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Vi u Purā a – A antiga tradição sobre Vishnu - Shri Yoga Devi

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necessariamente recorro à cópia ou cópias que eu empreguei com a finalidade de<br />

exame e análise, e que foram obtidas que com alguma dificuldade e custo em Benares<br />

e Calcutá. Em alguns casos meus manuscritos foram confrontados com outros de<br />

diferentes partes da Índia, e o resultado tem mostrado que, pelo menos com relação<br />

ao Brahma, <strong>Vi</strong>shnu, Vayu, Matsya, Padma, Bhagavata, e Kurma Puranas, os mesmos<br />

trabalhos, em todos os aspectos essenciais, são geralmente correntes sob os mesmos<br />

títulos. Se esse invariavelmente é o caso pode ser duvidado, e investigação mais<br />

completa pode possivelmente mostrar que eu fui obrigado a me contentar com<br />

trabalhos mutilados ou não autênticos 32 . É com essa reserva, portanto, que eu devo<br />

ser compreendido para falar da conformidade ou discordância de algum Purana com a<br />

observação dele que o Matsya Purana preservou.<br />

1. O Brahma Purana<br />

"Este, o todo do qual foi <strong>antiga</strong>mente repetido por Brahma para Marichi, é<br />

chamado de Brahma Purana, e contém dez mil estrofes 33 ." Em todas as listas dos<br />

Puranas, o Brahma é colocado na dianteira da série, e é por isso às vezes também<br />

chamado de Adi ou 'primeiro' Purana. Ele é também é designado como o Saura,<br />

porque ele é em grande parte destinado à adoração de Surya, 'o sol.' Há, no entanto,<br />

trabalhos que levam esses nomes que pertencem à classe dos Upa-puranas, e que<br />

não devem ser confundidos com o Brahma. É dito normalmente, como acima, que ele<br />

contém dez mil slokas; mas o número encontrado de fato está entre sete e oito mil. Há<br />

uma seção adicional ou final chamada de Brahmottara Purana, e que é diferente de<br />

uma parte do Skanda chamada de Brahmottara Khanda, que contém<br />

aproximadamente três mil estrofes mais; mas há toda razão para concluir que este é<br />

um trabalho distinto e separado.<br />

O narrador imediato do Brahma Purana é Lomaharshana, que o comunica aos<br />

Rishis ou sábios reunidos em Naimisharanya, como ele foi revelado originalmente por<br />

Brahma, não para Marichi, como afirma o Matsya, mas para Daksha, outro dos<br />

patriarcas: por essa razão sua denominação de Brahma Purana. Os primeiros<br />

capítulos desse trabalho dão uma descrição da criação, um relato dos Manwantaras, e<br />

a história das dinastias solares e lunares até o tempo de Krishna, de uma maneira<br />

sumária, e em palavras que são comuns a ele e vários outros Puranas; uma descrição<br />

breve do universo vem depois; e então vêm vários capítulos relativos à santidade de<br />

Orissa, com seus templos e bosques sagrados dedicados ao sol, a Shiva, e<br />

Jagannath, o último especialmente. Estes capítulos são característicos desse Purana,<br />

e mostram que seu objetivo principal é a promoção da adoração de Krishna como<br />

Jagannath 34 . A esses detalhes sucede uma vida de Krishna, que é palavra por palavra<br />

32 Ao examinar as traduções de diferentes passagens dos Puranas, apresentadas pelo Cel. Vans<br />

Kennedy no trabalho mencionado em uma nota anterior, e comparando-as com o texto dos manuscritos<br />

que eu tenho consultado, eu encontro tal conformidade quanto a justificar a crença de que não há<br />

diferença essencial entre as cópias em posse dele e as minhas. As variedades que se acham no<br />

manuscrito da Biblioteca da Companhia Índia Oriental serão citadas no texto.<br />

33<br />

34 O Cel. Vans Kennedy objeta a esse caráter do Brahma Purana, e observa que ele contém só<br />

duas descrições curtas de pagodes, um de Konaditya, outro de Jagannath. Nesse caso, sua cópia deve<br />

diferir consideravelmente daquelas que eu encontrei; pois nelas a descrição de Purushottama Kshetra, a<br />

terra santa de Orissa, se espalha por quarenta capítulos, ou um terço do trabalho. A descrição, é verdade,<br />

é entremeada, no modo sinuoso habitual dos Puranas, com uma variedade de lendas, algumas <strong>antiga</strong>s,<br />

algumas modernas; mas elas são destinadas a ilustrar alguma circunstância local, e não são então<br />

incompatíveis com o intento principal, a celebração das glórias de Purushottama Kshetra. A especificação<br />

do templo de Jagannath, porém, é por si mesma suficiente, na minha opinião, para determinar o caráter e<br />

época da compilação.<br />

13

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