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O Poder da Serpente - Shri Yoga Devi

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No caso do Prāna individualizado, ou princípio que vitaliza o organismo animal durante<br />

sua vi<strong>da</strong> terrena, ele pode ser, quando relacionado com um princípio independente, uma força<br />

mais sutil do que aquele que se manifesta como matéria terrena que ele vitaliza. Em outras<br />

palavras, de acordo com esta teoria, o Ātmā doa vi<strong>da</strong> aos organismos terrenos através do<br />

intermédio do Prāna terreno que é uma <strong>da</strong>s manifestações <strong>da</strong>quela Energia que emite e está<br />

na base do Ātmā onipresentem, como Shakti.<br />

Ātmā, como tal, não tem estados, mas em linguagem mun<strong>da</strong>na dizemos assim. Assim<br />

o Māndukya Upanishad 86 fala dos quatro aspectos (Pā<strong>da</strong>) de Brahman.<br />

Chaitanya, ou Consciência nos corpos, é imanente nos indivíduos e nos corpos<br />

coletivos físicos, sutis e causais e os transcendem. Uma e a mesma Chit permeia e transcende<br />

to<strong>da</strong>s as coisas, mas dá diferentes nomes para marcar seus diferentes aspectos no Jīva. Chit,<br />

sendo imutável, não tem, em si mesmo, nenhum estado; pois os estados só podem existir nos<br />

produtos <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça Prakriti-Shakti. A partir do aspecto, contudo, de Jīva, muitos estados<br />

existem, que, embora instruído pela mesma Chit, podem, a partir deste aspecto, serem<br />

chamados estados de consciência 87 .<br />

No mundo manifestado, a Consciência surge em três estados (Avasthā), ou seja 88 :<br />

estado de vigília (Jāgrat), sonho (Svapna) e sono sem sonhos (Sushupti). No estado de vigília<br />

o Jīva é consciente dos objetos externos (Bahihprajna), e é o desfrutador físico destes objetos<br />

através dos sentidos (Sthūlabhuk) 89 . O Jīva neste estado é chamado de Jāgarī – ou seja,<br />

aquele que toma sobre su o corpo físico chamado Vishva. Aqui a consciência Jīva está no seu<br />

corpo físico.<br />

No sonho (Svapana), o Jīva é consciente dos objetos internos (Antahprajna), e o<br />

desfrutador do que é sutil (Praviviktabhuk) – ou seja, impressões deixa<strong>da</strong>s na mente pelos<br />

objetos percebidos no estado de vigília. Os objetos de sonhos têm somente uma reali<strong>da</strong>de<br />

externa para o sonhador, enquanto que os objetos percebidos quando em vigília tem tal<br />

reali<strong>da</strong>de para todos que estão naquele estado.<br />

O primeiro estado (Jāgrat) é aquele do sentido <strong>da</strong> percepção. Aqui o ego vive em um<br />

mundo de ideias mentais, e a consciência Jīva está no corpo sutil. Esses dois estado são<br />

estados de duali<strong>da</strong>de no qual a multiplici<strong>da</strong>de é experimenta<strong>da</strong> 90 .<br />

O terceiro estado, o aquele do sono sem sonhos (Sushupti), é definido como aquele<br />

que não é nem vigília e nem sonho, e no qual as experiências varia<strong>da</strong>s do dois primeiros<br />

estados são mescla<strong>da</strong>s em uma experiência simples (Ekībhūta), bem como a varie<strong>da</strong>de do dia<br />

é perdi<strong>da</strong> na noite sem a extinção dessa varie<strong>da</strong>de. A consciência não é objetiva (Bahihprajna)<br />

nem subjetiva (Antahprajna), mas um consciência simples indiferencia<strong>da</strong> sem um outro objeto<br />

além de si mesmo (Prajnānaghana). No estado de vigília, a consciência Jīva está associa<strong>da</strong><br />

com a mente e os sentidos; no sonho os sentidos estão afastados; no sono sem sonhos a<br />

mente em torpor também está afasta<strong>da</strong>. O Jīva, chamado Prājna, está por enquando, sendo<br />

mesclado em seu corpo causal – ou seja, Prakriti inseparavelmente associado com a<br />

Consciência – isto é, com aquele estado de Consciência que é a semente do qual os corpos<br />

sutil e físico crescem. O estado é um de bem-aventurança. O Jīva não é consciente de na<strong>da</strong> 91 ,<br />

mas no despertar ele preserva somente a noção, “Feliz eu durmo; Eu não estava consciente de<br />

na<strong>da</strong> 92 ”. Este estado está em conformi<strong>da</strong>de com aquele que tem como seus objetos o sentido<br />

de na<strong>da</strong> 93 . Enquanto os dois primeiros estados desfrutam os objetos físicos e sutis,<br />

respectivamente, este é o desfrutador <strong>da</strong> bem-aventurança sozinho (Ānan<strong>da</strong>bhuk) – ou seja,<br />

felici<strong>da</strong>de simples sem um objeto. O Senhor é sempre o desfrutador <strong>da</strong> bem-aventurança, mas<br />

nos primeiros dois estados Ele desfruta <strong>da</strong> bem-aventurança através dos objetos. Aqui ele<br />

desfruta a bem-aventurança em si mesmo livre de ambos, sujeito e objeto. Neste caminho, o<br />

estado Sushupti abor<strong>da</strong> a Consciência Brahman. Mas ele não é aquela em sua pureza, porque<br />

ele, como os outros dois estados, estão associados com a ignorância (Avidyā) o primeiro dos<br />

dois com Vikriti, e o último com Prakriti. Além disso, portanto, o estado lá é o “quarto” (Turīya).<br />

Aqui a experiência pura chama<strong>da</strong> Shuddhavidyā é adquiri<strong>da</strong> através do Samādhiyoga. Jīva no<br />

estado Sushupti está no corpo causal (Kārana), e Jīva no estado de Turīya está no grande<br />

corpo causal (Mahākārana) 94 .<br />

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