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OS SEIS CENTROS E O PODER DA SERPENTE<br />
I<br />
INTRODUÇÃO<br />
Os dois trabalhos sânscritos aqui traduzidos – Shat-chakra-nirūpana (Descrição dos<br />
Seis Centros, ou Chakras) e Pādukā-Panchaka (Fivefold Footstool) – ocupam-se com uma<br />
forma particular do <strong>Yoga</strong> Tāntrico chamado Kun<strong>da</strong>linī <strong>Yoga</strong>, ou, como algumas pessoas o<br />
chamam, Bhūta–shuddhi. Estes nomes referem-se à Kun<strong>da</strong>linī Shakti, ou o <strong>Poder</strong> Supremo no<br />
corpo humano pelo despertar, pelo qual o yoga é alcançado, e para a purificação dos<br />
Elementos do corpo (Bhūta–shuddhi) que tem lugar sobre aquele evento. Este yoga é realizado<br />
por um processo tecnicamente conhecido como Shat-chakra-bhe<strong>da</strong>, ou a perfuração dos seis<br />
Centros, ou Regiões (Chakra) ou Lótus (Padma) do corpo (que o trabalho descreve) pela ação<br />
de Kun<strong>da</strong>linī Shakti, que, no propósito denominado em inglês, eu tenho aqui chamado de O<br />
<strong>Poder</strong> <strong>da</strong> <strong>Serpente</strong>. 1 Kun<strong>da</strong>la significa enrola<strong>da</strong>. O poder <strong>da</strong> Deusa (Devī) Kun<strong>da</strong>linī, ou aquela<br />
que está enrola<strong>da</strong>; por Sua forma é que de uma serpente enrola<strong>da</strong> e dormindo no centro mais<br />
baixo do corpo, na base <strong>da</strong> coluna espinhal, até pelos meios descritos Ela é desperta naquela<br />
<strong>Yoga</strong>, o qual é chama<strong>da</strong> depois Ela. Kun<strong>da</strong>linī é a Divina Energia Cósmica no corpo. O<br />
Saptabhūmi, ou sete regiões (Lokas), 2 são, como compreendidos popularmente, uma<br />
representação esotérica dos ensinamentos Tāntrikos internos sobre os sete centros. 3<br />
O <strong>Yoga</strong> é chamado Tāntrico por duas razões. Ele é mencionado nos <strong>Yoga</strong> Upanishads<br />
o qual se refere aos Centros, ou Chakras, e em alguns dos Purānas. Os tratados de Hatha<br />
<strong>Yoga</strong> também se ocupam desta matéria. Encontramos mesmo noções semelhantes nos<br />
sistemas de outros além dos Indianos, pelo qual, possivelmente, em alguns casos, eles têm<br />
emprestado. Assim, no Risala-i-haq-numa, pelo Príncipe Mahome Dara Shikoh, 4 uma<br />
descrição é <strong>da</strong><strong>da</strong> dos três centros “Mãe do Cérebro”, ou “Coração Esférico” (Dil-i-mud<strong>da</strong>war); o<br />
“Coração de Cedro” (Dil-isanowbari); a o Dil-i-nilofari, ou “Coração de Lírio”. 5<br />
1 – Um dos nomes desta Devī é Bhujangī, ou a <strong>Serpente</strong>.<br />
2 – Os sete mundos, Bhūh, Bhuvah, Svah, Mahah, Jana, Tapah, Satya. Veja meu livro “On<strong>da</strong>s de Bem-aventurança<br />
(Comentário para v. 35). Lokas são o que são vistos (lokyante) – que são, alcançados – e são, portanto, os frutos do<br />
Karma na forma de um renascimento em particular. De Satyānan<strong>da</strong>, Comentário no Īsha Up.,” Mantra 2, Veja p. 258.<br />
3 – Aqueles são os seis Chakras e o centro superior cerebral, ou Sahasrāra. A respeito dos Upanishads e dos Pūranas,<br />
veja informação.<br />
4 – “A Bússola <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de”. O autor foi o filho mais velho do Imperador Shah-i-Jehan, e morreu em d.C 1659. Alega-se<br />
que seus ensinamentos fazem parte <strong>da</strong> doutrina secreta do “Apóstolo de Deus”.<br />
5 – Capítulo I em Alam-i-nasut: o plano físico, ou o que os Hindus chamam de estado Jāgrat. Editora Rai Bahadur<br />
Srisha Chandra Vasu.<br />
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