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Sequência Didática:<br />
Professor: O uso do artigo definido em detrimento<br />
do artigo indefinido é semanticamente ligado<br />
à informação nova (artigo indefinido) e à informação<br />
já dada no contexto de uso, ou conhecida<br />
pelo falante/interlocutor (artigo definido). Um ótimo<br />
exercício seria solicitar que os alunos gravassem<br />
alguns minutos de diálogo espontâneo entre dois<br />
colegas da classe e, logo depois, transcrevessem<br />
esse diálogo, anotando o uso dos artigos na fala.<br />
Você pode questionar a sala sobre o uso dos artigos<br />
definidos e indefinidos, que sempre seguem a<br />
regra semântica dada acima. Esse tipo de exercício<br />
é interessante porque, além de fazer o aluno pensar<br />
sobre sua própria língua, o faz entender, na prática,<br />
ambas as definições gramaticais dadas para os artigos<br />
em língua portuguesa.<br />
P12<br />
Releia um trecho da peça, sem os artigos:<br />
Dorinha (indignada)<br />
senhor é homem mau!<br />
Oz<br />
Oh não… o que eu sou, é péssimo feiticeiro…<br />
Retorne ao trecho e complete com os artigos.<br />
Provavelmente você completou com os mesmos<br />
artigos do texto. Por que isso ocorre?<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
“o” senhor = o personagem já sabe, conhece,<br />
já se referiu ao mágico em seu discurso, portanto<br />
utiliza o artigo definido.<br />
“um” homem = semelhante a qualquer homem<br />
mau (indefinido).<br />
“um” feiticeiro = semelhante a qualquer feiticeiro<br />
ruim (indefinido).<br />
Professor: Note que os alunos podem omitir<br />
este último item, o que de fato poderia ocorrer sem<br />
prejuízo de sentido, já que a omissão do artigo indefinido<br />
continua mantendo, semanticamente, a indefinição<br />
do sintagma nominal “péssimo feiticeiro”.<br />
Tente você: circule os artigos do trecho e<br />
indique que palavra os acompanha:<br />
(Os três metem o ombro no portão, que se<br />
abre facilmente. O guarda recua e eles passam.<br />
Na sala há também um biombo. Eles param<br />
admirados porque o trono está vazio. Quando<br />
estão na sala, percebem o movimento de alguém<br />
atrás do biombo.)<br />
Circular: os – três / o – ombro / o – guarda / um –<br />
biombo / o – trono / o – movimento.<br />
Professor: Os casos de contração/combinação<br />
da preposição, numeral, pronome pessoal serão<br />
estudados em outros capítulos, mas nada impede<br />
que você indique aos alunos tais casos nos exercícios.<br />
Julgando pela semelhança de palavras, é<br />
possível que circulem: em + o = no /de + o = do.<br />
Note também nesse exemplo que a palavra “três”<br />
semanticamente torna-se substantivo e é acompanhada<br />
de “os”, portanto há omissão do substantivo<br />
“amigos”. Recorde-os para o caso do título de um<br />
dos textos do bimestre anterior “Os da minha rua” –<br />
o artigo “os” indica que eram os colegas da minha<br />
rua, o substantivo está implícito.<br />
Agora, responda: se trocássemos o artigo em<br />
destaque no trecho a seguir por “o”, o sentido seria<br />
o mesmo? Por quê?<br />
Daí a pouco Dorothy notou que um grupo de<br />
pessoas estranhas, duma espécie que jamais<br />
vira, se dirigia para ela.<br />
Não, porque indicaria um grupo de pessoas<br />
conhecidas, não seria mais indefinido: “o grupo de<br />
pessoas estranhas” daria a impressão de que Dorothy<br />
já os tinha visto antes.<br />
Professor: Caso haja possibilidade, retome os<br />
dois textos do capítulo e aponte situações em que<br />
ocorrem artigos definidos e indefinidos, mostrando<br />
aos alunos que a alteração pode acarretar mudança<br />
ou prejuízo de sentido.<br />
Para continuar<br />
Além do texto<br />
A seguir, você lerá a sinopse da adaptação de<br />
O mágico de Oz para o cinema, feita em 1939: