1º Ano A – “A história não contada” Chegou o momento das ...
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3º <strong>Ano</strong> <strong>–</strong> “Essa é a África que permanece entre nós”<br />
O povo brasileiro foi constituído por diversos povos e etnias,<br />
principalmente por indígenas autóctones, portugueses e<br />
africanos, de diversas nações. Em to<strong>das</strong> as latitudes geográficas e<br />
manifestações culturais brasileiras, está presente a influência<br />
africana: na música, dança, religião, culinária, artes plásticas e na<br />
arquitetura. Ao retornarem para a África, muitos africanos e seus<br />
descendentes levaram um pouco do Brasil e nos deixaram muito<br />
do continente africano. Portanto, caberá ao 3º ano mostrar as<br />
influências transversais entre os países africanos e o Brasil, cuja<br />
<strong>história</strong> comum está documentada por seus patrimônios culturais,<br />
materiais e intangíveis tanto aqui quanto lá. Possibilitar reflexões<br />
a respeito da influência africana na formação do povo brasileiro.<br />
Texto 1:<br />
Libertar <strong>não</strong> só significa tirar gênio de garrafa, entregar-lhe ao campo.<br />
Libertar <strong>não</strong> só significa tirar preso de cadeia entregar-lhe ao mundo.<br />
Libertar é trabalhar mente e corpo, nutrir o moço, calçar seus pés, ensinar-lhe o caminho e desse jeito<br />
finalmente ele(a) pode andar sozinho(a).<br />
Texto 2:<br />
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />
(Rita Mota)<br />
A ligação entre o Brasil e a África está muita além da inegável herança africana, que pode ser sentida<br />
nas mais diversas manifestações culturais do povo brasileiro, seja na religião, na culinária ou na música. É muito<br />
mais que isso: a África está presente na própria constituição do povo brasileiro. Se há certos traços capazes de<br />
caracterizar um povo, <strong>não</strong> pode haver dúvi<strong>das</strong> de que o povo brasileiro <strong>não</strong> seria o que é sem que o espírito da<br />
mãe África estivesse presente em toda a cultura brasileira. (CIAD)<br />
É de suma importância o intercâmbio desses dois povos, visto que os africanos tiveram grande<br />
influência na base estrutural da cultura do povo brasileiro, os afro-descendentes caminham para um conhecimento<br />
mais profundo de suas origens e uma construção mais sólida de cidadania, buscando assim a verdadeira<br />
democracia, deixando de lado o tratamento desigual.<br />
Texto 3:<br />
Segundo prefácio do crítico e pensador Antônio Cândido para a edição de 1967, "uma <strong>das</strong> forças de<br />
Raízes do Brasil foi ter mostrado como o estudo do passado, longe de ser uma operação saudosista, modo de<br />
legitimar as estruturas vigentes, ou simples verificação, pode ser uma arma para abrir caminho aos grandes<br />
movimentos democráticos integrais, isto é, os que contam com a iniciativa do povo trabalhador e <strong>não</strong> o confinam<br />
ao papel de massa de manobra, como é uso".<br />
A herança africana está muitas vezes mascarada, travestida de folclore, de exotismo, de algo marginal e<br />
secundário, frente à precedência <strong>das</strong> contribuições européias.<br />
A força da ideologia é tamanha que até há pouco tempo o próprio afro-descendente ignorava sua<br />
herança cultural africana, tendo como ideal exclusivo os valores europeus.<br />
Há muito já se percebeu que a grande riqueza cultural e o diferencial do Brasil reside em ser um país<br />
mestiço, em que povos se misturam. Pretos, brancos e amarelos; bantos, iorubas, tupinambás, guaranis, carijós,<br />
portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, libaneses e tantos outros.<br />
Enquanto a Europa se desnorteia diante da invasão de africanos e árabes que vão buscar na metrópole<br />
aquilo que lhes foi prometido na época dos grandes impérios <strong>–</strong> que tomaram conta de suas riquezas e de suas