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ASPECTOS ECONÔMICOS E DE BEM ESTAR ANIMAL NO ...

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IV Seminário Internacional de Aves e Suínos – Avesui 2005<br />

Suinocultura: Nutrição e Manejo<br />

11,12 e 13 de maio de 2005 – Florianópolis - SC<br />

Tabela 1. Efeito do tempo de jejum na granja sobre a perda de peso antes e após o transporte dos<br />

animais.<br />

Perda de peso (valor acumulado) Tempo de jejum na granja, em horas<br />

Antes do carregamento 0 12 24<br />

Em peso vivo, kg - 2,4 a 2,8 4,5 a 5,0<br />

Em porcentagem**, % - 2,3 a 2,7 4,3 a 4,7<br />

Após o transporte*<br />

Em peso vivo, kg 1,5 a 2,0 3,8 a 4,2 5,2 a 5,7<br />

Em porcentagem**, % 1,4 a 1,9 3,6 a 4,0 4,9 a 5,4<br />

*Transporte durante 1,5 a 2,0 horas. **Em suínos com 105,6 kg após o último arraçoamento.<br />

Fonte: Smid (1989).<br />

É importante ressaltar que o rendimento de carcaça está atrelado de forma direta<br />

ao tempo de jejum dos suínos antes do carregamento na granja e ao peso vivo. Os<br />

resultados apresentados na tabela 2 mostram que suínos com peso vivo entre 109 e<br />

120 kg (na equivalência entre peso de carcaça entre 79 e 88 kg) podem apresentar<br />

uma variação absoluta no rendimento de carcaça em até 4%.<br />

Este aspecto demonstra a importância do controle rígido no tempo de jejum antes<br />

do carregamento, além da necessidade na uniformidade dos lotes porque grande parte<br />

dos suínos de abate comercializados no Brasil são enquadrados no processo de<br />

tipificação no qual a remuneração pela produção é realizada através do peso vivo<br />

calculado com o índice de rendimento de carcaça (fixo e estabelecido em cada<br />

frigorífico) e peso da carcaça quente. Os valores apresentados na tabela não tem uma<br />

aplicação direta em qualquer condição e servem apenas para demonstrar os efeitos<br />

das condições de manejo sobre o rendimento pois são relativos a uma situação<br />

específica na qual cerca de 55 mil animais de abate oriundos de cruzamento entre<br />

Pietrain x Landrace Alemão produzidos em 127 granjas foram avaliados em 54<br />

diferentes abatedouros localizados no sul da Alemanha. Dessa forma cada abatedouro<br />

ao adotar a tipificação deve observar o valor mais adequado em função da sua<br />

realidade operacional.<br />

Tabela 2. Efeito do peso de abate em equivalência ao peso vivo e do tempo de jejum na granja sobre o<br />

rendimento de carcaça.<br />

Peso da carcaça Tempo de jejum antes do carregamento (em horas)<br />

quente em kg 6 12 18 24<br />

Rendimento de carcaça (em %)<br />

79 72,2 73,5 74,3 75,2<br />

80 72,3 73,6 74,6 75,3<br />

81 72,4 73,7 74,7 75,4<br />

82 72,5 73,8 74,8 75,5<br />

83 72,6 73,9 74,9 75,6<br />

84 72,7 74,0 75,0 75,6<br />

85 72,7 74,1 75,0 75,7<br />

86 72,8 74,2 75,1 75,8<br />

87 72,8 74,2 75,2 75,9<br />

88 73,0 74,3 75,2 76,0<br />

Fonte: Adaptado pelos autores a partir de Smid (1989), considerando um desconto de 4,6% para a cabeça, 2,4% para a banha<br />

rama e papada e 0,4% para os rins.<br />

Embora se questione o efeito que decorre da duração do jejum na granja sobre a<br />

perda de peso, o tempo mínimo recomendado de 12 horas de jejum serve para manter<br />

a qualidade da carne, diminuir a mortalidade no transporte e diminuir o risco de<br />

contaminação das carcaças (EIKELENBOOM et al., 1990).<br />

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