1º Ano A – “A história não contada” Chegou o momento das ...
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Texto 1:<br />
2º <strong>Ano</strong> B <strong>–</strong> “Resisto, logo persisto”<br />
A proposta da turma B é nos contar sobre a produção cultural diaspórica<br />
transnacional e translocal através de seus artefatos <strong>–</strong> grafite, jazz, blues, black power, cinema<br />
negro, arte contemporânea pan-africana. Perceber quais os<br />
mecanismos utilizados por esses artefatos para contar a<br />
<strong>história</strong> negra e impedir as tentativas de epistemícidio <strong>–</strong><br />
termo utilizado por Boaventura para explicar o processo de<br />
apagar e de ocultar o conhecimento de uma cultura, tida<br />
como estranha na visão eurocêntrica. É importante<br />
lembrarmos que os artefatos culturais, como práticas<br />
sociais, é o local de negociação dos discursos de poder e,<br />
portanto, de ideologia.<br />
O canto da negritude<br />
Vozes que outrora se elevaram em reverência aos orixás nas selvas e savanas da África e que<br />
mais tarde, em lamento, cruzaram o Atlântico nos porões dos navios negreiros. Vozes que durante<br />
séculos confortaram dores e sofrimentos nas senzalas.<br />
Vozes que acalentaram a esperança incitaram lutas e revoltas pela libertação, adormeceram e<br />
embalaram os sonhos de crianças nos quilombos. Vozes que hoje nos encorajam a seguir em frente.<br />
Vozes que celebram a alegria dos que nunca desistem de construir um novo mundo.<br />
Texto 2:<br />
Ideologia <strong>–</strong> Produção de sentidos e significados<br />
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />
Fonte: Textos do CIAD<br />
É que a ideologia tem que ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos, com o uso da<br />
linguagem para penumbrar ou opacizar a realidade ao mesmo tempo em que nos torna ‘míopes’. O<br />
poder da ideologia me faz pensar nessas manhãs orvalha<strong>das</strong> de nevoeiro em que mal vemos o perfil dos<br />
ciprestes como sombras que parecem muito mais manhãs <strong>das</strong> sombras mesmas. Sabemos que a algo<br />
metido na penumbra, mas <strong>não</strong> o divisamos bem. A própria ‘miopia’ que nos acomete dificulta a<br />
percepção mais clara, mais nítida da sombra. Mais séria ainda é a possibilidade que temos de<br />
docilmente aceitar que o que vemos e ouvimos é o que na verdade é, e <strong>não</strong> a verdade distorcida<br />
(FREIRE, 2005, p.126).<br />
Aliás, cumpre observar, que o termo cinema negro nasce com Glauber Rocha, ideólogo do<br />
cinema novismo. No filme “Leão de sete cabeças”, o autor Glauber Rocha mostra uma hermenêutica, na<br />
qual a africanidade se traduz em um terreno fértil, para a visão revolucionária do socialismo<br />
internacional. Percebe-se nesse projeto cinematográfico glauberiano um sentimento Afro-Latino-<br />
América. O “Leão” de Rocha, rodado no Congo de Brazaville, narra a luta pela descolonização e as<br />
dificuldades, que se dão na trajetória consubstancial da libertação. A ambiência do filme, caracterizando<br />
a cosmovisão africana, se configura ganhando intensidade do som signo, no canto afro-brasileiro de