1º Ano A – “A história não contada” Chegou o momento das ...
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2º <strong>Ano</strong> A <strong>–</strong> “ A encruzilhada contemporânea: O mar que nos aproxima”<br />
A proposta é embarcarmos na imagem do navio<br />
que atravessa o Atlântico, e olharmos a travessia como<br />
um sistema vivo. Nossa ancoragem se faz no aqui e<br />
agora, compreendendo as ressonâncias da diáspora<br />
africana em formações culturais moderna e<br />
contemporânea.<br />
“O mar é testemunha e depositário de um<br />
período histórico”.<br />
A tarefa do 2º ano A é representar a estética<br />
diaspórica na metáfora do Atlântico Negro (Paul<br />
Gilroy), como um sistema de comunicação global. A<br />
contribuição do negro, na construção de outros mundos,<br />
interferindo e modificando a cultura nos EUA, Portugal,<br />
Cuba, Brasil, Caribe se revela: nas imagens de<br />
identidades rizoma; na desterritorialização da cultura <strong>–</strong><br />
formação de cultura híbrida <strong>–</strong> em oposição à idéia de<br />
uma cultura territorial fechada.<br />
A imagem do mar é uma importante referência para sugerir a idéia de mistura e movimento em<br />
uma rede entrelaçada entre o local e o global. A diáspora produziu intensamente um movimento de<br />
criatividade intercultural.<br />
Cultura é produção, é tornar-se, sem perder de vista as relações de poder tensas e assimétricas<br />
entre culturas dominantes e domina<strong>das</strong>.<br />
Texto 1:<br />
A imagem do Laser que pretende se perder no mar na direção da África, saindo do Solar do<br />
Unhão para a Baía de Todos os Santos. No nosso caso, África e mundo num caminho intocável e<br />
paralelo à luz, até juntos desaparecerem no horizonte.<br />
Ponte virtual, cruzando séculos de separação e diáspora, a coluna de laser pode quem sabe<br />
sofrer aqui uma certa comparação com aquelas torres de luz que, no ground zero nova iorquino,<br />
pretendem substituir as torres gêmeas. Afinal, <strong>não</strong> foram vários “onze de setembro” que vitimaram a<br />
população negra na <strong>história</strong> <strong>das</strong> Américas? Ainda que utópica, uma ponte de laser quem sabe uniria uma<br />
<strong>história</strong> fragmentada, seqüestrada por invasores alienígenas, numa diáspora mais que forçada.<br />
Em nossa época de simulações e duplicações, de sampling e revisões, Daniel Lima <strong>não</strong> se<br />
prende em identidades fixas, <strong>não</strong> cultiva raízes, mas antes faz um remix de técnicas, em ações<br />
desestabilizadoras de conceitos. Nele, como em outros contemporâneos (...), talvez devamos ver a<br />
identidade como uma flutuação intermitente, como um foco de vetores diversos que se cruzam numa<br />
consciência multipolar, multiplex.<br />
Texto 2:<br />
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />
Fonte: www.rizoma.net/interna.php?id=208&secao=afrof<br />
“Consciência dupla”, uma sensação estranha, “essa sensação de estar sempre a se olhar com os olhos de<br />
outros” (Du Bois).<br />
Fonte: Fonte: Revista de Antropologia Print vol.45 no.1 São Paulo 2002