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Para tal, a meditação (Dhyāna) é feita através <strong>da</strong> recor<strong>da</strong>ção e <strong>da</strong> fixação <strong>da</strong> mente sobre as<br />
percepções e os conceitos passados. De acordo com o Vedānta, Buddhi determina somente<br />
uma única vez, e além disso relembrar o pensamento sobre o objeto mental determinado é a<br />
facul<strong>da</strong>de de separar a categoria mente, chamado de Chitta. Sāmkhya, sobre o princípio de<br />
economia <strong>da</strong>s categorias, lembra Smaranam e Chintā como funções de Buddhi 53 . Nos<br />
trabalhos aqui traduzidos e em outro lugar, Chitta é, contudo, usado normalmente como termo<br />
geral <strong>da</strong> mente em funcionamento – ou seja, como sinônimo de Antahkarana 54 .<br />
Para resumir as funções do corpo sutil: os objetos dos sentidos (Bhūta, derivado de<br />
Tanmātra) afeta os sentidos (Indriyas) e são percebidos por Manas, são referidos ao eu por<br />
Ahamkāra, e são determinados por Buddhi. O último, por sua vez, é iluminado pela luz <strong>da</strong><br />
Consciência (Chit), que é o Purusha; todos os princípos (Tattvas) até e incluindo Buddhi, sendo<br />
as modificações aparentemente inconsciente de Prakriti. Assim, todos os Tattvas trabalham<br />
para o gozo do Eu, ou Purusha. Eles não são referidos como coisas existindo<br />
independentemente por si mesmos, mas como dotados com o Espírito (Ātmā). Eles não<br />
trabalham arbitrariamente conforme a vontade deles, mas representam um esforço cooperativo<br />
e organizado a serviço do Desfrutador, o Experimentador, ou Purusha.<br />
O corpo sutil é, então, composto do que são chamados os “17”, ou seja. Buddhi (no<br />
qual Ahamkāra está incluído); Manas, que são os 10 sentidos (Indriyas) e os 5 Tanmatras.<br />
Nenhuma menção especial é feita do Prāna, ou Princípio Vital, pelo Sāmkhya, pelo qual é<br />
referido como uma modificação do Antahkarana e, como tal, está implicitamente incluído. As<br />
Māyāvādins, inserem o Prāna, em número de cinco, de uma única vez no Tanmātra 55 .<br />
O Jīva vive no corpo sutil, ou mental, somente enquanto no estado de sonho (Svapna).<br />
Para o mundo exterior dos objetos (Mahābhūta) é, então, excluído, e a consciência vagueia no<br />
mundo <strong>da</strong>s ideias. O corpo sutil, ou alma, é imperecível até a Liberação ser alcança<strong>da</strong>, quando<br />
o Jīvātmā, ou a consciência aparentemente condiciona<strong>da</strong>, deixa de ser e se torna a Suprema<br />
Consciência, ou Paramātmā, Nirguna Shiva. O corpo sutil sobrevive, assim, à dissolução do<br />
corpo físico <strong>da</strong> matéria, do qual ele vai além (Utkramana), e “reencarna” 56 (para usar um termo<br />
inglês) até a Liberação (Mukti). O Lingasharira não é todo-permeante (Vibhu), pois naquele<br />
caso ele deve ser eterno (Nitya) e não deve agir (Kriyā). Mas ele se move e vai (Gati). Uma vez<br />
que ele não é Vibhu, ele deve ser limitado (Parichchhinna) e de dimensão atômica<br />
(Anuparimāna). É, indiretamente, dependente de alimento. Pois, embora o corpo material é o<br />
corpo do alimento (Annamaya), a Mente é dependente dele quando associado como o corpo<br />
físico. A Mente no corpo sutil carrega os Samskāras que são o resultado <strong>da</strong>s ações passa<strong>da</strong>s.<br />
Este corpo sutil é a causa do terceiro, ou corpo físico.<br />
O processo inteiro de evolução se deve à presença <strong>da</strong> vontade de viver e gozar, o qual<br />
é um resultado do Vāsanā, ou desejo do mundo, transportado vi<strong>da</strong> após vi<strong>da</strong> nos Samskāras,<br />
ou impressões feitas no corpo sutil pelo Karma, que é dirigido por Īshvara. Em seu avanço no<br />
mundo, o Eu não é dotado somente com as facul<strong>da</strong>des do corpo sutil, mas com os objetos<br />
físicos do gozo, no qual aquelas facul<strong>da</strong>des se alimentam. Lá, portanto, vem a ser, como uma<br />
projeção do <strong>Poder</strong> (Shakti) <strong>da</strong> Consciência, o corpo físico <strong>da</strong> matéria chamado de Sthūla<br />
Sharīra.<br />
53 – Sāmkhyashāstre cha chintāvrittikasya chittasya buddhavevāntarbhavah (No Sāmkhya Shāstra, Chitta, a função do<br />
qual é Chintā, está incluí<strong>da</strong> no Buddhi, I. 64).<br />
54 – Chittam antahkarana-samanyam (Chitta é o Antahkarana no geral): Sāmkhya-Pravachana-Bhāshya.<br />
55 – Sāmkhya-Pravachana-Sūtra, III. 9. Veja meu volume sobre “Vi<strong>da</strong>” (Prāna-Shakti).<br />
56 – Esta é a transmigração, ou pretyabhāva, que significa “o surgimento sempre e sempre” – punarutpattih pretya<br />
bhāvah, como Gautama diz. Pretya = ter morrido, e Bhāva = “o tornar-se (nascer no mundo) novamente”. “Novamente”<br />
significa habituali<strong>da</strong>de: nascimento, em segui<strong>da</strong> a morte, e novamente o nascimento, e assim sucessivamente, até a<br />
emancipação final, que é Moksha, ou Apavarga (liberação), como o Nyāya o chama.<br />
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