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Palmira Graça-TMCAP.pdf - Universidade Aberta

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udimentares, com a deposição indiscriminada dos resíduos em lixeiras a céu aberto como<br />

prática mais frequente (Martinho e Gonçalves, 2000).<br />

O crescente assumir das responsabilidades governamentais e o reconhecimento de que a<br />

eliminação dos resíduos era inadequada levaram a abordagens mais sistemáticas, como a<br />

incineração. O primeiro incinerador surgiu em Nottinghan, Inglaterra, e foi desenvolvido em<br />

1874, tendo esta tecnologia sido importada para os EUA (Nova York) em 1885 ( Martinho e<br />

Gonçalves , 2000).<br />

Segundo Pinto (1999), no Brasil, a questão dos resíduos gerados em ambientes urbanos atinge<br />

contornos gravíssimos, pela ínfima presença de soluções adequadas quer para os efluentes<br />

líquidos ou resíduos sólidos. Este não deixa de ser um quadro típico dos países em<br />

desenvolvimento, mas nem por isso deve permitir qualquer postura condescendente da<br />

sociedade.<br />

Os aterros como obras de engenharia apareceram após as primeiras incineradoras. Foram<br />

desenvolvidos na Inglaterra em 1920, com base nas preocupações de saúde pública da época.<br />

Segundo Martinho e Gonçalves (2000) foi em 1959, que a American Society of Civil Engineers<br />

publicou o primeiro guia de normas técnicas para a construção de aterros sanitários, com o<br />

objectivo de prevenir odores e proliferação de roedores.<br />

A reciclagem, enquanto opção técnica para a gestão de resíduos urbanos, começou a<br />

desenvolver-se nos finais dos anos 60, princípios dos anos 70, em muitas cidades dos EUA,<br />

Canadá e nos países mais desenvolvidos do Centro e Norte da Europa.<br />

Nos anos 80 e 90 do século passado, dá-se uma marcante revolução científica e tecnológica nas<br />

tecnologias e práticas da gestão de resíduos. No entanto a queima a céu aberto nas lixeiras e/ ou<br />

a sua eliminação nos oceanos continua ainda a ser em muitos países, como o caso de Cabo<br />

Verde, um método recorrente.<br />

Os governantes actuais têm uma postura crítica na gestão dos resíduos, devido aos impactos<br />

directos e indirectos que os mesmos podem causar nos respectivos países. No entanto, a gestão<br />

de resíduos deixou de ser um assunto que os governos pudessem internamente resolver de forma<br />

integrada: resíduos e pobreza, resíduos e economia e resíduos e tecnologia, são exemplos que<br />

conferem aos resíduos uma complexidade estrutural que ultrapassa as fronteiras de cada país.<br />

Apesar de a História revelar que o problema dos resíduos tem acompanhado de perto, desde os<br />

primeiros tempos, a evolução da civilização, no final do século XX os resíduos tomam uma<br />

dimensão totalmente diferente: transformam-se num fenómeno social e num dos grandes<br />

dilemas das sociedades contemporâneas, com largo espectro psicossocial, económico,<br />

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