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Download - Associação Paulista de Medicina

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Representantes <strong>de</strong> 12 países e li<strong>de</strong>ranças médicas nacionais prestigiam conferência<br />

cessário para <strong>de</strong>terminar a eficácia<br />

ou segurança <strong>de</strong> uma intervenção e<br />

os pacientes que receberem o placebo<br />

ou nenhum tratamento não<br />

estiverem sujeitos a nenhum risco<br />

<strong>de</strong> dano sério ou irreversível. O texto<br />

também acrescenta que extremo<br />

cuidado <strong>de</strong>ve ser tomado para que<br />

se evite o abuso <strong>de</strong>ssa opção.<br />

Mas a medida não pôs fim à polêmica,<br />

daí a realização da conferência<br />

internacional “The Ethics Of<br />

Placebo Control in Clinical Trial”,<br />

em fevereiro último, no Brasil. As<br />

conclusões dos pesquisadores servirão<br />

<strong>de</strong> base para o grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

da WMA propor um novo documento<br />

informativo ou resolução<br />

que possa ser adotada pelos países<br />

integrantes da <strong>Associação</strong>.<br />

Os principais pontos analisados<br />

são os riscos ao paciente, a necessida<strong>de</strong><br />

da pesquisa, transparência<br />

nas informações transmitidas e a<br />

metodologia. Isto é, quanto menor<br />

o número <strong>de</strong> sujeitos e o tempo sob<br />

uso do placebo, mais seguro para<br />

os pacientes. Por outro lado, para<br />

os contrários à técnica, um número<br />

pequeno <strong>de</strong> pacientes po<strong>de</strong> comprometer<br />

os resultados da pesquisa,<br />

tornando-a <strong>de</strong>snecessária.<br />

CONTROVéRSIAS<br />

Derivada do latim, a palavra placebo<br />

tem como significado original<br />

“agrado”. Sua primeira menção na<br />

literatura científica ocorreu em meados<br />

do século XVII e a <strong>de</strong>finição,<br />

que durou cerca <strong>de</strong> 150 anos, era<br />

a <strong>de</strong> um remédio ministrado mais<br />

para satisfazer do que para<br />

beneficiar o paciente.<br />

Pílulas <strong>de</strong> açúcar ou<br />

farinha eram receitadas<br />

a pacientes difíceis <strong>de</strong> lidar,<br />

com doenças imaginárias, ou<br />

quando não houvesse tratamento<br />

conhecido. A prática era tão comum<br />

que Richard Cabot, no artigo<br />

“The use of Thruth and Falsehood<br />

in Medicine”, <strong>de</strong> 1903, dizia duvidar<br />

que algum médico não tivesse<br />

usado placebo em seus pacientes<br />

pelo menos uma vez na vida.<br />

Em um estudo <strong>de</strong> 1938, pacientes<br />

vacinados contra gripe apresentaram<br />

o mesmo quadro dos submetidos<br />

à injeção <strong>de</strong> placebo. Foi cunhado,<br />

então, o “efeito placebo” para<br />

classificar situações em que a pessoa<br />

melhora simplesmente por acreditar<br />

que está sendo tratada.<br />

Pesquisas mais mo<strong>de</strong>rnas relatam<br />

que cerca <strong>de</strong> 60% dos casos<br />

Osmar Bustos

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