O Ciclo da Água evaporada e pode retornar - UFTM
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sistema nervoso, manipoulando hormônios e<br />
conseqüentemente comportamento:<br />
•cirrípedes (Saculina granifera) um<br />
crustáceo encontrado na Austrália gru<strong>da</strong>m<br />
em caranguejos machos e secretam<br />
hormônios feminizante, induzindo<br />
comportamento maternal do animal. O<br />
animal partte para o mar e cava buracos<br />
ideais para desova, como se fosse uma<br />
fêmea e os pequenos crustáceos desovam.<br />
Se o hospedeiro for uma fêmea, essa sofre<br />
uma castração parasítica – seus ovários<br />
atrofiam!<br />
Em casos extremos o parasita penetra<br />
no cérebro e altera o comportamento do<br />
hospedeiro em favor próprio: como o vírus<br />
<strong>da</strong> raiva. O vírus deve passar de um animal a<br />
outro e faz isso disparando comportamento<br />
agressivo. O mecanismo <strong>pode</strong>ria ser outro<br />
como espirros ou uma vontade incontrolável<br />
de lamber..... Mas esse mecanismo <strong>pode</strong><br />
aprimorar! Se o hospedeiro morde qualquer<br />
um o sucesso do parasita <strong>pode</strong> reduzir, como<br />
no caso de coelhos, onde o vírus <strong>da</strong> raiva<br />
não se replica bem. Então, se o efeito é<br />
generalizado, o sucesso futuro do parasita<br />
<strong>pode</strong> ser nulo, morrendo em um hospedeiro<br />
inadequado.<br />
O controle do comportamento <strong>pode</strong><br />
ir além e ser extremamente específico, como<br />
no caso do Toxoplasma gondii. O<br />
protozoário é ingerido por um roedor, onde<br />
forma cistos em todo o corpo,<br />
particularmente no cérebro. O roedor é<br />
comido por um gato, onde o toxoplasma se<br />
reproduz. O parasito conquista novos<br />
horizontes via fezes, que <strong>pode</strong> ser belisca<strong>da</strong><br />
por um roedor..... Mas o protozoário não<br />
teria sucesso se o roedor fosse consumido<br />
por um cachorro ou ave de rapina, pois o<br />
gato é o único animal onde o toxoplasma<br />
<strong>pode</strong> se reproduzir com sucesso, bem como<br />
se as fezes do gato fossem consumi<strong>da</strong>s por<br />
uma lesma ou um inseto. O parasita <strong>pode</strong><br />
infectar inúmeras espécies (inclusive<br />
mulheres grávi<strong>da</strong>s-promovendo<br />
comprometimento neurológico no feto), mas<br />
o sucesso é garantido somente no gato.<br />
Ratos são avessos a ratos e fogem<br />
quando sentem o cheiro de gatos, são<br />
feronônios e sinalizadores químicos por<br />
odor. Esse comportamento esta tão bem<br />
fixado geneticamente, que ratos, após<br />
centenas de gerações em laboratório, ain<strong>da</strong><br />
apresentam esse comportamento. Esse<br />
padrão de ação fixa não é desenvolvido por<br />
tentativa e erro, pois ratos que encontrassem<br />
gatos não teriam segun<strong>da</strong> chance de<br />
aprender ou ensinar esse comportamento. O<br />
curioso é que ratos contaminados com o<br />
protozoário perdem o medo de gatos.<br />
Mesmo contaminados os ratos não alteram<br />
comportamento geral como hierarquia social<br />
e interesse pela cópula, e naturalmente<br />
reconhece feromônios do sexo oposto e<br />
outros cheiros também.<br />
Sindrome respiratória agu<strong>da</strong> grave:<br />
pequenos mamíferos (cachorro, guaxinim e<br />
texugo) vendidos em mercados livres e<br />
consumidos como alimento<br />
A gripe é transmiti<strong>da</strong> de uma pessoa<br />
a outra através <strong>da</strong> tosse e espirros, mas o<br />
vírus não começa sua viagem através de um<br />
humano. Ele se perpetua em aves aquáticas<br />
selvagens, como gansos, codornas e<br />
marrecos. O vírus vive no intestino dessas<br />
aves e não lhes causa mal algum. Essas<br />
causadoras de pandemias humanas <strong>pode</strong>m<br />
viajar por todo o globo, através de processos<br />
migratórios, e disseminar o vírus <strong>da</strong> gripe. A<br />
forma do vírus encontra<strong>da</strong> nas aves não se<br />
reproduz bem nos homens, e por isso tem<br />
mu<strong>da</strong>r primeiro em um hospedeiro<br />
intermediário, em geral aves domésticas,<br />
como as galinhas ou porcos , que se<br />
contaminam quando entram em contato, em<br />
geral através <strong>da</strong> água, com aves selvagens.<br />
Cavalos, baleias e focas, entre outros<br />
animais, são periodicamente infectados pelo<br />
vírus <strong>da</strong> gripe. Embora esses animais<br />
possam adoecer e morrer, os suínos <strong>pode</strong>m<br />
conviver por longo tempo com os vírus,<br />
servindo como misturadores entre o vírus<br />
a<strong>da</strong>ptado as aves e aqueles a<strong>da</strong>ptados aos<br />
homens. Isso acontece por que os suínos tem<br />
receptores para vírus avícolas e humanos.<br />
A maior parte <strong>da</strong>s pandemias<br />
origina-se na China, onde aves, porcos e<br />
pessoas vivem muito próximas uns dos<br />
outros. A ca<strong>da</strong> 20 ou 30 anos, mais ou<br />
menos, o vírus <strong>da</strong> gripe tipo B sofre uma<br />
permuta antigênica, assim o sistema<br />
imunológico não consegue reconhecer um<br />
novo vírus e o resultado é uma pandemia.