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Família Saturno - Fundação Jose Augusto

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mensionou conceitos na mente de Bené.<br />

“Tenho aprendido com essa juventude<br />

a renovar minha mentalidade. Não vejo<br />

idade quando estou aqui (nos ensaios e<br />

nas apresentações). Vejo, sim, espírito e<br />

força de vontade. E isso ajuda até na formação<br />

dos meus fi lhos”, revela.<br />

Mesmo tendo largado a atividade pedagógica<br />

por completo, Bené ainda consegue<br />

tempo para dedicar-se ao rádio,<br />

aonde conduz o programa “Cantada<br />

Brasileira”. Na verdade, foi numa rádio<br />

em Icó, interior do Ceará, que Bené tomou<br />

gosto pela arte teatral, ainda com<br />

15 anos. Ele participava da Companhia<br />

Vassoura de Arte, que encenava apresentações<br />

na rádio. A temporada foi curta,<br />

mas a magia do teatro improvisado per-<br />

maneceu no jovem artista. Hoje, Bené<br />

interpreta a mulher do prefeito, na peça<br />

“O Inspetor Geraldo”. É ele quem arranca<br />

as maiores risadas do público.<br />

Euzimário Macário, 19, é outro exemplo<br />

de dedicação ao ofício. Ainda morador<br />

do sítio Juvenal, no distrito de Baraúna,<br />

Euzimário vem diariamente a Mossoró<br />

para o colégio e os ensaios com o Tarará.<br />

Por vezes, dorme na sede improvisada do<br />

grupo, devido às distâncias. Mas mesmo<br />

antes de entrar para o grupo e interpretar<br />

os protagonistas das peças, Euzimário já<br />

estudava teatro no grupo Arruaça, também<br />

de Mossoró. “Mas quando o Tarará<br />

passou, me chamou atenção o modo<br />

como trabalhava”. Ao deixar o grupo Arruaça,<br />

recebeu um convite de Dionízio<br />

do Apodi, diretor do Tarará, para integrar<br />

o grupo.<br />

“Estamos sempre aprendendo com as situações<br />

das ruas; o improviso leva a isso.<br />

Às vezes tem bêbado atrapalhando, é um<br />

cachorro que não pára de latir... Mas é<br />

tudo em nome da arte”, conclui.<br />

Com apenas três anos de existência, “O<br />

Pessoal do Tarará” já conseguiu gravar<br />

um documentário sobre a rotina do grupo,<br />

desde os ensaios, à saída da sede e<br />

apresentações na rua. O documentário<br />

foi premiado no Festival do Vídeo Potiguar.<br />

Além do documentário, foi feito<br />

o fi lme “Um Chão de Esperança”, de 45<br />

minutos com roteiro e direção de Dionízio<br />

do Apodi.<br />

Jan/Fev 2006<br />

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