Família Saturno - Fundação Jose Augusto
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A Preá está na Internet: www.fja.rn.gov.br<br />
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO<br />
Rua Jundiaí, 641 - Tirol - CEP 59020-120<br />
Fone/fax: (84) 3232.5327/3232.5304<br />
Governadora<br />
Wilma Maria de Faria<br />
Presidente<br />
François Silvestre de Alencar<br />
Diretor<br />
José Antônio Pinheiro da Câmara Filho<br />
PREÁ - REVISTA DE CULTURA DO<br />
RIO GRANDE DO NORTE<br />
ISSN 1679-4176<br />
ANO IV Nº 16<br />
JANEIRO/FEVEREIRO/2006<br />
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
PERIODICIDADE<br />
BIMESTRAL<br />
EDITOR<br />
TÁCITO COSTA<br />
tacitocosta@estadao.com.br<br />
EDITOR ASSISTENTE<br />
GUSTAVO PORPINO DE ARAÚJO<br />
gporpino@hotmail.com<br />
ESTAGIÁRIOS<br />
DAVID CLEMENTE E MICHELLI PESSOA<br />
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO<br />
LUCIO MASAAKI<br />
infi nitaimagem@infi nitaimagem.com.br<br />
(84)8805-1004<br />
REVISOR<br />
JOSÉ ALBANO DA SILVEIRA<br />
CAPA<br />
FOTO: ANCHIETA XAVIER<br />
axphotographer@gmail.com<br />
A palavra da casa<br />
François Silvestre<br />
Este número da Preá traz um encarte com a prestação<br />
de contas das nossas ações nestes três anos do Governo<br />
Wilma de Faria. A prestação é nossa; o julgamento e a comparação<br />
fi cam por sua conta, caro leitor.<br />
Nenhum governo do Rio Grande do Norte, em todos os<br />
tempos, investiu tanto na infra-estrutura cultural quanto o<br />
atual. Digo e cobro a negação desta assertiva. O segundo<br />
lugar começa a fi car quase invisível no retrovisor.<br />
Após o fracasso das revoluções sociais e políticas, tanto a<br />
burguesa quanto a socialista, nós enfrentamos um momento<br />
de perplexidade e de angústia ideológica.<br />
O que sobrou dessas revoluções? A revolução burguesa, que<br />
prometia liberdade, igualdade e fraternidade foi derrotada<br />
pela ganância e criou a perversidade capitalista. A revolução<br />
soviética, que preconizava de cada um, conforme a capacidade,<br />
e para cada um de acordo com a necessidade, foi<br />
destruída pela violência política e pela burocracia estatal. O<br />
que sobrou? Sobraram o poder e o vazio.<br />
Do vazio, não temos a divina capacidade de tirar proveito.<br />
Sobra-nos o poder. Esse ente dialeticamente antagônico.<br />
Afi rmação e negação dele mesmo. Dele, saem duas vertentes<br />
principais. Na negação, o poder usado para o domínio dos<br />
poucos que o usufruem. É a sua perversa face de desumanização.<br />
Na afi rmação, o poder pode transformar-se no instrumento<br />
de contenção desse abismo. Pelo controle social<br />
da repartição. Não se confunda isso com assistencialismo.<br />
Não. Esse controle deverá ser feito pela própria sociedade<br />
não detentora do comando econômico. Como? Pelo aprofundamento<br />
da prática democrática. Do exercício cotidiano<br />
e continuado da Democracia. É fácil? Claro que não. É um<br />
aprendizado penoso. Lento e indelegável. Para o aprofundamento<br />
desse processo o povo não pode tirar férias.<br />
E ainda do poder, na sua face de afi rmação, há duas vertentes.<br />
Uma, da transformação. Outra, da conservação. A<br />
transformação tem de atacar os bolsões de miséria, da pobreza<br />
e da violência. É sua obrigação política. A conservação<br />
tem como objeto a identidade cultural e a paisagem. O<br />
que chamo de paisagem não é apenas o cartão-postal. É o<br />
conjunto do meio ambiente com o bom nível de vida em<br />
cada lugar. A identidade cultural é o único veículo capaz da<br />
condução à dignidade humana. Quem não se identifi ca culturalmente<br />
será humanamente incompleto. Por isso vamos<br />
tirar do poder o que ele ainda pode dar. Taí a Preá número<br />
dezesseis. A Preá Leão!