10.06.2013 Views

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - Ministério da Educação

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - Ministério da Educação

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - Ministério da Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(2) Gosto <strong>de</strong> cachorros.<br />

(3) Vi uns cachorros na loja.<br />

(4) O cachorro <strong>da</strong> vizinha é <strong>de</strong> raça.<br />

Em (2), tem-se a leitura genérica.<br />

Em (3), existe um grupo <strong>de</strong> cachorros retirado do conjunto geral, e esses<br />

cachorros foram vistos.<br />

Em (4), existe um cachorro retirado do conjunto geral, e esse cachorro<br />

é <strong>da</strong> vizinha e é <strong>de</strong> raça.<br />

Não é difícil perceber que o artigo tem um papel importante no contraste<br />

entre a significação geral ou genérica, em (2), e a significação<br />

não-genérica, em (3) e (4).<br />

O que vai distinguir (3) e (4)?<br />

É que em (3), a referência do substantivo cachorros não é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,<br />

enquanto em (4), é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>: é o cachorro <strong>da</strong> vizinha.<br />

Nessa oposição, foi utilizado o contraste entre artigo in<strong>de</strong>finido e <strong>de</strong>finido.<br />

A língua portuguesa tem artigos <strong>de</strong>finidos e in<strong>de</strong>finidos, que se flexionam<br />

em gênero e número - o, a, os, as, um, uma, uns, umas. Ocorrendo com um<br />

nome, os artigos in<strong>de</strong>finidos <strong>de</strong>signam um indivíduo ou grupo <strong>de</strong> indivíduos<br />

<strong>da</strong> classe <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pelo nome, cuja referência não é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>.<br />

Os artigos <strong>de</strong>finidos, por sua vez, participam <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação,<br />

codificando a associação <strong>de</strong> um referente específico e <strong>de</strong>finido<br />

a um indivíduo ou grupo <strong>de</strong> indivíduos <strong>da</strong> classe <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pelo<br />

substantivo (cf. Mateus (1996)). Essa associação po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong><br />

por meio <strong>de</strong> vários processos:<br />

• pela forici<strong>da</strong><strong>de</strong>, pela qual a referência dos sintagmas nominais é<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> no discurso e na estrutura oracional (relações<br />

anafóricas e catafóricas),

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!