Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

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Índice 2 03 EDITORIAL ARTUR MONTEIRO 04 JORNADAS DIREITO DE EMPREGO PÚBLICO O5 SECTORES ENCONTRO DE POLÍCIAS MUNICIPAIS 06 TEMA DERROTAR A AUSTERIDADE 10 OPINIÃO VALDEMAR MADUREIRA 12 DIVULGAÇÃO CICLO DE CINEMA CPPC 14 LEGISLAÇÃO CÓDIGO DO TRABALHO 17 ORGANIZAÇÃO ASSEMBLEIA E CONTAS 20 FORMAÇÃO CURSOS E DATAS 22 PROTOCOLOS SERVIÇOS E SEGUROS 24 ESTUDO EUGÉNIO ROSA 30 OPINIÃO MIA COUTO Não podemos calar-nos perante as injustiças, a chantagem, os roubos e a pilhagem do País. STFPSN em Lisboa, 15/Mar
É possível vencê-los! É só perder-lhes o medo! Este Governo vai no bom caminho para disputar o pódio da anti-democracia. Não porque não tenha sido eleito, foi, de facto, quando na cabeça dos portugueses ainda pesava a herança do Governo PS/Sócrates que preparou o caminho para a troika e levou a direita ao poder. Mas este Governo é dos mais anti-democráticos que vive depois do 25 de Abril porque governa fazendo o contrário do que prometeu nas eleições. E governa, fazendo o contrário do que prometeu, estraçalhando a nossa Constituição da República, perante o silêncio do Presidente que a jurou defender. Estraçalha a Constituição quando destrói os serviços públicos e ataca as funções sociais do Estado, quando empobrece os portugueses em vez de os governar, como prometeu. Em vez disso, vai governando para os poderosos que neste País são cada vez mais poderosos. E é por isso que temos um País em que o desemprego e a miséria crescem. Em que a velhice de quem trabalhou uma vida inteira é indignicada e os jovens não têm perspectivas de futuro. Um Governo destes é um governo do passado, governa como antes do 25 de Abril, para que meia dúzia mandem no País de norte a sul, e que alguns mais no exterior mandem em todos. É um Governo que governa sempre ameaçando com a fatalidade das medidas que toma. Um Governo que para convencer da inevitabilidade das chicotadas que dá nos trabalhadores e no Povo diz que todos andaram a viver acima das suas possibilidades, que todos gastaram o que tinham e o que não tinham. É esta a conversa do Governo que nos governa. E é precisamente esta conversa que temos de questionar. Este Governo que diz que precisamos trabalhar mais e ser menos preguiçosos não é da cor do governo que mandou destruir a nossa frota pesqueira e a nossa agricultura? Este Governo não é da cor do BPN e dos benefícios scais? Este Governo não é da cor dos três ricos mais ricos e dos outros que vão engordando com a nossa miséria e rindo das nossas di culdades? Este Governo não é da cor do que prometeu o pelotão da frente? Este Governo não é da cor dos que mandam a juventude emigrar? Este Governo é da cor do medo, é assim que ele consegue governar a desgraça e a pobreza e as dificuldades, convencendo aqueles que cada vez têm menos frutos do seu trabalho que é assim que tem de ser. E vai o Governo repetindo, a cada degrau da ofensiva, que a alternativa às di culdades e à austeri- 3 Artur Monteiro Coordenador do STFPSN dade é o caos e a desordem. Mas o caos e a desordem já nós temos. Há maior desordem do que a ausência de futuro, as ameaças permanentes de despedimentos em massa, as di culdades ao m do mês? Não há. O que há é medo. E esse medo temos que o perder porque já perdemos demasiado, já fomos demasiado roubados, pilhados e espoliados no nosso salário, na nossa vida e na nossa dignidade. Para fazer vingar a sua política de destruição da Administração Pública e entregar as suas fatias mais apetecíveis aos grandes grupos, este governo calcou e recalcou os trabalhadores em funções públicas e sociais. Fomos apanhando pancada atrás de pancada e sendo o bode expiatório de todas as di culdades do País. Este ataque só mostra a dimensão pequena e mesquinha dos governantes que nos têm governado fazendo deste País um País em serviços mínimos. Nós recusamos esse País, o nosso País é o Portugal de Abril, de progresso e de justiça social e é por esse Portugal que trabalhamos, vivemos e lutamos, por nós e pelas nossas gerações futuras. E quando os trabalhadores e o povo lhes perderem o medo e perderem o medo às ameaças, aos ataques e às pancadas, então será possível vencê-los. EDITORIAL Editorial
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