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Vi u Purā a – A antiga tradição sobre Vishnu - Shri Yoga Devi

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Matsya, Kurma, Linga, Shiva, Skanda, e Agni Puranas, são Tamasa, ou Puranas da<br />

escuridão, pela prevalência da qualidade de Tamas, 'ignorância', 'escuridão.' Eles são<br />

incontestavelmente Shaiva Puranas. O terceiro grupo, incluindo o Brahmanda,<br />

Brahma-vaivartta, Markandeya, Bhavishya, Vamana, e Brahma Puranas, são<br />

designados como Rajasa, 'apaixonados', de Rajas, a propriedade de paixão, a qual se<br />

supõe que eles representam. O Matsya não especifica quais são os Puranas que<br />

caem sob estas designações, mas observa que aqueles nos quais o Mahatmya de<br />

Hari ou <strong>Vi</strong>shnu prevalece são Satwika; aqueles nos quais as lendas de Agni ou Shiva<br />

predominam são Tamasa; e aqueles que discorrem mais <strong>sobre</strong> as histórias de Brahma<br />

são Rajasa. Eu declarei em outro lugar 25 , que eu considero que os Rajasa Puranas se<br />

inclinam para a divisão Sakta dos hindus, os adoradores de Sakti, ou o princípio<br />

feminino; baseando essa opinião no caráter das lendas que alguns deles contêm, tais<br />

como a Durga Mahatmya, ou lenda célebre na qual a adoração de Durga ou Kali é<br />

especialmente fundada, a qual é um episódio principal do Markandeya. O Brahmavaivartta<br />

também dedica a maior parte de seus capítulos à celebração de Radha, a<br />

amante de Krishna, e outras divindades femininas. O Cel. Vans Kennedy, no entanto,<br />

contesta a aplicação do termo Sakta a essa última divisão dos Puranas, o culto de<br />

Shakti sendo o objeto especial de uma classe diferente de trabalhos, os Tantras, e<br />

nenhuma forma semelhante de culto sendo inculcada particularmente no Brahma<br />

Purana 26 . Esse último argumento é de peso com respeito ao caso particular<br />

especificado, e a designação de Shakti pode não ser corretamente aplicável à classe<br />

inteira, embora seja a alguns da série; pois não há incompatibilidade na defesa de<br />

uma modificação Tantrika da religião hindu por algum Purana, e ela foi<br />

inquestionavelmente praticada em trabalhos conhecidos como Upa-puranas. A própria<br />

apropriação da terceira classe dos Puranas, de acordo com o Padma Purana, parece<br />

ser para o culto de Krishna, não no caráter no qual ele é representado no <strong>Vi</strong>shnu e<br />

Bhagavata Puranas, nos quais os incidentes de sua juventude são só uma parte de<br />

sua biografia, e nos quais o caráter humano participa em grande parte, pelo menos em<br />

seus anos mais maduros, mas como o menino Krishna, Govinda, Bala Gopala, o<br />

residente em Vrindavan, o companheiro dos vaqueiros e leiteiras, o amante de Radha,<br />

ou como o mestre juvenil do universo, Jagannatha. O termo Rajasa, implicando a<br />

animação de paixão, e desfrute de delícias sensuais, é aplicável, não só ao caráter da<br />

divindade jovem, mas àqueles com quem sua adoração nessas formas parece ter se<br />

originado, os Gosains de Gokul e Bengala, os seguidores e descendentes de Vallabha<br />

e Chaitanya, os sacerdotes e proprietários de Jagannath e <strong>Shri</strong>nath-dwar, que levam<br />

uma vida de riqueza e indulgência e vindicam, por preceito e prática, a racionalidade<br />

da qualidade Rajasa, e a congruidade de prazer temporal com os deveres de<br />

religião 27 .<br />

Afirma-se uniformemente que os Puranas são dezoito em número. É dito que<br />

há também dezoito Upa-puranas, ou Puranas menores; mas somente os nomes de<br />

poucos desses são especificados nas autoridades menos criticáveis, e o maior número<br />

dos trabalhos não é obtenível. Com relação aos dezoito Puranas, há uma<br />

peculiaridade em sua especificação, que é prova de uma interferência com a<br />

integridade do texto, em alguns deles pelo menos; pois cada um deles especifica os<br />

nomes de todos os dezoito. Agora a lista não poderia ter estado completa enquanto o<br />

trabalho que a apresenta estivesse inacabado, e em um só então, o último da série,<br />

nós teríamos o direito de procurá-la. Como entretanto há mais últimas palavras do que<br />

uma, é evidente que os nomes devem ter sido inseridos em todos exceto um depois<br />

que o todo estava terminado: qual dos dezoito é a exceção, e verdadeiramente o<br />

25 As. Res. vol. XVI. pág. 10.<br />

26 Diário Asiático, Março de 1837, pág. 241.<br />

27 As. Res. vol. XVI. pág. 85.<br />

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