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A Matéria, assim, existe em cinco estados etérico 67 , aéreo 68 , ígneo 69 , fluídico 70 e<br />
sólido 71 . Prithivī não indica meramente o que é popularmente conhecido como “Terra”. To<strong>da</strong><br />
substância sóli<strong>da</strong> (Pārthiva) está no seu estado de Prithivī. To<strong>da</strong> substância no estado fluídico<br />
(Āpya), está no seu estado de Apas, assim como to<strong>da</strong>s as coisas que tem resistência coesiva<br />
está naquele estado de Prithivī. Este último, portanto, é a vibração coesiva, a causa <strong>da</strong> solidez,<br />
do qual a terra comum é uma forma composta física. To<strong>da</strong> matéria na condição aérea (Vāyaya)<br />
está no estado de Vāyu. Estes são as diferenciações primárias <strong>da</strong> matéria cósmica em um<br />
universo de movimentos sutilmente delicados. Os Tattvas, considerados objetivamente,<br />
evocam nos Indriyas o pala<strong>da</strong>r, olfato, visão, toque e audição.<br />
O corpo físico é, assim, uma combinação dos compostos desses Mahābhūtas,<br />
derivados, em última instância, do Éter (Ākāsha) em si mesmo evoluído <strong>da</strong> forma descrita.<br />
Os corpos físico e sutis acima descritos são vitalizados e mantidos juntos como um<br />
organismo pelo Prāna, que evolui <strong>da</strong> energia ativa (Kriyā Shakti) do Linga Sharīra. O Prāna, ou<br />
princípio vital, é a relação especial do Ātmā com uma certa forma de matéria que, por essa<br />
relação, o Ātmā organiza e constrói como um meio de ter experiência 72 . Esta relação especial<br />
constitui o Prāna individual no corpo individual. O Prāna cósmico onipenetrante não é o Prāna<br />
neste sentido físico, mas é um nome para o Brahman como o autor do Prāna. O Prāna<br />
individual é limitado ao corpo em particular que está sendo vitalizado, e é uma manifestação<br />
em to<strong>da</strong>s as critauras viventes (Prānī) <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de e sustentadora e criativa de Brahman, que é<br />
representado nos corpos dos indivíduos por Devī Kun<strong>da</strong>linī.<br />
Todos os seres, quer sejam Devatās, homens, ou animais, existem somente porque o<br />
Prāna está dentro do corpo. Ele é a duração de vi<strong>da</strong> de tudo 73 . A vi<strong>da</strong> que tem sido objeto de<br />
disputa na India como em todos os lugares 74 . Os materialistas <strong>da</strong> escola Lokāyata, consideram<br />
a vi<strong>da</strong> como sendo o resultado <strong>da</strong>s combinações químicas dos elementos, <strong>da</strong> mesma forma<br />
como a proprie<strong>da</strong>de intoxicante <strong>da</strong>s bebi<strong>da</strong>s alcóolicas resultam <strong>da</strong> fermentação de arroz e<br />
melaço não intoxicantes, ou como uma formação espontânea como é suposto ocorrer sob a<br />
influência de um calor suave. Isto é negado pelo Sāmkhya. Embora o Prāna e suas quíntuplas<br />
funções sejam chamados Vāyu, Vi<strong>da</strong>, de acordo com esta escola, ele não é um Vāyu no<br />
sentido de uma mera força bioquímica, nem qualquer movimento mecânico resultando <strong>da</strong><br />
impulsão de tal Vāyu.<br />
De acordo com o ponto de vista desta escola, o Prāna, ou vitali<strong>da</strong>de, é a função<br />
comum <strong>da</strong> mente e de todos os sentidos, ambos sensórios (Jnānendriya) e motor<br />
(Karmendriya), que resilta no movimento orgânico. Assim como vários pássaros, quando<br />
confinados em uma gaiola, fazem a gaiola se mover ao se moverem, assim a mente e os<br />
sentidos fazem o corpo se mover enquantos eles estão engajados em suas ativi<strong>da</strong>des<br />
respectivas. A vi<strong>da</strong> é, então, uma resultante <strong>da</strong>s várias ativi<strong>da</strong>des concomitantes dos outros<br />
princípios, ou forças, no organismo.<br />
67 – Veja este e outros diagramas de placas colori<strong>da</strong>s dos Chakras.<br />
68 – Onipenetrante (Sarvavyāpī), embora relativamente assim no Sāmkhya, e sem cor (Nirūpa). Como vibração, v.<br />
ante.<br />
69 – Com movimentos que não são em linha reta (Tiryag-gamana-shīla).<br />
70 – Luminoso (Prakāsha) e aquecendo (Tāpa).<br />
71 – Líquido (Tarala), movendo (Chalanashīla). Ele tem a quali<strong>da</strong>de de Sneha, com o que coisas podem ser enrola<strong>da</strong>s<br />
em um aglomerado (Pin<strong>da</strong>), como farinha umedeci<strong>da</strong> ou terra. Algumas coisas sóli<strong>da</strong>s se tornam líqui<strong>da</strong>s ao serem<br />
aqueci<strong>da</strong>s; e outras se tornam sóli<strong>da</strong>s, o Jāti (espécies) que ain<strong>da</strong> é água (Jalatva).<br />
72 – Sem buracos, denso (Ghana), firme (Dridha), combinado (Sanghata) e rígido (Kathina).<br />
73 – Realismo Hindu, pg 84. Veja meu volume sobre “Vi<strong>da</strong>”.<br />
74 – Kaushītakī Upanishad, 3-2.<br />
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