No. 4/1975

ta Brasil-União das Repúblicas Socialistas Sovié-
ticas, nos termos do Artigo.20 do Acordo Co-
mercial de 20 de abril de 1963, entre os Gover-
nos do Brasil e da URSS.
A Delegação brasileira foi chefiada pelo Ministro
João Paulo do Rio-Branco, Chefe do Departamen-
to da Europa do Ministério das Relações Exterio-
res, e a Delegação soviética pelo Senhor Aleksei
N. Manjulo, Vice-Ministro do Comércio Exterior.
II - Agenda
A Comissão adotou a seguinte Agenda:
1) Análise do intercâmbio bilateral nos Últimos
anos.
2) Exportações soviéticas para o. Brasil.
3) Exportações brasileiras para a URSS.
4) Acordo sobre o fornecimento de maquinaria
e equipamentos da URSS ao Brasil e sobre forneci-
mento de mercadorias brasileiras Ii URSS.
5) Abertura de escritórios de representação do
Banco do Brasil S.A. em Moscou e do Banco do
Comércio Exterior da URSS em Brasília.
6) Outros assuntos de interesse mútuo.
111 - Análise do intercâmbio bilateral nos últimos
anos
Ao notar o crescimento do intercâmbio nos Últi-
mos anos, as Delegações concordaram em que o
volume do comércio bilateral ainda está em nível
que não corresponde as possibilidades potenciais
dos mercados brasileiro e soviético, representando
pequena parcela do volume total do comércio ex-
terior de ambos os países.
Ambas as Delegações convieram em que seria de-
sejável a diversificação das pautas de exportaçáo
brasileira e soviética, com vistas a assegurar flu-
xos contínuos de bens para seus respectivos mer-
cados, refletindo, com maior propriedade, os pos-
sibilidades das economias de ambos os países.
A Delegação brasileira salientou o ritmo de expan-
são comercial que se vem notando no último quin-
quênio, assinalando o incremento considerável ve-
rificodo nas trocas entre os dois países.
Quanto à estrutura do intercâmbio, ressaltou a
predominância de produtos primários nas exporta-
ções brasileiras. Embora Ihes reconhecendo impor-
tante significado, ponderou que a expansão do
intercâmbio bilateral deveria proporcionar, tam-
bbm, a participação crescente de manufaturados
e semimanufaturados brasileiros.
Discorreu, a seguir, sobre a relevância das com-
pras brasileiras de equipamento pesado soviético
para usinas hidrelétricas. Sublinhou, no entanto,
ser mister que se tente identificar cutros bens de
capital soviéticos suscetíveis de absorção pelo
mercado brasileiro.
A Delegação brasileira considerou realística uma
meta para o intercâmbio bilateral, em 1975, da
ordem de 500 milhões de dólares nos dois senti-
dos.
A Delegação soviética notou que as organizações
soviéticas de comércio exterior, desejando dar im-
pulso ao desenvolvimento das relaçães comerciais
soviético-brasileiras e tomando em consideração
intentos brasileiros, começou a comprar, no Brasil,
produtos manufaturados e semimanufaturados.
Para este fim, visitou o Brasil, em março do ano
corrente, uma missão especializada.
Como resultado de seu trabalho, foram concluídos
contratos para compras no Brasil de mercadorias,
tais como calçados, têxteis, confecções e outras,
não compradas anteriormente no Brasil.
Simultaneamente, a Delegaçõo soviética expressou
esperança de que as competentes entidades brasi-
leiras tomem medidas para aumentar as compras
de máquinas e equipamentos soviéticos.
IV - Procedimento
Com o objetivo de facilitar a atividade da Comis-
sãc-Mista, as duas Delegações coincidiram em que
os pontos da Agenda fossem estudados nos se-
guintes grupos de trabalho:
1) Acordo sobre fornecimento de maquinaria e
equipamentos da URSS ao Brasil e sobre forneci-
mento de mercadorias brasileiras a URSS.
2) Equipamento energético e hidrelétrico.
3) Exame dos demais pontos da Agenda e reda-
ção da- Ata Final.
V - Exportações soviéticas para o Brasil
a) Maquinaria e Equipamento
As duas Delegações registraram, com apreço, a
vinda, oo Brasil, em março de 1975, da Missão
soviética para a promoção de vendas de produtos
industriais ao mercado brasileiro.
A Delegação brasileira ventilou interesse em co-
nhecer as possibilidades de aquisição de certos
equipamentos agrícolas, tais como: tratores com
tmçáo nas quatro rodas e potência superior a
180 CV; colhedeiras de algodão; colhedeiras de
batata; equipamentos florestais para operaç6es
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