03.06.2013 Views

Vi u Purā a – A antiga tradição sobre Vishnu - Shri Yoga Devi

Vi u Purā a – A antiga tradição sobre Vishnu - Shri Yoga Devi

Vi u Purā a – A antiga tradição sobre Vishnu - Shri Yoga Devi

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A data do Kurma Purana não pode ser muito remota, pois ele é<br />

declaradamente posterior ao estabelecimento das seitas Tantrika, Sakta, e Jaina. O<br />

décimo segundo capítulo diz, "Os Sastras Bhairava, Vama, Arhata, e Yamala são<br />

planejados para ilusão." Não há razão para acreditar que os Tantras Bhairava e<br />

Yamala são trabalhos muito antigos, ou que as práticas dos Saktas esquerdos, ou as<br />

doutrinas de Arhat ou Jina eram conhecidas nos primeiros séculos da nossa era.<br />

16. O Matsya Purana<br />

"Aquele no qual, para promulgar os Vedas, <strong>Vi</strong>shnu, no princípio de um Kalpa,<br />

narrou para Manu a história de Narasinha e os eventos de sete Kalpas, aquele, ó<br />

sábios, saibam que é o Matsya Purana, contendo vinte mil estrofes 78 ." Nós podemos,<br />

pode-se supor, admitir a descrição que o Matsya dá de si mesmo como correta,<br />

contudo com relação ao número de versos parece haver uma afirmação errônea. Três<br />

cópias muito boas, uma em minha posse, uma na biblioteca da Companhia, e uma na<br />

biblioteca Radcliffe, concordam sob todos os aspectos, e contendo não mais que entre<br />

quatorze e quinze mil estrofes; nesse caso o Bhagavata está mais próximo da<br />

verdade, quando atribui a ele quatorze mil. Nós podemos concluir, portanto, que a<br />

leitura da passagem nesse aspecto está incorreta. É dito corretamente que os<br />

assuntos do Purana foram comunicados por <strong>Vi</strong>shnu, na forma de um peixe, para<br />

Manu.<br />

O Purana, depois do prólogo usual de Suta e os Rishis, abre com o relato do<br />

Avatara Matsya ou 'peixe' de <strong>Vi</strong>shnu, no qual ele protege um rei chamado Manu, com<br />

as sementes de todas as coisas, em uma arca, das águas daquela inundação que na<br />

época de um Pralaya cobre o mundo. Essa história é contada no Mahabharata, com<br />

referência ao Matsya como sua autoridade; do que pode ser deduzido que o Purana<br />

era anterior ao poema. Isso naturalmente é consistente com a <strong>tradição</strong> que os Puranas<br />

foram compostos primeiro por Vyasa; mas não pode haver dúvida que a maior parte<br />

do Mahabharata é muito mais <strong>antiga</strong> do que qualquer Purana existente. O exemplo<br />

presente é em si mesmo uma prova; pois a simplicidade primitiva com a qual a história<br />

do peixe Avatara é contada no Mahabharata é de uma aparência muito mais <strong>antiga</strong><br />

que o misticismo e extravagância do Matsya Purana atual. No primeiro, Manu coleta<br />

as sementes das coisas existentes na arca, não é dito como; no último, ele as reúne<br />

por meio de poder de <strong>Yoga</strong>. No último, as grandes serpentes vão ao rei, para servirem<br />

como cordas com as quais fixar a arca ao chifre do peixe; no primeiro, um cabo feito<br />

de cordas é mais inteligivelmente empregado para o propósito.<br />

Enquanto a arca flutua, presa ao peixe, Manu entra em conversação com ele; e<br />

suas perguntas, e as respostas de <strong>Vi</strong>shnu, formam a substância principal da<br />

compilação. O primeiro assunto é a criação, que é aquela de Brahma e os patriarcas.<br />

Alguns dos detalhes são os habituais; outros são singulares, especialmente aqueles<br />

relativos aos Pitris, ou progenitores. As dinastias reais são descritas em seguida; e<br />

então seguem capítulos <strong>sobre</strong> os deveres das diferentes classes. É ao relacionar<br />

aqueles do chefe de família, nos quais o dever de fazer doações para brâmanes está<br />

incluído, que nós temos a especificação da extensão e matérias dos Puranas. É<br />

meritório ter cópias feitas deles, e doá-las em ocasiões específicas. Assim o Matsya<br />

diz; "Quem o doa em qualquer equinócio, junto com um peixe dourado e uma vaca<br />

leiteira, doa a terra inteira;" isto é, ele colhe uma recompensa semelhante em sua<br />

78<br />

35

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!