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O Poder da Serpente - Shri Yoga Devi

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Considerado de um modo objetivo, é uma vibração 59 em e <strong>da</strong> substância de Prakriti do qual há<br />

uma transformação na qual as outras forças são observa<strong>da</strong>s em operação. Por último, Ākāsha<br />

não é um derradeiro, mas em si mesmo derivado do Tanmātra supersensível, com sua<br />

quali<strong>da</strong>de (Guna) por meio do qual Ākāsha afeta os sentidos; e este Tanmātra é, em si mesmo,<br />

derivado a partir do princípio mental Eu-criador (Ahamkāra), ou consciência pessoal produzi<strong>da</strong><br />

do suprapessoal consciência de Jīva, como tal (Buddhi), emanando <strong>da</strong> energia raiz, ou Prakriti-<br />

Shakti, a causa e base de to<strong>da</strong>s as formas <strong>da</strong> força ou substância material. Por trás de ambos,<br />

“matéria” e mente, existe a energia criativa (Shakti) do Supremo, que é a causa do universo e a<br />

Consciência em si mesmo.<br />

A matéria afeta o Jīva em cinco diferentes caminhos, <strong>da</strong>ndo origem nele aos sentidos<br />

do olfato, tato, visão, toque e sentimento, e audição.<br />

Como já explicado, os Tanmātras são supersensíveis, sendo quali<strong>da</strong>des abstratas, ao<br />

passo que os sentidos percebem suas variações somente nos objetos específicos. Estes<br />

sentidos específicos são produzidos a partir dos gerais, ou Universais.<br />

A partir do Shab<strong>da</strong> Tanmātra e <strong>da</strong>s combinações do último com os outros Tanmātras,<br />

são produzidos os Bhūtas físicos (Mahābhūta), que são coisas de magnitude física que são<br />

percebi<strong>da</strong>s pelos sentidos abor<strong>da</strong>dos na definicão Ocidental como uma “matéria”<br />

discretamente sensível. Estes cinco Mahābhūtas são Ākāsha (Éter), Vāyu (Ar), Tejas (Fogo),<br />

Apas (Água) e Prithivī (Terra). Seus desenvolvimentos ocorrem a partir do Tanmātra, a partir de<br />

uma uni<strong>da</strong>de do qual é conhecido na matéria sensível como uma massa (Tamas), carrega<strong>da</strong><br />

com energia (Rajas), pelo gradual crescimento <strong>da</strong> massa e distribuição de energia. O resultado<br />

disto é que ca<strong>da</strong> Bhūta é mais físico do que aquele anterior, até que a “Terra” é alcança<strong>da</strong>.<br />

Estes cinco Bhūtas não têm conexão com os “elementos” denominados no inglês, nem, de fato,<br />

são absolutamente esses elementos., sendo derivados a partir dos Tanmātras. Dinamicamente<br />

e objetivamente considerados, eles são (provenientes do Ākāsha) as cinco formas de<br />

movimento no qual a Prakriti diferencia-se, ou seja, não-obstrutiva, todo o movimeto dirigido<br />

irradiando linhas de força em to<strong>da</strong>s as direções, simbolizado como os “Cabelos de Shiva” 60<br />

proporcionando o espaço (Ākāsha) no qual as outras forças operam; movimento transversal 61<br />

e locomoção no espaço (Vāyu); movimento para cima <strong>da</strong>ndo origem à expansão (Tejas);<br />

movimento para baixo <strong>da</strong>ndo origem à contração (Apas); e aquele movimento que produz<br />

coesão, sua caracterísitca de obstrução, sendo o oposto do não-obstrutivo éter no qual ele<br />

existe e do qual ele e os outros Tattvas saltam. O primeiro é percebido pelo ouvido através de<br />

sua quali<strong>da</strong>de (Guna) do som (Shab<strong>da</strong>) 62 ; o segundo, pelo toque através <strong>da</strong> resistência e do<br />

sentimento; o terceiro pela visão <strong>da</strong> cor 63 ; o quarto pelo pala<strong>da</strong>r através do sabor; e o quinto<br />

pelo sentido do olfato por seu odor, que é produzido pela matéria sozinha e assim por diante<br />

conforme ele participa do estado sólido 64 .<br />

59 – Ele é Span<strong>da</strong>nashīla (vibratório), de acordo com Sāmkhya; pois os produtos compartilham o caracter <strong>da</strong> vibração<br />

original de Prakriti, e estes produtos não são Prakriti em si mesmo, onipenetrante (Vibhu). O Vaisheshika Sūtrakāra o<br />

compara com um imóvel, incolor (Nirūpa), contínuo (Sarvavyāpī). Os Comentaristas argumentam que, como ele é um<br />

Dravya ou objeto, ele deve possuir a quali<strong>da</strong>de geral (Dharma) do Dravya, ou Kriyā – ou seja, ação. Veja meu volume<br />

sobre “Matéria”.<br />

60 – Shaivismo <strong>da</strong> Kashmira, pg 132, onde é sugestionado que as linhas do campo magnético estão conecta<strong>da</strong>s com<br />

as linhas do Dik (direção), como as linhas <strong>da</strong> energia etérea.<br />

61 – Vāyu, como o Prapanchasāra Tantra diz, é caracterizado pelo movimento (Chalanapara). A raiz Sanscrita Vā =<br />

mover. Veja Sushruta, Volume II, pg 2, edição Kaviraj Kunja Lala Bhishagratna.<br />

62 – De acordo com as noções Ocidentais, ele é o ar que é a causa do som, e Ar (Vāyu) é um auxiliador (Sahakārī) em<br />

sua manifestação.<br />

63 – Tato não é, aqui, usado no sentido de to<strong>da</strong>s as formas de contato, pois a forma e a solidez não estão ain<strong>da</strong><br />

desenvolvidos, mas tal contato específico como aquele pelo qual é realizado a quali<strong>da</strong>de térmica <strong>da</strong>s coisas.<br />

64 – Fogo é o nome, ou aquela ação que constói e destrói as formas.<br />

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