />
Receita de farofa de carne-de-sol:<<strong>br</strong> />
Ingredientes:<<strong>br</strong> />
________ de carne-de-sol;<<strong>br</strong> />
________ azeitonas verdes;<<strong>br</strong> />
________ de sopa de manteiga;<<strong>br</strong> />
________ cebola cortada em rodelas;<<strong>br</strong> />
________ de chá de alho picado;<<strong>br</strong> />
________ de so<strong>br</strong>emesa de hortelã picada;<<strong>br</strong> />
________ pitadas de sal;<<strong>br</strong> />
________ bananas-prata;<<strong>br</strong> />
Tempo de preparo: _____ hora.<<strong>br</strong> />
________ copos de farinha de mandioca.<<strong>br</strong> />
Rendimento: ________ porções.
5<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Escolha um programa de televisão ou de rádio, de preferência um noticiário e procure<<strong>br</strong> />
interpretar as notícias apresentadas anotando no seu caderno todo e qualquer tipo de<<strong>br</strong> />
informação e idéia matemáticas que você for vendo e/ou ouvindo no decorrer do noticiário. Ao<<strong>br</strong> />
final verifique aquelas que são relacionadas com os diferentes tipos de números que você<<strong>br</strong> />
conhece, com figuras ou noções de geometria, com as medidas, com a estatística, etc.<<strong>br</strong> />
Você já deve ter observado que a Matemática<<strong>br</strong> />
se utiliza de registros, códigos, símbolos. Enfim, que<<strong>br</strong> />
ela tem uma linguagem própria. Mas o que é<<strong>br</strong> />
importante é que essa linguagem é universal.<<strong>br</strong> />
Praticamente, é utilizada em todos os recantos do<<strong>br</strong> />
mundo, favorecendo a comunicação entre os povos.<<strong>br</strong> />
A Matemática é uma só?<<strong>br</strong> />
A atividade matemática tem sido influenciada<<strong>br</strong> />
pela cultura e condições sociais e econômicas em<<strong>br</strong> />
cada época. As civilizações egípcia, grega e árabe<<strong>br</strong> />
tinham necessidades diferentes, relacionadas aos<<strong>br</strong> />
seus costumes. Por isso, possivelmente, os processos<<strong>br</strong> />
e conhecimentos matemáticos puderam ser mais<<strong>br</strong> />
desenvolvidos em uma região do que em outra.<<strong>br</strong> />
Os babilônios contribuíram com uma Aritmética<<strong>br</strong> />
bastante desenvolvida. Os egípcios, além de<<strong>br</strong> />
noções aritméticas, contribuíram com<<strong>br</strong> />
conhecimentos <strong>iniciais</strong> da Geometria. Os gregos<<strong>br</strong> />
com a Geometria abstrata e os árabes com a<<strong>br</strong> />
numeração e a Álge<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />
Na história da Matemática, vários tipos de<<strong>br</strong> />
problemas foram servindo de base para o homem<<strong>br</strong> />
construir o seu conhecimento matemático e,<<strong>br</strong> />
dependendo da natureza do problema, sua<<strong>br</strong> />
solução favoreceu o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />
Aritmética, da Geometria, da Álge<strong>br</strong>a, da<<strong>br</strong> />
Trigonometria, da Estatística, das Probabilidades,<<strong>br</strong> />
da Teoria dos Números, etc.<<strong>br</strong> />
O homem, em geral, usa seus conhecimentos<<strong>br</strong> />
para resolver problemas concretos. Os problemas<<strong>br</strong> />
que ele não consegue resolver, ou as perguntas<<strong>br</strong> />
que vai fazendo para si mesmo, dão origem a<<strong>br</strong> />
outros conceitos. Os conhecimentos são<<strong>br</strong> />
organizados em novos campos, ampliando esse<<strong>br</strong> />
“universo de conhecimentos” em um ritmo, cada<<strong>br</strong> />
vez mais intenso.<<strong>br</strong> />
Como já foi dito, a Matemática é uma construção<<strong>br</strong> />
da inteligência humana feita ao longo da história<<strong>br</strong> />
do homem, em decorrência da sua relação com a<<strong>br</strong> />
natureza e da vida em sociedade.<<strong>br</strong> />
Há certos conhecimentos de Matemática que a<<strong>br</strong> />
maioria dos cidadãos precisa utilizar para<<strong>br</strong> />
entender muitos aspectos das diferentes culturas<<strong>br</strong> />
em que vivem, para se comunicar e enfrentar<<strong>br</strong> />
algumas situações do dia-a-dia. Contar, fazer<<strong>br</strong> />
medidas e operações, ler e interpretar informações<<strong>br</strong> />
de gráficos e tabelas, saber argumentar ou contra<<strong>br</strong> />
argumentar, bem como comunicar um raciocínio<<strong>br</strong> />
aplicado para resolver um determinado problema<<strong>br</strong> />
são alguns desses usos.<<strong>br</strong> />
Figura 9 – IFRAH, G. Os números: a<<strong>br</strong> />
história de uma grande invenção. 2<<strong>br</strong> />
ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />
Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />
Tradução de: Les Chiffres, o I’<<strong>br</strong> />
histoire d’ une grand invention.<<strong>br</strong> />
Figura 10 – IFRAH, G. Os números: a<<strong>br</strong> />
história de uma grande invenção. 2<<strong>br</strong> />
ed. Tradução de Stella M. de Freitas<<strong>br</strong> />
Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.<<strong>br</strong> />
Tradução de: Les Chiffres, o I’<<strong>br</strong> />
histoire d’ une grand invention.<<strong>br</strong> />
Figura 11 – TOLEDO, M. Didática de<<strong>br</strong> />
Matemática: como dois e dois: a<<strong>br</strong> />
construção da Matemática. São<<strong>br</strong> />
Paulo: FTD, c 1997. (Conteúdo e<<strong>br</strong> />
metodologia).<<strong>br</strong> />
19
20<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Há também conhecimentos avançados utilizados<<strong>br</strong> />
por matemáticos, cientistas e profissionais de<<strong>br</strong> />
outras áreas e que são aplicados em situações nem<<strong>br</strong> />
sempre compreendidas pela maioria das pessoas.<<strong>br</strong> />
Por exemplo, o funcionamento de um cartão<<strong>br</strong> />
telefônico, de um cartão magnético de banco, de<<strong>br</strong> />
um motor de automóvel ou de um computador.<<strong>br</strong> />
A Matemática se desenvolve tanto a partir de<<strong>br</strong> />
problemas do mundo em que os homens<<strong>br</strong> />
vivem, como também é estimulada por<<strong>br</strong> />
problemas internos a ela.<<strong>br</strong> />
Uma das formas de divulgação da Matemática é<<strong>br</strong> />
feita, na escola, pelos professores e livros. É onde<<strong>br</strong> />
Da explicação de fenômenos<<strong>br</strong> />
naturais à tecnologia<<strong>br</strong> />
Vejamos alguns exemplos da contribuição da<<strong>br</strong> />
Matemática na compreensão e análise de<<strong>br</strong> />
fenômenos naturais e da produção tecnológica.<<strong>br</strong> />
Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />
Uma das formas antigas para se saber a hora era<<strong>br</strong> />
pela posição do sol. À medida que a terra gira,<<strong>br</strong> />
durante o dia, observa-se que o sol muda de<<strong>br</strong> />
posição, no céu, modificando o tamanho e a<<strong>br</strong> />
posição da som<strong>br</strong>a dos objetos na Terra. O<<strong>br</strong> />
relógio solar é baseado nesse princípio para<<strong>br</strong> />
marcar as horas.<<strong>br</strong> />
Figura 12 – Disponível em http://pcdsh01.on.<strong>br</strong>/figuras/RelSolBsa.jpg.<<strong>br</strong> />
Você conhece esse tipo de relógio?<<strong>br</strong> />
Quais são as dificuldades que esse tipo de relógio<<strong>br</strong> />
apresenta?<<strong>br</strong> />
Fenômenos naturais que se repetem, como o dia,<<strong>br</strong> />
a noite, as fases da lua e estações do ano são uma<<strong>br</strong> />
espécie de “relógio natural”. Eles foram usados<<strong>br</strong> />
inicialmente para marcar intervalos de tempo.<<strong>br</strong> />
os conhecimentos podem ser apresentados de<<strong>br</strong> />
maneira adequada para que sejam utilizados nas<<strong>br</strong> />
diferentes situações que fazem parte da vida<<strong>br</strong> />
numa sociedade moderna.<<strong>br</strong> />
Gráfico 1<<strong>br</strong> />
Mas como esses fenômenos ocorrem em períodos<<strong>br</strong> />
de tempo longos, foi necessário encontrar um<<strong>br</strong> />
meio para marcar intervalos de tempo de forma<<strong>br</strong> />
mais precisa.<<strong>br</strong> />
O relógio de sol ou mostrador solar é constituído<<strong>br</strong> />
de uma vareta colocada verticalmente no solo.<<strong>br</strong> />
Ele reproduz a situação em que o tronco de uma<<strong>br</strong> />
árvore projeta sua som<strong>br</strong>a, marcando o<<strong>br</strong> />
movimento do sol. Os romanos, desde 300 a.C.,<<strong>br</strong> />
consideravam o dia solar dividido em doze partes<<strong>br</strong> />
para o dia e doze para a noite.<<strong>br</strong> />
Quando o sol estava visível, era possível ver a<<strong>br</strong> />
hora pela coincidência da som<strong>br</strong>a com uma das<<strong>br</strong> />
doze marcas. O problema consiste na<<strong>br</strong> />
impossibilidade de se saber as horas nos dias em<<strong>br</strong> />
que não há sol, ou durante a noite. Os relógios<<strong>br</strong> />
que nós utilizamos hoje permitem também marcar<<strong>br</strong> />
intervalos de tempos menores.<<strong>br</strong> />
Entre os relógios que são usados hoje em dia, no<<strong>br</strong> />
pulso, na parede, nas ruas, há os de ponteiros e<<strong>br</strong> />
os digitais. Em qual deles você tem maior<<strong>br</strong> />
facilidade de ler as horas? Por que? Escreva<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a diferença que eles apresentam ao indicar<<strong>br</strong> />
as horas.
6<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Os dois tipos de relógio indicam as horas,<<strong>br</strong> />
minutos e segundos, baseados no princípio de que<<strong>br</strong> />
uma hora tem 60 minutos e um minuto tem 60<<strong>br</strong> />
segundos. Porém, no relógio digital, a indicação<<strong>br</strong> />
das horas é direta, porque ele tem um mecanismo<<strong>br</strong> />
que conta os números de 60 em 60, apresentando,<<strong>br</strong> />
assim, o resultado da contagem. No relógio de<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Previsão<<strong>br</strong> />
meteorológica<<strong>br</strong> />
No mapa do Brasil está indicada a previsão do<<strong>br</strong> />
tempo para um determinado dia. Indique qual das<<strong>br</strong> />
informações abaixo está correta de acordo<<strong>br</strong> />
com o mapa:<<strong>br</strong> />
A) O céu está chuvoso na capital cearense.<<strong>br</strong> />
B) No Estado do Paraná está fazendo sol.<<strong>br</strong> />
C) Há chuva em Salvador.<<strong>br</strong> />
D) 26º é a temperatura máxima e 18º é a<<strong>br</strong> />
temperatura mínima na capital do país.<<strong>br</strong> />
Confira sua resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
Nesta situação, além dos conhecimentos que foram<<strong>br</strong> />
necessários para fazer as previsões do tempo, são<<strong>br</strong> />
utilizadas diferentes formas de representação<<strong>br</strong> />
(mapas, gráficos, legendas, números etc.) que<<strong>br</strong> />
permitem ao leitor verificar o que acontece. Para<<strong>br</strong> />
isso, é necessário interpretar certos códigos e<<strong>br</strong> />
representações e utilizar as informações para tirar<<strong>br</strong> />
conclusões adequadas.<<strong>br</strong> />
ponteiros, o visor está dividido em 12 partes e há<<strong>br</strong> />
três ponteiros sincronizados, mas cada um com<<strong>br</strong> />
uma velocidade diferente, de modo que temos que<<strong>br</strong> />
interpretar o número que cada um está indicando.<<strong>br</strong> />
É provável que muitas pessoas não consigam<<strong>br</strong> />
decidir qual relógio é mais difícil, pois depende<<strong>br</strong> />
de estarem habituados com um ou com o outro.<<strong>br</strong> />
A figura abaixo representa um relógio de ponteiros marcando o horário em que teve início a<<strong>br</strong> />
transmissão de uma partida de futebol. Qual das alternativas abaixo corresponde a esse<<strong>br</strong> />
mesmo horário marcado por um relógio digital?<<strong>br</strong> />
a) 10:12:30<<strong>br</strong> />
b) 10:14:07<<strong>br</strong> />
c) 10:10:00<<strong>br</strong> />
d) 10:11:35<<strong>br</strong> />
Figura 13<<strong>br</strong> />
Mapa 1<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 14 jun. 2002. p. C2, cedido pela Agência Folha.<<strong>br</strong> />
2) Resposta (c).<<strong>br</strong> />
21
22<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
Matemática: uma ferramenta importante<<strong>br</strong> />
para resolver problemas<<strong>br</strong> />
Tanto no passado como no presente, a Matemática<<strong>br</strong> />
tem sido utilizada pelo homem para resolver os<<strong>br</strong> />
mais variados tipos de problemas. As situações<<strong>br</strong> />
apresentadas a seguir são alguns exemplos disso.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Leia cada um dos textos, procurando reconhecer a<<strong>br</strong> />
presença da Matemática e utilizar seus próprios<<strong>br</strong> />
conhecimentos para resolver alguns problemas<<strong>br</strong> />
que são propostos a você:<<strong>br</strong> />
I. Os estiradores de cordas:<<strong>br</strong> />
A civilização egípcia desenvolveu-se na região em que fica o Rio Nilo. Graças a ele, a região é<<strong>br</strong> />
muito fértil e favorável à agricultura. Anualmente, de julho a setem<strong>br</strong>o ocorrem as enchentes<<strong>br</strong> />
e, na Antigüidade, essas enchentes derrubavam as cercas e muros de pedras que dividiam os<<strong>br</strong> />
terrenos dos agricultores. As fronteiras dos terrenos eram remarcadas pelos estiradores de<<strong>br</strong> />
cordas, ou agrimensores, que usavam cordas marcadas com nós, separados pela mesma<<strong>br</strong> />
distância. O intervalo entre os nós servia como unidade de medida. A corda esticada permitia<<strong>br</strong> />
ver a medida pelo número de vezes que a unidade cabia na extensão do terreno. Como nem<<strong>br</strong> />
sempre os intervalos cabiam um número inteiro de vezes nessa extensão, foi necessário<<strong>br</strong> />
subdividir a unidade de medida. A prática dos povos antigos com medidas deu origem às<<strong>br</strong> />
frações e números decimais.<<strong>br</strong> />
Uma corda com treze nós era utilizada para medir ângulos retos, necessários nas construções<<strong>br</strong> />
dos muros, das pirâmides etc. Eles do<strong>br</strong>avam a corda formando um triângulo de lados iguais<<strong>br</strong> />
a três, quatro e cinco intervalos e prendiam com estacas no chão.<<strong>br</strong> />
Figura 14 – TOLEDO, M. Didática de Matemática: como dois e dois: a construção da Matemática, São Paulo: FTD, c<<strong>br</strong> />
1997. (Conteúdo e metodologia).
8<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Você conhece a técnica utilizada por muitos<<strong>br</strong> />
pedreiros quando começam a construir uma<<strong>br</strong> />
casa? Se for possível, converse com algum<<strong>br</strong> />
pedreiro so<strong>br</strong>e isso.<<strong>br</strong> />
A técnica dos pedreiros é semelhante aquela<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Usando escalas<<strong>br</strong> />
Este mapa do Brasil está representado numa escala 1:50.000.000, o que significa que cada<<strong>br</strong> />
1cm representado no mapa corresponde a 50.000.000cm ou 500km das distâncias reais.<<strong>br</strong> />
Com o auxílio de uma régua, verifique qual é a distância real aproximada entre<<strong>br</strong> />
Cuiabá e Natal.<<strong>br</strong> />
Mapa 2 – LOPES, A.J. Matemática hoje é feita assim: 6ª série.<<strong>br</strong> />
São Paulo: FTD, 2000. p. 250.<<strong>br</strong> />
utilizada pelos estiradores de cordas nas<<strong>br</strong> />
construções que envolviam ângulos retos. Ela<<strong>br</strong> />
consiste em usar barbante e 3 estacas fincadas<<strong>br</strong> />
no chão formando um triângulo de lados iguais<<strong>br</strong> />
a 3, 4 e 5 metros.<<strong>br</strong> />
23
24<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Argumentando podemos convencer<<strong>br</strong> />
Você já ouviu o ditado popular que diz: Contra<<strong>br</strong> />
fatos não há argumentos. Você entende o que isso<<strong>br</strong> />
quer dizer? Concorda?<<strong>br</strong> />
A prática da argumentação faz parte da nossa<<strong>br</strong> />
vida e das situações que envolvem idéias<<strong>br</strong> />
matemáticas de tal modo que, na história do<<strong>br</strong> />
conhecimento humano, parece que a força dos<<strong>br</strong> />
bons argumentos tem prevalecido.<<strong>br</strong> />
Em um noticiário de TV, o locutor apresentou a<<strong>br</strong> />
previsão do tempo da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
“A probabilidade de chover no sábado é de 50% e<<strong>br</strong> />
a probabilidade de chover no domingo também é<<strong>br</strong> />
de 50%. Logo a probabilidade de chover no fim de<<strong>br</strong> />
semana é de 100%”<<strong>br</strong> />
Exemplo dado por J. A. Paulos e citado no artigo Linguagem Matemática:<<strong>br</strong> />
símbolo e significado de Carmem Gómez Granell no livro: Além da Alfabetização<<strong>br</strong> />
de Ana Teberosky e Liliana Tolchinski, Ed. Ática.<<strong>br</strong> />
Essa afirmação apresenta um erro. Você sabe<<strong>br</strong> />
identificá-lo? Em caso afirmativo escreva uma<<strong>br</strong> />
outra maneira de apresentar a previsão do tempo<<strong>br</strong> />
nesse noticiário.<<strong>br</strong> />
Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
Numa aula de Matemática, o professor pediu aos<<strong>br</strong> />
alunos que analisassem as seguintes afirmações:<<strong>br</strong> />
I: “A menor distância entre dois pontos é uma<<strong>br</strong> />
linha reta”.<<strong>br</strong> />
II: “A menor distância entre dois pontos nem<<strong>br</strong> />
sempre é uma linha reta”.<<strong>br</strong> />
Na sua opinião, qual dessas afirmações é<<strong>br</strong> />
verdadeira? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
Essas duas afirmações são ambas verdadeiras,<<strong>br</strong> />
dependendo do contexto.<<strong>br</strong> />
Por isso, é necessário argumentar para esclarecêlas<<strong>br</strong> />
e sustentá-las.<<strong>br</strong> />
A primeira afirmação refere-se a dois pontos<<strong>br</strong> />
situados em um plano. Por exemplo, entre dois<<strong>br</strong> />
pontos marcados numa lousa, numa folha de papel,<<strong>br</strong> />
numa mesa ou no chão da sua casa, pode-se fazer<<strong>br</strong> />
os mais diferentes caminhos. Mas, um segmento de<<strong>br</strong> />
reta é a menor distância entre os dois pontos.<<strong>br</strong> />
Figura 15<<strong>br</strong> />
4.1) A chance de chover no fim de semana é de 50%. O erro consiste em<<strong>br</strong> />
somar as probabilidades.<<strong>br</strong> />
A segunda afirmação pode se referir a uma idéia<<strong>br</strong> />
de outro tipo. Na superfície do globo terrestre ou<<strong>br</strong> />
de uma esfera, é possível também fazer<<strong>br</strong> />
diferentes caminhos entre dois pontos ou<<strong>br</strong> />
partindo-se de um ponto e voltando a ele. Mas<<strong>br</strong> />
não se pode fazer em linha reta. So<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
superfície esférica a menor distância entre dois<<strong>br</strong> />
pontos é um segmento de circunferência.<<strong>br</strong> />
Por exemplo, se você usar uma laranja só será<<strong>br</strong> />
possível ligar dois pontos opostos com uma linha<<strong>br</strong> />
reta perfurando a laranja com um palito ou<<strong>br</strong> />
objeto semelhante.<<strong>br</strong> />
Figura 16<<strong>br</strong> />
Uma outra versão da afirmação “A menor<<strong>br</strong> />
distância entre dois pontos nem sempre é uma<<strong>br</strong> />
linha reta” pode ser encontrada num diálogo da<<strong>br</strong> />
peça A vida de Galileu, filósofo e astrônomo do<<strong>br</strong> />
século XVII, que disse: diante de obstáculos, o<<strong>br</strong> />
caminho mais curto entre dois pontos pode ser a<<strong>br</strong> />
curva. Tal frase procura esclarecer seu gesto<<strong>br</strong> />
quando precisou negar sua descoberta de que a<<strong>br</strong> />
Terra, a Lua e outros planetas se moviam no<<strong>br</strong> />
espaço, em torno do sol. Essa sua descoberta<<strong>br</strong> />
confirmava com maior precisão o modelo de<<strong>br</strong> />
sistema solar defendido por Copérnico um século<<strong>br</strong> />
antes. Sua teoria não era aceita pelas<<strong>br</strong> />
autoridades da época.<<strong>br</strong> />
A vida de Galileu<<strong>br</strong> />
Escrito por Bertold Brecht na peça teatral<<strong>br</strong> />
A vida de Galileu.Tradução de Roberto Schwarz.
9<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Resolva os seguintes problemas e descreva o raciocínio usado para resolvê-los, como se você<<strong>br</strong> />
estivesse tentando fazer alguém compreender sua solução:<<strong>br</strong> />
I. A data de fa<strong>br</strong>icação indicada na embalagem de uma caixa de leite é 23/12/2001 e a<<strong>br</strong> />
validade é de 20 dias. Em que dia venceu a validade ? Explique no seu caderno o modo<<strong>br</strong> />
como você raciocinou.<<strong>br</strong> />
II. Um estudo recente feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que o<<strong>br</strong> />
crescimento da população mundial atual é de 77 milhões de pessoas por ano, embora a<<strong>br</strong> />
tendência seja de diminuição desse ritmo.<<strong>br</strong> />
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL<<strong>br</strong> />
Período<<strong>br</strong> />
Total de nascimentos/hora<<strong>br</strong> />
Século I ao século XVII<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
Século XVIII<<strong>br</strong> />
210<<strong>br</strong> />
Século XIX<<strong>br</strong> />
500<<strong>br</strong> />
Início do século XX<<strong>br</strong> />
1.300<<strong>br</strong> />
Final do século XX<<strong>br</strong> />
8.800<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
Revista Veja, São Paulo, 7 mar. 2001. p. 36.<<strong>br</strong> />
Taxa anual de crescimento<<strong>br</strong> />
17.200<<strong>br</strong> />
1.839.600<<strong>br</strong> />
11.366.000<<strong>br</strong> />
77.088.000<<strong>br</strong> />
Observe os dados da tabela e verifique como a informação das taxas de crescimento atual<<strong>br</strong> />
foram obtidas.<<strong>br</strong> />
• Você poderia dizer como era a taxa de crescimento no século XIX utilizando o mesmo critério?<<strong>br</strong> />
• Se você determinou que essa taxa era de aproximadamente 4.380.000, está correto.<<strong>br</strong> />
Leia a seguinte frase, interprete sua mensagem e utilize seus argumentos para tentar explicar<<strong>br</strong> />
o que você entendeu:<<strong>br</strong> />
Um grão de milho, ao cair não faz barulho; então como pode um alqueire fazer barulho?<<strong>br</strong> />
Esta frase é conhecida como paradoxo da semente de milho, de Zenão, filósofo grego que<<strong>br</strong> />
viveu no século V a.C.<<strong>br</strong> />
Um paradoxo é um tipo de afirmação que apresenta uma contradição: pode ser<<strong>br</strong> />
compreendida como uma coisa e também como outra coisa oposta à primeira idéia.<<strong>br</strong> />
25
26<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Escolha um filme para assistir pela TV com a<<strong>br</strong> />
seguinte preocupação, além de se divertir:<<strong>br</strong> />
• Verificar o país e cidade em que ocorre a<<strong>br</strong> />
história apresentada no filme;<<strong>br</strong> />
• Identificar a época (século ou ano) em que se<<strong>br</strong> />
desenvolve a história do filme;<<strong>br</strong> />
• Observar a idade, as relações de parentesco, o<<strong>br</strong> />
nível sócio-econômico dos personagens<<strong>br</strong> />
envolvidos na história;<<strong>br</strong> />
Ajudando a entender e a transformar<<strong>br</strong> />
Você já chegou a pensar a respeito das finalidades<<strong>br</strong> />
que deve ter a Matemática na vida do homem?<<strong>br</strong> />
Escreva no seu caderno uma ou duas finalidades<<strong>br</strong> />
que lhe pareçam razoáveis.<<strong>br</strong> />
A idéia é que o conhecimento matemático, assim<<strong>br</strong> />
como muitos outros, seja um instrumento<<strong>br</strong> />
utilizado para propor e melhorar as condições de<<strong>br</strong> />
vida da humanidade e contribuir para intervir na<<strong>br</strong> />
realidade, promovendo o desenvolvimento<<strong>br</strong> />
humano.<<strong>br</strong> />
Leia o próximo texto e veja os números indicados<<strong>br</strong> />
na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />
A ELETRICIDADE EM LITROS<<strong>br</strong> />
Em fase de racionamento, as pessoas habituaramse<<strong>br</strong> />
a calcular o consumo de energia pela medida<<strong>br</strong> />
padrão, o quilowatt-hora. Como a eletricidade no<<strong>br</strong> />
Brasil é obtida basicamente a partir das<<strong>br</strong> />
hidrelétricas, é possível verificar não apenas<<strong>br</strong> />
quantos quilowatts-hora, mas quantos litros de<<strong>br</strong> />
Produto<<strong>br</strong> />
Forno de Microondas<<strong>br</strong> />
Ferro de Passar<<strong>br</strong> />
Televisão<<strong>br</strong> />
Chuveiro<<strong>br</strong> />
Geladeira<<strong>br</strong> />
Tabela 2<<strong>br</strong> />
Revista Veja, São Paulo, 7 mar. 2001. p. 63.<<strong>br</strong> />
Tempo médio de<<strong>br</strong> />
funcionamento diário<<strong>br</strong> />
5 minutos<<strong>br</strong> />
20 minutos<<strong>br</strong> />
2 horas<<strong>br</strong> />
15 minutos<<strong>br</strong> />
24 horas<<strong>br</strong> />
• Ficar atento a toda situação em que considere<<strong>br</strong> />
que há a presença de idéias matemáticas;<<strong>br</strong> />
• Tomar nota em um caderno de todas essas<<strong>br</strong> />
informações que você observou;<<strong>br</strong> />
• Experimente contar o filme para uma pessoa<<strong>br</strong> />
amiga ou da família, com base nas idéias que<<strong>br</strong> />
você anotou. Na exposição, não esqueça das<<strong>br</strong> />
idéias matemáticas anotadas, procurando<<strong>br</strong> />
reconstituir as situações que as envolviam.<<strong>br</strong> />
água são consumidos para fazer funcionar os<<strong>br</strong> />
eletrodomésticos. Veja quanta água uma usina<<strong>br</strong> />
como a de Xingó, na divisa entre Alagoas e<<strong>br</strong> />
Sergipe, utiliza para movimentar as turbinas e<<strong>br</strong> />
colocar em funcionamento os seguintes produtos:<<strong>br</strong> />
Quantidade de água que precisa passar<<strong>br</strong> />
pelas turbinas para manter o aparelho<<strong>br</strong> />
funcionando durante esse tempo<<strong>br</strong> />
190 litros ou 20 baldes<<strong>br</strong> />
1.100 litros ou 7 banheiras de<<strong>br</strong> />
hidromassagem de tamanho médio<<strong>br</strong> />
2.100 litros ou 4 caixas d’água residenciais<<strong>br</strong> />
4.000 litros ou 2 piscinas infantis<<strong>br</strong> />
10.000 litros ou um caminhão pipa
10<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Pensando na sua participação e de todos os<<strong>br</strong> />
outros cidadãos numa campanha de economia de<<strong>br</strong> />
energia:<<strong>br</strong> />
a) Verifique qual dos eletrodomésticos é o que<<strong>br</strong> />
mais consome energia num mesmo período de<<strong>br</strong> />
tempo a partir da quantidade de litros que escoam<<strong>br</strong> />
pelas turbinas de uma usina como a apresentada.<<strong>br</strong> />
b) Tendo como base a sua casa e as pessoas da<<strong>br</strong> />
sua família veja qual é o consumo total (pela<<strong>br</strong> />
quantidade de litros de água) por dia. Calcule<<strong>br</strong> />
qual é o consumo médio por pessoa.<<strong>br</strong> />
c) Considerando a população da sua cidade<<strong>br</strong> />
(pesquise qual é) verifique qual é o consumo<<strong>br</strong> />
médio da sua cidade.<<strong>br</strong> />
d) Vendo a quantidade de água escoada para<<strong>br</strong> />
proporcionar energia elétrica para toda a<<strong>br</strong> />
população de uma cidade, faça uma previsão para<<strong>br</strong> />
o seu Estado e país. Faça uma pesquisa so<strong>br</strong>e qual<<strong>br</strong> />
é a população do seu Estado e do Brasil para se<<strong>br</strong> />
ter uma idéia de qual é o consumo.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
e) Admitindo que é necessária uma quantidade de<<strong>br</strong> />
água muito grande e que há problemas para<<strong>br</strong> />
armazenar, permanentemente, todo esse volume<<strong>br</strong> />
de água, faça um estudo a partir dos dados da<<strong>br</strong> />
tabela, especificando:<<strong>br</strong> />
- em quais itens a população pode economizar<<strong>br</strong> />
mais no tempo de uso dos seus eletrodomésticos;<<strong>br</strong> />
- os cálculos para a sua cidade, por exemplo.<<strong>br</strong> />
Faça, por escrito, uma previsão de racionamento da<<strong>br</strong> />
sua cidade, detalhando todos os pontos, indicando a<<strong>br</strong> />
economia em relação aos cálculos feitos,<<strong>br</strong> />
anteriormente, da quantidade de litros d’água.<<strong>br</strong> />
f) Com base nos estudos e cálculos feitos encontre<<strong>br</strong> />
alguns argumentos favoráveis à economia no<<strong>br</strong> />
consumo por parte da população.<<strong>br</strong> />
I. Utilizando como base a conta de luz da sua casa, verifique o consumo em kilowatts e o<<strong>br</strong> />
custo indicado. Raciocine agora so<strong>br</strong>e a questão do consumo e do racionamento em termos<<strong>br</strong> />
dessas duas grandezas (kilowatts e dinheiro), faça os cálculos de consumo médio por pessoa e<<strong>br</strong> />
calcule o consumo para sua cidade. Aproveitando as porcentagens obtidas calcule qual é a<<strong>br</strong> />
economia que pode ser feita por pessoa e pela população de sua cidade em kilowatt e em<<strong>br</strong> />
dinheiro.<<strong>br</strong> />
27
28<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Yann Arthus-Bertand é um fotógrafo de origem<<strong>br</strong> />
francesa que se interessou por traçar um<<strong>br</strong> />
panorama do planeta, na entrada do novo<<strong>br</strong> />
milênio, por meio de fotografias aéreas, feitas de<<strong>br</strong> />
um helicóptero, em 76 países. No seu livro,<<strong>br</strong> />
chamado A Terra vista do céu, reuniu muitas<<strong>br</strong> />
dessas fotografias e considera que está fazendo<<strong>br</strong> />
um registro da ação do homem no planeta, que<<strong>br</strong> />
servirá de testemunho para as gerações futuras.<<strong>br</strong> />
Sua preocupação é expor a beleza do planeta e<<strong>br</strong> />
gerar um compromisso para sua preservação.<<strong>br</strong> />
Observe os traços, formas e detalhes de algumas<<strong>br</strong> />
das imagens:<<strong>br</strong> />
• Os homens do passado faziam marcas nas<<strong>br</strong> />
rochas, em pedaços de pau e ossos, em placas de<<strong>br</strong> />
argila, figuras geométricas nas peças de arte.<<strong>br</strong> />
Construíram templos e túmulos inspirados na<<strong>br</strong> />
Geometria. Tudo isso num esforço de representar<<strong>br</strong> />
suas idéias, de se comunicar com os outros<<strong>br</strong> />
homens, ou de permanecerem eternos. No seu<<strong>br</strong> />
entender, qual a diferença entre os<<strong>br</strong> />
procedimentos adotados pelo homem antigo e<<strong>br</strong> />
pelo fotógrafo?<<strong>br</strong> />
• Utilize alguns argumentos para explicar os<<strong>br</strong> />
significados das expressões: A Terra vista do<<strong>br</strong> />
céu e O céu visto da Terra baseando-se na<<strong>br</strong> />
leitura que você fez deste capítulo.<<strong>br</strong> />
Figura 17 Figura 19<<strong>br</strong> />
• Considere a forma de registro utilizada pelo<<strong>br</strong> />
fotógrafo. Quais elementos da Matemática você<<strong>br</strong> />
identifica nas imagens e no próprio trabalho<<strong>br</strong> />
do fotógrafo?<<strong>br</strong> />
• Você considera que a linguagem e os símbolos<<strong>br</strong> />
matemáticos podem auxiliar na preservação do<<strong>br</strong> />
planeta? Como? Se achar necessário pesquise<<strong>br</strong> />
em livros, revistas, jornais e Internet algumas<<strong>br</strong> />
idéias que o ajudem a argumentar.<<strong>br</strong> />
Figura 18
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
Capítulo I – Matemática: uma construção humana<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
I. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
I. Figuras planas: círculo, triângulo, quadrado.<<strong>br</strong> />
Figuras não planas: esfera, pirâmide e cubo.<<strong>br</strong> />
I. Receita completa: Farofa de carne-de-sol<<strong>br</strong> />
Ingredientes:<<strong>br</strong> />
200g de carne-de-sol;<<strong>br</strong> />
20 azeitonas;<<strong>br</strong> />
4 colheres (sopa) de manteiga;<<strong>br</strong> />
1 cebola em rodelas;<<strong>br</strong> />
2 colheres (chá) de alho;<<strong>br</strong> />
2 colheres (so<strong>br</strong>emesa)de hortelã picada;<<strong>br</strong> />
4 pitadas de sal;<<strong>br</strong> />
2 bananas-prata;<<strong>br</strong> />
2 copos de farinha de mandioca.<<strong>br</strong> />
Tempo de preparo: 1 hora. Rendimento: 6 porções.<<strong>br</strong> />
I. Resposta (d).<<strong>br</strong> />
I. 2.600 km<<strong>br</strong> />
I. Em 12/01/2002.<<strong>br</strong> />
29
30<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar, a partir da leitura de textos apropriados, diferentes registros do conhecimento<<strong>br</strong> />
matemático ao longo do tempo.<<strong>br</strong> />
• Reconhecer a contribuição da Matemática na compreensão e análise de fenômenos naturais, e da<<strong>br</strong> />
produção tecnológica, ao longo da história.<<strong>br</strong> />
• Identificar o recurso matemático utilizado pelo homem, ao longo da história, para enfrentar e resolver<<strong>br</strong> />
problemas.<<strong>br</strong> />
• Identificar a Matemática como importante recurso para a construção de argumentação.<<strong>br</strong> />
• Reconhecer, pela leitura de textos apropriados, a importância da Matemática na elaboração de<<strong>br</strong> />
proposta de intervenção solidária na realidade.
Capítulo II<<strong>br</strong> />
A ARTE DE RACIOCINAR<<strong>br</strong> />
AMPLIAR FORMAS DE RACIONCÍNIO E PROCESSOS MENTAIS<<strong>br</strong> />
POR MEIO DE INDUÇÃO, DEDUÇÃO, ANALOGIA E ESTIMATIVA,<<strong>br</strong> />
UTILIZANDO CONCEITOS E PROCEDIMENTOS <strong>MATEM</strong>ÁTICOS.<<strong>br</strong> />
Célia Maria Carolino Pires
32<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo II<<strong>br</strong> />
A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Apresentação<<strong>br</strong> />
É bem provável que o termo “raciocínio” seja um<<strong>br</strong> />
dos mais usados quando se fala em Matemática.<<strong>br</strong> />
Raciocinar, usar a razão...o que de fato<<strong>br</strong> />
isso significa?<<strong>br</strong> />
A capacidade de raciocinar já “nasce”<<strong>br</strong> />
com cada um de nós?<<strong>br</strong> />
Ou o raciocínio vai se desenvolvendo ao<<strong>br</strong> />
longo de nossa vida?<<strong>br</strong> />
E a escola? Ela tem um papel a<<strong>br</strong> />
desempenhar no desenvolvimento do<<strong>br</strong> />
raciocínio das crianças, dos jovens, dos<<strong>br</strong> />
adultos?<<strong>br</strong> />
O que você pensa a respeito<<strong>br</strong> />
dessas questões?<<strong>br</strong> />
A Matemática constitui um campo de<<strong>br</strong> />
conhecimentos tão diversificado que não é<<strong>br</strong> />
simples defini-la. Ela é a ciência dos números, do<<strong>br</strong> />
espaço, das formas, dos padrões e regularidades,<<strong>br</strong> />
das fórmulas, das equações, dos cálculos exatos,<<strong>br</strong> />
dos cálculos aproximados, do certo e também do<<strong>br</strong> />
provável... Por isso, em algumas línguas, ela é<<strong>br</strong> />
denominada no plural: as matemáticas.<<strong>br</strong> />
Na construção de seu conhecimento matemático,<<strong>br</strong> />
cada pessoa se utiliza de diferentes formas de<<strong>br</strong> />
raciocínio; a intuição, a dedução, a analogia são<<strong>br</strong> />
algumas delas.<<strong>br</strong> />
O propósito deste capítulo é o de estimular você a<<strong>br</strong> />
ampliar formas de raciocínio, utilizando conceitos<<strong>br</strong> />
e procedimentos matemáticos.<<strong>br</strong> />
Como você avalia sua capacidade<<strong>br</strong> />
de raciocinar?<<strong>br</strong> />
Não responda ainda. Deixe para fazê-lo no final<<strong>br</strong> />
desse capítulo.
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Uma diversidade de maneiras<<strong>br</strong> />
de fazer e utilizar Matemática<<strong>br</strong> />
Analisando uma simples cena do cotidiano é<<strong>br</strong> />
possível identificar a presença de diferentes<<strong>br</strong> />
aspectos da Matemática. Leia o texto que se segue.<<strong>br</strong> />
Num dia 01 de a<strong>br</strong>il, o famoso dia da mentira,<<strong>br</strong> />
como faz todos os dias, Sebastião a<strong>br</strong>iu seu jornal<<strong>br</strong> />
e ficou desanimado com a primeira notícia que<<strong>br</strong> />
leu. E foi logo lendo a notícia em voz alta para<<strong>br</strong> />
sua mulher Iracema, que estava acabando de<<strong>br</strong> />
passar o café.<<strong>br</strong> />
– Iracema, escute essa: o botijão de gás vai subir!<<strong>br</strong> />
Iracema, que ouvia atentamente a leitura de<<strong>br</strong> />
Sebastião, de repente interrompeu o marido:<<strong>br</strong> />
– É, Sebastião: se as coisas continuarem subindo,<<strong>br</strong> />
vai demorar ainda mais nosso sonho de<<strong>br</strong> />
comprar casa própria...<<strong>br</strong> />
Sebastião parou de ler a notícia do aumento do<<strong>br</strong> />
gás e chamou Iracema:<<strong>br</strong> />
– Por falar em casa própria, Iracema, olhe aqui<<strong>br</strong> />
essa tabela. Veja se você entende o que quer<<strong>br</strong> />
dizer...<<strong>br</strong> />
Enquanto Iracema decifrava a tabela, Sebastião<<strong>br</strong> />
foi ler as páginas de esporte, de que tanto gosta.<<strong>br</strong> />
E comentou:<<strong>br</strong> />
– Olhe só, Iracema... O campeonato está pegando<<strong>br</strong> />
fogo. Uma porção de gols. Veja só. Até para<<strong>br</strong> />
explicar o que está acontecendo com o futebol, o<<strong>br</strong> />
jornal está usando a Matemática.<<strong>br</strong> />
Iracema continuava tão atenta à leitura da tabela<<strong>br</strong> />
de financiamento de um imóvel que não deu<<strong>br</strong> />
ouvidos ao comentário do Sebastião. E nem<<strong>br</strong> />
prestou atenção quando ele disse:<<strong>br</strong> />
– Estou indo! Senão, chego atrasado...<<strong>br</strong> />
33
34<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Agora leia a notícia que desagradou ao Sebastião, analise a tabela de financiamento de um<<strong>br</strong> />
imóvel, que fez Dona Iracema sair “fora do ar” e observe as informações so<strong>br</strong>e o campeonato<<strong>br</strong> />
de futebol. Depois, responda às questões formuladas. Você pode usar uma calculadora.<<strong>br</strong> />
Texto 1<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. B3.<<strong>br</strong> />
Gráfico 1<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. B3.
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Gráfico 2<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 1 a<strong>br</strong>. 2002. p. D9.<<strong>br</strong> />
Com relação ao preço do botijão de gás, se<<strong>br</strong> />
14,5% significa um aumento de R$1,20 a<<strong>br</strong> />
R$1,60, dependendo do Estado, é razoável<<strong>br</strong> />
dizer que, antes do aumento, o botijão de<<strong>br</strong> />
gás custava entre:<<strong>br</strong> />
a) R$5,25 e R$8,00<<strong>br</strong> />
b) R$8,27 e R$11,03<<strong>br</strong> />
c) R$9,50 e R$15,00<<strong>br</strong> />
d) R$18,25 e R$21,00<<strong>br</strong> />
Qual das modalidades de financiamento<<strong>br</strong> />
de imóvel você considera mais vantajosa?<<strong>br</strong> />
Por quê?<<strong>br</strong> />
Que vantagem pode ser observada no<<strong>br</strong> />
Sistema Financeiro de Habitação - SFH?<<strong>br</strong> />
Que cálculo foi feito para chegar ao<<strong>br</strong> />
percentual de 88,09% apresentado na<<strong>br</strong> />
última linha do gráfico?<<strong>br</strong> />
Dos gols do campeonato, quantos foram<<strong>br</strong> />
feitos de cabeça? E de fora da área?<<strong>br</strong> />
Quantas vezes a bola entrou no canto<<strong>br</strong> />
inferior esquerdo do gol?<<strong>br</strong> />
Em qual rodada foi atingida a maior<<strong>br</strong> />
média de gols?<<strong>br</strong> />
35
36<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Para responder às questões formuladas, muito<<strong>br</strong> />
provavelmente você teve que usar conhecimentos<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e proporcionalidade e, em particular, so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
porcentagem.<<strong>br</strong> />
No caso do preço do gás, usando a calculadora é<<strong>br</strong> />
possível verificar que 1% de aumento<<strong>br</strong> />
corresponderia a R$0,0827 (1,20 : 14,5) e que,<<strong>br</strong> />
portanto, antes do aumento o preço do botijão<<strong>br</strong> />
estava em torno de R$8,27, o que já permitiria<<strong>br</strong> />
indicar a segunda alternativa. Calculando 1,60:<<strong>br</strong> />
14,5 = 0,1103 você teria mais um dado para<<strong>br</strong> />
escolher essa alternativa.<<strong>br</strong> />
Analisando as informações apresentadas na<<strong>br</strong> />
tabela, certamente você pôde perceber que a<<strong>br</strong> />
modalidade de financiamento de imóvel mais<<strong>br</strong> />
vantajosa é a do consórcio; depois vem a do SFH<<strong>br</strong> />
e por último a carteira hipotecária. No SFH, as<<strong>br</strong> />
parcelas finais vão diminuindo.<<strong>br</strong> />
O cálculo para chegar ao percentual de 88,09%,<<strong>br</strong> />
apresentado na última linha do gráfico, pode ser<<strong>br</strong> />
feito dividindo-se o total <strong>pag</strong>o pela via do<<strong>br</strong> />
consórcio, que é de R$ 131.665,00, pelo o preço<<strong>br</strong> />
do imóvel que é de R$ 70.000,00, o que dá<<strong>br</strong> />
1,8809... Assim, a variação percentual so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
preço à vista é de 88,09. Confira as outras<<strong>br</strong> />
variações percentuais apresentadas.<<strong>br</strong> />
Você deve ter observado que a organização de<<strong>br</strong> />
dados em tabelas também ajuda a visualizar o<<strong>br</strong> />
que está acontecendo num campeonato de<<strong>br</strong> />
futebol. Essa análise estatística é uma importante<<strong>br</strong> />
contribuição da Matemática.<<strong>br</strong> />
CONFIRA O QUE VOCÊ RESPONDEU:<<strong>br</strong> />
Os gols do campeonato feitos de<<strong>br</strong> />
cabeça foram 70.<<strong>br</strong> />
Os gols marcados de fora da área<<strong>br</strong> />
foram 66.<<strong>br</strong> />
A bola entrou no canto inferior<<strong>br</strong> />
esquerdo do gol 111 vezes.<<strong>br</strong> />
A maior média de gols aconteceu na 7ª<<strong>br</strong> />
rodada.<<strong>br</strong> />
Como já comentamos, a Matemática não se ocupa<<strong>br</strong> />
apenas de situações numéricas. Vamos analisar<<strong>br</strong> />
alguns procedimentos de localização, usando o<<strong>br</strong> />
sistema cartesiano de eixos, denominado<<strong>br</strong> />
“cartesiano” em homenagem ao filósofo e<<strong>br</strong> />
matemático René Descartes (1596-1650).
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Observe a folha de um guia da cidade que mostra<<strong>br</strong> />
uma região da maior cidade <strong>br</strong>asileira: São Paulo.<<strong>br</strong> />
Mapa 1<<strong>br</strong> />
A localização de ruas pode ser dada por um par<<strong>br</strong> />
formado por uma letra e um número. Assim,<<strong>br</strong> />
para localizar a rua Edgar Franco podemos usar<<strong>br</strong> />
o código (D,2).<<strong>br</strong> />
Mesmo que você não conheça a cidade de São<<strong>br</strong> />
Paulo, com base na folha de um guia<<strong>br</strong> />
reproduzida acima, destaque ruas que possam<<strong>br</strong> />
ser encontradas por meio das coordenadas:<<strong>br</strong> />
(A,3); (B,4); (C,1).<<strong>br</strong> />
Nas grandes cidades, em que os bairros se<<strong>br</strong> />
multiplicam, as ruas vão formando um traçado<<strong>br</strong> />
emaranhado de curvas e retas que se<<strong>br</strong> />
entrecruzam. Para localizá-las, é interessante e<<strong>br</strong> />
útil usar guias e mapas. Desse modo, sua leitura<<strong>br</strong> />
acaba fazendo parte da vida dos habitantes e<<strong>br</strong> />
visitantes de uma cidade.<<strong>br</strong> />
37
38<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
A leitura de guias é apoiada num modelo<<strong>br</strong> />
matemático que é o sistema cartesiano de eixos.<<strong>br</strong> />
A localização de cada ponto nesse sistema é<<strong>br</strong> />
dada por um par ordenado de números, que são<<strong>br</strong> />
chamadas coordenadas cartesianas. Assim, por<<strong>br</strong> />
exemplo, na figura abaixo, o ponto Z é<<strong>br</strong> />
representado pelo par (3,1), o ponto W pelo par<<strong>br</strong> />
(6,0) e o ponto X pelo par (-5,2). Você já<<strong>br</strong> />
percebeu a regra, certo? Certamente também<<strong>br</strong> />
percebeu porque o par de números obedece a<<strong>br</strong> />
uma dada ordem (daí o nome “par ordenado”).<<strong>br</strong> />
Agora responda:<<strong>br</strong> />
Com base nessas informações, quais são as<<strong>br</strong> />
coordenadas dos pontos Y, A, B, C e D?<<strong>br</strong> />
Confira sua resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
A Matemática e a compreensão<<strong>br</strong> />
de fenômenos da natureza<<strong>br</strong> />
As explicações para muitos fenômenos da<<strong>br</strong> />
natureza e também para a criação de diferentes<<strong>br</strong> />
teorias tomaram como base o estabelecimento<<strong>br</strong> />
de analogias.<<strong>br</strong> />
Dentre as analogias clássicas na história das<<strong>br</strong> />
ciências podemos destacar as que compararam:<<strong>br</strong> />
• a estrutura do átomo com o sistema solar;<<strong>br</strong> />
• o <strong>br</strong>aço humano à alavanca;<<strong>br</strong> />
• o funcionamento de uma máquina ao do corpo<<strong>br</strong> />
humano.<<strong>br</strong> />
Outra analogia muito conhecida é feita entre uma<<strong>br</strong> />
balança de dois pratos em equilí<strong>br</strong>io e o processo<<strong>br</strong> />
de resolução de uma equação; uma transformação<<strong>br</strong> />
feita em um de seus mem<strong>br</strong>os deve ser realizada<<strong>br</strong> />
no outro mem<strong>br</strong>o para que se mantenha o<<strong>br</strong> />
“equilí<strong>br</strong>io”.<<strong>br</strong> />
Analogias<<strong>br</strong> />
Para Aristóteles (384-323 a.C.), a analogia<<strong>br</strong> />
consistia em “transportar” para uma dada coisa<<strong>br</strong> />
um nome que designava outra coisa.<<strong>br</strong> />
A teoria das proporções exposta por Euclides<<strong>br</strong> />
(365-300 a.C.) para quatro grandezas expressas<<strong>br</strong> />
por a, b, c e d é também uma forma de<<strong>br</strong> />
estabelecer analogia. Muito provavelmente você<<strong>br</strong> />
Figura 1<<strong>br</strong> />
•X<<strong>br</strong> />
•A<<strong>br</strong> />
•Y<<strong>br</strong> />
•Z<<strong>br</strong> />
•W<<strong>br</strong> />
•D<<strong>br</strong> />
•B •C<<strong>br</strong> />
já ouviu falar em regra de três, quando se diz: “ a<<strong>br</strong> />
está para b, assim como c está para d” e se<<strong>br</strong> />
representa a<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
c<<strong>br</strong> />
b d<<strong>br</strong> />
Pesquise em seus livros ou numa<<strong>br</strong> />
biblioteca e procure dar exemplos de<<strong>br</strong> />
situações em que você usa analogias.<<strong>br</strong> />
Agora vamos analisar um curioso fato que<<strong>br</strong> />
integra a história da Matemática. Muitos<<strong>br</strong> />
historiadores consideram que a Geometria, como<<strong>br</strong> />
ciência, teve seu início na Grécia, por volta do<<strong>br</strong> />
ano 600 a.C., especialmente com Tales de Mileto.<<strong>br</strong> />
Tales era filósofo, político, geômetra, e também<<strong>br</strong> />
comerciante. Acredita-se que ele visitou o Egito<<strong>br</strong> />
há mais de 2500 anos, deixando os estudiosos<<strong>br</strong> />
egípcios boquiabertos: ele teria obtido a altura da<<strong>br</strong> />
pirâmide de Quéops no Egito, não diretamente,<<strong>br</strong> />
mas por meio de cálculos, usando seus<<strong>br</strong> />
conhecimentos so<strong>br</strong>e Geometria. Sua idéia, de<<strong>br</strong> />
tão simples, foi genial.<<strong>br</strong> />
1. As coordenadas dos pontos são as seguintes: Y (2,3), A (-2,4), B (-3,-2) C (2, -2) e D (4, -1).
2<<strong>br</strong> />
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Observe as ilustrações abaixo:<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Tales concluiu que, se em um dado instante, o<<strong>br</strong> />
comprimento da vareta fosse igual ao<<strong>br</strong> />
comprimento de sua som<strong>br</strong>a, a altura da pirâmide<<strong>br</strong> />
também deveria ser igual ao comprimento da<<strong>br</strong> />
som<strong>br</strong>a dela. Isto é, se o comprimento da vareta<<strong>br</strong> />
fosse igual ao do<strong>br</strong>o de sua som<strong>br</strong>a, a altura da<<strong>br</strong> />
pirâmide também seria o do<strong>br</strong>o da respectiva<<strong>br</strong> />
som<strong>br</strong>a e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Com base nas idéias de Tales, resolva o problema:<<strong>br</strong> />
Num dia de muito sol, Júlia fez uma experiência sugerida por sua professora. Mediu sua<<strong>br</strong> />
som<strong>br</strong>a e a som<strong>br</strong>a de um poste de iluminação que fica na frente de sua casa, no mesmo<<strong>br</strong> />
horário. A som<strong>br</strong>a de Júlia era de 80 cm e a do poste era de 1,80m. Se Júlia tem 1,40m, a<<strong>br</strong> />
altura do poste é de aproximadamente:<<strong>br</strong> />
a) 3,15m.<<strong>br</strong> />
b) 3,40m.<<strong>br</strong> />
c) 2,15m.<<strong>br</strong> />
d) 2,40m.<<strong>br</strong> />
Intuição matemática<<strong>br</strong> />
Muitas vezes, achamos a solução de nossos<<strong>br</strong> />
problemas de forma intuitiva. Nessas situações, é<<strong>br</strong> />
comum dizermos que usamos nosso “sexto<<strong>br</strong> />
sentido”. Você sabe o que significa essa expressão?<<strong>br</strong> />
Aliás, a intuição feminina, por exemplo, é bastante<<strong>br</strong> />
conhecida, em especial a de nossas mães. Elas<<strong>br</strong> />
quase sempre acertam quando nos perguntam se<<strong>br</strong> />
estamos com algum problema (e escondemos dela)<<strong>br</strong> />
ou até mesmo quando dizem que vai chover (nesse<<strong>br</strong> />
caso, o melhor é levar o guarda-chuva!).<<strong>br</strong> />
Mas você deve estar pensando:<<strong>br</strong> />
– O que intuição tem a ver com Matemática?<<strong>br</strong> />
– A construção do conhecimento matemático<<strong>br</strong> />
pode ter uma base intuitiva?<<strong>br</strong> />
Podemos dizer que o raciocínio matemático<<strong>br</strong> />
apóia-se na intuição, mas também procura<<strong>br</strong> />
generalizações e demonstrações.<<strong>br</strong> />
39
40<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Vamos analisar um outro fato histórico<<strong>br</strong> />
interessante.<<strong>br</strong> />
Conta-se que Arquimedes (287-215 a.C.) precisou<<strong>br</strong> />
resolver um problema para o rei Hierão II. Esse rei<<strong>br</strong> />
de Siracusa, na Itália, do terceiro século antes de<<strong>br</strong> />
Cristo, encomendou uma coroa a um ourives,<<strong>br</strong> />
fornecendo-lhe 3kg de ouro e 1kg de prata. O<<strong>br</strong> />
ourives fez a coroa, que pesava 4kg. Hierão,<<strong>br</strong> />
porém, ficou desconfiado, pensando que o ourives<<strong>br</strong> />
poderia ter usado 2,5kg de ouro e 1,5kg de prata.<<strong>br</strong> />
Por isso pediu ao sábio Arquimedes um meio de<<strong>br</strong> />
desmascarar a suposta trapaça do ourives sem<<strong>br</strong> />
destruir a coroa.<<strong>br</strong> />
Conta-se que, ao tomar banho em um banheiro<<strong>br</strong> />
público, observando a elevação da água à medida<<strong>br</strong> />
em que mergulhava seu corpo, percebeu que<<strong>br</strong> />
poderia resolver o problema. Entusiasmado, saiu<<strong>br</strong> />
correndo para casa, atravessando as ruas<<strong>br</strong> />
completamente despido e gritando a palavra<<strong>br</strong> />
grega que se tornou famosa: “Eureka! Eureka!”,<<strong>br</strong> />
isto é: “Achei! Achei!”.<<strong>br</strong> />
E você? Aconteceu algum episódio na sua vida ou<<strong>br</strong> />
na sua experiência escolar em que você sentiu<<strong>br</strong> />
essa sensação de Arquimedes e teve vontade de<<strong>br</strong> />
gritar: achei! achei!? Em caso afirmativo,<<strong>br</strong> />
descreva-a.<<strong>br</strong> />
O raciocínio de Arquimedes é descrito a seguir,<<strong>br</strong> />
reproduzindo um possível diálogo dele com ele<<strong>br</strong> />
mesmo:<<strong>br</strong> />
Pelos deuses! Se meu corpo desloca seu<<strong>br</strong> />
próprio peso do líquido em que está<<strong>br</strong> />
mergulhando, então meu corpo,<<strong>br</strong> />
mergulhado na água, perde exatamente o<<strong>br</strong> />
peso líquido que desloca! E isso é... o que<<strong>br</strong> />
é? É uma balança nova, Arquimedes! Uma<<strong>br</strong> />
nova maneira de pesar e medir as coisas,<<strong>br</strong> />
um princípio que poderei usar para medir<<strong>br</strong> />
a coroa! Isso mesmo, poderei medir aquela<<strong>br</strong> />
maldita coroa... Um quilo de ouro, de fato,<<strong>br</strong> />
tem um certo volume, maior do que o do<<strong>br</strong> />
ouro, mas também imutável. Um quilo de<<strong>br</strong> />
prata tem outro volume, maior que o do<<strong>br</strong> />
ouro, mas também imutável. O volume de<<strong>br</strong> />
água deslocado por um quilo de ouro,<<strong>br</strong> />
portanto, deverá ser menor do que o<<strong>br</strong> />
deslocado por um quilo de prata, e uma<<strong>br</strong> />
mistura dos dois metais deverá deslocar<<strong>br</strong> />
um volume de água proporcional à mistura<<strong>br</strong> />
dos dois metais! Perfeito, Arquimedes! Não<<strong>br</strong> />
existem dúvidas, você encontrou ... você<<strong>br</strong> />
achou... eu achei... achei...<<strong>br</strong> />
Garozzo, Filippo, Arquimedes. Editora Três, 1975.
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Diferentes formas de raciocínio<<strong>br</strong> />
e a construção de estratégias para<<strong>br</strong> />
resolver problemas<<strong>br</strong> />
Certamente você sabe que nossos antepassados<<strong>br</strong> />
tiveram que enfrentar desafios para garantir a<<strong>br</strong> />
própria so<strong>br</strong>evivência. Resolvendo problemas,<<strong>br</strong> />
foram produzindo conhecimentos fantásticos que<<strong>br</strong> />
nos deixaram como valiosa herança.<<strong>br</strong> />
Observando padrões<<strong>br</strong> />
Os egípcios precisaram desco<strong>br</strong>ir o padrão das<<strong>br</strong> />
cheias do Nilo – de quanto em quanto tempo<<strong>br</strong> />
elas ocorriam – por um motivo importante e<<strong>br</strong> />
extremamente prático: planejar suas<<strong>br</strong> />
plantações. Conta-se que para isso eles<<strong>br</strong> />
observaram que o nível do rio aumentava toda<<strong>br</strong> />
vez que a estrela Sírius se levantava a leste, um<<strong>br</strong> />
pouco antes do Sol. Verificaram que esse fato<<strong>br</strong> />
ocorria de 365 em 365 dias.<<strong>br</strong> />
Também foi pela observação de regularidades de<<strong>br</strong> />
alguns acontecimentos que os astrônomos e físicos<<strong>br</strong> />
estabeleceram algumas hipóteses para explicar<<strong>br</strong> />
fenômenos. Um exemplo é o das marés. O padrão<<strong>br</strong> />
das marés – “maré cheia” e “maré baixa” –<<strong>br</strong> />
auxiliou Newton a encontrar a explicação desse<<strong>br</strong> />
fenômeno: a atração gravitacional da Lua so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
águas do mar.<<strong>br</strong> />
Foram os gregos que nos legaram uma importante<<strong>br</strong> />
característica do conhecimento matemático, que é<<strong>br</strong> />
a observação de regularidades.<<strong>br</strong> />
Eles tinham um especial interesse pelas<<strong>br</strong> />
seqüências numéricas e costumavam representálas<<strong>br</strong> />
por meio de padrões geométricos.<<strong>br</strong> />
Na ilustração abaixo você pode observar uma<<strong>br</strong> />
seqüência de números triangulares e também<<strong>br</strong> />
tentar desco<strong>br</strong>ir quais são os próximos 3 números<<strong>br</strong> />
dessa seqüência.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
Esta outra ilustração representa números<<strong>br</strong> />
quadrangulares. Certamente você também não<<strong>br</strong> />
terá dificuldades de desco<strong>br</strong>ir quais são os<<strong>br</strong> />
próximos 3 números dessa seqüência.<<strong>br</strong> />
1 1+3=4 1+3+5=9 1+3+5+7=16<<strong>br</strong> />
Mas não foram só os antigos gregos que se<<strong>br</strong> />
interessaram pelos números e suas relações.<<strong>br</strong> />
Na idade média, Leonardo Fibonacci, também<<strong>br</strong> />
conhecido como Leonardo de Pisa, em suas<<strong>br</strong> />
viagens ao norte da África, conheceu o sistema de<<strong>br</strong> />
numeração dos hindus. Ao se convencer das<<strong>br</strong> />
vantagens desse sistema, passou a ser um dos<<strong>br</strong> />
seus maiores divulgadores na Europa. Mas ele deu<<strong>br</strong> />
outra grande contribuição à Matemática: em seu<<strong>br</strong> />
livro Liber abaci (livro do ábaco) ele propôs um<<strong>br</strong> />
problema so<strong>br</strong>e coelhos que se tornou muito<<strong>br</strong> />
conhecido, pois foi o primeiro modelo<<strong>br</strong> />
matemático, de que se tem notícia, para descrição<<strong>br</strong> />
do crescimento de populações.<<strong>br</strong> />
41
42<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
“Os coelhos de Fibonacci”<<strong>br</strong> />
Suponha um casal de coelhos, que só estariam<<strong>br</strong> />
aptos para reprodução após um mês. Passado esse<<strong>br</strong> />
tempo, esse casal daria origem a um novo casal<<strong>br</strong> />
todo mês. Os coelhinhos que nasciam, formavam<<strong>br</strong> />
um novo casal e passariam pelo mesmo processo,<<strong>br</strong> />
ou seja, levariam um mês para crescerem e<<strong>br</strong> />
amadurecerem sexualmente e, após esse período,<<strong>br</strong> />
dariam origem a um novo casal a cada mês.<<strong>br</strong> />
A partir desse problema, Fibonacci construiu sua<<strong>br</strong> />
seqüência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ... . Esses<<strong>br</strong> />
números representam a quantidade de casais de<<strong>br</strong> />
coelhos existentes em cada mês. O 1º termo da<<strong>br</strong> />
seqüência representa o primeiro casal que dará<<strong>br</strong> />
origem à prole.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. A seqüência numérica 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... é chamada seqüência de Fibonacci. Você<<strong>br</strong> />
saberia dizer quais são os próximos 3 números dessa seqüência?<<strong>br</strong> />
II. Agora, determine o 6º, o 7º e o 8º termos de cada uma das seqüências abaixo e faça<<strong>br</strong> />
anotações explicando seus procedimentos:<<strong>br</strong> />
0 3 6 9 12 ? ? ?<<strong>br</strong> />
1 4 7 10 13 ? ? ?<<strong>br</strong> />
1 2 4 7 11 ? ? ?<<strong>br</strong> />
2 6 18 54 162 ? ? ?<<strong>br</strong> />
1 1 2 6 24 ? ? ?<<strong>br</strong> />
III. No esquema abaixo, há uma regra de colocação dos números. Descu<strong>br</strong>a-a e preencha os<<strong>br</strong> />
espaços vazios.<<strong>br</strong> />
?<<strong>br</strong> />
? ?<<strong>br</strong> />
14 ? ?<<strong>br</strong> />
5 9 11<<strong>br</strong> />
1 4 5 6<<strong>br</strong> />
?<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1º mês<<strong>br</strong> />
2º mês<<strong>br</strong> />
3º mês<<strong>br</strong> />
4º mês<<strong>br</strong> />
1 casal<<strong>br</strong> />
1 casal<<strong>br</strong> />
2 casais
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Cada um com seu jeito de raciocinar<<strong>br</strong> />
Uma professora propôs o seguinte problema a seus alunos:<<strong>br</strong> />
– A soma de dois números naturais é 43 e a diferença entre eles é igual a 5.<<strong>br</strong> />
Que números são esses?<<strong>br</strong> />
– Como você resolveria esse problema?<<strong>br</strong> />
Agora veja as soluções de 3 alunos:<<strong>br</strong> />
Milena fez uma lista de números que adicionados dão 43 e, ao lado foi calculando<<strong>br</strong> />
a diferença entre eles:<<strong>br</strong> />
Total 43<<strong>br</strong> />
15+28<<strong>br</strong> />
16+27<<strong>br</strong> />
17+26<<strong>br</strong> />
18+25<<strong>br</strong> />
19+24<<strong>br</strong> />
Carlos escreveu:<<strong>br</strong> />
43+5=48<<strong>br</strong> />
48÷2=24<<strong>br</strong> />
24-5=19<<strong>br</strong> />
Diferença<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Esse é apenas um exemplo de que podemos<<strong>br</strong> />
resolver problemas de formas bem diferentes.<<strong>br</strong> />
George Polya, um conhecido autor que escreveu<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a arte de resolver problemas, nos dá<<strong>br</strong> />
algumas dicas so<strong>br</strong>e as etapas na resolução de<<strong>br</strong> />
problemas:<<strong>br</strong> />
E Sílvio registrou em seu caderno:<<strong>br</strong> />
x+y=43<<strong>br</strong> />
x-y=5<<strong>br</strong> />
2x=48; x=24; y=19<<strong>br</strong> />
Os números são 19 e 24<<strong>br</strong> />
Procure entender e explicar o que cada um fez.<<strong>br</strong> />
Na sua opinião há alguma solução incorreta? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
• Compreender o problema.<<strong>br</strong> />
• Conceber um plano de resolução.<<strong>br</strong> />
• Executar o plano.<<strong>br</strong> />
• Refletir so<strong>br</strong>e o trabalho realizado.<<strong>br</strong> />
43
44<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Vamos, então, analisar a solução de um problema<<strong>br</strong> />
O jogo de dardos<<strong>br</strong> />
Um alvo para um jogo de dardos tem 4 regiões,<<strong>br</strong> />
como mostra a figura. A região delimitada pelo<<strong>br</strong> />
círculo menor vale 11 pontos e as coroas<<strong>br</strong> />
subseqüentes valem respectivamente, 7, 3 e 2<<strong>br</strong> />
pontos. Certo dia, três amigos André, Carlos e<<strong>br</strong> />
Paula, estavam jogando e, depois de cada um<<strong>br</strong> />
deles ter lançado 6 dardos, todos tinham a<<strong>br</strong> />
mesma pontuação.<<strong>br</strong> />
Você vai desco<strong>br</strong>ir qual foi essa pontuação e<<strong>br</strong> />
como cada um deles a obteve, a partir das<<strong>br</strong> />
seguintes informações:<<strong>br</strong> />
– André foi o que acertou mais dardos na<<strong>br</strong> />
zona central.<<strong>br</strong> />
– Paula foi a mais regular, pois fez sempre o<<strong>br</strong> />
mesmo número de pontos.<<strong>br</strong> />
– Os dardos de Carlos ficaram espalhados<<strong>br</strong> />
uniformemente pelas regiões que ele acertou.<<strong>br</strong> />
Em primeiro lugar, precisamos compreender bem<<strong>br</strong> />
o problema: são três pessoas que atiram cada uma<<strong>br</strong> />
6 dardos e ao final têm a mesma pontuação.<<strong>br</strong> />
Um plano de resolução do problema<<strong>br</strong> />
poderia ser o de organizar uma tabela e,<<strong>br</strong> />
por meio de tentativas, encontrar o<<strong>br</strong> />
número de pontos.<<strong>br</strong> />
Paula<<strong>br</strong> />
André<<strong>br</strong> />
Feita a tabela, vamos executar o plano, Carlos<<strong>br</strong> />
usando nosso raciocínio:<<strong>br</strong> />
Se Paula fez sempre o mesmo número de pontos,<<strong>br</strong> />
ela não deve ter feito sempre 11, nem sempre 2<<strong>br</strong> />
ou 3. É mais provável que ela tenha feito sempre<<strong>br</strong> />
7 pontos, totalizando 42.<<strong>br</strong> />
Como André foi o que mais acertou dados na zona<<strong>br</strong> />
central e o total deve ser 42, é provável que ele<<strong>br</strong> />
tenha feito 3 vezes 11 pontos ( com 4 já daria 44 e<<strong>br</strong> />
superaria o total 42). Para completar os 9 pontos<<strong>br</strong> />
em 3 lançamentos, ele não pode ter feito 7 pontos<<strong>br</strong> />
nessas jogadas, mas pode ter feito 3 pontos,<<strong>br</strong> />
3 vezes.<<strong>br</strong> />
Carlos deve ter feito a mesma quantidade<<strong>br</strong> />
de pontos a cada dois lançamentos.<<strong>br</strong> />
Vamos testar 11,11,7,7. Aqui já temos 36. Paula<<strong>br</strong> />
Portanto nas outras duas ele deve ter André<<strong>br</strong> />
feito 3 pontos.<<strong>br</strong> />
Carlos<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
11 7 3 2<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
7 42<<strong>br</strong> />
3 42<<strong>br</strong> />
3 42
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
É interessante ainda refletir so<strong>br</strong>e o que foi feito,<<strong>br</strong> />
voltando às informações dadas, conferir cálculos<<strong>br</strong> />
e, se possível, comparar com a solução de<<strong>br</strong> />
outra(s) pessoa(s).<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Broas e pãezinhos<<strong>br</strong> />
Numa padaria, dona Cida comprou 4 pãezinhos e 5 <strong>br</strong>oas e <strong>pag</strong>ou R$3,00. Dona Dalila<<strong>br</strong> />
comprou 2 pãezinhos e 3 <strong>br</strong>oas e <strong>pag</strong>ou R$1,70. Quanto custa cada pãozinho e cada <strong>br</strong>oa<<strong>br</strong> />
nesta padaria?<<strong>br</strong> />
II. O filatelista<<strong>br</strong> />
Um colecionador de selos quer aumentar sua coleção. Ele vai a uma loja de filatelia com<<strong>br</strong> />
R$132,00 e vê que pode comprar cartelas de selos de dois tipos: A e B. Conversando com o<<strong>br</strong> />
vendedor ele desco<strong>br</strong>e o seguinte:<<strong>br</strong> />
• Se ele comprar 7 cartelas do tipo A e uma do tipo B, vai lhe faltar R$1,00.<<strong>br</strong> />
• Se ele comprar 3 cartelas do tipo A e 11 cartelas do tipo B, vai lhe so<strong>br</strong>ar R$1,00.<<strong>br</strong> />
• Todos os selos da cartela A têm o mesmo preço e todos os selos da cartela B têm o mesmo preço.<<strong>br</strong> />
Descu<strong>br</strong>a o preço de cada cartela.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Proporção e culinária<<strong>br</strong> />
A idéia de proporcionalidade é muito usada para ampliar ou reduzir receitas culinárias. Veja só:<<strong>br</strong> />
Pudim de mandioca (para 8 pessoas)<<strong>br</strong> />
2 xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />
1 xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />
3 xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />
1 xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />
6 ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />
3 colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />
1 colher (de sopa) de farinha de trigo<<strong>br</strong> />
Agora é com você: resolva os problemas<<strong>br</strong> />
seguintes e depois confira os resultados obtidos<<strong>br</strong> />
com as respostas que estão no final deste<<strong>br</strong> />
capítulo.<<strong>br</strong> />
• Que alterações você faria na receita se quisesse ampliá-la para 10 pessoas?<<strong>br</strong> />
• E se quisesse reduzi-la para 6 pessoas?<<strong>br</strong> />
Reescreva a receita para essas duas situações.<<strong>br</strong> />
45
46<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Enfim, um aumento!<<strong>br</strong> />
Paulo é um jovem que ganha R$ 380,00 de salário por mês. Ele vai receber um aumento de<<strong>br</strong> />
6%. Usando uma calculadora, como Paulo deve proceder para saber quanto receberá?<<strong>br</strong> />
A organização dos campeonatos<<strong>br</strong> />
Em Serra Azul um campeonato de voleibol é realizado de 3 em 3 anos. O primeiro aconteceu em<<strong>br</strong> />
1998. Os organizadores pretendem que o campeonato integre o calendário de eventos da cidade<<strong>br</strong> />
e que seja realizado por muitos e muitos anos. O que você responderia a estas perguntas?<<strong>br</strong> />
• Em 2023 deve acontecer esse campeonato?<<strong>br</strong> />
• E em 2031?<<strong>br</strong> />
• Como se pode proceder para saber se em um determinado ano acontecerá um campeonato<<strong>br</strong> />
sem escrever toda a seqüência?<<strong>br</strong> />
As cidades vizinhas<<strong>br</strong> />
Quantas são as possibilidades de ir de uma cidade a outra, numa região constituída por 5<<strong>br</strong> />
cidades, considerando que há estradas ligando essas cidades, duas a duas?<<strong>br</strong> />
Neste problema você pode observar que, além da<<strong>br</strong> />
•A<<strong>br</strong> />
contagem usual 1,2,3,4,... muitas vezes precisamos<<strong>br</strong> />
usar procedimentos um pouco mais elaborados<<strong>br</strong> />
para contar. Da cidade A partem 4 estradas que<<strong>br</strong> />
E•<<strong>br</strong> />
•B permitem ir às cidades B,C, D e E. Esse mesmo<<strong>br</strong> />
cálculo pode ser feito para as demais, o que daria<<strong>br</strong> />
um total de 20 estradas. Mas cada uma das<<strong>br</strong> />
estradas foi computada duas vezes (por exemplo, a<<strong>br</strong> />
que vai de A para B e a que vai de B para A).<<strong>br</strong> />
Assim há 10 possibilidades de ir de uma<<strong>br</strong> />
D• •C<<strong>br</strong> />
cidade a outra.<<strong>br</strong> />
Compras no supermercado<<strong>br</strong> />
Suponha que você está indo ao<<strong>br</strong> />
supermercado. Você recebe seu cupom fiscal<<strong>br</strong> />
e quer conferir.<<strong>br</strong> />
Calculando mentalmente quanto foi gasto<<strong>br</strong> />
nessa compra, você arriscaria dizer se<<strong>br</strong> />
gastou mais que R$15,00? Ou menos?<<strong>br</strong> />
Explique seu procedimento.<<strong>br</strong> />
Supermercado Glorinha<<strong>br</strong> />
Cupom Fiscal<<strong>br</strong> />
Canjica<<strong>br</strong> />
Pão francês<<strong>br</strong> />
Batata<<strong>br</strong> />
Ovos<<strong>br</strong> />
Cebola<<strong>br</strong> />
Alho<<strong>br</strong> />
Refrigerante<<strong>br</strong> />
Açúcar<<strong>br</strong> />
1,15<<strong>br</strong> />
1,20<<strong>br</strong> />
3,86<<strong>br</strong> />
2,20<<strong>br</strong> />
1,29<<strong>br</strong> />
2,68<<strong>br</strong> />
2,41<<strong>br</strong> />
1,79
7<<strong>br</strong> />
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Cada um com seu jeito de calcular<<strong>br</strong> />
Iracema e Severino estão lendo um anúncio em que<<strong>br</strong> />
uma loja oferece 15% de desconto so<strong>br</strong>e o preço de<<strong>br</strong> />
um aparelho eletrodoméstico que custa R$120,00.<<strong>br</strong> />
Eles querem saber qual é o custo do aparelho, com<<strong>br</strong> />
esse desconto.<<strong>br</strong> />
Iracema resolveu assim<<strong>br</strong> />
0,15 x R$120,00 = R$18,00<<strong>br</strong> />
R$120,00 - R$18,00 = R$102,00<<strong>br</strong> />
Severino e Iracema encontraram o mesmo<<strong>br</strong> />
resultado. Você acha que os dois procedimentos<<strong>br</strong> />
estão corretos? Explique como foi o raciocínio<<strong>br</strong> />
de cada um.<<strong>br</strong> />
Agora observe este outro problema:<<strong>br</strong> />
Numa compra de R$240,00, se o <strong>pag</strong>amento for<<strong>br</strong> />
feito em prestações, terá um acréscimo total de<<strong>br</strong> />
9%. Para calcular o valor total a ser <strong>pag</strong>o,<<strong>br</strong> />
considerando esse acréscimo, qual das soluções<<strong>br</strong> />
você usaria? Por quê?<<strong>br</strong> />
Fazendo estimativas<<strong>br</strong> />
Na resolução de problemas, um procedimento muito<<strong>br</strong> />
usado é fazer estimativas. Esse procedimento é<<strong>br</strong> />
interessante quando não precisamos de um<<strong>br</strong> />
resultado com grande exatidão, isto é, quando é<<strong>br</strong> />
suficiente chegar a uma aproximação.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Severino resolveu desse outro modo<<strong>br</strong> />
100 - 15 = 85<<strong>br</strong> />
0,85 x R$120,00 = 102,00<<strong>br</strong> />
Solução 1<<strong>br</strong> />
Solução 2<<strong>br</strong> />
0,09 x 240,00=21,60<<strong>br</strong> />
240,00 + 21,60=261,60<<strong>br</strong> />
1,09 x R$240,00=261,60<<strong>br</strong> />
Podemos estimar, por exemplo, o resultado de<<strong>br</strong> />
uma operação, sem efetuá-la. Podemos estimar o<<strong>br</strong> />
comprimento de um conjunto de segmentos, sem<<strong>br</strong> />
medi-los diretamente.<<strong>br</strong> />
Vamos ver como você se sai fazendo estimativas?<<strong>br</strong> />
Quanto você estima que mede a linha poligonal desenhada abaixo? Menos que 1 metro? Mais<<strong>br</strong> />
que 1 metro? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
47
48<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Agora observe o mapa do nosso país.<<strong>br</strong> />
Rio Branco<<strong>br</strong> />
0 360km<<strong>br</strong> />
Mapa 2<<strong>br</strong> />
Se a distância da cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro é de aproximadamente 400km,<<strong>br</strong> />
quanto você estima ser a distância aproximada de:<<strong>br</strong> />
- Rio de Janeiro a Belo Horizonte?<<strong>br</strong> />
- Salvador a Natal?<<strong>br</strong> />
- Porto Alegre a Curitiba?<<strong>br</strong> />
Além de estimativas, os procedimentos de medida envolvem cálculos com números, além de<<strong>br</strong> />
conhecimentos so<strong>br</strong>e figuras geométricas.<<strong>br</strong> />
Carpinteiros, pedreiros, costureiras e tantos outros profissionais utilizam-se das medidas e<<strong>br</strong> />
dos processos de estimativa com grande freqüência. Responda então:<<strong>br</strong> />
II. Para reco<strong>br</strong>ir um piso de uma sala retangular de 4,5m por 5,5m com lajotas de 50cm<<strong>br</strong> />
de lado, serão necessárias, aproximadamente:<<strong>br</strong> />
a) 50 lajotas.<<strong>br</strong> />
b) 100 lajotas.<<strong>br</strong> />
c) 200 lajotas.<<strong>br</strong> />
d) 300 lajotas.<<strong>br</strong> />
Justifique sua escolha.<<strong>br</strong> />
Boa Vista<<strong>br</strong> />
Porto<<strong>br</strong> />
Velho<<strong>br</strong> />
Manaus<<strong>br</strong> />
Campo Grande<<strong>br</strong> />
Cuiabá<<strong>br</strong> />
São Paulo<<strong>br</strong> />
Curitiba<<strong>br</strong> />
Belém<<strong>br</strong> />
Goiânia<<strong>br</strong> />
Macapá<<strong>br</strong> />
Palmas<<strong>br</strong> />
Brasília<<strong>br</strong> />
Belo<<strong>br</strong> />
Horizonte<<strong>br</strong> />
Florianópolis<<strong>br</strong> />
Porto Alegre<<strong>br</strong> />
São Luís<<strong>br</strong> />
Fortaleza<<strong>br</strong> />
Natal<<strong>br</strong> />
Teresina<<strong>br</strong> />
Vitória<<strong>br</strong> />
Rio de Janeiro<<strong>br</strong> />
João Pessoa<<strong>br</strong> />
Recife<<strong>br</strong> />
Maceió<<strong>br</strong> />
Aracajú<<strong>br</strong> />
Salvador
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Matemática, lógica e argumentação<<strong>br</strong> />
É muito comum as pessoas relacionarem os termos<<strong>br</strong> />
“raciocínio” e “lógica”. Elas se referem a “raciocinar<<strong>br</strong> />
logicamente”, para falar de uma atividade mental<<strong>br</strong> />
que está presente em quase todos os momentos do<<strong>br</strong> />
nosso dia-a-dia.<<strong>br</strong> />
Desde o momento em que você se levanta, já<<strong>br</strong> />
começa a raciocinar...<<strong>br</strong> />
O ônibus passa na avenida às<<strong>br</strong> />
8h e 30min. Gasto uns 20<<strong>br</strong> />
minutos a pé até o ponto de<<strong>br</strong> />
ônibus; então, devo sair às 8<<strong>br</strong> />
horas e 10 minutos ou um<<strong>br</strong> />
pouquinho antes...<<strong>br</strong> />
Mas que tal conhecer um pouco mais so<strong>br</strong>e esse<<strong>br</strong> />
campo da Matemática, chamado Lógica?<<strong>br</strong> />
De forma simplificada, a Lógica é uma área de<<strong>br</strong> />
estudos que se ocupa em validar se os raciocínios<<strong>br</strong> />
feitos e os comportamentos que deles decorrem<<strong>br</strong> />
são corretos (ou seja, se são lógicos, como<<strong>br</strong> />
dizemos popularmente).<<strong>br</strong> />
Toda vez que defendemos uma idéia, um ponto de<<strong>br</strong> />
vista, ou mesmo, a solução encontrada para um<<strong>br</strong> />
problema, precisamos construir argumentos<<strong>br</strong> />
consistentes, usando para isso, nossos<<strong>br</strong> />
conhecimentos matemáticos.<<strong>br</strong> />
Na Grécia antiga, o filófoso Aristóteles plantou as<<strong>br</strong> />
bases da chamada lógica formal. A lógica<<strong>br</strong> />
aristotélica propunha regras para o<<strong>br</strong> />
estabelecimento de um raciocínio bem encadeado.<<strong>br</strong> />
Devo chegar ao trabalho lá<<strong>br</strong> />
pelas 9h, Começo a<<strong>br</strong> />
datilografar o texto e lá pelas<<strong>br</strong> />
10h e 30min. certamente já<<strong>br</strong> />
terei terminado.<<strong>br</strong> />
A dedução<<strong>br</strong> />
Ao meio-dia combinei de<<strong>br</strong> />
encontrar minha mulher para<<strong>br</strong> />
almoçar num lugar que fica<<strong>br</strong> />
longe do meu trabalho... nessa<<strong>br</strong> />
uma hora e meia de<<strong>br</strong> />
intervalo...<<strong>br</strong> />
A dedução é um processo por meio do qual<<strong>br</strong> />
estabelecemos a verdade de algumas afirmações a<<strong>br</strong> />
partir de outras. Acompanhe a situação abaixo:<<strong>br</strong> />
Na aula de Matemática, Paulo fez a<<strong>br</strong> />
seguinte afirmação:<<strong>br</strong> />
– Todos os múltiplos de 6 são múltiplos<<strong>br</strong> />
de 2.<<strong>br</strong> />
Pedro contestou o que Paulo disse,<<strong>br</strong> />
dizendo que não sabia se isso era<<strong>br</strong> />
verdade, de fato. Paulo então passou a<<strong>br</strong> />
argumentar:<<strong>br</strong> />
– Sabemos que todos os múltiplos de 2<<strong>br</strong> />
podem ser escritos na forma 2n e<<strong>br</strong> />
todos os múltiplos de 6 podem ser<<strong>br</strong> />
escritos na forma 6n, em que n é um<<strong>br</strong> />
número inteiro. Como 6n pode ser<<strong>br</strong> />
escrito na forma 2 X 3n, podemos<<strong>br</strong> />
concluir que todos os múltiplos de 6<<strong>br</strong> />
são múltiplos de 2.<<strong>br</strong> />
Na sua opinião a argumentação de Paulo foi<<strong>br</strong> />
consistente? Por quê?<<strong>br</strong> />
49
50<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Cuidado com as falácias!<<strong>br</strong> />
Um dos aspectos interessantes da Lógica são as<<strong>br</strong> />
chamadas falácias. Mesmo tomando afirmações<<strong>br</strong> />
verdadeiras como ponto de partida (as premissas),<<strong>br</strong> />
podemos tirar conclusões não verdadeiras. São as<<strong>br</strong> />
chamadas falácias. Precisamos estar atentos para<<strong>br</strong> />
não nos deixarmos enganar pelas falácias.<<strong>br</strong> />
Analise a afirmação abaixo:<<strong>br</strong> />
Todos os múltiplos de 4 são pares. Portanto, qualquer número par é múltiplo de 4.<<strong>br</strong> />
• A primeira parte da afirmação (todos os<<strong>br</strong> />
múltiplos de 4 são pares) é uma premissa<<strong>br</strong> />
verdadeira?<<strong>br</strong> />
• E a conclusão (qualquer número par é múltiplo<<strong>br</strong> />
de 4) é verdadeira?<<strong>br</strong> />
• Você pode concluir que se trata de uma falácia?<<strong>br</strong> />
Você se arriscaria a formular uma outra falácia?<<strong>br</strong> />
Não é necessário que seja uma falácia matemática<<strong>br</strong> />
como a do exemplo. Ela pode se referir a uma<<strong>br</strong> />
situação da sua vida.<<strong>br</strong> />
Mas isso não tem<<strong>br</strong> />
lógica alguma!!!<<strong>br</strong> />
Com certeza, você já disse essa frase em algum<<strong>br</strong> />
momento da sua vida. Nas conversas com amigos,<<strong>br</strong> />
quando debatemos um assunto, muitas vezes o que<<strong>br</strong> />
é lógico para uma pessoa, não é assim tão lógico<<strong>br</strong> />
para outra. Mas o que importa, de fato, é saber<<strong>br</strong> />
dialogar, saber ouvir, ponderar, argumentar...<<strong>br</strong> />
De toda forma, vamos <strong>br</strong>incar um pouco com<<strong>br</strong> />
algumas situações.<<strong>br</strong> />
Em quais delas você identifica comportamentos<<strong>br</strong> />
que, para você, não são lógicos.<<strong>br</strong> />
Mandei uma carta para minha tia que<<strong>br</strong> />
mora em Recife. Esqueci de escrever o<<strong>br</strong> />
endereço. Mas vai chegar assim mesmo.<<strong>br</strong> />
Hoje o dia amanheceu azul e o sol está<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ilhando; a temperatura está agradável;<<strong>br</strong> />
vou sair com o guarda-chuva para me<<strong>br</strong> />
proteger dos raios!<<strong>br</strong> />
Li as duas primeiras páginas do livro que<<strong>br</strong> />
você me deu; já vi que é uma história de<<strong>br</strong> />
s<strong>usp</strong>ense e já sei como será o final da<<strong>br</strong> />
história.
9<<strong>br</strong> />
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Você sabe o que<<strong>br</strong> />
é um enunciado?<<strong>br</strong> />
Um enunciado é uma afirmação da qual se pode<<strong>br</strong> />
estabelecer, sem dúvida, se é verdadeira ou falsa.<<strong>br</strong> />
Usando a lógica, podemos verificar se o que o<<strong>br</strong> />
enunciado revela, e o raciocínio feito a partir<<strong>br</strong> />
dele, estão relacionados de forma adequada.<<strong>br</strong> />
Analise as frases abaixo. Verifique quais são<<strong>br</strong> />
enunciados. Depois, classifique esses enunciados em<<strong>br</strong> />
verdadeiros ou falsos, justificando suas respostas:<<strong>br</strong> />
• Pelé foi um tenista famoso.<<strong>br</strong> />
• Todo triângulo tem lados com mesma medida.<<strong>br</strong> />
• Todo quadrado tem lados com mesma medida.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Agora leia com atenção esta história.<<strong>br</strong> />
Você deve ter observado que as três são<<strong>br</strong> />
enunciados. O primeiro é falso, pois sabemos que<<strong>br</strong> />
Pelé foi jogador de futebol e não tenista famoso.<<strong>br</strong> />
O segundo é também falso pois apenas os<<strong>br</strong> />
triângulos equiláteros têm lados com a mesma<<strong>br</strong> />
medida. Ou seja, essa não é uma característica<<strong>br</strong> />
comum a todos os triângulos. O terceiro é<<strong>br</strong> />
verdadeiro.<<strong>br</strong> />
André, Belinha, Carlos e Débora são amigos. Cada um tem seu jeito de ser, suas manias.<<strong>br</strong> />
Na cidade onde moram, acontece todo ano, na primeira semana de junho, um torneio de<<strong>br</strong> />
futebol com os times de toda a região.<<strong>br</strong> />
- Se chove ou há muita fila para comprar ingresso, André não vai ao futebol.<<strong>br</strong> />
- Belinha só vai ao futebol se houver muita fila para comprar ingresso, porque para ela<<strong>br</strong> />
isso é sinal de que o jogo promete.<<strong>br</strong> />
- Se chove, Carlos não vai ao futebol.<<strong>br</strong> />
- Débora vai ao futebol mesmo que chova ou que haja muita fila para comprar ingresso.<<strong>br</strong> />
I. Prestou atenção? Então responda:<<strong>br</strong> />
a) Domingo, dia do 1º jogo do torneio da cidade, estava chovendo e havia muita fila<<strong>br</strong> />
para comprar ingresso. Quem foi ao jogo?<<strong>br</strong> />
b) Terça feira choveu. Quem pode ter ido ao jogo?<<strong>br</strong> />
c) Quinta feira todos os amigos foram ao jogo. O que deve ter acontecido?<<strong>br</strong> />
d) Sábado fazia sol. Por que Belinha não foi ao futebol?<<strong>br</strong> />
Justifique suas respostas.<<strong>br</strong> />
II. Complete as afirmações de modo que sejam lógicas e não contraditórias.<<strong>br</strong> />
a) Se eu tivesse mais tempo livre, _________________________________________________.<<strong>br</strong> />
b) Eu já havia assistido àquele filme e _____________________________________________.<<strong>br</strong> />
c) Não sei o que fazer, então _____________________________________________________.<<strong>br</strong> />
d) Se hoje terminar o prazo para me inscrever no concurso de música, __________________.<<strong>br</strong> />
51
52<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
III. Assinale com um X, dentre as três possibilidades apresentadas, a que tem o mesmo<<strong>br</strong> />
significado da frase em destaque:<<strong>br</strong> />
a) Todos os mares são salgados.<<strong>br</strong> />
( ) Nenhum mar é salgado.<<strong>br</strong> />
( ) Qualquer mar é salgado.<<strong>br</strong> />
( ) Um mar é salgado.<<strong>br</strong> />
b) Nem todos os rapazes gostam de dançar.<<strong>br</strong> />
( ) Nenhum rapaz gosta de dançar.<<strong>br</strong> />
( ) Todos os rapazes gostam de dançar.<<strong>br</strong> />
( ) Há rapazes que não gostam de dançar.<<strong>br</strong> />
c) Em minha classe, todos possuem pelo menos um livro.<<strong>br</strong> />
( ) Qualquer aluno não tem livro.<<strong>br</strong> />
( ) Todos possuem qualquer livro.<<strong>br</strong> />
( ) Todos possuem um livro.<<strong>br</strong> />
Matemática, cidadania e propostas<<strong>br</strong> />
de ação solidária<<strong>br</strong> />
Num de seus textos, um importante educador<<strong>br</strong> />
matemático <strong>br</strong>asileiro, o professor Ubiratan<<strong>br</strong> />
D’Am<strong>br</strong>osio, escreve:<<strong>br</strong> />
Cidadania tem tudo a ver com a capacidade de lidar com situações novas. Lida-se com<<strong>br</strong> />
situações conhecidas e rotineiras a partir de regras que são memorizadas e obedecidas.<<strong>br</strong> />
Mas o grande desafio está em tomar decisões so<strong>br</strong>e situações imprevistas e inesperadas,<<strong>br</strong> />
que hoje são cada vez mais freqüentes. A tomada de decisões exige criatividade e ética.<<strong>br</strong> />
A Matemática é um instrumento importantíssimo para a tomada de decisões, pois apela<<strong>br</strong> />
para a criatividade. Ao mesmo tempo, a Matemática fornece os instrumentos necessários<<strong>br</strong> />
para uma avaliação das conseqüências da decisão escolhida.<<strong>br</strong> />
A essência do comportamento ético resulta do conhecimento das conseqüências das<<strong>br</strong> />
decisões que tomamos.<<strong>br</strong> />
As idéias apresentadas no texto do professor<<strong>br</strong> />
Ubiratan D’Am<strong>br</strong>osio, que se referem às relações<<strong>br</strong> />
entre Matemática e cidadania, vêm sendo cada<<strong>br</strong> />
vez mais discutidas ultimamente. Os dados<<strong>br</strong> />
numéricos e as informações estatísticas são<<strong>br</strong> />
ferramentas importantes para que todas as<<strong>br</strong> />
pessoas exerçam a sua cidadania.
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Como exemplo, vamos analisar as informações<<strong>br</strong> />
apresentadas no artigo de Marcelo Leite, que nos<<strong>br</strong> />
oferece uma visão ampla so<strong>br</strong>e o desmatamento<<strong>br</strong> />
da floresta amazônica:<<strong>br</strong> />
NÃO É O CASO DE COMEMORAR<<strong>br</strong> />
O Brasil é provavelmente o único país do mundo que pode se dar ao luxo de<<strong>br</strong> />
comemorar o desmatamento de uma superfície equivalente a 2/3 da Sicília. Ou,<<strong>br</strong> />
numa comparação mais palatável, três vezes a área do Distrito Federal, em um<<strong>br</strong> />
único ano. A destruição acumulada da Amazônia bateu em 551.782 quilômetros<<strong>br</strong> />
quadrados, 14% da área que ocupava. Ainda é a maior floresta tropical do mundo,<<strong>br</strong> />
mas o Brasil só precisou das duas últimas décadas para dizimar 10% dela.<<strong>br</strong> />
Não é só do ponto de vista absoluto que os 16.926 quilômetros quadrados<<strong>br</strong> />
estimados para 1999 so<strong>br</strong>essaem. Também em termos relativos, o número é elevado,<<strong>br</strong> />
pois repete o dado de 1998, ou seja, uma consolidação do aumento de mais de 30%<<strong>br</strong> />
com relação ao ano anterior de 1997.<<strong>br</strong> />
O governo pode falar em “estancamento” e tendência de queda, apoiado na suposta<<strong>br</strong> />
redução de 2,6%, mas é preciso ir devagar com os números. Antes de mais nada,<<strong>br</strong> />
porque o dado de 1999 não passa de uma estimativa, sujeita a revisão. As<<strong>br</strong> />
previsões anteriores (1997, 1998) sofreram correções de 1,5% e 3,1%,<<strong>br</strong> />
respectivamente. Assim, nem mesmo existe segurança de que houve redução de<<strong>br</strong> />
1998 para 1999, pois os 2,6% de diminuição estariam dentro do que pode se<<strong>br</strong> />
chamar de margem de erro de estimativa.<<strong>br</strong> />
Além disso, as cifras em torno de 17 mil quilômetros quadrados dos dois últimos<<strong>br</strong> />
anos põem o país num patamar mais próximo da década de 80, quando o<<strong>br</strong> />
desmatamento da floresta Amazônica chocou o mundo. Houve desaceleração no<<strong>br</strong> />
começo dos anos 90, mas desde então os números foram sempre superiores.<<strong>br</strong> />
Adaptado da Folha de São Paulo, São Paulo, 12 de a<strong>br</strong>il de 2000.<<strong>br</strong> />
Em função da leitura do texto, responda:<<strong>br</strong> />
• O que o autor do texto quer dizer quando<<strong>br</strong> />
afirma que “o Brasil é provavelmente o único<<strong>br</strong> />
país do mundo que pode se dar ao luxo de<<strong>br</strong> />
comemorar o desmatamento de uma superfície<<strong>br</strong> />
equivalente a 2/3 da Sicília. Ou, numa<<strong>br</strong> />
comparação mais palatável, três vezes a área do<<strong>br</strong> />
Distrito Federal, em um único ano?”<<strong>br</strong> />
• Quando o jornalista afirma que o Brasil só<<strong>br</strong> />
precisou das duas últimas décadas para dizimar<<strong>br</strong> />
10% dela, que previsões podem ser feitas para a<<strong>br</strong> />
maior floresta tropical do mundo nos próximos<<strong>br</strong> />
20, 40, 60 anos, se não forem tomadas<<strong>br</strong> />
providências urgentes e eficientes?<<strong>br</strong> />
• No texto, o autor revela preocupação com a<<strong>br</strong> />
análise que o governo faz dos números. Como<<strong>br</strong> />
você interpreta essa preocupação?<<strong>br</strong> />
• Que tipo de intervenção você acha que deveria<<strong>br</strong> />
ser feita pelo governo relativamente à floresta<<strong>br</strong> />
amazônica?<<strong>br</strong> />
• E na região em que você vive? Que intervenções<<strong>br</strong> />
ambientais você considera mais urgentes?<<strong>br</strong> />
No início deste Capítulo, perguntamos como você avalia sua capacidade de raciocinar?<<strong>br</strong> />
E então?<<strong>br</strong> />
53
54<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
I. Item (a)<<strong>br</strong> />
I. Os 3 próximos números da seqüência numérica 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... são 34, 55 e 89, pois cada termo<<strong>br</strong> />
é igual à soma dos dois que o antecedem.<<strong>br</strong> />
II. Completando as seqüências, temos:<<strong>br</strong> />
0 3 6 9 12 15 18 21<<strong>br</strong> />
1 4 7 10 13 16 19 22<<strong>br</strong> />
1 2 4 7 11 16 22 29<<strong>br</strong> />
2 6 18 54 162 486 1.458 4.374<<strong>br</strong> />
1 1 2 6 24 120 720 5.040<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
82<<strong>br</strong> />
34 48<<strong>br</strong> />
14 20 28<<strong>br</strong> />
5 9 11 17<<strong>br</strong> />
1 4 5 6<<strong>br</strong> />
I. Broas e pãezinhos = Cada pãozinho custa R$0,25 e cada <strong>br</strong>oa custa R$0,40.<<strong>br</strong> />
II. O filatelista = O preço da cartela A é R$18,00 e o da cartela B é R$7,00.<<strong>br</strong> />
Pudim de mandioca (para 10 pessoas)<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />
xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />
xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />
ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
colher (de sopa) de farinha de trigo<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Pudim de mandioca (para 6 pessoas)<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
xícaras (de chá) de mandioca crua ralada<<strong>br</strong> />
xícara (de chá) de coco ralado<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
xícaras (de chá) de açúcar<<strong>br</strong> />
xícara (de chá) de leite<<strong>br</strong> />
ovos levemente batidos<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
colheres (de sopa) de manteiga derretida e fria<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
colher (de sopa) de farinha de trigo
6<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
Capítulo II – A arte de raciocinar<<strong>br</strong> />
Enfim, um aumento!<<strong>br</strong> />
Ele pode multiplicar R$380,00 por 1,06 o que dá R$ 402,80 ou então pode mulltiplicar R$380,00 por 0,06 e<<strong>br</strong> />
depois adicionar esse resultado a R$380,00.<<strong>br</strong> />
A organização dos campeonatos:<<strong>br</strong> />
• Em 2023 não deve acontecer esse campeonato.<<strong>br</strong> />
• Em 2031 deverá haver campeonato.<<strong>br</strong> />
• Para saber se em um determinado ano x acontecerá um campeonato basta fazer: x – 1998 e dividir o<<strong>br</strong> />
resultado por 3. Se o resto da divisão for zero haverá campeonato.<<strong>br</strong> />
Compras no supermercado:<<strong>br</strong> />
Calculando mentalmente quanto foi gasto nessa compra, podemos dizer que se gastou mais de R$15,00.<<strong>br</strong> />
Cada um com seu jeito de calcular:<<strong>br</strong> />
Ambos estão corretos. Iracema calculou 15% do valor e depois descontou do total e Severino calculou<<strong>br</strong> />
diretamente 85% do total, sabendo que 100% - 15% = 85%.<<strong>br</strong> />
O comprimento da linha é maior que 1m.<<strong>br</strong> />
I. Distância aproximada:<<strong>br</strong> />
• Do Rio de Janeiro a Belo Horizonte é aproximadamente a mesma de Rio de Janeiro a São Paulo,<<strong>br</strong> />
ou seja, 400km.<<strong>br</strong> />
• De Salvador a Natal é de aproximadamente o do<strong>br</strong>o da distância entre Rio de Janeiro a São Paulo,<<strong>br</strong> />
ou seja, 800km.<<strong>br</strong> />
• De Porto Alegre a Curitiba é de aproximadamente 530km.<<strong>br</strong> />
II. Para reco<strong>br</strong>ir um piso de uma sala retangular de 4,5m por 5,5m com lajotas de 50 cm de lado, serão<<strong>br</strong> />
necessárias, aproximadamente, 100 lajotas, pois em um dos lados cabem 9 lajotas e no outro cabem 11<<strong>br</strong> />
lajotas, o que totaliza 90 lajotas.<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
a) Belinha e Débora.<<strong>br</strong> />
b) Débora e Belinha.<<strong>br</strong> />
c) Não chovia nem havia fila muito grande.<<strong>br</strong> />
d) Porque a fila não era grande.<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
a) Qualquer mar é salgado.<<strong>br</strong> />
b) Há rapazes que não gostam de dançar.<<strong>br</strong> />
c) Todos possuem um livro.<<strong>br</strong> />
55
56<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar conceitos e procedimentos matemáticos expressos em diferentes formas.<<strong>br</strong> />
• Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos para explicar fenômenos ou fatos do cotidiano.<<strong>br</strong> />
• Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos para construir formas de raciocínio que permitam<<strong>br</strong> />
aplicar estratégias para a resolução de problemas.<<strong>br</strong> />
• Identificar e utilizar conceitos e procedimentos matemáticos na construção de argumentação<<strong>br</strong> />
consistente.<<strong>br</strong> />
• Reconhecer a adequação da proposta de ação solidária, utilizando conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />
matemáticos.
Capítulo III<<strong>br</strong> />
OS NÚMEROS: SEUS USOS E SEUS SIGNIFICADOS<<strong>br</strong> />
CONSTRUIR SIGNIFICADOS E AMPLIAR OS JÁ EXISTENTES<<strong>br</strong> />
PARA OS NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS E RACIONAIS.<<strong>br</strong> />
Wanda Silva Rodrigues
58<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo III<<strong>br</strong> />
Os números: seus usos<<strong>br</strong> />
e seus significados<<strong>br</strong> />
Apresentação<<strong>br</strong> />
Os números fazem parte de nossa vida. Nossa<<strong>br</strong> />
casa tem um número, a roupa que usamos tem<<strong>br</strong> />
uma numeração, os alimentos têm um preço. Nós<<strong>br</strong> />
mesmos temos números de identificação: aquele<<strong>br</strong> />
que está na carteira de identidade, o que está<<strong>br</strong> />
indicado na carteira do trabalho...<<strong>br</strong> />
A construção dos números durou milênios.<<strong>br</strong> />
Estudos de várias ciências como a Arqueologia,<<strong>br</strong> />
a Etnologia e a Antropologia mostram que povos<<strong>br</strong> />
primitivos, mesmo antes de possuírem uma<<strong>br</strong> />
linguagem escrita, faziam registros de suas<<strong>br</strong> />
contagens por meio de marcas. Essas marcas<<strong>br</strong> />
podiam ser nós em uma corda, cortes<<strong>br</strong> />
num pedaço de madeira ou cortes em<<strong>br</strong> />
ossos de animais.<<strong>br</strong> />
Os povos primitivos também faziam uso dos<<strong>br</strong> />
dedos das mãos e dos pés para efetuarem a<<strong>br</strong> />
contagem. Até hoje usamos a palavra dígito, que<<strong>br</strong> />
significa dedo, como sinônimo de algarismo.<<strong>br</strong> />
Alguns usavam também outras partes do corpo.<<strong>br</strong> />
Figura 1 - Uma contagem digital particular em um momento do Antigo Império (Vª dinastia: século XXVI a.C.).<<strong>br</strong> />
IFRAH, Georges, História Universal dos algarismos: a inteligência dos homens contada pelos números e pelo cálculo.<<strong>br</strong> />
Com o tempo, essas marcas foram substituídas<<strong>br</strong> />
por símbolos diversos. Ao buscar recensear seus<<strong>br</strong> />
habitantes, seus bens, suas perdas, ao procurar<<strong>br</strong> />
datar a fundação de suas cidades, esses povos<<strong>br</strong> />
construíram interessantes sistemas de numeração.<<strong>br</strong> />
Nos quadros ao lado você pode observar o<<strong>br</strong> />
número doze registrado de diferentes maneiras,<<strong>br</strong> />
em diferentes civilizações.<<strong>br</strong> />
Figura 2 - Tradução de Alberto Muñoz e Ana Beatriz<<strong>br</strong> />
Katinsky. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. v. 1.<<strong>br</strong> />
Tradução de Histoire universelle des chiffres.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Recontando os Números<<strong>br</strong> />
Conta-se que no ano de 825 d.C. o trono do<<strong>br</strong> />
império árabe era ocupado pelo Califa al-<<strong>br</strong> />
Mamum. Ele queria transformar seu reino em um<<strong>br</strong> />
grande centro de ensino, onde se pudessem<<strong>br</strong> />
dominar todas as áreas do conhecimento. Para<<strong>br</strong> />
atingir esse objetivo, trouxe para Bagdá os<<strong>br</strong> />
grandes sábios muçulmanos daquela época. Entre<<strong>br</strong> />
esses sábios estava al-Khowarizmi.<<strong>br</strong> />
A esse matemático árabe foi destinada a função de<<strong>br</strong> />
traduzir para o árabe os livros de Matemática<<strong>br</strong> />
vindos da Índia. Numa dessas traduções, esse sábio<<strong>br</strong> />
se deparou com um livro que ensinava a fazer<<strong>br</strong> />
quaisquer cálculos usando apenas dez símbolos.<<strong>br</strong> />
Al-Khowarizmi ficou tão impressionado com a<<strong>br</strong> />
utilidade daqueles dez símbolos – que hoje são<<strong>br</strong> />
conhecidos como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, que<<strong>br</strong> />
escreveu um livro explicando como funcionava<<strong>br</strong> />
esse sistema. O termo algarismo usado para<<strong>br</strong> />
denominar os símbolos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 é<<strong>br</strong> />
uma homenagem a esse matemático árabe.<<strong>br</strong> />
Desse modo, o sistema de numeração que<<strong>br</strong> />
utilizamos hoje foi criado pelos hindus, e<<strong>br</strong> />
divulgado a outros povos pelos árabes, em suas<<strong>br</strong> />
viagens. Por isso, ele é conhecido como indoarábico.<<strong>br</strong> />
A principal vantagem desse sistema<<strong>br</strong> />
reside no fato de que, com apenas dez símbolos<<strong>br</strong> />
(0, 1, 2,..., 9), podemos escrever qualquer número<<strong>br</strong> />
que desejarmos, por maior que ele seja. Ele é<<strong>br</strong> />
chamado decimal porque se utiliza de<<strong>br</strong> />
agrupamentos de 10 em 10. Uma das<<strong>br</strong> />
características desse sistema é o chamado<<strong>br</strong> />
princípio do valor posicional. Assim, na escrita<<strong>br</strong> />
555, o 5 pode valer 5, 50 ou 500, dependendo de<<strong>br</strong> />
sua posição (555 = 500 + 50 + 5).<<strong>br</strong> />
Apesar de a utilização dos números ter-se<<strong>br</strong> />
iniciado há mais de 5.000 anos, foi a partir do<<strong>br</strong> />
surgimento do sistema indo-arábico que o zero<<strong>br</strong> />
passou a ser utilizado, a fim de atender,<<strong>br</strong> />
principalmente, a exigências relacionadas ao<<strong>br</strong> />
valor posicional na numeração escrita. Ao<<strong>br</strong> />
representar, por exemplo, 27 e 207, o papel do<<strong>br</strong> />
zero é essencial para que haja a distinção de uma<<strong>br</strong> />
representação para outra.<<strong>br</strong> />
Os primeiros números que aprendemos e que<<strong>br</strong> />
servem para representar os resultados de<<strong>br</strong> />
contagens, de ordenações, e também para<<strong>br</strong> />
codificar são chamados números naturais.<<strong>br</strong> />
Você os conhece bem: 0, 1, 2, 3, 4, 5,<<strong>br</strong> />
6, 7, 8, 9, 10, 11...<<strong>br</strong> />
O conjunto dos números naturais é infinito e<<strong>br</strong> />
representado pela letra N:<<strong>br</strong> />
N={0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}<<strong>br</strong> />
Há uma infinidade de números naturais e também<<strong>br</strong> />
outros tipos de números...<<strong>br</strong> />
Qual o resultado da subtração 3-7?<<strong>br</strong> />
Durante muito tempo, problemas deste tipo foram<<strong>br</strong> />
considerados sem solução. Quando lidamos com<<strong>br</strong> />
números naturais, o resultado da subtração a – b<<strong>br</strong> />
pode ser encontrado no conjunto dos naturais<<strong>br</strong> />
somente quando a b.<<strong>br</strong> />
No entanto, situações do dia–a–dia como as que<<strong>br</strong> />
envolvem dívidas, registros de temperaturas<<strong>br</strong> />
mínimas de uma cidade ou resultados financeiros<<strong>br</strong> />
de uma empresa, mostram a necessidade de<<strong>br</strong> />
representar números menores que zero e dar<<strong>br</strong> />
significado a operações a – b, quando a < b.<<strong>br</strong> />
O conjunto dos números inteiros (também<<strong>br</strong> />
conhecidos como inteiros relativos) é<<strong>br</strong> />
representado pela letra Z:<<strong>br</strong> />
Z={...,-6,-5,-3,-1,0,+1,+2,+3,+4,+5,+6,...}<<strong>br</strong> />
59
60<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 1<<strong>br</strong> />
1.1 Construa uma reta e localize nela os números<<strong>br</strong> />
positivos e negativos. Depois, responda e<<strong>br</strong> />
justifique suas respostas:<<strong>br</strong> />
a) Qual número é menor: +3 ou +2?<<strong>br</strong> />
b) Qual número é menor: +3 ou –2?<<strong>br</strong> />
c) Qual número é menor: -3 ou +2?<<strong>br</strong> />
d) Qual número é menor: -3 ou –2?<<strong>br</strong> />
Agora imagine a seguinte situação:<<strong>br</strong> />
Uma pessoa quer determinar a medida do<<strong>br</strong> />
segmento RS, tendo como unidade de medida o<<strong>br</strong> />
segmento AB. Como ela deve proceder? Que<<strong>br</strong> />
resposta é provável que ela encontre?<<strong>br</strong> />
R S<<strong>br</strong> />
A B<<strong>br</strong> />
Figura 2<<strong>br</strong> />
Para responder a esta pergunta, é preciso verificar<<strong>br</strong> />
quantas vezes o segmento AB “cabe” no<<strong>br</strong> />
segmento RS. Observando, você percebe que o<<strong>br</strong> />
segmento AB “cabe” quatro vezes e meia no<<strong>br</strong> />
segmento RS ou que a medida do segmento RS é<<strong>br</strong> />
quatro vezes e meia a medida do segmento AB.<<strong>br</strong> />
Na busca em quantificar e representar medidas<<strong>br</strong> />
em situações como essa, surgiram os números<<strong>br</strong> />
racionais.<<strong>br</strong> />
Os números racionais são identificados como<<strong>br</strong> />
a<<strong>br</strong> />
números expressos na forma (ou a/b; a:b), em<<strong>br</strong> />
b<<strong>br</strong> />
que os números a e b são número inteiros<<strong>br</strong> />
quaisquer, sendo que o número b deve ser<<strong>br</strong> />
necessariamente diferente de zero.<<strong>br</strong> />
O conjunto dos números racionais é indicado<<strong>br</strong> />
pela letra Q:<<strong>br</strong> />
Q={a/b, a Z e b Z*}<<strong>br</strong> />
Z*: Conjunto dos inteiros, exceto o 0.<<strong>br</strong> />
Os números racionais podem ser representados na<<strong>br</strong> />
forma fracionária ou na forma decimal. Nas<<strong>br</strong> />
figuras abaixo, você pode observar uma figura<<strong>br</strong> />
quadrada de 25 unidades quadradas de área;<<strong>br</strong> />
partes dessa figura foram hachuradas.<<strong>br</strong> />
1.2 Observe as figuras e relacione, dentre as escritas<<strong>br</strong> />
numéricas abaixo, a qual se refere cada uma delas.<<strong>br</strong> />
49 = 49,0<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
25<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
Se você usar uma calculadora e dividir 25 por 2,<<strong>br</strong> />
que resultado obterá? Esse resultado pode ser<<strong>br</strong> />
visualizado na figura b.<<strong>br</strong> />
Agora observe a seqüência de resultados obtidos<<strong>br</strong> />
dividindo-se o numerador pelo denominador de<<strong>br</strong> />
frações em que o numerador é 49.<<strong>br</strong> />
49 = 12,25<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
49 = 5,444...<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
a)<<strong>br</strong> />
c)<<strong>br</strong> />
49 = 24,5<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
49 = 9,8<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
25<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
49 = 4,4545...<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
b)<<strong>br</strong> />
d)<<strong>br</strong> />
25<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
49 = 16,333...<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
25<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
49 = 8,1666...<<strong>br</strong> />
6
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
1.3 Responda:<<strong>br</strong> />
– Que diferenças e que semelhanças você observa<<strong>br</strong> />
nesses resultados?<<strong>br</strong> />
– Há representações decimais finitas? Quais?<<strong>br</strong> />
– Há representações decimais infinitas? Quais?<<strong>br</strong> />
– É possível dizer que números ocuparão as<<strong>br</strong> />
próximas ordens nas representações infinitas?<<strong>br</strong> />
Você já deve ter observado que a leitura de<<strong>br</strong> />
notícias veiculadas em jornais e revistas envolve<<strong>br</strong> />
quase sempre dados numéricos. Leia o texto<<strong>br</strong> />
abaixo e depois responda às questões formuladas:<<strong>br</strong> />
A água sem tratamento e a falta de saneamento básico causam a morte de milhares de<<strong>br</strong> />
pessoas por ano no Brasil. O Brasil tem 7,5 milhões de domicílios sem banheiro. No Piauí,<<strong>br</strong> />
42,9% dos domicílios não têm instalação sanitária. Em 1998, doenças relacionadas à falta<<strong>br</strong> />
de saneamento básico como a diarréia, vitimaram 10 844 pessoas, número maior do que o<<strong>br</strong> />
de homicídios na região metropolitana de São Paulo naquele ano. A região sudeste ocupa<<strong>br</strong> />
uma posição muito boa em relação ao saneamento básico: o percentual de municípios com<<strong>br</strong> />
rede de esgoto chega próximo de 90%. Mas isso apenas não basta para que a situação de<<strong>br</strong> />
saneamento básico seja boa. Há ainda a questão da água. Nessa região, são poucos os<<strong>br</strong> />
municípios que ainda não têm água encanada: cerca de apenas 5%.<<strong>br</strong> />
Adaptado de Folha de São Paulo, São Paulo 28/03/2002.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 2<<strong>br</strong> />
a) O dado “7,5 milhões” que aparece no texto<<strong>br</strong> />
refere-se a um número natural?<<strong>br</strong> />
b) E o dado “42,9%”?<<strong>br</strong> />
c) Registre pelo menos duas maneiras diferentes<<strong>br</strong> />
de representar 7,5 milhões.<<strong>br</strong> />
d) O dado 5%, que aparece no final do texto,<<strong>br</strong> />
pode ser representado de outras maneiras: 0,05;<<strong>br</strong> />
; 5 X 10 -2<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
. Como você representaria o<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
dado 90% que também aparece no texto,<<strong>br</strong> />
usando essas diferentes maneiras?<<strong>br</strong> />
e) Na escrita 28/03/2002 o que significa o 03?<<strong>br</strong> />
f) O número de domicílios sem instalação<<strong>br</strong> />
sanitária no Piauí é maior ou menor que a<<strong>br</strong> />
metade dos domicílios desse estado?<<strong>br</strong> />
Veja mais so<strong>br</strong>e este assunto em livros<<strong>br</strong> />
de Matemática para o Ensino<<strong>br</strong> />
Fundamental.<<strong>br</strong> />
Procure o significado de expressões<<strong>br</strong> />
como dízimas periódicas e fração<<strong>br</strong> />
geratriz.<<strong>br</strong> />
Identificando um mundo de números<<strong>br</strong> />
Como você deve ter observado, nesse texto há<<strong>br</strong> />
diferentes usos e representações de números<<strong>br</strong> />
naturais: 7,5 milhões de domicílios (que também<<strong>br</strong> />
podem ser representados pela escrita 7.500.000 –<<strong>br</strong> />
sete milhões e quinhentos mil); 10.844 pessoas<<strong>br</strong> />
vitimadas pela diarréia. Esses números referem-se<<strong>br</strong> />
a uma contagem ou a uma estimativa? Já os<<strong>br</strong> />
números apresentados na escrita da data de<<strong>br</strong> />
publicação da notícia - 28/03/2002 - são números<<strong>br</strong> />
naturais que indicam uma ordenação: o vigésimo<<strong>br</strong> />
oitavo dia do terceiro mês (março) do ano de 2002.<<strong>br</strong> />
Agora responda: Por que será que o<<strong>br</strong> />
jornal usa 7,5 milhões?<<strong>br</strong> />
61
62<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 3<<strong>br</strong> />
3.1 Analise este trecho de uma notícia, publicada<<strong>br</strong> />
no dia 1/4/2002, numa segunda-feira, e depois<<strong>br</strong> />
responda às questões.<<strong>br</strong> />
Das 20 horas de amanhã até às 8 horas de quarta-feira poderá haver falta de água nos<<strong>br</strong> />
bairros Vila Irelândia, Jasmim Alegre, Vila Brasil e Jardim Aurora, no município “Pau<<strong>br</strong> />
Brasil”, em razão de serviços da Companhia de Águas e Esgotos na rede de distribuição de<<strong>br</strong> />
água da cidade. Aproximadamente 2.500 famílias devem ser atingidas pelo corte.<<strong>br</strong> />
Já no município de Jacarandá, a falta de água deve ocorrer das 8 às 20 horas de quartafeira,<<strong>br</strong> />
na Costa Verde, Morro do Alto e Morro Branco. Cerca de 20 mil casas devem ter a<<strong>br</strong> />
s<strong>usp</strong>ensão no abastecimento.<<strong>br</strong> />
A Companhia de Água e Esgotos recomenda que os moradores dos bairros afetados evitem<<strong>br</strong> />
o desperdício e reservem água para o período.<<strong>br</strong> />
a) Por quantas horas os bairros do município de<<strong>br</strong> />
Pau Brasil, citados na notícia, ficaram sem água?<<strong>br</strong> />
b) É possível afirmar que faltou água no dia 1º de<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>il nessa região?<<strong>br</strong> />
c) Em Jacarandá, a falta de água ocorrerá no<<strong>br</strong> />
mesmo período que a de Pau Brasil?<<strong>br</strong> />
d) O tempo de duração da falta de água no<<strong>br</strong> />
Jacarandá será o mesmo que em Pau Brasil?<<strong>br</strong> />
e) Em que cidade a falta de água atingirá mais<<strong>br</strong> />
pessoas? Justifique.<<strong>br</strong> />
Analisando a reportagem, publicada no dia 1º de<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>il, você pode constatar que tanto a cidade de Pau<<strong>br</strong> />
Brasil como a de Jacarandá ficaram 12 horas sem<<strong>br</strong> />
água; no entanto, no Jacarandá, é provável que a<<strong>br</strong> />
quantidade de pessoas atingidas tenha sido maior.<<strong>br</strong> />
Notícias como essa, que envolvem dados numéricos,<<strong>br</strong> />
são importantes para que os cidadãos possam se<<strong>br</strong> />
prevenir nessas situações, colaborar e também saber<<strong>br</strong> />
reivindicar seus direitos junto aos governantes.<<strong>br</strong> />
Em notícias também aparecem situações que<<strong>br</strong> />
podem ser representadas por números inteiros<<strong>br</strong> />
negativos. Observe:<<strong>br</strong> />
No interior da Antártida, onde faz 70<<strong>br</strong> />
graus negativos no inverno, a<<strong>br</strong> />
temperatura caiu, em média, 1 grau<<strong>br</strong> />
desde os anos 80.<<strong>br</strong> />
(Revista Veja, 30/01/2002)<<strong>br</strong> />
Provavelmente você já ouviu falar na Antártida. Lá<<strong>br</strong> />
faz muito frio e as temperaturas são sempre<<strong>br</strong> />
negativas. Já foi registrada a temperatura de 89<<strong>br</strong> />
graus abaixo de zero. Quando é verão há luz até<<strong>br</strong> />
aproximadamente 23 horas e 30 minutos e quando<<strong>br</strong> />
é inverno há luz apenas durante algumas horas.<<strong>br</strong> />
3.2 Com base nessas informações responda: Se a<<strong>br</strong> />
temperatura média cai um grau a cada ano e se,<<strong>br</strong> />
por suposição, em 1982 a temperatura média no<<strong>br</strong> />
inverno foi de 70 graus negativos, que hipótese<<strong>br</strong> />
podemos ter para as temperaturas médias no<<strong>br</strong> />
inverno nos anos indicados na tabela abaixo?<<strong>br</strong> />
1985 1989 1993 1997 2001
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Em outras palavras, que previsões podemos fazer<<strong>br</strong> />
para essas temperaturas? Para diferenciar<<strong>br</strong> />
números negativos de números positivos,<<strong>br</strong> />
utilizamos os sinais + e -.<<strong>br</strong> />
Assim, se a indicação de uma temperatura é<<strong>br</strong> />
precedida pelo sinal +, isso significa que ela está<<strong>br</strong> />
acima de zero grau, e se é precedida pelo sinal -,<<strong>br</strong> />
ela está abaixo de zero grau.<<strong>br</strong> />
Mas além das temperaturas, usamos os números<<strong>br</strong> />
negativos em outras situações. Veja alguns<<strong>br</strong> />
exemplos:<<strong>br</strong> />
• Um submarino encontra-se a 80m abaixo do<<strong>br</strong> />
nível do mar.<<strong>br</strong> />
• A cidade de Campo Grande, capital do Mato<<strong>br</strong> />
Grosso do Sul, está situada a uma altitude de<<strong>br</strong> />
532m acima do nível do mar.<<strong>br</strong> />
Você sabia que o altímetro é um aparelho que registra altitudes positivas (acima do nível<<strong>br</strong> />
do mar) e altitudes negativas (abaixo do nível do mar)?<<strong>br</strong> />
3.3 Outro exemplo que você certamente conhece<<strong>br</strong> />
é o de saldo de gols de um campeonato de<<strong>br</strong> />
futebol: os números positivos representam gols<<strong>br</strong> />
marcados e os números negativos, gols sofridos.<<strong>br</strong> />
Equipes<<strong>br</strong> />
Palmeiras<<strong>br</strong> />
São Paulo<<strong>br</strong> />
Santos<<strong>br</strong> />
Flamengo<<strong>br</strong> />
Portuguesa<<strong>br</strong> />
São Caetano<<strong>br</strong> />
Grêmio<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
Gols marcados<<strong>br</strong> />
+ 45<<strong>br</strong> />
+ 42<<strong>br</strong> />
+ 38<<strong>br</strong> />
+ 37<<strong>br</strong> />
+ 35<<strong>br</strong> />
+34<<strong>br</strong> />
+29<<strong>br</strong> />
Analisando a tabela, encontre o total de gols<<strong>br</strong> />
marcados, o total de gols sofridos e o saldo de<<strong>br</strong> />
gols de cada equipe.<<strong>br</strong> />
Gols sofridos<<strong>br</strong> />
- 44<<strong>br</strong> />
- 39<<strong>br</strong> />
- 38<<strong>br</strong> />
- 39<<strong>br</strong> />
- 33<<strong>br</strong> />
- 30<<strong>br</strong> />
- 37<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
Atribui-se aos hindus a invenção dos negativos. A primeira referência explícita é<<strong>br</strong> />
encontrada numa o<strong>br</strong>a do ano 628, escrita pelo matemático Brahmagupta.<<strong>br</strong> />
Mas, durante o Renascimento (séculos XV e XVI), as operações comerciais de venda e<<strong>br</strong> />
troca de mercadorias eram intensas e, de certa forma, inspiraram os matemáticos da<<strong>br</strong> />
época na escolha de um novo tipo de número para representar perdas e dívidas.<<strong>br</strong> />
63
64<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Imagine um comerciante daquela época que<<strong>br</strong> />
tivesse em seu armazém sacos de sal com 5kg<<strong>br</strong> />
cada um. Ao vender 3kg de um dos sacos,<<strong>br</strong> />
escrevia o número 3 com um tracinho na frente<<strong>br</strong> />
(-3) para não esquecer que, no saco havia 3kg de<<strong>br</strong> />
sal a menos.<<strong>br</strong> />
Se esse comerciante resolvesse despejar em outro<<strong>br</strong> />
saco os 2kg de sal que so<strong>br</strong>aram, escrevia o<<strong>br</strong> />
número 2 com dois tracinhos cruzados na frente<<strong>br</strong> />
para lem<strong>br</strong>ar que no saco foram acrescentados<<strong>br</strong> />
2kg a mais que a quantidade inicial.<<strong>br</strong> />
Positivo e Negativo<<strong>br</strong> />
Os matemáticos, percebendo que essa notação era<<strong>br</strong> />
prática, passaram a usar o sinal positivo ou<<strong>br</strong> />
negativo na frente dos números, para indicar o<<strong>br</strong> />
ganho ou a perda de quantidades.<<strong>br</strong> />
Os números indicados com o sinal de menos (-)<<strong>br</strong> />
passaram a ser chamados de números negativos.<<strong>br</strong> />
A expressão “número negativo” tinha o<<strong>br</strong> />
significado de que se tratava de “não-número”, o<<strong>br</strong> />
que mostrava as dificuldades pelas quais a<<strong>br</strong> />
humanidade passou para aceitá-lo.<<strong>br</strong> />
Muitos matemáticos do passado negavam a<<strong>br</strong> />
existência de tais números, que chamavam de<<strong>br</strong> />
“números absurdos” ou de “números falsos”. Entre<<strong>br</strong> />
a invenção dos negativos e sua aceitação,<<strong>br</strong> />
transcorreram-se cerca de mil anos. Nicolas Choquet<<strong>br</strong> />
(1445 – 1500) e Michel Stifel (1487 – 1567) foram<<strong>br</strong> />
os primeiros matemáticos a considerarem os<<strong>br</strong> />
negativos em suas o<strong>br</strong>as e equações.<<strong>br</strong> />
É bastante provável que os povos primitivos<<strong>br</strong> />
tenham sentido a necessidade de repartir coisas<<strong>br</strong> />
inteiras, como, por exemplo, os alimentos, em<<strong>br</strong> />
partes aproximadamente iguais e sem so<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />
resto. Para medir terras ou colheitas com<<strong>br</strong> />
exatidão, para a co<strong>br</strong>ança de impostos, para<<strong>br</strong> />
medir líquidos, cereais, tecidos, para o comércio,<<strong>br</strong> />
os homens criaram unidades padrão para as<<strong>br</strong> />
medidas. Ao escolherem uma determinada medida<<strong>br</strong> />
padrão para medir, perceberam que o resultado<<strong>br</strong> />
obtido nem sempre era um número inteiro e<<strong>br</strong> />
sentiram a necessidade de fracionar essa unidade<<strong>br</strong> />
de medida. Em registros egípcios, gregos e<<strong>br</strong> />
romanos da Antiguidade, encontram-se formas<<strong>br</strong> />
de representar esse fracionamento.<<strong>br</strong> />
Figura 3<<strong>br</strong> />
Figura 4<<strong>br</strong> />
Os egípcios já usavam a fração por volta de 2000<<strong>br</strong> />
a.C. para operar com seus sistemas de pesos e<<strong>br</strong> />
medidas e para exprimir resultados. Eles<<strong>br</strong> />
utilizavam apenas frações unitárias (frações de<<strong>br</strong> />
2 3<<strong>br</strong> />
numerador 1), com exceção de e .<<strong>br</strong> />
3 4<<strong>br</strong> />
Uma fração pode indicar a relação que existe<<strong>br</strong> />
entre um número de partes e o total de partes.<<strong>br</strong> />
Mas ela pode indicar também o quociente de um<<strong>br</strong> />
inteiro por outro, desde que este outro não seja<<strong>br</strong> />
a<<strong>br</strong> />
nulo (a : b = ; b • 0).<<strong>br</strong> />
b<<strong>br</strong> />
Muitas vezes ela é usada como um índice<<strong>br</strong> />
comparativo entre duas quantidades, ou seja,<<strong>br</strong> />
quando é interpretado como razão.<<strong>br</strong> />
3.4 Resolva os problemas abaixo e explique que<<strong>br</strong> />
significado você atribui às frações apresentadas.<<strong>br</strong> />
a) Numa festa, um bolo foi dividido em 12 partes<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
iguais e cada pessoa presente comeu do bolo.<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
Quantas pessoas estavam na festa? So<strong>br</strong>ou bolo?<<strong>br</strong> />
b) Três folhas de papel de seda de cores diferentes<<strong>br</strong> />
foram repartidas entre 4 irmãos. A mãe queria<<strong>br</strong> />
fazer uma divisão eqüitativa e dar um pedaço de<<strong>br</strong> />
cada cor a cada um dos filhos. Que parte cabe a<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
cada menino: de folha ou de folha?<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
c) Uma pesquisa mostrou que 2 pessoas em cada<<strong>br</strong> />
5 habitantes de uma cidade pretendem votar num<<strong>br</strong> />
determinado candidato. Se isso acontecer na<<strong>br</strong> />
eleição, esse candidato deve ter mais que 50% dos<<strong>br</strong> />
votos? Ou menos?
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Nos dias de hoje, por influência das calculadoras,<<strong>br</strong> />
os números racionais aparecem muito mais na<<strong>br</strong> />
forma decimal do que na forma fracionária.<<strong>br</strong> />
Uma forma de visualizar a ordenação de números<<strong>br</strong> />
-2 -1 0 1 2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
ou 0,1<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
ou 1,1<<strong>br</strong> />
Para efeito de representação, nesta reta numérica<<strong>br</strong> />
estão assinalados números inteiros, e cada<<strong>br</strong> />
intervalo foi dividido em dez partes iguais.<<strong>br</strong> />
Entre os números 0 e 1, você pode observar a<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
localização 10 ou 0,1. E entre os números 1 e 2<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
está localizado o 1,1 ou .<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
B<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
B<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
64<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
0,2<<strong>br</strong> />
10 5<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
0,5 0,8<<strong>br</strong> />
10,5 9,0 7,5<<strong>br</strong> />
43,9 43,5 43,1<<strong>br</strong> />
é a utilização da reta numérica. Ao localizar, na<<strong>br</strong> />
reta, um número, todos os que estão a sua<<strong>br</strong> />
esquerda são menores do que ele, e todos os que<<strong>br</strong> />
estão à sua direita são maiores do que ele. Observe:<<strong>br</strong> />
3.5 Observe as alternativas abaixo e assinale a<<strong>br</strong> />
que é verdadeira.<<strong>br</strong> />
a) O número 2,2 está entre os números -2 e -3.<<strong>br</strong> />
b) O número 1,0002 está entre os números +1 e +2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
c) 5<<strong>br</strong> />
está entre os números +1 e +5<<strong>br</strong> />
d) - 3 está entre os números -3 e –5<<strong>br</strong> />
Agora vamos ver o que acontece em seqüências<<strong>br</strong> />
em que há números racionais representados na<<strong>br</strong> />
forma fracionária.<<strong>br</strong> />
3.6 Descu<strong>br</strong>a a regra e continue as seqüências:<<strong>br</strong> />
Veja se suas respostas conferem. Na seqüência A, o<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
sétimo termo é 2 . Na seqüência B, o sétimo termo<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
é 4 . Na seqüência C, o sétimo termo é 10 .<<strong>br</strong> />
3.7 Descu<strong>br</strong>a a regra e complete estas<<strong>br</strong> />
outras seqüências:<<strong>br</strong> />
Para dar continuidade à seqüência A, você precisa<<strong>br</strong> />
adicionar 0,3 a cada vez. Para a seqüência B,<<strong>br</strong> />
você precisa subtrair 1,5 a cada vez. Já na<<strong>br</strong> />
seqüência C, cada termo é obtido subtraindo-se<<strong>br</strong> />
0,4 do que vem antes.<<strong>br</strong> />
65
66<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
De que modo você encontrou os números nessas seqüências: fazendo cálculo escrito,<<strong>br</strong> />
cálculo mental ou usando a calculadora?<<strong>br</strong> />
Como você deve saber, não faz muito tempo que<<strong>br</strong> />
a humanidade dispõe de calculadoras para obter<<strong>br</strong> />
resultados de cálculos, de forma rápida, na<<strong>br</strong> />
resolução de problemas. Até o final da década<<strong>br</strong> />
1970, fazíamos todas as contas no papel e quando<<strong>br</strong> />
possível, as resolvíamos “de cabeça”.<<strong>br</strong> />
A partir dos anos 80, as calculadoras eletrônicas e<<strong>br</strong> />
os computadores foram se tornando cada vez<<strong>br</strong> />
menores e mais rapidamente difundidos.<<strong>br</strong> />
No entanto, muitas vezes não temos condições de<<strong>br</strong> />
Operações<<strong>br</strong> />
a) 5.236 + 3.468<<strong>br</strong> />
b) 9.587 - 7.329<<strong>br</strong> />
c) 30.040 - 7.090<<strong>br</strong> />
d) 1.000.000 - 99.888<<strong>br</strong> />
e) 5.005 : 5<<strong>br</strong> />
f) 10.340 x 100<<strong>br</strong> />
g) 584.300 : 100<<strong>br</strong> />
h) 0,2 x 0,3<<strong>br</strong> />
i) 3,7 - 2,9<<strong>br</strong> />
Leitura de uma escrita<<strong>br</strong> />
numérica<<strong>br</strong> />
Resultados<<strong>br</strong> />
874<<strong>br</strong> />
2.258<<strong>br</strong> />
27.050<<strong>br</strong> />
9.112<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
134.000<<strong>br</strong> />
5.843<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
1,2<<strong>br</strong> />
Para facilitar a leitura de uma dada escrita<<strong>br</strong> />
numérica, identificamos as ordens e classes que a<<strong>br</strong> />
compõem. As três primeiras ordens são a das<<strong>br</strong> />
unidades, a das dezenas e a das centenas simples.<<strong>br</strong> />
Depois vêm as unidades, dezenas e centenas de<<strong>br</strong> />
fazer cálculos por escrito e também não dispomos<<strong>br</strong> />
de calculadora ou de um computador. Aí,<<strong>br</strong> />
funciona a preciosa capacidade que temos de<<strong>br</strong> />
operar mentalmente.<<strong>br</strong> />
3.8 Vamos ver como você se sai em cálculo mental?<<strong>br</strong> />
Na primeira coluna da tabela estão indicadas<<strong>br</strong> />
diferentes operações. Ao lado de cada uma há<<strong>br</strong> />
quatro resultados indicados. Assinale qual é o<<strong>br</strong> />
resultado correto de cada operação fazendo,<<strong>br</strong> />
mentalmente, o cálculo. Justifique sua escolha.<<strong>br</strong> />
8.704<<strong>br</strong> />
2.262<<strong>br</strong> />
2.295<<strong>br</strong> />
112<<strong>br</strong> />
101<<strong>br</strong> />
103.400<<strong>br</strong> />
58,43<<strong>br</strong> />
0,6<<strong>br</strong> />
1,8<<strong>br</strong> />
8.911<<strong>br</strong> />
3.268<<strong>br</strong> />
23.050<<strong>br</strong> />
90.012<<strong>br</strong> />
1.001<<strong>br</strong> />
1.034.000<<strong>br</strong> />
58.430<<strong>br</strong> />
0,060<<strong>br</strong> />
1,2<<strong>br</strong> />
8.694<<strong>br</strong> />
3.852<<strong>br</strong> />
22.950<<strong>br</strong> />
900.112<<strong>br</strong> />
1.010<<strong>br</strong> />
103,40<<strong>br</strong> />
0,5843<<strong>br</strong> />
0,006<<strong>br</strong> />
0,8<<strong>br</strong> />
milhar. Seguem-se as unidades, dezenas e<<strong>br</strong> />
centenas de milhão. E assim, sucessivamente,<<strong>br</strong> />
vamos encontrar as classes dos bilhões, trilhões,<<strong>br</strong> />
quatrilhões etc.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
O quadro abaixo ilustra essa organização onde as<<strong>br</strong> />
letras C, D e U representam, respectivamente:<<strong>br</strong> />
centenas, dezenas e unidades.<<strong>br</strong> />
... Trilhão Bilhão Milhão Milhar Unidade<<strong>br</strong> />
Simples<<strong>br</strong> />
C D U C D U C D U C D U C D U<<strong>br</strong> />
3 4 5 0 9 1 2 6<<strong>br</strong> />
2 3 0 0 2 5 0 6 0 0<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 4<<strong>br</strong> />
4.1 Como você lê o número registrado na<<strong>br</strong> />
primeira linha do quadro? E o segundo?<<strong>br</strong> />
Se você respondeu “trinta e quatro milhões<<strong>br</strong> />
quinhentos e nove mil, cento e vinte e seis”,<<strong>br</strong> />
para o primeiro número apresentado, acertou!<<strong>br</strong> />
Esse quadro pode ser ampliado, para<<strong>br</strong> />
representar os décimos, os centésimos, os<<strong>br</strong> />
milésimos etc.<<strong>br</strong> />
Com relação ao primeiro número registrado na<<strong>br</strong> />
primeira linha do quadro, nós o escrevemos<<strong>br</strong> />
12,301, ou seja, usamos a vírgula para identificar<<strong>br</strong> />
a parte inteira e a chamada “parte decimal”. E<<strong>br</strong> />
lemos: doze inteiros e trezentos e um milésimos.<<strong>br</strong> />
Veja só:<<strong>br</strong> />
Milhar Unidade<<strong>br</strong> />
Simples<<strong>br</strong> />
C D U C D U D C M<<strong>br</strong> />
1 2 3 0 1<<strong>br</strong> />
5 0 7<<strong>br</strong> />
0 0 0 8<<strong>br</strong> />
4.2 Agora responda:<<strong>br</strong> />
A leitura correspondente aos números registrados<<strong>br</strong> />
na segunda e terceira linhas do quadro é:<<strong>br</strong> />
a) cinco inteiros e sete centésimos;<<strong>br</strong> />
oito centésimos;<<strong>br</strong> />
b) cinco inteiros e sete milésimos; oito milésimos;<<strong>br</strong> />
c) cinco inteiros e sete centésimos;<<strong>br</strong> />
oito milésimos;<<strong>br</strong> />
d) cinco inteiros e sete décimos; oito centésimos;<<strong>br</strong> />
67
68<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Você sabia?<<strong>br</strong> />
- Nas calculadoras, para fazer os registros de números não inteiros, ao invés do uso da<<strong>br</strong> />
vírgula para separar a parte inteira da parte decimal, é usado um ponto.<<strong>br</strong> />
- Para números muito “grandes”, como por exemplo, 6.100.000.000 (seis bilhões e cem<<strong>br</strong> />
milhões), podemos usar escritas reduzidas. Assim, poderíamos escrever :<<strong>br</strong> />
6,1 bilhões ou 6,1 x 10 9 .<<strong>br</strong> />
- O mesmo acontece quando o número é muito “pequeno”, como por exemplo: 0,0008<<strong>br</strong> />
(oito décimos de milésimos). Ele pode ser assim representado: 8 x 10 -4 ou 0,8 x 10 -3 .<<strong>br</strong> />
Os números nos chamam atenção para os<<strong>br</strong> />
fenômenos da natureza, da sociedade ...<<strong>br</strong> />
A preocupação com as questões ambientais é uma<<strong>br</strong> />
das marcas do nosso tempo. Embora com muito<<strong>br</strong> />
atraso, a humanidade se deu conta da necessidade<<strong>br</strong> />
de preservação de bens naturais que se esgotam.<<strong>br</strong> />
O desmatamento por meio de queimadas<<strong>br</strong> />
representa, para os colonos, uma forma rápida e<<strong>br</strong> />
barata de limpar a área de cultivo. No entanto,<<strong>br</strong> />
além de devastarem florestas, as queimadas<<strong>br</strong> />
lançam milhões de toneladas de gás carbônico na<<strong>br</strong> />
atmosfera. Em um único dia, em setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />
1987, o satélite NOAA-9 detectou 6.800 focos de<<strong>br</strong> />
incêndio na floresta Amazônica. Com uma única<<strong>br</strong> />
imagem esse satélite dá elementos que permitem<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ir praticamente todo o território de nosso<<strong>br</strong> />
país. A imagem é enviada para a estação de<<strong>br</strong> />
recepção do Instituto Nacional de Pesquisas<<strong>br</strong> />
Espaciais – INPE – que processa os dados e passa<<strong>br</strong> />
as coordenadas dos focos de incêndio para o<<strong>br</strong> />
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal<<strong>br</strong> />
– IBDF. No entanto, o IBDF ainda tem um número<<strong>br</strong> />
insuficiente de agentes de defesa florestal para<<strong>br</strong> />
fiscalizar os 5 milhões de quilômetros quadrados<<strong>br</strong> />
de floresta Amazônica no Brasil.<<strong>br</strong> />
Espacial, São José dos Campos, SP, nº 68, p. 9, [199-?]
1<<strong>br</strong> />
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
A Matemática, ao apresentar dados numéricos, contribui para uma melhor reflexão so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
questões ambientais.<<strong>br</strong> />
Observe a tabela:<<strong>br</strong> />
O QUE SE QUEIMOU DA FLORESTA AMAZÔNICA EM 1987<<strong>br</strong> />
Estado Área queimada (km2 ) % da área do Estado<<strong>br</strong> />
Rondônia 45.452 18,7<<strong>br</strong> />
Mato Grosso 78.718 8,9<<strong>br</strong> />
Goiás 38.940 6,1<<strong>br</strong> />
Acre 7.274 4,8<<strong>br</strong> />
Maranhão 13.766 4,2<<strong>br</strong> />
Pará 19.365 1,6<<strong>br</strong> />
Amazonas 1.493 0,1<<strong>br</strong> />
TOTAL 204.608<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
Espacial, São José dos Campos, n. 68, p.9.<<strong>br</strong> />
1.1 Qual estado tem maior percentual de área queimada?<<strong>br</strong> />
a) Rondônia<<strong>br</strong> />
b) Acre<<strong>br</strong> />
c) Maranhão<<strong>br</strong> />
d) Mato Grosso<<strong>br</strong> />
1.2 Em qual estado a área queimada é maior?<<strong>br</strong> />
a) Rondônia<<strong>br</strong> />
b) Amazonas<<strong>br</strong> />
c) Pará<<strong>br</strong> />
d) Mato Grosso<<strong>br</strong> />
1.3 As respostas dadas em 2.1 e 2.2 foram as mesmas? Justifique.<<strong>br</strong> />
69
70<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Os números nos permitem também acompanhar o crescimento das populações<<strong>br</strong> />
e a fazer previsões.<<strong>br</strong> />
Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />
Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial –<<strong>br</strong> />
que chegou, aproximadamente, a 6,1 bilhões de pessoas no ano 2000 – está crescendo<<strong>br</strong> />
com um ritmo de 77 milhões/ano.<<strong>br</strong> />
1,2 bilhões de pessoas, aproximadamente 20%, residem nos países ricos do planeta. No<<strong>br</strong> />
ano 2050, a Terra terá 9,5 bilhões de habitantes. A população da América Latina chegou<<strong>br</strong> />
a 498,8 milhões de pessoas no ano 2000, 8,2% da população mundial, estimada em<<strong>br</strong> />
6,056 bilhões. O país mais povoado da América Latina é o Brasil, com 170.406.000<<strong>br</strong> />
habitantes.<<strong>br</strong> />
(Adaptado do Estado de São Paulo 8/04/2002)<<strong>br</strong> />
2.1 Se a população mundial continuar a crescer nessa mesma proporção, aproximadamente,<<strong>br</strong> />
no ano de 2010 o mundo terá:<<strong>br</strong> />
a) 6,1 bilhões de pessoas.<<strong>br</strong> />
b) 9,5 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />
c) 498,8 milhões de pessoas.<<strong>br</strong> />
d) 6,87 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />
2.2 Em 2020, nosso planeta terá mais ou menos pessoas do que em 2050? Justifique.<<strong>br</strong> />
2.3 O que você entende por “está crescendo com um ritmo de 77 milhões/ ano” ?<<strong>br</strong> />
Os números nos ajudam a tomar decisões e a<<strong>br</strong> />
enfrentar os problemas do nosso dia-a-dia<<strong>br</strong> />
Questões sociais como desemprego, perda do poder<<strong>br</strong> />
aquisitivo, dentre outras, preocupam cada vez mais<<strong>br</strong> />
os trabalhadores, diante de um novo mundo do<<strong>br</strong> />
trabalho que se configura. Diariamente, em jornais,<<strong>br</strong> />
revistas e na televisão, acompanhamos notícias e<<strong>br</strong> />
debates ligados a esses temas.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes, <strong>pag</strong>amos nossas compras sem nos<<strong>br</strong> />
questionarmos se o que está sendo <strong>pag</strong>o é<<strong>br</strong> />
adequado. Um artigo de uma revista nos chama<<strong>br</strong> />
atenção para questões desse tipo.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
CACHORRO- QUENTE COMPLETO POR 50 CENTAVOS<<strong>br</strong> />
Pão, duas salsichas, purê, maionese, batata palha e milho, mais ketchup e mostarda à<<strong>br</strong> />
vontade. Tudo por 50 centavos.<<strong>br</strong> />
Um vendedor de cachorro-quente trabalha com um fornecedor que lhe vende 1.800 pães<<strong>br</strong> />
por dia, a 10 centavos cada um. Esse vendedor consegue um lucro de 16 centavos por<<strong>br</strong> />
hot-dog. Parece pouco, mas não é. Dá 32% de lucro. Veja quanto custa cada item:<<strong>br</strong> />
Pão de hot-dog _______________________________________ R$ 0,10<<strong>br</strong> />
2 salsichas __________________________________________ R$ 0,13<<strong>br</strong> />
20 gramas de purê___________________________________ R$ 0,013<<strong>br</strong> />
35 gramas de maionese_______________________________ R$ 0,028<<strong>br</strong> />
8 gramas de milho ___________________________________ R$ 0,018<<strong>br</strong> />
6 mililitros de ketchup _______________________________ R$ 0,007<<strong>br</strong> />
3 mililitros de mostarda ______________________________ R$ 0,002<<strong>br</strong> />
8,5 gramas de batata palha ___________________________ R$ 0,041<<strong>br</strong> />
Total ___________________ R$ 0,34<<strong>br</strong> />
Lucro __________________ R$ 0,16<<strong>br</strong> />
Adaptado de Revista Veja, São Paulo, 23.jan.2002<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 5<<strong>br</strong> />
5.1 O texto afirma que o vendedor de cachorroquente<<strong>br</strong> />
tem um lucro de 16 centavos por venda<<strong>br</strong> />
efetuada.<<strong>br</strong> />
a) Você concorda que o total da despesa com um<<strong>br</strong> />
cachorro-quente seja de R$0,34? Faça o cálculo<<strong>br</strong> />
das despesas para constatar. Você pode<<strong>br</strong> />
arredondar, para mais, os preços. Assim, por<<strong>br</strong> />
exemplo, se a soma for R$0,339 você pode<<strong>br</strong> />
registrar R$0,34.<<strong>br</strong> />
b) Se o vendedor, num dia, vender todos os<<strong>br</strong> />
cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />
fornecidos pela empresa, seu gasto diário será<<strong>br</strong> />
maior ou menor do que o seu lucro? Justifique.<<strong>br</strong> />
c) De quanto será seu lucro diário se vender todos<<strong>br</strong> />
os cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />
fornecidos pela empresa? E mensal?<<strong>br</strong> />
No texto, um fato chama a atenção. Embora em nosso país lidemos com reais e centavos<<strong>br</strong> />
de reais, os valores da tabela se expressam com escritas que indicam milésimos de reais<<strong>br</strong> />
(embora não tenhamos moedinhas desse tipo). Isso ocorre em outras situações como, por<<strong>br</strong> />
exemplo, o preço da gasolina. Você já observou isso? Sabe por quê?<<strong>br</strong> />
71
72<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Agora analise esta outra situação.<<strong>br</strong> />
5.2 O dono de um restaurante fez seu balanço<<strong>br</strong> />
mensal e registrou os seguintes dados:<<strong>br</strong> />
Receita obtida na 1ª quinzena<<strong>br</strong> />
Em reais<<strong>br</strong> />
1.800,00<<strong>br</strong> />
Despesas com fornecedores (mensalmente) 3.000,00<<strong>br</strong> />
Receita obtida na 2ª quinzena 2.200,00<<strong>br</strong> />
Aluguel do espaço (mensalmente) 500,00<<strong>br</strong> />
Pagamento de salário e da contribuição previdenciária de dois funcionários (mensalmente) 500,00<<strong>br</strong> />
Impostos e taxas (mensalmente) 220,00<<strong>br</strong> />
Despesas com o contador (mensalmente) 180,00<<strong>br</strong> />
Diante desses dados, você considera que, no final<<strong>br</strong> />
desse mês, a diferença entre o que ele ganha e o<<strong>br</strong> />
que ele <strong>pag</strong>a resulta num saldo positivo ou<<strong>br</strong> />
negativo? De quanto é esse saldo?<<strong>br</strong> />
Se você juntou a receita da 1ª quinzena com a<<strong>br</strong> />
receita da 2ª quinzena, obteve o quanto esse dono<<strong>br</strong> />
de restaurante ganhou em um mês. Ao juntar as<<strong>br</strong> />
Preste atenção no extrato de uma conta bancária.<<strong>br</strong> />
despesas com fornecedores, aluguel do espaço,<<strong>br</strong> />
<strong>pag</strong>amento de salário e contribuição<<strong>br</strong> />
previdenciária, impostos, taxas e despesa com o<<strong>br</strong> />
contador, obteve as despesas desse dono de<<strong>br</strong> />
restaurante em um mês. Ao analisar o quanto<<strong>br</strong> />
ganhou e quanto <strong>pag</strong>ou deve ter percebido que<<strong>br</strong> />
houve um saldo de R$400,00.<<strong>br</strong> />
Conta Corrente<<strong>br</strong> />
BANCO DO FUTURO<<strong>br</strong> />
0033-01-003333-1<<strong>br</strong> />
Dia Histórico Valor Saldo<<strong>br</strong> />
Saldo em 30/9/01 406,00 C<<strong>br</strong> />
01/10/01 SQ CASH REDE 200,00 D 206,00 C<<strong>br</strong> />
05/10/01 LIQ VENC 1095,00 C 1 301,00 C<<strong>br</strong> />
08/10/01 SQ CASH REDE 600,00 D 701,00 C<<strong>br</strong> />
15/10/01 COMP 143396 700,00 D 1,00 C<<strong>br</strong> />
18/10/01 COMP 143397 50,00 D 49,00 D<<strong>br</strong> />
20/10/01 DEPOSITO 60,00 C 11,00 C<<strong>br</strong> />
Ao analisar o extrato bancário, você deve ter<<strong>br</strong> />
percebido as letras D e C que aparecem. “D”<<strong>br</strong> />
significa débito e “C” significa crédito.<<strong>br</strong> />
5.3 O que aconteceu com esta conta no dia 18 de<<strong>br</strong> />
outu<strong>br</strong>o?<<strong>br</strong> />
Você deve ter percebido que no dia 18/10/01 esse<<strong>br</strong> />
cliente estava com saldo negativo, isto é, ele<<strong>br</strong> />
estava devendo ao Banco.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 6<<strong>br</strong> />
6.1 Se no dia 20 fosse depositado apenas<<strong>br</strong> />
R$50,00, esse cliente ainda teria um saldo para<<strong>br</strong> />
ser retirado. O mínimo de dinheiro que precisa ser<<strong>br</strong> />
depositado dia 20, para que o saldo não seja<<strong>br</strong> />
devedor é:<<strong>br</strong> />
a) R$49,00.<<strong>br</strong> />
b) R$11,00.<<strong>br</strong> />
c) R$50,00.<<strong>br</strong> />
d) R$1,00.<<strong>br</strong> />
6.2 Se no dia 5/10/01 este cliente tivesse recebido<<strong>br</strong> />
de salário (líquido vencimento) R$ 1.600,00 no<<strong>br</strong> />
dia 20/10/01 seu saldo teria sido de:<<strong>br</strong> />
a) R$11,00 C.<<strong>br</strong> />
b) R$2.500,00 C.<<strong>br</strong> />
c) R$516,00 C.<<strong>br</strong> />
d) R$1.095,00 C.<<strong>br</strong> />
Ao analisar esse extrato bancário você deve ter<<strong>br</strong> />
percebido que no dia 18/10/01 esse cliente estava<<strong>br</strong> />
com saldo negativo, isto é, ele estava devendo ao<<strong>br</strong> />
banco. Se no dia 20/10/01 depositou apenas<<strong>br</strong> />
R$50,00 esse cliente ficou com um saldo positivo<<strong>br</strong> />
de R$1,00. Mas, se no dia 5/10/01 seu salário<<strong>br</strong> />
fosse de R$ 1.600,00, e ele tivesse os mesmos<<strong>br</strong> />
créditos e débitos apontados no extrato, no dia<<strong>br</strong> />
20/10/01 teria um saldo positivo de R$516,00.<<strong>br</strong> />
Utilizando os conhecimentos numéricos<<strong>br</strong> />
para argumentar<<strong>br</strong> />
Em vários momentos de nossa vida<<strong>br</strong> />
precisamos analisar situações, refletir so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
elas, tomar decisões e, muitas vezes,<<strong>br</strong> />
argumentar para convencer outras pessoas<<strong>br</strong> />
de nosso ponto de vista. Vamos analisar<<strong>br</strong> />
uma dessas situações. Certamente você já<<strong>br</strong> />
ouviu falar em cesta básica.<<strong>br</strong> />
Ao pensar so<strong>br</strong>e a variação percentual dos<<strong>br</strong> />
produtos da cesta básica, você pode<<strong>br</strong> />
questionar alguns aspectos, tais como:<<strong>br</strong> />
• Será que o salário mínimo é suficiente<<strong>br</strong> />
para adquirir esta cesta básica?<<strong>br</strong> />
• Quanto de cada produto é possível<<strong>br</strong> />
comprar?<<strong>br</strong> />
• Será que o que é possível comprar é<<strong>br</strong> />
suficiente para a alimentação de uma<<strong>br</strong> />
família durante um mês?<<strong>br</strong> />
Observe a tabela com os preços médios de<<strong>br</strong> />
alimentos que compõem a cesta básica,<<strong>br</strong> />
praticados na cidade de São Paulo, em<<strong>br</strong> />
dezem<strong>br</strong>o de 2001 (coluna A) e também em<<strong>br</strong> />
duas semanas consecutivas do mês de a<strong>br</strong>il<<strong>br</strong> />
de 2002 (colunas B e C respectivamente).<<strong>br</strong> />
CESTA BÁSICA DO PROCON-DIESSE<<strong>br</strong> />
Custo semanal em R$<<strong>br</strong> />
Produto básico Preços médios<<strong>br</strong> />
28.12.2001 19.04.2002 26.04.2002<<strong>br</strong> />
A B C<<strong>br</strong> />
Arroz tipo 2 (5kg) 5,08 4,44 4,40<<strong>br</strong> />
Feijão Carioquinha (kg) 1,31 1,45 1,46<<strong>br</strong> />
Açúcar refinado (5kg) 3,67 3,50 3,41<<strong>br</strong> />
Café em pó papel laminado (500g) 1,74 1,73 1,70<<strong>br</strong> />
Farinha de trigo (kg) 0,95 0,92 0,93<<strong>br</strong> />
Farinha de mandioca torrada (500g) 0,74 0,75 0,75<<strong>br</strong> />
Batata (kg) 0,91 1,18 1,28<<strong>br</strong> />
Cebola (kg) 0,99 1,00 1,11<<strong>br</strong> />
Alho (kg) 9,46 11,09 10,97<<strong>br</strong> />
Ovos <strong>br</strong>ancos (dz) 1,55 1,43 1,48<<strong>br</strong> />
Margarina (pote 250g) 0,60 0,61 0,62<<strong>br</strong> />
Extrato de tomate (emb. 350-370g) 0,92 0,94 0,95<<strong>br</strong> />
Óleo de soja (500ml) 1,36 1,20 1,20<<strong>br</strong> />
Leite em pó integral (emb. 400-500g) 2,82 2,78 2,76<<strong>br</strong> />
Macarrão c/ ovos (pac. 500g) 1,00 1,04 0,99<<strong>br</strong> />
Biscoito maizena (pac. 200g) 0,95 0,86 0,86<<strong>br</strong> />
Carne de primeira (kg) 6,00 5,24 5,57<<strong>br</strong> />
Carne de segunda s/osso (kg) 4,18 3,99 3,97<<strong>br</strong> />
Frango resfriado inteiro (kg) 1,81 1,55 1,54<<strong>br</strong> />
Salsicha avulsa (kg) 2,00 2,14 2,27<<strong>br</strong> />
Lingüiça fresca (kg) 3,53 3,46 3,39<<strong>br</strong> />
Queijo muzzarela fatiado (kg) 6,63 7,69 7,87<<strong>br</strong> />
Tabela 2<<strong>br</strong> />
Procon/Dieese. In. Tabela adaptado de Folha de São Paulo, São Paulo, 27 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />
73
74<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 7<<strong>br</strong> />
7.1 Se você fosse o jornalista responsável pela<<strong>br</strong> />
matéria so<strong>br</strong>e esse assunto, que título você daria a<<strong>br</strong> />
ela?<<strong>br</strong> />
(I) Na última semana de a<strong>br</strong>il, caiu o custo da<<strong>br</strong> />
cesta básica, em relação à semana anterior.<<strong>br</strong> />
(II) Nesta última semana de a<strong>br</strong>il, aumentou o<<strong>br</strong> />
custo da cesta básica, em relação à semana<<strong>br</strong> />
anterior.<<strong>br</strong> />
Apresente argumentos para sua escolha.<<strong>br</strong> />
Você sabia?<<strong>br</strong> />
• A cesta básica foi estabelecida em 1938, como parâmetro para a instituição<<strong>br</strong> />
do salário mínimo.<<strong>br</strong> />
• Porto Alegre é a cidade mais cara do país e São Paulo é a segunda cidade mais cara, de<<strong>br</strong> />
acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.<<strong>br</strong> />
• A “família” considerada para cálculos de cesta básica é composta de dois adultos e duas<<strong>br</strong> />
crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto.<<strong>br</strong> />
• A Constituição <strong>br</strong>asileira diz que “salário mínimo fixado em lei, nacionalmente<<strong>br</strong> />
unificado, deve ser capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua<<strong>br</strong> />
família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,<<strong>br</strong> />
transporte e previdência social”.<<strong>br</strong> />
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV.<<strong>br</strong> />
Além dos problemas ligados ao mundo do<<strong>br</strong> />
trabalho, ao bolso do trabalhador, outras questões<<strong>br</strong> />
preocupam cidadãos em todo o mundo. Num<<strong>br</strong> />
jornal de grande circulação foi publicada uma<<strong>br</strong> />
matéria so<strong>br</strong>e o lixo espacial.<<strong>br</strong> />
Segundo Richard Crowther, consultor espacial da QinetiQ, uma organização estatal para<<strong>br</strong> />
pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Grã-Bretanha, há 2 mil toneladas de lixo<<strong>br</strong> />
espacial - restos de foguetes, instrumentos, ferramentas perdidas por astronautas - num<<strong>br</strong> />
raio de 2 mil quilômetros da Terra. Crowther comenta: “À medida que dependemos mais e<<strong>br</strong> />
mais de sistemas espaciais para sensoriamento remoto, comunicação e navegação,<<strong>br</strong> />
precisamos compreender a ameaça imposta por esse entulho espacial e as conseqüências<<strong>br</strong> />
financeiras de ignorá-la a longo prazo”.<<strong>br</strong> />
Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 jun. 2002. Caderno de Ciências e Meio Ambiente.<<strong>br</strong> />
Com base nessas informações, escreva um<<strong>br</strong> />
pequeno texto dando sua opinião so<strong>br</strong>e o assunto<<strong>br</strong> />
e apresentando argumentos que sustentem<<strong>br</strong> />
sua opinião.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
Utilizando os conhecimentos numéricos<<strong>br</strong> />
para intervir na realidade<<strong>br</strong> />
Você já ouviu falar em DIEESE - Departamento<<strong>br</strong> />
Intersindical de Estatística e Estudos<<strong>br</strong> />
Sócioeconômicos? Faça uma pesquisa so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
funções do DIEESE.<<strong>br</strong> />
O DIEESE publicou a seguinte tabela referente à<<strong>br</strong> />
cesta básica para o Estado de São Paulo:<<strong>br</strong> />
Produtos Quantidades Fevereiro de 2002 (R$)<<strong>br</strong> />
Carne 6kg 41,28<<strong>br</strong> />
Leite 7,5l 8,03<<strong>br</strong> />
Feijão 4,5kg 9,18<<strong>br</strong> />
Arroz 3kg 3,30<<strong>br</strong> />
Farinha 1,5kg 1,86<<strong>br</strong> />
Batata 6kg 6,90<<strong>br</strong> />
Tomate 9kg 11,70<<strong>br</strong> />
Pão 6kg 20,64<<strong>br</strong> />
Café 600g 3,71<<strong>br</strong> />
Banana 7,5 dúzias 9,83<<strong>br</strong> />
Açúcar 3kg 2,55<<strong>br</strong> />
Óleo 900ml 1,53<<strong>br</strong> />
Manteiga 750g 8,12<<strong>br</strong> />
Total da cesta 128,63<<strong>br</strong> />
Tabela 3<<strong>br</strong> />
Levando em conta os valores da cesta básica<<strong>br</strong> />
constantes na tabela e tomando por base uma<<strong>br</strong> />
família formada por pai, mãe e duas crianças em<<strong>br</strong> />
idade escolar, quanto você acha que deveria ser o<<strong>br</strong> />
valor do salário mínimo, de modo a atender<<strong>br</strong> />
minimamente as demais necessidades, além da<<strong>br</strong> />
alimentação? Escreva um texto com suas<<strong>br</strong> />
propostas.<<strong>br</strong> />
75
76<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 1<<strong>br</strong> />
1.1<<strong>br</strong> />
... -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5 ...<<strong>br</strong> />
a) +2.<<strong>br</strong> />
b) -2.<<strong>br</strong> />
c) -3.<<strong>br</strong> />
d) -3.<<strong>br</strong> />
1.2<<strong>br</strong> />
a) 25/1.<<strong>br</strong> />
b) 25/2.<<strong>br</strong> />
c) 25/5.<<strong>br</strong> />
d) 25/10.<<strong>br</strong> />
1.3 Os quatro primeiros resultados são números racionais com representação decimal finita e os demais<<strong>br</strong> />
resultados são números racionais com representação decimal infinita e periódica. Nos casos em que a<<strong>br</strong> />
representação decimal é infinita e periódica, é possível identificar as próximas ordens, bastando para isso<<strong>br</strong> />
identificar o “período”. Por exemplo, em 16,333... o período é “3”, em 8,1666... o período é “6” e em<<strong>br</strong> />
4,4545...o período é “45”.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 2<<strong>br</strong> />
a) O dado 7,5 milhões de domicílios refere-se ao número 7.500.000, que é um número natural.<<strong>br</strong> />
b) No texto, o dado 42,9% é um número racional.<<strong>br</strong> />
c) Resposta pessoal.<<strong>br</strong> />
d) 0,9 ; 0,90 ; 9/10 ; 90 / 100 ; 9 X 10 –1 .<<strong>br</strong> />
e) Indica ordenação - o terceiro mês do ano.<<strong>br</strong> />
f) É menor pois, 42,9% < 50%.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 3<<strong>br</strong> />
3.1 a) Os bairros de Pau Brasil ficarão 12 horas sem água.<<strong>br</strong> />
b) Não. A notícia foi publicada no dia 1º de a<strong>br</strong>il.<<strong>br</strong> />
c) A falta de água não será no mesmo período, quando for cortada a água no Jacarandá, os serviços da<<strong>br</strong> />
Companhia de Águas e Esgotos, em Pau Brasil, já terá terminado.<<strong>br</strong> />
d) O tempo de corte de água será o mesmo nos dois municípios.<<strong>br</strong> />
e)A falta de água atingirá mais pessoas no município de Jacarandá.<<strong>br</strong> />
3.2<<strong>br</strong> />
1985 1989 1993 1997 2001<<strong>br</strong> />
-73º -77º -81º -85º -89º
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
3.3<<strong>br</strong> />
3.4<<strong>br</strong> />
a) 12 pessoas. Não so<strong>br</strong>ou bolo. – relação entre um número de partes e o total de partes.<<strong>br</strong> />
b) 3/4 — quociente de um número inteiro por outro.<<strong>br</strong> />
c) Esse candidato terá 40% dos votos. — razão.<<strong>br</strong> />
3.5 b.<<strong>br</strong> />
Equipes<<strong>br</strong> />
Palmeiras<<strong>br</strong> />
São Paulo<<strong>br</strong> />
Santos<<strong>br</strong> />
Flamengo<<strong>br</strong> />
Portuguesa<<strong>br</strong> />
São Caetano<<strong>br</strong> />
Grêmio<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
3.6 e 3.7 Respostas no texto<<strong>br</strong> />
3.8<<strong>br</strong> />
a) 8.704<<strong>br</strong> />
b) 2.258<<strong>br</strong> />
c) 22.950<<strong>br</strong> />
d) 900.112<<strong>br</strong> />
e) 1.001<<strong>br</strong> />
f) 1.034.000<<strong>br</strong> />
g) 5.843<<strong>br</strong> />
h) 0,060<<strong>br</strong> />
i) 0,8.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 4<<strong>br</strong> />
4.1 Dois bilhões, trezentos milhões, duzentos e cinqüenta mil e seiscentos.<<strong>br</strong> />
4.2 c) Cinco inteiros e sete centésimos; oito milésimos.<<strong>br</strong> />
1.1 a) Rondônia.<<strong>br</strong> />
1.2 a) Mato Grosso.<<strong>br</strong> />
1.3 Não. – resposta pessoal.<<strong>br</strong> />
Gols marcados<<strong>br</strong> />
+ 45<<strong>br</strong> />
+ 42<<strong>br</strong> />
+ 38<<strong>br</strong> />
+ 37<<strong>br</strong> />
+ 35<<strong>br</strong> />
+34<<strong>br</strong> />
+29<<strong>br</strong> />
260<<strong>br</strong> />
2.1 d) 6,87 bilhões de habitantes.<<strong>br</strong> />
Gols sofridos<<strong>br</strong> />
- 44<<strong>br</strong> />
- 39<<strong>br</strong> />
- 38<<strong>br</strong> />
- 39<<strong>br</strong> />
- 33<<strong>br</strong> />
- 30<<strong>br</strong> />
- 37<<strong>br</strong> />
-260<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
-2<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
-8<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
2.2 Em 2020 teremos, aproximadamente, 7,64 bilhões de pessoas e, provavelmente, em 2050, teremos 9,5<<strong>br</strong> />
bilhões de habitantes como fala a notícia.<<strong>br</strong> />
2.3 Na leitura do texto você deve ter percebido que, se esse dado é real, a cada ano a população mundial é<<strong>br</strong> />
acrescida de 77 milhões de pessoas.<<strong>br</strong> />
77
78<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 5<<strong>br</strong> />
5.1 Fazendo os cálculos, você deve ter percebido que o gasto diário desse vendedor é de R$612,00 e seu lucro<<strong>br</strong> />
diário é de R$288,00. Isso acontece se ele vender todos os cachorros-quentes que pode fazer com os pães<<strong>br</strong> />
fornecidos pela empresa. Com isso, seu lucro mensal, se ele trabalhar 30 dias no mês, será de R$8.640,00.<<strong>br</strong> />
5.2 Análise do texto.<<strong>br</strong> />
5.3 Análise do texto.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema 6<<strong>br</strong> />
6.1 a) R$49,00.<<strong>br</strong> />
6.2 c) R$516,00 C.
Capítulo III – Os números: seus usos e seus significados<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar, interpretar e representar os números naturais, inteiros e racionais.<<strong>br</strong> />
• Construir e aplicar conceitos de números naturais, inteiros e racionais, para explicar fenômenos de<<strong>br</strong> />
qualquer natureza.<<strong>br</strong> />
• Interpretar informações e operar com números naturais, inteiros e racionais, para tomar decisões e<<strong>br</strong> />
enfrentar situações-problema.<<strong>br</strong> />
• Utilizar os números naturais, inteiros e racionais, na construção de argumentos so<strong>br</strong>e afirmações<<strong>br</strong> />
quantitativas de qualquer natureza.<<strong>br</strong> />
• Recorrer à compreensão numérica para avaliar propostas de intervenção frente a problemas da<<strong>br</strong> />
realidade.<<strong>br</strong> />
79
Capítulo IV<<strong>br</strong> />
GEOMETRIA: LEITURA E<<strong>br</strong> />
REPRESENTAÇÃO DA REALIDADE<<strong>br</strong> />
UTILIZAR O CONHECIMENTO GEOMÉTRICO PARA<<strong>br</strong> />
REALIZAR A LEITURA E A REPRESENTAÇÃO DA<<strong>br</strong> />
REALIDADE E AGIR SOBRE ELA.<<strong>br</strong> />
Norma Kerches de Oliveira Rogeri
82<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo IV<<strong>br</strong> />
Geometria: leitura e<<strong>br</strong> />
representação da realidade<<strong>br</strong> />
Apresentação<<strong>br</strong> />
Certamente você já ouviu falar em Geometria.<<strong>br</strong> />
Mas será que já parou para pensar se a utiliza em<<strong>br</strong> />
seu dia-a-dia? Ou já se perguntou quem teria<<strong>br</strong> />
“inventado” a Geometria?<<strong>br</strong> />
A Geometria é um dos ramos mais antigos da<<strong>br</strong> />
Matemática e se desenvolveu em função de<<strong>br</strong> />
necessidades humanas. As civilizações da época<<strong>br</strong> />
pré-histórica já utilizavam regras para medir<<strong>br</strong> />
comprimentos, superfícies e volumes. E seus<<strong>br</strong> />
desenhos já continham figuras geométricas.<<strong>br</strong> />
No antigo Egito, por exemplo, as constantes<<strong>br</strong> />
inundações no vale do rio Nilo fizeram com que<<strong>br</strong> />
se buscassem formas de medir as terras<<strong>br</strong> />
inundadas, para avaliar perdas nas suas<<strong>br</strong> />
plantações. Os egípcios criaram fórmulas<<strong>br</strong> />
destinadas a dar aos agrimensores e aos fiscais<<strong>br</strong> />
de o<strong>br</strong>as modos apropriados de cálculo da<<strong>br</strong> />
superfície do retângulo, e, possivelmente, do<<strong>br</strong> />
triângulo. Obtinham também, com boa<<strong>br</strong> />
aproximação, a superfície do círculo. Tratava-se,<<strong>br</strong> />
porém, de uma geometria essencialmente prática.<<strong>br</strong> />
A História e<<strong>br</strong> />
a Geometria<<strong>br</strong> />
Com os gregos a Geometria adquiriu caráter de<<strong>br</strong> />
ciência do espaço. A eles se deve a preocupação<<strong>br</strong> />
em usar definições claras, demonstrar teoremas.<<strong>br</strong> />
Assim, ao lado de uma matemática ligada às<<strong>br</strong> />
necessidades práticas, surgiu uma Geometria com<<strong>br</strong> />
características quase filosóficas.<<strong>br</strong> />
Dentre os mais conhecidos matemáticos gregos,<<strong>br</strong> />
destacam-se Tales (624-548 a.C.), Pitágoras<<strong>br</strong> />
(560-480 a.C.), Platão (427-348 a.C.) e<<strong>br</strong> />
Aristóteles (384-322 a.C.). Eles deram grandes<<strong>br</strong> />
contribuições à Geometria. Pesquise so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
assunto. Você vai desco<strong>br</strong>ir coisas muito<<strong>br</strong> />
interessantes.
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Geometria, interpretação<<strong>br</strong> />
de fenômenos e linguagem<<strong>br</strong> />
Observe esta foto aérea de uma região:<<strong>br</strong> />
A foto nos ajuda a ter uma visão mais ampla<<strong>br</strong> />
dessa localidade e da sua organização espacial?<<strong>br</strong> />
Conseguimos perceber elementos que não<<strong>br</strong> />
perceberíamos se estivéssemos num determinado<<strong>br</strong> />
ponto do próprio local?<<strong>br</strong> />
Você sabia que as fotos aéreas auxiliam<<strong>br</strong> />
no levantamento das informações so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
as paisagens e na construção de mapas<<strong>br</strong> />
geográficos?<<strong>br</strong> />
Uma câmera colocada na “barriga” de um avião<<strong>br</strong> />
vai tirando sistematicamente fotos de uma região<<strong>br</strong> />
que, montadas posteriormente, servem de base<<strong>br</strong> />
para a construção de vários tipos de mapas. Esses<<strong>br</strong> />
mapas são, na verdade, vistas superiores<<strong>br</strong> />
simplificadas dessas regiões.<<strong>br</strong> />
Além dessas, existem as fotos tiradas por<<strong>br</strong> />
satélites, extremamente úteis para os<<strong>br</strong> />
meteorologistas, para o controle de queimadas,<<strong>br</strong> />
desmatamento das florestas, etc.<<strong>br</strong> />
83
84<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
A foto acima mostra as grandes reduções sofridas<<strong>br</strong> />
pelo gelo na Antártida e os anos em que<<strong>br</strong> />
ocorreram. Informações como essas mostram<<strong>br</strong> />
mudanças ambientais provocadas por ações<<strong>br</strong> />
descontroladas do homem.<<strong>br</strong> />
Para acompanharmos a ação do homem na<<strong>br</strong> />
natureza ou para movimentarmo-nos numa<<strong>br</strong> />
cidade, ou num espaço qualquer, representações<<strong>br</strong> />
como essas são muito úteis, pois nos dão a<<strong>br</strong> />
dimensão do espaço existente e nos orientam.<<strong>br</strong> />
Nos dias de hoje a geometria, a arte, a ciência e a<<strong>br</strong> />
tecnologia se inter-relacionam, na busca de<<strong>br</strong> />
soluções para muitas questões de so<strong>br</strong>evivência e<<strong>br</strong> />
convivência entre os homens.<<strong>br</strong> />
No Japão, por exemplo, foi feito na construção de<<strong>br</strong> />
um estádio um dos projetos arquitetônicos de<<strong>br</strong> />
aproveitamento de água mais criativos do mundo.<<strong>br</strong> />
A cobertura, na forma de uma calota semiesférica,<<strong>br</strong> />
funciona como um reservatório<<strong>br</strong> />
gigantesco para colher água das chuvas, que<<strong>br</strong> />
captada e tratada é usada nos banheiros e no<<strong>br</strong> />
sistema de combate a incêndio do estádio,<<strong>br</strong> />
permitindo, assim, uma economia significativa no<<strong>br</strong> />
abastecimento de água da cidade.<<strong>br</strong> />
Muitos outros exemplos podem ser observados<<strong>br</strong> />
tanto na natureza como nas construções<<strong>br</strong> />
humanas, que buscam melhor qualidade de vida<<strong>br</strong> />
para a humanidade. Neles, uma série de conceitos<<strong>br</strong> />
e procedimentos geométricos são utilizados.<<strong>br</strong> />
Agora vamos analisar um outro aspecto<<strong>br</strong> />
importante da Geometria que se refere à sua<<strong>br</strong> />
linguagem. Talvez, você ache um pouco estranho<<strong>br</strong> />
falar numa “linguagem” geométrica. Mas é só<<strong>br</strong> />
prestar um pouco de atenção na linguagem usual<<strong>br</strong> />
e logo percebemos a presença das idéias<<strong>br</strong> />
geométricas.
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
“Linguagem” Geométrica<<strong>br</strong> />
Imagine uma conversa entre casais de namorados<<strong>br</strong> />
ou o pensamento de um deles. O que eles podem<<strong>br</strong> />
estar dizendo nas diferentes situações?<<strong>br</strong> />
Como você é<<strong>br</strong> />
quadrado... Isso já se tornou<<strong>br</strong> />
um círculo<<strong>br</strong> />
vicioso...<<strong>br</strong> />
Você está querendo<<strong>br</strong> />
sair pela tangente...<<strong>br</strong> />
Por outro lado, podemos dizer que há uma<<strong>br</strong> />
“linguagem” geométrica visual, figurativa ...<<strong>br</strong> />
Quando queremos representar uma lata de<<strong>br</strong> />
mantimentos e uma caixa de presentes é muito<<strong>br</strong> />
provável que façamos desenhos como estes:<<strong>br</strong> />
Essas figuras geométricas são tridimensionais (ou<<strong>br</strong> />
espaciais) e têm denominações especiais: cilindro e<<strong>br</strong> />
paralelepípedo.<<strong>br</strong> />
É preciso aparar as<<strong>br</strong> />
arestas nessa nossa<<strong>br</strong> />
relação...<<strong>br</strong> />
Nós acabamos<<strong>br</strong> />
formando um<<strong>br</strong> />
triângulo amoroso...<<strong>br</strong> />
Nossos destinos<<strong>br</strong> />
são como retas<<strong>br</strong> />
paralelas...<<strong>br</strong> />
Quando queremos representar uma pulseira, a<<strong>br</strong> />
moldura de um quadro ou a estrutura de uma<<strong>br</strong> />
telhado, desenhamos figuras como estas:<<strong>br</strong> />
Essas figuras geométricas têm denominações<<strong>br</strong> />
especiais: círculo, retângulo e triângulo e são<<strong>br</strong> />
denominadas bidimensionais (ou planas).<<strong>br</strong> />
Há ainda uma espécie de codificação geométrica<<strong>br</strong> />
para representar, por exemplo:<<strong>br</strong> />
– que um dado ângulo é reto A .<<strong>br</strong> />
med(Â) = 90º<<strong>br</strong> />
– que as retas a e b são paralelas a//b<<strong>br</strong> />
85
86<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
A Geometria e as atividades do cotidiano<<strong>br</strong> />
Você já teve a oportunidade de estar em um<<strong>br</strong> />
bairro desconhecido ou em outra cidade,<<strong>br</strong> />
necessitando de informações para chegar a algum<<strong>br</strong> />
lugar específico?<<strong>br</strong> />
Em geral, as pessoas nos orientam dizendo assim:<<strong>br</strong> />
“caminhe três quadras até...”, “...ao chegar ao<<strong>br</strong> />
semáforo, do<strong>br</strong>e a esquerda e siga nessa rua até<<strong>br</strong> />
chegar a uma praça...”e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Outras vezes, recebemos um mapa com as<<strong>br</strong> />
orientações so<strong>br</strong>e o percurso que devemos realizar.<<strong>br</strong> />
Pensando nas ações realizadas durante um trajeto<<strong>br</strong> />
para chegarmos a um lugar desejado, temos que nos<<strong>br</strong> />
deslocar, nos orientar no espaço, usar pontos de<<strong>br</strong> />
referência, avaliar distâncias e cumprir de forma<<strong>br</strong> />
ordenada as instruções que formam o itinerário.<<strong>br</strong> />
Agora vamos falar de uma idéia básica quando se<<strong>br</strong> />
fala em movimentação no espaço: a idéia de giro.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Fique em pé, sem sair do lugar e dê um giro de<<strong>br</strong> />
meia volta para a direita. Em seguida, dê um giro<<strong>br</strong> />
de meia volta para a direita novamente.<<strong>br</strong> />
Represente esses movimentos desenhando-os no<<strong>br</strong> />
papel, como o registro abaixo:<<strong>br</strong> />
Depois do giro executado, o que aconteceu em<<strong>br</strong> />
relação à posição original?<<strong>br</strong> />
Olhando para o desenho inicial e para o final, se<<strong>br</strong> />
você desse um único giro, qual seria a instrução<<strong>br</strong> />
para isso?<<strong>br</strong> />
Se você respondeu um giro de uma volta<<strong>br</strong> />
completa para a direita, acertou.<<strong>br</strong> />
Experimente executar outros giros, desenhando num papel os movimentos realizados e<<strong>br</strong> />
prestando atenção onde você estava olhando antes da instrução e para onde está olhando<<strong>br</strong> />
após executar o movimento solicitado.<<strong>br</strong> />
• Giro de um quarto de volta para a esquerda<<strong>br</strong> />
• Giro de três quartos de volta para a esquerda<<strong>br</strong> />
• Giro de um oitavo de volta para a direita<<strong>br</strong> />
Após explorar esses giros responda:<<strong>br</strong> />
• De quantas meias voltas você necessita para ter uma volta completa?<<strong>br</strong> />
• De quantos giros de um quarto de volta você precisa para ter um meio giro? E um giro<<strong>br</strong> />
completo?<<strong>br</strong> />
• De quantos giros de um oitavo de volta você precisa para ter meia volta?<<strong>br</strong> />
Faça em seu caderno um registro so<strong>br</strong>e essas atividades.
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Agora, vamos analisar uma lista telefônica.<<strong>br</strong> />
Em geral, ela traz mapas das áreas urbanas das<<strong>br</strong> />
localidades, em bairros, avenidas principais, vias de<<strong>br</strong> />
acesso, além de orientação de como consultar esses<<strong>br</strong> />
mapas.<<strong>br</strong> />
Observe o desenho acima e responda por que<<strong>br</strong> />
aparece a seguinte identificação:<<strong>br</strong> />
LOGRADOURO BAIRRO MAPA<<strong>br</strong> />
Av. Francisco José de Andrade Jd. Guanabara 13(B3)<<strong>br</strong> />
Se quisermos localizar a Avenida Francisco José de<<strong>br</strong> />
Andrade no mapa abaixo, que instruções você<<strong>br</strong> />
acha que a lista telefônica oferece?<<strong>br</strong> />
Precisamos de duas informações para<<strong>br</strong> />
localizarmos a rua, que denominamos<<strong>br</strong> />
coordenadas. No caso, (B, 3).<<strong>br</strong> />
Essas coordenadas compõem um sistema de coordenadas retangulares, conhecido como<<strong>br</strong> />
sistema cartesiano em homenagem ao matemático e filósofo francês, René Descartes<<strong>br</strong> />
(1596 – 1650).<<strong>br</strong> />
87
88<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Observando ainda esse guia, localize,<<strong>br</strong> />
utilizando as coordenadas cartesianas os<<strong>br</strong> />
seguintes endereços: Rua Santo Antônio<<strong>br</strong> />
Claret e Av. Barão de Itapura.<<strong>br</strong> />
Como você pôde observar, nas situações de<<strong>br</strong> />
localização e de movimentação no espaço,<<strong>br</strong> />
há inúmeros conceitos e procedimentos<<strong>br</strong> />
geométricos. Mas, sem dúvida, o estudo<<strong>br</strong> />
das formas de objetos é também um dos<<strong>br</strong> />
conhecimentos mais aceitos pelas pessoas,<<strong>br</strong> />
em geral, como sendo preocupação da<<strong>br</strong> />
geometria.<<strong>br</strong> />
Quando você vai ao supermercado fazer<<strong>br</strong> />
compras, já reparou nas embalagens dos<<strong>br</strong> />
produtos?<<strong>br</strong> />
II. Olhando para as formas dessas<<strong>br</strong> />
embalagens, você observa semelhanças e<<strong>br</strong> />
diferenças entre elas? Descreva algumas.<<strong>br</strong> />
III. Para perceber algumas características<<strong>br</strong> />
dessas embalagens você pode realizar a<<strong>br</strong> />
seguinte experiência:<<strong>br</strong> />
a) Coloque so<strong>br</strong>e uma mesa uma latinha de<<strong>br</strong> />
refrigerante deitada, fazendo com que ela<<strong>br</strong> />
se movimente na mesa.<<strong>br</strong> />
• O que você percebe com esse movimento?<<strong>br</strong> />
• A lata rola na mesa?<<strong>br</strong> />
b) Se você colocar so<strong>br</strong>e a mesa uma caixa<<strong>br</strong> />
em forma de cubo (parecida com um dado)<<strong>br</strong> />
e tentar girá-la como fez com a latinha:<<strong>br</strong> />
• O movimento será o mesmo?<<strong>br</strong> />
• Se não, por que você acha que isso<<strong>br</strong> />
aconteceu?<<strong>br</strong> />
O formato da latinha e o da caixa são<<strong>br</strong> />
diferentes. Por esse motivo, as formas<<strong>br</strong> />
geométricas que os representam estão<<strong>br</strong> />
incluídas em diferentes categorias.<<strong>br</strong> />
Pesquise o que significam os termos<<strong>br</strong> />
“poliedros” e “corpos redondos”.<<strong>br</strong> />
NUM POLIEDRO PODEMOS<<strong>br</strong> />
IDENTIFICAR AS FACES,<<strong>br</strong> />
AS ARESTAS E OS VÉRTICES.<<strong>br</strong> />
IV. Agora vamos conhecer um pouco mais<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os cubos, que são um tipo de<<strong>br</strong> />
poliedro. A figura seguinte mostra o<<strong>br</strong> />
desenho de dois cubos desmontados.<<strong>br</strong> />
Escolha um deles, desenhe-o numa<<strong>br</strong> />
cartolina e monte-o novamente.<<strong>br</strong> />
Esses desenhos são chamados de moldes ou<<strong>br</strong> />
planificações de um cubo. Mas será que<<strong>br</strong> />
existem apenas duas planificações de<<strong>br</strong> />
cubo? Ou existem outras?
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
V. Recorte numa folha seis quadrados<<strong>br</strong> />
iguais e, usando uma fita adesiva, una os<<strong>br</strong> />
lados dos quadrados, montando um molde<<strong>br</strong> />
de cubo. Faça um desenho de seu molde.<<strong>br</strong> />
Quantas planificações diferentes você<<strong>br</strong> />
conseguiu formar?<<strong>br</strong> />
VI. Identifique quais das planificações<<strong>br</strong> />
desenhadas abaixo são moldes de um cubo.<<strong>br</strong> />
A B C<<strong>br</strong> />
D E F<<strong>br</strong> />
VII. Na figura, temos a planificação de um<<strong>br</strong> />
cubo: Imagine que o cubo tenha sido<<strong>br</strong> />
montado.<<strong>br</strong> />
A face oposta à face D é a face:<<strong>br</strong> />
a) A<<strong>br</strong> />
b) B<<strong>br</strong> />
c) F<<strong>br</strong> />
d) E<<strong>br</strong> />
Os cubos são figuras fáceis de ser<<strong>br</strong> />
empilhadas, pois todas as suas faces são<<strong>br</strong> />
planas. Quantos cubos foram utilizados<<strong>br</strong> />
para se obter o empilhamento representado<<strong>br</strong> />
na figura ao lado?<<strong>br</strong> />
Se você respondeu 7, acertou.<<strong>br</strong> />
89
90<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
VIII. Agora descu<strong>br</strong>a quantos cubos<<strong>br</strong> />
existem em cada empilhamento abaixo.<<strong>br</strong> />
a)<<strong>br</strong> />
b)<<strong>br</strong> />
IX. Imagine uma embalagem cilíndrica<<strong>br</strong> />
como, por exemplo, uma latinha de ervilha.<<strong>br</strong> />
Elas podem ser empilhadas de qualquer<<strong>br</strong> />
maneira?<<strong>br</strong> />
X. Desenhe uma planificação de uma<<strong>br</strong> />
embalagem cilíndrica, imaginando que<<strong>br</strong> />
tiramos o fundo e a tampa da lata e<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>imos lateralmente.<<strong>br</strong> />
Você sabe quais sólidos podem ser utilizados na<<strong>br</strong> />
confecção desse painel?<<strong>br</strong> />
No caso acima, foram utilizados poliedros<<strong>br</strong> />
chamados prismas de base triangular. Você<<strong>br</strong> />
conhece algum chocolate com esse tipo de<<strong>br</strong> />
embalagem?<<strong>br</strong> />
Para construí-los, use uma das planificações<<strong>br</strong> />
desenhadas ao lado.<<strong>br</strong> />
XI. Você sabe o nome das figuras planas<<strong>br</strong> />
que compõem essa planificação?<<strong>br</strong> />
XII. Você já notou, nas ruas de sua cidade,<<strong>br</strong> />
ou ao assistir a um jogo de futebol pela<<strong>br</strong> />
televisão, que algumas pro<strong>pag</strong>andas, ficam<<strong>br</strong> />
girando e apresentam três anúncios<<strong>br</strong> />
diferentes em um mesmo espaço? Como<<strong>br</strong> />
elas são montadas?
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Todas elas são planificações desse sólido? Para<<strong>br</strong> />
verificar, use o mesmo procedimento empregado<<strong>br</strong> />
no trabalho anterior com os cubos. Isto é,<<strong>br</strong> />
desenhe numa cartolina, recorte e monte a figura.<<strong>br</strong> />
Que polígonos formam esse novo sólido?<<strong>br</strong> />
São retângulos e triângulos.<<strong>br</strong> />
Observe que, para utilizar esses sólidos na<<strong>br</strong> />
montagem do painel de pro<strong>pag</strong>anda, os cartazes<<strong>br</strong> />
são recortados e colados nas faces retangulares dos<<strong>br</strong> />
sólidos, que são presos e giram ao mesmo tempo<<strong>br</strong> />
em torno de um eixo que passa pelo centro das<<strong>br</strong> />
faces triangulares, como mostra a figura abaixo.<<strong>br</strong> />
Será que as pessoas que montam esses painéis<<strong>br</strong> />
poderiam usar outros sólidos como, por exemplo,<<strong>br</strong> />
paralelepípedos? Pense so<strong>br</strong>e isso.<<strong>br</strong> />
Você sabia que o cubo, o tetraedro, o<<strong>br</strong> />
octaedro, o dodecaedro e o icosaedro<<strong>br</strong> />
são poliedros regulares e chamados<<strong>br</strong> />
Poliedros de Platão?<<strong>br</strong> />
CUBO TETRAEDRO OCTAEDRO DODECAEDRO ICOSAEDRO<<strong>br</strong> />
91
92<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Interpretar informações e aplicar<<strong>br</strong> />
estratégias geométricas na solução<<strong>br</strong> />
de problemas do cotidiano<<strong>br</strong> />
Na página 79, falamos da importância das<<strong>br</strong> />
chamadas vistas superiores. Podíamos, então, nos<<strong>br</strong> />
perguntar se elas são usadas na solução de<<strong>br</strong> />
problemas comuns das pessoas. O que você pensa<<strong>br</strong> />
a esse respeito?<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Escreva um pequeno texto descrevendo como será a casa construída a partir<<strong>br</strong> />
desta planta baixa:<<strong>br</strong> />
Cozinha<<strong>br</strong> />
Sala<<strong>br</strong> />
Quarto<<strong>br</strong> />
Agora analise esta situação:<<strong>br</strong> />
Três pessoas olham para essa casa de posições diferentes.<<strong>br</strong> />
a) O que você observa a respeito da<<strong>br</strong> />
visão que cada uma delas tem da casa?<<strong>br</strong> />
b) A visão é a mesma para os<<strong>br</strong> />
três observadores?<<strong>br</strong> />
c) Identifique nos desenhos abaixo<<strong>br</strong> />
a posição de cada observador.<<strong>br</strong> />
Banheiro<<strong>br</strong> />
Sabemos que um pedreiro pode executar o projeto<<strong>br</strong> />
de construção de uma casa, seguindo as<<strong>br</strong> />
informações contidas na planta baixa.
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Observe as figuras abaixo:<<strong>br</strong> />
Procure descrever essas figuras com suas próprias<<strong>br</strong> />
palavras, salientando o que lhe chama mais<<strong>br</strong> />
atenção. A beleza e a harmonia estão presentes?<<strong>br</strong> />
Assinale em cada linha horizontal, do quadro<<strong>br</strong> />
abaixo, a figura diferente.<<strong>br</strong> />
Quais figuras você assinalou? O que elas têm em<<strong>br</strong> />
comum?<<strong>br</strong> />
M. C. Escher. Céu e água I, xilografia, 1938.<<strong>br</strong> />
Como o autor explora os conceitos geométricos<<strong>br</strong> />
para criar o<strong>br</strong>as como essas? Como trabalha com<<strong>br</strong> />
composição de figuras?<<strong>br</strong> />
93
94<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Observe as que são fechadas, formadas por<<strong>br</strong> />
segmentos de reta e que não se cruzam. Tais<<strong>br</strong> />
figuras são chamadas de polígonos e recebem<<strong>br</strong> />
nomes especiais a depender de suas características.<<strong>br</strong> />
Se considerarmos o número de lados de um<<strong>br</strong> />
polígono, podemos estabelecer uma classificação<<strong>br</strong> />
e nomeá-los. Vejamos alguns exemplos:<<strong>br</strong> />
Os triângulos são polígonos muito especiais. Responda às duas questões abaixo e descu<strong>br</strong>a por que.<<strong>br</strong> />
Será possível, usando apenas triângulos, compor outros polígonos?<<strong>br</strong> />
Vamos tentar? Desenhe numa folha os triângulos abaixo, recorte-os e junte-os de diferentes maneiras<<strong>br</strong> />
possíveis, para verificar quantos polígonos diferentes você consegue formar. Desenhe as composições<<strong>br</strong> />
obtidas em seu caderno.<<strong>br</strong> />
Você já viu fotos como essas? Por que será que<<strong>br</strong> />
nessas estruturas aparecem triângulos?<<strong>br</strong> />
Vamos verificar...<<strong>br</strong> />
Para isso, construa com palitos de sorvete e<<strong>br</strong> />
tachinhas um triângulo e um quadrilátero<<strong>br</strong> />
qualquer.<<strong>br</strong> />
Compare as duas construções tentando mover as<<strong>br</strong> />
figuras. O que você percebe ao movimentar os<<strong>br</strong> />
palitos do quadrilátero? Você consegue o mesmo<<strong>br</strong> />
com o triângulo? É possível mover o seu<<strong>br</strong> />
triângulo, sem que<strong>br</strong>ar o palito de sorvete ou<<strong>br</strong> />
despregar as tachinhas? Por quê?<<strong>br</strong> />
O triângulo não se deforma, ele é rígido. O<<strong>br</strong> />
quadrilátero se deformou porque não tem essa<<strong>br</strong> />
rigidez. Você percebe agora por que os triângulos<<strong>br</strong> />
são usados com tanta freqüência nas<<strong>br</strong> />
construções?<<strong>br</strong> />
E agora, você concorda com a afirmação de que<<strong>br</strong> />
os triângulos são polígonos muito especiais?<<strong>br</strong> />
Então saiba mais so<strong>br</strong>e eles:<<strong>br</strong> />
Polígono de 3 lados Triângulos<<strong>br</strong> />
Polígono de 4 lados Quadriláteros<<strong>br</strong> />
Polígono de 5 lados Pentágonos<<strong>br</strong> />
Polígono de 6 lados Hexágonos
3<<strong>br</strong> />
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
• Dependendo das medidas de seus lados, um triângulo pode ser equilátero, isósceles ou<<strong>br</strong> />
escaleno. O triângulo eqüilátero possui os três lados de mesma medida, o isósceles<<strong>br</strong> />
possui dois lados de mesma medida e o escaleno não possui lados de mesma medida.<<strong>br</strong> />
• Há uma relação métrica muito interessante entre as medidas do lado de um triângulo:<<strong>br</strong> />
cada lado tem que ter medida menor que a soma das medidas dos outros dois lados.<<strong>br</strong> />
• Uma propriedade fantástica dos triângulos é a chamada rigidez triangular: um triângulo<<strong>br</strong> />
jamais se deforma, enquanto uma figura de 4 ou mais lados não é rígida.<<strong>br</strong> />
• Outra propriedade métrica importante dos triângulos é que, qualquer que seja o<<strong>br</strong> />
triângulo que você considerar, a soma das medidas de seus ângulos internos é sempre a<<strong>br</strong> />
mesma: 180 graus.<<strong>br</strong> />
• Os triângulos são figuras geométricas importantes porque geram as demais figuras. Um<<strong>br</strong> />
quadrilátero pode sempre ser decomposto em, no mínimo, 2 triângulos. Um pentágono<<strong>br</strong> />
pode sempre ser decomposto em, no mínimo, 3 triângulos. E assim por diante.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180º e que um pentágono pode<<strong>br</strong> />
ser decomposto em triângulos, qual é a soma das medidas dos ângulos internos<<strong>br</strong> />
do pentágono?<<strong>br</strong> />
a) 720º b) 900º c) 180º d) 540º<<strong>br</strong> />
II. Repetindo o raciocínio utilizado no teste anterior, você pode verificar qual é soma dos<<strong>br</strong> />
ângulos internos de um polígono de seis lados? E de sete lados? E de um polígono qualquer?<<strong>br</strong> />
III. Você já foi a uma loja de material de construção comprar ladrilhos ou pisos? Observou<<strong>br</strong> />
que formatos eles têm?<<strong>br</strong> />
Imagine que numa loja estivessem expostos ladrilhos como estes:<<strong>br</strong> />
IV. Agora responda:<<strong>br</strong> />
a) Você conseguiria reco<strong>br</strong>ir a superfície de uma parede com qualquer uma das formas?<<strong>br</strong> />
b) O que houve ao usar somente os círculos? Todos os espaços foram preenchidos? Por quê?<<strong>br</strong> />
c) E no caso das outras figuras?<<strong>br</strong> />
95
96<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Observe que algumas figuras se encaixam<<strong>br</strong> />
perfeitamente quando colocadas lado a lado, pois<<strong>br</strong> />
a soma dos respectivos ângulos internos é igual a<<strong>br</strong> />
360º. Usando um transferidor e medindo os<<strong>br</strong> />
ângulos internos desses polígonos, confirme essa<<strong>br</strong> />
afirmação.<<strong>br</strong> />
360º<<strong>br</strong> />
1. Em relação aos pentágonos, por que não se<<strong>br</strong> />
encaixam?<<strong>br</strong> />
Além da escolha adequada das figuras para um<<strong>br</strong> />
ladrilhamento, existe a importância relacionada à<<strong>br</strong> />
estética e à beleza. Quando olhamos o piso de<<strong>br</strong> />
vários ambientes percebemos a composição<<strong>br</strong> />
harmoniosa dessas figuras.<<strong>br</strong> />
A essa composição podemos chamar de mosaico.<<strong>br</strong> />
Você já viu desenhos desse tipo em algum lugar?<<strong>br</strong> />
Em geral eles aparecem nos pisos, nas paredes,<<strong>br</strong> />
nas calçadas de ruas, nas igrejas, etc.<<strong>br</strong> />
2. Você sabia que a água ao ser congelada<<strong>br</strong> />
aumenta em 1/15 o seu volume original? Por<<strong>br</strong> />
exemplo, se quisermos obter um bloco de gelo de<<strong>br</strong> />
volume 1 litro, ou seja 1.000 ml, precisaremos<<strong>br</strong> />
colocar aproximadamente 934 ml de água para<<strong>br</strong> />
congelar. Só para entendermos melhor, se tivermos<<strong>br</strong> />
um copo de aproximadamente 250 ml, basta<<strong>br</strong> />
colocarmos 3 copos cheios, e, aproximadamente,<<strong>br</strong> />
3/4 de outro copo de água para congelar, que<<strong>br</strong> />
obteremos 1 litro de gelo.<<strong>br</strong> />
Sabendo dessas informações, uma fá<strong>br</strong>ica de<<strong>br</strong> />
blocos de gelo utilizados em grandes festas, precisa<<strong>br</strong> />
produzir 100 blocos com as medidas de 80cm,<<strong>br</strong> />
30cm e 40cm cada um, como mostra a figura.<<strong>br</strong> />
40cm<<strong>br</strong> />
80cm<<strong>br</strong> />
30cm<<strong>br</strong> />
Qual deve ser o volume de água a ser congelado<<strong>br</strong> />
para se obter um bloco de gelo?<<strong>br</strong> />
Temos: volume do bloco (V) = área da base (A) x<<strong>br</strong> />
altura (H), pois esse bloco, como vimos na figura,<<strong>br</strong> />
tem a forma de um paralelepípedo.<<strong>br</strong> />
V = A x H = (80 x 30) x 40 = 96000 cm 3<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>ando que 1 litro possui 1000 ml e que cada<<strong>br</strong> />
ml corresponde a 1cm 3<<strong>br</strong> />
, temos aqui 96 litros. Esse<<strong>br</strong> />
valor corresponde ao volume do bloco de gelo.<<strong>br</strong> />
Quantos litros de água foram colocados então<<strong>br</strong> />
para congelar?<<strong>br</strong> />
Como o volume é aumentado de 1/15 depois de<<strong>br</strong> />
congelado, podemos verificar que, se tivermos um<<strong>br</strong> />
volume de água (Va) + 1/15 desse volume (Va),<<strong>br</strong> />
teremos 96 litros de gelo, portanto o volume de<<strong>br</strong> />
água deverá ser de 90 litros.<<strong>br</strong> />
Acompanhe os cálculos que mostram<<strong>br</strong> />
essa resposta:<<strong>br</strong> />
V=Va+ 1 .Va 96=16/15 Va Va=90 litros<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
A fá<strong>br</strong>ica precisará de 9.000 litros de água para<<strong>br</strong> />
produzir os 100 blocos de gelo solicitados.<<strong>br</strong> />
Bastante, não?
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
3. O proprietário de uma casa em construção foi<<strong>br</strong> />
comprar azulejos para sua cozinha, que possui<<strong>br</strong> />
3m de comprimento, 2m de largura e 2,80m de<<strong>br</strong> />
altura, sendo que as portas e janelas ocupam uma<<strong>br</strong> />
área de 4m 2<<strong>br</strong> />
. Para azulejar as 4 paredes, o<<strong>br</strong> />
pedreiro aconselhou a compra de 10% a mais de<<strong>br</strong> />
metragem a ladrilhar. Qual a metragem de<<strong>br</strong> />
ladrilhos que o proprietário comprou?<<strong>br</strong> />
a) 24m 2<<strong>br</strong> />
b) 26,40m 2<<strong>br</strong> />
c) 28m 2<<strong>br</strong> />
d)29,40m 2<<strong>br</strong> />
Argumentar, usando<<strong>br</strong> />
conhecimentos geométricos<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Vamos fazer uma proposta a você. Escolha a<<strong>br</strong> />
alternativa que considera correta nos testes abaixo<<strong>br</strong> />
e encontre argumentos para justificar suas<<strong>br</strong> />
escolhas.<<strong>br</strong> />
Se considerar necessário, consulte livros para tirar<<strong>br</strong> />
suas dúvidas.<<strong>br</strong> />
Um paralelogramo é um quadrilátero que tem dois<<strong>br</strong> />
pares de lados paralelos. A única propriedade que<<strong>br</strong> />
um paralelogramo não satisfaz é:<<strong>br</strong> />
a) os lados opostos têm a mesma medida.<<strong>br</strong> />
b) dois ângulos opostos têm a mesma medida.<<strong>br</strong> />
c) ângulos consecutivos somam, juntos, 180 graus.<<strong>br</strong> />
d) as diagonais não se cortam no meio.<<strong>br</strong> />
O retângulo é um paralelogramo que tem ângulos<<strong>br</strong> />
retos. A única propriedade que um retângulo não<<strong>br</strong> />
satisfaz é:<<strong>br</strong> />
a) as diagonais de um retângulo se cortam no<<strong>br</strong> />
meio.<<strong>br</strong> />
b) as diagonais de um retângulo têm a mesma<<strong>br</strong> />
medida.<<strong>br</strong> />
c) as diagonais nem sempre são perpendiculares.<<strong>br</strong> />
d) o quadrado é um retângulo particular.<<strong>br</strong> />
4. Um pedreiro precisa cimentar um quintal<<strong>br</strong> />
retangular com 10m de largura e 14m de<<strong>br</strong> />
comprimento. O revestimento será feito com uma<<strong>br</strong> />
mistura de areia e cimento de 5cm de espessura.<<strong>br</strong> />
Qual é o volume da mistura que o pedreiro<<strong>br</strong> />
utilizará nesse revestimento?<<strong>br</strong> />
a) 700m 3<<strong>br</strong> />
b) 50m 3<<strong>br</strong> />
c) 7m 3<<strong>br</strong> />
d) 6m 3<<strong>br</strong> />
O losango é um paralelogramo em que todos os<<strong>br</strong> />
lados têm o mesmo tamanho. A única<<strong>br</strong> />
propriedade que um losango não satisfaz é:<<strong>br</strong> />
a) as diagonais são perpendiculares.<<strong>br</strong> />
b) as diagonais se cortam no meio.<<strong>br</strong> />
c) o quadrado é um losango particular.<<strong>br</strong> />
d) as diagonais de um losango têm a mesma<<strong>br</strong> />
medida.<<strong>br</strong> />
4) c.<<strong>br</strong> />
3) b.<<strong>br</strong> />
97
98<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
“Economizando” no formato<<strong>br</strong> />
Uma indústria de leite precisa produzir 1.000<<strong>br</strong> />
caixas de 1 litro de leite do tipo longa vida. Uma<<strong>br</strong> />
das pessoas responsáveis pela fa<strong>br</strong>icação sugeriu<<strong>br</strong> />
que o formato das caixas fosse um cubo com<<strong>br</strong> />
arestas medindo 10cm, pois assim teria como<<strong>br</strong> />
transportá-las com um empilhamento maior,<<strong>br</strong> />
devido à maior resistência de suas faces.<<strong>br</strong> />
Porém, durante o desenvolvimento dessas<<strong>br</strong> />
embalagens, percebeu-se que, com essas medidas,<<strong>br</strong> />
haveria um problema de adequação em relação ao<<strong>br</strong> />
espaço das prateleiras nas portas das geladeiras.<<strong>br</strong> />
Com isso foi necessário rever o formato dessa<<strong>br</strong> />
embalagem. Sugeriu-se então o formato de um<<strong>br</strong> />
paralelepípedo de base quadrada, com as<<strong>br</strong> />
seguintes medidas: arestas da base de 7cm e<<strong>br</strong> />
altura do paralelepípedo 20cm.<<strong>br</strong> />
Será que, além da vantagem dessa embalagem<<strong>br</strong> />
poder ser guardada na porta da geladeira, ela<<strong>br</strong> />
também é a mais econômica para o fa<strong>br</strong>icante?<<strong>br</strong> />
A quantidade de material utilizada na confecção<<strong>br</strong> />
do paralelepípedo é menor que a utilizada na<<strong>br</strong> />
confecção do cubo?<<strong>br</strong> />
Como você resolveria esse problema?<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>e-se das planificações do cubo e da idéia de<<strong>br</strong> />
área. Isso pode ajudar você a resolver essa<<strong>br</strong> />
situação?<<strong>br</strong> />
Você se lem<strong>br</strong>a como calcular a área de um<<strong>br</strong> />
quadrado de lado l?<<strong>br</strong> />
(Área = l 2<<strong>br</strong> />
)<<strong>br</strong> />
Como a planificação do cubo é formada por seis<<strong>br</strong> />
quadrados e cada quadrado tem lado medindo 10<<strong>br</strong> />
cm, temos que a área total é:<<strong>br</strong> />
A = 6 x 10 2<<strong>br</strong> />
= 600cm 2<<strong>br</strong> />
Na embalagem com formato de paralelepípedo,<<strong>br</strong> />
temos:<<strong>br</strong> />
A área de dois quadrados: 2 x 49 = 98 cm 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
A área de um retângulo: 7 x 20 = 140 cm 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Como na planificação do paralelepípedo temos 4<<strong>br</strong> />
retângulos, a área lateral é igual a 560 cm 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Portanto, a área total da superfície do<<strong>br</strong> />
paralelepípedo é de 658 cm 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Comparando a área total da superfície do cubo e<<strong>br</strong> />
a área total da superfície do paralelepípedo, o que<<strong>br</strong> />
você conclui?<<strong>br</strong> />
A do paralelepípedo é maior e, portanto, gasta-se<<strong>br</strong> />
mais material na sua confecção e com isso o seu<<strong>br</strong> />
custo é maior. Porém, a indústria optou por essa<<strong>br</strong> />
embalagem, mesmo mais cara, pois estaria<<strong>br</strong> />
satisfazendo as necessidades de seus clientes e<<strong>br</strong> />
talvez conseguindo uma venda maior.<<strong>br</strong> />
“Bordando” a Geometria<<strong>br</strong> />
Numa pequena cidade, uma bordadeira faz<<strong>br</strong> />
toalhas de crochê para vender.<<strong>br</strong> />
Para uma toalha circular com 1 metro de<<strong>br</strong> />
diâmetro, ela utilizou 4 novelos de linha. Você<<strong>br</strong> />
sabe o que é diâmetro? Basta do<strong>br</strong>ar a toalha ao<<strong>br</strong> />
meio, como mostra a figura abaixo,<<strong>br</strong> />
A B<<strong>br</strong> />
A distância entre os pontos A e B, passando pelo<<strong>br</strong> />
centro, é chamada de diâmetro do círculo.<<strong>br</strong> />
Uma pessoa encomendou 1 toalha como essa,<<strong>br</strong> />
com um metro e meio de diâmetro. Como o preço<<strong>br</strong> />
da linha estava em promoção, a bordadeira quis<<strong>br</strong> />
comprar todos os novelos necessários e adquiriu<<strong>br</strong> />
6 novelos. Será que ela estava certa? Como<<strong>br</strong> />
calcular quantos novelos serão necessários para a<<strong>br</strong> />
nova toalha?<<strong>br</strong> />
Que conceitos geométricos são importantes para<<strong>br</strong> />
auxiliar na resolução desse problema?<<strong>br</strong> />
Vejamos:<<strong>br</strong> />
A toalha na forma de círculo possui uma área,<<strong>br</strong> />
que é calculada assim:
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Dividimos o círculo em vários setores circulares,<<strong>br</strong> />
montando uma figura que se aproxima de um<<strong>br</strong> />
“paralelogramo”. A base desse paralelogramo<<strong>br</strong> />
passa a ser aproximadamente a metade do<<strong>br</strong> />
comprimento da circunferência (þr). E a altura do<<strong>br</strong> />
“paralelogramo” aproxima-se do raio do círculo.<<strong>br</strong> />
Assim, a área do circulo é aproximadamente a<<strong>br</strong> />
área do “paralelogramo”.<<strong>br</strong> />
A = þr<<strong>br</strong> />
círculo<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
(r é a metade do diâmetro (d) e þ é um número<<strong>br</strong> />
que vale aproximadamente 3,14).<<strong>br</strong> />
Se o diâmetro vale 1 metro, o raio vale meio<<strong>br</strong> />
metro (0,50m), então a área vale<<strong>br</strong> />
A=3,14 . (0,50) 2<<strong>br</strong> />
= 0,785m 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
E a toalha nova, quantos m 2<<strong>br</strong> />
terá?<<strong>br</strong> />
A = 3,14 . (0,75) 2<<strong>br</strong> />
= 1,766m 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Você sabia que, no Brasil, 17 milhões de pneus<<strong>br</strong> />
são jogados fora todo ano, causando graves<<strong>br</strong> />
danos ambientais, pois eles acabam nos rios ou<<strong>br</strong> />
empilhados a céu aberto?<<strong>br</strong> />
É evidente que a busca da solução desse problema<<strong>br</strong> />
é fundamental, porque, quando os pneus são<<strong>br</strong> />
jogados nos rios, provocam acúmulos de<<strong>br</strong> />
entulhos, prejudicando o escoamento das águas e,<<strong>br</strong> />
conseqüentemente, ocorrem as grandes<<strong>br</strong> />
enchentes. E, quando acumulados a céu aberto,<<strong>br</strong> />
podem favorecer a proliferação do mosquito da<<strong>br</strong> />
dengue.<<strong>br</strong> />
Dois pesquisadores da Unicamp criaram uma<<strong>br</strong> />
solução para o problema: uma máquina que<<strong>br</strong> />
transforma pneus velhos em óleo combustível<<strong>br</strong> />
para indústria e em matéria-prima para a<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icação de PVC (plásticos).<<strong>br</strong> />
Se para fazer a toalha com 1m de diâmetro, e<<strong>br</strong> />
com área de 0,80m 2<<strong>br</strong> />
, aproximadamente foram<<strong>br</strong> />
gastos 4 novelos, a bordadeira acertou em<<strong>br</strong> />
comprar 6 novelos para fazer a nova toalha?<<strong>br</strong> />
A bordadeira também faz toalhas retangulares<<strong>br</strong> />
(caminhos de mesa) e gasta 3 novelos para<<strong>br</strong> />
confeccionar uma toalha com as seguintes<<strong>br</strong> />
medidas: 0,5m x 1,20m. Quanto ela gastará de<<strong>br</strong> />
novelos para fazer uma nova toalha com<<strong>br</strong> />
0,70m x 1,40m?<<strong>br</strong> />
Avaliar Avaliar propostas propostas para para solucionar solucionar problemas,<<strong>br</strong> />
problemas,<<strong>br</strong> />
usando usando conhecimentos conhecimentos geométricos<<strong>br</strong> />
O processo inicia-se com os pneus sendo picados<<strong>br</strong> />
e derretidos. O produto final é armazenado em<<strong>br</strong> />
dois tanques cilíndricos. Imagine que os pneus<<strong>br</strong> />
picados sejam armazenados em um tanque<<strong>br</strong> />
também cilíndrico à espera da continuidade do<<strong>br</strong> />
processo de produção. A quantidade de pneus<<strong>br</strong> />
picados corresponde a um volume de 15 m 3<<strong>br</strong> />
. O<<strong>br</strong> />
tanque tem as seguintes medidas: 2 metros de<<strong>br</strong> />
diâmetro na base e 4 metros de altura.<<strong>br</strong> />
Você acha que essa quantidade de pneus picados<<strong>br</strong> />
cabe nesse reservatório cilíndrico? Vamos<<strong>br</strong> />
verificar?<<strong>br</strong> />
99
100<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
O volume do cilindro é calculado multiplicando-se a área da base pela sua altura.<<strong>br</strong> />
Como já vimos anteriormente, a área do círculo é igual a þ.r2 , portanto, quanto vale a área da<<strong>br</strong> />
base desse tanque? E qual seu volume?<<strong>br</strong> />
Área da base = 3,14 x 1 2 = 3,14 m 2<<strong>br</strong> />
Volume do tanque = 3,14 x 4 = 12,56 m3 Com esses cálculos percebemos que o tanque não tem capacidade para receber a quantidade<<strong>br</strong> />
de pneus picados, portanto precisa-se de mais um tanque.<<strong>br</strong> />
I. Se um novo tanque pudesse ser fa<strong>br</strong>icado para sozinho armazenar esse volume de pneus,<<strong>br</strong> />
quais deveriam ser, aproximadamente, as suas medidas?<<strong>br</strong> />
II. Um engenheiro deseja projetar uma lata cilíndrica para leite condensado que tenha um<<strong>br</strong> />
volume de 400 cm3 . Se a altura da lata cilíndrica é 8 cm, a medida do raio da base deverá ser<<strong>br</strong> />
(em cm) de aproximadamente:<<strong>br</strong> />
(Suponha que þ = 3,1)<<strong>br</strong> />
a) 4,0 b) 3,5 c) 3,0 d) 2,8<<strong>br</strong> />
Sabemos que, em nosso país, muitas pessoas<<strong>br</strong> />
vivem aglomeradas em favelas onde, muitas<<strong>br</strong> />
vezes, não há ruas, nem esgotos e nem<<strong>br</strong> />
condições mínimas de so<strong>br</strong>evivência.<<strong>br</strong> />
Algumas prefeituras, através de<<strong>br</strong> />
departamentos de urbanização e também de<<strong>br</strong> />
assistência social, têm investido em<<strong>br</strong> />
melhorias na qualidade de vida desses<<strong>br</strong> />
moradores.<<strong>br</strong> />
Para a urbanização de uma favela, uma<<strong>br</strong> />
prefeitura montou um projeto para melhor<<strong>br</strong> />
aproveitamento de um certo espaço. Nesse<<strong>br</strong> />
espaço, seriam utilizados terrenos<<strong>br</strong> />
retangulares com área de 50 m2 cada um.<<strong>br</strong> />
Quais seriam as melhores medidas desses<<strong>br</strong> />
terrenos para que a área utilizada seja a<<strong>br</strong> />
maior possível?<<strong>br</strong> />
Por exemplo, um terreno com 2m de frente e<<strong>br</strong> />
25m de fundo, seria uma boa opção para<<strong>br</strong> />
construção de uma casa? Reflita so<strong>br</strong>e isso e<<strong>br</strong> />
pense em outras possibilidades de medidas do<<strong>br</strong> />
terreno, mantendo essa área, mas que<<strong>br</strong> />
permita melhores condições de moradia.<<strong>br</strong> />
Para você, quais seriam as medidas ideais?
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Capítulo IV – Geometria: leitura e representação da realidade<<strong>br</strong> />
Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />
I. Rua Santo Antonio Claret (C, 2),<<strong>br</strong> />
Av. Barão de Itapura (D, 4).<<strong>br</strong> />
VI. B, C e E<<strong>br</strong> />
VII b.<<strong>br</strong> />
VIII a) 11<<strong>br</strong> />
I. d.<<strong>br</strong> />
b) 8<<strong>br</strong> />
II. Polígonos: 6 lados, S = 720º<<strong>br</strong> />
7 lados, S = 900º<<strong>br</strong> />
I. Resolva em seu caderno<<strong>br</strong> />
II. a.<<strong>br</strong> />
n lados, S = (n – 2) 180º<<strong>br</strong> />
101
102<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar fenômenos de qualquer natureza expressos em linguagem geométrica.<<strong>br</strong> />
• Construir e identificar conceitos geométricos no contexto da atividade cotidiana.<<strong>br</strong> />
• Interpretar informações e aplicar estratégias geométricas na solução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />
• Utilizar conceitos geométricos na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do<<strong>br</strong> />
cotidiano.<<strong>br</strong> />
• Recorrer a conceitos geométricos para avaliar propostas de intervenção so<strong>br</strong>e problemas do cotidiano.
Capítulo V<<strong>br</strong> />
AS MEDIDAS E A COMPREENSÃO DA REALIDADE<<strong>br</strong> />
CONSTRUIR E AMPLIAR NOÇÕES DE GRANDEZAS E MEDIDAS<<strong>br</strong> />
PARA A COMPREENSÃO DA REALIDADE E A SOLUÇÃO DE<<strong>br</strong> />
PROBLEMAS DO COTIDIANO.<<strong>br</strong> />
Dulce Satiko Onaga
104<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo V<<strong>br</strong> />
As medidas e a compreensão<<strong>br</strong> />
da realidade<<strong>br</strong> />
Apresentação<<strong>br</strong> />
Muitos dos fatos com os quais convivemos ou<<strong>br</strong> />
podemos observar no dia-a-dia, envolvem medidas<<strong>br</strong> />
e grandezas. Elas nos dão informações so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
distâncias que percorremos, o tamanho da nossa<<strong>br</strong> />
casa, a capacidade da nossa caixa d’água, a<<strong>br</strong> />
quantidade de alimentos de que necessitamos, o<<strong>br</strong> />
nosso gasto com energia elétrica, a organização do<<strong>br</strong> />
nosso tempo e outras coisas mais.<<strong>br</strong> />
A necessidade de medir é muito antiga. Depois<<strong>br</strong> />
que os homens foram deixando de ser apenas<<strong>br</strong> />
caçadores e coletores de alimentos, foram se<<strong>br</strong> />
fixando no solo como agricultores. Deixaram<<strong>br</strong> />
gradativamente a vida nômade e tornaram-se, aos<<strong>br</strong> />
poucos, mais sedentários.<<strong>br</strong> />
Os egípcios antigos, por exemplo, cultivavam as<<strong>br</strong> />
terras nas margens do rio Nilo. Essas terras eram<<strong>br</strong> />
demarcadas de acordo com cada grupo de<<strong>br</strong> />
agricultores. As cheias do rio, entretanto,<<strong>br</strong> />
destruíam essas demarcações, o que os o<strong>br</strong>igava a<<strong>br</strong> />
refazê-las todos os anos.<<strong>br</strong> />
Para usar essas terras, os agricultores <strong>pag</strong>avam<<strong>br</strong> />
impostos ao faraó. Hoje <strong>pag</strong>amos IPTU (Imposto<<strong>br</strong> />
Predial e Territorial Urbano), imposto que a<<strong>br</strong> />
Prefeitura da maioria das grandes cidades recolhe<<strong>br</strong> />
dos contribuintes que possuem um imóvel ou<<strong>br</strong> />
terreno no município.<<strong>br</strong> />
No início, é possível, que as pessoas apenas<<strong>br</strong> />
comparassem grandezas. Quando pensaram em<<strong>br</strong> />
construir suas casas, fazer suas plantações,<<strong>br</strong> />
armazenar seus produtos, controlar sua produção,<<strong>br</strong> />
eles se depararam com problemas de medidas.<<strong>br</strong> />
Para resolver problemas que envolviam<<strong>br</strong> />
comprimentos, criaram unidades de medidas que,<<strong>br</strong> />
em geral, eram provenientes do tamanho das<<strong>br</strong> />
partes do corpo do governante de cada país.<<strong>br</strong> />
Antigamente...<<strong>br</strong> />
Há mais de 4.000 anos, os egípcios usavam o<<strong>br</strong> />
cúbito para medir comprimentos. Um cúbito era<<strong>br</strong> />
igual ao comprimento do cotovelo até a ponta do<<strong>br</strong> />
dedo médio do faraó.<<strong>br</strong> />
Como as unidades não eram comuns a todos,<<strong>br</strong> />
foram surgindo dificuldades, principalmente nas<<strong>br</strong> />
trocas comerciais. Começou-se então a busca por<<strong>br</strong> />
uma padronização de unidades, o que caracterizou<<strong>br</strong> />
o desenvolvimento da noção de medir.<<strong>br</strong> />
Até hoje ainda utilizamos partes de nosso corpo<<strong>br</strong> />
para medir quando não dispomos de outros<<strong>br</strong> />
instrumentos.<<strong>br</strong> />
No entanto, quando medimos usando unidades<<strong>br</strong> />
não padronizadas (como as partes de nosso<<strong>br</strong> />
corpo), há variações de uma pessoa para outra, o<<strong>br</strong> />
que traz problemas de comunicação. Para que<<strong>br</strong> />
haja concordância, é necessário estabelecer<<strong>br</strong> />
padrões de medida que tenham o mesmo<<strong>br</strong> />
significado para todas as pessoas, ou seja, utilizar<<strong>br</strong> />
uma notação convencional de medidas.
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Você quer saber mais so<strong>br</strong>e outras unidades de medida que foram usadas ao longo da<<strong>br</strong> />
História da humanidade e so<strong>br</strong>e as unidades mais utilizadas no seu dia-a-dia?<<strong>br</strong> />
Pesquise em livros de História da Matemática, livros didáticos para o Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ou enciclopédias que você tem em casa ou disponíveis numa biblioteca.<<strong>br</strong> />
Problemas de<<strong>br</strong> />
comunicação<<strong>br</strong> />
Saber ler, interpretar e escrever corretamente<<strong>br</strong> />
diferentes tipos de medições é muito importante<<strong>br</strong> />
no processo de comunicação que ocorre em<<strong>br</strong> />
relações sociais e comerciais.<<strong>br</strong> />
© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />
Na discussão entre os dois caminhoneiros, quem<<strong>br</strong> />
você acha que está com a razão? Quando João<<strong>br</strong> />
disse que a corda media 20 palmos e Tião<<strong>br</strong> />
rebateu, dizendo que eram 22 palmos, quais<<strong>br</strong> />
foram as unidades de medida que eles usaram?<<strong>br</strong> />
Explique por que eles obtiveram medidas diferentes.<<strong>br</strong> />
Como você pode perceber, para que possamos nos<<strong>br</strong> />
comunicar é necessário estabelecer unidades de<<strong>br</strong> />
medida que tenham o mesmo significado para<<strong>br</strong> />
todas as pessoas. Nessa situação, usando o palmo<<strong>br</strong> />
do João como unidade de medida, obtivemos 20<<strong>br</strong> />
palmos. E usando o palmo do Tião como unidade<<strong>br</strong> />
de medida obtivemos 22 palmos. Eles não<<strong>br</strong> />
encontraram a mesma medida porque seus<<strong>br</strong> />
palmos têm tamanhos diferentes.<<strong>br</strong> />
Um amigo dos dois caminhoneiros que passava<<strong>br</strong> />
pelo local resolveu a situação. Esse amigo usou<<strong>br</strong> />
uma barra de ferro de 40 cm e verificou que o<<strong>br</strong> />
comprimento da barra coube 11 vezes no<<strong>br</strong> />
comprimento da corda.<<strong>br</strong> />
Com base nessas informações, nas questões a<<strong>br</strong> />
seguir, assinale as opções corretas.<<strong>br</strong> />
1. A unidade de medida usada pelo amigo dos<<strong>br</strong> />
dois caminhoneiros foi:<<strong>br</strong> />
a) o centímetro.<<strong>br</strong> />
b) a barra de ferro.<<strong>br</strong> />
c) o palmo do Tião.<<strong>br</strong> />
d) o palmo do João.<<strong>br</strong> />
Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
1) Resposta (b)<<strong>br</strong> />
105
106<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
2. O comprimento da corda em centímetros é:<<strong>br</strong> />
a) 11cm.<<strong>br</strong> />
b) 40cm.<<strong>br</strong> />
c) 400cm.<<strong>br</strong> />
d) 440cm.<<strong>br</strong> />
3. Pode-se afirmar que:<<strong>br</strong> />
a) o palmo de João mede 22 cm<<strong>br</strong> />
e o de Tião mede 20 cm.<<strong>br</strong> />
b) o palmo de João mede 20 cm<<strong>br</strong> />
e o de Tião mede 22 cm.<<strong>br</strong> />
c) o palmo de João mede 20 cm<<strong>br</strong> />
e o de Tião mede 40 cm.<<strong>br</strong> />
d) o palmo de João mede 40 cm<<strong>br</strong> />
e o de Tião mede 20 cm.<<strong>br</strong> />
Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
4. Imagine que Tião vai utilizar um pedaço de<<strong>br</strong> />
corda para medir o comprimento de seu<<strong>br</strong> />
caminhão e que João vai usar seus passos. Você<<strong>br</strong> />
pode dizer, com certeza, que eles encontrarão a<<strong>br</strong> />
mesma medida? Por quê?<<strong>br</strong> />
Medir é uma ação que tem origem nas atividades<<strong>br</strong> />
comuns das pessoas. Medir grandezas tem como<<strong>br</strong> />
conseqüência quantificar muitas ações que<<strong>br</strong> />
nos rodeiam.<<strong>br</strong> />
Para efetuarmos uma medição, ou mensuração,<<strong>br</strong> />
escolhemos uma unidade de medida, de mesma<<strong>br</strong> />
natureza, que a grandeza que queremos medir e a<<strong>br</strong> />
comparamos com aquilo que se deseja mensurar.<<strong>br</strong> />
Uma medida é sempre expressa por meio de um<<strong>br</strong> />
número. Por exemplo, quando afirmamos que a<<strong>br</strong> />
medida de comprimento da sala é de 12 passos, o<<strong>br</strong> />
número 12 representa o número de vezes que o<<strong>br</strong> />
comprimento do passo cabe no comprimento da<<strong>br</strong> />
sala. Ou seja, tomando um passo como unidade<<strong>br</strong> />
de medida, o comprimento da sala é 12.<<strong>br</strong> />
Dos sistemas de medidas que existem, utilizamos<<strong>br</strong> />
o Sistema Internacional de Unidades (SI),<<strong>br</strong> />
estabelecido pelo Bureau Internacional de Pesos e<<strong>br</strong> />
Medidas, o<strong>br</strong>igatório no Brasil desde 1962.<<strong>br</strong> />
Nesse sistema (SI):<<strong>br</strong> />
• a unidade padrão escolhida para medir<<strong>br</strong> />
comprimento é o metro e seu símbolo é m.<<strong>br</strong> />
Também utilizamos outras unidades de medida<<strong>br</strong> />
derivadas do metro. As mais comuns são:<<strong>br</strong> />
quilômetro – km<<strong>br</strong> />
centímetro – cm<<strong>br</strong> />
milímetro – mm<<strong>br</strong> />
• a unidade padrão escolhida para medir massa é<<strong>br</strong> />
o quilograma e seu símbolo é kg. Outras<<strong>br</strong> />
unidades utilizadas são:<<strong>br</strong> />
miligrama – mg<<strong>br</strong> />
grama – g<<strong>br</strong> />
tonelada – t<<strong>br</strong> />
• a unidade padrão escolhida para medir<<strong>br</strong> />
superfície é o metro quadrado e seu símbolo é<<strong>br</strong> />
m 2 . Outras unidades de medida, derivadas do<<strong>br</strong> />
metro quadrado, usadas:<<strong>br</strong> />
milimetro quadrado – mm 2<<strong>br</strong> />
quilômetro quadrado – Km 2<<strong>br</strong> />
• a unidade padrão escolhida para medir volume<<strong>br</strong> />
de um sólido és o metro cúbico e seu símbolo é<<strong>br</strong> />
m 3<<strong>br</strong> />
. Além dessa unidade, também utilizamos o<<strong>br</strong> />
decímetro cúbico – dm 3<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Também usamos o litro como unidade padrão<<strong>br</strong> />
para medir volume ou capacidade de um<<strong>br</strong> />
recipiente. Outra unidade derivada do litro<<strong>br</strong> />
freqüente é o mililitro – ml.<<strong>br</strong> />
• para medir tempo, as unidades mais utilizadas<<strong>br</strong> />
são: hora, minuto e segundo.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes conseguimos, por exemplo, estimar<<strong>br</strong> />
o nosso peso, a velocidade do ônibus em que<<strong>br</strong> />
estamos viajando e o tempo para chegar em casa<<strong>br</strong> />
sem precisar de algum instrumento especial. No<<strong>br</strong> />
entanto, no exercício de algumas profissões, a<<strong>br</strong> />
precisão nas medidas é muito necessária para que<<strong>br</strong> />
não aconteçam erros na comunicação de<<strong>br</strong> />
resultados.<<strong>br</strong> />
4) Não, porque o pedaço de corda que Tião utilizou e um passo de João podem ter tamanhos diferentes.<<strong>br</strong> />
3) Resposta (a).<<strong>br</strong> />
2) Resposta (d).
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
5. Você utiliza instrumentos de medida em sua<<strong>br</strong> />
profissão ou no seu cotidiano? Quais?<<strong>br</strong> />
6. Descreva algum instrumento de medida que<<strong>br</strong> />
você conheça.<<strong>br</strong> />
7. O que poderia acontecer a um paciente se um<<strong>br</strong> />
técnico de laboratório não medisse de forma<<strong>br</strong> />
precisa a dosagem de um remédio?<<strong>br</strong> />
8. Escreva um <strong>br</strong>eve comentário so<strong>br</strong>e os versos<<strong>br</strong> />
do poeta português Fernando Pessoa, incluídos na<<strong>br</strong> />
música Argonautas, cantada por Caetano Veloso:<<strong>br</strong> />
“navegar é preciso, viver não é preciso".<<strong>br</strong> />
Em muitas situações, para medir com certa<<strong>br</strong> />
precisão é conveniente usar instrumentos<<strong>br</strong> />
apropriados. Todos os instrumentos de medida<<strong>br</strong> />
devem possuir uma graduação, ou um mostrador<<strong>br</strong> />
(analógico ou digital), para que possamos realizar<<strong>br</strong> />
uma leitura a respeito daquilo que está sendo<<strong>br</strong> />
mensurado.<<strong>br</strong> />
transferidor balança rádio relógio<<strong>br</strong> />
9. Escreva, usando a notação convencional, o<<strong>br</strong> />
peso dos objetos representados nas ilustrações<<strong>br</strong> />
seguintes:<<strong>br</strong> />
Balança doméstica Balança de armazém Balança digital<<strong>br</strong> />
9) 120g; 2,4kg; 5t.<<strong>br</strong> />
107
108<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Que tipo de profissionais utilizam os instrumentos seguintes?<<strong>br</strong> />
a) Uma fita métrica.<<strong>br</strong> />
c) Um “metro" de madeira.<<strong>br</strong> />
b) Um "metro" articulado.<<strong>br</strong> />
d) Uma trena.<<strong>br</strong> />
II. As unidades de medida que geralmente aparecem nesses instrumentos são o metro e o centímetro.<<strong>br</strong> />
Descreva uma situação em que o instrumento usado para medição é:<<strong>br</strong> />
a) uma fita métrica.<<strong>br</strong> />
b) uma trena.<<strong>br</strong> />
c) um metro de madeira.<<strong>br</strong> />
III. Quando os comprimentos são pequenos, usamos uma régua. Que pessoas usam esse tipo<<strong>br</strong> />
de instrumento no seu dia-a-dia?
2<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Iniciamos uma medição<<strong>br</strong> />
sempre pelo zero.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Observe a régua da figura: o intervalo entre o<<strong>br</strong> />
número 0 e número 10 está dividido em 10 partes<<strong>br</strong> />
iguais e cada uma destas partes corresponde a um<<strong>br</strong> />
centímetro. Cada centímetro também está<<strong>br</strong> />
subdividido em 10 partes iguais e cada uma<<strong>br</strong> />
corresponde a um milímetro.<<strong>br</strong> />
Veja como podemos ler o comprimento do lápis:<<strong>br</strong> />
Lemos: oitenta e três milímetros.<<strong>br</strong> />
Escrevemos: 83mm.<<strong>br</strong> />
Lemos: oito centímetros e três milímetros.<<strong>br</strong> />
Escrevemos: 8,3cm.<<strong>br</strong> />
10. Determine o comprimento aproximado da<<strong>br</strong> />
escova de dente em milímetros e em centímetros.<<strong>br</strong> />
Em seguida, escreva como lemos essas medidas.<<strong>br</strong> />
I. Um segmento de reta mede 5,4cm. Um estudante desenhou um segmento de reta com a<<strong>br</strong> />
metade desse comprimento e outro com o do<strong>br</strong>o. Assinale as medidas corretas de cada<<strong>br</strong> />
segmento de reta traçado:<<strong>br</strong> />
a) 14mm e 27mm<<strong>br</strong> />
b) 27mm e 54mm<<strong>br</strong> />
c) 27mm e 108mm<<strong>br</strong> />
d) 54mm e 108mm<<strong>br</strong> />
10) 150 mm; centro e cinqüenta milímetros. 15cm; quinze centímetros.<<strong>br</strong> />
109
110<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Usando as medidas para compreender<<strong>br</strong> />
fenômenos naturais e do cotidiano<<strong>br</strong> />
Os enfermeiros prestam importantes serviços à<<strong>br</strong> />
população. Não só cuidam de doentes, como<<strong>br</strong> />
também ajudam as pessoas a conservarem bem a<<strong>br</strong> />
saúde. Eles trabalham em hospitais, postos de<<strong>br</strong> />
saúde, consultórios médicos e em fá<strong>br</strong>icas. Em<<strong>br</strong> />
qualquer desses lugares eles precisam medir<<strong>br</strong> />
alturas, pesos, pressões arteriais, dar dosagem certa<<strong>br</strong> />
de remédios, ler e interpretar receitas médicas.<<strong>br</strong> />
11. Nas maternidades, quando um bebê nasce,<<strong>br</strong> />
quais são as medidas anotadas na sua ficha de<<strong>br</strong> />
registro? Faça uma pesquisa entrevistando<<strong>br</strong> />
pessoas que trabalham em hospitais ou mães que<<strong>br</strong> />
tiveram filhos em maternidades.<<strong>br</strong> />
12. Se você fosse um enfermeiro, qual a unidade<<strong>br</strong> />
mais adequada que escolheria para medir:<<strong>br</strong> />
a) A altura de um recém nascido?<<strong>br</strong> />
b) A altura de um adulto?<<strong>br</strong> />
c) O peso de um recém nascido?<<strong>br</strong> />
d) O peso de um adulto?<<strong>br</strong> />
Em situações como a medida da altura do bebê,<<strong>br</strong> />
em que temos um comprimento pequeno, usamos<<strong>br</strong> />
o centímetro.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
13. Existe uma relação entre centímetro e metro.<<strong>br</strong> />
Qual é essa relação?<<strong>br</strong> />
Se você respondeu que "um centímetro é um<<strong>br</strong> />
centésimo do metro", acertou. Podemos escrever<<strong>br</strong> />
essa relação usando notações fracionária ou<<strong>br</strong> />
decimal:<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1cm = m ou 1cm = 0,01m<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
Um comprimento medido numa determinada<<strong>br</strong> />
unidade também pode ser indicado numa outra<<strong>br</strong> />
unidade de comprimento. Por exemplo, se um bebê<<strong>br</strong> />
mede 46cm podemos também escrever 0,46m.<<strong>br</strong> />
14. Se um centímetro é um centésimo do metro,<<strong>br</strong> />
então um metro corresponde a quantos<<strong>br</strong> />
centímetros? Complete: 1 m =... cm<<strong>br</strong> />
15. Qual é a altura, em cm, de uma criança<<strong>br</strong> />
de 1,24m?<<strong>br</strong> />
Quando é necessário medir extensões ainda maiores, como o comprimento de uma estrada ou<<strong>br</strong> />
a distância entre duas cidades, a unidade de medida empregada é o quilômetro, pois o metro<<strong>br</strong> />
não é uma unidade adequada para medir grandes comprimentos.<<strong>br</strong> />
I. Você sabe quantos metros há em um quilômetro? E qual é o símbolo para representar essa<<strong>br</strong> />
unidade?<<strong>br</strong> />
II. Escreva duas situações em que se utiliza o quilômetro como unidade de medida.<<strong>br</strong> />
Agora, confira. Por exemplo: Se dissermos que um hospital está a 15km do centro da cidade,<<strong>br</strong> />
15km significa 15.000m. "Economizamos zeros" na escrita quando representamos grandes<<strong>br</strong> />
comprimentos utilizando uma unidade que seja um múltiplo do metro.<<strong>br</strong> />
O quilômetro é um múltiplo do metro.<<strong>br</strong> />
1 quilômetro = 1.000 metros 1km = 1.000 m<<strong>br</strong> />
15) 124cm.<<strong>br</strong> />
14) 1m = 100cm<<strong>br</strong> />
13) 1 centímetro = 1/100 do metro.<<strong>br</strong> />
12) a) centímetro. b) metro. c) grama. d) quilograma.
4<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Em relação ao peso do bebê, a unidade mais utilizada é o quilograma. Porém, em alguns<<strong>br</strong> />
casos, como os dos prematuros, usa-se o grama.<<strong>br</strong> />
Também existe uma relação entre quilograma e grama. Um grama é um milésimo do quilograma.<<strong>br</strong> />
I. Usando notações fracionária ou decimal, escreva a relação entre um grama e um<<strong>br</strong> />
quilograma.<<strong>br</strong> />
A massa de um corpo medido numa determinada unidade também pode ser indicada numa<<strong>br</strong> />
outra unidade de massa. Por exemplo: se um bebê pesa 1235 g, podemos também escrever<<strong>br</strong> />
1,235kg.<<strong>br</strong> />
II. Complete: 1kg = _________g<<strong>br</strong> />
III. Uma criança pesa 8,210kg. Qual é o seu peso em gramas?<<strong>br</strong> />
Para objetos com peso muito pequeno, a unidade empregada é o miligrama, por ser mais<<strong>br</strong> />
adequada. Isto é, podemos mais facilmente imaginar um objeto pequeno com o peso dado em<<strong>br</strong> />
miligramas.<<strong>br</strong> />
IV. Você sabe quantos gramas tem um miligrama? E qual é o símbolo para representar essa<<strong>br</strong> />
unidade?<<strong>br</strong> />
V. Escreva uma situação em que se utiliza o miligrama como unidade de medida.<<strong>br</strong> />
Agora, confira.<<strong>br</strong> />
O miligrama é um submúltiplo do grama.<<strong>br</strong> />
1 miligrama = 0,001 grama 1mg = 0,001g<<strong>br</strong> />
Se dissermos que um objeto pesa 250 mg, podemos também escrever 0,250 g.<<strong>br</strong> />
VI. Complete: 1g = _________mg<<strong>br</strong> />
© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />
Vamos ajudar a enfermeira a obter uma resposta<<strong>br</strong> />
para essa pergunta.<<strong>br</strong> />
Vamos escrever, usando símbolos, o peso do nenê.<<strong>br</strong> />
Quando nasceu: 921g.<<strong>br</strong> />
Seis meses depois: 5,058kg.<<strong>br</strong> />
Para comparar ou fazer cálculos com medidas de<<strong>br</strong> />
massa, é importante que elas estejam na mesma<<strong>br</strong> />
unidade. Assim, para saber quantos gramas o<<strong>br</strong> />
bebê ganhou em seis meses, podemos transformar<<strong>br</strong> />
5,058 kg em g e depois calcular a diferença entre<<strong>br</strong> />
essas medidas.<<strong>br</strong> />
5,058kg = (5,058 X 1000) g = 5058g<<strong>br</strong> />
5058g – 921g = 4137g<<strong>br</strong> />
Logo, em seis meses o bebê ganhou 4137 gramas<<strong>br</strong> />
ou 4,137kg.<<strong>br</strong> />
111
112<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
16. Num posto de saúde, uma enfermeira fez o<<strong>br</strong> />
seguinte comentário a uma mãe: "seu filho<<strong>br</strong> />
cresceu 6cm e engordou 520g". Com essas<<strong>br</strong> />
observações complete a ficha seguinte:<<strong>br</strong> />
Nome: Marcelo Faria<<strong>br</strong> />
Data de nascimento: 06/10/2001<<strong>br</strong> />
Mãe: Rosa Faria<<strong>br</strong> />
Data da visita Idade Altura Peso<<strong>br</strong> />
08/11/2001<<strong>br</strong> />
10/03/2002<<strong>br</strong> />
1 mês 45cm 3,342kg<<strong>br</strong> />
17. O bebê de Deise tem 10 meses, mede 67cm e<<strong>br</strong> />
pesa 9,345kg. Desde que nasceu, ele cresceu 6cm<<strong>br</strong> />
e aumentou 6,375g. Quais eram a altura e o peso<<strong>br</strong> />
desse bebê quando nasceu?<<strong>br</strong> />
Horácio trabalha no pronto-socorro de um grande<<strong>br</strong> />
hospital. Hoje é dia de seu plantão noturno. Ele<<strong>br</strong> />
está atendendo a um doente com fe<strong>br</strong>e muito alta.<<strong>br</strong> />
© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />
Para medir a capacidade de pequenos frascos,<<strong>br</strong> />
onde geralmente estão condicionados os<<strong>br</strong> />
remédios, a unidade mais utilizada é mililitro,<<strong>br</strong> />
que é um submúltiplo do litro. O símbolo dessa<<strong>br</strong> />
unidade é ml.<<strong>br</strong> />
Também existe uma relação entre mililitro e o<<strong>br</strong> />
litro. Um mililitro é igual a um milésimo do litro.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
1 ml = l ou 1 ml = 0,001l<<strong>br</strong> />
1000<<strong>br</strong> />
19) Bebo todos os dias 1 litro de leite. Existem outras resposta.<<strong>br</strong> />
18) 1l = 1.000ml<<strong>br</strong> />
18. Complete: 1l = ___________ml<<strong>br</strong> />
19. Descreva uma situação em que você usa o<<strong>br</strong> />
litro como unidade de medida.<<strong>br</strong> />
20. Procure em jornais e revistas rótulos de<<strong>br</strong> />
produtos medidos em litros e mililitros.<<strong>br</strong> />
17) 2,97kg.<<strong>br</strong> />
16) 6 meses; 51cm; 3,862kg.
5<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Se a capacidade de um frasco é de 3,75l qual é a sua capacidade em ml? Por quê?<<strong>br</strong> />
II. Os enfermeiros devem tomar muito cuidado na leitura das dosagens de remédio que dão<<strong>br</strong> />
aos pacientes. Numa prescrição médica a recomendação era diluir 20 gotas de um certo<<strong>br</strong> />
remédio em 2,5ml de água. Ao ler essa recomendação uma pessoa trocou 2,5ml por 2,5l.<<strong>br</strong> />
Explique por que o paciente não teve nenhuma melhora.<<strong>br</strong> />
III. Num recipiente foi preparada uma solução, adicionando 700ml de glicerina a 1,050l de água.<<strong>br</strong> />
Com base nas informações apresentadas, pode-se afirmar que o recipiente contém:<<strong>br</strong> />
a) 1,750 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />
b) 1.750 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />
c) 701,050 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />
d) 701.050 ml dessa solução.<<strong>br</strong> />
IV. O número que expressa a proporção de glicerina na solução é:<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
a) 0,4 b) c) d)1,5<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Todo corpo ocupa um lugar no espaço e possui<<strong>br</strong> />
um volume, que pode ser obtido por meio de uma<<strong>br</strong> />
unidade de volume. Por exemplo:<<strong>br</strong> />
Pode-se usar o termo capacidade para designar o<<strong>br</strong> />
volume contido num recipiente. Por isso é<<strong>br</strong> />
freqüente utilizarmos, também, o litro como<<strong>br</strong> />
unidade de volume.<<strong>br</strong> />
O volume de um cubo, cujas arestas medem 1dm,<<strong>br</strong> />
é calculado multiplicando-se a medida das<<strong>br</strong> />
arestas desse cubo por ela mesma, 3 vezes.<<strong>br</strong> />
Volume = 1dm X 1dm X 1dm = 1dm 3<<strong>br</strong> />
O volume desse cubo pode ser expresso na<<strong>br</strong> />
unidade litro. Dizemos que seu volume é 1 litro.<<strong>br</strong> />
Assim:<<strong>br</strong> />
1 litro = 1dm 3<<strong>br</strong> />
21. Uma caixa d’água tem a forma de um cubo<<strong>br</strong> />
com 1m de aresta.<<strong>br</strong> />
a) Qual é o volume dessa caixa em m 3<<strong>br</strong> />
?<<strong>br</strong> />
b) Como 1m 3<<strong>br</strong> />
= 1000dm 3<<strong>br</strong> />
, qual é a capacidade<<strong>br</strong> />
dessa caixa em litros?<<strong>br</strong> />
22. Verifique, em rótulos de embalagens, a<<strong>br</strong> />
informação so<strong>br</strong>e o volume do produto contido.<<strong>br</strong> />
Anote o produto escolhido e o volume indicado.<<strong>br</strong> />
. b) 1.000l<<strong>br</strong> />
21) a) 1m 2<<strong>br</strong> />
113
114<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
As medidas e a resolução de problemas<<strong>br</strong> />
© Mauro Britto . 2002<<strong>br</strong> />
23. Observe a ilustração e utilize os números<<strong>br</strong> />
dos quadros para completar a história.<<strong>br</strong> />
31ºC 2,5l 60km 2l 7h 500ml<<strong>br</strong> />
200g 90cm 5m 6h30min 90cm 45,2l<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
39,7ºC 37ºC 1.000m kg 10h<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Verão de 2002. Naquele sábado fazia muito calor,<<strong>br</strong> />
a temperatura estava por volta de ______ Na<<strong>br</strong> />
televisão, a moça do tempo anunciava que o<<strong>br</strong> />
domingo ia ser de muito sol.<<strong>br</strong> />
A família Pereira, que morava em São Diogo,<<strong>br</strong> />
planejou passar o dia na praia, que ficava a<<strong>br</strong> />
______ de distância.<<strong>br</strong> />
Logo todos se dispuseram a ajudar. Dona Lúcia<<strong>br</strong> />
pegou o seu famoso livro de receitas para fazer o<<strong>br</strong> />
bolo que era o predileto da família.<<strong>br</strong> />
Julieta ficou encarregada de fazer o patê. A<strong>br</strong>iu<<strong>br</strong> />
uma lata de sardinha de ______ , misturou com 5<<strong>br</strong> />
colheres de maionese, ______ de tomate, 2<<strong>br</strong> />
colheres de mostarda, um maço de salsinha, 1<<strong>br</strong> />
cebola picada e colocou uma pitada de sal.<<strong>br</strong> />
Romeu foi ao supermercado, comprou 2 garrafas<<strong>br</strong> />
de refrigerante de ______cada uma e 3 latas de<<strong>br</strong> />
cervejas de ______ cada.<<strong>br</strong> />
As gêmeas Anita e Antonia separaram os<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>inquedos de praia e uma corda de ______, pois<<strong>br</strong> />
pular corda e <strong>br</strong>incar de foguinho era o que mais<<strong>br</strong> />
gostavam de fazer.<<strong>br</strong> />
Para adiantar, "Seu" Paulo foi ao posto de<<strong>br</strong> />
gasolina e colocou ______ de combustível no<<strong>br</strong> />
carro e pediu para completar o óleo do motor<<strong>br</strong> />
com uma lata de ______ .<<strong>br</strong> />
Dona Lúcia providenciou uma toalha de mesa<<strong>br</strong> />
quadrada de ______ por ______ .<<strong>br</strong> />
Na manhã seguinte às ______ todos já estavam<<strong>br</strong> />
de pé. Rapidamente tomaram o café e meia hora<<strong>br</strong> />
depois, às ______ já estavam a caminho do mar.<<strong>br</strong> />
Quando o carro tinha já percorrido umas 10<<strong>br</strong> />
quadras, Antonia deu falta de Anita. "Seu" Paulo<<strong>br</strong> />
virou o carro, voltou cerca de ______ e entrou<<strong>br</strong> />
correndo em casa. Chamou pela filha, que não<<strong>br</strong> />
respondia. Ao entrar no quarto, a viu ardendo<<strong>br</strong> />
em fe<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />
Dona Lúcia, que veio logo atrás, pegou um<<strong>br</strong> />
termômetro e se assustou. A menina estava com<<strong>br</strong> />
______ . Imediatamente deu um antitérmico e um<<strong>br</strong> />
banho morno na menina. Uma hora depois, a fe<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
cedeu para ______ .Todos respiraram aliviados.<<strong>br</strong> />
Eram ______ Muito tarde para ir à praia. Para não<<strong>br</strong> />
frustrar os filhos, Dona Lúcia decidiu fazer um<<strong>br</strong> />
piquenique à beira da represa que ficava bem<<strong>br</strong> />
perto da casa deles, o que deixou todo mundo feliz.<<strong>br</strong> />
Respostas ao pé da página.<<strong>br</strong> />
31º C; 60km; 200g; 1/4kg; 2l; 500 ml; 5m; 45,2l; 2,5l; 90cm; 90cm; 6h30min; 7h; 1.000m; 39,7ºC; 37ºC; 10h
6<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Julieta aprendeu na escola que, ao comprar alimentos, deve observar com atenção os prazos<<strong>br</strong> />
indicados nos rótulos. Antes de a<strong>br</strong>ir uma lata de sardinha leu as informações abaixo.<<strong>br</strong> />
Data de fa<strong>br</strong>icação: 12/02/2000.<<strong>br</strong> />
Validade até: 25/05/2002.<<strong>br</strong> />
I. Verificou que o produto está vencido há 2 meses e 4 dias. Qual é a data em que Julieta está<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>indo essa lata de sardinha?<<strong>br</strong> />
II. Julieta quis saber o tempo de validade, em anos, meses e dias, desse produto. Se você<<strong>br</strong> />
responder às questões seguintes, poderá dar a informação à menina. Vejamos:<<strong>br</strong> />
a) Qual foi a data de fa<strong>br</strong>icação do produto?<<strong>br</strong> />
b) Qual é a data de vencimento da validade?<<strong>br</strong> />
c) Quantos anos se passaram de 12 de fevereiro de 2000 a 12 de fevereiro de 2002?<<strong>br</strong> />
d) Quantos meses há de 12 de fevereiro de 2002 a 12 de maio de 2002?<<strong>br</strong> />
e) Quantos dias há de 12 de maio de 2002 a 25 de maio de 2002?<<strong>br</strong> />
f) Agora você poderia dizer, em anos, meses e dias, qual foi o tempo de validade do produto?<<strong>br</strong> />
III. Romeu nasceu em 25 de junho de 1986 e Julieta em15 de dezem<strong>br</strong>o de 1983.<<strong>br</strong> />
a) Quem nasceu primeiro, Romeu ou Julieta?<<strong>br</strong> />
b) Qual é a diferença de idade entre eles, em anos, meses e dias?<<strong>br</strong> />
IV. Dona Lúcia comprou 5 pacotes de café com kg. Todos esses pacotes juntos pesam:<<strong>br</strong> />
a) menos do que 1kg.<<strong>br</strong> />
b) mais do que 1kg.<<strong>br</strong> />
c) 1kg.<<strong>br</strong> />
d) 1,5kg.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
V. Dona Lúcia deu uma nota de R$ 10,00 para <strong>pag</strong>ar os 5 pacotes de kg e recebeu de troco<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
R$4,00. Com base nas informações apresentadas, pode-se afirmar que o preço de um quilo de<<strong>br</strong> />
café é:<<strong>br</strong> />
a) R$ 1,20.<<strong>br</strong> />
b) R$ 4,00.<<strong>br</strong> />
c) R$ 4,80.<<strong>br</strong> />
d) R$ 6,00.<<strong>br</strong> />
115
116<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Informações<<strong>br</strong> />
e argumentos<<strong>br</strong> />
CONTRAPISO GANHA ACABAMENTO<<strong>br</strong> />
FINAL E BARATEIA A OBRA<<strong>br</strong> />
Apesar de o piso representar só 2% do<<strong>br</strong> />
gasto para a construção de uma casa,<<strong>br</strong> />
há formas de reduzir ainda mais os<<strong>br</strong> />
custos. Um meio é fazer um contrapiso<<strong>br</strong> />
que dispense revestimentos.<<strong>br</strong> />
São três tipos de acabamento: o<<strong>br</strong> />
marmorizado, o piso caipira e o<<strong>br</strong> />
queimado, propriamente dito. São<<strong>br</strong> />
soluções relativamente baratas e que<<strong>br</strong> />
podem ser colocadas nos ambientes<<strong>br</strong> />
internos.<<strong>br</strong> />
Em um dia de trabalho, é possível<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ir uma área de 10m x 12m. O<<strong>br</strong> />
preço do metro quadrado do material<<strong>br</strong> />
começa em R$18,00, para o piso<<strong>br</strong> />
caipira, R$20,00 para o acabamento<<strong>br</strong> />
queimado e R$35,00 para o<<strong>br</strong> />
marmorizado.<<strong>br</strong> />
Folha de S. Paulo, São Paulo, 24 mar. 2002.<<strong>br</strong> />
Jorge é um vendedor de uma loja de materiais<<strong>br</strong> />
para construção.<<strong>br</strong> />
Ele tem um cliente que pretende revestir com lajotas<<strong>br</strong> />
um salão que mede 10m de largura por 12m de<<strong>br</strong> />
comprimento. Este cliente leu a matéria, acima,<<strong>br</strong> />
publicada em um jornal, e foi consultar Jorge.<<strong>br</strong> />
24. Qual é o assunto da matéria?<<strong>br</strong> />
25. Quais os tipos de acabamento que são<<strong>br</strong> />
oferecidos para um contrapiso que dispensa<<strong>br</strong> />
revestimento?<<strong>br</strong> />
26. O que você entende da frase: "Em um dia<<strong>br</strong> />
de trabalho, é possível co<strong>br</strong>ir uma área de<<strong>br</strong> />
10mx12m"?<<strong>br</strong> />
27. Explique o que significa: "O preço do metro<<strong>br</strong> />
quadrado do material começa em R$18,00".<<strong>br</strong> />
28. Qual é o preço do metro quadrado para o<<strong>br</strong> />
contrapiso com acabamento caipira?<<strong>br</strong> />
Usamos o metro quadrado para medir áreas de<<strong>br</strong> />
piso. Por isso, é freqüente calcularmos os seus<<strong>br</strong> />
preços tomando como referência o preço de um<<strong>br</strong> />
metro quadrado.<<strong>br</strong> />
O metro quadrado é a unidade de base de<<strong>br</strong> />
medida de área, adotado pelo Sistema<<strong>br</strong> />
Internacional de Unidades.<<strong>br</strong> />
É a área de uma superfície delimitada por um<<strong>br</strong> />
quadrado de 1 metro de lado.<<strong>br</strong> />
A expressão "metro quadrado" é representada<<strong>br</strong> />
pelo símbolo m 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Considerando o quadrado como unidade de<<strong>br</strong> />
medida, dizemos que:<<strong>br</strong> />
A área da superfície A é 10 .<<strong>br</strong> />
superficie A<<strong>br</strong> />
A área da superfície B é 9 .<<strong>br</strong> />
superfície B<<strong>br</strong> />
29. Dê outros exemplos de situações cotidianas<<strong>br</strong> />
que envolvem cálculo de área.<<strong>br</strong> />
Para se ter uma idéia do que é área de uma<<strong>br</strong> />
superfície, vamos representar a sala do cliente de<<strong>br</strong> />
Jorge pelo retângulo maior seguinte. Quantos<<strong>br</strong> />
quadrados de 1m de lado, representado por ,<<strong>br</strong> />
cabem nesse retângulo?<<strong>br</strong> />
10m<<strong>br</strong> />
24) Para economizar, utilizar contrapiso que dispensa revestimentos.<<strong>br</strong> />
25) Três tipos: marmorizados, caipira e queimado.<<strong>br</strong> />
26) Em um dia um pedreiro pode fazer o contrapiso sem revestimentos numa área de 10m por 12m.<<strong>br</strong> />
27) O preço por metro quadrado do contrapiso com acabamento mais barato é de R$ 18,00.<<strong>br</strong> />
28) R$ 18,00.<<strong>br</strong> />
29) Um terreno mede 10m de frente por 30m de fundo. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />
12m
7<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
largura<<strong>br</strong> />
comprimento<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Se você respondeu 120, acertou. Dizemos que a<<strong>br</strong> />
área da sala de Jorge é de 120 metros quadrados<<strong>br</strong> />
e representamos por 120 m 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Escrevendo aquela área sob forma de<<strong>br</strong> />
multiplicação, temos:<<strong>br</strong> />
(10m X 12m) = 120m 2<<strong>br</strong> />
, ou seja, calculando o<<strong>br</strong> />
produto da medida do comprimento pela medida<<strong>br</strong> />
da largura, obtemos:<<strong>br</strong> />
Área = 10m X 12m = 120 m 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Jorge é um bom vendedor. Foi logo saber se realmente o processo descrito no artigo do jornal<<strong>br</strong> />
era mais econômico. Como seu cliente é muito criterioso, Jorge precisa de bons argumentos<<strong>br</strong> />
para convencê-lo. E nada melhor que os números para ser convincente.<<strong>br</strong> />
Vamos ajudar Jorge a construir esses argumentos, fazendo alguns cálculos.<<strong>br</strong> />
I. Para fazer um contrapiso com acabamento caipira, numa área igual à do cliente de Jorge, é<<strong>br</strong> />
preciso:<<strong>br</strong> />
• contratar um pedreiro, que co<strong>br</strong>a aproximadamente R$ 35,00 por um dia de trabalho;<<strong>br</strong> />
• <strong>pag</strong>ar R$18,00 por metro quadrado do material. Calcule o gasto total nesse caso.<<strong>br</strong> />
II. Para fazer um piso com revestimentos é necessário:<<strong>br</strong> />
• contratar um pedreiro por 5 dias, dois para fazer só o contrapiso e três dias para<<strong>br</strong> />
colocar as lajotas;<<strong>br</strong> />
• gastar R$400,00 com cimento, areia e pedra;<<strong>br</strong> />
• comprar lajotas.<<strong>br</strong> />
Calcule o total que gastará nessa opção, sabendo que o metro quadrado das lajotas que o<<strong>br</strong> />
cliente escolheu custa R$15,00, e que terá que comprar 10% a mais de metragem para<<strong>br</strong> />
compensar as possíveis perdas.<<strong>br</strong> />
III. Calcule a diferença entre os gastos nas duas opções.<<strong>br</strong> />
Agora utilize as respostas das questões que você respondeu e escolha a forma mais<<strong>br</strong> />
econômica: fazer contrapiso com acabamento ou colocar lajotas. Faça um resumo para<<strong>br</strong> />
Jorge justificando<<strong>br</strong> />
a sua opção.<<strong>br</strong> />
117
118<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. A mulher do cliente não a<strong>br</strong>e mão das<<strong>br</strong> />
lajotas. Para agradá-la, Jorge sugeriu que se<<strong>br</strong> />
fizesse uma faixa de lajota de 2m em toda a<<strong>br</strong> />
volta da sala e no centro, o contrapiso com<<strong>br</strong> />
acabamento marmorizado. Neste caso, quanto<<strong>br</strong> />
metros quadrados gastaria só de lajotas?<<strong>br</strong> />
II. Com 100 ladrilhos quadrados de 0,30m de<<strong>br</strong> />
lado, pode-se co<strong>br</strong>ir um piso de:<<strong>br</strong> />
a) 0,90m2 .<<strong>br</strong> />
b) 9m2 .<<strong>br</strong> />
c) 90m2 .<<strong>br</strong> />
d) 900m2 .<<strong>br</strong> />
III. Considere as afirmações, coloque V se for verdadeira e F, se for falsa:<<strong>br</strong> />
( ) O metro quadrado é a área delimitada por um quadrado de 1m de lado.<<strong>br</strong> />
( ) O metro cúbico é o espaço ocupado por um cubo de 1dm de aresta.<<strong>br</strong> />
( ) 1 litro=1dm3 .<<strong>br</strong> />
O a<strong>pag</strong>ão e medidas adequadas<<strong>br</strong> />
Nos primeiros meses do ano de 2001, a notícia de<<strong>br</strong> />
que a energia elétrica ia acabar parecia mais um<<strong>br</strong> />
assunto que os meios de comunicação costumam<<strong>br</strong> />
divulgar. E como ocorre com toda manchete desse<<strong>br</strong> />
tipo, passou a ser o centro também nas nossas<<strong>br</strong> />
rodas de conversa.<<strong>br</strong> />
Porém, um dia o racionamento de energia, que<<strong>br</strong> />
apelidamos de a<strong>pag</strong>ão, começou. Era 4 de junho<<strong>br</strong> />
de 2001.<<strong>br</strong> />
Você, também foi pego de surpresa?<<strong>br</strong> />
O que aprendeu com o a<strong>pag</strong>ão?<<strong>br</strong> />
Muita gente, nessa época, tomou conhecimento<<strong>br</strong> />
que a energia elétrica é medida em watt-hora.<<strong>br</strong> />
Como essa unidade é muito pequena, as<<strong>br</strong> />
companhias de energia elétrica usam o<<strong>br</strong> />
quilowatt-hora, cujo símbolo é kWh.<<strong>br</strong> />
10m<<strong>br</strong> />
2m<<strong>br</strong> />
2m 2m<<strong>br</strong> />
12m<<strong>br</strong> />
Um quilowatt-hora (1kWh) é a quantidade de<<strong>br</strong> />
energia consumida por um aparelho de potência<<strong>br</strong> />
de 1kW em uma hora.<<strong>br</strong> />
1kWh corresponde ao consumo de um aparelho<<strong>br</strong> />
de potência 1 000 W durante uma hora.<<strong>br</strong> />
1kWh = 1 000Wh<<strong>br</strong> />
Muita gente, sem a<strong>br</strong>ir mão do conforto,<<strong>br</strong> />
aprendeu também a economizar energia tomando<<strong>br</strong> />
pequenos cuidados como, a<strong>pag</strong>ar a luz quando<<strong>br</strong> />
sair de um ambiente, ligar o chuveiro só na hora<<strong>br</strong> />
do banho e desligar a televisão se não houver<<strong>br</strong> />
alguém assistindo.<<strong>br</strong> />
2m
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
30. Em junho de 2001, a média do consumo<<strong>br</strong> />
mensal de energia da sua família era maior que,<<strong>br</strong> />
menor que, ou igual a 100 kWh?<<strong>br</strong> />
31. A sua família precisou reduzir o consumo de<<strong>br</strong> />
energia?<<strong>br</strong> />
Em caso afirmativo, de quanto foi a redução?<<strong>br</strong> />
Quais as medidas tomadas para diminuir o<<strong>br</strong> />
consumo de energia?<<strong>br</strong> />
Apesar dos contratempos, o a<strong>pag</strong>ão trouxe, para<<strong>br</strong> />
uma parte da população <strong>br</strong>asileira, a<<strong>br</strong> />
conscientização so<strong>br</strong>e a necessidade do combate<<strong>br</strong> />
ao desperdício de energia elétrica. Mostrou também<<strong>br</strong> />
como é importante usarmos os recursos que temos<<strong>br</strong> />
à disposição de forma eficiente e econômica, para<<strong>br</strong> />
que haja energia suficiente no futuro.<<strong>br</strong> />
Não basta a participação de uma parte da<<strong>br</strong> />
população. É fundamental que todos se<<strong>br</strong> />
disponham a cooperar. E, para começar, podemos<<strong>br</strong> />
fazer periodicamente um maior controle do nosso<<strong>br</strong> />
gasto mensal de eletricidade.<<strong>br</strong> />
Para isso é preciso saber "ler" o medidor (relógio<<strong>br</strong> />
de luz). É o instrumento utilizado para medir e<<strong>br</strong> />
registrar o consumo de eletricidade, que é medida<<strong>br</strong> />
em quilowatt hora (kWh).<<strong>br</strong> />
Existem dois tipos:<<strong>br</strong> />
Apresenta os algarismos em<<strong>br</strong> />
formato digital.<<strong>br</strong> />
É composto por<<strong>br</strong> />
quatro relógios.<<strong>br</strong> />
Para ler esses equipamentos procedemos das<<strong>br</strong> />
seguintes maneiras :<<strong>br</strong> />
• no caso do mostrador digital, os números que<<strong>br</strong> />
aparecem no visor já indicam o valor da leitura.<<strong>br</strong> />
• no analógico, os ponteiros giram no sentido<<strong>br</strong> />
horário e anti-horário e no sentido crescente<<strong>br</strong> />
dos números.<<strong>br</strong> />
Considere o último número ultrapassado pelo<<strong>br</strong> />
ponteiro de cada um dos quatro relógios. Sempre<<strong>br</strong> />
que o ponteiro estiver entre dois números, deverá<<strong>br</strong> />
ser considerado o menor valor.<<strong>br</strong> />
119
120<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
32. Qual é o valor obtido na leitura do<<strong>br</strong> />
medidor ao lado?<<strong>br</strong> />
33. Um medidor apresentou a seguinte<<strong>br</strong> />
leitura: 1.740kWh. Coloque ponteiros nos<<strong>br</strong> />
relógios para indicar esse valor<<strong>br</strong> />
aproximadamente.<<strong>br</strong> />
Suponha que você queira verificar o seu consumo<<strong>br</strong> />
médio de energia durante uma semana. Para fazer<<strong>br</strong> />
esse cálculo você deverá:<<strong>br</strong> />
No primeiro dia, anotar a última leitura do mês<<strong>br</strong> />
anterior que está no campo de leitura da sua<<strong>br</strong> />
conta de energia elétrica.<<strong>br</strong> />
consumo médio =<<strong>br</strong> />
Anotar o valor da leitura atual do seu medidor e<<strong>br</strong> />
subtrair da leitura atual a última leitura do mês<<strong>br</strong> />
anterior.<<strong>br</strong> />
9.200kWh<<strong>br</strong> />
9.200kWh (leitura atual)<<strong>br</strong> />
- 8.935kWh (leitura anterior)<<strong>br</strong> />
265kWh (consumo parcial)<<strong>br</strong> />
Repetir esse procedimento de cálculo para os<<strong>br</strong> />
outros seis dias que seguem.<<strong>br</strong> />
O seu consumo médio (cm) nessa semana será a<<strong>br</strong> />
média aritmética dos valores obtidos. Essa média é<<strong>br</strong> />
calculada dividindo a soma desses valores por 7.<<strong>br</strong> />
Por exemplo, suponha que o seu consumo nos<<strong>br</strong> />
outros dias tenha sido: 272kWh, 288kWh,<<strong>br</strong> />
291kWh, 304kWh, 309kWh, 315kWh.<<strong>br</strong> />
265+272+288+291+304+309+315<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
= 292<<strong>br</strong> />
Logo, o seu consumo médio de energia durante<<strong>br</strong> />
uma certa semana foi de 292kWh.<<strong>br</strong> />
32) 6.431kWh
9<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Durante a política de racionamento de energia elétrica uma pessoa anotou os valores a<<strong>br</strong> />
seguir, tomados semanalmente do medidor de luz, durante quatro semanas de um mês:<<strong>br</strong> />
9.405kWh.<<strong>br</strong> />
9.625 kWh.<<strong>br</strong> />
9.839 kWh.<<strong>br</strong> />
10.057 kWh.<<strong>br</strong> />
Sabendo que, na última leitura do mês anterior, o medidor registrou 9.189 kWh, o consumo<<strong>br</strong> />
médio mensal dessa família foi de:<<strong>br</strong> />
a) 216 kWh.<<strong>br</strong> />
b) 217 kWh.<<strong>br</strong> />
c) 868 kWh.<<strong>br</strong> />
d) 9.732 kWh.<<strong>br</strong> />
Fique Atento<<strong>br</strong> />
Para facilitar o esclarecimento de dúvidas so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
seu consumo de energia, antes de recorrer à<<strong>br</strong> />
agência de atendimento de seu bairro ou cidade,<<strong>br</strong> />
recomenda-se que anote a posição dos ponteiros<<strong>br</strong> />
ou números nas figuras impressas no verso de<<strong>br</strong> />
uma conta.<<strong>br</strong> />
121
122<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Uma pessoa, com dúvidas so<strong>br</strong>e o consumo de energia elétrica fez as anotações abaixo. O<<strong>br</strong> />
seu consumo médio mensal, nos últimos 6 meses é 250 kWh.<<strong>br</strong> />
Leitura anterior: 3 452 kWh<<strong>br</strong> />
Leitura atual:<<strong>br</strong> />
Assinale a opção que completa corretamente a sentença:<<strong>br</strong> />
Essa pessoa:<<strong>br</strong> />
a) não precisa se preocupar porque seu consumo atual é aproximadamente igual ao consumo<<strong>br</strong> />
médio mensal.<<strong>br</strong> />
b) pode ficar despreocupada porque seu consumo atual está aquém do seu consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />
c) precisa tomar alguma providência porque o seu consumo de energia aumentou 100% em<<strong>br</strong> />
relação ao consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />
d) tem motivo para ficar preocupada, porque o seu consumo de energia aumentou 224% em<<strong>br</strong> />
relação ao consumo médio mensal.<<strong>br</strong> />
II. Uma conta de luz apresentou os seguintes dados:<<strong>br</strong> />
O valor do ICMS (Imposto so<strong>br</strong>e Consumo de Mercadorias e Serviços) tem como base de<<strong>br</strong> />
cálculo o total que o consumidor <strong>pag</strong>ou e a alíquota incide so<strong>br</strong>e esse valor. O total <strong>pag</strong>o é a<<strong>br</strong> />
soma do consumo mensal com ICMS e ECE (Encargo de Capacidade Emergencial).<<strong>br</strong> />
Nessa conta de luz,<<strong>br</strong> />
a) Qual o valor do ICMS?<<strong>br</strong> />
b) Qual o valor do ECE?<<strong>br</strong> />
c) Se esse consumidor quiser que sua despesa mensal com energia seja por volta de R$ 60,00,<<strong>br</strong> />
quanto de energia elétrica deveria gastar, aproximadamente? Escreva uma proposta que seja<<strong>br</strong> />
adequada para que ele alcance essa meta.<<strong>br</strong> />
(Suponha que a alíquota do cálculo de ICMS, o ECE e o valor da tarifa permaneçam os<<strong>br</strong> />
mesmos).
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
I. a) Costureiras b) Pedreiros c) Vendedor de tecidos d) Marceneiro.<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
a) Um alfaiate tirando as medidas de um cliente.<<strong>br</strong> />
b) Um pedreiro medindo uma janela.<<strong>br</strong> />
c) Um vendedor de tecidos medindo um pedaço de pano. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />
III. Os estudantes.<<strong>br</strong> />
Resposta (c)<<strong>br</strong> />
I. 1km = 1.000; km<<strong>br</strong> />
II. Eu moro a 5 km do centro da cidade.<<strong>br</strong> />
O comprimento da estrada que liga a minha cidade à Brasília é 57 km. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
I. 1 g = kg ou 1 g = 0,001 kg<<strong>br</strong> />
1.000<<strong>br</strong> />
II. 1 kg = 1000 g<<strong>br</strong> />
III. 8210 g<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
IV. 1 miligrama = do grama; ml<<strong>br</strong> />
1.000<<strong>br</strong> />
V. Um garimpeiro encontrou uma pepita de ouro de 3.000 mg. Existem outras respostas.<<strong>br</strong> />
VI. 1g = 1.000mg<<strong>br</strong> />
I. 3.750 ml, porque 3,75l = (3,75 x 1.000) ml= 3.750ml<<strong>br</strong> />
II. O paciente não teve nenhuma melhora, porque a pessoa diluiu o remédio em 2,5l de água que é igual a<<strong>br</strong> />
2.500ml. Essa quantidade é muito maior do que foi recomendado.<<strong>br</strong> />
III. Resposta (b)<<strong>br</strong> />
IV. Resposta (c)<<strong>br</strong> />
I. 29 de julho de 2002.<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
a) 12 de fevereiro de 2000.<<strong>br</strong> />
b) 25 de maio de 2002.<<strong>br</strong> />
c) 2 anos.<<strong>br</strong> />
d) 3 meses.<<strong>br</strong> />
e) 13 dias.<<strong>br</strong> />
f) 2 anos, 3 meses e 13 dias.<<strong>br</strong> />
a) Julieta.<<strong>br</strong> />
b) 2 anos, 6 meses e 10 dias.<<strong>br</strong> />
IV. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
V. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
123
124<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
I. R$ 2.195,00.<<strong>br</strong> />
II. R$ 2.555,00.<<strong>br</strong> />
III. R$ 360,00.<<strong>br</strong> />
I. 72 m2 II. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
III. V, F, V<<strong>br</strong> />
I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
I. Resposta (d).<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
a) R$ 18,73<<strong>br</strong> />
b) R$ 1,23<<strong>br</strong> />
c) Como a pessoa pretende gastar com o consumo de energia por volta de R$ 60,00, teremos que calcular a<<strong>br</strong> />
quantidade aproximada de energia que poderá consumir mensalmente.<<strong>br</strong> />
Sabemos que o total a <strong>pag</strong>ar é a soma do valor do consumo com ICMS e ECE, ou seja:<<strong>br</strong> />
Total a <strong>pag</strong>ar = valor do consumo + valor do ICMS + valor do ECE<<strong>br</strong> />
Sabemos também que: valor do consumo = consumo x tarifa<<strong>br</strong> />
Nesta situação conhecemos os seguintes dados:<<strong>br</strong> />
Total a <strong>pag</strong>ar = R$ 60,00<<strong>br</strong> />
Tarifa = R$ 0,21641<<strong>br</strong> />
Valor de ICMS = 25% de R$ 60,00 = 0,25 x R$ 60,00 = R$ 15,00<<strong>br</strong> />
Valor do ECE = R$ 1,23<<strong>br</strong> />
Logo, podemos escrever a equação:<<strong>br</strong> />
60 = consumo x 0,21641 + 15 + 1,23<<strong>br</strong> />
Resolvendo esta equação temos:<<strong>br</strong> />
Consumo = 202,25<<strong>br</strong> />
Para atingir a meta de R$ 60,00 mensais de gasto com energia, uma proposta razoável é que a quantidade de<<strong>br</strong> />
energia consumida seja aproximadamente 202 kWh.
Capítulo V – As medidas e a compreensão da realidade<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar registros, utilizando a notação convencional de medidas.<<strong>br</strong> />
• Estabelecer relações adequadas entre os diversos sistemas de medida e a representação de fenômenos<<strong>br</strong> />
naturais e do cotidiano.<<strong>br</strong> />
• Selecionar, compatibilizar e operar informações métricas de diferentes sistemas ou unidades de<<strong>br</strong> />
medida na resolução de problemas do cotidiano.<<strong>br</strong> />
• Selecionar e relacionar informações referentes a estimativas ou outras formas de mensuração de<<strong>br</strong> />
fenômenos de natureza qualquer, com a construção de argumentação que possibilitem sua<<strong>br</strong> />
compreensão.<<strong>br</strong> />
• Reconhecer propostas adequadas de ação so<strong>br</strong>e a realidade, utilizando medidas e estimativas.<<strong>br</strong> />
125
Capítulo VI<<strong>br</strong> />
PROPORCIONALIDADE: UMA IDÉIA FUNDAMENTAL<<strong>br</strong> />
CONSTRUIR E AMPLIAR NOÇÕES DE VARIAÇÃO DE<<strong>br</strong> />
GRANDEZA PARA A COMPREENSÃO DA REALIDADE E A<<strong>br</strong> />
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DO COTIDIANO.<<strong>br</strong> />
Ruy César Pietropaolo
128<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo VI<<strong>br</strong> />
Proporcionalidade:<<strong>br</strong> />
uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
A idéia de proporcionalidade faz parte de muitas<<strong>br</strong> />
situações do cotidiano.<<strong>br</strong> />
Ela está presente quando um desenhista precisa<<strong>br</strong> />
ampliar um desenho, duplicando suas medidas,<<strong>br</strong> />
ou quando uma cozinheira está às voltas com a<<strong>br</strong> />
redução de uma receita culinária.<<strong>br</strong> />
Ao ler nos jornais notícias do tipo “80 pessoas<<strong>br</strong> />
entre 1000 moradores do bairro Maia já foram<<strong>br</strong> />
assaltadas”, pode-se dizer, levando-se em conta a<<strong>br</strong> />
proporcionalidade, que em um grupo de 2000<<strong>br</strong> />
moradores, possivelmente 160 já tenham sido<<strong>br</strong> />
assaltados.<<strong>br</strong> />
Neste capítulo, vamos aprender a analisar a<<strong>br</strong> />
natureza da variação entre duas grandezas para<<strong>br</strong> />
resolver problemas. Isso significa identificar, em<<strong>br</strong> />
diferentes situações, se as grandezas envolvidas<<strong>br</strong> />
são diretamente proporcionais, inversamente<<strong>br</strong> />
proporcionais ou não proporcionais. A noção de<<strong>br</strong> />
porcentagem terá um grande destaque.<<strong>br</strong> />
Ao final deste capítulo certamente você poderá,<<strong>br</strong> />
com muito mais segurança, escolher o melhor<<strong>br</strong> />
plano para a aquisição de algo que você queira<<strong>br</strong> />
comprar, decidir se há vantagem ou não em<<strong>br</strong> />
comprar várias unidades de um produto “em<<strong>br</strong> />
promoção”...<<strong>br</strong> />
Analisando a variação<<strong>br</strong> />
de grandezas<<strong>br</strong> />
Provavelmente você já utilizou a idéia de<<strong>br</strong> />
proporcionalidade para decidir qual é a melhor<<strong>br</strong> />
opção para uma compra. Veja:<<strong>br</strong> />
Pedro foi à feira e encontrou a seguinte<<strong>br</strong> />
oferta para as maçãs:<<strong>br</strong> />
Leve 3 maçãs<<strong>br</strong> />
por R$0,60<<strong>br</strong> />
Leve 6 maçãs<<strong>br</strong> />
por R$1,00<<strong>br</strong> />
Você acha que a oferta das 6 maçãs é<<strong>br</strong> />
vantajosa para Pedro?<<strong>br</strong> />
Podemos dizer que o preço de 6 maçãs está<<strong>br</strong> />
relativamente barato em comparação com o preço<<strong>br</strong> />
de 3. Se o preço fosse proporcional ao número de<<strong>br</strong> />
maçãs, 6 delas custariam R$1,20 e não R$1,00.<<strong>br</strong> />
Por isso, a oferta do feirante era realmente boa<<strong>br</strong> />
para a compra de 6 maçãs.
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
O preço que se <strong>pag</strong>a na padaria pela compra de<<strong>br</strong> />
pãezinhos é proporcional à quantidade que se<<strong>br</strong> />
leva, pois geralmente não há descontos. Isto é, o<<strong>br</strong> />
preço de 2 pãezinhos é o do<strong>br</strong>o do preço de 1; o<<strong>br</strong> />
preço de 3 é o triplo do preço de 1 etc. Assim,<<strong>br</strong> />
quem comprar 20 pãezinhos deve <strong>pag</strong>ar o<<strong>br</strong> />
quádruplo de quem compra 5, pois está levando<<strong>br</strong> />
uma quantidade 4 vezes maior. Nesse caso,<<strong>br</strong> />
dizemos que as duas grandezas envolvidas –<<strong>br</strong> />
quantidade de pães e o preço – são diretamente<<strong>br</strong> />
proporcionais. Ou seja, há uma proporcionalidade<<strong>br</strong> />
direta entre essas grandezas.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Um jornal anuncia o preço de duas casas:<<strong>br</strong> />
uma com área de 50 m 2 por R$30.000,00<<strong>br</strong> />
e a outra de 150m 2 por R$75.000,00.<<strong>br</strong> />
Pode-se dizer, nesse caso, que os preços<<strong>br</strong> />
das casas são diretamente proporcionais<<strong>br</strong> />
às suas áreas? Qual casa você acha que é<<strong>br</strong> />
relativamente mais cara?<<strong>br</strong> />
A área de uma casa é o triplo da área da outra,<<strong>br</strong> />
mas o preço é menor que o triplo do preço da<<strong>br</strong> />
outra. Nesse caso, dizemos que o preço da casa<<strong>br</strong> />
não é diretamente proporcional à sua área.<<strong>br</strong> />
Calculando o preço de 1m 2<<strong>br</strong> />
de cada casa, podemos<<strong>br</strong> />
verificar que a casa menor é, relativamente, mais<<strong>br</strong> />
cara. O preço do m 2<<strong>br</strong> />
da casa menor é R$600,00<<strong>br</strong> />
(30.000 ÷ 50 = 600), enquanto o da outra é<<strong>br</strong> />
R$500,00 (75.000 ÷ 150 = 500). Por que isto<<strong>br</strong> />
acontece? Ora, o preço de uma casa não depende<<strong>br</strong> />
apenas da área construída, mas também do<<strong>br</strong> />
acabamento, da localização, da área total do<<strong>br</strong> />
terreno etc.<<strong>br</strong> />
129
130<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Agora resolva esse problema:<<strong>br</strong> />
I. Duas casas têm o mesmo tipo de acabamento e estão localizadas no mesmo bairro.<<strong>br</strong> />
Levando-se em conta que o preço da casa de 150m 2 é R$75.000,00, quanto deve ser o preço<<strong>br</strong> />
da casa de 50m 2 , para que exista proporcionalidade direta entre as grandezas preço e área?<<strong>br</strong> />
A proporcionalidade<<strong>br</strong> />
e a porcentagem<<strong>br</strong> />
Os funcionários de uma fá<strong>br</strong>ica estão<<strong>br</strong> />
reivindicando 20% de aumento para<<strong>br</strong> />
todos. Quanto passará a receber um<<strong>br</strong> />
funcionário cujo salário é R$ 500,00?<<strong>br</strong> />
Trata-se de uma situação so<strong>br</strong>e porcentagem. O<<strong>br</strong> />
símbolo % significa por cento. Para cada 100 reais<<strong>br</strong> />
do salário, os funcionários da fá<strong>br</strong>ica querem um<<strong>br</strong> />
aumento de 20 reais. Desse modo, quem ganha o<<strong>br</strong> />
do<strong>br</strong>o receberá uma quantia duas vezes maior.<<strong>br</strong> />
Assim, quem recebe 200 reais receberá 40 reais de<<strong>br</strong> />
aumento, quem ganha 400 reais terá um aumento<<strong>br</strong> />
de 80 reais e assim por diante. Podemos indicar<<strong>br</strong> />
esses valores em uma tabela, como vemos ao lado.<<strong>br</strong> />
x2<<strong>br</strong> />
Salário (R$) Aumento (R$)<<strong>br</strong> />
100 20<<strong>br</strong> />
200 40<<strong>br</strong> />
300 60<<strong>br</strong> />
400 80<<strong>br</strong> />
500 100<<strong>br</strong> />
Podemos então dizer que o aumento é diretamente<<strong>br</strong> />
proporcional ao salário. Desse modo, quem recebe<<strong>br</strong> />
R$500,00, que é o quíntuplo de 100, receberá um<<strong>br</strong> />
aumento 5 vezes maior: 5 x 20 = 100.<<strong>br</strong> />
Vimos, por meio dos problemas que discutimos<<strong>br</strong> />
até aqui, que há grandezas que são diretamente<<strong>br</strong> />
proporcionais: ou seja, elas estão relacionadas de<<strong>br</strong> />
tal modo que, do<strong>br</strong>ando o valor de uma delas, o<<strong>br</strong> />
valor da outra também do<strong>br</strong>a; triplicando a<<strong>br</strong> />
primeira, a segunda também fica multiplicada por<<strong>br</strong> />
três; dividindo uma por 4 a outra também fica<<strong>br</strong> />
dividida por quatro. Sempre que isso acontece,<<strong>br</strong> />
dizemos que existe entre as grandezas uma<<strong>br</strong> />
proporção direta. Mas também verificamos que há<<strong>br</strong> />
grandezas cujas variações não são proporcionais.<<strong>br</strong> />
x2
2<<strong>br</strong> />
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Velocidade média<<strong>br</strong> />
e proporcionalidade<<strong>br</strong> />
Um automóvel que mantém a<<strong>br</strong> />
velocidade média de 60km/h leva<<strong>br</strong> />
3 horas para percorrer um trecho de<<strong>br</strong> />
uma estrada. Quanto tempo ele levaria<<strong>br</strong> />
para percorrer esse mesmo trecho se a<<strong>br</strong> />
velocidade fosse de 120km/h?<<strong>br</strong> />
Não é difícil compreender que, se o automóvel se<<strong>br</strong> />
movimentar com o do<strong>br</strong>o da velocidade, 120km/<<strong>br</strong> />
h, ele não levaria o do<strong>br</strong>o do tempo, mas sim a<<strong>br</strong> />
metade, ou seja, 1,5h (1h30min). Se a velocidade<<strong>br</strong> />
fosse a metade, o tempo gasto seria o do<strong>br</strong>o. Se a<<strong>br</strong> />
velocidade fosse 3 vezes menor, o tempo gasto<<strong>br</strong> />
seria 3 vezes maior etc.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Completar a tabela seguinte baseando-se nos dados do problema acima:<<strong>br</strong> />
Velocidade (km/h) 60 120 30 20 15 10<<strong>br</strong> />
Tempo (h) 3 1,5 6 .... .... ....<<strong>br</strong> />
Podemos dizer que as grandezas envolvidas nesse problema - a velocidade média e o tempo<<strong>br</strong> />
gasto para percorrer a distância dada - não são diretamente proporcionais. Essas grandezas<<strong>br</strong> />
são chamadas de inversamente proporcionais, porque, quando o valor de uma delas é<<strong>br</strong> />
multiplicado por 2, o valor correspondente da outra é dividido por 2. Quando um deles é<<strong>br</strong> />
dividido por 6, o correspondente da outra é multiplicado por 6, e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Utilize essas informações para resolver problemas...<<strong>br</strong> />
II. Um filme para máquina fotográfica com 12 poses custa R$4,00 e um outro com 36 poses<<strong>br</strong> />
custa R$10,00. As grandezas envolvidas - número de poses e preço - são diretamente<<strong>br</strong> />
proporcionais? Explique.<<strong>br</strong> />
III. Um filme para máquina fotográfica com 12 poses custa R$4,00. Se o preço do filme com<<strong>br</strong> />
36 poses fosse proporcional ao de 12 poses, ele deveria custar<<strong>br</strong> />
a) R$8,00. b) R$9,00. c) R$10,00. d) R$12,00.<<strong>br</strong> />
IV. São descontados 30% do salário de seu José para <strong>pag</strong>amento do INSS e da pensão de seu<<strong>br</strong> />
filho. Explique o significado do número 30%. Qual é o desconto se o salário de José é de<<strong>br</strong> />
R$400,00? Qual seria o desconto se o salário fosse R$800,00?<<strong>br</strong> />
131
132<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Por meio da proporcionalidade podemos facilmente calcular porcentagens.<<strong>br</strong> />
Como calcular 36% de 150? Ora, sabemos que 10% é um décimo do 100%. Desse modo,<<strong>br</strong> />
10% de 150 é um décimo de 150, e que 5% é a metade de 10%. Sabemos, também, que 1% é<<strong>br</strong> />
um décimo de 10%. Assim, calculamos<<strong>br</strong> />
10% de 150 = 15<<strong>br</strong> />
30% de 150 = 45<<strong>br</strong> />
5% de 150 = 7,5<<strong>br</strong> />
1% de 150 = 1,5<<strong>br</strong> />
Como 36% = 30% + 5% + 1%, 36% de 150 = 45 + 7,5 + 1,5 = 54.<<strong>br</strong> />
V. Como calcular mentalmente 15% de 180?<<strong>br</strong> />
Representando<<strong>br</strong> />
graficamente a<<strong>br</strong> />
variação de<<strong>br</strong> />
grandezas<<strong>br</strong> />
Para resolver os problemas propostos no início<<strong>br</strong> />
desse capítulo, foi importante identificar o tipo<<strong>br</strong> />
de variação entre as grandezas envolvidas:<<strong>br</strong> />
diretamente proporcionais; inversamente<<strong>br</strong> />
proporcionais; não proporcionais.<<strong>br</strong> />
Em alguns desses problemas, as relações entre as<<strong>br</strong> />
grandezas foram apresentadas por meio de<<strong>br</strong> />
tabelas. Mas existe uma outra maneira, também<<strong>br</strong> />
importante, para representar a relação de<<strong>br</strong> />
dependência entre as grandezas: os gráficos. Sua<<strong>br</strong> />
leitura nos permite decidir se as grandezas<<strong>br</strong> />
envolvidas são diretamente proporcionais, se são<<strong>br</strong> />
inversamente proporcionais ou se não são nem<<strong>br</strong> />
direta, nem inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />
Você poderá analisar o gráfico ao lado:<<strong>br</strong> />
Mediram-se as massas de pequenas amostras de<<strong>br</strong> />
ferro de diversos volumes. A unidade de medida<<strong>br</strong> />
da massa foi o grama (g) e o do volume foi<<strong>br</strong> />
expresso em centímetros cúbicos (cm3).<<strong>br</strong> />
Com os dados encontrados construiu-se o<<strong>br</strong> />
gráfico ao lado:<<strong>br</strong> />
37,5<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
22,5<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
7,5<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Gráfico 1<<strong>br</strong> />
Massa (g)<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />
Volume (cm 3 )
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Qual é a massa de uma amostra de<<strong>br</strong> />
ferro cujo volume é 4cm 3 ?<<strong>br</strong> />
Qual é o volume de uma amostra de<<strong>br</strong> />
ferro de 15g de massa?<<strong>br</strong> />
Através da leitura do gráfico, podemos verificar<<strong>br</strong> />
que a amostra de 1cm 3<<strong>br</strong> />
de ferro tem massa 7,5<<strong>br</strong> />
gramas. A massa de 2cm 3<<strong>br</strong> />
é 15 gramas, enquanto<<strong>br</strong> />
a de 4cm 3<<strong>br</strong> />
é 30g. Por outro lado, podemos ler o<<strong>br</strong> />
gráfico a partir do eixo vertical: o volume de uma<<strong>br</strong> />
amostra de ferro de massa de 22,5 gramas é 3cm 3<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Esse gráfico mostra como varia a massa m (em<<strong>br</strong> />
gramas) de amostras de ferro de acordo com a<<strong>br</strong> />
variação do volume V dessas amostras. Observe<<strong>br</strong> />
7,5 gramas<<strong>br</strong> />
1cm 3<<strong>br</strong> />
15 gramas<<strong>br</strong> />
2cm 3<<strong>br</strong> />
22,5 gramas<<strong>br</strong> />
3cm 3<<strong>br</strong> />
= 7,5g/cm 3 = 7,5g/cm 3 = 7,5g/cm 3<<strong>br</strong> />
Portanto, ao variar o volume V do bloco, sua<<strong>br</strong> />
massa também varia, mas o quociente entre a<<strong>br</strong> />
massa m e o volume V permanece constante<<strong>br</strong> />
(igual a 7,5g/cm 3<<strong>br</strong> />
).<<strong>br</strong> />
Resumindo: Se duas grandezas x e y são<<strong>br</strong> />
diretamente proporcionais, então os quocientes<<strong>br</strong> />
então que, ao duplicarmos o volume (de 1cm 3<<strong>br</strong> />
para 2cm 3<<strong>br</strong> />
), a massa também duplicou (de 7,5<<strong>br</strong> />
gramas para 15 gramas); ao triplicarmos o<<strong>br</strong> />
volume (de 1cm 3<<strong>br</strong> />
para 3cm 3<<strong>br</strong> />
) a massa também<<strong>br</strong> />
triplicou (de 7,5 gramas para 22,5 gramas).<<strong>br</strong> />
Assim, concluímos que a massa de um bloco de<<strong>br</strong> />
ferro é diretamente proporcional ao seu volume.<<strong>br</strong> />
Observando os valores das massas e dos volumes<<strong>br</strong> />
apresentados, verificamos que:<<strong>br</strong> />
entre os valores de uma e os correspondentes<<strong>br</strong> />
y<<strong>br</strong> />
valores da outra são constantes, ou seja, = k,<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
sendo k a constante de proporcionalidade.<<strong>br</strong> />
O gráfico que representa uma grandeza variando<<strong>br</strong> />
em proporção direta com outra é uma reta<<strong>br</strong> />
passando pela origem, ou seja, pelo ponto (0,0).<<strong>br</strong> />
133
134<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Você já pôde verificar que essas grandezas da<<strong>br</strong> />
tabela abaixo são inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />
V (km/h)<<strong>br</strong> />
120<<strong>br</strong> />
60<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
24<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
t (h) 1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />
v (km/h) 120 60 40 30 24 10<<strong>br</strong> />
Observe que:<<strong>br</strong> />
1 x 20 = 2 x 60 = 3 x 40 = 4 x 30 = 5 x 24 = 6 x<<strong>br</strong> />
20 = 120<<strong>br</strong> />
Veja o Gráfico 2 que mostra essa variação:<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Duas grandezas x e y são inversamente proporcionais quando os produtos dos valores de<<strong>br</strong> />
uma, pelos correspondentes valores da outra, forem constantes, ou seja, x.y = c.<<strong>br</strong> />
O gráfico que representa a variação de duas grandezas inversamente proporcionais é uma<<strong>br</strong> />
curva denominada hipérbole. Note que essa curva não corta nenhum dos eixos.<<strong>br</strong> />
t (h)<<strong>br</strong> />
Gráfico 2
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Analise o gráfico abaixo. Ele indica o preço em<<strong>br</strong> />
reais de cada camiseta que uma confecção produz<<strong>br</strong> />
de acordo com o número de camisetas compradas<<strong>br</strong> />
pelas lojas.<<strong>br</strong> />
(preço em reais por item)<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Gráfico 3<<strong>br</strong> />
100 200 300 40 500<<strong>br</strong> />
600<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
O gráfico mostra que quanto maior for a<<strong>br</strong> />
quantidade de camisetas compradas, menor será o<<strong>br</strong> />
preço de cada camiseta. Veja: se uma loja<<strong>br</strong> />
comprar 100 camisetas, o preço de cada uma é 16<<strong>br</strong> />
reais, se comprar 200 o preço por camiseta passa<<strong>br</strong> />
a ser 14 reais e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Agora responda:<<strong>br</strong> />
a) As grandezas envolvidas - preço unitário e<<strong>br</strong> />
quantidade - são diretamente proporcionais?<<strong>br</strong> />
Explique.<<strong>br</strong> />
b) As grandezas envolvidas - preço unitário e<<strong>br</strong> />
quantidade - são inversamente proporcionais?<<strong>br</strong> />
Explique.<<strong>br</strong> />
c) Dê uma provável razão pela qual o preço por<<strong>br</strong> />
unidade é menor quanto maior for o número de<<strong>br</strong> />
itens vendidos.<<strong>br</strong> />
(quantidade de itens)<<strong>br</strong> />
Analisando a relação existente entre as grandezas<<strong>br</strong> />
envolvidas, percebemos que, quando há aumento<<strong>br</strong> />
de uma, ocorre uma diminuição da outra. Por<<strong>br</strong> />
isso, essa relação pode ser chamada de inversa.<<strong>br</strong> />
No entanto, as grandezas em questão não são<<strong>br</strong> />
inversamente proporcionais, pois quando se<<strong>br</strong> />
compra uma quantidade de camisetas duas vezes<<strong>br</strong> />
maior, o valor da cada camiseta diminui, mas não<<strong>br</strong> />
é a metade; quando a quantidade de ítens<<strong>br</strong> />
vendidos é triplicada, o preço por unidade<<strong>br</strong> />
diminui, mas não se reduz a um terço, etc.<<strong>br</strong> />
Portanto, essas grandezas não são nem<<strong>br</strong> />
diretamente e nem inversamente proporcionais.<<strong>br</strong> />
135
136<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Agora, resolva:<<strong>br</strong> />
I. Dona Alice faz doces por encomenda. Ela fez 36 bombons e está em dúvida a respeito das<<strong>br</strong> />
embalagens que vai usar. Se escolher embalagens de 2 bombons, de quantas embalagens ela<<strong>br</strong> />
vai precisar? E se usasse embalagens de 3 bombons cada? Preencha a tabela e depois<<strong>br</strong> />
construa em seu caderno um gráfico que represente essa variação.<<strong>br</strong> />
Nº de bombons por embalagem<<strong>br</strong> />
Nº de embalagens necessárias<<strong>br</strong> />
2 3 4 6 9 12<<strong>br</strong> />
II. Fumar, todos sabemos, faz muito mal à saúde. O gráfico a seguir mostra a quantidade N<<strong>br</strong> />
de nicotina em miligramas (mg) que permanece na corrente sangüínea de uma pessoa t horas<<strong>br</strong> />
depois que ela terminou de fumar um cigarro.<<strong>br</strong> />
Assim que a pessoa acabou de fumar (t = 0) o gráfico mostra que o nível de nicotina no<<strong>br</strong> />
sangue é de 0,4mg. Depois de 1h, há no sangue em torno de 0,25mg de nicotina.<<strong>br</strong> />
0,5<<strong>br</strong> />
0,4<<strong>br</strong> />
0,3<<strong>br</strong> />
0,2<<strong>br</strong> />
0,1<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
N (mg)<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />
t (h)<<strong>br</strong> />
Gráfico 4<<strong>br</strong> />
Agora responda:<<strong>br</strong> />
a) quantos miligramas de nicotina ainda há no sangue 4 h depois que a pessoa acabou de<<strong>br</strong> />
fumar um cigarro?<<strong>br</strong> />
b) O que se pode concluir por meio do gráfico?<<strong>br</strong> />
c) A quantidade de nicotina no sangue e o tempo depois que a pessoa terminou de fumar são<<strong>br</strong> />
grandezas diretamente proporcionais? Explique.<<strong>br</strong> />
III. A tabela abaixo mostra a altura de Dione no dia em que nasceu e em cada um de seus<<strong>br</strong> />
seis primeiros aniversários.<<strong>br</strong> />
Idade (anos) 0 1 2 3 4 5 6<<strong>br</strong> />
Altura (cm) 50 70 82 91 98 105 110
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
a) Quantos centímetros Dione cresceu em seus seis primeiros anos de vida?<<strong>br</strong> />
b) Com os dados da tabela, o que se pode prever a respeito da altura de Dione aos 7 anos?<<strong>br</strong> />
c) Podemos prever que a altura de Dione aos 12 anos será o do<strong>br</strong>o de sua altura aos 6 anos?<<strong>br</strong> />
d) Podemos, então, dizer que a altura e a idade são diretamente proporcionais?<<strong>br</strong> />
IV. Um automóvel percorre um trecho de estrada em 8 min com a velocidade de 60 km/h. Se<<strong>br</strong> />
esse carro estivesse a 15 km/h o tempo gasto para percorrer esse trecho seria de:<<strong>br</strong> />
a) 2 min. b) 4 min. c) 16 min. d) 32min.<<strong>br</strong> />
Usando a<<strong>br</strong> />
proporcionalidade<<strong>br</strong> />
para resolver<<strong>br</strong> />
problemas<<strong>br</strong> />
Os problemas que analisamos neste capítulo<<strong>br</strong> />
envolvem a noção de razão, uma noção muito<<strong>br</strong> />
importante, que nos auxilia a comparar<<strong>br</strong> />
quantidades e resolver problemas. Quando você<<strong>br</strong> />
joga um dado, pode dizer que sua chance de obter<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
um número par é de 3 em 6 ou . Você está<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
usando uma razão para indicar sua chance.<<strong>br</strong> />
Quando um rótulo de uma garrafa de suco<<strong>br</strong> />
concentrado informa que para fazer um refresco<<strong>br</strong> />
deve-se utilizar uma parte de suco para 8 de<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
água, a noção de razão está presente: ou 1:8<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
(um para oito).<<strong>br</strong> />
Sabemos que a razão compara quantidades. Mas<<strong>br</strong> />
como comparar duas razões? Analise essa<<strong>br</strong> />
situação:<<strong>br</strong> />
Considere uma mistura de inseticida<<strong>br</strong> />
líquido e água que está na razão de 1:4<<strong>br</strong> />
e uma outra cuja razão é de 3:12.<<strong>br</strong> />
Podemos dizer que essas misturas têm<<strong>br</strong> />
a mesma concentração de inseticida?<<strong>br</strong> />
Uma forma de comparar essas razões é expressálas<<strong>br</strong> />
por meio de frações, simplificar cada uma e<<strong>br</strong> />
compará-las.<<strong>br</strong> />
Escrevendo as razões em forma de frações, temos:<<strong>br</strong> />
1 3<<strong>br</strong> />
4 e 12 .<<strong>br</strong> />
3 3 ÷ 3 1<<strong>br</strong> />
Como = =<<strong>br</strong> />
12 4 ÷ 3 4<<strong>br</strong> />
Podemos dizer que as razões são iguais pois as<<strong>br</strong> />
1 3<<strong>br</strong> />
frações e são equivalentes. Desse modo,<<strong>br</strong> />
4 12<<strong>br</strong> />
concluímos que ambas têm a mesma<<strong>br</strong> />
concentração de inseticida. Mas você poderia<<strong>br</strong> />
comparar as duas razões utilizando uma<<strong>br</strong> />
propriedade importante<<strong>br</strong> />
das razões:<<strong>br</strong> />
PERGUNTA:<<strong>br</strong> />
a c<<strong>br</strong> />
as razões b e d são iguais?<<strong>br</strong> />
Ou seja podemos escrever<<strong>br</strong> />
a c<<strong>br</strong> />
a proporção = ?<<strong>br</strong> />
b d<<strong>br</strong> />
RESPOSTA:<<strong>br</strong> />
a c<<strong>br</strong> />
As razões e são iguais se os<<strong>br</strong> />
b d<<strong>br</strong> />
produtos a . d e b . c são iguais.<<strong>br</strong> />
a c<<strong>br</strong> />
Ou seja = se a . d = b . c<<strong>br</strong> />
b d<<strong>br</strong> />
137
138<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
No exemplo, podemos escrever a proporção<<strong>br</strong> />
1 3<<strong>br</strong> />
= , pois 1 x 12 = 4 x 3.<<strong>br</strong> />
4 12<<strong>br</strong> />
Outra forma de comparar essas duas razões é<<strong>br</strong> />
obter a representação decimal de cada uma.<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Como = 1 ÷ 4 = 0,25 e = 3 ÷ 12 = 0,25,<<strong>br</strong> />
4 1 3 12<<strong>br</strong> />
dizemos que = .<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
Importante: uma proporção é uma igualdade<<strong>br</strong> />
entre duas razões.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Veja agora um problema em que a proporção<<strong>br</strong> />
facilita sua resolução:<<strong>br</strong> />
Um automóvel se desloca com pouca variação de<<strong>br</strong> />
velocidade em uma estrada retilínea e plana.<<strong>br</strong> />
Sabe-se que em um trecho da estrada ele<<strong>br</strong> />
consumiu 3 litros de gasolina para andar 26km.<<strong>br</strong> />
Qual é a previsão para o consumo total de<<strong>br</strong> />
gasolina se a distância a ser percorrida é de<<strong>br</strong> />
182km?<<strong>br</strong> />
Para fazer essa previsão, você deverá considerar que:<<strong>br</strong> />
• quanto maior for a distância a ser percorrida,<<strong>br</strong> />
maior é o consumo de combustível pelo<<strong>br</strong> />
automóvel;<<strong>br</strong> />
• é razoável supor que o consumo de combustível<<strong>br</strong> />
seja diretamente proporcional à distância<<strong>br</strong> />
percorrida: se com uma quantidade x de<<strong>br</strong> />
combustível percorre-se uma distância d, com<<strong>br</strong> />
uma quantidade 2x percorre-se a distância 2d;<<strong>br</strong> />
com uma quantidade 3x pode-se percorrer a<<strong>br</strong> />
distância 3d, etc. (essa previsão poderá ser mais<<strong>br</strong> />
aproximada, quanto mais forem parecidas as<<strong>br</strong> />
condições da estrada com as do trecho inicial)<<strong>br</strong> />
Existem várias maneiras para encontrar uma<<strong>br</strong> />
resposta para este problema. Analise esse modo<<strong>br</strong> />
de resolver:<<strong>br</strong> />
Como ele anda 26km para 3 litros de gasolina<<strong>br</strong> />
temos uma razão 26 .<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Podemos obter várias frações equivalentes a 26 .<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
= 52<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
= 78<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
260 182<<strong>br</strong> />
= ... = = ... =<<strong>br</strong> />
30 ?<<strong>br</strong> />
Agora basta encontrar uma fração com<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
numerador 182 que seja equivalente a , ou<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
seja, desco<strong>br</strong>ir o valor de x na proporção:<<strong>br</strong> />
26 182<<strong>br</strong> />
= .<<strong>br</strong> />
3 x<<strong>br</strong> />
Usando a propriedade das proporções<<strong>br</strong> />
podemos escrever:<<strong>br</strong> />
26 . x = 3 . 182.<<strong>br</strong> />
Logo, 26 . x = 546;<<strong>br</strong> />
x = 546 ÷ 26;<<strong>br</strong> />
x = 21<<strong>br</strong> />
Uma outra maneira seria montar um esquema<<strong>br</strong> />
como o que segue:<<strong>br</strong> />
x7<<strong>br</strong> />
Distância (km) Consumo (litros)<<strong>br</strong> />
26 3<<strong>br</strong> />
182 x<<strong>br</strong> />
÷7<<strong>br</strong> />
Como 182 ÷ 26 = 7, multiplicando 3 por 7,<<strong>br</strong> />
obtemos 21.<<strong>br</strong> />
26 3<<strong>br</strong> />
Esse esquema sugere a proporção: = e,<<strong>br</strong> />
182 x<<strong>br</strong> />
desse modo, teríamos 26 . x = 3 . 182 e x = 21.<<strong>br</strong> />
Esse modo de resolver o problema recebe o nome<<strong>br</strong> />
“regra de três”, pois na proporção são conhecidos<<strong>br</strong> />
3 elementos e deseja-se desco<strong>br</strong>ir o 4º.<<strong>br</strong> />
Poderíamos resolver o problema de outro modo:<<strong>br</strong> />
acharíamos o número de quilômetros que esse<<strong>br</strong> />
automóvel roda com 1 litro de gasolina obtendo o<<strong>br</strong> />
quociente de 26 por 3, e depois dividiríamos 182<<strong>br</strong> />
por esse número. Mas é preciso atenção, pois o<<strong>br</strong> />
quociente é uma dízima e, nesse caso, teríamos<<strong>br</strong> />
uma resposta aproximada.
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Uma indústria necessita de 16 operários que<<strong>br</strong> />
trabalhem a mesma quantidade de horas por dia e<<strong>br</strong> />
no mesmo ritmo para fazer um determinado<<strong>br</strong> />
serviço em 15 dias.<<strong>br</strong> />
Faça uma previsão so<strong>br</strong>e quantos dias 24<<strong>br</strong> />
operários, nas mesmas condições, levariam para<<strong>br</strong> />
fazer esse mesmo serviço. Mas, para isso, é<<strong>br</strong> />
preciso considerar:<<strong>br</strong> />
• quanto maior for o número de operários, menor<<strong>br</strong> />
será o número de dias;<<strong>br</strong> />
• é razoável supor que o número de dias para<<strong>br</strong> />
executar um serviço seja inversamente<<strong>br</strong> />
proporcional ao número de operários: se o<<strong>br</strong> />
número de operários do<strong>br</strong>ar, leva-se a metade<<strong>br</strong> />
do número de dias; se triplicar o número de<<strong>br</strong> />
operários, o número de dias cai para um terço,<<strong>br</strong> />
etc. (essa previsão poderá ser tão mais<<strong>br</strong> />
aproximada, quanto mais “próximas” estiverem<<strong>br</strong> />
as condições e o ritmo de trabalho de cada um).<<strong>br</strong> />
Para escrever a proporção que traduz esses<<strong>br</strong> />
problema poderíamos fazer o esquema:<<strong>br</strong> />
x1,5<<strong>br</strong> />
nº de operários nº de dias<<strong>br</strong> />
16 15<<strong>br</strong> />
24 x<<strong>br</strong> />
:1,5<<strong>br</strong> />
Dividindo 24 por 16 podemos concluir que o<<strong>br</strong> />
número de empregados foi multiplicado por 1,5.<<strong>br</strong> />
Assim, para saber o número de dias basta dividir<<strong>br</strong> />
15 por 1,5. Obtemos assim uma previsão para o<<strong>br</strong> />
problema: 10 dias.<<strong>br</strong> />
Você poderia resolver essa situação escrevendo a<<strong>br</strong> />
16 x<<strong>br</strong> />
proporção: = (inverte-se uma das razões,<<strong>br</strong> />
24 15<<strong>br</strong> />
pois a variação é inversamente proporcional).<<strong>br</strong> />
Logo:<<strong>br</strong> />
16 x<<strong>br</strong> />
240<<strong>br</strong> />
= ou 24 . x = 16 . 15 ou x = ou x = 10.<<strong>br</strong> />
24 15<<strong>br</strong> />
24<<strong>br</strong> />
Agora, resolva o problema:<<strong>br</strong> />
Quatro impressoras, trabalhando simultaneamente<<strong>br</strong> />
executam um serviço de cópias em 12 horas. Em<<strong>br</strong> />
quanto tempo o mesmo serviço seria executado se<<strong>br</strong> />
fossem utilizadas apenas três impressoras?<<strong>br</strong> />
139
140<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Porcentagens e razões<<strong>br</strong> />
O preço de uma geladeira era<<strong>br</strong> />
R$400,00. Este valor sofreu dois<<strong>br</strong> />
aumentos sucessivos: o primeiro de<<strong>br</strong> />
15% e o segundo de 10% so<strong>br</strong>e o valor<<strong>br</strong> />
já reajustado. Após esses dois<<strong>br</strong> />
aumentos sucessivos, qual é o preço<<strong>br</strong> />
da geladeira?<<strong>br</strong> />
Assim, vamos calcular 15% de 400.<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
1º) 15% é uma razão:<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
15% de 400 é<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
de 400 = x 400 =<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
6000<<strong>br</strong> />
= = 60<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
2º) 15% é uma razão: = 0,15<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
15% de 400 é 0,15 de 400<<strong>br</strong> />
ou 0,15 x 400 = 60<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Assim, a geladeira, após o aumento de 15%,<<strong>br</strong> />
passou a custar 460. Como o 2º aumento incide<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o valor já reajustado, devemos calcular 10%<<strong>br</strong> />
de 460:<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
4600<<strong>br</strong> />
x 460 = = 46 460 + 46 = 506.<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
Para resolver esse problema, em um primeiro<<strong>br</strong> />
momento poderíamos pensar que a geladeira<<strong>br</strong> />
subiu 25%. Mas não é verdade. Faça os cálculos e<<strong>br</strong> />
comprove. Não podemos somar essas taxas pois,<<strong>br</strong> />
como vimos, 15% incide so<strong>br</strong>e R$400,00 e os<<strong>br</strong> />
10% incidem so<strong>br</strong>e o valor de R$460,00 e não<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e R$400,00.<<strong>br</strong> />
Agora responda a estes testes:<<strong>br</strong> />
I. O preço de 1kg de carne custa R$5,00. Com R$27,50 quanto de carne poderemos comprar?<<strong>br</strong> />
a) 5,5kg b) 5,25kg c) 4,75kg d) 4,5kg<<strong>br</strong> />
II. Em a<strong>br</strong>il de 2002, o valor de 50 dólares era R$ 125,00. Nessa ocasião qual era, em reais,<<strong>br</strong> />
o valor de 350 dólares?<<strong>br</strong> />
a) R$ 625,00 b) R$ 750,00 c) R$875,00 d) R$975,00<<strong>br</strong> />
III. Em um guia de uma cidade, a distância entre 2 bairros é de 3,5 cm. Sabendo que a escala<<strong>br</strong> />
usada é de 1:1000, ou seja, cada centímetro no guia representa 1.000 cm, qual é a distância<<strong>br</strong> />
real entre elas?<<strong>br</strong> />
a) 3,5m b) 35m c) 350m d) 3.500m
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Quando é preciso<<strong>br</strong> />
argumentar...<<strong>br</strong> />
É fundamental para o exercício de nossa<<strong>br</strong> />
cidadania que nos posicionemos diante de várias<<strong>br</strong> />
questões que afetam nossa vida e a da sociedade.<<strong>br</strong> />
Para defendermos nossa posição precisamos ter<<strong>br</strong> />
argumentos. A matemática pode auxiliar você na<<strong>br</strong> />
construção desses argumentos. Os jornais, por<<strong>br</strong> />
exemplo, informam diariamente as taxas de juros.<<strong>br</strong> />
Cada tipo de financiamento tem taxas diferentes e<<strong>br</strong> />
procedimentos diversos para cálculo das<<strong>br</strong> />
prestações. Para compreender, avaliar e decidir<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e algumas situações, como decidir a melhor<<strong>br</strong> />
forma de <strong>pag</strong>ar uma compra ou de escolher um<<strong>br</strong> />
financiamento, é necessário não apenas estudar<<strong>br</strong> />
proporcionalidade e porcentagem. É preciso,<<strong>br</strong> />
também, utilizar esses conhecimentos como um<<strong>br</strong> />
recurso para argumentar de maneira convincente<<strong>br</strong> />
a respeito de algumas escolhas.<<strong>br</strong> />
Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />
“Seu” José é marceneiro e artesão. Seus móveis de madeira são bem feitos. Às vezes, para<<strong>br</strong> />
enfeitá-los, ele faz entalhes na madeira, obtendo desenhos muito bonitos. Dona Regina<<strong>br</strong> />
gostou tanto de uma mesa retangular que ele fez, que encomendou uma outra: retangular<<strong>br</strong> />
como a primeira, usando o mesmo tipo de madeira e o mesmo desenho, só que as medidas<<strong>br</strong> />
dos lados deveriam ser aumentadas em 50%. Quando dona Regina foi buscar a mesa, ela<<strong>br</strong> />
levou um susto com o preço que Seu José queria co<strong>br</strong>ar: R$ 1.800,00. Ela procurou<<strong>br</strong> />
argumentar da seguinte forma:<<strong>br</strong> />
“Seu José, o preço da mesa de que eu gostei não era R$800,00? Estou pedindo uma mesa<<strong>br</strong> />
igual a ela, mas com as medidas dos lados ampliadas em 50%; por isso acho que devo<<strong>br</strong> />
<strong>pag</strong>ar 50% a mais. Como 50% de 800 é 400, o preço correto deveria ser 1.200, pois 800<<strong>br</strong> />
mais 400 dá 1.200”. O marceneiro pensou, pensou e calmamente respondeu: “eu não<<strong>br</strong> />
gastei apenas 50% a mais de madeira, gastei mais, muito mais.” Dona Regina nem<<strong>br</strong> />
terminou de ouvir a resposta e foi embora, nervosa, sem levar a mesa.<<strong>br</strong> />
Quem você acha que está com razão?<<strong>br</strong> />
Dona Regina agiu corretamente em um ponto:<<strong>br</strong> />
procurou argumentos para mostrar que o preço<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ado estava caro demais. Mas também errou<<strong>br</strong> />
ao não querer ouvir as explicações do “Seu” José.<<strong>br</strong> />
Talvez se o “Seu” José tivesse argumentos mais<<strong>br</strong> />
convincentes teria vendido a mesa. Quais<<strong>br</strong> />
argumentos ele poderia usar para mostrar que<<strong>br</strong> />
tinha razão? Vamos construí-los?<<strong>br</strong> />
Ele, de fato, não gastou apenas 50% a mais de<<strong>br</strong> />
madeira. Como na situação descrita não constam<<strong>br</strong> />
as medidas, vamos imaginar que a mesa que dona<<strong>br</strong> />
Regina escolheu como modelo tivesse 80cm de<<strong>br</strong> />
comprimento por 40cm de largura.<<strong>br</strong> />
141
142<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
1. Pergunta:<<strong>br</strong> />
Qual é em cm 2<<strong>br</strong> />
a área dessa mesa?<<strong>br</strong> />
2. Pergunta:<<strong>br</strong> />
Se a mesa que Dona Regina encomendou deveria<<strong>br</strong> />
ter as medidas dos lados ampliadas em 50%, quais<<strong>br</strong> />
deveriam ser as novas medidas dos lados da mesa?<<strong>br</strong> />
3. Pergunta:<<strong>br</strong> />
Qual seria a área da mesa encomendada?<<strong>br</strong> />
4. Pergunta:<<strong>br</strong> />
Quantas vezes maior é a área da mesa<<strong>br</strong> />
encomendada em relação à área daquela que<<strong>br</strong> />
serviu de modelo?<<strong>br</strong> />
5. Pergunta:<<strong>br</strong> />
Considerando o preço diretamente proporcional à<<strong>br</strong> />
área, qual deveria ser o preço da mesa<<strong>br</strong> />
encomendada?<<strong>br</strong> />
Agora, vamos analisar esta outra situação:<<strong>br</strong> />
Luísa e Ana são sócias de uma doceria.<<strong>br</strong> />
Elas têm participações iguais, pois<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>iram essa loja com o mesmo capital.<<strong>br</strong> />
Mas, neste mês, elas não sabem como<<strong>br</strong> />
dividir o lucro de R$ 3600,00, pois<<strong>br</strong> />
ambas dedicaram à loja tempos<<strong>br</strong> />
diferentes: Luísa trabalhou, durante<<strong>br</strong> />
esse mês, 12 horas por dia e Ana<<strong>br</strong> />
apenas 8 horas.<<strong>br</strong> />
a) Você acha que elas devem dividir o lucro em<<strong>br</strong> />
partes iguais ou diferentes?<<strong>br</strong> />
b) Como o contador da loja explicaria às sócias a<<strong>br</strong> />
diferença entre os valores que cada uma deveria<<strong>br</strong> />
receber?<<strong>br</strong> />
Resposta:<<strong>br</strong> />
A área dessa mesa é 80 cm x 40 cm = 3200 cm 2<<strong>br</strong> />
Resposta:<<strong>br</strong> />
As medidas dessa nova mesa seriam:<<strong>br</strong> />
80 cm + 50% de 80 cm<<strong>br</strong> />
80 cm + 40 cm = 120 cm<<strong>br</strong> />
40 cm + 50% de 40 cm<<strong>br</strong> />
40 cm + 20 cm = 60 cm<<strong>br</strong> />
As novas dimensões da mesa são 120cm por 60cm<<strong>br</strong> />
Resposta:<<strong>br</strong> />
A área dessa mesa é 120 cm x 60 cm = 7200 cm 2<<strong>br</strong> />
Resposta:<<strong>br</strong> />
Podemos dividir 7200 cm 2<<strong>br</strong> />
por 3200 cm 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Assim, a mesa encomendada é 2,25 vezes maior<<strong>br</strong> />
pois 7200 ÷ 3200 = 2,25<<strong>br</strong> />
Resposta:<<strong>br</strong> />
O preço da mesa encomendada deve ser 2,25<<strong>br</strong> />
vezes maior que o preço da mesa que serviu de<<strong>br</strong> />
modelo.<<strong>br</strong> />
Assim 2,25 x 800 = 1800<<strong>br</strong> />
Esses cálculos nos mostram que o “Seu” José<<strong>br</strong> />
estava de fato com a razão.
5<<strong>br</strong> />
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Preste atenção às resoluções que vamos apresentar:<<strong>br</strong> />
Resolução 1:<<strong>br</strong> />
Total de horas diárias trabalhadas pelas sócias: 12 + 8 = 20<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
Razão que indica o número de horas de Luísa em relação ao total:<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Razão que indica o número de horas de Ana em relação ao total:<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
Luísa deverá, portanto, receber do total, ou seja: de 3600 = x 3600 = 2160<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Ana receberá do total: de 3600 = x 3600 = 1440<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
Resolução 2:<<strong>br</strong> />
Outra resolução possível é a determinação da<<strong>br</strong> />
porcentagem de horas que cada um dos sócios<<strong>br</strong> />
trabalhou diariamente em relação ao total de horas:<<strong>br</strong> />
12 60<<strong>br</strong> />
Luísa: = = 60% (60% de 3600 = 60% x 3600 = 0,6 x 3600 = 2160)<<strong>br</strong> />
20 100<<strong>br</strong> />
8 40<<strong>br</strong> />
Ana: = = 40% (40% de 3600 = 40% x 3600 = 0,4 x 3600 = 1440)<<strong>br</strong> />
20 100<<strong>br</strong> />
Este problema nos mostra que muitas vezes<<strong>br</strong> />
precisamos fazer divisões e nem sempre elas<<strong>br</strong> />
podem ser feitas em partes iguais. Para responder<<strong>br</strong> />
à questão do problema das sócias foi preciso<<strong>br</strong> />
fazer uma divisão em partes proporcionais.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Vamos resolver mais esse problema?<<strong>br</strong> />
I. Afonso e Bernardo a<strong>br</strong>iram uma locadora de vídeo. Apesar dos dois se dedicarem o mesmo<<strong>br</strong> />
número de horas a esta loja eles não dividem o lucro em partes iguais, pois os capitais com<<strong>br</strong> />
que entraram na firma são diferentes: Afonso empregou R$20.000,00 e Bernardo<<strong>br</strong> />
R$30.000,00. O lucro de um mês foi de R$2.400,00. O contador fez os cálculos e Afonso<<strong>br</strong> />
recebeu R$960,00 enquanto Bernardo recebeu R$1.440,00. Procure argumentar de modo a<<strong>br</strong> />
justificar os cálculos feito pelo contador.<<strong>br</strong> />
II. Um carpinteiro fa<strong>br</strong>ica tampos de mesa quadrados. O tampo de mesa cujo lado mede 0,8m<<strong>br</strong> />
custa R$120,00. A respeito do preço de uma mesa do mesmo tipo e com 2,40m de lado,<<strong>br</strong> />
pode-se afirmar que ele deverá ser:<<strong>br</strong> />
a) 3 vezes maior, pois o lado da mesa é 3 vezes maior.<<strong>br</strong> />
b) 3 vezes maior, pois a área do tampo é 3 vezes maior.<<strong>br</strong> />
c) 6 vezes maior, pois a área do tampo é 6 vezes maior.<<strong>br</strong> />
d) 9 vezes maior, pois a área do tampo é 9 vezes maior.<<strong>br</strong> />
143
144<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
A proporcionalidade e a avaliação de<<strong>br</strong> />
propostas de intervenção na realidade<<strong>br</strong> />
Já analisamos várias situações em que a idéia de<<strong>br</strong> />
proporcionalidade é usada para resolver<<strong>br</strong> />
problemas do dia a dia, da própria Matemática e<<strong>br</strong> />
de outras áreas do conhecimento. Mas vimos que<<strong>br</strong> />
é preciso tomar cuidado porque nem todas as<<strong>br</strong> />
grandezas têm variação proporcional.<<strong>br</strong> />
Em nosso cotidiano, nos deparamos com situações<<strong>br</strong> />
em que usamos essa noção como parâmetro para<<strong>br</strong> />
tomar decisões e construir argumentos a respeito de<<strong>br</strong> />
uma determinada opção de compra ou de venda.<<strong>br</strong> />
Os institutos de pesquisa, por exemplo, para<<strong>br</strong> />
indicar a preferência da população por um<<strong>br</strong> />
determinado candidato não podem e nem<<strong>br</strong> />
precisam consultar todo mundo. Basta que o<<strong>br</strong> />
grupo que vai ser consultado seja constituído,<<strong>br</strong> />
proporcionalmente, pelos diversos segmentos de<<strong>br</strong> />
nossa sociedade para poder representá-la. Ou seja,<<strong>br</strong> />
é preciso obter uma amostra representativa.<<strong>br</strong> />
Uma questão que envolve a proporcionalidade,<<strong>br</strong> />
alvo de discussões de alguns políticos e por<<strong>br</strong> />
diversos segmentos de nossa sociedade, é a<<strong>br</strong> />
questão salarial.<<strong>br</strong> />
So<strong>br</strong>e a reposição salarial, vamos analisar a<<strong>br</strong> />
seguinte situação:<<strong>br</strong> />
A lista abaixo mostra os salários de uma firma<<strong>br</strong> />
em ordem crescente. Eles foram numerados de<<strong>br</strong> />
acordo com os valores: o salário número 1 é<<strong>br</strong> />
menor: 300 reais, enquanto o de número 9 é o<<strong>br</strong> />
maior: 2.700 reais.<<strong>br</strong> />
Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />
Salário 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700<<strong>br</strong> />
A firma resolveu dar um abono salarial de 20% a<<strong>br</strong> />
todos seus funcionários.<<strong>br</strong> />
Preencha a tabela com os novos salários:<<strong>br</strong> />
Nº<<strong>br</strong> />
Salário<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />
Todos os acréscimos foram proporcionais: o<<strong>br</strong> />
salário que é o do<strong>br</strong>o de um outro teve o do<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
de acréscimo em reais que esse outro. Veja: quem<<strong>br</strong> />
ganhava 300 reais teve um aumento de 60 reais e<<strong>br</strong> />
quem ganhava 9 vezes mais, ou seja 2700 reais,<<strong>br</strong> />
teve um acréscimo 9 vezes maior: 540 reais. O<<strong>br</strong> />
Gráfico 5 mostra os salários dessa firma antes e<<strong>br</strong> />
depois do aumento.
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Gráfico 5<<strong>br</strong> />
3500<<strong>br</strong> />
3000<<strong>br</strong> />
2500<<strong>br</strong> />
2000<<strong>br</strong> />
1500<<strong>br</strong> />
1000<<strong>br</strong> />
500<<strong>br</strong> />
Analisando o Gráfico 5 o que você pode<<strong>br</strong> />
perceber? O que você acha a respeito?<<strong>br</strong> />
Aumentar os salários apenas por uma única taxa<<strong>br</strong> />
aumenta, ainda mais, a diferença entre os<<strong>br</strong> />
salários. Uma boa medida é a aplicação de taxas<<strong>br</strong> />
diferentes para os diversos salários. Desse modo,<<strong>br</strong> />
as diferenças entre os salários seriam cada vez<<strong>br</strong> />
menores. A aplicação geral desse princípio<<strong>br</strong> />
certamente contribuiria para uma melhor<<strong>br</strong> />
distribuição de renda.<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />
O cálculo do imposto de renda (IR) é feito<<strong>br</strong> />
segundo esse princípio. Para evitar distorções, a<<strong>br</strong> />
receita federal tem aplicado diferentes índices<<strong>br</strong> />
para <strong>pag</strong>amento de imposto de renda: quem<<strong>br</strong> />
ganha mais <strong>pag</strong>a uma taxa maior do que quem<<strong>br</strong> />
ganha menos. Ou seja, <strong>pag</strong>a proporcionalmente<<strong>br</strong> />
mais. Para o cálculo anual do imposto de renda<<strong>br</strong> />
de pessoa física para o exercício de 2003, anocalendário<<strong>br</strong> />
de 2002, a Receita Federal divulgou a<<strong>br</strong> />
tabela progressiva:<<strong>br</strong> />
Base de cálculo anual em R$ Alíquota Parcela a deduzir do imposto em R$<<strong>br</strong> />
Até 12.696,00 – –<<strong>br</strong> />
De 12.696,01 até 25.380,00 15,0 1.904,00<<strong>br</strong> />
Acima de 25.380,00 27,5 5.076,90<<strong>br</strong> />
145
146<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Por meio dessa tabela podemos verificar que, por exemplo, o contribuinte que ganhar em um<<strong>br</strong> />
ano um valor acima de R$25.380,00 deverá calcular assim o imposto devido: obter 27,5%<<strong>br</strong> />
da renda anual e subtrair R$5.076,00 do resultado.<<strong>br</strong> />
I. Procure argumentos para explicar a razão de haver essa terceira coluna, que trata da<<strong>br</strong> />
parcela de imposto a deduzir.<<strong>br</strong> />
II. O valor recebido por Paulo durante o ano de 2002 foi de R$25.000,00 e o de Jussara foi<<strong>br</strong> />
de R$50.000,00 sem descontos.<<strong>br</strong> />
a) Quanto Paulo deverá <strong>pag</strong>ar de imposto de renda (IR)? E Jussara?<<strong>br</strong> />
b) Jussara ganha o do<strong>br</strong>o de Paulo, mas <strong>pag</strong>a de IR bem mais que o do<strong>br</strong>o. Procure<<strong>br</strong> />
argumentos para explicar esse fato.<<strong>br</strong> />
Você poderia pesquisar so<strong>br</strong>e o imposto predial: o imposto a ser <strong>pag</strong>o por uma casa cuja área<<strong>br</strong> />
é 4 vezes menor que uma outra, é também 4 vezes menor que o imposto dessa outra? Quais<<strong>br</strong> />
são os fatores que influenciam no estabelecimento dos impostos de uma casa? Procure<<strong>br</strong> />
argumentos para explicar que o imposto a ser <strong>pag</strong>o depende da área da casa, mas não é<<strong>br</strong> />
diretamente proporcional a sua área.
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Capítulo VI – Proporcionalidade: uma idéia fundamental<<strong>br</strong> />
Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />
I. R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
Velocidade (km/h) 60 120 30 20 15 10<<strong>br</strong> />
Tempo (h) 3 1,5 6 9 12 18<<strong>br</strong> />
Não. Se fossem diretamente proporcionais, o triplo de fotos custaria o triplo do preço,<<strong>br</strong> />
ou seja 3 x R$ 4,00 = R$ 12,00.<<strong>br</strong> />
II. Resposta (d).<<strong>br</strong> />
III. Para cada R$ 100,00 deve-se descontar R$ 30,00.<<strong>br</strong> />
IV. 10% de 180 = 18 e 5% de 180 = 9, portanto 15% de 180 = 18 + 9 = 27.<<strong>br</strong> />
I. Veja a tabela:<<strong>br</strong> />
Nº de bombons por embalagem 2 3 4 6 9 12<<strong>br</strong> />
Nº de embalagens necessárias 18 12 9 6 4 3<<strong>br</strong> />
II. a) aproximadamente 0,1mg.<<strong>br</strong> />
b) a quantidade de nicotina do sangue diminui com o tempo; mesmo depois de 6h horas que a pessoa<<strong>br</strong> />
terminou de fumar, há ainda nicotina no sangue proveniente desse cigarro.<<strong>br</strong> />
c) Não. A quantidade de nicotina diminui com o decorrer do tempo.<<strong>br</strong> />
III. a) 60cm.<<strong>br</strong> />
b) Não se pode prever. Pode-se dizer que possivelmente sua altura será maior que 110cm.<<strong>br</strong> />
c) Não.<<strong>br</strong> />
d) Não.<<strong>br</strong> />
IV. Resposta (d).<<strong>br</strong> />
3.1 16.<<strong>br</strong> />
I. Resposta (a).<<strong>br</strong> />
II. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
III. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
I. Bernardo deve receber 50% a mais que Afonso, porque empregou 50% a mais do que empregou Afonso.<<strong>br</strong> />
II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
5.1<<strong>br</strong> />
Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9<<strong>br</strong> />
Salário 360 720 1.440 1.440 1.800 2.160 2.520 2.880 3.240<<strong>br</strong> />
5.2 A diferença existente entre os salários aumenta ainda mais. Por exemplo: a diferença entre os salários<<strong>br</strong> />
1 e 9 que era de R$2.400,00 passa a ser R$2.980,00.<<strong>br</strong> />
I. Para evitar distorções para os valores próximos aos limites das faixas. Se não houvesse essa parcela a deduzir<<strong>br</strong> />
seria melhor, por exemplo, receber anualmente R$ 12.000,0 do que R$ 13.000,00. Verifique!<<strong>br</strong> />
II. Paulo <strong>pag</strong>ará R$1.904,40 (15%) e Jussara R$5.076,90 (27,5%).<<strong>br</strong> />
147
148<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar grandezas direta e inversamente proporcionais, e interpretar a notação usual de<<strong>br</strong> />
porcentagem.<<strong>br</strong> />
• Identificar e avaliar a variação de grandezas para explicar fenômenos naturais, processos<<strong>br</strong> />
socioeconômicos e da produção tecnológica.<<strong>br</strong> />
• Resolver problemas envolvendo grandezas direta e inversamente proporcionais e porcentagem.<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar variações percentuais de variável socioeconômica ou técnico-científica como<<strong>br</strong> />
importante recurso para a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />
• Recorrer a cálculos com porcentagem e relações entre grandezas proporcionais para avaliar a<<strong>br</strong> />
adequação de propostas de intervenção na realidade.
Capítulo VII<<strong>br</strong> />
A ÁLGEBRA: SUAS FUNÇÕES E SEUS USOS<<strong>br</strong> />
CONSTRUIR E UTILIZAR CONCEITOS ALGÉBRICOS PARA<<strong>br</strong> />
MODELAR E RESOLVER PROBLEMAS.<<strong>br</strong> />
Angélica da Fontoura Garcia Silva
150<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo VII<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a:<<strong>br</strong> />
suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a é um conhecimento bastante antigo.<<strong>br</strong> />
Historiadores da Matemática contam que a<<strong>br</strong> />
palavra “álge<strong>br</strong>a” tem origem no título de livro<<strong>br</strong> />
“Ál-ja<strong>br</strong>”, escrito por Al-Khowarizmi, que<<strong>br</strong> />
descrevia conhecimentos dos árabes so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
equações.<<strong>br</strong> />
De início, as situações algé<strong>br</strong>icas eram descritas<<strong>br</strong> />
por palavras, posteriormente, surgiu uma mistura<<strong>br</strong> />
de palavras e símbolos. Por volta de 1500, na<<strong>br</strong> />
Europa, uma simbologia moderna começou a<<strong>br</strong> />
despontar.<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a foi se sofisticando e ampliando seus<<strong>br</strong> />
domínios, além de ter inúmeras aplicações em<<strong>br</strong> />
outras áreas do conhecimento.<<strong>br</strong> />
A linguagem<<strong>br</strong> />
da Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
Quando estudamos Matemática, podemos<<strong>br</strong> />
perceber que, juntamente com a Aritmética<<strong>br</strong> />
e a Geometria, a Álge<strong>br</strong>a desempenha<<strong>br</strong> />
importante papel.<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a tem diferentes funções. Uma delas<<strong>br</strong> />
é generalizar propriedades aritméticas que<<strong>br</strong> />
conhecemos. Quer ver um exemplo?<<strong>br</strong> />
Certamente você sabe que 3 + 2 = 2 + 3, e que tal<<strong>br</strong> />
propriedade é chamada de comutativa da adição.<<strong>br</strong> />
Poderíamos então pensar: essa propriedade vale<<strong>br</strong> />
para outros números? Em caso afirmativo, para<<strong>br</strong> />
representar essa generalização, podemos escrever:<<strong>br</strong> />
a + b = b + a, quaisquer que sejam<<strong>br</strong> />
os números a e b.<<strong>br</strong> />
Vamos analisar uma outra situação em que o uso<<strong>br</strong> />
da linguagem algé<strong>br</strong>ica é interessante.<<strong>br</strong> />
O Código Florestal Brasileiro, Lei 4771/65, em<<strong>br</strong> />
seu artigo 20º-, considera área de preservação<<strong>br</strong> />
permanente as florestas e demais formas de<<strong>br</strong> />
vegetação natural situadas, entre outras, ao longo<<strong>br</strong> />
dos rios ou de qualquer curso d’água, desde o seu<<strong>br</strong> />
nível mais alto, em faixa marginal com largura<<strong>br</strong> />
mínima de:<<strong>br</strong> />
a) 30 (trinta) metros para os cursos d’água de<<strong>br</strong> />
menos de 10 (dez) metros de largura;<<strong>br</strong> />
b) 50 (cinqüenta) metros para cursos d’água<<strong>br</strong> />
que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros<<strong>br</strong> />
de largura;<<strong>br</strong> />
c) 100 (cem) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />
tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros<<strong>br</strong> />
de largura;<<strong>br</strong> />
d) 200 (duzentos) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />
tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)<<strong>br</strong> />
metros de largura;<<strong>br</strong> />
e) 500 (quinhentos) metros para cursos d’água que<<strong>br</strong> />
tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.<<strong>br</strong> />
Um jornalista quer colocar esses itens em uma<<strong>br</strong> />
matéria de jornal, mas precisa economizar<<strong>br</strong> />
espaço e facilitar a compreensão. Confira como<<strong>br</strong> />
ele usou a tabela para organizar a informação<<strong>br</strong> />
“Dados so<strong>br</strong>e medidas”. Dê sua opinião<<strong>br</strong> />
a respeito:<<strong>br</strong> />
Largura mínima Cursos de largura d<<strong>br</strong> />
30m d < 10m<<strong>br</strong> />
50m 10m < d < 50m<<strong>br</strong> />
100m 50m < d < 200m<<strong>br</strong> />
200m 200m < d < 600m<<strong>br</strong> />
500m d > 600 m
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Podemos também usar a linguagem da Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
para estabelecer relação entre duas grandezas.<<strong>br</strong> />
Vejamos: se um produto custa R$ 3,00 e ele é<<strong>br</strong> />
vendido sempre por esse preço, sem desconto,<<strong>br</strong> />
podemos representar a relação entre a<<strong>br</strong> />
quantidade de produtos comprados e o preço<<strong>br</strong> />
<strong>pag</strong>o, escrevendo:<<strong>br</strong> />
p = 3n<<strong>br</strong> />
Nessa igualdade, o que indicam as letras p e n?<<strong>br</strong> />
Em geral, as pessoas associam a Álge<strong>br</strong>a ao uso<<strong>br</strong> />
de letras. Em algumas expressões usadas<<strong>br</strong> />
cotidianamente, idéias algé<strong>br</strong>icas se<<strong>br</strong> />
fazem presentes.<<strong>br</strong> />
Observe:<<strong>br</strong> />
Existem “n” formas de resolver<<strong>br</strong> />
essa questão.<<strong>br</strong> />
Esse é exatamente o “x” da questão.<<strong>br</strong> />
Como você interpreta as letras n e x usadas<<strong>br</strong> />
nessas duas frases?<<strong>br</strong> />
Em nosso estudo vamos usar letras com a função<<strong>br</strong> />
de incógnita e também com a função de variável.<<strong>br</strong> />
Você quer saber qual a diferença entre essas<<strong>br</strong> />
duas funções?<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Observe os exemplos de problemas apresentados<<strong>br</strong> />
a seguir:<<strong>br</strong> />
I. Qual é o número que, adicionado ao seu do<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />
resulta 99?<<strong>br</strong> />
II. Qual o preço <strong>pag</strong>o, respectivamente, por n<<strong>br</strong> />
produtos cujo preço unitário é de R$ 3,00?<<strong>br</strong> />
No primeiro caso, podemos representar o<<strong>br</strong> />
problema por meio de uma equação (mais adiante<<strong>br</strong> />
falaremos desse assunto):<<strong>br</strong> />
x + 2x = 99<<strong>br</strong> />
Para resolver a equação precisamos achar o valor<<strong>br</strong> />
da incógnita x que, de início, é desconhecido.<<strong>br</strong> />
Podemos ir atribuindo diferentes valores para x,<<strong>br</strong> />
até encontrar um que torne essa igualdade<<strong>br</strong> />
verdadeira. No caso é o número 33.<<strong>br</strong> />
No segundo caso, podemos escrever p = 3n e,<<strong>br</strong> />
para calcular o preço p de 25 produtos, basta<<strong>br</strong> />
substituir n por 25, obtendo p igual a 75. Como<<strong>br</strong> />
você pode observar, o preço p varia em função da<<strong>br</strong> />
quantidade de produtos adquiridos.<<strong>br</strong> />
Nesse caso dizemos que n representa uma variável.<<strong>br</strong> />
Agora, preste atenção nesta história:<<strong>br</strong> />
O mágico de um famoso circo chamou pessoas<<strong>br</strong> />
da platéia para participar de uma <strong>br</strong>incadeira.<<strong>br</strong> />
Antonio, Carlos e Sandra, se apresentaram.<<strong>br</strong> />
O mágico disse-lhes então que deveriam<<strong>br</strong> />
adivinhar que transformação faria com números<<strong>br</strong> />
falados por eles.<<strong>br</strong> />
• Antonio falou 2 e o mágico respondeu 4.<<strong>br</strong> />
• Carlos disse 5, o mágico respondeu 10.<<strong>br</strong> />
• Sandra falou 25, o mágico respondeu 50.<<strong>br</strong> />
Você já percebeu que o número falado pelo<<strong>br</strong> />
mágico é sempre o do<strong>br</strong>o do número dito pelos<<strong>br</strong> />
participantes: alge<strong>br</strong>icamente y=2x, com y sendo<<strong>br</strong> />
o número que o mágico respondeu e x o número<<strong>br</strong> />
que a pessoa da platéia falou.<<strong>br</strong> />
151
152<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Se a <strong>br</strong>incadeira continuasse e outra participante dissesse 15, qual seria a resposta do<<strong>br</strong> />
mágico? E se outro participante dissesse 2,5, o que o mágico deveria responder?<<strong>br</strong> />
II. Agora analise estes outros casos e escolha a alternativa que representa a regra usada pelo<<strong>br</strong> />
mágico em cada um (y é o número que o mágico respondeu e x o número que a platéia falou).<<strong>br</strong> />
A platéia falou 7 14 2 9 215 10<<strong>br</strong> />
O mágico respondeu 8 15 3 10 216 11<<strong>br</strong> />
a) y = x + 2 b) y = 2x c) y = x + 1 d) y = 3x<<strong>br</strong> />
A platéia falou 2 4 20 7 2,5 0<<strong>br</strong> />
O mágico respondeu 5 7 23 10 5,5 3<<strong>br</strong> />
a) y = x + 2 b) y = 2x c) y = 4x d) y = x + 3<<strong>br</strong> />
A platéia falou 3 4 15 50 1,5 25<<strong>br</strong> />
O mágico respondeu 7 9 31 101 4 51<<strong>br</strong> />
a) y = x + 1 b) y = 2x + 1 c) y = 3x - 2 d) y = 3x<<strong>br</strong> />
III. Observe agora esta outra <strong>br</strong>incadeira de adivinhação, feita em 5 etapas.<<strong>br</strong> />
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />
Pense em um número Multiplique por 4 Adicione 8 Divida por 4 Subtraia 2.<<strong>br</strong> />
Você poderia afirmar que, independentemente do número pensado, o resultado final obtido é o<<strong>br</strong> />
mesmo que o número que você pensou. Ou é mera coincidência?<<strong>br</strong> />
Por meio da Álge<strong>br</strong>a, podemos verificar que não se trata de mera coincidência. Veja:<<strong>br</strong> />
x 4x 4x+8 (4x+8):4 x + 2 - 2<<strong>br</strong> />
x+2 x
2<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
IV. Complete as tabelas e indique em que caso(s) o resultado é igual ao número pensado.<<strong>br</strong> />
a) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />
Pense em Multiplique Subtraia 2 Divida o total Adicione 1.<<strong>br</strong> />
um número. por 4. unidades. por 2.<<strong>br</strong> />
b) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />
Pense em<<strong>br</strong> />
um número.<<strong>br</strong> />
Subtraia 3. Divida por 5 . Subtraia 2 .<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Multiplique<<strong>br</strong> />
por 5.<<strong>br</strong> />
c) 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª<<strong>br</strong> />
Pense em Adicione 3. Subtraia 3. Multiplique Divida<<strong>br</strong> />
um número. por 2. por 2<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Por meio da álge<strong>br</strong>a podemos generalizar padrões geométricos. Observe a seqüência de<<strong>br</strong> />
figuras abaixo e escolha a expressão que indica corretamente a relação entre o número de<<strong>br</strong> />
quadrinhos <strong>br</strong>ancos (representado por n), no interior de cada figura, e o número de<<strong>br</strong> />
quadrinhos que formam cada lado (representado por x):<<strong>br</strong> />
a) n = x 2 - 2 b) n = ( x - 2) 2 c) n = x 2 - 3x d) n = x 2 - 3<<strong>br</strong> />
153
154<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
II. Numa seqüência de números, cada número é determinado pela lei n = 6x + 4, em que x<<strong>br</strong> />
indica a posição que o número ocupa na seqüência. Complete a tábua dos dez primeiros<<strong>br</strong> />
números dessa seqüência:<<strong>br</strong> />
x 1 2<<strong>br</strong> />
n 10 16 ... ... ... ... ... ... ...<<strong>br</strong> />
III. Faça o mesmo para uma seqüência em que cada número é determinado pela<<strong>br</strong> />
lei n = x 3 - x 2<<strong>br</strong> />
x 1 2<<strong>br</strong> />
n 0 4 ... ... ... ... ... ... ...<<strong>br</strong> />
IV. Agora vamos verificar como podemos calcular as áreas usando uma propriedade bastante<<strong>br</strong> />
conhecida na aritmética, que é a propriedade distributiva da multiplicação, em relação à<<strong>br</strong> />
adição. Observe as figuras abaixo.<<strong>br</strong> />
a) b) c)<<strong>br</strong> />
Na primeira, podemos dizer que a área total pode ser representada pela soma de duas áreas<<strong>br</strong> />
assim obtidas:<<strong>br</strong> />
A = 5 x ( 3 + 10 ) = 15 + 50 = 65<<strong>br</strong> />
Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
A = a x ( b + c ) = ab + ac<<strong>br</strong> />
Na segunda, a área total pode ser representada pela soma de quatro áreas assim obtidas:<<strong>br</strong> />
A = (10 + 2) . (10 + 3) = 100 + 20 + 30 + 6 = 156<<strong>br</strong> />
Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
A = (a + b) (c + d ) = ac + ad + bc + bd
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Finalmente, na terceira, temos:<<strong>br</strong> />
A = (10 + 2) . (10 + 2) = 100 + 20 + 20 + 4 = 144<<strong>br</strong> />
Genericamente, podemos representar essa situação da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
A = (a + b) (a + b ) = a2 + ab + ba + b2 Ou ainda, (a+b) 2 = a2 + 2ab + b2 a a 2 ab<<strong>br</strong> />
b ab b 2<<strong>br</strong> />
V. Usando as informações acima, determine os seguintes quadrados:<<strong>br</strong> />
a) (x + y) 2 =<<strong>br</strong> />
b) (2 x + y) 2 =<<strong>br</strong> />
c) (x + 2y) 2 =<<strong>br</strong> />
d) (2x + 3y) 2 =<<strong>br</strong> />
A Álge<strong>br</strong>a e a compreensão<<strong>br</strong> />
de fenômenos naturais e de processos<<strong>br</strong> />
da produção tecnológica<<strong>br</strong> />
Os cientistas utilizam a Álge<strong>br</strong>a para expressar<<strong>br</strong> />
leis que explicam fenômenos físicos. Um deles<<strong>br</strong> />
refere-se à queda de corpos. Eles chegaram a uma<<strong>br</strong> />
fórmula que permite calcular, de forma<<strong>br</strong> />
aproximada, o tempo gasto (em segundos) por um<<strong>br</strong> />
corpo que cai de uma certa altura (em metros):<<strong>br</strong> />
t = 0,45 š h<<strong>br</strong> />
Assim, se quisermos desco<strong>br</strong>ir quanto tempo<<strong>br</strong> />
levaria um objeto para chegar ao solo, caindo de<<strong>br</strong> />
um prédio de 25m, basta multiplicar a raiz<<strong>br</strong> />
quadrada de 25 por 0,45:<<strong>br</strong> />
t = 0,45 š25<<strong>br</strong> />
t = 0,45 . 5 = 2,25<<strong>br</strong> />
Por meio dessa fórmula, também podemos<<strong>br</strong> />
encontrar a altura de onde o corpo foi<<strong>br</strong> />
abandonado se conhecermos o tempo que ele<<strong>br</strong> />
levou para cair.<<strong>br</strong> />
155
156<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Resolvendo Resolvendo o o Problema<<strong>br</strong> />
Problema<<strong>br</strong> />
Uma pedra cai do topo de um edifício e leva 4,5<<strong>br</strong> />
segundos para chegar ao solo. Qual é a altura<<strong>br</strong> />
desse prédio?<<strong>br</strong> />
Por meio da álge<strong>br</strong>a também podemos calcular o<<strong>br</strong> />
tempo que os satélites artificiais levam para dar<<strong>br</strong> />
uma volta completa em torno da Terra, também<<strong>br</strong> />
chamada de “período”. Esses satélites<<strong>br</strong> />
retransmitem sinais de TV e de telefone para<<strong>br</strong> />
qualquer parte do planeta. O período pode ser<<strong>br</strong> />
calculado por meio da fórmula:<<strong>br</strong> />
T=2þr/v<<strong>br</strong> />
Em que:<<strong>br</strong> />
T é o período,<<strong>br</strong> />
2þr é o comprimento da sua órbita circular,<<strong>br</strong> />
r é o raio da órbita,<<strong>br</strong> />
v a velocidade do satélite.<<strong>br</strong> />
Alguns satélites são chamados de estacionários,<<strong>br</strong> />
porque dão a impressão, para quem olha aqui da<<strong>br</strong> />
Terra, que estão parados. Como será que isso<<strong>br</strong> />
acontece?<<strong>br</strong> />
Calculando o período de um satélite que é<<strong>br</strong> />
colocado em órbita so<strong>br</strong>e o Equador, a uma<<strong>br</strong> />
velocidade de 10.800 km/h, sendo 260.000 km o<<strong>br</strong> />
comprimento da sua órbita, obtemos,<<strong>br</strong> />
aproximadamente, 24h. Esse tempo corresponde<<strong>br</strong> />
ao período de rotação da Terra, o que dá<<strong>br</strong> />
ao observador a impressão de que o satélite<<strong>br</strong> />
está parado.<<strong>br</strong> />
Usando a Álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
para construir<<strong>br</strong> />
modelos e resolver<<strong>br</strong> />
problemas<<strong>br</strong> />
Para resolver problemas utilizando a Álge<strong>br</strong>a,<<strong>br</strong> />
precisamos ser capazes de criar um modelo que<<strong>br</strong> />
representa a proposta, ou seja, traduzir essa<<strong>br</strong> />
situação alge<strong>br</strong>icamente, de forma adequada. Já<<strong>br</strong> />
vimos um exemplo no problema em que<<strong>br</strong> />
desejávamos saber que número, adicionado ao<<strong>br</strong> />
seu do<strong>br</strong>o, resulta 99.
3<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. No quadro abaixo você pode observar que cada situação-problema foi traduzida<<strong>br</strong> />
alge<strong>br</strong>icamente. Analise o que cada letra está representando nesses exemplos. Determine o<<strong>br</strong> />
valor que torna as igualdades verdadeiras.<<strong>br</strong> />
O do<strong>br</strong>o da minha idade é igual a 50. Qual é a minha idade? 2 x = 50<<strong>br</strong> />
Recebi um aumento de R$30,00 e passei a ganhar R$ 210,00. a + 30 = 210<<strong>br</strong> />
Qual era o meu salário?<<strong>br</strong> />
O triplo de um número mais duas unidades é igual a onze. 3b + 2 = 11<<strong>br</strong> />
Que número é esse?<<strong>br</strong> />
A idade de Pedro é metade da de Carlos. A soma das duas idades x + x = 30<<strong>br</strong> />
é 30 anos. Qual é a idade de Carlos?<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
II. Traduza, alge<strong>br</strong>icamente, cada uma das situações e encontre a<<strong>br</strong> />
solução, testando-as.<<strong>br</strong> />
(a) Um número aumentado em três unidades é igual a sete. Que número é esse?<<strong>br</strong> />
(b) Um número menos cinco é igual a 12. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />
(c) Sete menos um número é igual a 3. Que número é esse?<<strong>br</strong> />
(d) Aumentando 5 anos na idade de Antonio, obtemos 23. Qual é a idade de Antonio?<<strong>br</strong> />
(e) A metade de um número mais cinco é igual a 10. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />
(f) O quociente de um certo número por 2 resulta 25. Qual é esse número?<<strong>br</strong> />
(g) A soma de três números inteiros e consecutivos é 33. Quais são esses números?<<strong>br</strong> />
(h) Somando os R$ 20,00 de Bruno com a metade do que tem Leonardo, dá para comprar um<<strong>br</strong> />
rádio de R$50,00. Quanto tem Leonardo?<<strong>br</strong> />
(i) Com a terça parte de seu salário, José <strong>pag</strong>a o aluguel que é de R$ 200,00. Qual o<<strong>br</strong> />
salário de José?<<strong>br</strong> />
III. Que tal fazer o contrário? Invente uma situação que possa ser traduzida por:<<strong>br</strong> />
(a) 2x + 5 = 15<<strong>br</strong> />
(b) x + 2x = 69<<strong>br</strong> />
(c) x + x/2 = 225<<strong>br</strong> />
157
158<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Sentenças matemáticas abertas (em que há pelo menos um valor desconhecido, isto é, uma<<strong>br</strong> />
incógnita) e que expressam uma igualdade, são denominadas EQUAÇÕES. Com base nessa<<strong>br</strong> />
definição, indique em quais dos itens temos, ou não, uma equação e justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
(a) 5 . 3 + 4<<strong>br</strong> />
(b) 5x + 4 = 7<<strong>br</strong> />
(c) 4x - 7<<strong>br</strong> />
(d) 3x 2 - 2x + 1 = 0<<strong>br</strong> />
(e) 5 + 3 = 8<<strong>br</strong> />
(f) 2x 2 = 5 x<<strong>br</strong> />
(g)<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
+ 1 =<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2 3<<strong>br</strong> />
A raiz da equação<<strong>br</strong> />
O processo de resolução de uma equação pode ser<<strong>br</strong> />
comparado ao processo de equilí<strong>br</strong>io de uma<<strong>br</strong> />
balança de dois pratos. Observe:<<strong>br</strong> />
Uma balança de pratos está em equilí<strong>br</strong>io. Num<<strong>br</strong> />
dos pratos há 3 pacotes de arroz, de mesmo peso,<<strong>br</strong> />
e um peso de 1 kg. No outro prato há um peso<<strong>br</strong> />
a a a 1kg 7kg<<strong>br</strong> />
S N Justificativa<<strong>br</strong> />
de 7kg. A figura ilustra a situação, que também<<strong>br</strong> />
pode ser representada pela equação:<<strong>br</strong> />
3a + 1 = 7<<strong>br</strong> />
Para achar o peso de cada pacote de arroz,<<strong>br</strong> />
podemos retirar 1 kg de cada prato da balança, o<<strong>br</strong> />
que pode ser assim representado:<<strong>br</strong> />
3a + 1 - 1 = 7 - 1<<strong>br</strong> />
3a = 6<<strong>br</strong> />
O peso de 6 kg pode ser decomposto em 3 pesos<<strong>br</strong> />
de 2 kg e, portanto, podemos afirmar que a = 2.<<strong>br</strong> />
a a a<<strong>br</strong> />
2kg 2kg 2kg<<strong>br</strong> />
Esse valor encontrado, que verifica a igualdade<<strong>br</strong> />
3a + 1 = 7, ou que torna 3a + 1 igual a 7,<<strong>br</strong> />
é também chamado de raiz da equação.
5<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Agora é com você: descu<strong>br</strong>a o peso dessas outras mercadorias em cada balança, escrevendo<<strong>br</strong> />
e resolvendo a equação adequada em cada caso .<<strong>br</strong> />
2b 3kg 9kg 3c 3kg 9kg<<strong>br</strong> />
4b 3kg 15kg 2y 4kg 18kg<<strong>br</strong> />
II. Resolva estas equações.<<strong>br</strong> />
a) 3x + 4 = 10 b) 5x - 6 = 9 c) 2x - 3 = 15 d) 3x + 2 = 7 e) 4x - 5 = 25<<strong>br</strong> />
f) 2x + 1 = 7 g) 3x + 3 = 20 h) 2x -1 = 3 i) 4x - 2 = 8 j) 2x - 7 = 20<<strong>br</strong> />
As equações cujas soluções (ou raízes) são números inteiros são:<<strong>br</strong> />
As equações cujas soluções (ou raízes) não são números inteiros são:<<strong>br</strong> />
III. Na coluna em <strong>br</strong>anco da 2ª tabela, escreva a letra que indica a equação que tem esse<<strong>br</strong> />
valor como raiz.<<strong>br</strong> />
a) 2x + 2 - 1 = 15 ( ) 12<<strong>br</strong> />
b)<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
- 6 = 4<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
( ) 20<<strong>br</strong> />
c) 2x + 3x + 10 = 70 ( ) 7<<strong>br</strong> />
d) y - 12 + 2y = 48 ( ) 20<<strong>br</strong> />
159
160<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Algumas equações são mais trabalhosas para<<strong>br</strong> />
serem resolvidas. Observe as soluções de Larissa e<<strong>br</strong> />
Lucas e explique os procedimentos usados por eles:<<strong>br</strong> />
Equação resolvida por Larissa: Equação resolvida por Lucas:<<strong>br</strong> />
(x + 2) - 2(x + 4) - x = -2<<strong>br</strong> />
x + 2 - 2x - 8 - x = -2<<strong>br</strong> />
x - 2x - x = - 2 - 2 + 8<<strong>br</strong> />
-2x .(-1) = 4 .(-1)<<strong>br</strong> />
+2x = -4<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
x = -<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
x = -2<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
2w - 1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
= 3w - 2<<strong>br</strong> />
3.(2w - 1)<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
= 2.(3w - 2)<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
6w - 3 = 6w - 4<<strong>br</strong> />
6w - 6w = -4 + 3<<strong>br</strong> />
0w = -1 (não existe valor que se possa<<strong>br</strong> />
atribuir a w)<<strong>br</strong> />
Resolva cada uma das equações abaixo. Mas antes, preste atenção no seguinte:<<strong>br</strong> />
* você pode encontrar equações em que, qualquer que seja o valor atribuído à incógnita, a<<strong>br</strong> />
igualdade será falsa;<<strong>br</strong> />
* você pode encontrar equações indeterminadas, ou seja, aquelas em que qualquer que seja o<<strong>br</strong> />
valor atribuído à incógnita, a igualdade será verdadeira.<<strong>br</strong> />
a) 15 + 2x = 5 b) -4 = 6 - 2x c) 4x = x - 18<<strong>br</strong> />
d) 7x + 5 = 3x - 7<<strong>br</strong> />
g)<<strong>br</strong> />
y<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
- = 1 2 - y<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
j) x + 5 = x + 6<<strong>br</strong> />
e) x + x = 1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
h)<<strong>br</strong> />
m - 1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
= m + 1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
f) 3(x +2) + 5 = 10 - 2.(x - 2)<<strong>br</strong> />
i)<<strong>br</strong> />
x - 1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
+ m + 1<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
= 2x + 3<<strong>br</strong> />
5
7<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Na padaria Bom Dia, seu Antonio confeccionou<<strong>br</strong> />
uma tabela para dizer rapidamente ao freguês<<strong>br</strong> />
quanto deve <strong>pag</strong>ar pelos pães que levar. Mas<<strong>br</strong> />
aconteceu um pequeno acidente e a tabela ficou<<strong>br</strong> />
com algumas manchas de café. Observe:<<strong>br</strong> />
Número de pães Preço (R$)<<strong>br</strong> />
1 0,10<<strong>br</strong> />
2 0,20<<strong>br</strong> />
3 0,30<<strong>br</strong> />
4 0,40<<strong>br</strong> />
5 0,50<<strong>br</strong> />
6 0,60<<strong>br</strong> />
7 0,70<<strong>br</strong> />
8 0,80<<strong>br</strong> />
9 0,90<<strong>br</strong> />
10 1,00<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Você acha que mesmo assim é possível saber<<strong>br</strong> />
esses valores borrados?<<strong>br</strong> />
Como o seu Antonio faria para:<<strong>br</strong> />
• calcular o preço de 100 pães?<<strong>br</strong> />
• representar o preço de n pães?<<strong>br</strong> />
Em expressões como p = 0,10 x n, em que p<<strong>br</strong> />
indica o preço e n a quantidade de pães, a letra n<<strong>br</strong> />
tem função de variável, ou seja, é uma<<strong>br</strong> />
quantidade que muda dependendo da quantidade<<strong>br</strong> />
de pães que se comprar.<<strong>br</strong> />
Utilizando seus conhecimentos algé<strong>br</strong>icos, crie um modelo para o problema proposto<<strong>br</strong> />
e resolva:<<strong>br</strong> />
I. Bira tinha algumas economias em sua caderneta de poupança. Este mês conseguiu<<strong>br</strong> />
economizar o equivalente à décima parte do que já tem depositado. Depositando essa nova<<strong>br</strong> />
economia nessa caderneta, o total passou a R$ 6.050,00. Quanto Bira tinha antes na<<strong>br</strong> />
caderneta de poupança?<<strong>br</strong> />
II. Marta comprou duas saias e uma blusa por R$ 80,00. A blusa custou R$ 5,00 a mais que<<strong>br</strong> />
cada uma das saias, que foram compradas pelo mesmo preço. Quanto ela <strong>pag</strong>ou pela blusa e<<strong>br</strong> />
por uma saia?<<strong>br</strong> />
III. Tia Vitória quer dar uma certa quantia a seus 2 so<strong>br</strong>inhos para que comprem um<<strong>br</strong> />
presente. Mas antes resolveu desafiá-los, dizendo: tenho algumas notas de 10 reais e<<strong>br</strong> />
algumas notas de 5 reais na minha carteira para dar a vocês. Ao todo são 12 cédulas, que<<strong>br</strong> />
totalizam 95 reais. Quantas são as notas de cada tipo?<<strong>br</strong> />
IV. Anita disse à Bia:<<strong>br</strong> />
- Empreste-me R$100,00 e eu ficarei com a mesma quantia que você.<<strong>br</strong> />
Bia respondeu:<<strong>br</strong> />
- Dê-me R$100,00 e eu terei o do<strong>br</strong>o do que você tem.<<strong>br</strong> />
Descu<strong>br</strong>a quanto tem cada uma delas.<<strong>br</strong> />
V. Se você adicionar 120 ao do<strong>br</strong>o de um número, vai obter 560. Que número é esse?<<strong>br</strong> />
VI. A soma de dois números é 54. O maior é o do<strong>br</strong>o do menor. Que números são esses?<<strong>br</strong> />
161
162<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Ao traduzir estes problemas para a linguagem<<strong>br</strong> />
algé<strong>br</strong>ica, você observará algumas situações em<<strong>br</strong> />
que a solução será encontrada a partir de uma<<strong>br</strong> />
equação e uma incógnita. Como, por exemplo,<<strong>br</strong> />
nos problemas 7.I e 7.V que tem as traduções:<<strong>br</strong> />
x + x/10 = 6.050 e, portanto, x= 5500<<strong>br</strong> />
2x + 120 = 560 e, portanto, x=220<<strong>br</strong> />
Nas demais, você poderá encontrar equações com<<strong>br</strong> />
duas incógnitas, que poderão ser resolvidas como<<strong>br</strong> />
sistemas de equações. Por exemplo, para o<<strong>br</strong> />
problema 7.II, considerando x o preço da saia<<strong>br</strong> />
e y o preço da blusa, poderemos montar<<strong>br</strong> />
as equações:<<strong>br</strong> />
2x +1y =80 (I)<<strong>br</strong> />
y= x +5 (II)<<strong>br</strong> />
São duas equações que representam a situação<<strong>br</strong> />
descrita no problema, então o valor de x (saia)<<strong>br</strong> />
para a primeira equação será o mesmo da segunda,<<strong>br</strong> />
o mesmo ocorrendo com o valor de y (blusa).<<strong>br</strong> />
Poderemos resolver esse sistema utilizando-nos de<<strong>br</strong> />
um método chamado “substituição”.<<strong>br</strong> />
Vejamos: como y= x + 5 (observando a<<strong>br</strong> />
equação II) , substituímos o valor de y<<strong>br</strong> />
na equação<<strong>br</strong> />
I: 2x +1y =80,<<strong>br</strong> />
Assim teremos:<<strong>br</strong> />
2x + (x+5) =80<<strong>br</strong> />
cuja solução é 25. Sabemos, então, que a saia<<strong>br</strong> />
custará R$25,00. Como a blusa é R$5,00 mais<<strong>br</strong> />
cara , o preço da blusa será R$30,00.<<strong>br</strong> />
Você poderá encontrar esse e outros<<strong>br</strong> />
procedimentos de resolução de um sistema em<<strong>br</strong> />
qualquer livro que trate do assunto.<<strong>br</strong> />
Certamente você conhece a fórmula que usamos<<strong>br</strong> />
para determinar a área de um retângulo de<<strong>br</strong> />
dimensões x e y. No caso particular em que essas<<strong>br</strong> />
dimensões são iguais, temos um quadrado e a<<strong>br</strong> />
fórmula é um caso particular em que x = y.<<strong>br</strong> />
A = x y (área do retângulo)<<strong>br</strong> />
A = x 2 {<<strong>br</strong> />
(área do quadrado)<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Traduza alge<strong>br</strong>icamente os enunciados abaixo:<<strong>br</strong> />
a) Determinar o lado de um quadrado que tem<<strong>br</strong> />
área igual a 36m 2 .<<strong>br</strong> />
b) Determinar as dimensões de um retângulo que<<strong>br</strong> />
tem área igual a 128 cm 2 , sabendo-se que o lado<<strong>br</strong> />
maior é o do<strong>br</strong>o do lado menor.<<strong>br</strong> />
c) Determinar as dimensões de um retângulo que<<strong>br</strong> />
tem área igual a 21 m 2 , sabendo-se que o lado<<strong>br</strong> />
maior tem 4m a mais que o lado menor.<<strong>br</strong> />
Você percebeu algo em comum nestas equações?<<strong>br</strong> />
O que?<<strong>br</strong> />
Essas equações são chamadas equações de<<strong>br</strong> />
2º grau na incógnita x.<<strong>br</strong> />
Elas podem ser representadas genericamente<<strong>br</strong> />
desta forma:<<strong>br</strong> />
ax 2 + bx + c = 0, em que a, b e c são números<<strong>br</strong> />
reais e a • 0.<<strong>br</strong> />
Nos exemplos acima temos as seguintes<<strong>br</strong> />
traduções:<<strong>br</strong> />
a) x 2 = 36 ou x 2 - 36 = 0<<strong>br</strong> />
b) x (2 x) = 128 ou 2x 2 = 128 ou 2x 2<<strong>br</strong> />
-128 = 0<<strong>br</strong> />
c) x (x + 4) = 21 ou x 2 + 4 x = 21 ou x 2 + 4 x - 21= 0<<strong>br</strong> />
x 2<<strong>br</strong> />
- 36 = 0<<strong>br</strong> />
x 2<<strong>br</strong> />
= 36<<strong>br</strong> />
x = 6 ou x = -6<<strong>br</strong> />
2x 2<<strong>br</strong> />
- 128 = 0<<strong>br</strong> />
2x 2<<strong>br</strong> />
= 128<<strong>br</strong> />
x 2<<strong>br</strong> />
= 64<<strong>br</strong> />
x = 8 ou x = -8<<strong>br</strong> />
As duas primeiras são equações incompletas do<<strong>br</strong> />
2º grau e podem ser resolvidas de modo<<strong>br</strong> />
bem simples:<<strong>br</strong> />
Você pode observar que cada uma dessas<<strong>br</strong> />
equações tem duas raízes; no caso, uma positiva<<strong>br</strong> />
e outra negativa. No entanto, como estamos<<strong>br</strong> />
procurando a medida do lado de um quadrado e<<strong>br</strong> />
de um retângulo, a resposta negativa deve ser<<strong>br</strong> />
abandonada, pois não faz sentido. Concorda?<<strong>br</strong> />
Já a resolução da equação x 2<<strong>br</strong> />
+ 4 x - 21= 0, que<<strong>br</strong> />
é completa, precisa ser feita por um outro<<strong>br</strong> />
processo. Um dos mais conhecidos procedimentos<<strong>br</strong> />
é atribuído a Bhaskara (1114-1185), considerado o<<strong>br</strong> />
mais importante matemático hindu do século XII.<<strong>br</strong> />
Você pode pesquisar em diferentes livros a<<strong>br</strong> />
conhecida fórmula de Bhaskara.<<strong>br</strong> />
Podemos verificar se determinados valores são<<strong>br</strong> />
raízes de equações do 2º grau, por simples<<strong>br</strong> />
substituição.
8<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Verifique, em cada caso, se os números<<strong>br</strong> />
indicados são ou não raízes:<<strong>br</strong> />
a) 3x 2<<strong>br</strong> />
+ 15x - 18 = 0 -6 +1<<strong>br</strong> />
b) 2x 2<<strong>br</strong> />
+ 6x - 4 = 0 -4 +1<<strong>br</strong> />
c) -3x 2<<strong>br</strong> />
+ 6x + 15 = 0 +1 +2<<strong>br</strong> />
d) x 2<<strong>br</strong> />
+ 4x = 0 0 -4<<strong>br</strong> />
e) x 2<<strong>br</strong> />
- 16 = 0 -4 +4<<strong>br</strong> />
f) x 2<<strong>br</strong> />
+ 4x - 5 = 0 +1 -5<<strong>br</strong> />
g) x 2<<strong>br</strong> />
- 36 = 0 6 -6<<strong>br</strong> />
h) x 2<<strong>br</strong> />
- 81 = 0 0 -9<<strong>br</strong> />
Usando a álge<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
para argumentar<<strong>br</strong> />
Em muitas cidades praianas do Brasil,<<strong>br</strong> />
alugam-se bicicletas aos turistas. Em Serra Azul,<<strong>br</strong> />
duas lojas prestam esse serviço: Alugabike, que<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>a um aluguel de R$5,00 por dia mais uma<<strong>br</strong> />
taxa fixa de R$10,00 e Bikeshop, que co<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
R$6,00 por dia. Na portaria do hotel, o gerente<<strong>br</strong> />
afixou duas tabelas, mostrando os valores<<strong>br</strong> />
referentes a 3 dias:<<strong>br</strong> />
Bikeshop<<strong>br</strong> />
Tempo (dias) Aluguel (em R$)<<strong>br</strong> />
1 6 . 1 = 6<<strong>br</strong> />
2 6 . 2 = 12<<strong>br</strong> />
3 6. 3 = 18<<strong>br</strong> />
Alugabike<<strong>br</strong> />
Tempo (dias) Aluguel (em R$)<<strong>br</strong> />
1 5 .1 + 10 = 15<<strong>br</strong> />
2 5 . 2 + 10 = 20<<strong>br</strong> />
3 5 . 3 + 10 = 25<<strong>br</strong> />
Resolvendo o problema<<strong>br</strong> />
Complete a tabela e responda:<<strong>br</strong> />
a) Qual das duas lojas você escolheria se você<<strong>br</strong> />
fosse alugar as bicicletas por 4 dias?<<strong>br</strong> />
b) Você mudaria de loja se fosse alugar por 8 dias ?<<strong>br</strong> />
E por 15 dias? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
c) Qual seria o valor a ser <strong>pag</strong>o em cada loja por<<strong>br</strong> />
um número x de dias?<<strong>br</strong> />
d) Existe alguma quantidade de dias para a qual é<<strong>br</strong> />
indiferente a escolha? Em caso afirmativo, qual é ?<<strong>br</strong> />
Este problema pode ser resolvido ampliando-se a<<strong>br</strong> />
tabela até desco<strong>br</strong>ir o dia em que o preço do<<strong>br</strong> />
aluguel será o mesmo em qualquer das duas.<<strong>br</strong> />
A resposta pode ser obtida, também,<<strong>br</strong> />
igualando-se B (aluguel na Bikeshop) e<<strong>br</strong> />
A (Aluguel na Alugabike):<<strong>br</strong> />
B = 6. x e A = 5. x + 10<<strong>br</strong> />
6x = 5x + 10<<strong>br</strong> />
x=10<<strong>br</strong> />
No décimo dia, o preço, portanto, é indiferente à<<strong>br</strong> />
escolha da loja em relação ao preço do aluguel.<<strong>br</strong> />
163
164<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Cláudio mora numa cidade e estuda em outra a 10km de onde mora. Como não tem<<strong>br</strong> />
transporte coletivo que o leve à escola, precisa contratar um táxi. Pesquisou os preços. Na<<strong>br</strong> />
cidade Brejo Seco o táxi custa R$6,00 a bandeirada, mais R$2,00 o quilômetro rodado.<<strong>br</strong> />
Tentou negociar o preço e recebeu a proposta de tirar o valor da bandeirada, porém co<strong>br</strong>ar<<strong>br</strong> />
R$3,00 o quilometro rodado. Cláudio pensou, pensou, e resolveu não aceitar a oferta. Você<<strong>br</strong> />
consegue desco<strong>br</strong>ir por que? Descu<strong>br</strong>a as expressões algé<strong>br</strong>icas que representam as duas<<strong>br</strong> />
propostas.<<strong>br</strong> />
Será que, neste caso, também haveria uma distância em que ambas as propostas<<strong>br</strong> />
representassem o mesmo gasto?<<strong>br</strong> />
Usando Usando a a álge<strong>br</strong>a álge<strong>br</strong>a para para entender<<strong>br</strong> />
entender<<strong>br</strong> />
propostas propostas de de intervenção<<strong>br</strong> />
intervenção<<strong>br</strong> />
intervenção<<strong>br</strong> />
na na realidade.<<strong>br</strong> />
realidade.<<strong>br</strong> />
Anualmente os <strong>br</strong>asileiros devem declarar seus<<strong>br</strong> />
rendimentos à Receita Federal e, se for o caso,<<strong>br</strong> />
<strong>pag</strong>ar o chamado Imposto de Renda. Muitas<<strong>br</strong> />
pessoas, no entanto, <strong>pag</strong>am esse tributo na fonte,<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
ou seja, mensalmente já vem descontado um valor<<strong>br</strong> />
em seu salário. Na tabela abaixo, há informações<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o desconto na fonte para pessoa física,<<strong>br</strong> />
exercício de 2002, ano calendário de 2001:<<strong>br</strong> />
IMPOSTO DE RENDA • Desconto na fonte<<strong>br</strong> />
Base de cálculo (R$) Alíquota % Parcela a deduzir (R$)<<strong>br</strong> />
Até 1.058,00 - Isento<<strong>br</strong> />
Acima de 1.058,01 até 2.115,00 15 158,70<<strong>br</strong> />
Acima de 2.115,01 27,50 423,08<<strong>br</strong> />
II. Com o auxílio de uma calculadora e<<strong>br</strong> />
analisando a tabela, responda:<<strong>br</strong> />
a) Pedro recebeu no ano de 2001 um<<strong>br</strong> />
salário mensal de R$392,00.<<strong>br</strong> />
Mensalmente, ele <strong>pag</strong>ará imposto ou<<strong>br</strong> />
ficará isento?<<strong>br</strong> />
b) O salário mensal de Cláudio em<<strong>br</strong> />
2001 era de R$ 1.200,00. Quanto ele<<strong>br</strong> />
tinha retido na fonte, mensalmente?<<strong>br</strong> />
Você deve ter observado que a porcentagem da<<strong>br</strong> />
alíquota (taxa) a ser <strong>pag</strong>a, assim como a parcela a<<strong>br</strong> />
deduzir, variam de acordo com o salário recebido.<<strong>br</strong> />
Esta variação acontece por faixas de salário. Por<<strong>br</strong> />
que você acha que isso acontece?<<strong>br</strong> />
Para não co<strong>br</strong>ar a mesma taxa para todos os<<strong>br</strong> />
trabalhadores, o governo utiliza alíquotas<<strong>br</strong> />
diferentes, dependendo da faixa salarial. Mas ao<<strong>br</strong> />
utilizar este método sem deduzir nenhum valor,<<strong>br</strong> />
haveria o risco de tratar de forma injusta pessoas<<strong>br</strong> />
que tivessem salários próximos a estas faixas. Por<<strong>br</strong> />
exemplo: Se não houvesse o valor a deduzir,<<strong>br</strong> />
quem ganhasse R$ 1.000,00 estaria isento.<<strong>br</strong> />
Já quem ganhasse R$ 1.100,00 <strong>pag</strong>aria R$165,00.
10<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Nesse caso não haveria vantagem nenhuma em se<<strong>br</strong> />
ganhar estes R$100,00 a mais.<<strong>br</strong> />
Então, utiliza-se o desconto para acertar estes<<strong>br</strong> />
casos: R$ 165,00 - R$ 158,70 = R$6,30.<<strong>br</strong> />
Confira agora o que estamos falando, descu<strong>br</strong>a os<<strong>br</strong> />
valores a serem <strong>pag</strong>os para os salários:<<strong>br</strong> />
Salário Alíquota Calculo da % Parcela a deduzir Imposto a <strong>pag</strong>ar<<strong>br</strong> />
R$ 1.058,00 Isento -<<strong>br</strong> />
R$ 1.058,01 15% R$158,70<<strong>br</strong> />
R$ 2.115,00 15% R$ 158,70<<strong>br</strong> />
R$ 2.115,01 27,5% R$423,08<<strong>br</strong> />
Tabela 2<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Com base na Tabela 1, responda:<<strong>br</strong> />
A expressão 0,15x - 158,70 pode ser usada para calcular o imposto a ser descontado no<<strong>br</strong> />
salário de uma pessoa que ganha:<<strong>br</strong> />
a) R$ 900,00.<<strong>br</strong> />
b) R$ 1.200,00.<<strong>br</strong> />
c) R$ 2.300,00.<<strong>br</strong> />
d) R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />
II. A expressão 0,275x - 423,08 pode ser usada para calcular o imposto a ser descontado no<<strong>br</strong> />
salário de uma pessoa que ganha:<<strong>br</strong> />
a) R$ 900,00.<<strong>br</strong> />
b) R$ 1.200,00.<<strong>br</strong> />
c) R$ 1.500,00.<<strong>br</strong> />
d) R$ 2.500,00.<<strong>br</strong> />
Vamos utilizar essa idéia para ajudar o Seu Ricardo, que pretende dar aumento aos<<strong>br</strong> />
funcionários. Se o aumento fosse de 20% para todos os trabalhadores, quem ganha<<strong>br</strong> />
R$ 300,00 teria um aumento de R$ 90,00. Já o trabalhador que ganha R$ 2.000,00 teria<<strong>br</strong> />
um aumento de R$ 600,00. Ele fez algumas contas e verificou que não pode dar o mesmo<<strong>br</strong> />
índice para todos, pois não teria recursos para isso.<<strong>br</strong> />
Então, resolveu dar o aumento em duas faixas: 30% para quem ganha até R$ 500,00 e 20%<<strong>br</strong> />
para quem ganha mais que R$ 500,00. Construindo uma tabela, ele decidiu que, além dos<<strong>br</strong> />
20% para quem ganha acima de R$ 500,00, ele daria um abono de R$ 50,00.<<strong>br</strong> />
Salário Alíquota aumento<<strong>br</strong> />
R$ 500,00 30% 150,00<<strong>br</strong> />
R$501,00 20% 100,20<<strong>br</strong> />
165
166<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
III. Você considera acertada a decisão do Seu Ricardo? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
IV. A expressão algé<strong>br</strong>ica que poderá ser utilizada para fazer o cálculo de quem ganha acima<<strong>br</strong> />
de R$ 500,00 (com S representando o salário com aumento e x o salário anterior) será:<<strong>br</strong> />
a) S = 1,2. x + 50<<strong>br</strong> />
b) S = 1,3. x + 50<<strong>br</strong> />
c) S = 1,2 x + 20<<strong>br</strong> />
d) S = 1,3 x + 20<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
I. Se o participante disser 15 o mágico dirá 30; se o participante disser 2,5 o mágico dirá 5.<<strong>br</strong> />
II. (c); (d); (b).<<strong>br</strong> />
IV.<<strong>br</strong> />
a)<<strong>br</strong> />
4x - 2<<strong>br</strong> />
x 4x 4x - 2 = 2x - 1 2x - 1 + 1 = 2x<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
b)<<strong>br</strong> />
c)<<strong>br</strong> />
I. (b)<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
3 4 5 6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />
22 28 34 40 46 52 58 64<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
3 4 5 6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />
19 48 100 180 294 448 648 900<<strong>br</strong> />
V.<<strong>br</strong> />
x x - 3<<strong>br</strong> />
x x + 3<<strong>br</strong> />
a) x2 + 2xy + y2 b) 4x2 + 4xy + y2 c) x2 + 4xy +4 y2 d) 4x2 + 12xy + 9y2 x - 3<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
x - 3 - 2<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
x + 3 - 3 = x x.2<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
x - 5<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
5.x - 5<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
2x<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
x - 5<<strong>br</strong> />
x
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
x representa minha idade; x = 25anos<<strong>br</strong> />
a indica meu salário sem aumento; a = R$180,00<<strong>br</strong> />
b representa um número; b = 3<<strong>br</strong> />
x representa a idade de Carlos; x = 20 anos<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
a) x + 3 = 7; x = 4<<strong>br</strong> />
b) x - 5 =12; x = 17<<strong>br</strong> />
c) 7 - x = 3; x = 4<<strong>br</strong> />
d) x + 5 = 23; x = 18<<strong>br</strong> />
e)<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
+ 5 = 10; x = 10<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
f) x = 25 ; x = 50<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
g) Os números são 10,11,12<<strong>br</strong> />
h) 20 +<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
= 50; x =60<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
i)<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
= 200; x = 600<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
a) Não, porque não é sentença matemática aberta: expressa igualdade.<<strong>br</strong> />
b) Sim.<<strong>br</strong> />
c) Não, porque não é expressa por uma igualdade.<<strong>br</strong> />
d) Sim.<<strong>br</strong> />
e) Não, porque não é sentença matemática aberta.<<strong>br</strong> />
f) Sim.<<strong>br</strong> />
g) Sim.<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
2b + 3 = 9; b = 3<<strong>br</strong> />
3c + 3 = 9; c = 2<<strong>br</strong> />
4b + 3 = 15; b = 3<<strong>br</strong> />
2y + 4 = 18; y = 7<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
a) x = 2<<strong>br</strong> />
b) x = 3<<strong>br</strong> />
c) x = 9<<strong>br</strong> />
d) x =<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
e) x = 15<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
f) x = 3<<strong>br</strong> />
g) x =<<strong>br</strong> />
17<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
h) x = 2<<strong>br</strong> />
i) x = 5<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
j) x = 27<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
167
168<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
a) 7<<strong>br</strong> />
b) 20<<strong>br</strong> />
c) 12<<strong>br</strong> />
d) 20<<strong>br</strong> />
a) -5<<strong>br</strong> />
b) 5<<strong>br</strong> />
c) -6<<strong>br</strong> />
d) -3<<strong>br</strong> />
e) 3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
f) -1<<strong>br</strong> />
g) 45<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
h) 5<<strong>br</strong> />
i) 23<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
j) Qualquer que seja o valor atribuido à incógnita, a igualdade será falsa.<<strong>br</strong> />
I. R$ 5.500,00<<strong>br</strong> />
II. A saia custa R$ 25,00 e a blusa custa R$30,00.<<strong>br</strong> />
III. São 5 notas de R$5,00 e 7 notas de R$10,00.<<strong>br</strong> />
IV. Anita tem R$ 200,00 e Bia tem R$300,00.<<strong>br</strong> />
V. Os números são 18 e 36.<<strong>br</strong> />
São raízes a; d; e; f; g.<<strong>br</strong> />
p. 161<<strong>br</strong> />
a) Bikeshop.<<strong>br</strong> />
b) Em 8 dias não mudaria, pois na Bikeshop gastaria R$48,00 e na Alugabike gastaria<<strong>br</strong> />
R$50,00. Em 15 dias mudaria: na Bikeshop gastaria R$90,00 e, na Alugabike,<<strong>br</strong> />
R$ 85,00.<<strong>br</strong> />
c) 6 . x e 5x + 10.<<strong>br</strong> />
d) 10 dias<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
Primeira proposta = R$26,00; segunda proposta = R$30,00<<strong>br</strong> />
P= 6 + 2 .x; S= 3x<<strong>br</strong> />
Se a distância fosse 6km o preço é indiferente<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
a) Isento<<strong>br</strong> />
b) R$21,30<<strong>br</strong> />
I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
II. Resposta (d).<<strong>br</strong> />
III. Resposta pessoal<<strong>br</strong> />
IV. Resposta (a).
Capítulo VII – A Álge<strong>br</strong>a: suas funções e seus usos<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar, interpretar e utilizar a linguagem algé<strong>br</strong>ica como uma generalização de conceitos<<strong>br</strong> />
aritméticos.<<strong>br</strong> />
• Caracterizar fenômenos naturais e processos da produção tecnológica, utlizando expressões algé<strong>br</strong>icas<<strong>br</strong> />
e equações de 1º e 2º graus.<<strong>br</strong> />
• Utilizar expressões algé<strong>br</strong>icas e equações de 1º e 2º graus para modelar e resolver problemas.<<strong>br</strong> />
• Analisar o comportamento de variável, utilizando ferramentas algé<strong>br</strong>icas como importante recurso<<strong>br</strong> />
para a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />
• Avaliar, com auxílio de ferramentas algé<strong>br</strong>icas, a adequação de propostas de intervenção na realidade.<<strong>br</strong> />
169
Capítulo VIII<<strong>br</strong> />
A ESTATÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA<<strong>br</strong> />
NO MUNDO DA INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />
INTERPRETAR INFORMAÇÕES DE NATUREZA CIENTÍFICA E<<strong>br</strong> />
SOCIAL OBTIDAS DA LEITURA DE GRÁFICOS E TABELAS,<<strong>br</strong> />
REALIZANDO PREVISÃO DE TENDÊNCIA, EXTRAPOLAÇÃO,<<strong>br</strong> />
INTERPOLAÇÃO E INTERPRETAÇÃO.<<strong>br</strong> />
Edda Curi
172<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII<<strong>br</strong> />
A Estatística e sua importância<<strong>br</strong> />
no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Certamente você já ouviu falar que estamos<<strong>br</strong> />
vivendo na era da informação. Fala-se muito em<<strong>br</strong> />
sociedade do conhecimento. Por meio das<<strong>br</strong> />
chamadas mídias, a cada segundo recebemos<<strong>br</strong> />
informações não só da própria cidade onde<<strong>br</strong> />
SELEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO<<strong>br</strong> />
Aumentam as vagas para jovens, mais<<strong>br</strong> />
velhos ficam de fora<<strong>br</strong> />
Evolução do nº de vagas por faixa etária<<strong>br</strong> />
(acumulado em 2000/2001)<<strong>br</strong> />
4.048<<strong>br</strong> />
10 a 14<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
Figura 1<<strong>br</strong> />
276.731<<strong>br</strong> />
15 a 17<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
1.215.258<<strong>br</strong> />
18 a 24<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
25 a 29<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
RETOMADA<<strong>br</strong> />
DOS NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />
Vendas da<<strong>br</strong> />
indústria para o<<strong>br</strong> />
comércio no mês<<strong>br</strong> />
anterior (em %)<<strong>br</strong> />
118.192<<strong>br</strong> />
Para quem tem até 29 anos,<<strong>br</strong> />
o número de vagas com<<strong>br</strong> />
carteira assinada aumentou<<strong>br</strong> />
em 1,62 milhão.<<strong>br</strong> />
Os trabalhadores com mais<<strong>br</strong> />
de 30 anos viram<<strong>br</strong> />
desaparecer 376 mil vagas.<<strong>br</strong> />
30 a 39<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
40 a 49<<strong>br</strong> />
anos<<strong>br</strong> />
50 a 64<<strong>br</strong> />
anos Acima<<strong>br</strong> />
de 65<<strong>br</strong> />
-18.192<<strong>br</strong> />
-29.704<<strong>br</strong> />
-137.583<<strong>br</strong> />
-190.003<<strong>br</strong> />
Ministério do Trabalho e Emprego. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />
Figura 3<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 27 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
-10<<strong>br</strong> />
-20<<strong>br</strong> />
-30<<strong>br</strong> />
-40<<strong>br</strong> />
-50<<strong>br</strong> />
- 48,23<<strong>br</strong> />
moramos, como também de lugares distantes.<<strong>br</strong> />
Você já reparou que, além de textos informativos,<<strong>br</strong> />
os jornais, as revistas e a televisão apresentam<<strong>br</strong> />
outros tipos de representações gráficas para<<strong>br</strong> />
transmitir informações? Veja só:<<strong>br</strong> />
VAGAS CRESCEM PARA QUEM<<strong>br</strong> />
ESTUDOU MAIS<<strong>br</strong> />
Evolução do nº de vagas,<<strong>br</strong> />
segundo grau de instrução<<strong>br</strong> />
(acumulado em 2000/2001)<<strong>br</strong> />
-31.190<<strong>br</strong> />
-66.862<<strong>br</strong> />
-135.680<<strong>br</strong> />
Analfabeto<<strong>br</strong> />
4ª série incompleta<<strong>br</strong> />
4ª série completa<<strong>br</strong> />
8ª série incompleta<<strong>br</strong> />
8ª série completa<<strong>br</strong> />
E. médio incompleto<<strong>br</strong> />
E. médio completo<<strong>br</strong> />
Superior incompleto<<strong>br</strong> />
Superior completo<<strong>br</strong> />
Foram eliminadas 230<<strong>br</strong> />
mil vagas de emprego<<strong>br</strong> />
formal para quem tem<<strong>br</strong> />
até a 4ª série completa.<<strong>br</strong> />
Para os profissionais<<strong>br</strong> />
mais qualificados,<<strong>br</strong> />
surgiram 1,46 milhão<<strong>br</strong> />
de vagas<<strong>br</strong> />
19.251<<strong>br</strong> />
258.526<<strong>br</strong> />
229.176<<strong>br</strong> />
82.080<<strong>br</strong> />
93.612<<strong>br</strong> />
784.668<<strong>br</strong> />
Figura 2<<strong>br</strong> />
Ministério do Trabalho e Emprego. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />
30,72<<strong>br</strong> />
2001 A<strong>br</strong>. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.<<strong>br</strong> />
2002
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Para nos mantermos atualizados, precisamos<<strong>br</strong> />
buscar informações nos veículos de comunicação<<strong>br</strong> />
e, para isso, é importante compreender gráficos e<<strong>br</strong> />
tabelas que acompanham essas informações.<<strong>br</strong> />
Você concorda que a utilização de<<strong>br</strong> />
gráficos e tabelas facilita a visualização<<strong>br</strong> />
de dados e permite uma compreensão<<strong>br</strong> />
mais rápida da informação?<<strong>br</strong> />
Ao estudar algumas noções de Estatística, você<<strong>br</strong> />
terá possibilidade de compreender melhor o<<strong>br</strong> />
significado das informações contidas em gráficos<<strong>br</strong> />
e tabelas, interpretá-las e tirar suas próprias<<strong>br</strong> />
conclusões.<<strong>br</strong> />
A Estatística é uma parte da Matemática que<<strong>br</strong> />
reúne conhecimentos e métodos para coleta,<<strong>br</strong> />
organização, resumo, apresentação e análise de<<strong>br</strong> />
dados das mais diversas naturezas. Ela nos ajuda<<strong>br</strong> />
a tirar conclusões e tomar boas decisões.<<strong>br</strong> />
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de<<strong>br</strong> />
Geografia e Estatística) é o órgão que produz e<<strong>br</strong> />
analisa informações estatísticas. Criado em 1936,<<strong>br</strong> />
atende aos mais diversos segmentos da sociedade<<strong>br</strong> />
civil, bem como aos órgãos das esferas<<strong>br</strong> />
governamentais federal, estadual e municipal. Faz<<strong>br</strong> />
levantamentos que têm como base a coleta de<<strong>br</strong> />
dados junto a domicílios, identifica e analisa o<<strong>br</strong> />
território nacional, conta a população, mostra<<strong>br</strong> />
como a economia evolui, analisa o trabalho e a<<strong>br</strong> />
produção das pessoas, revelando como vivem.<<strong>br</strong> />
Apresenta os dados em uma representação<<strong>br</strong> />
compreensível simplificada (tabelas e gráficos),<<strong>br</strong> />
mas que envolve um conjunto de fenômenos e de<<strong>br</strong> />
suas inter-relações.<<strong>br</strong> />
Neste capítulo, por meio da Estatística, você vai<<strong>br</strong> />
conhecer melhor nosso país, seus contrastes e<<strong>br</strong> />
suas contradições.<<strong>br</strong> />
Reconhecendo<<strong>br</strong> />
e interpretando<<strong>br</strong> />
as informações<<strong>br</strong> />
expressas em<<strong>br</strong> />
gráficos e tabelas.<<strong>br</strong> />
Certamente você já ouviu falar em recenseamento<<strong>br</strong> />
ou, simplesmente, Censo. No Brasil, ele vem<<strong>br</strong> />
sendo realizado de 10 em 10 anos.<<strong>br</strong> />
O Censo afeta diretamente a população,<<strong>br</strong> />
influenciando a distribuição de verbas,<<strong>br</strong> />
os benefícios da previdência social e a<<strong>br</strong> />
política do país. Os números do Censo<<strong>br</strong> />
permitem saber qual é a população do<<strong>br</strong> />
país, que tipo de população tem o país,<<strong>br</strong> />
onde mora, como mora, etc. Isto é<<strong>br</strong> />
importante para definir as cotas dos<<strong>br</strong> />
fundos de participação dos estados, o<<strong>br</strong> />
total de deputados federais e estaduais<<strong>br</strong> />
e de vereadores. Saber quantos são os<<strong>br</strong> />
jovens e os idosos é importante para<<strong>br</strong> />
determinar quantos irão <strong>pag</strong>ar as<<strong>br</strong> />
contribuições sociais e quantos irão<<strong>br</strong> />
recebê-la.<<strong>br</strong> />
O primeiro Censo do país foi realizado<<strong>br</strong> />
em 1872 e indicou 9.930.478<<strong>br</strong> />
habitantes no país. O cálculo se<<strong>br</strong> />
baseava em levantamentos como, por<<strong>br</strong> />
exemplo, relatórios so<strong>br</strong>e fiéis que<<strong>br</strong> />
freqüentavam a igreja.<<strong>br</strong> />
Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />
Você sabia que para realizar o Censo 2000 todas<<strong>br</strong> />
as residências que existem no Brasil foram<<strong>br</strong> />
visitadas? E que os resultados preliminares do<<strong>br</strong> />
Censo 2000 revelam que o Brasil ficou mais<<strong>br</strong> />
velho, mais feminino, mais urbano e mais<<strong>br</strong> />
alfabetizado?<<strong>br</strong> />
173
174<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
No entanto, os dados mostram que permanecem<<strong>br</strong> />
ainda grandes diferenças sociais. Observe o<<strong>br</strong> />
gráfico abaixo, publicado em uma revista de<<strong>br</strong> />
circulação nacional.<<strong>br</strong> />
O MUNDO DOS ANALFABETOS<<strong>br</strong> />
O Brasil registra o segundo pior<<strong>br</strong> />
índice percentual da América do Sul<<strong>br</strong> />
Polônia 0,3<<strong>br</strong> />
Hungria 0,8<<strong>br</strong> />
Itália 1,7<<strong>br</strong> />
Espanha 2,8<<strong>br</strong> />
Argentina 3,5<<strong>br</strong> />
Cuba 4,1<<strong>br</strong> />
Israel 4,5<<strong>br</strong> />
Chile 4,8<<strong>br</strong> />
Paraguai 7,5<<strong>br</strong> />
BRASIL 13,3<<strong>br</strong> />
Bolívia 16,4<<strong>br</strong> />
China 17,1<<strong>br</strong> />
Senegal<<strong>br</strong> />
65,4<<strong>br</strong> />
Níger 85,7<<strong>br</strong> />
Gráfico 1<<strong>br</strong> />
Banco Mundial-1997; IBGE-1999; Alfabetização Solidária.<<strong>br</strong> />
Revista Época, 2 a<strong>br</strong>. 2001.<<strong>br</strong> />
Você pode observar nesse gráfico que Niger é<<strong>br</strong> />
o país com maior percentual de analfabetos.<<strong>br</strong> />
Ainda com relação a esse gráfico, responda:<<strong>br</strong> />
a) Que país tem o menor percentual de pessoas<<strong>br</strong> />
analfabetas?<<strong>br</strong> />
b) A situação do Brasil é melhor ou pior do que a<<strong>br</strong> />
do Chile? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
c) A situação do Brasil é melhor ou pior do que a<<strong>br</strong> />
da Bolívia? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
Analisando o gráfico, você observou que o país<<strong>br</strong> />
que tem o menor percentual de pessoas<<strong>br</strong> />
analfabetas é a Polônia, com menos de 1% de<<strong>br</strong> />
analfabetos. Entre os países sul americanos, a<<strong>br</strong> />
posição do Brasil não é tão favorável. Ela é<<strong>br</strong> />
melhor do que a da Bolívia, porém é pior do que<<strong>br</strong> />
a do Chile e do que a do Paraguai.<<strong>br</strong> />
Escreva um pequeno texto descrevendo<<strong>br</strong> />
suas observações com relação ao gráfico.<<strong>br</strong> />
Como você pode observar, as estatísticas mostram<<strong>br</strong> />
conquistas e desafios a serem enfrentados.<<strong>br</strong> />
Os gráficos apresentados em jornais e revistas em<<strong>br</strong> />
geral têm um título e a fonte de onde foram<<strong>br</strong> />
tiradas as informações. O título do gráfico que<<strong>br</strong> />
você acabou de analisar é “O mundo dos<<strong>br</strong> />
analfabetos”. A fonte é Banco Mundial, 1997;<<strong>br</strong> />
IBGE - 1999; Alfabetização Solidária.<<strong>br</strong> />
Esse tipo de gráfico é chamado de gráfico de<<strong>br</strong> />
barras. Ele é utilizado para representar<<strong>br</strong> />
comparação entre elementos semelhantes, no caso<<strong>br</strong> />
o percentual de analfabetos.<<strong>br</strong> />
É importante observar que o espaço entre as<<strong>br</strong> />
barras e sua largura são sempre idênticos.<<strong>br</strong> />
Certamente, todos nós concordamos com<<strong>br</strong> />
o fato de que o número de analfabetos é<<strong>br</strong> />
ainda muito elevado em nosso país.<<strong>br</strong> />
Porém, nos nove anos que separam os<<strong>br</strong> />
censos de 1991 e 2000, o país<<strong>br</strong> />
conseguiu diminuir a taxa de<<strong>br</strong> />
analfabetismo em 32%.<<strong>br</strong> />
Fonte: Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />
Embora muito se fale na importância da Educação<<strong>br</strong> />
para a construção da cidadania, ela ainda não é<<strong>br</strong> />
uma das maiores preocupações dos <strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />
Uma revista incluiu numa de suas matérias<<strong>br</strong> />
uma tabela com o título “O que mais preocupa<<strong>br</strong> />
os <strong>br</strong>asileiros”.<<strong>br</strong> />
O que mais preocupa os <strong>br</strong>asileiros<<strong>br</strong> />
Desemprego 76%<<strong>br</strong> />
Saúde 41%<<strong>br</strong> />
Drogas 40%<<strong>br</strong> />
Salário 33%<<strong>br</strong> />
Segurança 28%<<strong>br</strong> />
Educação 12%<<strong>br</strong> />
Inflação 11%<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes, as informações veiculadas estão<<strong>br</strong> />
representadas em tabelas como essa que você<<strong>br</strong> />
acabou de ver. As tabelas ajudam a organizar e<<strong>br</strong> />
representar informações muito diversas e<<strong>br</strong> />
permitem uma leitura simples. Nelas, as<<strong>br</strong> />
informações ficam agrupadas e resumidas. A<<strong>br</strong> />
tabela mostra que 76% da população <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
está preocupada com o desemprego.
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Analise a tabela da página 174 e tire suas conclusões a respeito das preocupações dos<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiros no que se refere à Educação.<<strong>br</strong> />
Qual é o percentual de pessoas preocupado com a Educação no nosso país?<<strong>br</strong> />
E qual é o percentual de pessoas preocupadas com a Segurança ?<<strong>br</strong> />
Como você percebeu que a preocupação com a segurança ( 28%) é maior do que a<<strong>br</strong> />
preocupação com a educação (12%)?<<strong>br</strong> />
Uma observação importante: como, nessa pesquisa, o entrevistado podia escolher mais de<<strong>br</strong> />
uma resposta, a soma dessas porcentagens ultrapassa 100%.<<strong>br</strong> />
Como deveria ser formulada a pergunta ao entrevistado para que o total das respostas fosse<<strong>br</strong> />
100%? O que isso significa?<<strong>br</strong> />
Observe esse outro tipo de gráfico. Ele mostra o<<strong>br</strong> />
percentual de países independentes e de colônias,<<strong>br</strong> />
ou seja, de países dependentes de outros,<<strong>br</strong> />
tomando por base os anos de 1900 e 2000.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Analisando os gráficos do Mapa da<<strong>br</strong> />
Liberdade, responda:<<strong>br</strong> />
I. No ano de 1900, o percentual de países<<strong>br</strong> />
independentes era de:<<strong>br</strong> />
(a) 24%.<<strong>br</strong> />
(b) 40%.<<strong>br</strong> />
(c) 60%.<<strong>br</strong> />
(d) 76%.<<strong>br</strong> />
MAPA DA LIBERDADE<<strong>br</strong> />
O mundo nunca foi tão democrático como agora<<strong>br</strong> />
Países independentes Colônias<<strong>br</strong> />
60%<<strong>br</strong> />
ano 1900 ano 2000<<strong>br</strong> />
Gráfico 2<<strong>br</strong> />
Freedom House. Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />
40% 24% 76%<<strong>br</strong> />
II. Descreva como era a situação no<<strong>br</strong> />
ano 2000.<<strong>br</strong> />
III. Escreva um pequeno texto contendo as<<strong>br</strong> />
observações que você fez com relação a<<strong>br</strong> />
esses gráficos.<<strong>br</strong> />
175
176<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Os gráficos que você analisou (Gráfico 2) -<<strong>br</strong> />
popularmente conhecidos como “gráficos de<<strong>br</strong> />
pizza” - são chamados gráficos de setores, em<<strong>br</strong> />
referência ao que geometricamente corresponde à<<strong>br</strong> />
noção de setor circular. Esse tipo de gráfico é<<strong>br</strong> />
interessante para representar relações das partes<<strong>br</strong> />
de um todo entre si ou relações entre as partes<<strong>br</strong> />
com o todo. Observe que os mesmos dados<<strong>br</strong> />
poderiam ser representados em um gráfico de<<strong>br</strong> />
barras, como o Gráfico 3.<<strong>br</strong> />
PAÍSES INDEPENDENTES E COLÔNIAS<<strong>br</strong> />
Colônias<<strong>br</strong> />
Países<<strong>br</strong> />
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%<<strong>br</strong> />
ano 2000 ano 1900<<strong>br</strong> />
Gráfico 3<<strong>br</strong> />
Freedom House. Revista Veja, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />
Quando analisamos as informações contidas num<<strong>br</strong> />
determinado gráfico, é importante relacioná-las<<strong>br</strong> />
com outras informações obtidas em outros<<strong>br</strong> />
contextos. Assim, poderíamos nos questionar se<<strong>br</strong> />
o processo de libertação dos países tem relação<<strong>br</strong> />
com a melhoria da qualidade de Educação<<strong>br</strong> />
de sua população.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
O que você pensa so<strong>br</strong>e isso? Pesquise<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e alguns países que se libertaram<<strong>br</strong> />
recentemente e procure ampliar seus<<strong>br</strong> />
conhecimentos a respeito da Educação<<strong>br</strong> />
nesses países.<<strong>br</strong> />
Da mesma forma, você acha que o processo de<<strong>br</strong> />
democratização dos países tem alguma relação<<strong>br</strong> />
com a sua autonomia? Você sabe o que é um<<strong>br</strong> />
regime democrático?<<strong>br</strong> />
Os dados revelam que, nos últimos 100 anos,<<strong>br</strong> />
aconteceram mudanças no regime de governo de<<strong>br</strong> />
muitos países do mundo. Hoje existem muitos<<strong>br</strong> />
países com regime democrático. Veja só.<<strong>br</strong> />
DEMOCRACIA NO MUNDO COM<<strong>br</strong> />
REGIME DEMOCRÁTICO<<strong>br</strong> />
ano 1900 ano 2000<<strong>br</strong> />
População Mundial<<strong>br</strong> />
Gráfico 4<<strong>br</strong> />
Freedom House. Revista Veja, 22 dez.1999.<<strong>br</strong> />
12% 55%<<strong>br</strong> />
Analise o Gráfico 4 e responda:<<strong>br</strong> />
I. Qual era o percentual da população mundial sob regime de democracia no ano de 1900 ?<<strong>br</strong> />
(a) 12%.<<strong>br</strong> />
(b) 45%.<<strong>br</strong> />
(c) 55%.<<strong>br</strong> />
(d) 88%.<<strong>br</strong> />
II. Qual era o percentual da população mundial sob regime de democracia no ano de 2000 ?<<strong>br</strong> />
(a) 12%.<<strong>br</strong> />
(b) 45%.<<strong>br</strong> />
(c) 55%.<<strong>br</strong> />
(d) 88%.<<strong>br</strong> />
III. Analisando os dados, você pode afirmar que mais da metade dos países do mundo são<<strong>br</strong> />
democráticos? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
IV. Escreva um pequeno texto contendo as observações que você fez com relação a esses gráficos.
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
E o Brasil? Você acha que sempre vivemos num<<strong>br</strong> />
regime democrático? Saiba mais so<strong>br</strong>e o assunto:<<strong>br</strong> />
Recentemente o Brasil viveu sob<<strong>br</strong> />
influência de um regime militar. No<<strong>br</strong> />
período da ditadura militar, de 1964<<strong>br</strong> />
até 1985, havia muita repressão.<<strong>br</strong> />
Muitas pessoas que eram contrárias ao<<strong>br</strong> />
governo desapareceram e algumas<<strong>br</strong> />
foram encontradas mortas. A censura<<strong>br</strong> />
era muito rígida: jornais, novelas,<<strong>br</strong> />
filmes, músicas, peças de teatro, tudo<<strong>br</strong> />
passava por um órgão censurador, para<<strong>br</strong> />
sua aprovação ou não. Alguns artistas<<strong>br</strong> />
tiveram um papel importante nessa<<strong>br</strong> />
época, denunciando a violência<<strong>br</strong> />
instaurada no regime militar.<<strong>br</strong> />
Compositores musicais destacaram-se<<strong>br</strong> />
de maneira <strong>br</strong>ilhante utilizando vários<<strong>br</strong> />
recursos de linguagem para fazer suas<<strong>br</strong> />
músicas passarem pela censura. Gota<<strong>br</strong> />
d’água e Cálice de Chico Buarque de<<strong>br</strong> />
Holanda são exemplos disso. Também<<strong>br</strong> />
se destacaram José Celso Martinez<<strong>br</strong> />
Correa no teatro, Carlos Diegues no<<strong>br</strong> />
cinema e Lígia Fagundes Telles na<<strong>br</strong> />
literatura. O primeiro presidente após a<<strong>br</strong> />
ditadura militar foi eleito<<strong>br</strong> />
indiretamente, pelos parlamentares,<<strong>br</strong> />
por uma maioria esmagadora de votos.<<strong>br</strong> />
Surgiu o movimento pelas Diretas Já e<<strong>br</strong> />
iniciou-se a Nova República. O Brasil<<strong>br</strong> />
passava a pertencer ao bloco dos países<<strong>br</strong> />
democráticos.<<strong>br</strong> />
As informações apresentadas até aqui mostram,<<strong>br</strong> />
além dos textos, os diferentes tipos de<<strong>br</strong> />
representações gráficas que apareceram junto<<strong>br</strong> />
a eles e que permitem uma melhor visualização<<strong>br</strong> />
dos dados que estão presentes nas informações.<<strong>br</strong> />
Mas vamos continuar a conhecer fenômenos<<strong>br</strong> />
sociais e científicos presentes no nosso<<strong>br</strong> />
cotidiano que interferem na qualidade de vida<<strong>br</strong> />
do povo <strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />
Usando a Estatística<<strong>br</strong> />
para compreender<<strong>br</strong> />
fenômenos científicos<<strong>br</strong> />
e sociais que<<strong>br</strong> />
interferem na vida<<strong>br</strong> />
de cada um de nós<<strong>br</strong> />
A qualidade de vida é uma preocupação mundial<<strong>br</strong> />
crescente. Cada vez mais os problemas do planeta<<strong>br</strong> />
e da própria so<strong>br</strong>evivência do ser humano estão<<strong>br</strong> />
sendo discutidos. No Brasil, o Censo 2000 revelou<<strong>br</strong> />
melhoria no saneamento básico, no abastecimento<<strong>br</strong> />
de água e no esgoto sanitário. Mas ainda temos<<strong>br</strong> />
problemas como o do lixo, por exemplo.<<strong>br</strong> />
Você sabia que:<<strong>br</strong> />
• Uma pessoa produz cerca de 1/2 kg de lixo<<strong>br</strong> />
por dia?<<strong>br</strong> />
• Se os produtos da decomposição do lixo não<<strong>br</strong> />
são tratados, podem trazer grandes prejuízos ao<<strong>br</strong> />
ambiente e à saúde humana, contaminando o<<strong>br</strong> />
solo e lençóis de água subterrâneos,<<strong>br</strong> />
intensificando as conseqüências do efeito estufa<<strong>br</strong> />
e servindo como atrativos para animais que<<strong>br</strong> />
transmitem doenças?<<strong>br</strong> />
• O “aterro controlado” é um lixão coberto<<strong>br</strong> />
periodicamente com terra ou entulho? Que o<<strong>br</strong> />
aterro sanitário tem coleta e tratamento para o<<strong>br</strong> />
chorume (líquido produzido na decomposição<<strong>br</strong> />
do lixo orgânico) e para o gás metano gerado<<strong>br</strong> />
pelos resíduos?<<strong>br</strong> />
177
178<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Analise o Gráfico 5 e responda às<<strong>br</strong> />
questões.<<strong>br</strong> />
a) Em que local foi depositado o maior<<strong>br</strong> />
volume de lixo em termos percentuais?<<strong>br</strong> />
b) Qual o percentual de volume de lixo<<strong>br</strong> />
depositado nos aterros controlados?<<strong>br</strong> />
c) Qual o percentual total de volume de<<strong>br</strong> />
lixo depositado nos aterros sanitários e nos<<strong>br</strong> />
aterros controlados?<<strong>br</strong> />
II. Agora leia parte do texto publicado<<strong>br</strong> />
nesse mesmo jornal e verifique se os dados<<strong>br</strong> />
que estão indicados no gráfico foram<<strong>br</strong> />
adequadamente abordados pelo autor.<<strong>br</strong> />
Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
“A destinação final do lixo doméstico no<<strong>br</strong> />
Brasil teve uma grande melhora,<<strong>br</strong> />
segundo a Pesquisa Nacional de<<strong>br</strong> />
Saneamento Básico (PNSB) do IBGE.<<strong>br</strong> />
No ano 2000, o percentual de 47,1%<<strong>br</strong> />
do volume de resíduos gerados no país<<strong>br</strong> />
ia para aterros sanitários, enquanto que<<strong>br</strong> />
em 1989 a porcentagem era só de<<strong>br</strong> />
10,7% - o resto era jogado em lixões a<<strong>br</strong> />
céu aberto. Somando-se o percentual do<<strong>br</strong> />
volume que vai para aterros sanitários<<strong>br</strong> />
àquele que vai para aterros controlados<<strong>br</strong> />
(22,3%), dois terços do lixo deixa de<<strong>br</strong> />
ficar exposto e tem, na avaliação do<<strong>br</strong> />
IBGE, uma destinação adequada.<<strong>br</strong> />
30,5% do lixo acumulado é depositado<<strong>br</strong> />
nos lixões. O IBGE atribui a melhora na<<strong>br</strong> />
destinação final do lixo à maior<<strong>br</strong> />
consciência da população com relação à<<strong>br</strong> />
reciclagem do lixo, a programas<<strong>br</strong> />
específicos e ao apoio dos governos<<strong>br</strong> />
estaduais.”<<strong>br</strong> />
Adaptado do Jornal Folha de São Paulo, São Paulo,<<strong>br</strong> />
28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />
III. Essas informações poderiam ser<<strong>br</strong> />
veiculadas por meio de gráfico de setores?<<strong>br</strong> />
Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
O DESTINO FINAL DO LIXO<<strong>br</strong> />
Em 2000<<strong>br</strong> />
47,1%<<strong>br</strong> />
Aterros<<strong>br</strong> />
sanitários<<strong>br</strong> />
30,5%<<strong>br</strong> />
Lixões Aterros<<strong>br</strong> />
controlados<<strong>br</strong> />
Gráfico 5<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2000.<<strong>br</strong> />
22,3%
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Por falar em reciclagem, vamos analisar algumas<<strong>br</strong> />
informações so<strong>br</strong>e a indústria do plástico em<<strong>br</strong> />
nosso país.<<strong>br</strong> />
A indústria de plásticos transforma<<strong>br</strong> />
resinas em materiais plásticos dos mais<<strong>br</strong> />
diversos, da rodinha de patinete a<<strong>br</strong> />
peças de geladeiras e carros. O setor<<strong>br</strong> />
está produzindo mais, investindo mais,<<strong>br</strong> />
vendendo mais e exportando mais. Nos<<strong>br</strong> />
últimos anos, a produção e o consumo<<strong>br</strong> />
de plástico no Brasil aumentaram e as<<strong>br</strong> />
projeções indicam que o país deve<<strong>br</strong> />
melhorar na classificação mundial.<<strong>br</strong> />
Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 9 mar. 2001.<<strong>br</strong> />
Agora analise o próximo gráfico e responda<<strong>br</strong> />
as questões propostas.<<strong>br</strong> />
A EMBALAGEM DA ECONOMIA<<strong>br</strong> />
A maior parte da produção de plásticos é<<strong>br</strong> />
destinada à embalagem de alimentos. Seu<<strong>br</strong> />
crescimento se transformou num termômetro<<strong>br</strong> />
eficiente do desempenho da economia. Nos<<strong>br</strong> />
últimos anos, o consumo de plástico no Brasil<<strong>br</strong> />
aumentou, e as projeções indicam que o país<<strong>br</strong> />
deve melhorar sua posição no ranking mundial.<<strong>br</strong> />
RANKING MUNDIAL PER CAPITA<<strong>br</strong> />
(em quilogramas – kg)<<strong>br</strong> />
Estados Unidos 98<<strong>br</strong> />
Canadá 80<<strong>br</strong> />
Coréia do Sul 73<<strong>br</strong> />
Japão 68<<strong>br</strong> />
Brasil 22<<strong>br</strong> />
EVOLUÇÃO DO CONSUMO<<strong>br</strong> />
ANUAL BRASILEIRO<<strong>br</strong> />
(em quilogramas – kg)<<strong>br</strong> />
kg<<strong>br</strong> />
22<<strong>br</strong> />
21<<strong>br</strong> />
19<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
ano<<strong>br</strong> />
1994 1995 1996 1997 1998 1999<<strong>br</strong> />
Gráfico 6<<strong>br</strong> />
Revista Veja, São Paulo, 22 dez.1999.<<strong>br</strong> />
a) Qual é a quantidade de plástico em kg que o<<strong>br</strong> />
Brasil consumiu no ano de 1994?<<strong>br</strong> />
b) Qual é a quantidade de plástico em kg que o<<strong>br</strong> />
Brasil consumiu no ano de 1999?<<strong>br</strong> />
c) Se continuar essa tendência observada no<<strong>br</strong> />
gráfico, é possível afirmar que no ano de 2002 o<<strong>br</strong> />
consumo de plástico aumentará?<<strong>br</strong> />
Quando você fez a leitura do gráfico, você deve<<strong>br</strong> />
ter observado que no eixo horizontal estão<<strong>br</strong> />
marcados os anos de 1994, 1995, até 1999. No<<strong>br</strong> />
eixo vertical estão marcadas em kg o consumo de<<strong>br</strong> />
plástico anual <strong>br</strong>asileiro. Para identificar o<<strong>br</strong> />
consumo de plástico no ano de 1994, bastou você<<strong>br</strong> />
olhar no eixo vertical qual é a quantidade de kg<<strong>br</strong> />
correspondente a esse ano. O consumo foi de 13<<strong>br</strong> />
kg. No ano de 1999 o consumo foi de 9 kg. Se<<strong>br</strong> />
continuar essa tendência observada no gráfico o<<strong>br</strong> />
consumo de plástico no Brasil continuará<<strong>br</strong> />
aumentando, pois o gráfico de linhas que indica<<strong>br</strong> />
esse consumo está crescendo ano a ano.<<strong>br</strong> />
O gráfico que você analisou é chamado gráfico de<<strong>br</strong> />
linhas. Esse tipo de gráfico é usado quando<<strong>br</strong> />
queremos analisar a evolução de uma situação ou<<strong>br</strong> />
de um fenômeno ao longo de um período. Neste<<strong>br</strong> />
exemplo, o gráfico mostra a evolução do<<strong>br</strong> />
crescimento do consumo anual de plástico no<<strong>br</strong> />
período de 1994 a 1999.<<strong>br</strong> />
A preocupação com maior investimento na coleta<<strong>br</strong> />
seletiva de lixo, no que se refere ao plástico,<<strong>br</strong> />
deve-se ao fato de que, para se decompor, ele<<strong>br</strong> />
pode levar mais de 100 anos, dependendo do<<strong>br</strong> />
ambiente em que se encontre.<<strong>br</strong> />
Você analisou gráficos de barras, de<<strong>br</strong> />
linhas, de colunas e de setores. Você já<<strong>br</strong> />
observou também que é possível utilizar<<strong>br</strong> />
gráficos diferentes para apresentar os<<strong>br</strong> />
mesmos dados, embora alguns gráficos<<strong>br</strong> />
sejam mais adequados do que outros<<strong>br</strong> />
para apresentar os dados de uma<<strong>br</strong> />
determinada situação. Cada tipo de<<strong>br</strong> />
gráfico é construído de maneira<<strong>br</strong> />
diferente. Para saber mais so<strong>br</strong>e isso,<<strong>br</strong> />
consulte livros didáticos das últimas<<strong>br</strong> />
séries do ensino fundamental.<<strong>br</strong> />
179
180<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Analise agora esse outro gráfico de linhas.<<strong>br</strong> />
NÚMERO DE FILHOS POR MULHER<<strong>br</strong> />
Média de número de filhos por mulher<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
6,2 6,2 6,3<<strong>br</strong> />
5,8<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
4,4<<strong>br</strong> />
2,9<<strong>br</strong> />
2,3<<strong>br</strong> />
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000<<strong>br</strong> />
Gráfico 7<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 9 mai. 2002. - Fonte: IBGE<<strong>br</strong> />
Gráfico 8<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />
Variação no período<<strong>br</strong> />
de 1940 até 2000<<strong>br</strong> />
I. Qual era a média do número de filhos por mulher no ano de 1940? E no ano 2000?<<strong>br</strong> />
II. Se continuar essa tendência observada no gráfico, é possível afirmar que no ano de 2010<<strong>br</strong> />
a média de filhos por mulher aumentará? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
Um outro importante indicador de qualidade de<<strong>br</strong> />
vida é o chamado saneamento básico, muito<<strong>br</strong> />
ligado à prevenção de doenças e ao bem estar da<<strong>br</strong> />
população.<<strong>br</strong> />
No entanto, existem lugares do Brasil que ainda<<strong>br</strong> />
não têm nenhum serviço de abastecimento de<<strong>br</strong> />
água, coleta de lixo ou de esgoto. Um jornal de<<strong>br</strong> />
grande circulação publicou uma reportagem<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o retrato do saneamento no Brasil e<<strong>br</strong> />
apontou 9 municípios <strong>br</strong>asileiros sem nenhum<<strong>br</strong> />
serviço de saneamento básico, dos quais 5 são<<strong>br</strong> />
no Maranhão.<<strong>br</strong> />
Percentual de municípios com serviços de<<strong>br</strong> />
esgoto<<strong>br</strong> />
47,3 53,2<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
8,4 7,1<<strong>br</strong> />
Norte<<strong>br</strong> />
42,9<<strong>br</strong> />
26,1<<strong>br</strong> />
Nordeste<<strong>br</strong> />
91,0 92,9<<strong>br</strong> />
Sudeste<<strong>br</strong> />
39,1 38,9<<strong>br</strong> />
RAIOS-X DO SANEAMENTO<<strong>br</strong> />
Sul<<strong>br</strong> />
12,9 17,9<<strong>br</strong> />
Centro-Oeste<<strong>br</strong> />
No caso da água, a principal solução<<strong>br</strong> />
encontrada são os poços particulares.<<strong>br</strong> />
Outros usam água do rio para beber,<<strong>br</strong> />
lavar roupa e tomar banho. Nesse caso,<<strong>br</strong> />
a população ainda precisa se deslocar<<strong>br</strong> />
para coletar água e transportá-la para<<strong>br</strong> />
suas casas. Até o momento da<<strong>br</strong> />
publicação da notícia, não havia plano<<strong>br</strong> />
para instalação de uma rede de esgoto<<strong>br</strong> />
nesses municípios.<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />
Observe os gráficos do Raio X do Saneamento.<<strong>br</strong> />
3,9 7,2<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
1989 2000<<strong>br</strong> />
Percentual de municípios<<strong>br</strong> />
com água distribuída sem tratamento<<strong>br</strong> />
14,3<<strong>br</strong> />
32,4<<strong>br</strong> />
Norte<<strong>br</strong> />
6,-0 6,4<<strong>br</strong> />
Nordeste<<strong>br</strong> />
2,6<<strong>br</strong> />
Sudeste<<strong>br</strong> />
5,6<<strong>br</strong> />
2,1<<strong>br</strong> />
5,9<<strong>br</strong> />
3,8 3,6<<strong>br</strong> />
Sul Centro-Oeste
6<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Na primeira parte do Gráfico 8 estão os dados<<strong>br</strong> />
percentuais referentes às regiões <strong>br</strong>asileiras com<<strong>br</strong> />
serviço de esgoto no ano 1989 (coluna cinza) e<<strong>br</strong> />
no ano 2000 (coluna preta). Na segunda parte do<<strong>br</strong> />
gráfico estão os dados percentuais referentes às<<strong>br</strong> />
regiões <strong>br</strong>asileiras que não tem água tratada no<<strong>br</strong> />
ano 1989 (coluna cinza) e no ano 2000 (coluna<<strong>br</strong> />
preta).<<strong>br</strong> />
Analise o gráfico das regiões com serviço de<<strong>br</strong> />
esgoto e o gráfico das regiões sem tratamento de<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
água. É possível afirmar que a Região Sudeste<<strong>br</strong> />
tem melhor qualidade de vida em relação ao<<strong>br</strong> />
saneamento básico?<<strong>br</strong> />
A interpretação dos dados desses gráficos permite<<strong>br</strong> />
inferir que a região Sudeste ocupa uma posição<<strong>br</strong> />
privilegiada em relação ao saneamento básico. Por<<strong>br</strong> />
um lado, é nessa região que há um maior<<strong>br</strong> />
percentual de municípios com serviços de esgoto;<<strong>br</strong> />
por outro lado, é a região que tem o menor<<strong>br</strong> />
percentual de municípios sem tratamento de água.<<strong>br</strong> />
I. De acordo com o Gráfico 8, é possível inferir qual é a região <strong>br</strong>asileira que tem as piores<<strong>br</strong> />
condições de saneamento básico? Justifique sua reposta.<<strong>br</strong> />
II. O que você sabe a respeito do saneamento básico na sua cidade?<<strong>br</strong> />
Leia mais so<strong>br</strong>e o assunto:<<strong>br</strong> />
Segundo dados de um jornal de grande<<strong>br</strong> />
circulação nacional, a água sem<<strong>br</strong> />
tratamento e a falta de saneamento<<strong>br</strong> />
básico causam a morte de milhares de<<strong>br</strong> />
pessoas por ano no Brasil. O Brasil tem<<strong>br</strong> />
7,5 milhões de domicílios sem<<strong>br</strong> />
banheiro. No Piauí, 42,9% dos<<strong>br</strong> />
domicílios não têm instalação<<strong>br</strong> />
sanitária. Em 1998, doenças<<strong>br</strong> />
relacionadas à falta de saneamento<<strong>br</strong> />
básico, como a diarréia, vitimaram em<<strong>br</strong> />
nosso país 10.844 pessoas, número<<strong>br</strong> />
maior do que o de homicídios na<<strong>br</strong> />
região metropolitana de São Paulo<<strong>br</strong> />
naquele ano.<<strong>br</strong> />
Adaptado da Folha de São Paulo, São Paulo, 28 mar. 2002.<<strong>br</strong> />
Você já ouviu alguém falar que antes da<<strong>br</strong> />
descoberta da penicilina morria muita gente, até<<strong>br</strong> />
de gripe ou de tuberculose?<<strong>br</strong> />
Felizmente, as notícias de jornal nos permitem<<strong>br</strong> />
verificar que, embora tenhamos muito problemas,<<strong>br</strong> />
também podemos contabilizar avanços no campo<<strong>br</strong> />
da saúde.<<strong>br</strong> />
Em uma reportagem so<strong>br</strong>e dados relativos ao<<strong>br</strong> />
campo da saúde nestes últimos 100 anos, o autor<<strong>br</strong> />
traçou um paralelo so<strong>br</strong>e expectativa de vida,<<strong>br</strong> />
mortalidade infantil, cirurgias e alguns desafios<<strong>br</strong> />
da medicina nos anos de 1900 e 2000. Segundo a<<strong>br</strong> />
reportagem, graças aos progressos da ciência e da<<strong>br</strong> />
medicina, aos avanços no campo sanitário e nos<<strong>br</strong> />
padrões nutricionais das pessoas, nos últimos 100<<strong>br</strong> />
anos o mundo passou por um progresso incrível,<<strong>br</strong> />
mesmo estando longe do ideal.<<strong>br</strong> />
Reportagem publicada na Revista Veja, São Paulo, 22 dez. 1999.<<strong>br</strong> />
Você imagina como eram realizadas as<<strong>br</strong> />
cirurgias em 1900? Você pode estimar<<strong>br</strong> />
qual era o índice de mortalidade<<strong>br</strong> />
durante as cirurgias nessa época?<<strong>br</strong> />
181
182<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
Depois de explicitar suas hipóteses, procure as<<strong>br</strong> />
informações na tabela abaixo.<<strong>br</strong> />
Ano<<strong>br</strong> />
1900<<strong>br</strong> />
2000<<strong>br</strong> />
Tabela 2<<strong>br</strong> />
Expectativa<<strong>br</strong> />
de vida<<strong>br</strong> />
40 anos<<strong>br</strong> />
68 anos<<strong>br</strong> />
Mortalidade<<strong>br</strong> />
infantil<<strong>br</strong> />
164 (em cada 1000<<strong>br</strong> />
nascimentos)<<strong>br</strong> />
58 (em cada 1000<<strong>br</strong> />
nascimentos)<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Cirurgias<<strong>br</strong> />
O paciente permanecia<<strong>br</strong> />
acordado ou parcialmente<<strong>br</strong> />
dopado por clorofórmio e<<strong>br</strong> />
sentia dores lancinantes. A taxa<<strong>br</strong> />
de mortalidade durante as<<strong>br</strong> />
cirurgias era de 90%<<strong>br</strong> />
O paciente recebe anestesia<<strong>br</strong> />
geral e suas funções vitais são<<strong>br</strong> />
monitoradas por equipamentos<<strong>br</strong> />
computadorizados. O risco de<<strong>br</strong> />
um paciente morrer durante<<strong>br</strong> />
uma cirurgia é de 10%<<strong>br</strong> />
Os desafios<<strong>br</strong> />
da medicina<<strong>br</strong> />
Sífilis - a solução veio<<strong>br</strong> />
com a penicilina,<<strong>br</strong> />
descoberta por Alexander<<strong>br</strong> />
Fleming em 1928.<<strong>br</strong> />
AIDS- não há solução<<strong>br</strong> />
ainda. Os tratamentos<<strong>br</strong> />
com AZT e coquetéis<<strong>br</strong> />
mostram-se satisfatórios.<<strong>br</strong> />
I. A Tabela 2 é chamada tabela de dupla entrada. Cada um dos dados se refere tanto à linha<<strong>br</strong> />
quanto à coluna na qual se encontra. Por exemplo, 68 anos é a expectativa de vida no ano<<strong>br</strong> />
2000. Para fazer essa leitura você vai à linha “ano 2000” e à coluna “expectativa de vida”.<<strong>br</strong> />
No cruzamento da linha e da coluna você encontra: 68 anos.<<strong>br</strong> />
Responda agora, de acordo com essa tabela:<<strong>br</strong> />
a) Quantas crianças morriam a cada mil nascidas no ano 1900?<<strong>br</strong> />
b) Qual é o desafio da medicina no ano 2000?<<strong>br</strong> />
II. Escreva um pequeno texto apontando o que você acha que deve melhorar no sistema de<<strong>br</strong> />
saúde do seu bairro.<<strong>br</strong> />
Mas não vamos falar apenas em doenças. O Brasil<<strong>br</strong> />
é um país extenso, com muitas belezas naturais e<<strong>br</strong> />
um clima privilegiado. Vários artistas cantaram<<strong>br</strong> />
em verso e prosa as belezas de nosso país. Você<<strong>br</strong> />
conhece essa música?<<strong>br</strong> />
Moro num país tropical, abençoado por<<strong>br</strong> />
Deus e bonito por natureza...<<strong>br</strong> />
O Brasil é tido como um país de clima tropical,<<strong>br</strong> />
mas vamos conhecer um pouco mais do clima do<<strong>br</strong> />
nosso país.<<strong>br</strong> />
Grande parte do nosso país tem um clima<<strong>br</strong> />
tropical, apresenta temperaturas elevadas o ano<<strong>br</strong> />
todo. Uma das características do clima tropical é<<strong>br</strong> />
a abundância de chuvas, em torno de 1500 mm<<strong>br</strong> />
por ano. A distribuição das chuvas determina as<<strong>br</strong> />
estações: o verão muito chuvoso e o inverno seco.<<strong>br</strong> />
Mas no Brasil, por ser um país de dimensões<<strong>br</strong> />
continentais, o clima sofre influências de diversos<<strong>br</strong> />
fatores e nem todas as regiões <strong>br</strong>asileiras têm<<strong>br</strong> />
caraterísticas de clima tropical.
8<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Observe o gráfico que indica as precipitações<<strong>br</strong> />
chuvosas em mm por ano, em uma determinada<<strong>br</strong> />
região, no período de um ano.<<strong>br</strong> />
PRECIPITAÇÕES<<strong>br</strong> />
350<<strong>br</strong> />
300<<strong>br</strong> />
250<<strong>br</strong> />
200<<strong>br</strong> />
150<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
50<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Gráfico 9<<strong>br</strong> />
Precipitações em mm por ano<<strong>br</strong> />
Jan<<strong>br</strong> />
Fev Mar A<strong>br</strong> Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez<<strong>br</strong> />
Meses do ano<<strong>br</strong> />
Analisando o Gráfico 9 você pode inferir<<strong>br</strong> />
que essa é uma região do Brasil que tem<<strong>br</strong> />
características de clima tropical? Justifique<<strong>br</strong> />
sua resposta.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Vamos conhecer mais um pouco do nosso país.<<strong>br</strong> />
O Brasil não é um país auto-suficiente na produção de petróleo. Precisa de importações para<<strong>br</strong> />
abastecer o consumo interno.<<strong>br</strong> />
Analise os dados da tabela 3 e responda ao teste.<<strong>br</strong> />
Origem 1989 % 1992 %<<strong>br</strong> />
Nacional 22 290 45,54% 36 096 52,02<<strong>br</strong> />
Importado 35 017 54,45 33 280 47,97<<strong>br</strong> />
Tabela 3<<strong>br</strong> />
Dados do IBGE, Anuário Estatístico, 1994.<<strong>br</strong> />
Processamento de petróleo <strong>br</strong>uto em mil metros cúbicos, segundo a origem.<<strong>br</strong> />
Os dados permitem inferir que:<<strong>br</strong> />
a) mais da metade do petróleo processado em 1989 era nacional.<<strong>br</strong> />
b) à medida que diminuiu a participação do petróleo nacional, aumentou a porcentagem de<<strong>br</strong> />
compra do petróleo importado.<<strong>br</strong> />
c) mais da metade do petróleo usado em 1992 era importado.<<strong>br</strong> />
d) houve aumento no percentual do petróleo nacional e diminuição no percentual do petróleo<<strong>br</strong> />
importado.<<strong>br</strong> />
183
184<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
Resolver problemas fazendo uso de<<strong>br</strong> />
informações expressas em gráficos ou tabelas<<strong>br</strong> />
A desigualdade de renda é ainda uma marca<<strong>br</strong> />
profunda da sociedade <strong>br</strong>asileira. Vamos entender<<strong>br</strong> />
melhor essa questão. O índice Gini é um<<strong>br</strong> />
indicador internacional para medir concentração<<strong>br</strong> />
de renda, que varia de 0 a 1. Quanto mais alto o<<strong>br</strong> />
índice, maior a concentração de renda; isto é,<<strong>br</strong> />
quanto mais próximo de 1, maior a parcela de<<strong>br</strong> />
renda que fica na mão de menos pessoas. Quanto<<strong>br</strong> />
mais próxima do zero, mais perfeita é a<<strong>br</strong> />
distribuição de renda. Em 1991, o índice do<<strong>br</strong> />
Brasil era de 0,636. O gráfico abaixo mostra a<<strong>br</strong> />
concentração de renda em 2000, por regiões.<<strong>br</strong> />
CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO PAÍS<<strong>br</strong> />
0,7<<strong>br</strong> />
0,65<<strong>br</strong> />
0,6<<strong>br</strong> />
0,55<<strong>br</strong> />
0,5<<strong>br</strong> />
0,609 0,596<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
Norte<<strong>br</strong> />
0,647<<strong>br</strong> />
Nordeste<<strong>br</strong> />
0,586 0,572<<strong>br</strong> />
Sudeste<<strong>br</strong> />
Sul<<strong>br</strong> />
Gráfico 10<<strong>br</strong> />
Adaptado do jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 20 dez. 2001.<<strong>br</strong> />
0,647<<strong>br</strong> />
Centro-oeste<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Calcule de quanto foi a diminuição da<<strong>br</strong> />
concentração de renda no país no<<strong>br</strong> />
período de 1991 a 2000.<<strong>br</strong> />
Você deve ter observado que, para calcular a<<strong>br</strong> />
diminuição da concentração de renda no país no<<strong>br</strong> />
período de 1991 para 2000, é preciso primeiro<<strong>br</strong> />
identificar no gráfico os índices de concentração<<strong>br</strong> />
de renda no país no ano 2000.<<strong>br</strong> />
No ano 2000, é fácil perceber que o índice de<<strong>br</strong> />
concentração de renda é 0,609. Basta olhar a<<strong>br</strong> />
coluna escrita Brasil, a primeira do gráfico, e o<<strong>br</strong> />
dado numérico escrito no eixo vertical,<<strong>br</strong> />
correspondente à coluna do Brasil.<<strong>br</strong> />
Para calcular em quanto diminuiu a concentração<<strong>br</strong> />
de renda no período, basta fazer a subtração:<<strong>br</strong> />
0,636 - 0,609 = 0,027.<<strong>br</strong> />
Observe o gráfico novamente e procure os<<strong>br</strong> />
estados com a melhor e a pior distribuição de<<strong>br</strong> />
renda no ano 2000.<<strong>br</strong> />
I. Analisando a tabela da concentração de renda no país, responda.<<strong>br</strong> />
a) Qual a diferença entre os índices das regiões com a melhor e a pior distribuição de renda<<strong>br</strong> />
no ano 2000?<<strong>br</strong> />
b) Qual a diferença entre o índice da região com a melhor distribuição de renda e o índice do<<strong>br</strong> />
país no ano 2000?<<strong>br</strong> />
c) Qual a diferença entre o índice da região com a pior distribuição de renda e o índice do<<strong>br</strong> />
país no ano 2000?<<strong>br</strong> />
Escreva um pequeno texto explicando porque se pode afirmar que, quanto menor for o Gini,<<strong>br</strong> />
melhor a distribuição de renda do país.
10<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Por falar em desenvolvimento, vamos analisar<<strong>br</strong> />
um pouco como estão as reservas naturais do<<strong>br</strong> />
nosso país e como elas são preservadas. Você já<<strong>br</strong> />
analisou dados relativos à produção de petróleo,<<strong>br</strong> />
agora vai analisar dados relativos à produção de<<strong>br</strong> />
carvão mineral, ferro, aço e gás natural.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Analise o gráfico e resolva o problema:<<strong>br</strong> />
Quanto precisaria produzir a mais o<<strong>br</strong> />
Estado do Rio Grande do Sul para atingir a<<strong>br</strong> />
produção do Estado de Santa Catarina? E<<strong>br</strong> />
o Estado do Paraná?<<strong>br</strong> />
A siderurgia é a mais importante<<strong>br</strong> />
atividade do setor de transformação<<strong>br</strong> />
de minerais metálicos do mundo.<<strong>br</strong> />
Por meio dela, a partir da utilização<<strong>br</strong> />
de uma gama de minerais, em que<<strong>br</strong> />
se destaca o ferro, se dá a<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icação do aço, dos mais<<strong>br</strong> />
variados tipos e formas.<<strong>br</strong> />
No Brasil, a maior parte da<<strong>br</strong> />
produção siderúrgica concentra-se<<strong>br</strong> />
em áreas próximas do litoral e na<<strong>br</strong> />
região sudeste.<<strong>br</strong> />
Observe o gráfico ao lado.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento e o uso crescente de máquinas<<strong>br</strong> />
nas sociedades atuais exigem o desenvolvimento<<strong>br</strong> />
paralelo de fontes de energia para movimentá-las.<<strong>br</strong> />
No início do século XX, o carvão mineral co<strong>br</strong>ia<<strong>br</strong> />
96% das necessidades mundiais de energia, porém<<strong>br</strong> />
o carvão mineral <strong>br</strong>asileiro sempre apresentou<<strong>br</strong> />
pequena produção e consumo restrito. Ainda<<strong>br</strong> />
hoje, apenas alguns estados do país produzem<<strong>br</strong> />
carvão mineral.<<strong>br</strong> />
PRODUÇÃO DE<<strong>br</strong> />
CARVÃO MINEIRAL<<strong>br</strong> />
Rio Grande so Sul<<strong>br</strong> />
Santa Catarina<<strong>br</strong> />
Paraná<<strong>br</strong> />
Gráfico 11<<strong>br</strong> />
Anuário estatístico do Brasil - 1995 - IBGE.<<strong>br</strong> />
Vamos analisar agora a produção siderúrgica no Brasil<<strong>br</strong> />
PRODUÇÃO SIDERÚRGICA NO BRASIL<<strong>br</strong> />
30000<<strong>br</strong> />
25000<<strong>br</strong> />
20000<<strong>br</strong> />
15000<<strong>br</strong> />
10000<<strong>br</strong> />
5000<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Gráfico 12<<strong>br</strong> />
IBGE, 1998.<<strong>br</strong> />
Produção de aço <strong>br</strong>uto em toneladas<<strong>br</strong> />
1946<<strong>br</strong> />
a) É possível identificar qual foi o período em que<<strong>br</strong> />
houve o maior crescimento da produção<<strong>br</strong> />
siderúrgica nacional?<<strong>br</strong> />
b) Em quantas toneladas decresceu a produção<<strong>br</strong> />
siderúrgica nos últimos 5 anos indicados no<<strong>br</strong> />
gráfico?<<strong>br</strong> />
c) Quantas toneladas de aço <strong>br</strong>uto o Brasil<<strong>br</strong> />
produziu no período de 1946 até 1996?<<strong>br</strong> />
61%<<strong>br</strong> />
3%<<strong>br</strong> />
36%<<strong>br</strong> />
1956 1966 1976 1986 1996<<strong>br</strong> />
Período de 1946 a 1996<<strong>br</strong> />
185
186<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
Para resolver o problema b), você precisa<<strong>br</strong> />
inicialmente identificar quantas toneladas de<<strong>br</strong> />
aço foram produzidas no período de 1991 a<<strong>br</strong> />
1996, os últimos 5 anos indicados no gráfico.<<strong>br</strong> />
Você deve ter observado que, no eixo vertical,<<strong>br</strong> />
há divisões marcadas numericamente a cada<<strong>br</strong> />
5.000 toneladas, mas há também subdivisões<<strong>br</strong> />
que não estão marcadas numericamente; como<<strong>br</strong> />
cada 5.000 toneladas tem 4 subdivisões, elas são<<strong>br</strong> />
divididas de 1.000 em 1.000 toneladas.<<strong>br</strong> />
Assim, no ano 1991, a produção siderúrgica era<<strong>br</strong> />
de 24.000 toneladas e, no ano 1996, era de<<strong>br</strong> />
20.000 toneladas. Para saber qual foi o<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Agora é sua vez. Analise os gráficos e resolva as questões:<<strong>br</strong> />
O gráfico abaixo traz a distribuição territorial da produção de aço <strong>br</strong>uto em 1991.<<strong>br</strong> />
DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA PRODUÇÃO DE AÇO - 1991<<strong>br</strong> />
10000<<strong>br</strong> />
9000<<strong>br</strong> />
8000<<strong>br</strong> />
7000<<strong>br</strong> />
6000<<strong>br</strong> />
5000<<strong>br</strong> />
4000<<strong>br</strong> />
3000<<strong>br</strong> />
2000<<strong>br</strong> />
1000<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Produção de aço em mil toneladas<<strong>br</strong> />
216<<strong>br</strong> />
Pernambuco<<strong>br</strong> />
437<<strong>br</strong> />
Rio Grande<<strong>br</strong> />
do Sul<<strong>br</strong> />
Gráfico 13<<strong>br</strong> />
Anuário Estatístico - IBGE - 1995.<<strong>br</strong> />
3738<<strong>br</strong> />
São Paulo<<strong>br</strong> />
205<<strong>br</strong> />
Paraná<<strong>br</strong> />
9285<<strong>br</strong> />
Minas<<strong>br</strong> />
Gerais<<strong>br</strong> />
3473<<strong>br</strong> />
Espírito<<strong>br</strong> />
Santo<<strong>br</strong> />
decréscimo da produção siderúrgica no período<<strong>br</strong> />
basta fazer a subtração 24.000 - 20.000. Para<<strong>br</strong> />
desco<strong>br</strong>ir qual foi a produção siderúrgica em<<strong>br</strong> />
toneladas no período de 1946 até 1996, basta<<strong>br</strong> />
somar a produção de cada um dos anos<<strong>br</strong> />
assinalados no gráfico.<<strong>br</strong> />
4838<<strong>br</strong> />
Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro<<strong>br</strong> />
310<<strong>br</strong> />
Bahia<<strong>br</strong> />
Estados<<strong>br</strong> />
a) Qual a diferença de produção de aço em mil toneladas entre o maior e o menor estado<<strong>br</strong> />
produtor de aço no Brasil?<<strong>br</strong> />
b) Quantas mil toneladas de aço produzem juntos os quatro estados que produzem mais aço<<strong>br</strong> />
no Brasil?
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
II. De acordo com o gráfico, é possível<<strong>br</strong> />
afirmar que:<<strong>br</strong> />
a) O Rio de Janeiro produz o do<strong>br</strong>o de gás<<strong>br</strong> />
natural do que a Bahia.<<strong>br</strong> />
b) A soma das produções de gás natural de<<strong>br</strong> />
Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte<<strong>br</strong> />
supera a produção do Rio de Janeiro.<<strong>br</strong> />
c) A soma das produções de gás natural do<<strong>br</strong> />
Rio de Janeiro e da Bahia não chega à<<strong>br</strong> />
metade da produção nacional.<<strong>br</strong> />
d) A diferença das produções de gás<<strong>br</strong> />
natural de Bahia e Sergipe supera a<<strong>br</strong> />
produção do Rio Grande do Norte.<<strong>br</strong> />
Tabela 4<<strong>br</strong> />
www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA PRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
DE GÁS NATURAL NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Gráfico 14<<strong>br</strong> />
BA<<strong>br</strong> />
SE<<strong>br</strong> />
Outros<<strong>br</strong> />
CE<<strong>br</strong> />
22%<<strong>br</strong> />
12%<<strong>br</strong> />
7%<<strong>br</strong> />
7%<<strong>br</strong> />
10%<<strong>br</strong> />
42%<<strong>br</strong> />
Gráficos ou tabelas usados como recurso<<strong>br</strong> />
de argumentações<<strong>br</strong> />
Um dos problemas graves do<<strong>br</strong> />
Brasil refere-se à saúde. As<<strong>br</strong> />
pessoas nem sempre têm acesso<<strong>br</strong> />
aos serviços de saúde, procuram<<strong>br</strong> />
atendimento médico e nem<<strong>br</strong> />
sempre são atendidas. Vários<<strong>br</strong> />
são os motivos. A Tabela 4<<strong>br</strong> />
mostra alguns deles, apontados<<strong>br</strong> />
por 755.521 pessoas doentes que<<strong>br</strong> />
não foram atendidas numa<<strong>br</strong> />
primeira procura aos serviços de<<strong>br</strong> />
saúde. A pesquisa foi realizada<<strong>br</strong> />
nas duas últimas semanas do<<strong>br</strong> />
ano de 1998.<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
Total<<strong>br</strong> />
755 521<<strong>br</strong> />
Não conseguiram vaga ou senha 344 793<<strong>br</strong> />
Não havia médico atendendo 216 161<<strong>br</strong> />
Não havia serviço ou profissional especializado 48 195<<strong>br</strong> />
O serviço de equipamento não estava funcionando 27 750<<strong>br</strong> />
Não podiam <strong>pag</strong>ar 7 683<<strong>br</strong> />
Esperaram muito e desistiram 39 057<<strong>br</strong> />
Outro 70 034<<strong>br</strong> />
Sem declaração 1 848<<strong>br</strong> />
RJ<<strong>br</strong> />
RN<<strong>br</strong> />
187
188<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
Analisando essa tabela é possível argumentar<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o principal problema que afeta os serviços<<strong>br</strong> />
de saúde no Brasil?<<strong>br</strong> />
Utilizando os dados da tabela é possível<<strong>br</strong> />
identificar o principal problema que afeta os<<strong>br</strong> />
serviços de saúde no Brasil, que é a falta de vagas<<strong>br</strong> />
nos hospitais, e defender a idéia de que é preciso<<strong>br</strong> />
aumentar o número de vagas nos serviços de<<strong>br</strong> />
saúde, argumentando que 344.793 das<<strong>br</strong> />
755.521 pessoas que procuraram o serviço de<<strong>br</strong> />
saúde não foram atendidas porque não<<strong>br</strong> />
conseguiram vagas ou senhas.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Já que falamos em problemas com a saúde, analise essa outra situação.<<strong>br</strong> />
Esse gráfico apresenta o motivo principal por que homens e mulheres procuraram o serviço de<<strong>br</strong> />
saúde nas duas últimas semanas do ano de 1998.<<strong>br</strong> />
PESSOAS QUE PROCURARAM POR SERVIÇO DE SAÚDE NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS<<strong>br</strong> />
(por motivo principal da procura e sexo) - BRASIL - 1998<<strong>br</strong> />
6.000.000<<strong>br</strong> />
5.000.000<<strong>br</strong> />
4.000.000<<strong>br</strong> />
3.000.000<<strong>br</strong> />
2.000.000<<strong>br</strong> />
1.000.000<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
Homens<<strong>br</strong> />
Mulheres<<strong>br</strong> />
Gráfico 15<<strong>br</strong> />
www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Doença<<strong>br</strong> />
Exame de rotina<<strong>br</strong> />
prevenção ou<<strong>br</strong> />
vacinação<<strong>br</strong> />
Acidente<<strong>br</strong> />
ou lesão<<strong>br</strong> />
Pré-natal<<strong>br</strong> />
ou parto<<strong>br</strong> />
Problema<<strong>br</strong> />
odontológico<<strong>br</strong> />
Tratamento ou<<strong>br</strong> />
reabilitação<<strong>br</strong> />
Somente atestado<<strong>br</strong> />
médico<<strong>br</strong> />
Analisando esse gráfico é possível identificar qual é o principal motivo da procura de<<strong>br</strong> />
serviços públicos por homens e mulheres no país? Qual seria um bom argumento a ser<<strong>br</strong> />
defendido para justificar esse motivo? Justifique sua resposta.<<strong>br</strong> />
Sem declaração
13<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Observe o Gráfico 16 e desenvolva as atividades.<<strong>br</strong> />
II. Argumente agora so<strong>br</strong>e alguns problemas energéticos do Brasil.<<strong>br</strong> />
III. Argumente so<strong>br</strong>e os principais motivos da mudança no panorama energético do Brasil.<<strong>br</strong> />
CONSUMO DE ENERGIA EM 1000 TEP<<strong>br</strong> />
120.000<<strong>br</strong> />
100.000<<strong>br</strong> />
80.000<<strong>br</strong> />
60.000<<strong>br</strong> />
40.000<<strong>br</strong> />
20.000<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
1980<<strong>br</strong> />
1990<<strong>br</strong> />
Gráfico 16<<strong>br</strong> />
MME/DNDE-1993<<strong>br</strong> />
Água canalizada Esgoto e fossa séptica Lixo coletado Luz elétrica<<strong>br</strong> />
(%) (%) (%) (%)<<strong>br</strong> />
Brasil 76,1 52,8 79,9 94,8<<strong>br</strong> />
Norte 61,1 14,8 81,4 97,8<<strong>br</strong> />
Nordeste 58,7 22,6 59,7 85,8<<strong>br</strong> />
Sudeste 87,5 79,6 90,1 98,6<<strong>br</strong> />
Sul 79,5 44,6 83,3 98,0<<strong>br</strong> />
Cento-Oeste 70,4 34,7 82,1 95,0<<strong>br</strong> />
Tabela 5<<strong>br</strong> />
www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
derivados<<strong>br</strong> />
de petróleo<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
álcool etílico eletricidade outros*<<strong>br</strong> />
* gás natural, carvão, lenha etc.<<strong>br</strong> />
Analise a tabela que apresenta indicadores sociais da qualidade de vida no Brasil por região,<<strong>br</strong> />
referente ao ano de 1999.<<strong>br</strong> />
Argumente so<strong>br</strong>e os motivos de se fazer um investimento especial na região do país que tem<<strong>br</strong> />
mais necessidade de melhorar seus indicadores sociais.<<strong>br</strong> />
189
190<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou<<strong>br</strong> />
mais de idade ainda é grande em algumas regiões do<<strong>br</strong> />
país. Veja a tabela ao lado so<strong>br</strong>e as condições de vida<<strong>br</strong> />
e educação no ano de 1999.<<strong>br</strong> />
Um bom argumento para melhorar esse quadro é<<strong>br</strong> />
aumentar o investimento no ensino de jovens e<<strong>br</strong> />
adultos na:<<strong>br</strong> />
a) região nordeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />
percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />
b) região norte, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />
percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />
c) região centro-oeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />
percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />
d) região sudeste, porque é a região com o maior<<strong>br</strong> />
percentual de analfabetos com 15 anos ou mais.<<strong>br</strong> />
Brasil 13,3%<<strong>br</strong> />
Norte 11,6%<<strong>br</strong> />
Nordeste 26,2%<<strong>br</strong> />
Sudeste 7,8%<<strong>br</strong> />
Sul 7,8%<<strong>br</strong> />
Centro-Oeste 10,8%<<strong>br</strong> />
Tabela 6<<strong>br</strong> />
www.ibge.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Usando a Estatística para analisar<<strong>br</strong> />
intervenções na realidade do nosso país<<strong>br</strong> />
Mesmo com todos os problemas sociais, o Brasil<<strong>br</strong> />
está entre os cinco melhores países da América<<strong>br</strong> />
Latina e busca um papel de liderança na América<<strong>br</strong> />
do Sul. Estudos apontam o Brasil posicionado<<strong>br</strong> />
entre os cinco melhores países da América Latina,<<strong>br</strong> />
considerando-se os indicadores sociais:<<strong>br</strong> />
expectativa de vida, população analfabeta,<<strong>br</strong> />
número de habitantes, produto interno <strong>br</strong>uto e<<strong>br</strong> />
renda per capita.<<strong>br</strong> />
Taxa de<<strong>br</strong> />
analfabetismo<<strong>br</strong> />
das pessoas<<strong>br</strong> />
de 15 anos ou<<strong>br</strong> />
mais de idade<<strong>br</strong> />
O Brasil está numa situação favorável em relação<<strong>br</strong> />
ao Produto Interno Bruto, ocupando o segundo<<strong>br</strong> />
lugar, mas nosso país tem o maior percentual de<<strong>br</strong> />
analfabetos com mais de 15 anos de idade entre<<strong>br</strong> />
os cinco países analisados (México, Brasil,<<strong>br</strong> />
Colômiba, Venezuela e Argentina).
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
AMÉRICA DO RIO GRANDE À PATAGÔNIA<<strong>br</strong> />
Expectativa de vida ao nascer, em<<strong>br</strong> />
anos (1994-2000)<<strong>br</strong> />
Mortalidade infantil em1994-2000<<strong>br</strong> />
(a cada mil bebês nascidos vivos)<<strong>br</strong> />
29<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
23<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
72<<strong>br</strong> />
67 7073<<strong>br</strong> />
74<<strong>br</strong> />
Porcentagem da população analfabeta<<strong>br</strong> />
com mais de 15 anos de idade (1994-2000)<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Figura 4<<strong>br</strong> />
Banco Mundial. Folha de São Paulo, São Paulo, 7 a<strong>br</strong>. 2002.<<strong>br</strong> />
México<<strong>br</strong> />
Colômbia<<strong>br</strong> />
Um governante, com base nesses dados, pode<<strong>br</strong> />
ampliar suas propostas de governo incluindo<<strong>br</strong> />
alguns projetos para melhorar a situação desses<<strong>br</strong> />
indicadores. Além disso, existem organizações<<strong>br</strong> />
não governamentais que trabalham para que<<strong>br</strong> />
esses indicadores melhorem.<<strong>br</strong> />
México<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
Colômbia<<strong>br</strong> />
Venezuela<<strong>br</strong> />
Argentina<<strong>br</strong> />
Venezuela<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
Argentina<<strong>br</strong> />
População estimada em 2000<<strong>br</strong> />
(em milhões de habitantes)<<strong>br</strong> />
98<<strong>br</strong> />
24 37<<strong>br</strong> />
42<<strong>br</strong> />
Renda per capita em 2000<<strong>br</strong> />
(US$)<<strong>br</strong> />
5.070<<strong>br</strong> />
3.590<<strong>br</strong> />
2.020<<strong>br</strong> />
4.310<<strong>br</strong> />
170<<strong>br</strong> />
Produto interno Bruto em 2000<<strong>br</strong> />
(US$ bilhões)<<strong>br</strong> />
614*<<strong>br</strong> />
503*<<strong>br</strong> />
81,3<<strong>br</strong> />
120,5<<strong>br</strong> />
285<<strong>br</strong> />
* Índices de 2001, segundo a Global Investy.<<strong>br</strong> />
Você conhece algum projeto social que<<strong>br</strong> />
procure melhorar algum desses índices<<strong>br</strong> />
sociais apontados na reportagem?<<strong>br</strong> />
Participa de algum deles? Que tal se<<strong>br</strong> />
engajar numa organização que, com<<strong>br</strong> />
ações comunitárias, acredita poder<<strong>br</strong> />
melhorar o destino do país?<<strong>br</strong> />
7.470<<strong>br</strong> />
191
192<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
Vamos agora conhecer alguns projetos da<<strong>br</strong> />
Pastoral da Criança, em reportagem publicada em<<strong>br</strong> />
jornal e adaptada para este capítulo.<<strong>br</strong> />
“O projeto da Pastoral da Criança conseguiu reduzir à metade a mortalidade infantil entre as<<strong>br</strong> />
crianças que atendeu em diversas cidades espalhadas pelo país, no período de 1996<<strong>br</strong> />
até 2000. Nesses cinco anos, o número de mortos por mil nascidos vivos no universo de<<strong>br</strong> />
crianças atendidas caiu de 27 para 13. O feito foi alcançado graças a um exército de 132.195<<strong>br</strong> />
líderes comunitários que disseminam ações de saúde em áreas carentes de 3.403 cidades.<<strong>br</strong> />
Em alguns lugares, como por exemplo na cidade de Orlândia, no Estado de São Paulo,<<strong>br</strong> />
nenhuma criança atendida pelo projeto morreu no ano 2000. Os trabalhos foram feitos<<strong>br</strong> />
por 60 voluntários responsáveis pela pesagem das crianças e pelo acompanhamento das<<strong>br</strong> />
gestantes. Além disso, nesse projeto existem 15 profissionais especializados - médicos,<<strong>br</strong> />
dentistas e nutricionistas e 25 pessoas que dividem diversas tarefas. Foram atendidas 544<<strong>br</strong> />
famílias em nove bairros diferentes.<<strong>br</strong> />
O programa entrega gratuitamente uma multimistura de farelo com cereais, casca de ovo<<strong>br</strong> />
e folha de mandioca, principal recurso no combate à desnutrição. Mas o programa vai<<strong>br</strong> />
além da pesagem e da entrega da multimistura: faz a divulgação e conscientização da<<strong>br</strong> />
população por meio de cursos e palestras para mães e gestantes, dá cursos de culinária<<strong>br</strong> />
alternativa com auxílio de nutricionistas etc.<<strong>br</strong> />
Muitas pessoas que procuraram o projeto da cidade de Orlândia para atendimento de<<strong>br</strong> />
filhos ou so<strong>br</strong>inhos se engajaram nele como voluntárias para ajudar outras famílias.”<<strong>br</strong> />
Folha de São Paulo, São Paulo, 24 dez. 2001.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Analise a proposta da Pastoral da Criança, verificando sua adequação ou não para<<strong>br</strong> />
melhorar os índices de mortalidade infantil em seu bairro ou cidade.<<strong>br</strong> />
II. Selecione nos gráficos da Figura 4 outro indicador social que precisa ser melhorado.<<strong>br</strong> />
Busque em jornais, ou revistas, ou outras fontes de conhecimento uma proposta inovadora<<strong>br</strong> />
nesse campo e analise-a, verificando sua adequação, ou não, para melhorar o índice.<<strong>br</strong> />
Escolha um terceiro índice social que precisa ser melhorado. Faça uma proposta de<<strong>br</strong> />
intervenção na sua realidade (bairro, cidade, serviço) para melhorar esse indicador social.<<strong>br</strong> />
O trabalho conjunto de governos e entidades civis geram expectativas animadoras para que o<<strong>br</strong> />
Brasil enfrente seus problemas, aceite os desafios do gigante que é e ocupe seu lugar entre<<strong>br</strong> />
os países desenvolvidos.
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
7<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
Capítulo VIII – A Estatística e sua importância no mundo da informação<<strong>br</strong> />
Conferindo seu conhecimento<<strong>br</strong> />
I. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
II. No ano 2000 a situação se inverteu. Aumentou o percentual de países independentes e<<strong>br</strong> />
diminuiu o percentual de colônias.<<strong>br</strong> />
I. Resposta (a).<<strong>br</strong> />
II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
III. Sim, pois 55% corresponde a mais da metade de 100%.<<strong>br</strong> />
I. a) Em aterros sanitários. b) 22,3%. c) 69,4%.<<strong>br</strong> />
III. Sim.<<strong>br</strong> />
I. Em 1940 era 6,2 e no ano 2000 era 2,3.<<strong>br</strong> />
II. Não, pois o gráfico indica que a média de filhos vem decrescendo nos últimos anos.<<strong>br</strong> />
I. Sim. A região que tem o pior saneamento básico é a região norte, porque tem o menor<<strong>br</strong> />
percentual de municípios com serviço de esgoto e o maior percentual de municípios com água<<strong>br</strong> />
distribuída sem tratamento.<<strong>br</strong> />
I. a) Resposta: 164.<<strong>br</strong> />
b) A cura da AIDS.<<strong>br</strong> />
Resposta (d).<<strong>br</strong> />
I. a) Resposta: 0,075.<<strong>br</strong> />
b) Resposta: 0,037.<<strong>br</strong> />
c) Resposta: 0,038.<<strong>br</strong> />
O Estado do Rio Grande do Sul precisa produzir 15% a mais de carvão mineral para atingir a<<strong>br</strong> />
produção do Estado de Santa Catarina e o Estado do Paraná precisa produzir<<strong>br</strong> />
58% a mais.<<strong>br</strong> />
I. a) A diferença é de 9080 mil toneladas.<<strong>br</strong> />
b) Produzem juntos 21334 mil toneladas.<<strong>br</strong> />
II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
I. Os principais motivos são exames de rotina, prevenção ou vacinação. A resposta é pessoal.<<strong>br</strong> />
Uma das respostas possíveis, porém, é argumentar que fazendo exames preventivos é possível<<strong>br</strong> />
melhorar a qualidade da saúde.<<strong>br</strong> />
II. Resposta pessoal. Uma das respostas possíveis é: No período de 10 anos diminuiu o<<strong>br</strong> />
consumo de derivados de petróleo, provavelmente pelo aumento dos preços internacionais, e<<strong>br</strong> />
aumentou o consumo de eletricidade, mudando o panorama do consumo de energia no país.<<strong>br</strong> />
III. Resposta pessoal.<<strong>br</strong> />
Resposta pessoal. Uma das respostas possíveis é: A região do país que tem necessidade de<<strong>br</strong> />
melhorar esses índices é a região nordeste. É possível argumentar que o motivo para se fazer<<strong>br</strong> />
mais investimentos nessa região é que a região nordeste tem o menor percentual de regiões<<strong>br</strong> />
com água canalizada, esgoto e fossa séptica, lixo coletado e luz elétrica e que, portanto,<<strong>br</strong> />
necessita de investimento em todos esses setores.<<strong>br</strong> />
Resposta (a).<<strong>br</strong> />
193
194<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Reconhecer e interpretar as informações de natureza científica ou social expressas em gráficos ou<<strong>br</strong> />
tabelas.<<strong>br</strong> />
• Identificar ou inferir aspectos relacionados a fenômenos de natureza científica ou social, a partir de<<strong>br</strong> />
informações expressas em gráficos ou tabelas.<<strong>br</strong> />
• Selecionar e interpretar informações expressas em gráficos ou tabelas para a resolução de problemas.<<strong>br</strong> />
• Analisar o comporamento de variável expresso em gráficos ou tabelas, como importante recurso para<<strong>br</strong> />
a construção de argumentação consistente.<<strong>br</strong> />
• Avaliar, com auxílio de dados apresentados em gráficos ou tabelas, a adequação de propostas de<<strong>br</strong> />
intervenção na realidade.
Capítulo IX<<strong>br</strong> />
EXPLORANDO SITUAÇÕES NUMÉRICAS<<strong>br</strong> />
COMPREENDER CONCEITOS, ESTRATÉGIAS E SITUAÇÕES<<strong>br</strong> />
<strong>MATEM</strong>ÁTICAS NUMÉRICAS PARA APLICÁ-LOS A SITUAÇÕES<<strong>br</strong> />
DIVERSAS NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS, DA TECNOLOGIA E<<strong>br</strong> />
DA ATIVIDADE COTIDIANA.<<strong>br</strong> />
Cláudio Saiani
196<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Capítulo IX<<strong>br</strong> />
Explorando situações<<strong>br</strong> />
numéricas<<strong>br</strong> />
Nas sociedades contemporâneas, o pleno<<strong>br</strong> />
exercício da cidadania inclui, certamente, a<<strong>br</strong> />
compreensão da linguagem falada por pessoas<<strong>br</strong> />
que trabalham nos diversos ramos da ciência.<<strong>br</strong> />
Muito dessa linguagem depende da Matemática,<<strong>br</strong> />
quer para exprimir grandezas que estão fora de<<strong>br</strong> />
nossa capacidade de percepção, quer para fazer<<strong>br</strong> />
cálculos e estabelecer comparações.<<strong>br</strong> />
Nesse capítulo, vamos explorar certas situações<<strong>br</strong> />
que dizem respeito a estratégias e conceitos<<strong>br</strong> />
numéricos, explorando algumas de suas<<strong>br</strong> />
aplicações. É importante que esse trabalho seja<<strong>br</strong> />
visto por você como um aperitivo para aplicações<<strong>br</strong> />
mais sofisticadas, uma vez que nos falta a<<strong>br</strong> />
matemática para um maior aprofundamento. Por<<strong>br</strong> />
outro lado, a própria compreensão dos conceitos<<strong>br</strong> />
envolvidos apresenta uma dificuldade adicional.<<strong>br</strong> />
Assim, gostaríamos que esse capítulo fosse um<<strong>br</strong> />
convite para que você continue seus estudos e<<strong>br</strong> />
pesquise os temas aqui abordados.<<strong>br</strong> />
Identificando<<strong>br</strong> />
estratégias e situações<<strong>br</strong> />
matemáticas<<strong>br</strong> />
Com seus conhecimentos so<strong>br</strong>e o sistema de<<strong>br</strong> />
numeração decimal, certamente você pode<<strong>br</strong> />
representar números, independentemente de sua<<strong>br</strong> />
ordem de grandeza. Milhões, bilhões, trilhões,<<strong>br</strong> />
quatrilhões... Agora, vamos conhecer um pouco<<strong>br</strong> />
mais so<strong>br</strong>e esse assunto. Você já ouviu falar em<<strong>br</strong> />
notação científica?<<strong>br</strong> />
Nos quadros abaixo estão duas afirmações<<strong>br</strong> />
retiradas de conceitos científicos. A primeira<<strong>br</strong> />
delas parece um pouco distante de nosso dia-adia,<<strong>br</strong> />
mas a segunda diz respeito diretamente a<<strong>br</strong> />
nossa saúde.<<strong>br</strong> />
A velocidade da luz no vácuo é de<<strong>br</strong> />
aproximadamente 3 x 10 8 m/s.<<strong>br</strong> />
Para controle de ervas daninhas em<<strong>br</strong> />
plantações, são utilizadas substâncias<<strong>br</strong> />
denominadas herbicidas. Embora elas<<strong>br</strong> />
ajudem a melhorar a produção de<<strong>br</strong> />
alimentos, podem produzir sérios danos<<strong>br</strong> />
à nossa saúde, graças à presença das<<strong>br</strong> />
dioxinas, que são compostos altamente<<strong>br</strong> />
tóxicos. Um adulto só pode consumir,<<strong>br</strong> />
por dia, 3,22 x 10 -11 g de uma certa<<strong>br</strong> />
dioxina, sem perigo para sua saúde.
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Observe os números que foram destacados nos dois<<strong>br</strong> />
quadros anteriores. Eles estão escritos numa forma<<strong>br</strong> />
muito freqüente em textos científicos, que é a<<strong>br</strong> />
chamada notação científica. Antes de aprender a<<strong>br</strong> />
trabalhar com esse tipo de notação, vamos<<strong>br</strong> />
entender os números expressos nos quadros.<<strong>br</strong> />
Vejamos inicialmente o caso da velocidade da luz.<<strong>br</strong> />
Para isso, precisamos recordar a forma como<<strong>br</strong> />
trabalhamos com as potências de 10, com expoentes<<strong>br</strong> />
positivos. Assim: 10 0<<strong>br</strong> />
=1, 10 1<<strong>br</strong> />
=10, 10 2<<strong>br</strong> />
=100, 10 3<<strong>br</strong> />
=1.000,<<strong>br</strong> />
10 4<<strong>br</strong> />
=10.000, e assim por diante.<<strong>br</strong> />
Então, 3 x 10 8<<strong>br</strong> />
= 3 x 100.000.000 = 300.000.000.<<strong>br</strong> />
Portanto, a velocidade da luz no vácuo é<<strong>br</strong> />
300.000.000m/s, isto é, trezentos milhões de<<strong>br</strong> />
metros por segundo. É claro que poderíamos<<strong>br</strong> />
exprimir essa velocidade em quilômetros.<<strong>br</strong> />
Lem<strong>br</strong>ando que um quilômetro corresponde a<<strong>br</strong> />
1.000 metros, basta dividir a velocidade em m/s<<strong>br</strong> />
por 1.000. Obtemos assim 300.000km/s. As<<strong>br</strong> />
propriedades das potências ajudam a fazer esses<<strong>br</strong> />
cálculos. Vamos recordar?<<strong>br</strong> />
Para multiplicar potências de mesma base,<<strong>br</strong> />
conservamos a base e adicionamos os expoentes.<<strong>br</strong> />
Para dividir potências de mesma base, diferente<<strong>br</strong> />
de zero, conservamos a base e subtraímos os<<strong>br</strong> />
expoentes.<<strong>br</strong> />
Então, para obter a velocidade em quilômetros,<<strong>br</strong> />
procedemos assim:<<strong>br</strong> />
= = 3 x 10 8-3<<strong>br</strong> />
=3 x 10 5<<strong>br</strong> />
3 x 10<<strong>br</strong> />
= 300.000<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
10 3<<strong>br</strong> />
300.000.000<<strong>br</strong> />
1.000<<strong>br</strong> />
Vejamos agora o número que expressa a<<strong>br</strong> />
quantidade de dioxinas: 3,22 x 10 -11<<strong>br</strong> />
. O expoente<<strong>br</strong> />
de 10 que aparece é -11. Eis algumas potências de<<strong>br</strong> />
10 com expoentes negativos:<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10 1 10 -1<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
= = = 0,1<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10 2 10 -2<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
= = = 0,01<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10 3 10 -3<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
= = = 0,001<<strong>br</strong> />
1.000<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10 4 10 -4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
= = = 0,0001<<strong>br</strong> />
10.000<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
10 5 10 -5<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
= = = 0,00001<<strong>br</strong> />
100.000<<strong>br</strong> />
Observe os expoentes e os números decimais.<<strong>br</strong> />
Você consegue ver alguma regularidade?<<strong>br</strong> />
197
198<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
De fato, o expoente negativo indica que estamos<<strong>br</strong> />
trabalhando com números menores do que 1. O<<strong>br</strong> />
expoente, em valor absoluto, indica o número de<<strong>br</strong> />
casas decimais após a vírgula. Voltemos ao<<strong>br</strong> />
número 3,22 x 10 -11<<strong>br</strong> />
. Temos:<<strong>br</strong> />
3,22 x 10 -11 = 3,22 x 0,00000000001 = 0,00000000000322, o que é um número<<strong>br</strong> />
bastante incômodo. Você saberia reescrevê-lo, sem contar as casas depois da vírgula? Não,<<strong>br</strong> />
não é mesmo? Isso ocorre porque nossa visão não está equipada para perceber tamanha<<strong>br</strong> />
quantidade de zeros num relance.<<strong>br</strong> />
Muitos números que encontramos na ciência e na<<strong>br</strong> />
tecnologia são como os dos dois exemplos que<<strong>br</strong> />
demos acima. Para não ter de lidar com tantos<<strong>br</strong> />
zeros, os cientistas se utilizam da chamada<<strong>br</strong> />
“notação científica”. Observe o quadro seguinte:<<strong>br</strong> />
Um número está escrito na notação científica se estiver na forma c x 10 n , onde n é maior<<strong>br</strong> />
ou igual a 1 e menor do que 10, e n é um número inteiro.<<strong>br</strong> />
A população de nosso planeta é de cerca de cinco<<strong>br</strong> />
bilhões e seiscentos milhões de habitantes,<<strong>br</strong> />
número que pode ser expresso como<<strong>br</strong> />
5.600.000.000. Vejamos como ela pode ser<<strong>br</strong> />
expressa em notação científica.<<strong>br</strong> />
5.600.000.000 = 5,6 x 1.000.000.000 = 5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Mas não seria mais fácil escrever simplesmente<<strong>br</strong> />
56 x 100.000.000, obtendo 56 x 10 8<<strong>br</strong> />
?<<strong>br</strong> />
Evidentemente, 5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />
e 56 x 10 8<<strong>br</strong> />
constituem<<strong>br</strong> />
formas equivalentes de representar a mesma<<strong>br</strong> />
quantidade. No entanto, a notação científica não<<strong>br</strong> />
é apenas mais uma forma de representação<<strong>br</strong> />
numérica. Uma de suas vantagens é o fato de ser<<strong>br</strong> />
mais fácil efetuar cálculos com potências de dez<<strong>br</strong> />
do que com números formados por muitas casas<<strong>br</strong> />
decimais. Outra vantagem é que, estando um<<strong>br</strong> />
número expresso em notação científica, pode-se<<strong>br</strong> />
destacar o expoente de dez, naquilo que<<strong>br</strong> />
chamamos ordem de grandeza, conceito do qual<<strong>br</strong> />
falaremos mais adiante.
1<<strong>br</strong> />
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Represente, na notação científica:<<strong>br</strong> />
a) o número aproximado de gotas de chuva numa nuvem de tempestade, que é<<strong>br</strong> />
6.000.000.000.000.<<strong>br</strong> />
b) O número aproximado de células de um ser humano adulto, que é 100.000.000.000.000.<<strong>br</strong> />
II. O diâmetro de Júpiter é 1,43 x 10 5 quilômetros. O diâmetro da Terra é 1,28 x 10 4<<strong>br</strong> />
quilômetros. Qual é a diferença entre os diâmetros dos dois planetas?<<strong>br</strong> />
III. Uma lagosta pode por 150.000 ovos de uma só vez. Escrito em notação científica, este<<strong>br</strong> />
número é:<<strong>br</strong> />
a) 15 x 10 4 b) 1,5 x 10 5 c)1,5 x 10 -5 d) 0,15 x 10 6<<strong>br</strong> />
Números muito pequenos são também<<strong>br</strong> />
representados pelos cientistas por meio da<<strong>br</strong> />
notação científica, com a diferença de que para<<strong>br</strong> />
estes casos são utilizados expoentes negativos.<<strong>br</strong> />
Vamos lem<strong>br</strong>ar o que eles exprimem, por meio de<<strong>br</strong> />
alguns exemplos:<<strong>br</strong> />
Assim, quando escrevemos 4 x 10 -3<<strong>br</strong> />
estamos representando o número<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
4 x = 4 x 0,001 = 0,004<<strong>br</strong> />
1000<<strong>br</strong> />
Expoentes negativos são usados para exprimir<<strong>br</strong> />
grandezas microscópicas. Por exemplo, sabe-se<<strong>br</strong> />
que o sangue dos seres humanos é composto em<<strong>br</strong> />
sua maior parte por células vermelhas,<<strong>br</strong> />
responsáveis por transportar oxigênio dos<<strong>br</strong> />
pulmões para os vários tecidos do corpo, e<<strong>br</strong> />
dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões.<<strong>br</strong> />
O diâmetro de cada uma dessas células vermelhas<<strong>br</strong> />
é de aproximadamente 0,0008 cm. Como<<strong>br</strong> />
poderíamos exprimi-lo na notação científica?<<strong>br</strong> />
Primeiro, vamos escrever 0,0008 como o produto<<strong>br</strong> />
de 8 por uma potência de 10:<<strong>br</strong> />
0,0008 = 8 x 0,0001 = 8 x = 8 x = 8 x 10 -4<<strong>br</strong> />
1 1<<strong>br</strong> />
10000 10 -4<<strong>br</strong> />
Assim, o diâmetro de uma célula vermelha é de<<strong>br</strong> />
8 x 10 -4<<strong>br</strong> />
cm.<<strong>br</strong> />
1. A espessura de um folha de papel é de<<strong>br</strong> />
aproximadamente 2,0 x 10 -3<<strong>br</strong> />
cm. Escreva essa<<strong>br</strong> />
medida como um número decimal.<<strong>br</strong> />
2. O diâmetro de um átomo de prata é de cerca de<<strong>br</strong> />
0,0000000003m. Escreva essa medida em notação<<strong>br</strong> />
científica.<<strong>br</strong> />
cm.<<strong>br</strong> />
2) 3 . 10 -10<<strong>br</strong> />
1) 0,002 cm.<<strong>br</strong> />
199
200<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
É possível comparar dois<<strong>br</strong> />
números em notação<<strong>br</strong> />
científica? O que você acha?<<strong>br</strong> />
Falamos em ordem de grandeza quando estamos<<strong>br</strong> />
interessados numa aproximação grosseira de uma<<strong>br</strong> />
quantidade, apenas para “ter uma idéia”. Voltemos<<strong>br</strong> />
à população da Terra. Vimos que ela é igual a<<strong>br</strong> />
5,6 x 10 9<<strong>br</strong> />
habitantes. A potência de dez presente é<<strong>br</strong> />
9. Como 10 9<<strong>br</strong> />
= 1.000.000.000 = 1 bilhão, dizemos<<strong>br</strong> />
que a população da Terra é da ordem de bilhões<<strong>br</strong> />
de habitantes. Quando duas quantidades possuem<<strong>br</strong> />
ordens de grandezas diferentes, uma quantidade é<<strong>br</strong> />
pelo menos dez vezes menor que a outra. Duas<<strong>br</strong> />
ordens de grandeza significam que uma grandeza<<strong>br</strong> />
é 10 2<<strong>br</strong> />
= 100 vezes maior do que a outra. Vamos<<strong>br</strong> />
tomar um exemplo da Astronomia: a distância da<<strong>br</strong> />
Terra ao Sol é de 150.000.000 km = 1,5 x 10 8<<strong>br</strong> />
km,<<strong>br</strong> />
enquanto a distância da Terra à Lua é<<strong>br</strong> />
3,8 x 10 5<<strong>br</strong> />
km. Para comparar essas duas distâncias,<<strong>br</strong> />
recorremos ao conceito de ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />
Para isso, vamos comparar as potências de dez,<<strong>br</strong> />
desprezando os números pelos quais elas estão<<strong>br</strong> />
multiplicadas. Então:<<strong>br</strong> />
distância da Terra ao Sol<<strong>br</strong> />
distância da Terra à Lua<<strong>br</strong> />
Isto é, a distância da Terra ao Sol e a distância da<<strong>br</strong> />
Terra à Lua diferem de 3 ordens de grandeza. Em<<strong>br</strong> />
outras palavras, a distância da Terra ao Sol é mil<<strong>br</strong> />
vezes maior do que a distância da Terra à Lua.<<strong>br</strong> />
Vejamos um outro exemplo. Em Astronomia, o<<strong>br</strong> />
ponto em que um planeta está mais próximo do<<strong>br</strong> />
Sol denomina-se perihélio.<<strong>br</strong> />
Em 1991, Plutão estava próximo de seu perihélio,<<strong>br</strong> />
situado a uma distância de 4.419.200.000km do<<strong>br</strong> />
Sol. Ao mesmo tempo, ocorria o perihélio de<<strong>br</strong> />
Netuno, a 4,4256 x 10 9<<strong>br</strong> />
km. Qual dos dois<<strong>br</strong> />
planetas estava, na ocasião, mais afastado do<<strong>br</strong> />
Sol?<<strong>br</strong> />
= 1,5 x 108<<strong>br</strong> />
3,8 x 10 5<<strong>br</strong> />
10 8<<strong>br</strong> />
= 5<<strong>br</strong> />
10 10<<strong>br</strong> />
8 -5<<strong>br</strong> />
=10 3<<strong>br</strong> />
=1000<<strong>br</strong> />
Para poder comparar essas duas distâncias, vamos<<strong>br</strong> />
escrever na notação científica o perihélio de<<strong>br</strong> />
Plutão: 4.419.200.000 = 4,4192 x 10 9<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
Observe: as potências de 10 são iguais (o<<strong>br</strong> />
expoente é nove). Logo, essas distâncias possuem<<strong>br</strong> />
a mesma ordem de grandeza. Assim, a<<strong>br</strong> />
comparação será decidida pelos números que<<strong>br</strong> />
multiplicam as potências de 10. Como 4,4256 é<<strong>br</strong> />
maior do que 4,4192, concluímos que Netuno<<strong>br</strong> />
estava mais afastado.
2<<strong>br</strong> />
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Denomina-se densidade de uma substância o<<strong>br</strong> />
quociente entre sua massa e o volume por ela<<strong>br</strong> />
ocupado. A Tabela 1, abaixo, contém as<<strong>br</strong> />
densidades de alguns elementos químicos,<<strong>br</strong> />
expressas em gramas por centímetro cúbico.<<strong>br</strong> />
Elementos Densidade (g/cm 3<<strong>br</strong> />
)<<strong>br</strong> />
Hidrogênio 0,000 166 4<<strong>br</strong> />
Nitrogênio 0,000 083 75<<strong>br</strong> />
Oxigênio 0,001332<<strong>br</strong> />
Cloro 0,002 95<<strong>br</strong> />
Tabela 1<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
295<<strong>br</strong> />
100.000<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
295<<strong>br</strong> />
10 5<<strong>br</strong> />
= 295 x 10 -5<<strong>br</strong> />
I. Agora é com você:<<strong>br</strong> />
a) Represente cada uma das densidades que aparecem na tabela 1 na notação científica.<<strong>br</strong> />
b) Qual é o elemento menos denso? E o mais denso?<<strong>br</strong> />
c) Faça uma escala de densidades, escrevendo os nomes dos elementos do menos denso para o<<strong>br</strong> />
mais denso.<<strong>br</strong> />
II. Apresentamos abaixo vários pares de números, obtidos em várias situações científicas. Em<<strong>br</strong> />
cada par, diga de quanto diferem as ordens de grandeza em cada um dos pares (preocupe-se,<<strong>br</strong> />
por enquanto, apenas com os números. Se você quiser saber a que eles se referem, sugerimos<<strong>br</strong> />
que faça uma pesquisa numa boa enciclopédia, que certamente poderá ser encontrada em<<strong>br</strong> />
alguma biblioteca de sua cidade).<<strong>br</strong> />
a) comprimento de onda da luz vermelha = 0,76μm.<<strong>br</strong> />
comprimento de onda da luz azul = 0,42μm.<<strong>br</strong> />
(Observação: 1 μm = 1 micrômetro = 10-6m = 1 milionésimo do metro).<<strong>br</strong> />
b) comprimento de onda da luz verde = 0,48 μm.<<strong>br</strong> />
comprimento de uma célula de tecido = 3μm.<<strong>br</strong> />
c) perímetro da Terra = 4 x 104 km.<<strong>br</strong> />
comprimento das linhas de costa (incluindo lagos e as regiões Ártica e Antártica) =<<strong>br</strong> />
440.000km.<<strong>br</strong> />
d) perímetro da Terra = 4 x 104 km.<<strong>br</strong> />
distância da Terra à Lua = 3,8 x 105 km.<<strong>br</strong> />
e) idade da Terra = 4,5 x 109 anos.<<strong>br</strong> />
Idade dos hominídeos = 3 x 106 anos.<<strong>br</strong> />
Vamos representar a densidade do cloro na<<strong>br</strong> />
notação científica. O número 0,00295 pode ser<<strong>br</strong> />
escrito como<<strong>br</strong> />
Ainda não se trata da notação científica, pois o<<strong>br</strong> />
número que multiplica a potência de 10 não está<<strong>br</strong> />
entre 0 e 10. Mas 295 = 2,95 x 100. Assim,<<strong>br</strong> />
295 x 10 -5<<strong>br</strong> />
= 2,95 x 100 x 10 -5<<strong>br</strong> />
= 2,95 x 10 2<<strong>br</strong> />
x 10 -5<<strong>br</strong> />
= 2,95 x 10 -3<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
201
202<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Você sabia que os<<strong>br</strong> />
animais podem distinguir<<strong>br</strong> />
quantidades?<<strong>br</strong> />
Um pássaro percebe quando está faltando um ovo<<strong>br</strong> />
em seu ninho, assim como a mamãe gata percebe<<strong>br</strong> />
a falta de um de seus filhotes. Na verdade, as<<strong>br</strong> />
pesquisas que já foram realizadas so<strong>br</strong>e esse tema<<strong>br</strong> />
indicam que os animais podem, dentro de certos<<strong>br</strong> />
limites, distinguir quantidades num relance, assim<<strong>br</strong> />
como reconhecem um odor ou uma cor.<<strong>br</strong> />
Nós, seres humanos, compartilhamos essa<<strong>br</strong> />
habilidade com os animais.<<strong>br</strong> />
Podemos distinguir, sem contar, conjuntos com<<strong>br</strong> />
três, quatro, talvez até seis bolinhas. Faça essa<<strong>br</strong> />
experiência, com a colaboração de um colega:<<strong>br</strong> />
peça para ele apresentar coleções de objetos<<strong>br</strong> />
idênticos - bolinhas de gude, tampinhas de<<strong>br</strong> />
garrafa etc - e procure adivinhar a quantidade de<<strong>br</strong> />
objetos, sem contar!<<strong>br</strong> />
O que nos torna diferentes dos animais é a<<strong>br</strong> />
capacidade de contagem, que permite que<<strong>br</strong> />
superemos as limitações de nossos sentidos.<<strong>br</strong> />
A forma mais elementar de efetuar uma contagem<<strong>br</strong> />
é associar a cada elemento de um conjunto um<<strong>br</strong> />
número natural. É o que fazemos quando<<strong>br</strong> />
contamos, por exemplo, as pessoas numa fila:<<strong>br</strong> />
apontamos nosso dedo indicador a cada pessoa,<<strong>br</strong> />
na seqüência em que se encontram na fila, e<<strong>br</strong> />
vamos recitando a seqüência dos números<<strong>br</strong> />
naturais: um, dois, três, quatro, cinco... É claro<<strong>br</strong> />
que nem sempre essa é a estratégia mais<<strong>br</strong> />
adequada, uma vez que pode haver muitos<<strong>br</strong> />
objetos a serem contados, ou os objetos a serem<<strong>br</strong> />
contados são muito grandes, ou muito pequenos,<<strong>br</strong> />
ou inatingíveis.<<strong>br</strong> />
Assim, gostaríamos de apresentá-lo a uma<<strong>br</strong> />
estratégia de contagem mais sofisticada do que<<strong>br</strong> />
apontar com o dedo. Vamos partir de um<<strong>br</strong> />
problema simples:<<strong>br</strong> />
Luiz Carlos possui, em seu guarda-roupa, três<<strong>br</strong> />
calças (azul, preta e cinza) e quatro camisas<<strong>br</strong> />
(<strong>br</strong>anca, verde, laranja e vermelha). De quantas<<strong>br</strong> />
maneiras ele pode se vestir, usando uma de suas<<strong>br</strong> />
calças e uma de suas camisas? Vejamos: se ele<<strong>br</strong> />
escolher a calça azul, tem 4 possibilidades de<<strong>br</strong> />
escolha para a camisa. Pode usar calça azul e<<strong>br</strong> />
camisa <strong>br</strong>anca, calça azul e camisa verde, calça<<strong>br</strong> />
azul e camisa laranja, calça azul e camisa<<strong>br</strong> />
vermelha. Se ele selecionar a calça preta, terá<<strong>br</strong> />
outras quatro possibilidades, combinando a calça<<strong>br</strong> />
preta com cada uma de suas quatro camisas. Da<<strong>br</strong> />
mesma forma, a escolha da calça cinza fornecerá<<strong>br</strong> />
outras quatro possibilidades. Temos então 4<<strong>br</strong> />
possibilidades para a calça azul, 4 para a calça<<strong>br</strong> />
preta e 4 para a calça cinza, dando um total de<<strong>br</strong> />
12 possibilidades para Luiz se vestir, usando uma<<strong>br</strong> />
de suas calças e uma de suas camisas. Podemos<<strong>br</strong> />
colocar esses resultados numa tabela como esta:<<strong>br</strong> />
Calça Camisa<<strong>br</strong> />
Azul Branca<<strong>br</strong> />
Azul Verde<<strong>br</strong> />
Azul Laranja<<strong>br</strong> />
Azul Vermelha<<strong>br</strong> />
Preta Branca<<strong>br</strong> />
Preta Verde<<strong>br</strong> />
Preta Laranja<<strong>br</strong> />
Preta Vermelha<<strong>br</strong> />
Cinza Branca<<strong>br</strong> />
Cinza Verde<<strong>br</strong> />
Cinza Laranja<<strong>br</strong> />
Cinza Vermelha<<strong>br</strong> />
Nessa tabela, cada linha, a partir da segunda,<<strong>br</strong> />
representa uma das 12 maneiras diferentes para<<strong>br</strong> />
Luiz se vestir. Note, porém, que a pergunta<<strong>br</strong> />
inicial era “De quantas maneiras diferentes Luiz<<strong>br</strong> />
pode se vestir?”, e não “De que maneiras<<strong>br</strong> />
diferentes Luiz pode se vestir?” Não<<strong>br</strong> />
precisaríamos ter construído a tabela para obter o<<strong>br</strong> />
número 12. Se cada uma das 3 calças pode ser<<strong>br</strong> />
combinada com cada uma das 4 camisas, seria<<strong>br</strong> />
suficiente multiplicarmos 3 por 4: 3 x 4 = 12.
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Assim, usando a multiplicação, encontramos<<strong>br</strong> />
outra forma de contar, que pode ser generalizada<<strong>br</strong> />
no Princípio Fundamental da Contagem:<<strong>br</strong> />
Se uma ação pode ser realizada em<<strong>br</strong> />
duas etapas, o número de<<strong>br</strong> />
possibilidades de realização dessa ação<<strong>br</strong> />
é obtido multiplicando-se o número de<<strong>br</strong> />
possibilidades da primeira etapa pelo<<strong>br</strong> />
número de possibilidades da segunda<<strong>br</strong> />
etapa.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Vamos complicar um pouco a escolha de Luiz<<strong>br</strong> />
Carlos. Se, além das 3 calças e das 4 camisas, ele<<strong>br</strong> />
possui 2 pares de sapatos e 5 pares de meias, de<<strong>br</strong> />
quantas maneiras ele pode se vestir usando calça,<<strong>br</strong> />
camisa, meia e sapato?<<strong>br</strong> />
a) 12.<<strong>br</strong> />
b) 24.<<strong>br</strong> />
c) 60.<<strong>br</strong> />
d) 120.<<strong>br</strong> />
Estratégias que ajudam a<<strong>br</strong> />
contar possibilidades<<strong>br</strong> />
O método de contar “apontando o dedo” tem uma<<strong>br</strong> />
séria limitação quando os objetos a serem<<strong>br</strong> />
contados não existem, por serem apenas<<strong>br</strong> />
possibilidades. Considere o seguinte problema:<<strong>br</strong> />
João e Carlos disputam um torneio de tênis-demesa.<<strong>br</strong> />
Vence o torneio o primeiro que ganhar dois<<strong>br</strong> />
jogos seguidos, ou que ganhar três jogos. Quantos<<strong>br</strong> />
são os resultados possíveis?<<strong>br</strong> />
Poderíamos pensar assim: uma possibilidade é<<strong>br</strong> />
que João ganhe os dois primeiros jogos. Outra é<<strong>br</strong> />
que Carlos ganhe as duas primeiras. Uma terceira<<strong>br</strong> />
é que João perca a primeira partida, e ganhe a<<strong>br</strong> />
segunda e a terceira. Para registrar todas essas<<strong>br</strong> />
possibilidades, sem esquecer nenhuma, utilizamos<<strong>br</strong> />
um esquema denominado árvore de<<strong>br</strong> />
possibilidades. Observe que existem 10 pontos<<strong>br</strong> />
finais. Cada um deles corresponde a um resultado<<strong>br</strong> />
possível: JJ, JCJJ, JCJCJ, JCJCC,JCC, CC, CJJ,<<strong>br</strong> />
CJCJJ, CJCJC, CJCC.<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
Dois times de basquete, os Varapaus e os<<strong>br</strong> />
Foguetes, disputam um torneio de basquete. O<<strong>br</strong> />
primeiro que ganhar dois jogos seguidos, ou um<<strong>br</strong> />
total de 4 jogos, vence o torneio. De quantas<<strong>br</strong> />
maneiras o torneio pode se desenrolar?<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
4) 14.<<strong>br</strong> />
3) Resposta (d).<<strong>br</strong> />
203
204<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
A Matemática do certo e a Matemática<<strong>br</strong> />
do provável<<strong>br</strong> />
Em geral nos acostumamos a pensar na<<strong>br</strong> />
Matemática como a ciência das certezas, da<<strong>br</strong> />
exatidão. Mas há uma outra face da matemática<<strong>br</strong> />
que nos permite resolver problemas em situações<<strong>br</strong> />
“aleatórias”, em que o acaso está presente. Antes<<strong>br</strong> />
de discutirmos esse assunto, vamos discutir um<<strong>br</strong> />
conceito importante: a porcentagem.<<strong>br</strong> />
As porcentagens constituem uma ferramenta<<strong>br</strong> />
fundamental para a leitura de nosso ambiente,<<strong>br</strong> />
quer em problemas de nosso dia a dia, quer em<<strong>br</strong> />
aplicações mais sofisticadas que envolvam outras<<strong>br</strong> />
ciências. Embora o conceito de porcentagem seja<<strong>br</strong> />
abordado em outros capítulos, convém retornar a<<strong>br</strong> />
ele, para que possamos ampliar o estudo so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />
situações nas quais ele é empregado. Todas essas<<strong>br</strong> />
aplicações partem da seguinte idéia básica:<<strong>br</strong> />
Uma porcentagem é uma razão que<<strong>br</strong> />
compara um número a 100.<<strong>br</strong> />
Essa idéia é expressa em símbolos<<strong>br</strong> />
assim:<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
= n%<<strong>br</strong> />
Por exemplo, quando dizemos que 22% de uma<<strong>br</strong> />
certa população são fumantes, queremos dizer<<strong>br</strong> />
que, de cada 100 pessoas, 22 são fumantes. Por<<strong>br</strong> />
outro lado, se nossa população tiver 200 pessoas,<<strong>br</strong> />
44 são fumantes, uma vez que podemos separar<<strong>br</strong> />
dois grupos de 100 pessoas. Nesse caso, dizemos<<strong>br</strong> />
que 22% de 200 é igual a 44.<<strong>br</strong> />
Analise a situação-problema abaixo:<<strong>br</strong> />
Numa certa população, 3/4 das pessoas<<strong>br</strong> />
consultadas revelaram que gostam de tirar uma<<strong>br</strong> />
soneca depois do almoço. A que porcentagem isso<<strong>br</strong> />
corresponde?<<strong>br</strong> />
Podemos expressar qualquer fração como uma<<strong>br</strong> />
porcentagem. Uma das formas de fazer isso é<<strong>br</strong> />
escrever uma fração equivalente, com<<strong>br</strong> />
denominador 100. Assim:<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
3 x 25 75<<strong>br</strong> />
= = = 75%<<strong>br</strong> />
4 x 25 100<<strong>br</strong> />
Poderíamos chegar ao mesmo resultado dividindo<<strong>br</strong> />
3 por 4, e depois escrevendo o resultado como<<strong>br</strong> />
uma fração de denominador 100:<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
75<<strong>br</strong> />
= 3 ÷ 4= 0,75 = = 75%<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
Uma regra prática para chegar ao mesmo<<strong>br</strong> />
resultado é:<<strong>br</strong> />
Dividir o numerador pelo denominador,<<strong>br</strong> />
multiplicar o resultado por 100 e<<strong>br</strong> />
acrescentar o símbolo %.<<strong>br</strong> />
Da mesma forma , para transformar um número<<strong>br</strong> />
decimal em porcentagem, basta multiplicá-lo por<<strong>br</strong> />
100, e acrescentar o símbolo %.<<strong>br</strong> />
Vamos ver um exemplo. Você sabe o que é um<<strong>br</strong> />
iceberg? Trata-se de um grande bloco de gelo<<strong>br</strong> />
que, tendo se desprendido de uma geleira, flutua<<strong>br</strong> />
nas águas oceânicas próximas aos Polos Norte e<<strong>br</strong> />
Sul do globo terrestre (um filme recente narra<<strong>br</strong> />
como o transatlântico Titanic afundou após<<strong>br</strong> />
colidir com um iceberg). Apesar de navegar em<<strong>br</strong> />
água salgada, eles são constituídos basicamente<<strong>br</strong> />
de água doce, que pode mesmo servir para ser<<strong>br</strong> />
consumida pela tripulação de um navio. A<<strong>br</strong> />
aproximação, contudo, deve ser feita com muito<<strong>br</strong> />
cuidado, uma vez que somente 0,125 de seu<<strong>br</strong> />
volume está acima da água. A que porcentagem<<strong>br</strong> />
do iceberg correspondem esses 0,125?<<strong>br</strong> />
Para responder a essa pergunta, podemos aplicar<<strong>br</strong> />
a regra prática:<<strong>br</strong> />
0,125 x 100 = 12,5. Acrescentando o símbolo %,<<strong>br</strong> />
obtemos 12,5%.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
A que porcentagem correspondem as frações<<strong>br</strong> />
1 1<<strong>br</strong> />
e ?<<strong>br</strong> />
2 4<<strong>br</strong> />
5) 50%; 25%.
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Numa pesquisa de intenções de voto, realizada<<strong>br</strong> />
antes de uma eleição, foram ouvidas 2000<<strong>br</strong> />
pessoas, das quais 17% declararam que<<strong>br</strong> />
pretendiam votar num certo candidato.<<strong>br</strong> />
Responda: quantas pessoas votariam nesse<<strong>br</strong> />
candidato? Lem<strong>br</strong>e-se: 17% significa 17 em cada<<strong>br</strong> />
100. Assim, em cada 100 pessoas entrevistadas,<<strong>br</strong> />
17 votariam no candidato em questão, que<<strong>br</strong> />
chamaremos de candidato X.<<strong>br</strong> />
• Para desco<strong>br</strong>ir quantos grupos de 100 existem<<strong>br</strong> />
na amostra, dividimos 2.000 por 100, obtendo<<strong>br</strong> />
20 grupos.<<strong>br</strong> />
• Em cada um desses 20 grupos, 17 declaram a<<strong>br</strong> />
intenção de votar em X. Para achar esse total,<<strong>br</strong> />
multiplicamos 17 por 20: 17 x 20 = 340.<<strong>br</strong> />
• Portanto, 340 pessoas têm a intenção de votar<<strong>br</strong> />
em X.<<strong>br</strong> />
Para lidar de uma forma prática com<<strong>br</strong> />
porcentagens de uma quantidade conhecida,<<strong>br</strong> />
podemos reescrevê-las usando a representação<<strong>br</strong> />
decimal. Acompanhe:<<strong>br</strong> />
17<<strong>br</strong> />
17% = = 0,17.<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
Dessa forma, poderíamos obter o mesmo<<strong>br</strong> />
resultado, simplesmente multiplicando 2000 por<<strong>br</strong> />
0,17: 2000 x 0,17 = 340.<<strong>br</strong> />
Numa certa cidade, na qual existem 42 000<<strong>br</strong> />
eleitores inscritos, uma pesquisa registrou as<<strong>br</strong> />
intenções de voto para prefeito de uma amostra<<strong>br</strong> />
de 1.200 pessoas, conforme a tabela seguinte:<<strong>br</strong> />
Candidato Número de votantes<<strong>br</strong> />
José Anastácio 660<<strong>br</strong> />
Alice 420<<strong>br</strong> />
Indecisos 120<<strong>br</strong> />
Total 1.200<<strong>br</strong> />
Que porcentagem dos votantes manifestou a<<strong>br</strong> />
intenção de votar em José Anastácio?<<strong>br</strong> />
Vamos inicialmente escrever a razão entre os<<strong>br</strong> />
possíveis votantes em José Anastácio e o total de<<strong>br</strong> />
pessoas consultadas. Depois, vamos igualar essa<<strong>br</strong> />
razão a outra, com segundo termo igual a 100:<<strong>br</strong> />
660<<strong>br</strong> />
1200<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
Para obter o denominador 100, observe que<<strong>br</strong> />
precisamos dividir 1200 por 12. Da mesma forma,<<strong>br</strong> />
para obter n, dividimos 660 por 12, obtendo 55.<<strong>br</strong> />
660 55<<strong>br</strong> />
Assim, = = 55%.<<strong>br</strong> />
1200 100<<strong>br</strong> />
Poderíamos obter o mesmo resultado dividindo<<strong>br</strong> />
660 por 1200, obtendo 0,55 (veja acima como<<strong>br</strong> />
transformar um número escrito em representação<<strong>br</strong> />
decimal na forma de percentual).<<strong>br</strong> />
Tendo em vista a tabela com as intenções de voto,<<strong>br</strong> />
responda:<<strong>br</strong> />
a) Que porcentagem dos votantes consultados<<strong>br</strong> />
votaria em Alice?<<strong>br</strong> />
b) Que porcentagem é constituída de indecisos?<<strong>br</strong> />
c) Se os indecisos resolverem votar em Alice, que<<strong>br</strong> />
porcentagem dos votos Alice receberia?<<strong>br</strong> />
A Teoria das Probabilidades<<strong>br</strong> />
No início deste capítulo, destacamos que nossa<<strong>br</strong> />
principal finalidade é explorar situações<<strong>br</strong> />
numéricas na ciência, na tecnologia e na vida<<strong>br</strong> />
cotidiana. Um dos conceitos matemáticos mais<<strong>br</strong> />
ricos em aplicações começou, contudo, como<<strong>br</strong> />
mero estudo de jogos de azar, como dados,<<strong>br</strong> />
baralho e roleta. Um jogador profissional italiano,<<strong>br</strong> />
Girolamo Cardano, escreveu em 1550 o “Livro<<strong>br</strong> />
dos Jogos de Azar”, no qual ensina a trapacear no<<strong>br</strong> />
jogo, bem como a desco<strong>br</strong>ir trapaças. Já em 1653,<<strong>br</strong> />
um jogador francês, o Chevalier de Méré,<<strong>br</strong> />
escreveu ao grande matemático francês Blaise<<strong>br</strong> />
Pascal, propondo uma série de problemas so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
jogos de dados. Pascal começou a trocar<<strong>br</strong> />
correspondência com outro matemático francês,<<strong>br</strong> />
Pierre de Fermat. Essa correspondência entre os<<strong>br</strong> />
dois grandes matemáticos originou a teoria<<strong>br</strong> />
das probabilidades.<<strong>br</strong> />
O que existe de surpreendente na Teoria das<<strong>br</strong> />
Probabilidades é o fato de que ela, tendo nascido<<strong>br</strong> />
de motivos tão frívolos como os jogos de azar,<<strong>br</strong> />
acabou por se fazer extremamente necessária<<strong>br</strong> />
7) a) 35%% b) 10% c) 45%.<<strong>br</strong> />
6) Análise no texto.<<strong>br</strong> />
205
206<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
para um ramo da matemática aplicada<<strong>br</strong> />
importantíssimo: a Estatística. A ciência, de modo<<strong>br</strong> />
geral, preocupa-se em encontrar leis que regem<<strong>br</strong> />
determinados fenômenos. As equações que você<<strong>br</strong> />
estuda na Física e na Química são um bom<<strong>br</strong> />
exemplo disso: é possível prever que a água,<<strong>br</strong> />
quando submetida à pressão de uma atmosfera e<<strong>br</strong> />
aquecida 100ºC, muda do estado líquido para o<<strong>br</strong> />
gasoso (isto é, ela ferve).<<strong>br</strong> />
Experimentos para os quais é possível prever o<<strong>br</strong> />
resultado final, desde que satisfeitas certas<<strong>br</strong> />
situações <strong>iniciais</strong>, são chamados experimentos<<strong>br</strong> />
determinísticos. Alguns experimentos, contudo,<<strong>br</strong> />
não são assim previsíveis: por mais que<<strong>br</strong> />
mantenhamos as mesmas condições, não<<strong>br</strong> />
podemos prever qual será o resultado obtido no<<strong>br</strong> />
lançamento de uma moeda ou de um dado<<strong>br</strong> />
“normais”. Essses experimentos são chamados<<strong>br</strong> />
aleatórios, porque dependem do acaso (alea é<<strong>br</strong> />
uma palavra latina que significa “sorte”). São<<strong>br</strong> />
experimentos nos quais podemos determinar, no<<strong>br</strong> />
máximo, o conjunto dos possíveis resultados.<<strong>br</strong> />
Os eventos aleatórios não aparecem somente nos<<strong>br</strong> />
jogos de azar. Seguem alguns exemplos de<<strong>br</strong> />
experimentos cujos resultados não podem ser<<strong>br</strong> />
preditos, e cujo estudo só pode ser feito com<<strong>br</strong> />
ajuda da teoria das probabilidades:<<strong>br</strong> />
— Observar o tempo de vida de um átomo<<strong>br</strong> />
radiativo.<<strong>br</strong> />
— Observar o tempo de vida de uma pessoa.<<strong>br</strong> />
— Cruzar duas espécies de plantas e observar as<<strong>br</strong> />
características da espécie resultante.<<strong>br</strong> />
— Observar o sexo de um recém-nascido.<<strong>br</strong> />
— Observar o número de troncos ocupados numa<<strong>br</strong> />
central telefônica.<<strong>br</strong> />
— Observar o número de estrelas duplas numa<<strong>br</strong> />
certa região do céu.<<strong>br</strong> />
— Observar o número de chamadas para um<<strong>br</strong> />
certo telefone.<<strong>br</strong> />
— Controle de qualidade num processo<<strong>br</strong> />
de produção.<<strong>br</strong> />
— Selecionar uma amostra de indivíduos e<<strong>br</strong> />
observar o número de portadores de uma<<strong>br</strong> />
certa moléstia.<<strong>br</strong> />
— Injetar uma certa dose de insulina num<<strong>br</strong> />
paciente e observar a taxa de açúcar em<<strong>br</strong> />
seu sangue.<<strong>br</strong> />
Muitos desses experimentos exigem ferramentas<<strong>br</strong> />
matemáticas que estão além das possibilidades<<strong>br</strong> />
deste capítulo. No entanto, podemos tratar de<<strong>br</strong> />
alguns exemplos de emprego de probabilidades, a<<strong>br</strong> />
começar dos jogos de azar que originaram a<<strong>br</strong> />
teoria: vamos falar so<strong>br</strong>e dados.<<strong>br</strong> />
Marcos e Eduardo estão jogando dados. Eles estão<<strong>br</strong> />
discutindo qual resultado tem mais chance de<<strong>br</strong> />
aparecer: dois ou três. Que você acha?<<strong>br</strong> />
Na verdade, uma forma de determinar qual<<strong>br</strong> />
resultado aparece com mais facilidade (isto é, tem<<strong>br</strong> />
maior probabilidade de aparecer) seria jogar o<<strong>br</strong> />
dado umas 10.000 vezes, e anotar quantas vezes<<strong>br</strong> />
aparece cada um dos resultados. Obviamente,<<strong>br</strong> />
nem sempre isso é possível, e nem mesmo é<<strong>br</strong> />
necessário. Vamos seguir o procedimento que foi<<strong>br</strong> />
sugerido por Pascal e Fermat. Quando jogamos<<strong>br</strong> />
um dado, existem seis resultados possíveis: 1, 2,<<strong>br</strong> />
3, 4, 5, 6. Se o dado não tiver sido modificado<<strong>br</strong> />
para favorecer um determinado resultado ( o que<<strong>br</strong> />
chamamos de dado viciado), é razoável supor que<<strong>br</strong> />
cada um desses resultados tem a mesma chance<<strong>br</strong> />
de aparecer do que os outros. Se queremos saber<<strong>br</strong> />
a probabilidade de sair “2”, temos seis resultados<<strong>br</strong> />
possíveis, e um favorável. Então, para Pascal e<<strong>br</strong> />
Fermat a probabilidade de obter “2” é 1/6. Em<<strong>br</strong> />
geral, a definição clássica de probabilidade de um<<strong>br</strong> />
certo resultado é:<<strong>br</strong> />
A probabilidade de ocorrência de um<<strong>br</strong> />
certo acontecimento é igual à razão<<strong>br</strong> />
entre o número de casos favoráveis ao<<strong>br</strong> />
acontecimento e o número de casos<<strong>br</strong> />
possíveis.<<strong>br</strong> />
Assim, podemos dizer que cada um dos resultados<<strong>br</strong> />
possíveis no lançamento de um dado tem<<strong>br</strong> />
probabilidade 1/6.<<strong>br</strong> />
Basicamente, o que uma probabilidade fornece é<<strong>br</strong> />
uma medida quantitativa de nossa incerteza. A<<strong>br</strong> />
própria definição de probabilidade tem<<strong>br</strong> />
conseqüências interessantes. Por exemplo, no<<strong>br</strong> />
lançamento de um dado sabemos que é<<strong>br</strong> />
impossível obter num dado um número natural
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
maior do que 6. Associamos um número a essa<<strong>br</strong> />
probabilidade, através da definição clássica.<<strong>br</strong> />
Como existem 0 casos favoráveis, a definição<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
fornece 6 = 0. Por outro lado, é certo que<<strong>br</strong> />
obteremos um número natural par ou ímpar. A<<strong>br</strong> />
definição também associa um número a essa<<strong>br</strong> />
certeza. Como existem 6 resultados favoráveis, a<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
definição fornece 6 =1 . De modo geral, entre o<<strong>br</strong> />
evento impossível e o evento certo, a<<strong>br</strong> />
probabilidade é um número que varia de 0 a 1.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
No lançamento de um dado, calcule a<<strong>br</strong> />
probabilidade de sair um número ímpar.<<strong>br</strong> />
No lançamento de uma moeda, quantos são os<<strong>br</strong> />
resultados possíveis?<<strong>br</strong> />
No lançamento de uma moeda, qual é a<<strong>br</strong> />
probabilidade de sair cara?<<strong>br</strong> />
a) 0.<<strong>br</strong> />
b)1/6.<<strong>br</strong> />
c)1/2.<<strong>br</strong> />
d)1.<<strong>br</strong> />
Resolver problemas é uma atividade<<strong>br</strong> />
fundamental do ser humano<<strong>br</strong> />
Você concorda com essa afirmação? Justifique<<strong>br</strong> />
sua resposta.<<strong>br</strong> />
Os conceitos matemáticos foram desenvolvidos<<strong>br</strong> />
para resolver problemas, alguns criados pelos<<strong>br</strong> />
próprios matemáticos, outros sugeridos pela<<strong>br</strong> />
Natureza. No restante desse fascículo você está<<strong>br</strong> />
convidado a resolver problemas, quer para<<strong>br</strong> />
argumentar, quer para analisar situações. Os<<strong>br</strong> />
problemas de 4.1 a 4.5 podem ser resolvidos por<<strong>br</strong> />
meio do Princípio Fundamental da Contagem.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Num anúncio, o restaurante “Que delícia” afirma<<strong>br</strong> />
que com 20 tipos de saladas e 18 pratos quentes é<<strong>br</strong> />
possível fazer uma refeição diferente a cada dia<<strong>br</strong> />
do ano. Essa afirmação é verdadeira?<<strong>br</strong> />
a) Quantos números com três algarismos podem<<strong>br</strong> />
ser obtidos, sem repetir nenhum algarismo,<<strong>br</strong> />
utilizando os algarismos 2, 3 e 4?<<strong>br</strong> />
b) Quantos números com três algarismos podem<<strong>br</strong> />
ser obtidos, se os algarismos puderem ser<<strong>br</strong> />
repetidos?<<strong>br</strong> />
José Carlos vai fazer uma prova, mas infelizmente<<strong>br</strong> />
não pode se preparar para ela. A prova é<<strong>br</strong> />
composta de 20 questões que só possuem duas<<strong>br</strong> />
possibilidades de resposta: Verdadeiro (V) ou<<strong>br</strong> />
Falso (F). De quantas maneiras diferentes ele pode<<strong>br</strong> />
resolver a prova?<<strong>br</strong> />
Se a prova que José Carlos resolveu contivesse 10<<strong>br</strong> />
questões, cada uma com três possibilidades de<<strong>br</strong> />
resposta (Verdadeiro, Falso e Não Sei), quantas<<strong>br</strong> />
seriam as possibilidades de resolver a prova?<<strong>br</strong> />
11) Não.<<strong>br</strong> />
10) C. 14) 310 = 59.049.<<strong>br</strong> />
9) 2. 13) 220 = 1.048.576.<<strong>br</strong> />
8) 0,5. 12) a) 6; b) 27.<<strong>br</strong> />
207
208<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Um questionário tem 1.024 maneiras de ser<<strong>br</strong> />
resolvido. Se cada pergunta só admite duas<<strong>br</strong> />
possibilidades de resposta (V ou F), quantas são<<strong>br</strong> />
as perguntas?<<strong>br</strong> />
O nascimento de crianças sugere alguns<<strong>br</strong> />
problemas envolvendo probabilidades. O sexo da<<strong>br</strong> />
criança, por exemplo, não pode ser determinado,<<strong>br</strong> />
e depende do acaso. Um casal deseja ter um<<strong>br</strong> />
filho.Vamos calcular a probabilidade de nascer<<strong>br</strong> />
uma menina. As possibilidades são duas para o<<strong>br</strong> />
sexo da criança: masculino (M) e feminino (F).<<strong>br</strong> />
Então,<<strong>br</strong> />
probabilidade de nascer menina =<<strong>br</strong> />
nº de casos favoráveis<<strong>br</strong> />
nº de casos possíveis<<strong>br</strong> />
O casal tem 50% de chance de ter uma menina.<<strong>br</strong> />
Da mesma forma, a probabilidade da criança ser<<strong>br</strong> />
do sexo masculino também é 1 .<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Rogério e Marina estão se preparando para<<strong>br</strong> />
receber o primeiro filho. Na verdade, eles<<strong>br</strong> />
planejam ter 2 filhos. Qual a probabilidade de que<<strong>br</strong> />
as crianças sejam de sexos diferentes? Para<<strong>br</strong> />
responder a essa pergunta, precisamos desco<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />
quantas são as possibilidades de ocorrência do<<strong>br</strong> />
sexo das duas crianças. Um recurso que pode nos<<strong>br</strong> />
ajudar é a construção de uma árvore de<<strong>br</strong> />
possibilidades.<<strong>br</strong> />
PRIMEIRO FILHO:<<strong>br</strong> />
SEGUNDO FILHO:<<strong>br</strong> />
M<<strong>br</strong> />
M F<<strong>br</strong> />
Temos quatro possibilidades para o sexo das duas<<strong>br</strong> />
crianças, dos quais estamos interessados em duas<<strong>br</strong> />
MF e FM.<<strong>br</strong> />
Assim, a probabilidade das crianças serem de<<strong>br</strong> />
sexos diferentes é 2 = 1 .<<strong>br</strong> />
4 2<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
M<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
Observando a árvore de possibilidades, responda:<<strong>br</strong> />
a) Qual é a probabilidade de nascerem dois<<strong>br</strong> />
garotos?<<strong>br</strong> />
b) Qual é a probabilidade de nascerem duas<<strong>br</strong> />
meninas?<<strong>br</strong> />
c) Qual é a probabilidade de nascerem duas<<strong>br</strong> />
crianças do mesmo sexo?<<strong>br</strong> />
16) a e b) 1/4; c) 1/2.<<strong>br</strong> />
15) 10.
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Se Rogério e Marina quiserem ter três filhos, qual é a probabilidade de nascerem três<<strong>br</strong> />
meninas? Qual é a probabilidade de nascerem dois garotos e uma menina? (Sugestão:<<strong>br</strong> />
construa mais um ramo na árvore de possibilidades).<<strong>br</strong> />
II. Em 1990, a população mundial era de 5.292.177.000 habitantes. Especialistas estimam<<strong>br</strong> />
que a população atingirá 8.466.516.000 no ano 2025. Qual será o percentual de crescimento<<strong>br</strong> />
da população, em relação à de 1990? A população em 2025 corresponderá a que<<strong>br</strong> />
porcentagem da de 1990?<<strong>br</strong> />
Analisando situações numéricas<<strong>br</strong> />
e construindo argumentos<<strong>br</strong> />
Em diferentes situações de nossa vida, além de<<strong>br</strong> />
solucionar problemas precisamos convencer<<strong>br</strong> />
outras pessoas so<strong>br</strong>e nossos pontos de vista ou<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a decisão de escolher um procedimento de<<strong>br</strong> />
resolução ou mesmo um resultado.<<strong>br</strong> />
Nos problemas abaixo, você está convidado a<<strong>br</strong> />
construir ou a escolher argumentos que sejam<<strong>br</strong> />
convincentes.<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
I. Joca e Edu estavam indignados. Eles queriam comprar uma bola-de-futebol, mas seu preço<<strong>br</strong> />
subiu 10% na semana passada e 20% ontem.”30% de aumento numa semana já é demais!<<strong>br</strong> />
Assim não dá”, reclamava Joca indignado.<<strong>br</strong> />
Se nosso amigo soubesse um pouquinho mais de matemática ficaria mais revoltado ainda,<<strong>br</strong> />
porque o aumento não é de 30%: é mais do que isso! É 32%! Vamos ver por que: o preço<<strong>br</strong> />
inicial da bola era R$20,00.<<strong>br</strong> />
a) A quanto corresponde o primeiro aumento?<<strong>br</strong> />
b) Qual é o preço após o primeiro aumento?<<strong>br</strong> />
c) Qual é o preço após o segundo aumento? Lem<strong>br</strong>e-se de que esse aumento incide so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
resultado do item (b), e não mais so<strong>br</strong>e R$20,00.<<strong>br</strong> />
d) Qual é a diferença entre o preço inicial e o preço final? Ela corresponde a que<<strong>br</strong> />
porcentagem de aumento?<<strong>br</strong> />
II. Se, ao invés de R$ 20,00 o preço do produto fosse R$15,00, e a também sofresse dois<<strong>br</strong> />
aumentos sucessivos de 10% e 20 %, qual seria o preço final? Qual seria a porcentagem de<<strong>br</strong> />
aumento?<<strong>br</strong> />
209
210<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
SUPERMERCADO<<strong>br</strong> />
BARATINHO<<strong>br</strong> />
Leite em pó em promoção!<<strong>br</strong> />
Leve 4 latas e <strong>pag</strong>ue 3!<<strong>br</strong> />
SUPERMERCADO<<strong>br</strong> />
QUE MOLEZA<<strong>br</strong> />
Super promoção!<<strong>br</strong> />
20% de desconto em cada lata<<strong>br</strong> />
de leite em pó!<<strong>br</strong> />
Que dúvida! Mariana precisa comprar leite em pó para alimentar seu bebê, mas não sabe qual<<strong>br</strong> />
das duas promoções é mais vantajosa. Vamos ajudá-la? Nos dois supermercados, o preço<<strong>br</strong> />
anunciado para cada lata é R$ 4,00.<<strong>br</strong> />
a) Se ela comprar 4 latas no Baratinho, qual seria o preço sem a promoção?<<strong>br</strong> />
b) Com 4 latas ao preço de 3, quanto ela economiza?<<strong>br</strong> />
c) No Que Moleza, por quanto sai cada lata, já com o desconto de 20%?<<strong>br</strong> />
d) Qual é o preço de 4 latas, sem o desconto? E com o desconto?<<strong>br</strong> />
e) Finalmente, qual das duas promoções é mais vantajosa se ela decidir comprar 4 latas de<<strong>br</strong> />
leite em pó?<<strong>br</strong> />
f) Se ela decidir comprar 12 latas, a vantagem permanece a mesma?<<strong>br</strong> />
IV. João deseja comprar um carro cujo preço à vista, com todos os descontos possíveis, é de<<strong>br</strong> />
R$21.000,00. Esse valor não será reajustado nos próximos meses. Ele tem R$20.000,00, que<<strong>br</strong> />
podem ser aplicados a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês. Ele pensa em fazer um<<strong>br</strong> />
financiamento, mas um amigo que é gerente de um banco lhe diz que, se ele deixar o dinheiro<<strong>br</strong> />
aplicado por três meses, terá o dinheiro para comprar o carro à vista, e ainda lhe so<strong>br</strong>ará<<strong>br</strong> />
algum dinheiro.<<strong>br</strong> />
Uma aplicação a “juros compostos” de 2% significa que a taxa de 2% é aplicada<<strong>br</strong> />
mensalmente ao resultado do mês anterior. Assim, ao fim do primeiro mês, João teria<<strong>br</strong> />
R$20.000,00 x 1,02 = R$20.400,00.<<strong>br</strong> />
a) Quanto João teria ao fim do 2º mês?<<strong>br</strong> />
b) Quanto João teria ao fim do 3º mês? O amigo de João tinha razão?<<strong>br</strong> />
A mesma estratégia usada no problema dos juros compostos pode ser usada no<<strong>br</strong> />
problema abaixo:<<strong>br</strong> />
V. O rio Nilo Branco, acima da represa em Jebel Aulia, no Egito, foi infestado por uma<<strong>br</strong> />
vegetação conhecida como “jacinto aquático”. Em 1958 a planta co<strong>br</strong>iu somente 12km 2 , mas<<strong>br</strong> />
o aumento anual foi de 50%. Após quantos anos a planta co<strong>br</strong>iu 40km 2 ?<<strong>br</strong> />
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4<<strong>br</strong> />
VI. Se a área total represada era de 200 km 2 , em quanto tempo ela foi coberta?
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
VII. Um fato que sempre aparece no noticiário diz respeito ao preço internacional do petróleo.<<strong>br</strong> />
Cada nova crise no Oriente Médio provoca um aumento no preço do petróleo, freqüentemente<<strong>br</strong> />
expresso nos seguintes termos: “O preço do barril de petróleo passou de 25 para 28 dólares”.<<strong>br</strong> />
O barril é uma unidade do sistema inglês, que corresponde a 42 galões, sendo que um galão<<strong>br</strong> />
corresponde a 3,785 litros. A quantos litros, aproximadamente, corresponde um barril?<<strong>br</strong> />
a) 100 b) 120 c) 140 d) 160<<strong>br</strong> />
VIII. Felizmente, o Brasil já não depende tanto do petróleo importado. Já dominamos a<<strong>br</strong> />
tecnologia para a extração de petróleo de lugares de difícil acesso, como o fundo do mar. Em<<strong>br</strong> />
particular, a bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é uma das áreas mais promissoras,<<strong>br</strong> />
apresentando uma produção diária de 670 mil barris. Qual é a ordem de grandeza dessa<<strong>br</strong> />
produção diária, expressa em litros?<<strong>br</strong> />
a) 105 b) 108 c) 1010 d)1012<<strong>br</strong> />
IX. Evidentemente, quando o Brasil produz seu próprio petróleo, deixa de adquiri-lo no<<strong>br</strong> />
mercado externo. Suponha que o preço do barril de petróleo seja 25 dólares. Tendo em vista a<<strong>br</strong> />
produção diária de petróleo extraído da bacia de campos, fornecida no exercício VIII, o Brasil<<strong>br</strong> />
economiza por dia com o petróleo extraído dessa bacia, aproximadamente:<<strong>br</strong> />
a) dezessete mil dólares.<<strong>br</strong> />
b) dois milhões e meio de dólares.<<strong>br</strong> />
c) dezessete milhões de dólares<<strong>br</strong> />
d) vinte milhões de dólares.<<strong>br</strong> />
Utilizando conceitos numéricos para avaliar<<strong>br</strong> />
propostas de intervenção no meio ambiente<<strong>br</strong> />
Freqüentemente lemos ou escutamos notícias<<strong>br</strong> />
relativas a agressões ao meio ambiente. Nem<<strong>br</strong> />
sempre podemos influir nas decisões tomadas por<<strong>br</strong> />
agências governamentais ou grandes corporações,<<strong>br</strong> />
mas, de qualquer forma, é imprescindível que<<strong>br</strong> />
nos informemos a respeito para, devidamente<<strong>br</strong> />
fundamentados, alimentar um movimento de<<strong>br</strong> />
opinião pública que possa ter maior influência<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os destinos de nosso planeta.<<strong>br</strong> />
Nesse sentido, apresentaremos alguns problemas<<strong>br</strong> />
relativos a questões ambientais. Devemos destacar<<strong>br</strong> />
que nosso instrumental matemático é ainda<<strong>br</strong> />
pequeno, de modo que nossa análise de propostas<<strong>br</strong> />
de intervenção é, necessariamente, limitada.<<strong>br</strong> />
Gostaríamos, no entanto, que isso lhe servisse de<<strong>br</strong> />
incentivo para continuar seus estudos, de modo a<<strong>br</strong> />
aumentar seus conhecimentos e poder de decisão.<<strong>br</strong> />
Resolvendo o Problema<<strong>br</strong> />
Cada cm 2<<strong>br</strong> />
da superfície da terra está carregado<<strong>br</strong> />
com uma massa de 1,0kg de ar. A superfície total<<strong>br</strong> />
da Terra é 5,1 x 10 8<<strong>br</strong> />
km 2<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
a) Calcular a massa da atmosfera (lem<strong>br</strong>e-se de<<strong>br</strong> />
que é necessário operar uma transformação de<<strong>br</strong> />
unidades: 1 quilômetro quadrado corresponde a<<strong>br</strong> />
quantos centímetros quadrados?).<<strong>br</strong> />
b) 22% da massa total da terra é constituída de<<strong>br</strong> />
oxigênio. Qual é a massa de oxigênio?<<strong>br</strong> />
c) Que massa de oxigênio co<strong>br</strong>e 1km 2<<strong>br</strong> />
de<<strong>br</strong> />
superfície? Dê a resposta em kg e em toneladas,<<strong>br</strong> />
lem<strong>br</strong>ando que 1t = 1.000kg.<<strong>br</strong> />
d) Um km 2<<strong>br</strong> />
de uma floresta jovem produz cerca de<<strong>br</strong> />
2,5 x 10 5<<strong>br</strong> />
kg de oxigênio. Que porcentagem essa<<strong>br</strong> />
17) a) 5,1 . 1.018kg; b) 1,1 . 1.018kg; c) 2 . 109kg = 2 milhões de toneladas; d) 1,25%; e) 120.000 anos.<<strong>br</strong> />
211
212<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
massa de oxigênio significa, em relação à massa<<strong>br</strong> />
que co<strong>br</strong>e 1km 2<<strong>br</strong> />
, calculada no item c?<<strong>br</strong> />
e) Estimou-se que todas as plantas verdes da terra<<strong>br</strong> />
produzem 9 x 10 13<<strong>br</strong> />
kg de oxigênio anualmente.<<strong>br</strong> />
Este número não inclui o oxigênio que é<<strong>br</strong> />
consumido pelas próprias plantas. Quantos anos<<strong>br</strong> />
seriam necessários para se produzir o oxigênio da<<strong>br</strong> />
atmosfera, se ele não fosse consumido pelo fogo,<<strong>br</strong> />
nem pelos animais?<<strong>br</strong> />
Um dos acidentes ecológicos mais nocivos ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente é o derramamento de óleo, que<<strong>br</strong> />
afeta as plantas e os animais que vivem numa<<strong>br</strong> />
certa região, a ponto de provocar enorme<<strong>br</strong> />
mortandade de peixes e aves. O problema<<strong>br</strong> />
seguinte refere-se apenas ao efeito do óleo so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
a água potável, desconsiderando outros aspectos.<<strong>br</strong> />
Sabe-se que, quando um milhão de litros de água<<strong>br</strong> />
doce são misturados com um litro de óleo<<strong>br</strong> />
mineral, a água se torna desagradável ao paladar.<<strong>br</strong> />
Que quantidade de óleo mineral infiltrado seria<<strong>br</strong> />
suficiente para destruir 1,5 x 10 10<<strong>br</strong> />
litros de água<<strong>br</strong> />
(essa quantidade de água serve para suprir uma<<strong>br</strong> />
cidade com 100.000 habitantes, durante um ano)?<<strong>br</strong> />
Resposta ao pé da página.<<strong>br</strong> />
Um problema de probabilidades que<<strong>br</strong> />
interessa às companhias de seguro:<<strong>br</strong> />
qual é a probabilidade de que<<strong>br</strong> />
determinado indivíduo, que hoje tem<<strong>br</strong> />
40 anos, viva até os 60 anos?<<strong>br</strong> />
Desenvolvendo Competências<<strong>br</strong> />
Você acha que é possível responder a essa<<strong>br</strong> />
pergunta?<<strong>br</strong> />
Quando vimos a definição clássica de<<strong>br</strong> />
probabilidades, admitimos que cada resultado<<strong>br</strong> />
tinha a mesma chance de ocorrer que qualquer<<strong>br</strong> />
outro. Resultados assim são chamados<<strong>br</strong> />
equiprováveis. Alguns empregos das<<strong>br</strong> />
probabilidades, no entanto, vão além dessa<<strong>br</strong> />
possibilidade.<<strong>br</strong> />
Para resolver o problema das companhias de<<strong>br</strong> />
seguro, podemos proceder da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
levantam-se os registros de nascimento e morte<<strong>br</strong> />
de um grande número de pessoas (digamos,<<strong>br</strong> />
100.000). A seguir, desco<strong>br</strong>e-se que das 100.000<<strong>br</strong> />
pessoas vivas com a idade de 10 anos, 75.200<<strong>br</strong> />
atingem os 40 anos. Depois, estabelece-se como<<strong>br</strong> />
probabilidade de que uma pessoa de 10 anos<<strong>br</strong> />
75.200<<strong>br</strong> />
chegue aos 40 anos a razão 0,75.<<strong>br</strong> />
100.000<<strong>br</strong> />
Por outro lado, dos 75.200 vivos aos 40 anos,<<strong>br</strong> />
52.315 chegaram aos 60 anos: a probabilidade de<<strong>br</strong> />
que uma pessoa viva aos 40 anos chegue aos 60<<strong>br</strong> />
52.315<<strong>br</strong> />
anos é definida como 0,70.<<strong>br</strong> />
75.200<<strong>br</strong> />
Essas probabilidades são importantes para as<<strong>br</strong> />
companhias de seguro, pois são elas que<<strong>br</strong> />
determinam quanto o segurado deverá <strong>pag</strong>ar<<strong>br</strong> />
pelo serviço.<<strong>br</strong> />
De 100.000 crianças com 10 anos de idade, 85.000 chegam à idade de 30 anos, e 58.000 à<<strong>br</strong> />
idade de 60 anos.<<strong>br</strong> />
I. Qual é a probabilidade de que uma pessoa com 10 anos de idade chegue aos 30 anos?<<strong>br</strong> />
a) 65 %. b) 80%. c) 85%. d) 58%.<<strong>br</strong> />
II. Qual é a probabilidade de que uma pessoa com 30 anos de idade chegue ao 60 anos?<<strong>br</strong> />
as) 65%. b) 58%. c) 68% . d) 75%.<<strong>br</strong> />
18) 15.000l
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
Capítulo IX – Explorando situações numéricas<<strong>br</strong> />
Conferindo seu Conhecimento<<strong>br</strong> />
I. a) 6 x 10 12 b) 10 14 .<<strong>br</strong> />
II. 130.200km.<<strong>br</strong> />
III. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
II.<<strong>br</strong> />
Hidrogênio: 8,375 x 10-5 (menos denso).<<strong>br</strong> />
Hélio: 1,664 x 10-4 .<<strong>br</strong> />
Nitrogênio: 1,165 x 10-3 .<<strong>br</strong> />
Oxigênio: 1,332 x 10-3 .<<strong>br</strong> />
Cloro: 2,95 x 10-3 .<<strong>br</strong> />
a) Mesma ordem de grandeza<<strong>br</strong> />
b) Uma ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />
c) Uma ordem de grandeza<<strong>br</strong> />
d) Uma ordem de grandeza.<<strong>br</strong> />
e) Três ordens de grandeza.<<strong>br</strong> />
I. 1/8; 3/8.<<strong>br</strong> />
II. 60%; 160%.<<strong>br</strong> />
I.<<strong>br</strong> />
a) 2,00 .<<strong>br</strong> />
b) 22,00.<<strong>br</strong> />
c) 26,40.<<strong>br</strong> />
d) 6,40; 32%.<<strong>br</strong> />
II. 19,80; 32%<<strong>br</strong> />
III.<<strong>br</strong> />
a) 16,00<<strong>br</strong> />
b) 4,00<<strong>br</strong> />
c) 3,20<<strong>br</strong> />
d) 16,00; 12,80<<strong>br</strong> />
e) Baratinho<<strong>br</strong> />
f) Sim<<strong>br</strong> />
IV. a) 20.808,00 b)21.224,16<<strong>br</strong> />
V. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
VI. Aproximadamente 7 anos.<<strong>br</strong> />
VII. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
VIII. Resposta (b).<<strong>br</strong> />
IX. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
I. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
II. Resposta (c).<<strong>br</strong> />
213
214<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
ORIENTAÇÃO FINAL<<strong>br</strong> />
Para saber se você compreendeu bem o que está apresentado neste capítulo, verifique se está apto a<<strong>br</strong> />
demonstrar que é capaz de:<<strong>br</strong> />
• Identificar e interpretar estratégias e situações matemáticas numéricas aplicadas em contextos<<strong>br</strong> />
diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />
• Construir e identificar conceitos matemáticos numéricos na interpretação de fenômenos em contextos<<strong>br</strong> />
diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />
• Interpretar informações e aplicar estratégias matemáticas numéricas na solução de problemas em<<strong>br</strong> />
contextos diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />
• Utilizar conceitos e estratégias matemáticas numéricas na seleção de argumentos propostos como<<strong>br</strong> />
solução de problemas, em contextos diversos da ciência e da tecnologia.<<strong>br</strong> />
• Recorrer a conceitos matemáticos numéricos para avaliar propostas de intervenção so<strong>br</strong>e problemas<<strong>br</strong> />
de natureza científica e tecnológica.