08.05.2013 Views

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

Função Pública - Sindicato dos Trabalhadores em Funções ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Estudo 28<br />

Quadro 3<br />

Valor das<br />

r<strong>em</strong>unerações<br />

recebidas<br />

pelos trabalhadores<br />

e as<br />

utilizadas pela<br />

MERCER<br />

Exceptuando o caso <strong>dos</strong> médicos, <strong>em</strong> relação a<br />

todas as pro ssões os valores das r<strong>em</strong>unerações do<br />

sector privado utiliza<strong>dos</strong> pela MERCER <strong>em</strong> 2012 são<br />

signi cativamente inferiores aos valores utiliza<strong>dos</strong> pela<br />

CAPGEMINI <strong>em</strong> 2006. Calculando a média <strong>dos</strong> valores<br />

constantes do quadro 2 da CAPEMINI e da MERCER<br />

conclui-se que os desta última são inferiores aos da<br />

primeira <strong>em</strong>presa (CAPGEMINI) <strong>em</strong> cerca de - 22%. No<br />

entanto, exist<strong>em</strong> pro ssões onde a diferença é muito<br />

maior. Por ex., a nível de técnicos superiores (TS) , os<br />

valores da MERCER são inferiores aos da CAPGEMINI<br />

entre - 27.7% e - 50,7%; <strong>em</strong> relação aos enfermeiros o<br />

valor utilizado pela MERCER é inferior ao da CAPGE-<br />

MINI <strong>em</strong> 39,5%; a nível de assistentes técnicos (AT) são<br />

inferiores entre - 30% e - 35%; <strong>em</strong> relação a assistentes<br />

operacionais (AO) os valores da MERCER são inferiores<br />

entre - 2,3% e - 45,7%.<br />

A MERCER NO SEU ESTUDO NÃO<br />

UTILIZA AS REMUNERAÇÕES<br />

EFETIVAMENTE RECEBIDAS<br />

PELOS TRABALHADORES<br />

DA FUNÇÃO PÚBLICA EM 2012<br />

A MERCER sabia certamente que o seu estudo<br />

iria ser divulgado. Para potenciar o ataque aos trabalhadores<br />

da <strong>Função</strong> <strong>Pública</strong>, e virar contra estes a opinião<br />

pública, a MERCER faz outra habilidade no seu<br />

estudo. Embora faça comparações entre as r<strong>em</strong>unerações<br />

do sector privado e do sector público <strong>em</strong> relação<br />

ao ano de 2012, não considera para tais comparações<br />

as r<strong>em</strong>unerações efectivamente recebidas pelos traba-<br />

Estes da<strong>dos</strong> mostram com clareza a forma como<br />

a MERCER elaborou o seu estudo, e também esclarec<strong>em</strong><br />

por que razão as conclusões a que chegou esta<br />

<strong>em</strong>presa no seu estudo são diferentes das da<br />

CAPGEMINI. E tudo isto ainda se torna mais chocante,<br />

se se tiver presente que, entre 2006 e 2012, as r<strong>em</strong>unerações<br />

no sector privado aumentaram cerca de 16%<br />

segundo o Banco de Portugal, enquanto no setor público<br />

subiram apenas 8% (s<strong>em</strong> ter <strong>em</strong> conta os cortes<br />

de 3,5% a 16% das r<strong>em</strong>unerações <strong>em</strong> 2011-2012 e o<br />

confisco do subsidio de férias e do Natal <strong>em</strong> 2012). A<br />

pergunta que se coloca é naturalmente a seguinte:<br />

Como é que as r<strong>em</strong>unerações no sector privado <strong>em</strong><br />

2012 são inferiores às de 2006 apesar <strong>dos</strong> salários nos<br />

priva<strong>dos</strong> ter<strong>em</strong> aumentado no período 2006-2012,<br />

segundo o Banco de Portugal, cerca de 16%? A resposta<br />

deixo-a ao leitor.<br />

lhadores da <strong>Função</strong> <strong>Pública</strong>, mas sim aquelas que eles<br />

receberiam se não tivess<strong>em</strong> sofrido cortes n<strong>em</strong> lhes<br />

tivesse sido con scado o subsídio de férias e de Natal.<br />

O quadro 3 mostra a diferença entre as r<strong>em</strong>unerações<br />

da <strong>Função</strong> <strong>Pública</strong> recebidas efetivamente pelos<br />

trabalhadores <strong>em</strong> 2012, e as consideradas pela<br />

MERCER no seu estudo.<br />

A juntar às “habilidades” anteriores a MERCER<br />

acrescenta ainda mais uma outra: não considerou as<br />

r<strong>em</strong>unerações efectivamente recebidas pelos trabalhadores<br />

da <strong>Função</strong> <strong>Pública</strong> <strong>em</strong> 2012, mas sim aquelas que<br />

eles receberiam se não tivess<strong>em</strong> n<strong>em</strong> sofrido cortes nas<br />

r<strong>em</strong>unerações n<strong>em</strong> o confisco do subsídio de férias e de<br />

Natal. Entrando com os cortes nas r<strong>em</strong>unerações (entre<br />

3,5% e 16%) e com o confisco do subsídio de férias e de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!