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O Poder da Serpente - Shri Yoga Devi

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A luz em uma lanterna não é afeta<strong>da</strong>, mas sua manifestação para aqueles de fora é afeta<strong>da</strong><br />

pelo material através do qual a luz brilha. Prakriti, contudo, não é Matéria científica. A última é<br />

somente seu produto mais grosseiro, e tem, como tal, nenhuma existência duradoura. Prakriti é<br />

a causa “material” derradeira de ambos, Mente e Matéria, e todo o universo do qual ele é<br />

composto. É o misterioso ventre (Yoni) de onde tudo nasce 7 . O que Ela é, em Si mesma, não<br />

pode ser realizado. Ela é somente conheci<strong>da</strong> por Seus efeitos 8 . Embora Mūlaprakriti seja a<br />

causa material do mundo do qual surge 9 , ultimamente, como é em si mesmo (Svarūpa),<br />

Prakriti Shakti, como todos os outros, é Consciência, pois a Consciência como <strong>Poder</strong> e<br />

Consciência estática são um 10 . A Consciência, contudo, assume o papel de Prakriti – ou seja,<br />

poder criativo – quando envolvendo o universo. Sua substância consiste de Gunas, ou modos<br />

de seu princípio natural o qual são chamados Sattva, Rajas e Tamas 11 . A ação geral de Shakti<br />

é velar, ou contrair a consciência. Prakriti, de fato, é um finitising princípio. Parecendo a todos<br />

que ela finitises e faz a forma no infinito aformo Consciência 12 . Assim como todos os Gunas.<br />

Mas um faz menos e o outro mais. O primeiro é Sattvaguna, a função do qual, em relação aos<br />

outros Gunas, é revelar a consciência. Quanto maior a presença, ou poder de Sattvaguna,<br />

maior a aproximação <strong>da</strong> condição de Consciência Pura. Semelhantemente, a função de Tamas<br />

Guna é suprimir, ou velar a consciência. A função de Rajas Guna é fazê-la ativa – ou seja, ele<br />

trabalha sobre Tamas para suprimir Sattva, ou sobre Sattva para suprimir Tamas 13 . O objetivo<br />

e o efeito <strong>da</strong> evolução, assim como de to<strong>da</strong> Sādhanā, é desenvolver Sattvaguna. As Gunas<br />

sempre co-existem em to<strong>da</strong>s as coisas, mas predominam varia<strong>da</strong>mente. O mais inferior está,<br />

na escala <strong>da</strong> natureza, no que prevalece em maior Tamas Guna, como nas chama<strong>da</strong>s<br />

“substâncias brutas”, que foram supostamente ti<strong>da</strong>s como totalmente inertes. O mais elevado<br />

está no que prevalece em maior Sattva Gunas. O ver<strong>da</strong>deiro homem Sāttvico é um homem<br />

divino, seu temperamento sendo chamado no Tantras Divyabhāva 14 . Através do Sattvaguna a<br />

passagem é feita para o Sat, que é Chit, ou Consciência pura, pelo Siddhayogī, que está<br />

identificado com o Espírito Puro.<br />

7 - A palavra foi deriva<strong>da</strong> de Kri e o afixo ktin, que é adicionado ao expresso bhāva, ou a ideia abstrata, e algumas<br />

vezes o Karma, ou o objeto de ação, correspondem com o afixo Grego sis. Ktin flexionado no nominativo torna-se tih,<br />

tis. Prakriti, portanto, corresponde a ϕνσις (natureza) dos Gregos (Banerjee, “Diálogos sobre a Filosofia Hindu”, 24). Ele<br />

também é chamado de Pradhāna. Pra + dhā + anat = Pradhatte sarvam ātmani, ou aquele que contém to<strong>da</strong>s as coisas<br />

em si mesmo, a fornte e o receptáculo de to<strong>da</strong> matéria e forma. Pradhāna também significa, literalmente, “principal”<br />

(substância), pois, de acordo com o Sāmkhya, ele é o criador real.<br />

8 - Veja o esplêndido Hino à Prakriti no Prapanchasāra Tantra, Volume III, “Textos Tāntricos ”. O que podemos ver<br />

pelos olhos podemos definir, mas não Ela. “Ela não pode ser vista pelos olhos”. Kena Upanishad, 1-6: “Yat chakshushā<br />

na pashyati”. Ela está além dos sentidos. Portanto, Trishatī se dirige à Devī (II. 44) como Idrigityavinirdeshyā (aquela<br />

que não é aponta<strong>da</strong> particularmente como sendo isto ou aquilo). Veja Shāradā Tilaka, Vāmakeshvara, e Vishvasāra<br />

Tantras, citado no Prānatoshinī, pg 24. Ela é inefável e inconcebível: com forma (Vikriti), ain<strong>da</strong> Em si mesma<br />

(Mūlaprakriti) sem forma. Mahānirvāna Tantra, IV. 33-35. Assim Sāyana (Rig Ve<strong>da</strong>, X. 129, 2) diz que, enquanto Māyā<br />

é Anirvāchyā (indefinível), uma vez que não é nem Sat nem Asat, Chit é defini<strong>da</strong> como Sat.<br />

9 – Kroteh prārambho yasyā. Ou seja, pelo qual a criação (Srishti), sustenta (Sthiti) e dissolve (Laya) são feitos<br />

(Prakriyate kāryādikam anayā).<br />

10 – Veja comentários de Sadānan<strong>da</strong> sobre o 4º Mantra de Īsha Upanishad. “O imutável Brahman, que é consciência,<br />

surge na criação como Māyā, que é Brahman (Brahmamayī) consciência (Chidrūpinī), mantendo em Si mesmo sem<br />

início (Anādi) tendências Kārmicas (Karmasamskāra) na forma dos três Gunas. Portanto, Ela é Gunamayī apesar de<br />

ser Chinmayī. E como não existe um segundo princípio, estes Gunas são a Chit-Shakti”.<br />

11 – As três Gunas são Prakriti. A Devī, como na forma de Prakriti, é chama<strong>da</strong> de Trigunātmikā (que é composta <strong>da</strong>s<br />

três Gunas). To<strong>da</strong> natureza que emana Dela, a Grande Causa (Mahākāranasvarūpā), também é composta dos<br />

mesmos Gunās em diferentes estados de relação.<br />

12 – Veja um artigo meu no Indian Philosophical Review, “Shakti e Māyā”, reproduzido na 3ª Edição de “Shakti e<br />

Shākta”.<br />

13 – Nas palavras do Professor P. Mukhyopadhyaya, li<strong>da</strong>ndo com a matéria de forma monística, estes são os três<br />

elementos do Estresse <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> sobre a superfície <strong>da</strong> Consciência pura – ou seja, apresentação (Sattva), movimento<br />

(Rajas), e velamento (Tamas), que são os três elementos <strong>da</strong> evolução criativa (“A Patente Maravilhosa”, pg 19).<br />

14 – Aqueles em cujo Rajas Guna é predominante, e que trabalham aquele Guna para suprimir Tamas, são Vīra<br />

(herói), e o homem em quem o Tamas Guna prevalece é um Pashu (animal).<br />

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