O Ciclo da Água evaporada e pode retornar - UFTM
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atuar no mercado. Ele tem muitas vezes seu<br />
CPF ou CNPJ <strong>da</strong> cooperativa usado em<br />
operações de lavagem de dinheiro. E quando<br />
quebram, prejudicam a credibili<strong>da</strong>de de<br />
todos: vide a Cooperativa Agrícola de Cotia<br />
e, mais recentemente, o caso <strong>da</strong> Exportadora<br />
<strong>da</strong>s Cooperativas Brasileiras - Eximcoop.<br />
Nem precisamos ir muito longe - agora<br />
temos os escân<strong>da</strong>los financeiros que<br />
revoltaram os mercados de capitais em 2002<br />
e jogaram as Bolsas de Valores no chão.<br />
A crise no mercado de ações tem<br />
sido compara<strong>da</strong> com os colapsos provocados<br />
pelo crash de 1929 e pelas crises do petróleo<br />
em 1973 e 1974. Os Créditos de Carbono, se<br />
mal desenhados e lançados no mercado no<br />
afã <strong>da</strong> euforia, apenas para suprir uma<br />
expectativa de captar investimentos<br />
internacionais, <strong>pode</strong>m mascarar a ação de<br />
muitos “oportunistas de negociatas”.<br />
Ao implantar os Fóruns Regionais<br />
BECE (Brazilian Environment Commodities<br />
Exchange), no Projeto CTA, estamos<br />
tentando descobrir os meios de resolver o<br />
problema. Eliminar o risco é impossível,<br />
uma utopia. Mas <strong>pode</strong>mos amenizá-lo<br />
identificando quem realmente merece ser<br />
receptor deste dinheiro, traçando com a<br />
comuni<strong>da</strong>de uma estratégia de elaboração e<br />
de fiscalização de projetos ambientais com<br />
comprometimento, para que os produtores e<br />
comuni<strong>da</strong>des extrativistas obtenham<br />
investimentos sem que os recursos passem<br />
pelas mãos de “inimigos ocultos”, expertos<br />
na arte de desvirtuar projetos ambientais.<br />
Por isso criamos a proposta “BECE”,<br />
genuinamente brasileira, porque este é um<br />
problema brasileiro. Precisamos mapear as<br />
nossas reais necessi<strong>da</strong>des e fazer a lição de<br />
casa para então conseguirmos também<br />
adotar uma postura mais séria e fazer<br />
propostas mais concretas nas relações com a<br />
ALCA, Mercosul, no Protocolo de Kyoto,<br />
etc. Olhando de frente com coragem e<br />
determinação os nossos problemas,<br />
chegaremos mais rápido às soluções, sem<br />
ficar enxugando lágrimas em lençóis porque<br />
tivemos nossas “commodities tradicionais”<br />
excluí<strong>da</strong>s dos acordos internacionais.<br />
Outro aspecto crucial de nosso<br />
debate é como chegar aos pequenos e fazer<br />
com que estes tenham as mesmas<br />
oportuni<strong>da</strong>des de financiamento de seus<br />
projetos, seja na área de educação, saúde,<br />
meio ambiente ou agropecuária. Estamos,<br />
em suma, falando <strong>da</strong> reconstrução<br />
econômica do país, e os projetos para<br />
produção de commodities ambientais são<br />
soluções potenciais num momento em que<br />
estamos fartos de somente enxergar<br />
problemas.<br />
O Projeto CTA (www.sindeconesp.org.br)<br />
fará <strong>da</strong>s palavras de Eduardo<br />
Viola a missão de BECE: “O Século 20 nos<br />
ensinou, com alegria e tragédia extremas,<br />
como o mercado é o mais eficiente<br />
mecanismo alocativo inventado pela<br />
humani<strong>da</strong>de. Também nos ensinou que um<br />
mercado sem pleno Estado de Direito e sem<br />
indivíduos educados e auto-reflexivos<br />
produz uma socie<strong>da</strong>de extremamente<br />
materialista que bloqueia as potenciali<strong>da</strong>des<br />
de evolução humana. Precisamos avançar na<br />
direção de um mercado transparente e<br />
conscientemente regulado pela socie<strong>da</strong>de,<br />
onde não exista espaço para informações<br />
privilegia<strong>da</strong>s, nem cláusulas para favorecer<br />
alguns dos competidores, (...).”<br />
Com a proposta BECE e a<br />
elaboração de Projetos Econômico-<br />
Financeiros para os Mercados de<br />
“Commodities Ambientais”, estaremos<br />
colocando a preservação ambiental na<br />
contabili<strong>da</strong>de como ativo/investimento e não<br />
como passivo/prejuízo, tentado mu<strong>da</strong>r a<br />
visão dos empresários e investidores hoje<br />
em relação à questão sócio-ambiental.<br />
Especialmente, onde as commodities<br />
ambientais <strong>pode</strong>riam aju<strong>da</strong>r a luta pelo<br />
combate ao efeito estufa que está<br />
comprova<strong>da</strong>mente aquecendo o planeta e<br />
provocando prejuízos enormes com o<br />
agravamento <strong>da</strong>s secas, chuvas, tempestades.<br />
ALTERAÇÕES EM ESCALA GLOBAL<br />
28 de outubro de 2004; Versão on line -<br />
Mortes por desastres naturais triplicaram<br />
em 2003<br />
GENEBRA, Suíça - Os desastres<br />
naturais mataram 76.806 pessoas em 2003,<br />
três vezes mais que o números de vítimas<br />
em 2002, um acréscimo devido em grande<br />
parte às condições extrema<strong>da</strong>s do clima