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O estilo do pensamento difere em um sentido não facilmente descrito, mas que irá ser<br />
rapi<strong>da</strong>mente reconhecido por aqueles que têm alguma familiari<strong>da</strong>de com as Escrituras Indianas<br />
e modo de pensamento. O último é sempre disposto a interpretar todos os processos e seus<br />
resultados de um ponto de vista subjetivo, embora para os propósitos <strong>da</strong> Sādhana, o aspecto<br />
objetivo não é ignorado. a teoria Indiana é altamente filosofica. Assim, para citar somente um<br />
exemplo, embora o Rt. Ver. Leadbeater atribui o poder de se tornar maior ou menos ao poder<br />
(Animā e Mahimā Siddhi) a um tubo flexível, ou “serpente microscópica” na cabeça, o Hindu diz<br />
que todos os poderes (Siddhi) são os atributos (Aishvarya) do Senhor Īshvara, ou Consciência<br />
Criativa, e que no grau que o Jīva realiza aquela consciência 47 ele compartilha os poderes<br />
inerentes no grau de sua realização.<br />
Aquela característica geral dos sistemas Indianos, e que constitui sua profundi<strong>da</strong>de<br />
real, é de suprema importância atribuí<strong>da</strong> à Consciência e seus estados. São estes estados que<br />
criam, sustentam e destroem os mundos. Brahmā, Vishnu e Shiva são os nomes para funções<br />
<strong>da</strong> única Consciência Universal operando em nós mesmos. E quaisquer que sejam os meios<br />
empregados, é a transformação do estado “inferior” em estado “superior” de consciência que é<br />
o processo e o fruto do <strong>Yoga</strong> e a causa de to<strong>da</strong>s suas experiências. Nesta e outras matérias,<br />
contudo, devemos distinguir ambas as práticas e a experiência a partir <strong>da</strong>í. Uma experiência<br />
semelhante pode, possivelmente, ser obti<strong>da</strong> por vários meios de prática, e uma experiência<br />
pode, de fato, ser uma ver<strong>da</strong>de, embora a teoria que pode <strong>da</strong>r a explicação para ela esteja<br />
incorreta.<br />
As seguintes seções irão permitir o leitor prosseguir as comparações por si mesmo.<br />
Quanto à prática, eu não disse que Kun<strong>da</strong>linī não pode ser desperta<strong>da</strong> exceto no<br />
Mūlādhāra e pelos meios aqui indicados, embora isto possa ocorrer por acidente quando, por<br />
oportuni<strong>da</strong>de, uma pessoa tem sucesso sobre as posições e as condições necessárias, mas<br />
não o contrário. Assim a estória é conta<strong>da</strong> de um homem que foi encontrado cujo corpo estava<br />
tão frio quanto um cadáver, embora o topo <strong>da</strong> cabeça estava ligeiramente quente. (Este é o<br />
estado no Kun<strong>da</strong>lī-<strong>Yoga</strong> Samādhi). Ele foi massageado com ghee (manteiga clarifica<strong>da</strong>),<br />
quando a cabeça ficou, gradualmente, mais quente. O calor desceu para o pescoço, quando<br />
todo o corpo recuperou seu calor de súbito. O homem voltou à consciência e, então, contou a<br />
história de sua condição. Ele disse que tinha acontecido através de algo estranho, imitando a<br />
postura de um Yogī, quando subitamente um “sono” veio sobre ele. Ele supôs que sua<br />
respiração devia ter parado, e que, estando em uma posição e condições corretas, ele tinha<br />
inconscientemente despertado Kun<strong>da</strong>lī, que tinha ascendido ao Seu centro cerebral. Não<br />
sendo, contudo, um Yogī, ele não poderia fazê-la descer novamente. Isto, além do mais,<br />
somente pode ser feito quando as Nādīs estão purifica<strong>da</strong>s. Eu disse que o Pandit (que deu-me<br />
esta história, que foi instruído neste <strong>Yoga</strong>, e cujo irmão a praticou) do caso de um amigo meu<br />
europeu que não era familiarizado com os processo do <strong>Yoga</strong> aqui descritos, embora ele tenha<br />
lido algo sobre Kun<strong>da</strong>lī na tradução de trabalhos Sanscritos e que, não obstante, acreditou ter<br />
elevado Kun<strong>da</strong>lī somente pelos processos de meditação. De fato, com ele me escreveu, foi em<br />
vão para ele, como um europeu, entrar em minúcias do <strong>Yoga</strong> Oriental. Ele, contudo, viu os<br />
“nervos” Idā e Pingalā, e o “fogo central” com um a aura trêmula de luz rósea e azul, ou luz<br />
azula<strong>da</strong>, e um fogo branco que se levantou até o cérebro e inflamou-se em um esplendor veloz<br />
em ca<strong>da</strong> um dos lados <strong>da</strong> cabeça. O fogo foi visto intermitente do centro ao centro com tanta<br />
rapidez que ele poderia ver pouco <strong>da</strong> visão, e movimentos <strong>da</strong>s forças foram vistas nos corpos<br />
dos outros. O esplendor, ou aura, em torno de Idā foi visto como semelhante a Lua – ou seja,<br />
azulado pálido – e Pingalā, vermelho ou um pouco rosa pálido opalescente. Kun<strong>da</strong>lī apareceu<br />
na visão como de um fogo dourado intenso esbranquiçado, enrola<strong>da</strong> como numa espiral.<br />
Tendo os centros, Sushumnā, Idā e Pingalā simbolizados pelo Caduceu de Mercúrio 48 , a<br />
pequena bola no topo <strong>da</strong> ro<strong>da</strong> foi identifica<strong>da</strong> com o Sahasrāra, ou glândula pineal 49 , e as asas<br />
como auras flamejantes em ca<strong>da</strong> lado do centro quando o fogo o alcança.<br />
47 – Como isto é pela graça <strong>da</strong> Devī, Ela é chama<strong>da</strong> de “a doadora dos oito Siddhis” (Īshitvāshtasiddhidā). Veja<br />
Trishatī, II. 47. Ela doa Aishvarya.<br />
48 – No qual a ro<strong>da</strong> é o canal central (Sushumnā), que está interlaça<strong>da</strong> por Idā e Pingalā simpáticos, os pontos <strong>da</strong><br />
seção sendo os centros. As duas asas no topo são os dois lóbulos, ou pétalas do Ājnā Chakra.<br />
49 – Aqui eu diferencio. O Saharāra está no topo do crânio, ou cérebro superior. A glândula pinela é mais abaixo, na<br />
região do Ājnā Chakra.<br />
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