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O Poder da Serpente - Shri Yoga Devi

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No aspecto cinético, ou Shakti, como apresentado pelas categorias puras, a<br />

experiência reconhece um “Eu” e “Este”, mas o último é considerado, não como algo oposto e<br />

fora do “Eu”, mas como parte de um único eu que tem dois lados – um “Eu” (Aham) e um<br />

“Este” (I<strong>da</strong>m). A ênfase vaira de insistência no “Eu” à insistência no “Este”, e, em segui<strong>da</strong>, à<br />

igual<strong>da</strong>de de ênfase no “Eu” e “Este” como uma preparação para a dicotomia na consciência<br />

que se segue.<br />

As categorias pura-impura são intermedia<strong>da</strong>s entre o puro e o impuro. As<br />

características <strong>da</strong> experiência constituí<strong>da</strong>s pelas categorias impuras é o seu dualismo efetuado<br />

através de Māyā – e suas limitações – o resultado <strong>da</strong> operação dos Kanchukas. Aqui o “Este”<br />

não é percebido como parte do Eu, mas como oposto e fora, como um objeto visto de fora.<br />

Ca<strong>da</strong> consciência assim se torna mutuamente exclusiva uma <strong>da</strong> outra. Os estados descritos<br />

assim são triplos: um “Eu” misturado transcendente e um “Este” no qual estes elementos <strong>da</strong><br />

experiência estão, como tais, não envolvidos; e uma forma pura <strong>da</strong> experiência intermediária<br />

entre o primeiro e o último, no qual ambos, o “Eu” e o “Este” são experimentados como parte<br />

de um eu; e, terceiro, o estado de manifestação próprio, quando há uma completa clivagem<br />

entre o “Eu” e o “Este”, no qual um objeto externo é apresentado à consciência de um<br />

conhecedor que é outro alpem do que o sujeito. Este último estágio é, em si mesmo, duplo. No<br />

primeiro o Purusha experencia um universo homogêneo, embora diferente de si mesmo como<br />

Prakriti; no segundo Prakriti é dividi<strong>da</strong> em seus efeitos (Vikriti), que são Mente e Matéria, e as<br />

multidões de seres do universo que este compõem. Shakti como Prakriti, primeiro envolve a<br />

mente (Buddhi, Ahaṁkāra, Manas) e os sentidos (Indriya) e, em segui<strong>da</strong>, a matéria sensível<br />

(Bhūta) <strong>da</strong> quíntupla forma (“éter”, “ar”, “fogo”, “água”, “terra”) 36 derivado dos gerais<br />

supersensíveis dos sentidos particulares chamados Tanmātra. Quando Shakti entra no último e<br />

mais grosseiro Tattva (“terra”) – ou seja, matéria sóli<strong>da</strong> – não há mais na<strong>da</strong> para Ela fazer. Sua<br />

ativi<strong>da</strong>de criativa, então, cessa, e Ela repousa. Ela repousa em Sua última emanação, o<br />

princípo <strong>da</strong> “terra”. Ela é, novamente, enrola<strong>da</strong> e dorme. Ela é, agora, Kun<strong>da</strong>lī Shakti, cuja<br />

mora<strong>da</strong> no corpo humano é o centro Terra, ou Mūlādhāra Chakra. Como no supremo estado<br />

Ela se lança enrola<strong>da</strong> como a Mahākun<strong>da</strong>lī envolta do Supremo Shiva, <strong>da</strong> mesma forma aqui<br />

Ela está enrola<strong>da</strong> em torno do Svayambhu Linga no Mūlādhāra. Este último centro, ou Chakra,<br />

e os quatro acima dele são centros <strong>da</strong>s cinco formas de Matéria. O sexto centro é aquele <strong>da</strong><br />

Mente. A Consciência e seus processos através de Shakti anterior ao surgimente de Māyā são<br />

realizados no sétimo lótus (Sahasrāra-padma) e os centros intermediários entre ele e o sexto,<br />

ou Ājnā, centro <strong>da</strong> Mente.<br />

A evolução do Mantra, que deve ser conhecido se o Texto for compreendido, é definido<br />

com muita clareza no Shāradā Tilaka, onde se diz que é a partir do Sakala Shiva (Shiva<br />

Tattva), que está Sat-Chit-Ānan<strong>da</strong>, a Shakti emiti<strong>da</strong> (Shakti Tattva); a partir do último Nā<strong>da</strong><br />

(Sadākhya Tattva); e a partir do Nā<strong>da</strong>, o Bīndu evoluído (Īshvara Tattva) 37 , que, para distinguilo<br />

do Bīndu que se segue, é chamado de o Supremo Bīndu (Para-Bīndu). Nā<strong>da</strong> e Bīndu são,<br />

como todos os outros, aspectos do <strong>Poder</strong>, ou Shakti, sendo aqueles estados Dela que são as<br />

condições adequa<strong>da</strong>s para (Upayogāvasthā) e no qual Ela é inclina<strong>da</strong> à (Uchchhūnāvasthā)<br />

“criação”. Naqueles Tattvas o germen <strong>da</strong> ação (Kriyā Shakti) brota para sua manifestação<br />

plena.<br />

36 – Estes termos não têm significado no inglês comum, mas indicam os estados <strong>da</strong> matéria etéreo, gasoso, ígneo,<br />

líquido e sólido. Na adoração (Pūjā), eles são simbolizados pelos seguintes ingredientes (Upachāa): Pushpa (flor), éter;<br />

Dhūpa (incenso), ar; Dīpa (luz), fogo; Naivedya (oferecimento de alimento), água; e Chan<strong>da</strong>na (sân<strong>da</strong>lo), terra.<br />

37 – Sachchidāanan<strong>da</strong>-vibhavāt sakalāt parameshvarāt<br />

Āsīchchhaktis tato nādo nādād bindu-samudbhavah<br />

(Capítulo I)<br />

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