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ASPECTOS ECONÔMICOS E DE BEM ESTAR ANIMAL NO ...

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IV Seminário Internacional de Aves e Suínos – Avesui 2005<br />

Suinocultura: Nutrição e Manejo<br />

11,12 e 13 de maio de 2005 – Florianópolis - SC<br />

Embora a questão da carne PSE seja a mais importante em termos de perdas, o<br />

problema da carne DFD (carne mais seca, dura e escura que o normal) também se<br />

apresenta de forma mais intensa nos últimos anos. Isto decorre em função das<br />

características do comércio internacional que se alteram no ritmo da globalização. Na<br />

Europa, as distâncias entre a produção e o abate que eram até então relativamente<br />

pequenas e restritas dentro de cada país se alteraram em função das facilidades de<br />

comercialização entre países e as distâncias percorridas para transportar os suínos ao<br />

abate aumentaram atravessando fronteiras. A regulamentação européia determina que<br />

os suínos podem ser transportados de forma ininterrupta por no máximo 8 horas. Ao<br />

conhecimento atual pode ser afirmado que a carne DFD é mais um problema de<br />

manejo pré-abate do que uma conseqüência da genética e, fundamentado nisso a<br />

ocorrência da carne DFD se associa mais às questões de manejo durante o transporte<br />

(WARRISS et al., 1998).<br />

Nas dimensões continentais do país, que apresenta cerca de 35,2 vezes o<br />

tamanho da Grã-Bretanha somada com a Irlanda do Norte e que representa 1,45 vezes<br />

a dimensão da Europa quando não se contabiliza a área da Federação Russa, a<br />

questão do transporte de suínos para abate a longas distâncias no Brasil diz respeito a<br />

duas situações:<br />

1) Produções estabelecidas em regiões produtoras de grãos onde ainda não<br />

existe rentabilidade para implantação de grandes abatedouros, sobretudo pela<br />

oferta limitada de suínos para abate. Neste contexto as maiores distâncias<br />

devido a distribuição espacial associadas à temperaturas mais elevadas<br />

necessitam de atenção;<br />

2) Atendimento a demandas regionais onde existe maior procura por suínos de<br />

abate do que localmente é produzido. Esta produção reprimida ocorre<br />

basicamente em função da carência regional na produção de grãos que<br />

condiciona ao maior custo de produção via despesas com a alimentação. A<br />

diferença de preço pago por suíno entre as diferentes regiões compensa o<br />

gasto com o transporte, os impostos e também as perdas associadas.<br />

No Brasil, CULAU et al. (1991) avaliaram o efeito da distância de transporte entre<br />

a granja e o abatedouro e o tempo de descanso pré-abate sobre a qualidade da carne,<br />

verificando um aumento na freqüência de carne DFD a medida que aumentava a<br />

distância percorrida (avaliado apenas até 120 km) e se estendia o período de descanso<br />

no frigorífico por mais de 4 horas. Segundo WARRISS et al. (1989) cerca de 22% das<br />

carcaças na Grã-Bretanha apresentavam carne DFD.<br />

As conseqüências da carne DFD sobre a consumo se estabelecem<br />

principalmente através da apresentação (aspecto) e tempo de vida de prateleira. Na<br />

industrialização o efeito decorre da baixa capacidade de perda de água, fator<br />

importante no processo de fabricação de produtos que necessitam sofrer alguma perda<br />

de água.<br />

Perdas devido à mortalidade durante o transporte<br />

As perdas devido a mortalidade geralmente variam entre 0,1 a 0,4% e em<br />

distâncias curtas estas perdas são da ordem de 0,1% (WARRISS, 1998). Porém, os<br />

valores triplicam aumentando até valores de 0,27 a 0,3% com o aumento do peso dos<br />

animais (acima de 120 kg) e simultâneo aumento da temperatura ambiente (acima de<br />

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