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Palmira Graça-TMCAP.pdf - Universidade Aberta

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acção educativa: as consequências podem ser de longo prazo ou podem incidir sobre<br />

comportamentos pouco discerníveis. De qualquer forma, após uma determinada acção, os<br />

alunos devem estar de certa maneira diferentes. Se não encontramos neles nenhum indício de<br />

diferença, o mínimo que se pode dizer é que o projecto em causa falhou. Para Alves (1998)<br />

existe, habitualmente, uma certa confusão sobre as formas de avaliação, principalmente quando<br />

as actividades de EA são enquadradas no ensino formal. Por um lado, se a avaliação se<br />

fundamenta em relatórios ou inquéritos está a avaliar-se a quantidade e a qualidade do trabalho<br />

desenvolvido numa acção, ou a mudança de atitudes após a acção, ou mesmo a intenção de<br />

mudança de atitudes após a acção. Para este autor, o ideal, dificilmente atingível, seria poder<br />

avaliar se a intenção de mudança de atitudes foi efectivamente concretizada, ou se a atingida foi<br />

duradoura.<br />

Raposo (1997) considera que não se deve apenas quantificar saberes adquiridos, mudanças de<br />

atitudes ou de comportamentos mas a “verdadeira grandeza” dos projectos, dos seus resultados<br />

específicos e da contribuição que ele pode dar, ou já deu, para a resolução do problema que o<br />

desencadeou. Para esta autora, acima de tudo, é o momento de tomar decisões, de fazer<br />

escolhas reflectidas e responsáveis, de passar das propostas às acções concretas, de estruturar<br />

intervenções e novos projectos motivados pela apreciação crítica das acções já realizadas.<br />

Por outro lado, refere Raposo (1997) é importante desenvolver uma “retroacção permanente”,<br />

ou seja, é necessário criar dinâmicas que permitam reformular e adaptar à realidade os<br />

objectivos e/ou os aspectos metodológicos para a sequência de aquisições de conhecimentos e<br />

atitudes. Corroborando, para Giordan e Souchon (1997) o retorno recebido através de processos<br />

de avaliação pode mesmo evitar a repetição de um dado disfuncionamento. Estes autores<br />

consideram que a “qualidade” de uma acção deveria poder ser posta em evidência globalmente<br />

e os seus componentes deveriam ser certificados, nomeadamente:<br />

28<br />

Seria o tema motivante e aglutinador?<br />

Seriam as actividades adequadas?<br />

Seria adequada a escolha de documentos, de audiovisuais, de material de<br />

investigação?<br />

Estariam os intervenientes à altura da sua tarefa? Teriam sido bem elaboradas a<br />

planificação e a coordenação?<br />

Mas, para além deste balanço, o processo de avaliação deve permitir, ao mesmo tempo, ter<br />

como alvo as expectativas, os quadros de referência e os mecanismos de compreensão dos<br />

públicos que se deseja tocar. Levantam-se algumas questões de interesse, tais como:

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