08.05.2013 Views

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Destaque 6<br />

EM 15 MARÇO GRITOU-SE:<br />

A AUSTERIDADE<br />

NÃO FALHOU! NÃO SE<br />

ROUBA POR ENGANO!<br />

O roubo aos trabalhadores é e s<strong>em</strong>pre foi o objectivo<br />

destas políticas. Ouvimos o Ministro Gaspar que<br />

não teve corag<strong>em</strong> para anunciar medidas contra os<br />

trabalhadores porque t<strong>em</strong> medo desta força imensa e<br />

deste mar de trabalhadores que hoje e to<strong>dos</strong> os dias<br />

têm exigido a d<strong>em</strong>issão do Governo.<br />

O que Gaspar anunciou foi o que já sabíamos: o<br />

aumento exponencial do des<strong>em</strong>prego e o roubo nos<br />

salários. Mais recessão, mais dé ce, mais des<strong>em</strong>prego<br />

na Administração <strong>Pública</strong> com a comunicação social a<br />

anunciar cerca de 20 mil despedimentos para os quais<br />

o Governo vai dar bene camente 500 milhões de euros<br />

para colocar <strong>em</strong> mobilidade especial e despedir.<br />

O que Gaspar anunciou foram mais medidas de<br />

alteração, <strong>em</strong> sede de IRC, que apenas vão bene ciar<br />

os grandes grupos económicos e estrangular os pequenos<br />

e médios <strong>em</strong>presários.<br />

Mais uma vez, a UGT, o patronato e o governo<br />

estão de maõs dadas para reduzir o montante das ind<strong>em</strong>nizações<br />

por despedimento. Cumprir e fazer cumprir<br />

a Constituição. É este o princípio que deve orientar<br />

qualquer política e qualquer Governo.<br />

Contrariamente, sucessivos Governos PS, PSD e<br />

CDS, <strong>em</strong> conjunto com o programa ilegítimo da Troika<br />

e a ajuda do Cavaco, aquilo a<br />

que t<strong>em</strong>os assistido a uma ten-<br />

tativa de destruição da Constituição<br />

e a violações sucessivas<br />

de todas e cada uma das suas<br />

normas, violações que são<br />

agressões ao povo português.<br />

Já há muitos anos que nos<br />

puseram o alvo na testa e nos<br />

declaram inimigos a abater, designadamente,<br />

professores e<br />

trabalhadores não docentes,<br />

médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica, trabalhadores<br />

administrativos de toda a Administração<br />

<strong>Pública</strong>, trabalhadores da segurança social, agentes <strong>dos</strong><br />

órgãos policiais, trabalhadores das autarquias. Este Governo<br />

e a Troika quer<strong>em</strong> criar a ideia nos portugueses<br />

de que somos privilegia<strong>dos</strong>, dispensáveis, prescindíveis.<br />

Privilegia<strong>dos</strong>, nós? Que s<strong>em</strong>pre descontámos sobre<br />

os nossos salários s<strong>em</strong> qualquer possibilidade de enganar<br />

o Fisco, que trabalhamos mais do que o nosso horário de<br />

trabalho a ritmos alucinantes e tantas vezes com horas<br />

extraordinárias que chegam a ser pagas a 19 cêntimos?<br />

Privilegia<strong>dos</strong>, quando é a nós que nos cabe a tarefa<br />

de cumprir e fazer cumprir diariamente a Constituição<br />

com a educação das crianças e a educação superior,<br />

a saúde das pessoas ao mesmo t<strong>em</strong>po que nos<br />

cortam salários, congelam progressões há mais de 10<br />

anos e nos roubam subsídios de férias e de natal, direitos<br />

tão duramente conquista<strong>dos</strong> pela nossa luta, violando<br />

a lei e a decisão do Tribunal Constitucional?<br />

Este Governo é que é o fora da lei e não t<strong>em</strong>,<br />

nunca teve, legitimidade para governar.<br />

A guerra contra as <strong>Funções</strong> Sociais do Estado e<br />

contra os trabalhadores iniciou-se com o PS e atinge<br />

novo expoente com o Orçamento do Estado/2013,<br />

com normas inconstitucionais, <strong>em</strong> apreciação no Tribunal<br />

Constitucional.<br />

Mas para o Governo PSD/CDS ainda não chega.<br />

Por isso foram pedir a cobertura ao FMI com qu<strong>em</strong><br />

elaboraram um relatório cujas medidas representam<br />

mais uma etapa no terrorismo contra as funções sociais<br />

do Estado e os trabalhadores.<br />

“<br />

Este Governo é<br />

que é o fora da lei<br />

e não t<strong>em</strong>, nunca<br />

teve, legitimidade<br />

para governar…<br />

“<br />

A Frente Comum e os trabalhadores da Administração<br />

<strong>Pública</strong> reafirmam que o Governo não t<strong>em</strong> legitimidade<br />

para impor qualquer uma daquelas medidas por<br />

estar a governar contra as regras do Estado de direito<br />

d<strong>em</strong>ocrático e a Constituição e, por isso, fora-da-lei.<br />

Não aceitamos que o Governo e o FMI fal<strong>em</strong> <strong>em</strong> refundação<br />

do Estado. Não admitimos que, sob a capa da<br />

situação nanceira do país, o Governo apresente como<br />

permanentes medidas antes apresentadas como tendo<br />

caráter transitório enquanto decorresse o chamado<br />

Plano de Ajuda Económica e Financeira.<br />

Para além do roubo <strong>em</strong> 2013 do subsídio de férias<br />

aos trabalhadores da <strong>Função</strong> <strong>Pública</strong> (100% do subsídio)<br />

e aos pensionistas (90% do subsídio), a redução<br />

brutal <strong>dos</strong> rendimentos disponíveis resulta fundamentalmente<br />

do efeito conjugado de três medidas constantes<br />

da Lei do Orçamento:<br />

1) Alteração das Tabelas de IRS <strong>em</strong> que se verifica<br />

simultaneamente a redução da progressividade e um<br />

aumento significativo das taxas de imposto e roubos de<br />

dezenas e até centenas de euros aos salários mensais;<br />

2)A taxa adicional de solidariedade a taxa incide<br />

sobre to<strong>dos</strong> os rendimentos sujeitos a IRS (e não<br />

estamos a falar da contribuição extraordinária de<br />

solidariedade!<br />

3) Sobretaxa <strong>em</strong> sede de<br />

IRS de 3,5% que incide também<br />

sobre to<strong>dos</strong> os rendimentos<br />

sujeitos a IRS.<br />

Mas, não nos esqueçamos:<br />

estas medidas começaram com o<br />

PRACE e agravaram-se com o<br />

PREMAC, com a intenção de<br />

<strong>em</strong>pobrecer, destruir e privatizar<br />

os serviços públicos, de degradar<br />

os vínculos carreiras e r<strong>em</strong>unerações<br />

<strong>dos</strong> trabalhadores da Administração <strong>Pública</strong>, de<br />

impor a precariedade como regra através do Regime de<br />

Contrato de Trabalho <strong>em</strong> funções públicas, as adaptabilidades<br />

e os bancos de horas para que os trabalhadores<br />

trabalh<strong>em</strong> mais por menos, o ataque às categorias <strong>dos</strong><br />

trabalhadores para a atacar a sua dignidade, a mobilidade<br />

especial como antecâmara do despedimento são,<br />

fora e serão o tubo de ensaio para a preparação de medidas<br />

para atingir to<strong>dos</strong> os portugueses, to<strong>dos</strong> os trabalhadores<br />

e to<strong>dos</strong> os pensionistas.<br />

As medidas scais do OE de 2013 que ating<strong>em</strong><br />

to<strong>dos</strong> os portugueses são a alteração da Tabela de IRS,<br />

a Taxa Adicional de Solidariedade e a sobretaxa <strong>em</strong><br />

sede de IRS. A alteração na Tabela de IRS traduziu-se<br />

na prática por uma diminuição do número de escalões,<br />

e por um aumento signi cativa nas taxas que é tanto<br />

maior quanto menor for o valor <strong>dos</strong> escalões de rendimento.,<br />

atingindo fundamentalmente os escalões intermédios<br />

e mais baixos de rendimento, ou seja, a maioria<br />

<strong>dos</strong> trabalhadores e pensionistas.<br />

Basta dizer que a taxa mais baixa, que atinge a<br />

esmagadora maioria <strong>dos</strong> trabalhadores e <strong>dos</strong> pensionistas<br />

sujeitos a IRS, passa de 11,5% para 14,5%, ou seja<br />

sofre um aumento de 26,1%.<br />

Tudo isto depois de uma declaração de guerra<br />

aos trabalhadores da Administração <strong>Pública</strong>. Foi um<br />

fartar vilanag<strong>em</strong>!<br />

Foi diminuição do salário <strong>em</strong> 1%, resultante do<br />

aumento de 11,5% para 12,5% <strong>dos</strong> descontos para a aposentação<br />

e a saúde, além do agravamento do custo<br />

destas, a redução <strong>dos</strong> salários e todas as r<strong>em</strong>unerações

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!