Autovalores do Laplaciano - Departamento de Matemática - UFMG
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Rodney Josué Biezuner 11<br />
d = diam Ω. Se x ∈ ∂Ω, temos<br />
M − m<br />
v (x) m +<br />
4d2 d2 = 3<br />
4<br />
m + M<br />
4<br />
e como u (x0) = v (x0) = M, segue que o máximo <strong>de</strong> v também é assumi<strong>do</strong> em um ponto <strong>de</strong> Ω\∂Ω, digamos<br />
em x. Mas, como x é um ponto <strong>de</strong> máximo para v, <strong>de</strong>vemos ter<br />
∆v (x) 0,<br />
< M,<br />
enquanto que, pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> v e pelo fato <strong>de</strong> u satisfazer a equação <strong>de</strong> Laplace, para to<strong>do</strong> x temos<br />
∆v (x) = ∆u (x) +<br />
M − m<br />
2d 2<br />
M − m<br />
<br />
2d2 > 0,<br />
uma contradição. Isso mostra que u atinge o seu máximo em ∂Ω.<br />
Para provar a segunda afirmação, basta consi<strong>de</strong>rar −u e observar que min u = − max(−u). <br />
Defina a parte positiva e a parte negativa <strong>de</strong> uma função u respectivamente por<br />
u + = max(u, 0),<br />
u − = min(u, 0).<br />
1.2 Corolário. Seja Ω ⊂ R n um aberto limita<strong>do</strong>. Seja λ ∈ R, λ 0. Seja u ∈ C 2 (Ω) ∩ C 0 (Ω).<br />
Se −∆u − λu 0 em Ω, então<br />
Se −∆u − λu 0 em Ω, então<br />
max u max<br />
Ω ∂Ω u+ .<br />
min u min<br />
Ω ∂Ω u− .<br />
Em particular, se u satisfaz −∆u = λu em Ω, então<br />
max |u| = max<br />
Ω<br />
∂Ω |u|<br />
<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que se o problema <strong>de</strong> Dirichlet<br />
−∆u = λu em Ω,<br />
u = 0 sobre ∂Ω,<br />
possuir solução u ∈ C 2 (Ω) ∩ C 0 (Ω), então a solução é trivial. Conseqüentemente, o problema <strong>de</strong><br />
Dirichlet para o laplaciano não possui autovalores negativos ou nulos.<br />
Prova. Assuma primeiro −∆u − λu 0 em Ω. Se u 0 em Ω, então o corolário vale trivialmente. Logo,<br />
po<strong>de</strong>mos assumir que Ω + = {x ∈ Ω : u(x) > 0} = ∅. Como −λu 0 em Ω + , temos que ∆u 0 em Ω + .<br />
Segue <strong>do</strong> Princípio <strong>do</strong> Máximo Fraco que<br />
max<br />
Ω +<br />
u = max u.<br />
∂Ω +<br />
Mas u = 0 em ∂Ω + ∩ Ω, logo o máximo <strong>de</strong>ve ser atingi<strong>do</strong> em ∂Ω. O caso −∆u − λu 0 segue <strong>do</strong> primeiro<br />
consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> −u.