Prosa - Academia Brasileira de Letras
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Blaise Cendrars e o Mo<strong>de</strong>rnismo<br />
além <strong>de</strong> Graça Aranha, Ronald <strong>de</strong> Carvalho, Manuel Ban<strong>de</strong>ira, Aníbal Machado,<br />
Carlos Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e outros.<br />
Em matéria <strong>de</strong> revistas Minas Gerais passou à frente <strong>de</strong> São Paulo e Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. Pelo menos quatro periódicos merecem registro: A Revista, publicada<br />
entre 1925 e 1926, em Belo Horizonte, sob a direção <strong>de</strong> Martins <strong>de</strong> Almeida e<br />
Carlos Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, redação <strong>de</strong> Emílio Moura e Gregoriano Canedo,<br />
enfeixando, nos três números, os nomes <strong>de</strong> Pedro Nava, Abgar Renault,<br />
João Alphonsus, e colaboração <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, Manuel Ban<strong>de</strong>ira, Guilherme<br />
<strong>de</strong> Almeida. Em 1927, <strong>de</strong>sponta, em Cataguases, a revista Ver<strong>de</strong>, reunindo<br />
Rosário Fusco, Martins Men<strong>de</strong>s, Enrique <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>, Guilhermino<br />
César, Francisco Inácio Peixoto, com a colaboração <strong>de</strong> vários paulistas, além<br />
<strong>de</strong> Blaise Cendrars, Marques Rebelo, Ribeiro Couto, José Américo <strong>de</strong> Almeida,<br />
Ascenso Ferreira, Carlos Chiacchio, exprimindo uma diversida<strong>de</strong> geográfica<br />
que evi<strong>de</strong>ncia o alcance <strong>de</strong>ssa revista <strong>de</strong> província nos quadros do Mo<strong>de</strong>rnismo<br />
e a presença <strong>de</strong>ste, já assinalada, no interior do Brasil. O exemplo do<br />
grupo <strong>de</strong> Cataguases parece ter repercutido em Itanhandu, on<strong>de</strong> surge, em<br />
1928-1929, a revista Eléctrica, graças ao empenho <strong>de</strong> um único homem, Heitor<br />
Alves. Contemporaneamente, em Belo Horizonte, em maio <strong>de</strong> 1928, publica-se<br />
Leite Criôlo, sob a direção <strong>de</strong> João Dornas Filho, Aquiles Vivacqua e Guilhermino<br />
César.<br />
De certo modo acompanhando a expansão nacional do movimento mo<strong>de</strong>rnista,<br />
ainda cabe apontar o aparecimento em Teresina (Piauí), <strong>de</strong> O Todo Universal,<br />
em 1923, e na Bahia, em 1928, <strong>de</strong> Arco & Flecha, sob a direção <strong>de</strong> Pinto <strong>de</strong><br />
Aguiar e colaboração <strong>de</strong> Hélio Simões, Carvalho Filho, Ramayana <strong>de</strong> Chevalier,<br />
Damasceno Filho e outros.<br />
Se tais órgãos representam, com as variações regionais, temporais e doutrinárias<br />
<strong>de</strong> praxe, o espírito revolucionário que irradiava <strong>de</strong> São Paulo, um outro<br />
houve que procurou oferecer-lhe resistência e mesmo oposição. Trata-se <strong>de</strong><br />
Festa, surgido no Rio <strong>de</strong> Janeiro, polarizando as figuras <strong>de</strong> Tasso da Silveira,<br />
Andra<strong>de</strong> Muricy, Henrique Abílio, A<strong>de</strong>lino Magalhães Barreto Filho e outros,<br />
e com a colaboração <strong>de</strong> Cecília Meireles, Murilo Araújo, Plínio Salgado, Au-<br />
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