Apresentação - Planej

Dorinha (aflita)
Mas eu quero voltar para casa!
Oz
Vamos pensar em alguma coisa… Vamos
pensar bem forte que você está voltando para
casa…
Dorinha
E o senhor acha que isso dará certo?
Oz
Vamos tentar… Pense bem forte…
(Dorinha fecha os olhos fazendo esforço
para concentrar-se ao mesmo tempo que o
Mágico — Começa a tocar uma música para
escurecimento e a luz do palco vai diminuindo
até ficar escuro por completo. Fecha-se o pano.
O contrarregra recoloca a [cama] na frente da
cortina — Dorinha senta e a luz vai acendendo-
-se aos poucos, até a claridade natural. Dorinha
dorme.)
Tia (entrando)
Dorinha? Ora, veja se isso é lugar de dormir!
Dorinha, acorde!
(desce o pano)
P10
BELINKy, Tatiana. O mágico de Oz. Adaptado de
L. Baum. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 62-67.
1. O texto que você acabou de ler foi adaptado
para o teatro, ou seja, para o gênero dramático,
e transformou-se em uma peça teatral. Para isso
foram feitas algumas modificações na maneira de
contar, já que o texto dessa forma é feito para ser
encenado. Você sabe o que significa “ato”?
Os atos são as partes da peça; essa, por
exemplo, sabemos que tem três porque desce o
pano no final do texto.
2. Alguns trechos estão entre parênteses e as
letras em itálico. Para que serve esse recurso chamado
rubrica?
Para marcar e orientar as cenas para os atores,
para dizer como as falas devem ser representadas
e o que estará no palco.
3. Por que você acha que há muitas frases interrogativas,
exclamativas e imperativas? Isso muda a
maneira de ler o texto?
Sim, isso muda porque a maneira de falar é a
encenação mais forte e necessária para quem está
no palco, por isso tantas pontuações.
Professor: Chame a atenção para o fato de que,
muitas vezes, as falas também rimam para que proporcionem
um ritmo rápido ao texto teatral.
4. Observe o sentido dessas duas palavras, segundo
o Dicionário Houaiss eletrônico:
Charlatão: 1. aquele que se apresenta nas praças
ou nas feiras para vender drogas e elixires reputados
milagrosos, seduzindo o público e iludindo-o
com discursos e trejeitos espalhafatosos. 2. que ou
aquele que se diz possuidor de remédios infalíveis
(diz-se de curandeiro).
Ventríloquo: pessoa capaz de falar movendo
muito pouco os lábios, para dar a impressão de que
a voz vem de outra pessoa ou de um boneco, e não
do falante (ventriloquia).
Agora, responda:
a) Na sua opinião, o Mágico de Oz é um ventrílo-
quo e/ou um charlatão?
Resposta pessoal
Professor: Os alunos podem considerar que o
Mágico de Oz é um charlatão e um ventríloquo, já
que, de certa maneira, o charlatão convence o seu
público, nesse caso as pessoas da terra de Oz, e
para isso ele usou uma habilidade — a do ventríloquo.
b) As ações do Mágico de Oz ajudaram a melho-
rar a vida do Leão, do Espantalho e do Homem de
Lata? Por quê?
As ações do mágico, de forma indireta, ajudaram
os amigos de Dorohty e a ela também, pois fez
com que descobrissem que o que mais desejam já
estava dentro deles.
5. Dorinha ou Dorothy, ao final da narrativa,
volta para casa. Para ela, qual foi a solução que
o mágico deu? Você acredita que ela tenha apenas
dormido?
Resposta pessoal. Possibilidade de resposta:
O mágico sugere que ela se concentre e pense forte
em seu desejo e dessa forma resolve também o
problema da menina que era voltar para casa. Dormir
é uma forma de sonhar, sonhar também é uma
forma de aprender com aquilo que não aconteceu
de fato. Talvez os lugares imaginados pela menina
a ajudem a ser feliz no Kansas e a resolver seus
problemas mais íntimos.
6. Agora que você já releu o texto e percebeu as
alterações que a forma teatral provoca nos textos,
que tal fazer uma leitura dramatizada observando
as orientações das rubricas? Reúna alguns colegas,
e seu professor dividirá os papéis, fazendo a função
de diretor teatral. Boa leitura!